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Revista SECOVIRIO - 112

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Imagine que você tenha uma furadeira em<br />

casa. Você acha que utilizaria essa<br />

ferramenta com frequência? Para se ter uma<br />

ideia, o uso médio desse objeto, em toda a<br />

sua vida útil, é de aproximadamente 40<br />

minutos. Ter objetos pouco usados em casa<br />

não é exclusividade de algumas pessoas.<br />

Provavelmente alguns de seus vizinhos<br />

também têm utensílios em desuso. Então fica<br />

a pergunta: e se você emprestasse a furadeira<br />

para o vizinho em troca de outro objeto?<br />

Este é o conceito do consumo colaborativo,<br />

em que existe a troca, compra ou empréstimo<br />

de objetos usados, evitando a compra de um<br />

novo. Dessa forma, o objeto é utilizado mais<br />

vezes, conservando a energia e a<br />

matéria-prima que seriam empregadas na<br />

fabricação de um novo produto. Atitude mais<br />

que sustentável!<br />

O conceito ganhou força em 2008, nos EUA,<br />

quando o país enfrentava uma grande crise<br />

econômica. A ideia era simples: por que<br />

comprar um produto novo se ele seria usado<br />

apenas uma vez? E mais: por que deixar<br />

determinados objetos em desuso se tantas<br />

pessoas poderiam utilizá-lo? Com o consumo<br />

colaborativo não é preciso comprar<br />

determinado item para poder usufruí-lo. Você<br />

pode simplesmente pegar emprestado e<br />

devolvê-lo após o uso. O compartilhamento<br />

não se restringe apenas a bens tangíveis – já<br />

existem pessoas trocando inclusive serviços.<br />

abaixo da média nacional para as cidades<br />

consultadas: 17% em Belo Horizonte, 15%<br />

em São Paulo e 14% no Rio de Janeiro.<br />

Ao especular os tipos de serviços e produtos<br />

próprios do consumo colaborativo que<br />

despertariam maior interesse no curto prazo,<br />

os brasileiros privilegiam o compartilhamento<br />

de caronas, livros, serviços em geral e<br />

hospedagem. A alternativa de dividir, alugar<br />

ou comprar roupas e brinquedos usados<br />

racha opiniões, com pouco mais da metade<br />

dos consumidores declarando ser pouco ou<br />

nada provável buscar esse tipo de serviço ou<br />

produto.<br />

AINDA POUCO DIFUNDIDO<br />

Uma pesquisa realizada em 2015 pelo<br />

Instituto Market Analysis revelou que um em<br />

cada cinco brasileiros já ouviu falar em<br />

consumo colaborativo ou compartilhado. Do<br />

total de familiarizados com o conceito, mais<br />

de um terço (36%) praticou alguma forma de<br />

consumo colaborativo nos últimos 12 meses,<br />

o que totaliza uma incidência líquida de 7%<br />

entre a população geral. Metade dos<br />

consumidores consultados em Recife já ouviu<br />

falar em consumo colaborativo, o que coloca<br />

a capital nordestina em destaque na<br />

familiaridade da prática no país. A Região<br />

Sudeste, maior mercado consumidor do<br />

Brasil, apresenta índices de conhecimento<br />

SECOVI RIO / 2018 / nº <strong>112</strong> / 39

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