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JDO_220x28.pdf 1 25/09/18 09:53<br />
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jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />
<strong>Jornal</strong> independente<br />
da manutenção e reparação<br />
de veículos ligeiros e pesados<br />
<strong>157</strong><br />
Dezembro 2018<br />
Periodicidade | Mensal<br />
ANO XIV | 3 euros<br />
Diretor | João Vieira<br />
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CONCURSO<br />
MELHOR MECATRÓNICO 2018<br />
Prova<br />
superada<br />
Pág. 4<br />
ATUALIDADE Pág. 8<br />
Fase de adaptação à nova diretiva do<br />
Livro de Reclamações está em curso. Com<br />
a ajuda do CASA, explicamos as alterações<br />
ENTREVISTA Pág. 20<br />
César Branco, responsável pela<br />
implementação do euroPARTNER, fala<br />
sobre o conceito exclusivo e diferenciador<br />
TECNOLOGIA Pág. 14<br />
Lexus continua a apostar nos motores de<br />
combustão interna para sistemas híbridos<br />
EVENTO Pág. 16<br />
Parts Aftermarket Congress reuniu, em<br />
Roma, cerca de 500 líderes do pós-venda<br />
europeu para discutir o futuro do setor<br />
TÉCNICA Pág. 68<br />
Equipamentos ADAS na reparação de<br />
carroçarias requerem cuidados especiais<br />
ENSAIO Pág. 72<br />
Yaris GRMN é o primeiro Toyota GRMN<br />
Selo SKF 90 anos.pdf 1 18/10/18 14:<br />
construído e comercializado na Europa<br />
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Porque razão damos atenção<br />
ao mais ínfimo detalhe?<br />
Porque a perfeição é algo<br />
de que nos orgulhamos.<br />
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EDITORIAL<br />
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- Estr. Consiglieri Pedroso 90, 2730-053 BARCARENA<br />
Tel.: 214 345 400<br />
JO no Instagram<br />
O Instagram tem vindo a assumir cada vez maior protagonismo no universo <strong>das</strong><br />
redes sociais. Como tal, o JO não podia voltar as costas a esta realidade. Com<br />
apenas um mês de presença nesta plataforma, os resultados são surpreendentes<br />
e comprovam as enormes potencialidades que tem esta ferramenta digital<br />
O<br />
Instagram veio revolucionar (e complementar) a forma<br />
do JO comunicar com os profissionais do setor e abriu<br />
uma nova janela de oportunidades para divulgarmos<br />
as nossas ações e eventos, em direto e sem filtros.<br />
Com esta nova ferramenta, conseguimos atingir uma nova geração<br />
de profissionais do pós-venda, interessados em conhecer<br />
as novidades do setor em tempo real e com total transparência.<br />
Por isso, estamos a apostar no incremento da utilização do<br />
Instagram em todos os nossos trabalhos de reportagem, porque<br />
consideramos importante poder dar a “notícia” em primeira<br />
mão, com toda a credibilidade que esta ferramenta permite.<br />
Claro que a utilização do Instagram não vai substituir o nosso<br />
trabalho editorial em formato de papel, onde os artigos continuarão<br />
a ter o seu protagonismo, sendo elaborados com todo<br />
o rigor e qualidade a que já habituámos os nossos leitores.<br />
Edição<br />
AP COMUNICAÇÃO<br />
N.º de Registo no ERC: 124.782<br />
Depósito Legal n.º: 201.608/03<br />
Tiragem – 10.000 exemplares<br />
Propriedade João Vieira - Publicações Unipessoal, Lda. | Sede Bela Vista Office, Sala 2.29 – Estrada de Paço de Arcos, 66 - 66A, 2735 - 336 Cacém - Portugal GPS 38º45’51.12”N -<br />
9º18’22.61”W | Tel. +351 219 288 052/4 | Fax +351 219 288 053 | Email geral@apcomunicacao.com<br />
Consulte o Estatuto Editorial no site www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />
DIRETOR João Vieira – joao.vieira@apcomunicacao.com<br />
O Instagram vai, antes, ser um importante complemento à<br />
informação escrita e aos outros suportes online onde estamos,<br />
igualmente, presentes, nomeadamente no nosso site,<br />
app, Facebook e Twitter. No seu conjunto, todos estes meios<br />
reforçam a mensagem que queremos transmitir ao mercado<br />
e colocam-nos na linha da frente da comunicação para o setor<br />
do pós-venda automóvel em Portugal.<br />
Entramos numa nova era da comunicação e convidamos todos<br />
a partilharem connosco esta realidade. Basta seguirem-nos<br />
no Instagram, em jornal_oficinas, para ficarem a conhecer,<br />
em primeira mão, as novidades do setor. E não se esqueça de<br />
enviar os seus comentários e participar nesta nova forma de<br />
comunicação feita de fluxos e de troca de informações “de todos<br />
para todos”. Quanto mais conexões conseguirmos promover,<br />
mais fortes nos tornaremos nesta rede. ✱<br />
EDITOR EXECUTIVO Bruno Castanheira – bruno.castanheira@apcomunicacao.com REDAÇÃO Jorge Flores – jorge.flores@apcomunicacao.com e Joana Calado – joana.calado@apcomunicacao.com<br />
DIRETOR COMERCIAL Mário Carmo – mario.carmo@apcomunicacao.com | GESTOR DE CLIENTES Paulo Franco – paulo.franco@apcomunicacao.com<br />
| IMAGEM António Valente | MULTIMÉDIA Catarina Gomes | ARTE Hélio Falcão | SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS E CONTABILIDADE financeiro@apcomunicacao.com<br />
PERIODICIDADE Mensal | ASSINATURAS assinaturas@apcomunicacao.com<br />
© Copyright Nos termos legais em vigor, é totalmente interdita a utilização ou a reprodução desta publicação, no seu todo ou em parte, sem a autorização prévia e por escrito do JORNAL DAS OFICINAS<br />
.es<br />
Parceiro<br />
em Espanha<br />
João Vieira Diretor<br />
Preparar<br />
o futuro<br />
Os automóveis elétricos e híbridos vieram para ficar,.Contudo,<br />
poucas oficinas se prepararam para<br />
esta realidade. Em 2017, foram matriculados, em<br />
Portugal, 8.088 veículos deste tipo, um número<br />
recorde, mas os condutores que escolhem este meio<br />
de transporte pelas suas vantagens ambientais,<br />
deparam-se com a dificuldade de encontrar uma<br />
oficina independente adequada, assim como a<br />
inexistência de pontos de carregamento.<br />
Perante esta situação, torna-se inevitável que<br />
cada vez mais oficinas iniciem a sua adaptação<br />
para poderem oferecer serviços de manutenção e<br />
reparação a veículos elétricos e híbridos, os quais<br />
podem envolver alguns riscos se não forem realizados<br />
com a formação e o equipamento adequados.<br />
A atualização de conhecimentos é muito importante<br />
numa oficina, mas revela-se imprescindível no que<br />
respeita à adaptação ao automóvel elétrico. A realização<br />
de uma formação básica é fundamental para<br />
que os mecânicos compreendam como funcionam<br />
os componentes dos automóveis híbridos e elétricos<br />
e conheçam as principais medi<strong>das</strong> de segurança.<br />
O espaço onde se realizam as operações de manutenção<br />
e reparação dos veículos elétricos e híbridos<br />
deve estar preparado para os receber e deve contar<br />
com equipamento e ferramentas próprias, como<br />
um multímetro de categoria III a 1.000 Volt, que<br />
permitirá realizar as medições da tensão do veículo<br />
de forma segura. Também é imprescindível contar<br />
com um carregador de baterias e equipamento para<br />
deslocar o automóvel pela oficina sem empurrar,<br />
já que ao girar as ro<strong>das</strong> motrizes podem carregar<br />
os inversores e danificar o sistema elétrico. Por<br />
motivos de segurança, também é imprescindível<br />
instalar bancos de trabalho não metálicos, visto que<br />
podem tornar-se perigosos ao entrar em contacto<br />
com peças de alta tensão. É recomendável que os<br />
bancos sejam de plástico, uma vez que, inclusivamente<br />
a madeira, pode conduzir a eletricidade se<br />
manchada com óleos ou lubrificantes.<br />
No que respeita à segurança pessoal, é importante<br />
que o mecânico disponha de luvas com capacidade<br />
para 1.000 Volt, óculos de proteção contra faíscas<br />
e explosões, ferramentas de trabalho isola<strong>das</strong> e<br />
um fato protetor impermeável, já que as baterias<br />
podem libertar uma substância tóxica durante a<br />
reparação dos veículos.<br />
A instalação de pontos de carregamento também<br />
é uma apelativa manobra de marketing para que<br />
os utilizadores venham à oficina. ✱<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />
2018 I Dezembro
4<br />
EVENTO<br />
Concurso Melhor Mecatrónico 2018<br />
A qualidade técnica<br />
dos oito finalistas<br />
dignificou a profissão de<br />
mecatrónico e elevou<br />
a fasquia em relação à<br />
edição do ano anterior. A<br />
interação entre público<br />
e patrocinadores foi um<br />
dos momentos altos<br />
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soluções para o seu negócio<br />
Patrocinadores 2018<br />
Prova superada<br />
Da qualidade dos concorrentes ao entusiasmo dos patrocinadores, passando pelo número de visitantes e<br />
pelo empenho da organização, a terceira edição do concurso Melhor Mecatrónico, organizado pelo <strong>Jornal</strong><br />
<strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> em parceria com a ATEC – Academia de Formação, sorriu a Nuno Pedro, da Ampeser<br />
Por: Bruno Castanheira e Joana Calado<br />
O<br />
culminar de um trabalho árduo<br />
realizado ao longo do ano de<br />
2018 aqui está. Pela terceira<br />
vez na história desta iniciativa ímpar no<br />
panorama do aftermarket nacional, o<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>, em parceira com a<br />
ATEC – Academia de Formação, elegeu o<br />
Melhor Mecatrónico. A fasquia está elevada,<br />
é certo, mas a prova foi superada.<br />
E excedeu as expectativas.<br />
O objetivo deste concurso manteve-se,<br />
contudo, fiel às suas origens: promover,<br />
dignificar e premiar a profissão de mecatrónico<br />
automóvel, proporcionando<br />
o intercâmbio de experiências entre<br />
profissionais no ativo e estimulando,<br />
em simultâneo, o desenvolvimento de<br />
competências individuais. Foram 12 as<br />
edições (impressas e digitais) que o <strong>Jornal</strong><br />
<strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> dedicou a este evento único,<br />
para já não falar <strong>das</strong> diversas notícias que<br />
foram publica<strong>das</strong> quer no site quer nas<br />
newsletters do jornal e no “tempo de antena”<br />
que o JO TV dedicou ao concurso.<br />
n ADESÃO EM MASSA<br />
Entre os técnicos que trabalhavam para<br />
oficinas independentes e os que integravam<br />
oficinas de marca, foram cerca de<br />
300 os profissionais de mecatrónica no<br />
ativo que concorreram a esta iniciativa.<br />
Elucidativo. Como é, também, da mais<br />
elementar justiça destacar os patrocinadores,<br />
que aderiram ao concurso Melhor<br />
Mecatrónico 2018 desde a primeira hora e<br />
sem os quais a realização desta ação não<br />
teria sido possível. A saber (por ordem<br />
alfabética): Autozitânia, Bahco, bilstein<br />
group Portugal (marcas febi, SWAG e<br />
Blue Print), Interescape, MEYLE, Repxpert<br />
(Schaeffler), SKF Portugal, solutions4yb,<br />
Valvoline e Würth.<br />
Para participar, os concorrentes tiveram<br />
de responder aos questionários que foram<br />
sendo colocados online entre os meses de<br />
março e julho de 2018, ao ritmo de um<br />
por mês. Cada questionário contemplava<br />
10 perguntas, tipo teste americano, de<br />
resposta única. Os concorrentes tiveram<br />
de entrar no site do concurso (www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com/melhormecatronico/),<br />
preencher os seus dados pessoais e assinalar<br />
as respostas que entenderam ser as<br />
corretas. A seleção dos oito finalistas foi<br />
feita entre os que atingiram a pontuação<br />
mais alta e que foram os mais rápidos no<br />
envio <strong>das</strong> respostas aos cinco questionários<br />
publicados pelo <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>.<br />
Nuno Pedro (Ampeser), Eduardo Lima<br />
(José Júlio Lima Herdeiros), Rui Fernandes<br />
(Conficar), Sérgio Dias (MAN Truck & Bus),<br />
Gonçalo Salvador (Caetano Drive Setúbal),<br />
Nuno Santos (HNZ Auto), Tiago Rita (C.<br />
Santos VP) e Artur Agostinho da Silva<br />
(Oficina Cândido Silva) foram, por esta<br />
ordem de classificação geral no que disse<br />
respeito à primeira fase, os mecatrónicos<br />
que receberam o “passaporte” para viajar<br />
Dezembro I 2018<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
Parceria<br />
Organização<br />
Veja o vídeo em www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />
5<br />
Nuno Pedro, da<br />
Ampeser, foi o<br />
grande vencedor<br />
do concurso, que<br />
só foi possível<br />
realizar graças<br />
ao empenho dos<br />
jurados e confiança<br />
dos patrocinadores<br />
Marta Alejos, da Schaeffler Iberia,<br />
explicou ao JO TV as quatro áreas<br />
que o fabricante expôs e que<br />
atraíram centenas de profissionais às<br />
instalações da ATEC, em Palmela<br />
Pontuação final<br />
1.° Nuno Pedro 84,93<br />
2.° Gonçalo Salvador 69,57<br />
3.° Artur Agostinho da Silva 67,33<br />
4.° Rui Fernandes 63,82<br />
5.° Eduardo Lima 58,21<br />
6.° Tiago Rita 56,12<br />
7.° Nuno Santos 54,54<br />
8.° Sérgio Dias 41,45<br />
para Palmela, onde se disputou, nos dias<br />
16 e 17 de novembro, a derradeira etapa<br />
deste concurso.<br />
n EXERCÍCIOS ABRANGENTES<br />
A organização há muito que tinha divulgado<br />
o regulamento. A final do concurso<br />
Melhor Mecatrónico 2018 realizar-se-ia<br />
nas instalações da ATEC – Academia de<br />
Formação, situada no Parque Industrial<br />
da Volkswagen Autoeuropa. E assim foi. A<br />
final da competição contemplou, este ano,<br />
automóveis de diferentes marcas: dois VW<br />
Sharan, um Seat Arona e dois Fiat 500X. E<br />
quatro provas.Três de duas horas efetivas<br />
cada; uma com 45 minutos de duração. A<br />
prova “A” valia 33 pontos e incidia sobre a<br />
reparação do motor de um Volkswagen<br />
Golf 2.0 FSI. A prova “B” valia 34 pontos e<br />
era composta pelo diagnóstico de motor<br />
do Fiat 500X. A prova “C” valia 33 pontos<br />
e implicava o diagnóstico do sistema elétrico<br />
do VW Sharan. A prova “D” valia 15<br />
pontos e dizia respeito ao diagnóstico de<br />
motor na parte da gestão a gasolina do<br />
Seat Arona.<br />
Todos os materiais, ferramentas e equipamentos<br />
foram fornecidos pela organização.<br />
Os concorrentes só tiveram de<br />
trazer os seus EPI´s (roupa de trabalho,<br />
botas, óculos). E, claro, conhecimento,<br />
concentração e afinco para dar o seu<br />
melhor. Até porque, além do título de<br />
Melhor Mecatrónico 2018, o vencedor do<br />
concurso levaria para casa um diploma,<br />
um troféu de vidro e uma panóplia de<br />
artigos de merchandising e prémios. O<br />
relógio marcava 10h quando os oito finalistas<br />
se apresentaram no “terreno de<br />
jogo”. Depois do briefing dado por Carlos<br />
Isidro, coordenador da área de Mecatrónico<br />
Automóvel da ATEC e presidente<br />
do júri, as provas tiveram início, com os<br />
concorrentes (muitos deles a acusarem<br />
ansiedade e nervosismo) a distribuírem-se<br />
pelas quatro provas. Tudo, mas mesmo<br />
tudo, foi avaliado. Desde o conhecimento<br />
técnico, até ao manuseamento <strong>das</strong> ferramentas,<br />
passando por hábitos de limpeza.<br />
As condições eram iguais para todos. A<br />
isenção e abrangência <strong>das</strong> provas foram<br />
por demais elogia<strong>das</strong>. E o notável rigor<br />
e empenho dos jurados ditou o sucesso<br />
desta iniciativa.<br />
n MELHOR ESTÁ NA SERTÃ<br />
No final do primeiro dia de competição,<br />
as opiniões dos participantes eram<br />
unânimes, independentemente daquilo<br />
que estivesse reservado para o segundo<br />
dia. “Experiência única, teste aos conhecimentos,<br />
excelente ambiente de trabalho<br />
e espírito de camaradagem,” foram alguns<br />
dos comentários feitos pelos oito finalistas.<br />
O dia terminou com um jantar de convívio<br />
na cidade de Setúbal, onde formadores,<br />
concorrentes, patrocinadores e organização<br />
puderam confraternizar, descontrair<br />
e fazer o balanço do primeiro dia.<br />
Na manhã seguinte, sábado, 17 de<br />
novembro, era o tudo ou nada. Só ao<br />
final da tarde, depois de concluí<strong>das</strong> as<br />
provas e atribuí<strong>das</strong> as pontuações, é que<br />
houve “fumo branco”. Foi caso para dizer:<br />
“Habemus mecatronicum”. Mesmo sem a<br />
chaminé da Capela Sistina do Vaticano<br />
e não tendo nenhum dos profissionais<br />
pretensões a sumo pontífice. Nuno Pedro,<br />
da Ampeser (Sertã), foi distinguido com<br />
o título de “Melhor Mecatrónico 2018”.<br />
A terminar, refira-se que, ao longo dos<br />
dois dias, enquanto decorriam as provas<br />
dos oito finalistas, passaram pelas instalações<br />
da ATEC - Academia de Formação<br />
cerca de 800 pessoas, que estiveram atentos<br />
ao desenrolar dos acontecimentos e<br />
interagiram com os patrocinadores presentes.<br />
✱<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />
2018 I Dezembro
6<br />
EVENTO<br />
Concurso Melhor Mecatrónico 2018<br />
OPI<br />
NI<br />
ÕES<br />
Uma iniciativa como esta<br />
não teria viabilidade sem o<br />
empenho e a disponibilidade<br />
dos patrocinadores, que todos<br />
os anos a apoiam<br />
Carlos Isidro, Coordenador da Área<br />
de Mecatrónico Automóvel da ATEC<br />
“A 3.ª edição foi um sucesso. A começar pelo nível que<br />
os concorrentes apresentaram. São sempre bons mecatrónicos,<br />
mas o nível de preparação aumentou. Creio<br />
que tal se deveu a um briefing que fizemos acerca de<br />
dois meses, em que convidámos todos os mecatrónicos<br />
a vir às nossas instalações para explicarmos o conceito<br />
<strong>das</strong> provas e aquilo que os esperava em termos de<br />
processo de avaliação, para que eles pudessem fazer<br />
o trabalho de casa. Tivemos sete provas a decorrer em<br />
simultâneo, em que três estiveram duplica<strong>das</strong>. To<strong>das</strong><br />
com condições iguais para os concorrentes, quer ao<br />
nível dos equipamentos quer ao nível de veículos. Este<br />
sucesso não é de hoje, mas resulta de um trabalho que<br />
vem sendo feito por todos na preparação deste evento.<br />
A nossa grande ‘luta’ enquanto organizadores é até<br />
começarem as provas, para estar tudo em condições<br />
e para que não existam percalços. Desde já deixo um<br />
desafio a todos os mecatrónicos para que participem no<br />
envio de respostas para o <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>, para que,<br />
depois, possam estar também aqui presentes nestes<br />
dias, que são de festa”.<br />
Pedro Oliveira,<br />
Diretor Técnico e Comercial da ATEC<br />
“O Melhor Mecatrónico tem sido uma ação muito<br />
feliz e muito interessante para o setor automóvel.<br />
Nós conseguimos, em parceria com o <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>,<br />
criar um evento cujo único objetivo é valorizar<br />
socialmente a profissão de mecatrónico automóvel.<br />
A ideia deste ‘campeonato’ é conseguir evidenciar<br />
os melhores profissionais que temos em Portugal e<br />
as oficinas que os contratam. Este ano, com a ajuda<br />
dos nossos patrocinadores, conseguimos criar um<br />
espaço onde as empresas e as pessoas que nos visitam<br />
se concentrassem numa área em que a linguagem<br />
é toda à volta da mecatrónica automóvel. Em jeito<br />
de balanço final, tem sido uma aposta bem conseguida.<br />
Temos atraído cada vez mais pessoas a este<br />
evento, temos conseguido dignificar a profissão e<br />
temos conseguido aumentar o nível de preparação<br />
dos concorrentes. Existem excelentes profissionais<br />
a sair de centros de formação, quer da ATEC quer de<br />
parceiros. As pessoas não podem ter medo de meter<br />
as suas capacidades à prova, porque é isto que eleva<br />
a profissão, que dignifica as pessoas e que mexe com<br />
o setor automóvel”.<br />
Marta Alejos, Schaeffler Iberia<br />
“A Schaeefler é fabricante de componentes para automóveis<br />
e, dentro da nossa divisão de automotive aftermarket,<br />
fazemos diversos eventos de cariz profissional<br />
com a nossa marca de serviços Repxpert. Tendo uma<br />
marca como esta que dá apoio às oficinas, vemos no<br />
concurso Melhor Mecatrónico uma grande oportunidade<br />
para mostrar a nossa marca e continuar com o trabalho<br />
que realizámos durante o ano junto dos nossos clientes.<br />
Nesta edição, tivemos um espaço de cerca de 250 m2,<br />
no qual colocámos quatro grandes áreas em destaque,<br />
que mostraram os serviços da marca Repxpert. Na ATEC,<br />
os visitantes puderam conhecê-las. Uma primeira de<br />
informação, onde os visitantes tomaram contacto<br />
com as novidades sobre produtos. Uma segunda para<br />
assistência técnica, onde as oficinas esclareceram as<br />
principais dúvi<strong>das</strong> que, diariamente, são coloca<strong>das</strong> nos<br />
call centers. Uma terceira, de ferramentas digitais que os<br />
profissionais podem utilizar 24 horas por dia e 365 dias<br />
por ano. E, por último, a área de inovação, que serviu<br />
para mostrar como está a evoluir a área automóvel e<br />
as soluções que tem a Schaeffler ”.<br />
Paulo Santos, Valvoline<br />
“Estamos desde o princípio com este concurso. E de<br />
todos os projetos e iniciativas que apoiamos, penso que<br />
o Melhor Mecatrónico é o evento melhor organizado e<br />
o que mais credibiliza o nosso setor. Para nós, é sempre<br />
importante apoiarmos to<strong>das</strong> as ações que possam trazer<br />
melhor qualidade aos técnicos do aftermarket, às<br />
oficinas e aos aplicadores dos nossos produtos. Sem<br />
dúvida que o <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> está de parabéns pela<br />
iniciativa. Vamos continuar a apoiá-la, seguramente,<br />
porque de todos os eventos que fazem deste género,<br />
este é, sem duvida, aquele que mais gosto”.<br />
Filipa Pereira, bilstein group Portugal<br />
“O <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> é já um parceiro estratégico na<br />
nossa comunicação. Apoiar este tipo de eventos é muito<br />
importante para as nossas marcas, porque também as<br />
colocam muito mais próximas dos futuros mecatrónicos<br />
Ao longo dos dois dias, passaram<br />
pelas instalações da ATEC cerca de<br />
800 pessoas. A organização não teve<br />
mãos a medir para as solicitações<br />
e dos que já estão em atividade. Para nós, é sempre<br />
importante estarmos o mais próximo possível <strong>das</strong> oficinas,<br />
assim com reforçar a nossa parceria com o vosso<br />
jornal. Fiquei muito satisfeita este ano por haver mais<br />
espaço para os patrocinadores. Significa que tiveram<br />
também em conta algumas <strong>das</strong> opiniões resultantes<br />
do evento do ano passado. No que depender de nós,<br />
continuaremos a apoiar esta iniciativa”.<br />
Tiago Domingos, Auto Delta (MEYLE)<br />
“Estas iniciativas são muito importantes porque, acima<br />
de tudo, premeiam o que de melhor se faz no nosso país.<br />
Este tipo de profissão tem bastante futuro. Ano após<br />
ano, tem-se notado uma evolução muito grande e este<br />
evento é importante para medir essa evolução. A MEYLE<br />
entende que é importante estar presente, seguindo o<br />
nosso lema “Somos os melhores amigos do condutor”.<br />
E estas pessoas também são os melhores amigos do<br />
condutor. Demonstram que qualquer condutor pode<br />
confiar nos seus serviços para qualquer problema que<br />
possa existir”.<br />
Flávio Menino, Autozitânia<br />
“A Autozitânia tem imensa satisfação em voltar a patrocinar<br />
esta iniciativa, que promove os mecatrónicos<br />
do nosso país e permite a troca de experiências entre<br />
colegas da mesma profissão, o que os ajuda a evoluir<br />
e por, conseguinte, ajuda a nossa atividade”.<br />
Luís Inglês, Würth Portugal<br />
“Desde já, agradeço o convite e dou os parabéns pela<br />
excelente iniciativa promovida em relação ao concurso.<br />
Não podíamos deixar de estar presentes, sendo a WOW<br />
direcionada, essencialmente, para a mecatrónica,<br />
comercializando máquinas de diagnóstico e de ar<br />
condicionado. Achamos muito interessante o tipo e o<br />
conceito em que está a ser desenvolvida esta ação, seja<br />
pela divulgação <strong>das</strong> empresas que concorreram, seja<br />
para mostrar a capacidade dos profissionais”.<br />
Ângelo Lima, Interescape<br />
“A interescape patrocina este evento porque, como líder<br />
de mercado na sua área de atuação, que são os escapes,<br />
nomeadamente filtros de partículas e catalisadores,<br />
quer estar junto <strong>das</strong> empresas e <strong>das</strong> instituições que<br />
fomentam, de facto, a qualidade nas oficinas, como<br />
é este caso. Estamos muitos contentes por estar num<br />
evento que está a ter tanto sucesso. Pudemos ver os<br />
candidatos a fazer um excelente trabalho. Nós, enquanto<br />
líderes em vários serviços, nomeadamente na limpeza<br />
de filtros de partículas, que é algo muito especifico e<br />
que também necessita de muito conhecimento por<br />
parte dos profissionais <strong>das</strong> oficinas, viemos reforçar<br />
essa informação para o público em geral, que também<br />
participou. O retorno foi muito importante”.<br />
Luís Santos, Solutions4yb<br />
“A nossa premissa é ajudar os jovens. E, por isso, achamos<br />
que devemos estar junto deles para sabermos<br />
exatamente o que devemos criar. Trabalhamos mais<br />
com lojas, mas essas lojas acabam por fornecer a nossa<br />
aplicação à oficina, que acaba por usá-la diariamente”.<br />
Dezembro I 2018<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
estar preparados para o futuro. As provas foram um<br />
bocado difíceis, mas este é um concurso onde tudo<br />
tem de ser avaliado, a começar pela qualidade do técnico.<br />
Corresponderam às expectativas que tinha. Para<br />
o futuro, tenciono continuar a acompanhar a evolução<br />
e não baixar os braços, porque temos de estar mesmo<br />
bem formados para trabalhar no automóvel”.<br />
Rui Fernandes, Conficar<br />
“Foi a minha filha que me inscreveu no concurso. Foi<br />
uma forma de testar os conhecimentos que tenho<br />
vindo a adquirir ao longo dos anos. As provas foram<br />
complica<strong>das</strong>, mas foi uma experiência fantástica. Tive<br />
mais dificuldades nos esquemas elétricos, aos quais não<br />
estou muito habituado, mas, no geral, correu bem. Mais<br />
experiência, amizade, novos métodos, mais informação<br />
e novos colegas é, essencialmente, o que levo desta<br />
participação”.<br />
Eduardo Lima,<br />
José Júlio Lima Herdeiros<br />
Rui Figueira, Bahco<br />
“A Bahco tem todo o interesse em associar-se às melhores<br />
iniciativas, quer sejam na área da mecatrónica<br />
quer sejam na área da mecânica. São áreas em que<br />
estamos a apostar bastante em termos de produtos e<br />
soluções. Gostamos muito do formato deste evento e<br />
queremos melhorar ainda mais a nossa participação<br />
e continuarmos a fortalecer esta parceria. O setor automóvel<br />
já é o principal segmento do nosso catálogo,<br />
apesar de termos um catálogo bastante abrangente,<br />
que vai desde o setor automóvel até à agricultura. Temos<br />
crescido muito na área automóvel. Este ano, lançámos as<br />
primeiras máquinas de bateria. No próximo ano, vamos<br />
expandir-nos em termos de dinamometria. Temos já<br />
muitas novidades e muitos produtos. Vamos continuar<br />
a apostar na área automóvel e queremos replicar iniciativas<br />
como esta noutros espaços e noutros contextos”.<br />
Nuno Pedro, Ampeser<br />
“Gostei principalmente do desafio que o concurso traz,<br />
quer seja pela parte teórica dos questionários quer<br />
pela parte prática nas provas. E pelo conhecimento que<br />
adquirimos através do próprio processo de seleção. As<br />
provas que foram realiza<strong>das</strong> representam muitas <strong>das</strong><br />
situações que tratamos no dia a dia. Destaco, acima de<br />
tudo, a aprendizagem, o espírito de companheirismo<br />
que houve entre os oito participantes e a organização.<br />
Isso foi o melhor que pudemos ter durante os dois<br />
dias de provas”.<br />
Gonçalo Salvador, Caetano Drive Setúbal<br />
“O que me levou a participar foi a aquisição de novos<br />
conhecimentos, o desafio <strong>das</strong> provas. E, também, a partilha<br />
de informação com colegas de profissão. As provas<br />
não foram simples. Foram desafios muito grandes. Acho<br />
que estiveram ao nível do que fazemos no dia a dia.<br />
A troca de ideias desta área, que é muito abrangente,<br />
a partilha de experiências e o companheirismo foi o<br />
que mais marcou este concurso”.<br />
Artur Agostinho da Silva,<br />
Oficina Cândido Silva<br />
“Achei um desafio interessante. Gosto de ser posto à<br />
prova nas novas tecnologias, visto que os automóveis<br />
estão a sofrer uma evolução muito grande e temos de<br />
“Foi um desafio. Tentar perceber quais eram as minhas<br />
dificuldades, em que áreas estava mais ou menos à<br />
vontade. E o próprio desafio em si. O de nos testarmos<br />
todos os dias. As provas foram ‘duras’. Algumas estava<br />
mais à-vontade, outras menos. Foram dois dias de trabalho<br />
árduo e de muita pressão. As provas, no fundo,<br />
são o nosso dia a dia. Desde o convívio que houve entre<br />
os concorrentes, passando pelos conhecimentos que<br />
adquiri e que alguns deles não tinha, adorei o concurso.<br />
A experiência, no global, foi cinco estrelas”.<br />
Tiago Rita, C. Santos VP<br />
“Testar as minhas capacidades, estar sob pressão e<br />
perceber de que forma lido com isso. Foram estas as<br />
razões que me levaram a concorrer a esta iniciativa.<br />
As provas foram muito interessantes. Tiveram alguma<br />
dificuldade e criaram nervosismo, mas retirei algum<br />
partido disso e consegui angariar muita experiência. A<br />
recordação que levo daqui para o futuro tem a ver com<br />
a dificuldade em trabalhar sob pressão. Mas, também,<br />
o companheirismo. Todos nos ajudámos uns aos outros.<br />
Não nas provas, mas a nível de grupo”.<br />
Nuno Santos, HNZ Auto<br />
“O que me levou a participar no concurso foi a vontade<br />
de conhecer novas coisas, ter oportunidade de aferir<br />
os meus conhecimentos e passar por uma experiência<br />
nova, numa situação, também ela, nova. As provas estavam<br />
bem elabora<strong>das</strong>. São situações que, normalmente,<br />
enfrentamos no nosso dia a dia. Saímos daqui melhor<br />
preparados porque acabamos por ter oportunidade<br />
de pôr em prática todos os conhecimentos, que nos<br />
ajudam a resolver problemas que temos no dia a dia”.<br />
Sérgio Dias, MAN Truck & Bus<br />
“O meu principal objetivo ao participar foi perceber em<br />
que ponto estou em termos de preparação e diagnóstico<br />
de ligeiros, uma vez que, até aqui, só tenho trabalhado<br />
na área dos veículos pesados. Achei as provas<br />
difíceis. Mas se não fossem, não tinham ‘piada’. Acho<br />
que correram bem, tendo em conta os conhecimentos<br />
que adquiri. O ensinamento que levo daqui passa por<br />
aplicar-me mais na formação, visto que notei que tenho<br />
algumas dificuldades na área dos ligeiros. Quero<br />
melhorar o meu percurso”.<br />
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M<br />
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CM<br />
MY<br />
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Cleaning<br />
Procedure for<br />
Diesel-Particle<br />
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ID 0000045901
8<br />
ATUALIDADE<br />
Livro de Reclamações<br />
Está a par <strong>das</strong> alterações?<br />
No dia 1 de julho, teve início a fase de adaptação à nova diretiva do Livro de Reclamações. A grande novidade<br />
reside no formato eletrónico. Neste artigo, com a ajuda do CASA, damos-lhe conta <strong>das</strong> alterações<br />
C<br />
M<br />
Y<br />
CM<br />
MY<br />
CY<br />
CMY<br />
K<br />
Por: Joana Calado<br />
A<br />
fase de adaptação à nova legislação<br />
do Livro de Reclamações<br />
começou no passado dia 1 de<br />
julho. E terminará a 1 de julho de 2019.<br />
Sara Mendes, diretora do Centro de Arbitragem<br />
do Sector Automóvel (CASA),<br />
explica-nos as mudanças que traz esta<br />
diretiva. A responsável destaca, como<br />
principal alteração, a criação de um Livro<br />
de Reclamações eletrónico, disponível<br />
online no site www.livroreclamacoes.<br />
pt. Mas o formato impresso também<br />
sofreu algumas alterações. Segundo<br />
Sara Mendes, estas mudanças poderão<br />
vir a resolver alguns problemas recorrentes,<br />
nomeadamente as reclamações<br />
não revelantes. “No setor automóvel, a<br />
esmagadora maioria <strong>das</strong> reclamações<br />
não incide sobre a área de fiscalização<br />
da ASAE. Logo, são inúteis”, afirma. O formato<br />
eletrónico coloca à disposição do<br />
consumidor uma área específica para que<br />
este possa questionar a ASAE sobre se a<br />
sua reclamação é passível de fiscalização.<br />
Dezembro I 2018<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
9<br />
n OBTER SEMPRE RESPOSTA<br />
A diretora do CASA não tem dúvi<strong>das</strong><br />
que, “muitas vezes, mesmo quando a ação<br />
da empresa é geradora de responsabilidade<br />
que pode ser inspecionada pela<br />
ASAE, o consumidor poderá ficar com<br />
o problema por resolver”, dando como<br />
exemplo a violação do prazo de 30 dias<br />
para reparação ou substituição de produtos<br />
com defeito em garantia. “Neste caso,<br />
apesar de existir, efetivamente, uma falha<br />
por parte da empresa e de esta ser punível<br />
pela entidade inspetora, podendo<br />
levar à aplicação de uma coima, o cliente<br />
não verá a sua situação resolvida. No entanto,<br />
através do CASA, o consumidor<br />
poderá entrar em conversações com a<br />
empresa e, assim, ver o seu problema<br />
resolvido em menor tempo útil”, explica<br />
Sara Mendes.<br />
Os dois formatos do livro (impresso e<br />
eletrónico) deverão ser utilizados em<br />
simultâneo. Apesar de existirem diferenças<br />
entre ambos, algumas regras são<br />
idênticas, tendo sido feitas alterações<br />
ao sistema em papel para uniformizar<br />
o tratamento por parte <strong>das</strong> empresas. A<br />
diretora do CASA espera que “este novo<br />
formato e estas novas obrigações tragam,<br />
efetivamente, uma mais-valia na resolução<br />
dos problemas entre empresas e<br />
consumidores”. Apesar de nos encontrarmos<br />
já dentro do período transitório, Sara<br />
Mendes refere que “ainda não existiram<br />
muitos pedidos de esclarecimento relativamente<br />
a este tema”, desconhecendo a<br />
razão, que poderá estar associada à falta<br />
de informação ou ao longo intervalo de<br />
tempo que as empresas dispõem para se<br />
adaptarem às novas regras. Estas novas<br />
diretivas poderão, também, acabar com<br />
um dos principais problemas apontados<br />
pelo CASA: “A maioria <strong>das</strong> reclamações<br />
escritas no livro não chegam aos órgãos<br />
de gestão e administração <strong>das</strong> empresas<br />
e, muitas vezes, o cliente nunca obtém<br />
uma resposta”, revela a diretora.<br />
n PAPEL E ONLINE: DIFERENÇAS<br />
Até há pouco tempo, a empresa não<br />
era obrigada a responder diretamente ao<br />
consumidor. A única obrigação que tinha<br />
era o envio da folha correspondente, através<br />
de carta, para a ASAE, com a devida<br />
explicação. Com a nova diretiva, a empresa<br />
passa a ser obrigada a responder,<br />
diretamente, ao consumidor. E poderá<br />
ser esta a forma de criar uma relação<br />
diferente entre ambas as partes. Se, até<br />
aqui, a empresa dispunha de 10 dias úteis<br />
para enviar a reclamação por carta para<br />
a ASAE, com a nova diretiva passa a ter,<br />
à semelhança do livro eletrónico, 15 dias<br />
úteis para fazê-lo, podendo o envio ser<br />
Sara Mendes,<br />
diretora do CASA,<br />
explicou ao <strong>Jornal</strong><br />
<strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> o que<br />
mudou no Livro de<br />
Reclamações com a<br />
nova diretiva<br />
efetuado por email, havendo possibilidade<br />
de anexar documentos ou fotos que<br />
ajudem na resposta. A empresa pode,<br />
também, prescindir do “cartaz” convencional<br />
que indica que dispõe de Livro<br />
de Reclamações. No entanto, continua<br />
a ser obrigatório afixar a informação que<br />
o livro existe.<br />
A grande novidade no livro em papel,<br />
também esta semelhante ao formato<br />
Untitled-3.pdf 1 06/09/18 15:38<br />
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www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />
2018 I Dezembro
ATUALIDADE<br />
10<br />
Livro de Reclamações<br />
Principais<br />
diferenças<br />
entre papel<br />
e eletrónico<br />
Papel<br />
l Não é obrigatório responder ao consumidor<br />
l Não se podem anexar documentos<br />
l É obrigatório apresentar exposição<br />
à ASAE sobre a queixa<br />
l O consumidor não pode pedir<br />
informações prévias à ASAE<br />
Eletrónico<br />
l É obrigatório responder ao consumidor<br />
l Podem-se anexar documentos ou fotos<br />
l Basta colocar na plataforma o pdf da<br />
resposta ao consumidor. A ASAE, se<br />
pretender, colocará questões à empresa<br />
l O consumidor pode pedir informações<br />
à ASAE sobre o litígio e não reclamar<br />
eletrónico, é mesmo a obrigação da empresa<br />
auxiliar o consumidor na redação<br />
de uma reclamação, caso ele não tenha<br />
capacidades para fazê-lo, nomeadamente<br />
se estiver impossibilitado de realizar tal<br />
tarefa. Esta nova regra pode vir a gerar<br />
algum desconforto na empresa, mas,<br />
segundo Sara Mendes, “esta normativa<br />
deve ser cumprida. Em caso de incumprimento,<br />
tal é punível com coima”. Já o<br />
Livro de Reclamações eletrónico, poderá<br />
ser um elemento facilitador da gestão <strong>das</strong><br />
reclamações por parte da empresa, uma<br />
vez que estas, ao fazerem o upload da<br />
resposta ao consumidor na plataforma,<br />
estão a disponibilizá-la, também, para a<br />
ASAE. Caso seja necessário mais algum<br />
esclarecimento, será a própria entidade<br />
reguladora a contactar diretamente a empresa.<br />
A esta resposta, é possível anexar<br />
documentos ou fotos para sustentar as<br />
argumentações apresenta<strong>das</strong><br />
n VANTAGEM DO ELETRÓNICO<br />
A obrigatoriedade de dar uma resposta<br />
ao cliente poderá, segundo a diretora do<br />
CASA, “trazer maior proximidade entre<br />
empresa e cliente. A expectativa que<br />
temos é que uma reclamação no livro<br />
passe a constituir para a empresa uma<br />
oportunidade de resolver um problema,<br />
que é, não só, do cliente, mas também,<br />
da empresa”. Muitas vezes, o consumidor<br />
que chega ao CASA reclama da falta de<br />
resposta por parte da empresa, uma vez<br />
que não obteve nenhum contacto nem<br />
viu o seu problema solucionado. Neste<br />
caso, o consumidor já se encontra num<br />
estado de conflito com a empresa tal, que<br />
será difícil resolver a situação de forma<br />
que não seja contenciosa.<br />
“Consideramos que existe grande confusão<br />
sobre a utilidade e a eficácia da<br />
utilização do Livro de Reclamações. O<br />
cliente, quando está descontente com o<br />
serviço que a oficina prestou, pensa que,<br />
ao escrever no livro, vai desencadear uma<br />
ação inspetiva por parte da ASAE. Mas a<br />
entidade reguladora só tem competência<br />
para inspecionar uma série de situações<br />
que estão descritas na lei. Sempre que a<br />
reclamação não se encontra nesse âmbito,<br />
não dará início a qualquer ação inspetiva”,<br />
explica Sara Mendes. O facto de ser possível,<br />
através da plataforma do Livro de<br />
Reclamações eletrónico, questionar a<br />
ASAE sobre as suas áreas de jurisdição<br />
e sobre se a reclamação em concreto se<br />
aplica ou não a essas áreas, poderá vir a<br />
resolver este problema.<br />
O novo formato eletrónico do livro<br />
tem mais uma particularidade. Para as<br />
empresas que já disponham de sistemas<br />
de gestão de reclamações, poderão associar<br />
estes à plataforma para que seja,<br />
também, mais simples fazer a gestão<br />
de to<strong>das</strong> as reclamações. Para efetuar o<br />
registo e começar a utilizar o Livro de<br />
Reclamações eletrónico, as empresas não<br />
necessitam de ter um site. No entanto,<br />
caso o tenham, é obrigatório colocar uma<br />
hiperligação direta para o site do Livro de<br />
Reclamações. Contudo, as empresas estão<br />
obriga<strong>das</strong> a ter um email para efetuar<br />
o registo. No entanto, este não tem de ser<br />
o mesmo que utilizam para responder às<br />
reclamações, podendo, depois, alterá-lo<br />
uma vez efetuado o registo para um que<br />
lhes seja mais conveniente. Aqui, caberá<br />
unicamente à empresa tal decisão. ✱<br />
Livro de Reclamações eletrónico<br />
Quando?<br />
A qualquer momento, desde 1 de julho de 2018<br />
Obrigatoriamente até 1 de julho de 2019<br />
Se a empresa tiver site<br />
Tem, obrigatoriamente, de fazer um hiperlink para a plataforma do Livro de Reclamações<br />
eletrónico. Pode interligar a plataforma a um back office de gestão de reclamações interno<br />
Como?<br />
Registo na plataforma www.livroreclamacoes.pt<br />
Não é necessário a empresa ter site, mas tem de ter,<br />
obrigatoriamente, email<br />
Dezembro I 2018<br />
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12<br />
OBSERVATÓRIO<br />
Conceitos de Mobilidade (Parte XII)<br />
Carregamentos solares<br />
A Hyundai e a Kia querem aproveitar a energia solar para carregar as baterias, através do tejadilho e do capot,<br />
em alguns dos seus modelos. A introdução da tecnologia no mercado está agendada para o próximo ano<br />
Por: Jorge Flores<br />
Reduzir os consumos de energia é<br />
uma prioridade válida para vários<br />
setores. E o da indústria automóvel<br />
não foge à regra. Exemplo disso, é o plano<br />
anunciado pelos fabricantes sul-coreanos<br />
Hyundai e Kia. No próximo ano, ambas<br />
as marcas pretendem passar a dispor de<br />
uma tecnologia de carregamento por<br />
energia solar. Como? Através de painéis<br />
solares instalados no tejadilho e no capot,<br />
em vários modelos <strong>das</strong> suas gamas.<br />
Apesar de os painéis fotovoltaicos existirem<br />
já em vários outros projetos, inclusivamente,<br />
este será o primeiro grande<br />
investimento de dois construtores de<br />
automóveis no sentido de aplicar esta<br />
solução ao serviço <strong>das</strong> gamas, dando o tiro<br />
de partida já em meados de 2019, assegurando<br />
uma maior amplitude tecnológica<br />
do sistema no ano de 2020. Por enquanto,<br />
ambos os fabricantes ainda conservam<br />
em segredo os modelos que incorporarão<br />
esta tecnologia nos tejadilhos. O sistema<br />
combinará diretamente com a principal<br />
fonte de energia do veículo, seja ela motor<br />
de combustão, híbrida ou 100% elétrica.<br />
n CONDUTORES E PRODUTORES<br />
Antes desta aposta da Hyundai e da Kia,<br />
já a Toyota havia investido numa solução<br />
semelhante no anterior Prius PHEV, que<br />
disponibilizava, em opção, um tejadilho<br />
fotovoltaico, capaz de gerar 50 W, uma<br />
potência com pouca expressão e que era<br />
canalizada apenas para o funcionamento<br />
<strong>das</strong> ventoinhas do ar condicionado. Desta<br />
feita, o objetivo será aproveitar a energia<br />
solar para dar potência às baterias de<br />
modo a propulsionar o veículo, diminuir<br />
os consumos e, se possível, aumentar<br />
ligeiramente a sua autonomia quando<br />
circula em modo elétrico.<br />
São três os tipos de células solares em<br />
desenvolvimento. A primeira geração, deverá<br />
ser incorporada apenas em modelos<br />
híbridos, por volta de 2019 ou 2020. Nesta<br />
fase, o sistema conseguirá carregar entre<br />
30 a 60% da pequena bateria que cada<br />
um transportará, durante o seu trajeto<br />
quotidiano, dependendo <strong>das</strong> condições<br />
climatéricas. A segunda geração, será um<br />
pouco mais ambiciosa, uma vez que visa<br />
reduzir as emissões dos veículos de combustão.<br />
A tecnologia será, então, aplicada<br />
nos tejadilhos de elétricos ou em veículos<br />
a gasolina ou gasóleo, procurando reduzir<br />
as emissões poluentes destes últimos.<br />
Os painéis solares de silício, colocados no<br />
topo dos automóveis, são concebidos em<br />
material semi-transparente, podendo, por<br />
isso, ser combinados com o tejadilho em<br />
vidro.<br />
n 100 W POR HORA DE SOL<br />
A terceira geração da tecnologia fotovoltaica<br />
será, exclusivamente, aplicada<br />
em veículos elétricos e será mais leve. Os<br />
trabalhos do Departamento de Investigação<br />
& Desenvolvimento da Hyundai<br />
e Kia têm tentado que as células solares<br />
possam ser instala<strong>das</strong> em vária zonas<br />
do veículo, desde o teto até ao capot ou<br />
portas. Se tal vier a ser possível, a energia<br />
solar de um automóvel poderia gerar uma<br />
produção próxima dos 100 W por cada<br />
hora de exposição ao sol. Jeong-Gil Park,<br />
vice-presidente executivo da Divisão de<br />
Projeto de Engenharia do Hyundai Motor<br />
Group, que desenvolveu esta tecnologia,<br />
acredita que, no futuro, haverão muitas<br />
soluções e formas de os automóveis aproveitarem<br />
a energia. “O teto solar será uma<br />
dessas tecnologias e significará que os<br />
automóveis deixarão simplesmente, de<br />
uma forma passiva, de consumir energia,<br />
mas também começarão a produzir<br />
ativamente eletricidade”, revela. “É entusiasmante.<br />
Desenharmos uma tecnologia<br />
para que os condutores deixem de<br />
ser simples consumidores de energia e<br />
passem a ser produtores de eletricidade”,<br />
acrescentou. ✱<br />
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14<br />
TECNOLOGIA<br />
Híbridos (simples) são o futuro<br />
Máxima<br />
eficiência<br />
Com uma reputação e uma imagem de marca que têm<br />
por base a eficiência, a tecnologia híbrida da Lexus, que<br />
é utilizada, também, por alguns modelos da Toyota,<br />
veio para ficar. Numa fase em que se discute, de forma<br />
preponderante, o futuro dos motores de combustão<br />
interna, enveredemos pelo único caminho que o grupo<br />
japonês parece saber encontrar rumo à máxima eficiência<br />
Por: Ricardo Carvalho<br />
Energia regenerada<br />
O carregamento <strong>das</strong> baterias pode ser feito de duas forma distintas.<br />
Nenhuma delas implica qualquer ligação a fonte externa ou auxiliar:<br />
através da combinação motor de combustão e gerador elétrico; através<br />
da travagem regenerativa, tecnologia que, durante a desacelerações e as<br />
travagens, faz com que o motor elétrico inverta o seu funcionamento,<br />
passando a funcionar como gerador e travão elétrico, enviando energia<br />
que vai ser armazenada nas baterias e, posteriormente, utilizada,<br />
aproveitando e evitando que esta se dissipe na forma de calor ou ruído.<br />
Em condução urbana, sempre no para-arranca, é possível maximizar a<br />
regeneração através desta tecnologia, melhorando a eficiência global do<br />
sistema, assim como o tempo que o automóvel circula em modo<br />
puramente elétrico, ou seja, livre de emissões.<br />
Combinando duas fontes de energia, a térmica (motor de combustão interna,<br />
a gasolina) e outra elétrica (alimentada por uma bateria), o sistema híbrido da<br />
Lexus, que faz furor desde 2005, merece destaque pela sua tripla capacidade<br />
de propulsão. Cada uma <strong>das</strong> fontes pode fazê-lo de forma separada ou em conjunto,<br />
sempre com o objetivo de alcançar a máxima eficiência. Dos modelos mecanicamente<br />
“mais simplistas” da Toyota até ao desportivo da Lexus, o LC, passando por berlinas<br />
e SUV, a tecnologia híbrida é uma aposta transversal a to<strong>das</strong> as gamas do grupo,<br />
englobando as marcas Toyota e Lexus. A sua evolução parece não parar graças aos<br />
vários desenvolvimentos introduzidos ao longo do tempo, sendo um bom exemplo<br />
disso o Multi Stage Hybrid System, ganhando razão e incentivo nas dificuldades que<br />
os motores “convencionais” têm enfrentado para cumprir as normas anti-poluição. Q<br />
Dezembro I 2018<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
15<br />
Ciclo Atkinson: mais potência sem turbo<br />
A principal característica que distingue os motores de combustão interna da Lexus dos que são mais<br />
comummente utilizados, é o facto de trabalharem de acordo com o ciclo Atkinson, em vez do mais<br />
“convencional” ciclo Otto. Isto acontece para se conseguir atingir uma maior eficiência energética<br />
devido às menores per<strong>das</strong> por bombeamento, consegui<strong>das</strong> com a menor pressão sobre o êmbolo pela<br />
redução do tempo de compressão. A grande diferença entre ambos os ciclos reside no atraso do ciclo<br />
Atkinson no fecho da válvula de admissão durante o tempo de compressão. Este objetivo, além de<br />
mecanicamente complexo, consumia alguma potência devido à menor capacidade de enchimento,<br />
uma vez que uma parte da mistura admitida volta para o coletor de admissão pelo facto de a válvula<br />
estar ainda aberta assim que o êmbolo abandona o ponto morto inferior. Para conseguir o mesmo<br />
efeito, sem a “confusão” mecânica anteriormente exigida, o Grupo Toyota introduziu, na década de 90,<br />
a admissão variável através de atuadores hidráulicos que fazem variar a posição do excêntrico da<br />
árvore de cames e, consequentemente, a abertura <strong>das</strong> válvulas. A introdução da propulsão elétrica na<br />
cadeia cinemática não só permite a circulação sem emissões, como ultrapassa, também, a ligeira<br />
perda de potência do motor de combustão sem o recurso a um turbocompressor, mais penalizador dos<br />
consumos (e sem filtro de partículas).<br />
Multi Stage: transmissão dupla<br />
O LC 500h, uma <strong>das</strong> pérolas da Lexus, assinala uma espécie de nova era no seio do fabricante<br />
nipónico. A introdução do Multi Stage Hybrid System assume-se como o ponto de viragem. Trata-se<br />
de uma caixa de velocidades que incorpora uma nova caixa automática de quatro relações, colocada<br />
logo atrás do trem epicicloidal que partilha com os restantes modelos. Esta é a forma através da qual<br />
a Lexus pretende aumentar o prazer de condução, conseguindo sincronizar a velocidade do motor<br />
com a velocidade a que circula o automóvel, oferecendo, ao mesmo tempo, uma resposta superior do<br />
acelerador. Na transmissão, do tipo CVT, o trem epicicloidal tem o poder para simular três relações<br />
distintas, que, quando multiplica<strong>das</strong> pelas primeiras três da nova caixa automática, se traduzem em<br />
nove relações. A décima e última relação de caixa tem, por fim, a redução dos consumos a<br />
velocidades mais eleva<strong>das</strong>. A unidade de controlo permite que as passagens sejam feitas em menos<br />
de 100 milissegundos.<br />
Caixa de velocidades E-CVT<br />
A caixa de velocidades E-CVT, do tipo variação contínua, é controlada eletronicamente e consegue<br />
lidar com ambas as fontes de potência: a elétrica e a proveniente do motor de combustão a gasolina.<br />
Oferece um número teórico de relações e, graças ao preciso controlo em tempo real <strong>das</strong> condições de<br />
condução, como a velocidade do automóvel e a potência pedida pelo condutor, consegue calcular e<br />
selecionar a relação de transmissão ideal para cada momento, através de um conjunto de<br />
engrenagens planetárias, configuração distinta daquela que é utilizada nas transmissões de variação<br />
contínua “convencionais”. A E-CVT atua de forma rápida e praticamente impercetível, revelando-se a<br />
escolha acertada para funcionar em parceria com o sistema híbrido, já que, ao não utilizar relações<br />
de transmissão fixas, permite que o motor seja, constantemente, explorado à velocidade de<br />
funcionamento mais eficiente ou propulsionando o veículo e enviando a energia gerada para as<br />
baterias. Em alguns modelos, a caixa E-CVT disponibiliza um modo de atuação sequencial, que<br />
equilibra a subida de rotação do motor com a aceleração do automóvel, permitindo incrementar<br />
várias fases de travagem com o motor durante as desacelerações.<br />
Menos per<strong>das</strong> com o sistema híbrido<br />
Os principais componentes do sistema que compõe o fluxo de energia são seis. A saber: motor<br />
de combustão interna; motor elétrico; gerador elétrico (também funciona como motor de<br />
arranque); bateria; unidade de controlo; divisor de potência na forma de um trem epicicloidal.<br />
A mudança entre os vários tipos de propulsão é feita de forma quase impercetível, num<br />
processo gerido de forma autónoma pela unidade de controlo, que, através da monitorização<br />
<strong>das</strong> condições, ajusta, em tempo real, a proporção de energia proveniente <strong>das</strong> duas fontes<br />
para atingir maior eficiência. Esta partilha inteligente permite, quando o motor a gasolina<br />
está a funcionar, carregar a bateria através do gerador, um elemento que, em ambiente<br />
urbano ou quando as condições assim o possibilitem, desligar o motor de combustão e deixar<br />
que o motor elétrico entres em cena para uma condução totalmente livre de emissões.<br />
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2018 I Dezembro
16<br />
EVENTO<br />
Parts Aftermarket Congress 2018<br />
Desafios para a cadeia IAM<br />
Cerca de 500 líderes do pós-venda europeu estiveram reunidos, em Roma, para discutir o futuro<br />
do aftermarket num congresso de dois dias que tinha como tema principal “Mobilidade inteligente e<br />
desafios para a cadeia de fornecimento do IAM”<br />
Por: João Vieira<br />
O<br />
testemunho dos protagonistas<br />
sobre as tendências de desenvolvimento<br />
do aftermarket e as experiências<br />
dos grandes grupos europeus<br />
de distribuição, abriram os trabalhos da<br />
edição deste ano do Parts Aftermarket<br />
Congress, que contou com a presença de<br />
mais de 500 empresários, CEO’s, gerentes,<br />
diretores comerciais, representantes <strong>das</strong><br />
empresas mais importantes da cadeia de<br />
fornecimento do pós-venda em Itália e<br />
Europa, como fabricantes de peças aftermarket<br />
e equipamentos, prestadores de<br />
serviços e toda a cadeia de distribuição.<br />
O tema chave do congresso e <strong>das</strong> muitas<br />
apresentações que foram feitas, durante<br />
os dois dias do evento, foi o efeito<br />
disruptivo <strong>das</strong> inovações tecnológicas,<br />
como a produção de veículos inteligentes<br />
e conectados, requisitos de novos consumidores,<br />
mobilidade inteligente, modalidades<br />
de compras, necessidades de<br />
serviços inovadores para o cliente, novos<br />
regulamentos, estrutura de distribuição,<br />
gestão inteligente de Big Data no processo<br />
de distribuição e consequências<br />
sobre os serviços de aluguer e seguros.<br />
Vincenzo Boccia, presidente da Confin-<br />
dustria, que participou do segundo dia do<br />
evento, disse que “a indústria automotive<br />
e a sua rica cadeia de fornecedores são<br />
paradigmáticas para a indústria do futuro:<br />
alto valor agregado, alta intensidade de<br />
capital e alta produtividade. Uma grande<br />
capacidade de inovar e uma extraordinária<br />
vocação internacional, faz dos produtores<br />
italianos os mais competitivos<br />
do mundo. E esta conferência anual,<br />
organizada pela revista Parts, é uma<br />
vitrine do melhor Made in Italy.” Numa<br />
fase particularmente complexa, o Parts<br />
Aftermarket Congress apresenta-se como<br />
um momento de reflexão do setor, capaz<br />
de despertar a atenção de todos os<br />
profissionais para as tendências, visões,<br />
mudanças e propostas úteis para fazer<br />
crescer o negócio do pós-venda.<br />
O <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> esteve presente<br />
como o único meio português e representante<br />
do Aftermarket Media Network,<br />
ao qual pertencem outros meios da imprensa<br />
especializada, como os franceses<br />
da Zepros, os espanhóis da Talleres en<br />
Comunicacion, os gregos da Autoespecialist,<br />
os italianos da Parts e os polacos<br />
da Warsztat.<br />
MICHELE BERTONCELLO, partner da<br />
consultora McKinsey, foi o primeiro orador<br />
a intervir e focou a sua apresentação na<br />
mobilidade do futuro e as implicações nos<br />
players do aftermarket. Comentou o momento<br />
disruptivo que a mobilidade está a<br />
viver, mercado no qual, em 2020, se espera<br />
que 10% <strong>das</strong> ven<strong>das</strong> de peças aftermarket<br />
ao consumidor final sejam feitas online e<br />
em que 70% dos especialistas esperam<br />
que novos players, como Google ou Amazon,<br />
tenham uma parte significativa do<br />
mercado de pós-venda nos próximos anos.<br />
Em termos de números, em 2020 a maior<br />
frota de veículos será a norte-americana<br />
e a asiática será a que mais crescerá, enquanto<br />
a europeia permanecerá. Além<br />
disso, Bertoncello definiu 10 tendências<br />
disruptivas no pós-venda: digitalização de<br />
canais e interfaces, presença de big data,<br />
crescimento de frotas, adaptação local<br />
a mercados emergentes, “eletrificação”,<br />
aumento da importância do software,<br />
condução autónoma, veículo conectado,<br />
entrada de novos atores e consolidação<br />
e integração dos diferentes membros do<br />
mercado pós-venda.<br />
ROBERTO VAVASSORI, presidente da<br />
CLEPA, salientou a importância da indústria<br />
de componentes na Europa, que emprega<br />
mais de 12 milhões de pessoas e cujas<br />
peças são responsáveis por 75% do valor<br />
do veículo. Vavassori listou quatro mega-<br />
Dezembro I 2018<br />
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17<br />
tendências para o futuro. A primeira, é a<br />
conectividade. “O veículo irá recomendar<br />
uma oficina para reparar o dano ou realizar<br />
a manutenção e 58% dos clientes nos<br />
EUA, Alemanha, Brasil e China vão obedecer<br />
e ir para onde o veículo sugere”, disse.<br />
A segunda megatendência, é o veículo autónomo.<br />
“As viaturas modernas têm 100 milhões<br />
de linhas de código no seu software,<br />
número que deverá triplicar até 2020, que<br />
terá 300 milhões, aumentando a necessidade<br />
<strong>das</strong> oficinas e outras organizações da<br />
cadeia de estarem atualiza<strong>das</strong> e treina<strong>das</strong><br />
nessas tecnologias”, disse o presidente da<br />
CLEPA. A terceira tendência, é a mudança<br />
nos mercados asiáticos, como o chinês,<br />
que vai crescer bem acima dos restantes<br />
mercados mundiais. E a quarta (e última)<br />
megatendência, é a ecologia e o respeito<br />
pelo meio ambiente com aspetos importantes,<br />
tais como o novo regulamento de<br />
CO 2<br />
até 2030, que irá “forçar” os governos<br />
de diversos países a promover a “eletrificação”<br />
quase imediatamente.<br />
A sessão da tarde do congresso começou<br />
com a intervenção de FERDINANDO<br />
IMHOF, CEO da LKQ Europe. Imhof descreveu<br />
a missão da LKQ como “líder global<br />
com valor agregado em peças aftermarket,<br />
oferecendo aos clientes a melhor seleção<br />
disponível e económica de soluções de<br />
peças, construindo fortes parcerias com<br />
os colaboradores e com os mercados onde<br />
estamos presentes”.<br />
Faz parte dos objetivos da LKQ expandir-se<br />
geograficamente na Europa. “Não<br />
terminamos com a nossa expansão e,<br />
também, esperamos dar o salto para fora<br />
da Europa, adaptando-nos aos novos desafios<br />
tecnológicos e agilizando o negócio<br />
para sermos mais eficientes. A escala permite-nos<br />
reduzir custos e, acima de tudo,<br />
fazer melhor as coisas, investindo mais nos<br />
negócios “, disse Imhof. O orador explicou<br />
que o ponto mais importante para a LKQ é<br />
o crescimento orgânico, além de margens<br />
crescentes. Depois disso, é para continuar<br />
com as aquisições e integrar essas novas<br />
empresas na organização. Por fim, Imhof<br />
referiu-se à necessidade de adquirir e administrar<br />
talentos, capital humano. “Sem<br />
dúvida, somos os que mais faturam na Europa,<br />
a uma grande distância do segundo<br />
(5.300 milhões de euros contra os 1.700<br />
que fatura a GPC Alliance), mas estes valores<br />
estão muito longe dos alcançados<br />
pela LKQ nos EUA”, acrescentou Imhof. O<br />
responsável da LKQ Europe também adian-<br />
A 14.ª edição do<br />
Parts Aftermarket<br />
Congress, que<br />
decorreu no início<br />
de novembro, em<br />
Roma, voltou a<br />
reunir centenas<br />
de participantes e<br />
ilustres oradores<br />
internacionais,<br />
que abordaram a<br />
situação atual e o<br />
futuro do mercado<br />
de pós-venda na<br />
Europa e no mundo<br />
tou que a empresa está a desenvolver um<br />
catálogo europeu de peças de reposição<br />
com especificações para cada mercado em<br />
que estão presentes. Referiu ainda outros<br />
serviços que oferece, como formação para<br />
as oficinas, no seu centro, em Praga, e as<br />
redes de oficinas que gere, como a Autofirst<br />
Network, a Partner Elit, a Auto Kelly Autoservis<br />
ou a A Posto da Rhiag. To<strong>das</strong> elas têm<br />
soluções centraliza<strong>das</strong> para frotas que são<br />
tão eficientes quanto flexíveis.<br />
zon. “O acesso aos dados possibilita, sem<br />
dúvida, uma oportunidade de negócio,<br />
mas o software é um mercado onde estão<br />
presentes milhares de empresas e no<br />
qual as marcas já estão a utilizar serviços<br />
associados”, explicou Katsardis. “O processo<br />
de consolidação e aquisições de empresas<br />
vai continuar porque as ven<strong>das</strong> de veículos<br />
a nível mundial continuam a crescer. Desde<br />
2015, aumentaram 45%”, acrescentou o<br />
presidente da Temot International, que se<br />
referiu às diferentes formas de consolidação,<br />
não só através de compras e ven<strong>das</strong>,<br />
como, também, pelo reforço dos grupos<br />
internacionais, as integrações verticais a<br />
entrada no mercado de fundos de investimento<br />
ou a compra de distribuidores multimarca<br />
pelos construtores de veículos. Em<br />
2028, os países que mais terão consolidado<br />
o negócio de aftermarket serão Espanha,<br />
Itália e Polónia. “A consolidação traz um<br />
aumento <strong>das</strong> margens, que fica a dever-se<br />
ao desenvolvimento e popularização <strong>das</strong><br />
marcas próprias, assim como a melhor logística<br />
que permite aproveitar a economia<br />
de escala. Compras centraliza<strong>das</strong> com as<br />
melhores condições do mercado devido ao<br />
grande volume <strong>das</strong> encomen<strong>das</strong> faz com<br />
que a diferença de preços seja enorme”,<br />
referiu. Para concluir, Katsardis frisou que,<br />
“uma vez concluída a consolidação, surge<br />
uma situação de oligopolio, com um aumento<br />
gradual de preços e uma redução<br />
de custos, já que ficam poucos players no<br />
mercado. Por isso, é importante a colaboração<br />
vertical e horizontal dos distribuidores<br />
em todo o processo de consolidação, a microsegmentação,<br />
o tratamento do big data<br />
e, dento do possível, a internacionalização”,<br />
enumerou.<br />
LUIGI CALIGARIS, diretor do departamento<br />
B2B da editora Domus, empresa<br />
familiar que desenvolveu uma ferramenta<br />
de avaliação de sinistros em Itália, falou<br />
dos sistemas ADAS, informando que, nos<br />
últimos anos, tem havido uma popularização<br />
destes sistemas de ajuda à condução<br />
que se tem refletido, inclusive, nas<br />
campanhas de publicidade <strong>das</strong> marcas.<br />
Segundo Caligaris, a utilização em grande<br />
FOTIOS KATSARDIS, presidente e CEO<br />
de Temot International, fez uma antevisão<br />
do que será o pós-venda daqui a 10 anos,<br />
em 2028. De entre to<strong>das</strong> as tendências,<br />
destacou, como mais importante, a digitalização<br />
de todos os canais, assim como<br />
a entrada de novos atores, como a Amaescala<br />
do sistema ADAS poderia reduzir<br />
os acidentes em auto estrada até 45%<br />
e até 27,5% noutro tipo de estra<strong>das</strong>. A<br />
nível dos componentes que constituem<br />
estes sistemas, existe a possibilidade de<br />
serem vendidos para veículos antigos que<br />
ainda não os têm, enquanto que, para a<br />
oficina, existe a oportunidade de oferecer<br />
um serviço de recalibração destes sistemas,<br />
com a substituição de peças, como,<br />
por exemplo, para-brisas e para-choques.<br />
MARC AGUETTAZ, diretor-geral da GiPA<br />
Italia, trouxe a sua visão sobre o impacto<br />
<strong>das</strong> novas tecnologias nas oficinas de mecânica<br />
e carroçaria. “Estamos numa fase<br />
de mudança para um mercado em que os<br />
veículos serão mais pequenos, elétricos,<br />
autónomos e partilhados”, referiu. Para a<br />
oficina 4.0, os principais desafios passam<br />
pela conectividade, condução autónoma,<br />
pressão económica, novas motorizações,<br />
expansão da oferta com a entrada de novos<br />
players, envelhecimento do parque e<br />
da população, novas formas de mobilidade<br />
e globalização do mercado. Segundo<br />
Aguettaz, os veículos híbridos e elétricos<br />
necessitam de menos peças comparativamente<br />
aos veículos “tradicionais”. No<br />
caso do híbrido, 13% menos, sem incluir os<br />
pneus, e, no caso do elétrico, 40% menos.<br />
No que respeita aos critérios de escolha<br />
da oficina, a confiança e a proximidade<br />
continuam a ser os principais. Mais de<br />
metade dos automobilistas consultam<br />
a Internet antes de levar o veículo para<br />
conhecer melhor a oficina e ver se tem<br />
alguma campanha atrativa. Relativamente<br />
aos sistemas ADAS, Aguettaz comentou<br />
que 27% <strong>das</strong> oficinas preveem investir em<br />
equipamentos para calibrar estes sistemas,<br />
mas apenas 7% manifestaram a intenção<br />
de fazê-lo ainda este ano ou em 2019. O<br />
investimento médio ronda os 13 mil euros.<br />
A terminar, Caligaris fez uma referência<br />
aos valores de mão de obra/hora atualmente<br />
praticados nos diversos países da<br />
Europa, sendo que, em Portugal, a média<br />
é de 41 euros nos concessionários e<br />
de 26 euros nas oficinas independentes<br />
multimarca. Q<br />
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2018 I Dezembro
EVENTO<br />
18<br />
Tendências e<br />
oportunidades<br />
do pós-venda<br />
A 29.ª Convenção da ANECRA, que se realizou nos dias 9 e 10 de novembro, no Centro de Congressos de Lisboa,<br />
foi um grande fórum de discussão dos temas que mais preocupam os profissionais do setor automóvel, em geral,<br />
e do aftermarket, em particular<br />
Por: João Vieira<br />
A<br />
organização impôs uma criteriosa<br />
seleção de temas que evidenciaram<br />
as tendências e, em particular, os<br />
novos modelos de negócio que apontam<br />
para uma efetiva disrupção no setor.<br />
Em cada painel, refletiu-se sobre a constante<br />
evolução do setor, cujo ritmo será difícil<br />
de acompanhar caso não se entendam<br />
e antecipem as tendências, nomeadamente<br />
as que apontam para novos modelos de<br />
negócio, que deverão ser entendi<strong>das</strong> como<br />
desafios e, principalmente, como oportunidades.<br />
No seu discurso de abertura, Alexandre<br />
Ferreira, presidente da direção da ANECRA,<br />
destacou as diversas áreas onde a asso-<br />
ciação tem tido um papel determinante,<br />
nomeadamente no combate à economia<br />
paralela, registando o facto de ter existido<br />
alguma evolução na interação entre as várias<br />
entidades inspetivas e fiscalizadoras.<br />
Alexandre Ferreira referiu outra realidade<br />
particularmente chocante para as empresas<br />
do setor, as quais são obriga<strong>das</strong> a confrontar-se<br />
com uma concorrência desleal praticada<br />
pelas grandes superfícies, que não se<br />
inibem de misturar produtos alimentares<br />
com baterias, lubrificantes e outros consumíveis,<br />
fazendo “tábua rasa” <strong>das</strong> exigências<br />
ambientais, obrigatórias para as empresas<br />
oficinais, de que é exemplo a recolha de<br />
resíduos.<br />
Apesar <strong>das</strong> contrariedades, o presidente<br />
da ANECRA afirmou que o movimento associativo<br />
tem vindo a recuperar de uma crise<br />
que levou ao encerramento, nos últimos 10<br />
anos, de cerca de 6.000 micro, pequenas,<br />
médias e grandes empresa. E que vive um<br />
momento de renovada esperança, o que<br />
confirma a grande resiliência que caracteriza<br />
os empresários e profissionais do setor.<br />
Com um peso fiscal de 20% do total de<br />
receitas arrecada<strong>das</strong>, o automóvel continua<br />
a ser o maior contribuinte líquido do país.<br />
E, sobre esta realidade, Alexandre Ferreira<br />
disse: “Acreditamos estar perante um erro<br />
de casting que poderá ser fatal, ao confundir<br />
o automóvel com a galinha dos ovos de<br />
ouro, dando origem a um legítimo receio<br />
de que a mesma venha a perecer por natural<br />
exaustão”.<br />
A terminar o seu discurso, relembrou os<br />
desafios que as empresas vão enfrentar<br />
a curto prazo, nomeadamente a falta de<br />
recursos humanos para a área da colisão<br />
e a alteração de paradigma quanto à fonte<br />
energética que moverá os veículos do futuro.<br />
“Inevitavelmente, novas oportunidades<br />
irão surgir. Contudo, elas apenas estarão<br />
reserva<strong>das</strong> para os mais competentes, mais<br />
atentos, mais informados e, principalmente,<br />
mais interessados no seu futuro e no futuro<br />
<strong>das</strong> suas empresas”.<br />
Augusto Mateus, economista, falou da<br />
Dezembro I 2018<br />
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29.ª Convenção ANECRA<br />
19<br />
economia e do automóvel, referindo que a<br />
mobilidade partilhada será a tendência que<br />
vai prevalecer no futuro próximo, passando<br />
o veículo a ser um serviço, com to<strong>das</strong> as implicações<br />
económicas que esta mudança irá<br />
trazer na economia <strong>das</strong> empresas do setor.<br />
David Moneo, diretor da Motortec Automechanika<br />
Madrid, fez a apresentação<br />
deste salão, que vai realizar-se de 13 a 16 de<br />
março de 2019, na Feria de Madrid, tendo<br />
referido que Portugal é uma origem importante<br />
dos visitantes da feira, mas ainda tem<br />
potencial de crescimento. 5% dos visitantes<br />
da feira (aproximadamente, 2.500 profissionais),<br />
principalmente oficinas, provêm<br />
do Portugal.<br />
O primeiro dia terminou com um painel<br />
dedicado ao comércio automóvel face à<br />
alteração dos critérios de homologação de<br />
veículos WLTP, tendo sido, também, abordado<br />
o futuro dos Diesel e as implicações<br />
no mercado de usados.<br />
carroçaria, a utilização de diversos materiais,<br />
como fibra de carbono, aço, plástico, alumínio,<br />
novos mástiques e colas, assim como<br />
tintas mais complexas, vem trazer mais<br />
desafios às oficinas de colisão. A formação<br />
dos recursos humanos e investimento em<br />
novos equipamentos é, por isso, inevitável<br />
e não há alternativa”, disse Ignacio Pérez.<br />
O painel dedicado ao “Futuro da Repara-<br />
sistemas. Luís Santos, administrador da<br />
Impoeste, referiu que “a aquisição de um<br />
equipamento de verificação e calibração<br />
dos sistemas ADAS não é uma opção, mas<br />
uma obrigação. To<strong>das</strong> as oficinas que queiram<br />
prestar um serviço de qualidade têm<br />
de ter o equipamento, porque uma percentagem<br />
elevada do parque automóvel já<br />
tem este sistema”. Ricardo Oliveira, diretor<br />
de comunicação e imagem da Renault Portugal,<br />
reforçou esta opinião, dizendo que<br />
“as oficinas não podem ficar à espera que<br />
apareçam veículos com ADAS, porque 50%<br />
dos novos modelos já vêm equipados de<br />
origem com este sistema”.<br />
Ignacio Pérez alertou para o facto de<br />
alguns fabricantes de veículos já terem<br />
anunciado a ambição de, para além de<br />
venderem viaturas, quererem também<br />
repará-las, competindo, diretamente, com<br />
as oficinas independentes multimarca.<br />
“Os fabricantes querem tudo, mas não<br />
conhecem todos os negócios e vão ter<br />
de partilhar com outros players do setor”.<br />
Pérez disse, também, que a utilização de<br />
peças reutilizáveis será cada vez maior e<br />
as próprias seguradores vão incluir estas<br />
peças nas reparações”.<br />
O último assunto abordado neste painel<br />
disse respeito aos técnicos especialistas e<br />
à dificuldade que as oficinas têm em contratar<br />
pessoal especializado. Para Ricardo<br />
Oliveira, “houve um desinvestimento na<br />
formação técnica e faltam de ações de<br />
las diferentes marcas e tratá-los de modo<br />
a serem utilizados pelas oficinas com um<br />
formato standard, adaptado às necessidades<br />
de cada organização. Ficou claro<br />
que tecnologia irá alterar, de forma muito<br />
profunda, a relação entre as oficinas e os<br />
automóvel, mas, também, de que existirá<br />
espaço no mercado para outros players além<br />
dos fabricantes, uma vez que o objetivo<br />
da CARUSO será disponibilizar os dados<br />
técnicos <strong>das</strong> viaturas de diferentes marcas<br />
às oficinas, de forma a serem utilizados de<br />
modo regular e adaptados às necessidades<br />
de cada entidade. Foram, assim, aborda<strong>das</strong><br />
diferentes oportunidades de negócio para o<br />
futuro do automóvel e foi esclarecido como<br />
será possível garantir a livre concorrência<br />
e evitar o monopólio por parte dos fabricantes<br />
de automóveis.<br />
Seguiu-se um painel dedicado às tecnologias<br />
de informação e o modo como<br />
estão elas a revolucionar a ligação do setor<br />
com os clientes particulares, fornecedores<br />
e viaturas. Neste painel, fez-se notar que,<br />
no futuro, haverá necessidade de adaptação<br />
<strong>das</strong> empresas aos novos modelos de<br />
negócio e de inovação na comunicação<br />
por parte <strong>das</strong> empresas do setor com as<br />
outras entidades.<br />
Frise-se a presença do Secretário de Estado<br />
dos Assuntos Fiscais, António Mendonça<br />
Mendes, que presidiu à sessão de abertura,<br />
onde foi abordado um dos assuntos mais<br />
prementes para o setor automóvel, o WLTP.<br />
n DESAFIOS DA REPARAÇÃO<br />
Foi preocupação da 29.ª Convenção Anual<br />
da ANECRA proporcionar aos empresários<br />
e profissionais do setor um conhecimento<br />
sobre as novas realidades do mundo automóvel<br />
e o seu impacto no negócio, nomeadamente<br />
no que diz respeito à tecnologia<br />
elétrica e híbrida, ao acesso à informação<br />
técnica, à conectividade e à mobilidade.<br />
Para debater estes e outros temas de grande<br />
importância para o futuro <strong>das</strong> empresas de<br />
reparação, a ANECRA preparou um painel<br />
totalmente dedicado às oficinas.<br />
O enquadramento do tema foi apresentado<br />
por Ignacio Juárez Pérez, CEO da<br />
Cesvimap, que começou por afirmar que<br />
o futuro da mobilidade é o veículo elétrico.<br />
“As oficinas têm de estar prepara<strong>das</strong> para<br />
as novas tecnologias e novos sistemas de<br />
propulsão. Com os sistemas ADAS já instalados<br />
na maioria dos veículos modernos,<br />
os sinistros vão diminuir e os custos dos<br />
automobilistas com as viaturas será menor.<br />
A chave vai estar na eficiência e na qualidade<br />
de serviço, assim como nas novas<br />
ferramentas e equipamentos. Na área da<br />
ção Automóvel” foi moderado por Jorge<br />
Zózimo, diretor-geral da Polivalor, que<br />
começou por perguntar aos oradores em<br />
que medida a tecnologia está a mudar o<br />
negócio da reparação automóvel. Para Fernando<br />
Relvas, administrador da LD Auto,<br />
“quando há mudanças, há oportunidades<br />
de fazer negócios. Devemos estar preocupados<br />
com o que vai acontecer, mas a<br />
manutenção e reparação automóvel vai<br />
continuar a existir”.<br />
António Caldeira, diretor do Cepra, disse<br />
que “a tecnologia vai afetar, como sempre<br />
afetou. Veja-se o que acontece na agricultura,<br />
onde uma máquina substitui o trabalho<br />
de dezenas de homens. Devemos<br />
estar atentos e acompanhar a evolução<br />
do mercado. É, também, importante manter<br />
informados os profissionais do setor,<br />
porque só conhecendo é que podemos<br />
decidir”.<br />
Sobre a rápida evolução do sistema<br />
ADAS, que já equipa 50% dos veículos<br />
novos, Jorge Zózimo questionou os oradores<br />
sobre quais as oficinas que devem<br />
ter equipamentos de calibração destes<br />
sensibilização sobre o que é a atividade<br />
de mecânico, bate-chapa ou pintor. Por<br />
outro lado, o setor automóvel está menos<br />
apelativo. Há 20 anos, trabalhar nos<br />
automóveis era estar na linha da frente,<br />
mas,hoje, já não é assim”.<br />
n ESPAÇO PARA OUTROS PLAYERS<br />
Numa <strong>das</strong> intervenções mais aguarda<strong>das</strong><br />
desta convenção, Gwenael de Calan, head<br />
of sales & marketing da CARUSO, fez uma<br />
apresentação detalhada deste projeto, que<br />
vai agregar os dados disponibilizados pe-<br />
Na sessão de encerramento, o Secretário<br />
de Estado Adjunto e da Mobilidade, José<br />
Gomes Mendes, refletiu sobre o futuro do<br />
Diesel e de outras formas energéticas que<br />
poderão ser alternativa na locomoção dos<br />
automóveis do futuro, assim como do papel<br />
do automóvel, na Mobilidade.<br />
De registar as novas parcerias da ANECRA,<br />
Guerin Enterprise e Prio Energy, cujos protocolos<br />
foram assinados nesta convenção e<br />
que se poderão constituir como mais vantagens<br />
para a ANECRA e, fundamentalmente,<br />
para os seus associados. Q<br />
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2018 I Dezembro
ENTREVISTA<br />
20<br />
O euroPARTNER<br />
é um conceito<br />
exclusivo e<br />
diferenciador<br />
Responsável pela implementação do projeto<br />
euroPARTNER, César Branco, marketing & sales<br />
manager da Euro Tyre, revela o que está por<br />
detrás da criação desta rede de lojas de peças<br />
independentes. Como o próprio faz questão<br />
de afirmar, “o euroPARTNER é um conceito<br />
exclusivo e diferenciador”<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
Apresentado ao mercado nacional no<br />
Salão MECÂNICA 2018, que se realizou,<br />
na FIL, de 26 a 28 de outubro, o conceito<br />
euroPARTNER resulta de um processo de<br />
maturação da Euro Tyre na área <strong>das</strong> peças.<br />
Para nos revelar o que está por detrás da<br />
criação desta rede de lojas de peças independentes,<br />
César Branco, marketing & sales<br />
manager da Euro Tyre, no tom simpático,<br />
bem disposto e cordial que o caracteriza,<br />
recebeu-nos de braços abertos em Murtede,<br />
onde decorreu este entrevista.<br />
Como surgiu o projeto euroPARTNER?<br />
Para responder a esta pergunta, importa<br />
recuar três anos, altura em que a Euro Tyre<br />
se lançou no negócio <strong>das</strong> peças. A Euro<br />
Tyre tomou uma posição estratégica no<br />
mercado de pneus, que foi deixar de comercializar<br />
pneus pesados, agrícolas e<br />
industriais. E para substituir essa fatia de<br />
negócio, decidiu enveredar pela área <strong>das</strong><br />
peças, numa lógica de diversificação da sua<br />
atuação no aftermarket, juntando, assim,<br />
peças e pneus. O que significa que houve<br />
uma aposta estratégica na diversificação<br />
de mercado e numa proposta global de<br />
aftermarket. Achámos mais importante<br />
entrar nas peças de reposição para o mercado<br />
independente do que continuar no<br />
segmento dos pneus pesados, agrícolas e<br />
industriais. Nesse sentido, estes três últimos<br />
anos têm servido de maturação, de<br />
aprendizagem e de teste <strong>das</strong> soluções de<br />
que dispomos e da nossa aposta estratégica.<br />
Tem-nos permitido saber para onde<br />
queremos e não queremos ir, com base na<br />
nossa experiência de mercado. E chegámos<br />
a um ponto onde tomámos a decisão de<br />
encontrar uma proposta de valor para um<br />
canal específico, que são as lojas de peças,<br />
de forma a que estas possam chegar às oficinas<br />
(os consumidores de peças de reposição<br />
de aftermarket). E como o modelo de<br />
negócio nesta área assenta numa grande<br />
flexibilidade e proximidade, com entregas<br />
várias vezes ao dia, com a existência de<br />
pouco ou nenhum stock nas oficinas e com<br />
uma capacidade de resposta <strong>das</strong> lojas de<br />
peças flexível para as oficinas, achámos<br />
que fazia sentido, para além da relação que<br />
temos com a oficina através do negócio<br />
dos pneus, criarmos um conceito exclusivo<br />
para as lojas de peças independentes, com<br />
marcas exclusivas e de modo a que não<br />
entremos em conflito com as lojas que<br />
vendem peças a oficinas.<br />
Como define o conceito euroPARTNER?<br />
O conceito euroPARTNER foi criado para<br />
as lojas de peças independentes e rege-se<br />
por um protocolo comercial, que tem em<br />
consideração sete pontos. Primeiro: implementar,<br />
por parte da Euro Tyre, uma rede de<br />
parceiros, designados euroPARTNER, com<br />
representatividade a nível de concelho e<br />
pertencendo a uma rede nacional na comercialização<br />
de peças e pneus. Segundo:<br />
a atribuição do estatuto euroPARTNER deverá<br />
obedecer aos critérios definidos pela<br />
Euro Tyre e aceites pelo parceiro. Terceiro:<br />
que exista potencial de desenvolvimento<br />
do negócio da venda de peças na área de<br />
implantação do parceiro. Quarto: que haja<br />
adequação de stock, da operação comercial<br />
e logística de acordo com as exigências<br />
do mercado de distribuição e comercialização<br />
de peças e pneus. Quinto: que o<br />
parceiro cumpra com as suas obrigações<br />
comerciais perante fornecedores e tenha<br />
uma situação financeira estável. Sexto: que<br />
exista potencial de crescimento do negócio,<br />
com a inclusão da oferta de produtos<br />
representados pela Euro Tyre. Sétimo: que<br />
exista a possibilidade e a vontade de um<br />
relacionamento comercial que se sustente<br />
num alinhamento cultural empresarial de<br />
inovação e empreendedorismo.<br />
Quer isso dizer, portanto, que o negócio<br />
da Euro Tyre divide-se em duas áreas?<br />
Nem mais. A Euro Tyre, sendo fornecedor<br />
Dezembro I 2018<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
CÉSAR BRANCO<br />
Marketing & Sales Manager da Euro Tyre<br />
21<br />
global de aftermarket, tem duas áreas de<br />
negócio específicas: pneus (o pilar central<br />
da organização) e peças. O negócio <strong>das</strong><br />
peças divide-se, depois, em dois canais:<br />
o <strong>das</strong> oficinas e o <strong>das</strong> lojas de peças. O<br />
canal <strong>das</strong> lojas de peças, identificamo-lo<br />
e batizamo-lo de euroPARTNER. O canal<br />
<strong>das</strong> oficinas, trabalhamo-lo numa lógica<br />
de peças e pneus. Peças que nós representamos<br />
e que todo o mercado pode obter<br />
através dos diferentes operadores, mas com<br />
a vantagem de dispormos da melhor e mais<br />
competitiva oferta que existe em Portugal<br />
no que a pneus de turismo diz respeito,<br />
entre as três marcas que representamos<br />
em exclusivo e as outras que estão disponíveis<br />
no mercado. Como referência que<br />
somos no fornecimento de pneus de turismo,<br />
acreditamos que é possível ganhar<br />
quota de mercado com o fornecimento<br />
de peças para as oficinas de pneus que<br />
começaram a fazer mecânica ou para as oficinas<br />
de mecânica que também trabalham<br />
pneus, em que o canal de distribuição é o<br />
mesmo. A Euro Tyre já tinha desenvolvido,<br />
ao longo dos seus 10 anos de atividade,<br />
um modelo de distribuição e de serviço<br />
assente numa plataforma eletrónica extremamente<br />
acessível, de fácil utilização, com<br />
uma relação comercial muito transparente<br />
e com um nível de serviço muito elevado<br />
com a distribuição de, pelo menos, duas<br />
vezes por dia no território nacional. Toda<br />
a lógica que está montada para os pneus<br />
pode ser utilizada, também, para as peças.<br />
À escala nacional e em canais específicos.<br />
Que famílias de produtos comercializa<br />
a euroPARTNER?<br />
Filtros (Motaquip, Misfat, Coopers Fiamm,<br />
Mahle), travagem (Motaquip, Ate, Remsa),<br />
suspensão e direção (Motaquip, Monroe,<br />
OCAP, Al-Ko), embraiagem (Motaquip, Sachs,<br />
Luk, Valeo), distribuição (Motaquip,<br />
Optibelt, INA, Airtex, Dayco), lubrificantes e<br />
anticongelantes (euroPARTNER, Fuchs), baterias<br />
(euroPARTNER, Varta), diversos (Doga<br />
Parts, CLAS, Bosch, CEVAM, 3RG). Depois,<br />
disponibilizamos pneus private (as três<br />
marcas exclusivas da Euro Tyre – Achilles,<br />
Infinity e Viking), quality e premium. Dentro<br />
destas famílias de produtos, temos a marca<br />
exclusiva Motaquip para filtros, travagem,<br />
suspensão e direção, embraiagem e distribuição.<br />
A euroPARTNER, como marca<br />
de produto que também é, está presente<br />
apenas nos lubrificantes e anticongelantes<br />
e nas baterias. Contudo, é expectável que<br />
a gama euroPARTNER possa vir a crescer.<br />
Será o mercado a ditar esta necessidade.<br />
Somos um operador de aftermarket que<br />
tem a melhor oferta do mercado e temos,<br />
nas, que lhe permitiu chegar diretamente<br />
às oficinas com as suas marcas. O que serviu<br />
para perceber o modelo de negócio e<br />
tomar contacto com o mercado (operadores<br />
e oficinas), de forma a perceber quais<br />
as necessidades. Mas não só. Serviu para<br />
perceber como funciona a relação entre<br />
oficinas, lojas de peças e distribuidores de<br />
peças. E permitiu perceber a necessidade<br />
de desenvolver o modelo de negócio da<br />
forma como o concebeu. O canal oficinal<br />
é, para nós, uma mais-valia. Temos cerca de<br />
5.500 clientes registados, que são, maioritariamente,<br />
oficinas. Muitas delas, diria que<br />
cerca de 60%, também consomem peças<br />
de mecânica. O que significa que temos<br />
um potencial de mercado enorme. O que<br />
queremos é potenciar esse canal com uma<br />
oferta integrada. Por outro lado, as lojas<br />
de peças fornecem a outros operadores<br />
a que nós não chegamos (nem nunca poderemos<br />
chegar, visto ser um negócio de<br />
proximidade). O que se pretende é que<br />
nós, através <strong>das</strong> lojas de peças, possamos<br />
maximizar a nossa oferta à escala nacioinformação<br />
sobre as pesquisas efetua<strong>das</strong><br />
na zona de atuação da loja, com a imagem<br />
desta. Ou seja, não é necessário que o<br />
parceiro efetue nenhum investimento informático<br />
para trabalhar numa plataforma<br />
com a sua imagem e o seu ambiente. As<br />
casas de peças mantêm a sua total independência<br />
com este projeto, que introduz,<br />
ainda, a venda de pneus com uma <strong>das</strong><br />
ofertas mais completas do mercado e o<br />
conceito de marcas exclusivas de peças<br />
por zona. Suportado por um programa<br />
de formação completo e um portefólio<br />
de produtos, que cobre mais de 70% <strong>das</strong><br />
ven<strong>das</strong> diárias dos clientes. Além disto,<br />
conta, desde já, com uma rede potencial<br />
de ven<strong>das</strong> de mais de 4.500 oficinas, que<br />
se podem tornar clientes do euroPARTNER.<br />
A euroPARTNER não pretende ser um fornecedor<br />
exclusivo <strong>das</strong> lojas de peças, mas<br />
um parceiro de negócio e tecnológico para<br />
melhorar a eficiência <strong>das</strong> lojas de peças<br />
independentes. São inúmeras as vantagens<br />
de estabelecer uma parceria com<br />
a Euro Tyre. O call center nacional, que<br />
funciona até às 19h todos os dias úteis,<br />
é mais uma.<br />
Quais são os objetivos de expansão do<br />
conceito euroPARTNER?<br />
Temos, neste momento, dois parceiros<br />
em ação e um que já passou a fase<br />
de testes, que é a Decicar. Aos quais se<br />
seguirão mais nove. Gostaríamos de ter<br />
um parceiro euroPARTNER por concelho.<br />
Aliás, o projeto esgota-se na sua fase de<br />
E este é o núcleo do posicionamento dos<br />
conceitos Euro Tyre e euroPARTNER.<br />
Antes da criação do conceito euroPART-<br />
NER, a Euro Tyre fez uma experiência na<br />
área <strong>das</strong> peças, que funcionou como um<br />
laboratório real de mercado.<br />
Precisamente. Quando a Euro Tyre entrou<br />
no negócio <strong>das</strong> peças, em 2015, criou,<br />
depois, uma zona de distribuição direta,<br />
num raio de 50 km a partir do seu armazém<br />
central, localizado em Murtede. Criou 10<br />
rotas de distribuição próprias, com as suas<br />
estruturas de distribuição e comercial internal.<br />
Evitando sempre a concorrência entre<br />
canais. Não vendemos peças às oficinas<br />
que estão liga<strong>das</strong> aos nossos parceiros do<br />
projeto euroPARTNER. Estas oficinas terão<br />
é um tratamento privilegiado na relação<br />
que estabelecerão com a euroPARTNER e<br />
a Euro Tyre. Chamaremos a essas oficinas,<br />
que terão estatuto especial, euroTECNIC,<br />
visto que serão clientes dos nossos parceiros<br />
euroPARTNER. Diria que o projeto<br />
euroPARTNER é o resultado da maturação<br />
do último ano. Ganhou forma em 2018 e<br />
foi apresentado ao mercado no Salão ME-<br />
CÂNICA, na FIL, em Lisboa.<br />
inclusivamente, a possibilidade de dar aos<br />
nossos parceiros marcas em exclusivo, o<br />
que nos permite fazer um posicionamento<br />
único do projeto euroPARTNER para lojas<br />
de peças independentes.<br />
A euroPARTNER baseia o seu conceito<br />
no TecPARTNER, correto?<br />
Correto. A euroPARTNER baseia, efetivamente,<br />
o seu conceito no TecPARTNER,<br />
uma ferramenta de integração do TecDoc<br />
com os sistemas de gestão <strong>das</strong> lojas de<br />
peças, que permite, entre outras coisas,<br />
a partilha de stocks a nível nacional e a<br />
implantação no dia em que tiver um parceiro<br />
por concelho. É este o nosso objetivo<br />
à escala nacional. Numa fase posterior, é<br />
nossa intenção ser um fornecedor global<br />
de aftermarket a nível ibérico de peças e<br />
pneus. No final de 2019, prevemos ter 25<br />
parceiros em Portugal. As casas de peças<br />
mantêm a sua total independência<br />
com este projeto, que introduz, ainda, a<br />
venda de pneus com uma <strong>das</strong> ofertas mais<br />
completas do mercado e o conceito de<br />
marcas exclusivas de peças por zona. O<br />
euroPARTNER é um conceito exclusivo e<br />
diferenciador. Q<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />
2018 I Dezembro
ENTREVISTA<br />
22<br />
A nossa visão<br />
permite-nos<br />
atuar no<br />
mercado<br />
como<br />
um só<br />
Criada em 2014, a RedeInnov é uma jovem empresa que tem como missão otimizar o negócio <strong>das</strong> oficinas<br />
independentes, através da união de forças e competências tecnológicas entre membros, clientes e fornecedores.<br />
Nuno Wheelhouse Reis explicou-nos até onde pode chegar o conceito<br />
Por: Jorge Flores<br />
Presente no mercado há pouco mais<br />
de quatro anos, a RedeInnov procura<br />
criar processos que tornem o<br />
negócio <strong>das</strong> oficinas independentes mais<br />
eficaz e rentável. Localizada no Porto, composta<br />
por uma equipa jovem e por uma<br />
estrutura ágil, a empresa aposta numa<br />
política de proximidade entre membros da<br />
rede, clientes e fabricantes. Num mundo<br />
cada vez mais digital, o administrador,<br />
Nuno Wheelhouse Reis, revelou ao <strong>Jornal</strong><br />
<strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> qual a estratégia definida<br />
para os próximos tempos.<br />
Em que ano e em que contexto foi fundada<br />
a RedeInnov?<br />
A RedeInnov foi constituída no segundo<br />
semestre de 2014, com o objetivo de estar<br />
operacional no início de 2015. Foi fundada<br />
por um grupo de distribuidores regionais<br />
que entende que, juntos, podem ser mais<br />
fortes comercialmente e estar melhor preparados<br />
para enfrentar os desafios atuais<br />
e futuros.<br />
O que distingue a RedeInnov?<br />
Há uma visão muito clara de objetivos<br />
para o futuro, visão esta que é partilhada<br />
por todos os membros da rede e que nos<br />
permite seguir um caminho muito claro<br />
para to<strong>das</strong> as partes interessa<strong>das</strong>: membros,<br />
clientes e fornecedores. Permite-nos atuar<br />
no mercado como um só, com claros benefícios<br />
para as oficinas nossas clientes. O rigor<br />
com que temos implementado as nossas<br />
políticas comerciais nas diferentes áreas, a<br />
coerência que vamos revelando ao longo do<br />
tempo e a transparência com que atuamos<br />
com os nossos clientes e fornecedores, são<br />
características que nos distinguem.<br />
Um dos pressupostos passa pela criação<br />
de propostas de valor para as oficinas independentes,<br />
com base em ferramentas<br />
inovadoras. Pode concretizar um pouco<br />
mais sobre esta maneira inovadora de<br />
estar no mercado?<br />
Eu diria que o mundo se está a digitalizar<br />
a uma velocidade muito considerável e,<br />
isso, motiva-nos a encontrarmos novas<br />
formas de melhorar a eficiência dos nossos<br />
processos, através da digitalização do negócio.<br />
Temos feito um trabalho de grande<br />
profundidade na ligação dos membros à<br />
Dezembro I 2018<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
NUNO WHEELHOUSE REIS<br />
Administrador da RedeInnov<br />
23<br />
ramentas aumentará exponencialmente<br />
nos próximos anos.<br />
RedeInnov e aos fabricantes, trabalho este<br />
que, ao dia de hoje, demonstra resultados<br />
muito positivos e motivadores. O passo<br />
seguinte, que daremos já a partir do início<br />
de 2019, será transpor esta mesma visão<br />
para o relacionamento entre o membro e a<br />
oficina, permitindo uma ligação e partilha<br />
de informação, em tempo real, de tudo o<br />
que está relacionado com o negócio, com<br />
um nível de profundidade e relevância que<br />
cremos que seja realmente diferenciador.<br />
Quais têm sido os principais obstáculos<br />
na implementação de um negócio<br />
desta natureza?<br />
A RedeInnov tomou uma opção, há dois<br />
anos, de deixar de utilizar programas informáticos<br />
“comprados no mercado e adaptáveis”,<br />
passando a desenvolver as suas<br />
plataformas informáticas internamente.<br />
Esta foi uma decisão difícil, porque se, por<br />
um lado, não tínhamos quaisquer dúvi<strong>das</strong><br />
<strong>das</strong> mais-valias que isso representaria para<br />
os membros da RedeInnov e para os seus<br />
clientes, por outro, também sabíamos do<br />
enorme desafio que tal decisão representava.<br />
Hoje, tendo já nós disponibilizado a<br />
nova webshop para os membros e oficinas,<br />
há cerca de um ano, não poderíamos<br />
estar mais satisfeitos com os resultados e<br />
feedback recebidos. Os obstáculos foram<br />
muitos e de naturezas diversas, mas, hoje,<br />
contamos com uma estrutura de dados<br />
e comunicações que nos permite dizer<br />
que o limite reside só mesmo na nossa<br />
imaginação e ambição.<br />
A RedeInnov tem realizado várias e importantes<br />
ações, como é o caso da Be-<br />
-Connect Monroe. Qual foi o feedback?<br />
A RedeInnov tem apostado imenso na<br />
divulgação <strong>das</strong> suas marcas junto <strong>das</strong> oficinas,<br />
porque quanto melhor as oficinas<br />
conhecerem as marcas e os seus produtos,<br />
maior é a sua aceitação junto dos mesmos.<br />
No caso concreto do Be-Connect da<br />
Monroe, o feedback tem sido excelente.<br />
Confesso que quando realizamos a ação<br />
pela primeira vez, em 2016, tínhamos<br />
algumas dúvi<strong>das</strong>, mas foram desfeitas<br />
Da sua experiência, diria que o mercado<br />
oficinal está preparado para aceitar estas<br />
ferramentas tecnológicas?<br />
Ainda é uma pequena parte do mercado<br />
aquela que está preparada e que,<br />
mais do que preparada, até já exige estas<br />
ferramentas. Mas, sendo certo que o<br />
alcance, hoje, ainda será reduzido, não<br />
temos dúvi<strong>das</strong> que o aumento de número<br />
de oficinas que desejam este tipo de ferlogo<br />
de início. É uma iniciativa que nos<br />
dá enorme visibilidade no mercado e é<br />
uma oportunidade excelente para reforçar<br />
a comunicação <strong>das</strong> gamas e produtos disponibilizados<br />
pela Monroe e Walker. 2017<br />
e 2018 também correram muito bem. O<br />
feedback dos clientes é muito bom. Por<br />
isso, esperamos poder repetir a iniciativa<br />
juntamente com a Monroe nos próximos<br />
anos.<br />
Descreva-me um pouco da essência da<br />
marca InnovParts. Como tem corrido o<br />
projeto junto dos parceiros?<br />
A marca InnovParts surge pela necessidade<br />
de ter uma oferta mais competitiva<br />
em algumas linhas de produto, não<br />
abdicando da qualidade equivalente ao<br />
primeiro equipamento. A InnovParts tem,<br />
neste momento, três gamas (baterias,<br />
escovas limpa-vidros e líquido refrigerante),<br />
sendo, to<strong>das</strong> elas, caracteriza<strong>das</strong>,<br />
essencialmente, pela qualidade dos seus<br />
produtos.<br />
Qual o balanço da atividade da empresa,<br />
no seu todo, até ao momento?<br />
Os resultados são, objetivamente, muito<br />
bons, estando, consideravelmente, acima<br />
daquilo que tínhamos projetado para os<br />
primeiros quatro anos de atividade. Temos<br />
um longo caminho para percorrer, que o<br />
faremos com a certeza e com a mesma<br />
ambição como até aqui.<br />
Qual a cobertura geográfica abrangida<br />
pela empresa? A ideia será expandir-se?<br />
Temos uma cobertura geográfica que<br />
consideramos boa, mas ainda temos zonas<br />
em que não atuamos e que temos a<br />
ambição de fazê-lo. Só este ano, três membros<br />
da RedeInnov abriram novos pontos<br />
de venda e, esse, será um dos caminhos<br />
a seguir, sendo que a entrada de novos<br />
membros também é um processo natural<br />
e gradual, que continuará a acontecer ao<br />
longo do tempo.<br />
A equipa é jovem e a estrutura leve.<br />
Foi uma opção?<br />
Foi uma opção natural que resulta <strong>das</strong><br />
circunstâncias. A estrutura é leve, porque<br />
a digitalização do negócio nos permite<br />
eliminar muitos processos a nível central,<br />
levando a que não sejam necessárias<br />
pessoas para funções de pouco valor<br />
acrescentado.<br />
Como imagina o negócio da RedeInnov<br />
nos próximos cinco anos?<br />
Ambicionamos continuar a crescer e<br />
a consolidar, cada vez mais, as bases do<br />
nosso projeto, que tão bons resultados<br />
nos tem trazido, trabalhando, todos os<br />
dias, com as oficinas nossas clientes como<br />
ponto central de to<strong>das</strong> as nossas ações. Q<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />
2018 I Dezembro
ENTREVISTA<br />
24<br />
Numa só<br />
paragem,<br />
conseguimos<br />
intervencionar<br />
o pesado e o<br />
semirreboque<br />
A empresa alemã, especialista em camiões e semirreboques, composta por uma rede de 610 oficinas na Europa,<br />
chegou Portugal em finais de 2017. Para já, conta com quatro parceiros, mas, em 2019, o objetivo é dispor de 15 sócios.<br />
Paulo Filipe, responsável da Alltrucks em solo nacional, explicou ao <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> as vantagens do conceito<br />
Por: Jorge Flores<br />
Fundada em 2013, a Alltrucks tem na<br />
sua génese três colossos do setor:<br />
Knorr-Bremse, Bosch e ZF. Por outras<br />
palavras, os três principais líderes entre<br />
os fornecedores de marcas de primeira<br />
linha, que se juntaram para criar a marca<br />
Alltrucks. Objetivo? Potenciar conceitos de<br />
pós-venda, na área dos camiões e veículos<br />
industriais, junto de uma rede de oficinas,<br />
que beneficia, deste modo, do amplo conhecimento<br />
técnico e tecnológico do trio<br />
fundador, elevando a qualidade dos seus<br />
serviços multimarca. O <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
entrevistou Paulo Filipe, responsável da<br />
Alltrucks em Portugal, para ficar a conhecer<br />
os planos estratégicos da empresa em<br />
território nacional.<br />
Quantas oficinas tem a rede Alltrucks a<br />
nível europeu?<br />
A sede da Alltrucks é em Munique. Trata-<br />
-se de uma empresa alemã. Atualmente,<br />
tem 610 oficinas a nível europeu. Está presente<br />
em vários países: Noruega, França,<br />
Espanha, Portugal, Itália, Suíça, Áustria e<br />
Alemanha. E haverá outros mercados a<br />
conquistar em breve. Esta indústria está<br />
presente praticamente em toda a parte<br />
do mundo e faz todo o sentido.<br />
Quando arrancou a Alltrucks em Portugal?<br />
Em Portugal, iniciámos a nossa atividade<br />
em finais de 2017. Juntei-me à empresa<br />
em julho deste ano. Adorei o desafio de<br />
trabalhar com este nível de exigência. São<br />
as três marcas líderes de mercado. E que,<br />
ao mesmo tempo, fornecem, praticamente,<br />
90% dos veículos industriais a nível mundial.<br />
Um camião, hoje, tem, seguramente,<br />
peças Knorr-Bremse, Bosch e ZF.<br />
O mercado português é interessante<br />
neste setor?<br />
Muito interessante. Tem excelentes técnicos<br />
e oficinas. O desafio, para estas oficinas,<br />
é rentabilizar a sua atividade. A Alltrucks<br />
pensa que pode ajudar nesse desafio,<br />
Dezembro I 2018<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
PAULO FILIPE<br />
Responsável da Alltrucks em Portugal<br />
25<br />
uma vez que dispõe de uma ferramenta<br />
de diagnóstico multimarca, um sistema<br />
de diagnóstico ZF (para as caixas de velocidade<br />
ZF) e, também, um sistema informático<br />
Knorr-Bremse. Dá formação para<br />
utilizar esse equipamento de uma forma<br />
profissional e eficaz. Portugal tem empresas<br />
de transporte reconheci<strong>das</strong> internacionalmente.<br />
Não é um país de passagem.<br />
Ficam muitos camiões parados para serem<br />
intervencionados. E a Alltrucks tem muito<br />
equipamento para diagnóstico preditivo.<br />
Que outras vantagens têm as oficinas<br />
aderentes?<br />
Reunimos num só hardware (que terá de<br />
corresponder às especificações da Alltrucks)<br />
todos esses sistemas de diagnóstico. Três<br />
num só. E temos um helpdesk 24h, inclusivamente<br />
aos sábados, para dar apoio à rede<br />
Alltrucks. Qualquer informação que não<br />
esteja nos sistemas de diagnóstico, nem<br />
ao alcance do técnico naquele momento,<br />
poderá ser facultada, através de uma simples<br />
chamada telefónica. Além disso, temos<br />
uma plataforma onde pode ser consultada<br />
toda a informação técnica, desde manuais,<br />
até intervalos de manutenção, para todo<br />
todo o tipo de veículos existentes no mercado,<br />
inclusivamente, comerciais ligeiros e<br />
semirreboques, ou seja, todos os veículos<br />
industriais. Esquemas elétricos a cores que<br />
possam ajudar da reparação da avaria. Tudo<br />
para os sócios Alltrucks.<br />
que já oferecia serviços Car Bosch service,<br />
mas que, devido à demanda crescente de<br />
assistência a camiões e semirreboques e a<br />
todo o tipo de veículos industriais, também<br />
aderiu à Alltrucks.<br />
Quais são os critérios que procuram<br />
nestes parceiros?<br />
Para já, terem uma atividade de assistência<br />
a veículos pesados e comerciais<br />
ligeiros. Depois, que, de alguma forma,<br />
estejam ligados a este ramo. Que tenham<br />
instalações que permitam intervencionar<br />
camiões e semirreboques em simultâneo.<br />
A ideia é oferecer serviços integrais aos<br />
clientes frotistas, por exemplo. Numa só<br />
paragem, permite intervencionar o pesado<br />
e o semirreboque. Essa é a filosofia<br />
mas de Diagnósticos Multimarca”. Também<br />
conquistou o prémio de melhor “Conceito<br />
Oficinal”. Foi considerado o mais eficaz do<br />
mercado. Não está apenas vocacionado<br />
para a venda de peças de substituição. Dinamiza<br />
a oficina, através <strong>das</strong> competências,<br />
do conhecimento e <strong>das</strong> ferramentas<br />
de apoio que disponibilizamos. Cria um<br />
know-how muito interessante para a oficina<br />
desenvolver a sua atividade.<br />
Vão estar presentes fisicamente em<br />
Portugal?<br />
Neste momento, temos o nosso escritório<br />
em Madrid. Tudo depende do desenvolvimento<br />
do negócio em Portugal, dos sócios<br />
que vamos conseguir para este negócio.<br />
O objetivo, para o ano que vem, será dis-<br />
A formação é um trunfo da Alltrucks?<br />
A formação é muito importante. Notamos<br />
uma grande falta de técnicos em<br />
Portugal. Especialmente de mecatrónicos<br />
para camiões. Já detetámos em Portugal<br />
e Espanha. Já falámos com a ATEC e com<br />
a Bosch sobre essa questão. Vamos, também,<br />
criar uma plataforma internacional,<br />
onde as oficinas colocam as suas vagas de<br />
emprego. Ao mesmo tempo, se alguém<br />
interessado, na UE, pretender, poderá<br />
inscrever-se e ter conhecimento dessas<br />
mesmas vagas. Poderá candidatar-se.<br />
Será possível que um técnico da Polónia,<br />
por exemplo, venha fazer uma jornada a<br />
Espanha ou a Portugal. Um mecatrónico<br />
que acabou o curso na Polónia e que não<br />
tenha colocação no seu país, poderá vir<br />
Em que fase de implementação nacional<br />
se encontram?<br />
Estamos a qualificar oficinas multimarca.<br />
Já temos quatro a trabalhar em Portugal: Vitória<br />
Mecânica, perto de Aveiro; Car Bus, na<br />
Sertã, uma empresa conhecida no ramo de<br />
autocarros; HBC, na Batalha, que, ao mesmo<br />
tempo, também é distribuidora de peças,<br />
mas que tem a sua própria oficina; uma<br />
oficina perto do Carregado, a Eletro Extra,<br />
da Alltrucks. Tornar o serviço mais eficiente<br />
para o frotista e oferecer um pacote de<br />
soluções que ele, neste momento, encontra<br />
no mercado nacional, mas apenas de<br />
forma fragmentada.<br />
O conceito foi recentemente premiado...<br />
Estes conceitos foram apresentados<br />
na feira de Frankfurt, onde a Alltrucks foi<br />
premiada como “Melhor Conceito de Siste-<br />
por de 15 sócios no mercado nacional. A<br />
ideia é contar, também, com oficinas que<br />
já pertencem a uma marca de camiões. Estamos<br />
em negociação com várias marcas.<br />
Nesta fase, sou ainda o único colaborador<br />
da Alltrucks em Portugal. Mas o objetivo<br />
será dispor de uma estrutura maior, para<br />
fazer um trabalho mais próximo dessa rede<br />
de oficinas.<br />
Implica mudança de imagem <strong>das</strong> oficinas<br />
da rede?<br />
Não. Temos standards mínimos no que<br />
respeita à sinalização da marca, através<br />
dos três sócios fundadores e o logótipo da<br />
Alltrucks. Temos um parceiro, uma empresa<br />
portuguesa, que nos faz a sinalização. A<br />
Allrucks também garante toda a parte de<br />
marketing dessa oficina. A médio prazo,<br />
preparamos, também, toda a parte de<br />
comunicação dos sócios. A segunda fase<br />
será consolidar, através de marketing, de<br />
verificação dos standards, dos indicadores<br />
da atividade. Ver se há um ou outro aspeto<br />
que precisa de ser corrigido para garantir<br />
a qualidade do serviço.<br />
para Espanha ou para cá. Trata-se de uma<br />
bolsa de trabalho. Em Portugal, temos<br />
muito serviço nas oficinas e pouca mão<br />
de obra qualificada.<br />
Quais os objetivos para o próximo ano?<br />
Queríamos ter 15 sócios em 2019, a nível<br />
nacional, e queremos, também, chegar aos<br />
frotistas. Um programa de frotistas já está<br />
a ser implementado em Espanha, França<br />
e Alemanha. A Alltrucks também tem o<br />
objetivo, a curto prazo, de criar contratos<br />
de manutenção para sócios, extensões de<br />
garantia. A nível europeu, o foco está no<br />
Alltrucks Protect, através do qual os camiões<br />
podem ser intervencionados em<br />
qualquer oficina da rede. Ao abrigo dessa<br />
garantia. Está a ser preparado. Empresas<br />
de distribuição, como a Bombóleo, a HBC<br />
e a Global Parts, já trabalham com as três<br />
marcas fundadoras. E continuarão. Sempre<br />
que a intervenção necessitar de peças, tem<br />
acesso a um conhecimento muito superior.<br />
O que, por si só, torna o serviço muito mais<br />
eficaz e seguro, por via de um diagnóstico<br />
fundamentado pelas próprias marcas. Q<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />
2018 I Dezembro
REPORTAGEM<br />
26<br />
Duas déca<strong>das</strong><br />
a conquistar mercado<br />
Cumpridos 20 anos no mercado, a Motrio continua a fornecer peças multimarca com a qualidade original<br />
e a alargar o seu conceito de rede de oficinas. Para 2019, os planos passam pelo reforço da imagem<br />
Por: Jorge Flores<br />
De origem francesa, a Motrio celebra,<br />
no presente ano de 2018, duas déca<strong>das</strong><br />
de atividade, a nível mundial.<br />
A Portugal, chegou um ano mais tarde. Hoje,<br />
a rede fornece uma completa gama de peças<br />
multimarca, to<strong>das</strong> elas com os mesmos<br />
padrões de funcionalidade e de segurança<br />
dos produtos originais dos veículos.<br />
Paulo Santos, gestor da rede no nosso<br />
país, recordou que, nos primeiros tempos,<br />
a Motrio era “apenas” uma marca de produtos.<br />
Mais tarde, porém, decidiu alargar<br />
o seu próprio conceito e criar uma rede<br />
de oficinas multimarca. Com sucesso,<br />
acrescente-se. “Houve a necessidade de<br />
completar um espaço que existia no mercado,<br />
em França, especialmente. No fundo,<br />
tratou-se de uma forma de reconquistar<br />
os veículos que iam saindo da rede e de<br />
recuperar os clientes da marca. Tudo começou<br />
com uma gama média normal de<br />
produtos para a Renault. Mas, depois, foi<br />
evoluindo para outras gamas. E alargou-se,<br />
também, o próprio conceito para o resto<br />
da Europa”, contou o responsável ao <strong>Jornal</strong><br />
<strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>.<br />
n CONQUISTAR DENTRO... E FORA<br />
A Motrio está, atualmente, presente em<br />
mais de 35 países distribuídos por todo o<br />
mundo. Um nome que ganha, cada vez<br />
mais, espaço no mercado. Tanto como<br />
marca de peças sobressalentes como de<br />
rede de oficinas multimarca. Uma rede que<br />
faz questão de primar pelo binómio preço/<br />
qualidade, não apenas para peças da Renault<br />
como, também, para as restantes marcas<br />
com quem trabalha. Refira-se que, para<br />
a sua atividade, a Motrio conta com peças<br />
sobressalentes multimarca, compatíveis<br />
com 45 marcas de automóveis (com mais<br />
de três anos) e 1.635 modelos de veículos.<br />
De acordo com a sua filosofia, os preços<br />
de mão de obra da rede são inferiores aos<br />
praticados pelas cadeias oficiais de marca.<br />
Tudo para fornecer produtos e serviços<br />
adaptados às necessidades dos clientes<br />
nas várias fases da vida dos modelos.<br />
Outros dos fundamentos da Motrio são a<br />
permanência dos clientes de viaturas mais<br />
antigas e a captação de consumidores de<br />
outras marcas nas oficinas da rede Renault,<br />
bem como a fidelização <strong>das</strong> oficinas inde-<br />
Dezembro I 2018<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
Motrio<br />
27<br />
Paulo Santos,<br />
gestor da rede<br />
Motrio no nosso<br />
país, navegou pela<br />
história da marca<br />
do Grupo Renault,<br />
que comemora 20<br />
anos de existência<br />
pendentes. Ou seja, conquistar... dentro e<br />
fora, portanto.<br />
n MERCADO LUSITANO<br />
No mercado lusitano, a Motrio começou<br />
a operar em 1999. “Houve um grande batalhar<br />
de toda a equipa. Foi muito bem aceite.<br />
E, depois, verificou-se o evoluir constante<br />
da marca. Existia enorme necessidade de a<br />
marca acompanhar o mercado”, salientou<br />
Paulo Santos. Um mercado que o gestor<br />
da rede classifica, hoje, como “muito agressivo”.<br />
Por tudo isso, “o objetivo da Motrio,<br />
agora, é centrar-se apenas em determina<strong>das</strong><br />
marcas. Não vamos abranger to<strong>das</strong>. É<br />
impossível. Não vale a pena estarmos a fazer<br />
esforços em algo que não se traduz em<br />
nada. Vamos concentrar-nos na qualidade<br />
<strong>das</strong> gamas e dos produtos, abrangendo,<br />
se possível, uma grande fatia do mercado”,<br />
sublinhou a mesma fonte ao nosso jornal.<br />
Em Portugal, a sua presença no Salão<br />
MECÂNICA, deste ano, coincidiu com a<br />
realização da primeira convenção anual<br />
<strong>das</strong> oficinas que integram este conceito.<br />
Uma ocasião propícia para celebrações e<br />
balanços da atividade. E, também, para<br />
projetar soluções de futuro. “Foi a primeira<br />
vez que a realizámos. Mas não será<br />
a última. Juntámos os 20 anos com a primeira<br />
convenção da rede. Foi muito bom.<br />
Conseguimos sentir o espírito da rede. De<br />
família, como pretendemos”, começou por<br />
adiantar Paulo Santos.<br />
Neste momento, a rede Motrio, em Portugal,<br />
é composta por 40 oficinas. “Mas o<br />
objetivo, até ao final de 2019, será fazer<br />
crescer este número até às 60 oficinas aderentes.”,<br />
acrescentou Paulo Santos. Um número<br />
considerado ideal para manter uma<br />
política de proximidade eficaz. Isto porque<br />
a ideia será “abranger uma zona geográfica<br />
completa. Temos muitas oficinas na zona<br />
norte do país. Queremos conquistar Lisboa<br />
e Algarve, onde temos uma presença residual”,<br />
acrescentou Paulo Santos.<br />
n APOSTA NA PROXIMIDADE<br />
“Para 2019, queremos ainda ter comunicação<br />
local junto do público. Apostamos<br />
muito nisso, porque acreditamos que se<br />
consegue chegar muito mais próximo<br />
dos clientes”, referiu o responsável, garantindo<br />
que, em termos de imagem<br />
<strong>das</strong> oficinas que compõem a rede, não é<br />
imposta de forma imediata, mas, antes,<br />
por fases e aproveitando os próprios ritmos<br />
<strong>das</strong> oficinas. Associamos sempre a<br />
Motrio à sua identidade. “Quando querem<br />
remodelar, por exemplo, apoiamos<br />
e facultamos-lhes o layout. Damos acompanhamento.<br />
E colaboramos com vista a<br />
que se tornem numa oficina modelo, mas<br />
existem velocidades diferentes”, admitiu<br />
Paulo Santos. Obstáculos existentes neste<br />
processo? “Muitas <strong>das</strong> oficinas têm receio<br />
de falhar connosco. É desses clientes que<br />
mais gostamos, porque é sinal que são<br />
cumpridores”, brincou.<br />
Em cima da mesa, para os próximos tempos,<br />
estão ainda o reforço na competição,<br />
nomeadamente, através da parceria com<br />
o piloto Gil Antunes e o seu Renault Clio<br />
R3T (que esteve presente, juntamente com<br />
o modelo de competição, no Salão ME-<br />
CÂNICA 2018) e ainda a aposta na marca<br />
de tintas Ixell. Um produto que poderá<br />
servir de complemento para as oficinas<br />
da rede que disponham dos serviços de<br />
repintura. Q<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />
2018 I Dezembro
28<br />
NOVIDADE<br />
Premium Shop<br />
Novo programa de fidelização<br />
A Diesel Technic aproveitou a última edição do Salão Automechanika Frankfurt para apresentar o Premium<br />
Shop, o novo programa de fidelização da DT Spare Parts pensado e concebido para oficinas, além de outras<br />
novidades, sob o lema “Expand your business”<br />
Por: João Vieira<br />
O<br />
funcionamento do Premium Shop<br />
é simples: na compra de peças de<br />
reposição da marca DT Spare Parts<br />
num dos distribuidores autorizados, serão<br />
adquiridos códigos de coroas que estão<br />
impressos nos rótulos <strong>das</strong> embalagens<br />
dos produtos. Cada código corresponde<br />
a um número determinado de coroas. Só<br />
é necessária uma inscrição gratuita inicial,<br />
em https://premiumshop.dt-spareparts.<br />
com, para ter acesso ao Premium Shop e<br />
introduzir os códigos <strong>das</strong> coroas que serão<br />
acumulados na conta.<br />
Quando existir um número determinado<br />
de coroas, estas poderão ser troca<strong>das</strong> por<br />
prémios à escolha, sejam eles cupões,<br />
vales de compra, gadgets de viagem ou<br />
tecnológicos, até máquinas de café, churrasqueiras,<br />
televisões e máquinas de fotográficas<br />
de última geração. Prémios novos<br />
e valiosos aparecerão de forma constante.<br />
Quanto mais produtos a oficina comprar,<br />
mais coroas ganhará. É possível visualizar<br />
o atual número de coroas obti<strong>das</strong> cada<br />
vez que se efetuar o login. Com o registo<br />
no site do Premium Shop e assinatura da<br />
newsletter, a oficina pode obter as primeiras<br />
750 coroas “de graça”.<br />
Nas palavras de Martin Raton, gerente<br />
da subsidiária ibérica, “o Premium Shop<br />
é um excelente suporte de ven<strong>das</strong> para<br />
os nossos distribuidores, envolvendo-os<br />
sem nenhum esforço adicional, porque vai<br />
incentivar os clientes a comprar peças de<br />
reposição DT. A Diesel Technic foi pioneira<br />
em recompensar a confiança na marca com<br />
uma garantia de 24 meses, o que é único<br />
no setor, dado o facto de a sua aplicação<br />
abranger toda a ampla gama da DT Spare<br />
Parts. Aprecio muito a lealdade dos nossos<br />
parceiros de negócios e seus clientes.”<br />
Outra novidade apresentada na Automechanika<br />
foi a renovação completa dos seus<br />
sites: a empresa, www.dieseltechnic.com,<br />
A DT Spare<br />
Parts recompensa,<br />
generosamente, a<br />
fidelidade <strong>das</strong> oficinas.<br />
Agora, na compra de peças<br />
de reposição DT, não só<br />
se beneficia da gama<br />
completa com a máxima<br />
qualidade e garantia de<br />
24 meses, como, também,<br />
através do novo Premium<br />
Shop, conseguem-se<br />
prémios fantásticos<br />
e as suas marcas, www.dt-spareparts.com<br />
e www.siegel-automotive.com.<br />
O motor de busca que permite o acesso<br />
a toda a gama, atualmente já ultrapassa<br />
41.000 peças e acessórios adequados<br />
para milhões de camiões, reboques, autocarros,<br />
vans e outras aplicações, tais<br />
como automóveis de passageiros, veículos<br />
agrícolas, máquinas de obras públicas<br />
e aplicações navais e industriais.<br />
No salão de Frankfurt, a Diesel Technic<br />
apresentou, também, os seus catálogos<br />
de produtos destinados aos veículos<br />
mais recentes do fabricante de camiões<br />
Scania, nomeadamente as Séries L / P /<br />
G-/ G- / R- / S. Com esta reação rápida à<br />
evolução do mercado, confirma-se, uma<br />
vez mais, o dinamismo do Grupo Diesel<br />
Technic enquanto fornecedor líder global<br />
de soluções para a indústria automóvel,<br />
com suas “Global Automotive Solutions –<br />
Made in Germany”. ✱<br />
Dezembro I 2018<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
NOTÍCIAS PESADOS<br />
30<br />
Dayco reforça gama de kits<br />
auxiliares para pesados<br />
Enquanto líder mundial no fabrico de componentes de transmissão<br />
de potência, a Dayco continua com um programa<br />
ambicioso de reforço da gama de kits auxiliares para pesados.<br />
Com mais de 130 referências disponíveis em stock,<br />
a Dayco oferece ao aftermarket o mesmo serviço de excelência<br />
do que a to<strong>das</strong> as marcas: CAT; Cummis; DAF; Detroit<br />
Diesel; Freightliner; Irisbus; Iveco; Kamaz; Kässbohrer; MAN;<br />
Mercedes-Benz; Mitsubishi/Fuso; Renault Trucks; Scania;<br />
Setra; Volvo. Cada vez mais, os requisitos de qualidade <strong>das</strong><br />
marcas exigem a substituição de todos os componentes e<br />
não apenas os componentes individuais, assegurando a<br />
maior fiabilidade <strong>das</strong> reparações e prazos mais alargados de<br />
manutenção. Os kits auxiliares Dayco asseguram reparações<br />
completas de acordo com as especificações de origem.<br />
Embalagens SIEGEL têm novo selo de garantia<br />
Todos os produtos da marca Diesel Technic são submetidos às rigorosas especificações do Diesel<br />
Technic Quality System (DTQS). De agora em diante, o novo selo de aprovação pode ser encontrado<br />
no fecho da embalagem de produtos SIEGEL Automotive. O DTQS garante que os produtos com a<br />
marca são de qualidade garantida. A marcação de cor verde demonstra a qualidade testada pela Diesel<br />
Technic, de acordo com padrões e diretrizes alemãs. O selo simboliza o conhecimento da Diesel<br />
Technic e as déca<strong>das</strong> de experiência no setor. Os recalls dos últimos anos mostraram que até mesmo<br />
peças originais do fabricante do veículo nem sempre estão isentas de defeitos repetitivos. Assim, a<br />
Diesel Technic leva muito a sério o feedback recebido do utilizador e verifica se as opções de melhoria<br />
do conjunto ou do produto podem ser inicializa<strong>das</strong>.<br />
EUROPART junta-se à Global One<br />
A partir de 1 de janeiro de 2019, a EUROPART iniciará a sua atividade na Global One. Os seus principais<br />
grupos de clientes são oficinas de veículos industriais, empresas de transporte e operadores de frotas,<br />
incluindo produtos químicos, equipamentos de oficina e tudo o que a oficina e as frotas precisam diariamente.<br />
A EUROPART dispõe de uma rede internacional de mais de 1.800 colaboradores em 27 países e foi<br />
premiada como “Melhor Marca” na categoria de peças de reposição para veículos comerciais em 2018. Com<br />
essa incorporação, o Grupo Global One Automotive GmbH, fundado em 2016, está presente na Europa,<br />
nos EUA e no Brasil, contando com um volume de negócios de mais de três biliões de euros. O Grupo<br />
Global One tem como parceiro ibérico a Dipart, uma empresa de serviços constituída por distribuidores<br />
de peças e acessórios para automóveis, que conta, atualmente, com mais de 105 pontos de venda em<br />
toda a geografia ibérica e um volume de negócios total superior a 115 milhões de euros. Fiel ao slogan<br />
“Inovação e Excelência”, a Dipart aposta na inovação constante para atender a to<strong>das</strong> as necessidades dos<br />
clientes, numa procura constante de maior profissionalização.<br />
Visoparts apresenta novo website<br />
Valorizando como estratégia fundamental a aposta nos meios<br />
digitais, a Visoparts passou a disponibilizar para os clientes e<br />
parceiros um novo website, oferecendo novos conteúdos e funcionalidades.<br />
O website aparece, agora, com um design mais atrativo<br />
e moderno e distribui as informações de forma mais funcional a<br />
pensar nas facilidades que podem ser ofereci<strong>das</strong> aos clientes e<br />
fornecedores. Esta ferramenta digital também será uma ajuda para<br />
os vendedores da Visoparts, visto que servirá como um catálogo<br />
de todos os produtos e parceiros que a empresa tem. Todos os<br />
dias procura novas parcerias, de marcas e produtos de excelência<br />
no mercado, e, sempre que são incluídos novos produtos no portefólio,<br />
estas informações ficarão automaticamente atualiza<strong>das</strong><br />
no website. O novo espaço cibernauta é totalmente responsivo e<br />
adapta-se, automaticamente, a qualquer tablet ou smartphone.<br />
Pode ser consultado em www.visoparts.com.<br />
Dezembro I 2018<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
Parabéns<br />
Armindo Araújo<br />
Campeão Nacional de Ralis 2018<br />
Armindo Araújo sagrou-se pentacampeão de ralis, em Portugal.<br />
A sua fórmula para o sucesso passa pela performance, melhor rendimento e proteção do motor.<br />
É por isso que recomenda os lubrificantes Galp Fórmula e os combustíveis Evologic.<br />
Armindo Araújo<br />
Pentacampeão Nacional de Ralis<br />
Bicampeão Mundial de Ralis – PWRC
NOTÍCIAS EMPRESAS<br />
32<br />
Software “Made in Portugal”<br />
aumenta vida útil <strong>das</strong> baterias<br />
O software de gestão térmica de baterias, desenvolvido na Faculdade de Ciências e<br />
Tecnologia da Universidade de Coimbra, pretende prolongar a vida útil deste sistema<br />
de armazenamento de energia, cuja atual limitação é o rápido envelhecimento. Este<br />
foi um dos 15 projetos contemplados com uma <strong>das</strong> Bolsas de Ignição financia<strong>das</strong> pelo<br />
INOV C 2020, um projeto suportado por fundos do FEDER que pretende alavancar<br />
ideias de empreendedorismo e inovação na região centro. O desenvolvimento deste<br />
software, que utiliza um método modelação térmica, possibilita estimar o estado<br />
e a vida útil <strong>das</strong> baterias de iões de Lítio usa<strong>das</strong> pelo setor automóvel nos veículos<br />
elétricos, evitando a sua degradação precoce. Com um sistema de monitorização e<br />
controlo (BMS, BTM), o tempo de vida útil da bateria pode ser prolongado através<br />
de uma operação dentro dos parâmetros de funcionamento, que garante uma vida<br />
útil elevada para cada elemento de um pack de baterias.<br />
ZF Aftermarket<br />
lança campanha de Natal<br />
De 1 a 31 de dezembro de 2018, a ZF Aftermarket promove uma campanha<br />
de Natal para os kits de embraiagem com volante bimassa da marca SACHS.<br />
Por cada kit, para veículos ligeiros de passageiros, adquirido num distribuidor<br />
ZF, durante o mês de dezembro, as oficinas ganham uma garrafa de vinho<br />
Campo Viejo Rioja. Com o lançamento desta promoção, a ZF Aftermarket<br />
possibilita que as oficinas ofereçam aos seus clientes finais um artigo muito<br />
apreciado na época de Natal, por cada kit de embraiagem com volante bimassa<br />
SACHS que instalem nos seus automóveis. Ao mesmo tempo, as oficinas<br />
contribuem, de forma ativa, para corresponder às crescentes expectativas<br />
dos condutores em termos de redução de ruídos e suavidade na condução. A<br />
ZF fornece kits de embraiagens com volante bimassa da marca SACHS a mais<br />
de 20 fabricantes de veículos em todo o mundo. Para além disso, a SACHS<br />
desenvolve este tipo de embraiagens especificamente para o mercado de<br />
pós-venda, oferecendo uma cobertura de 95% do parque automóvel europeu.<br />
AD Portugal realiza formação em caixas de velocidade automáticas<br />
A AD Portugal levou a efeito, entre 15 e 31 de outubro, uma ação de formação cujo objetivo geral, através de uma abordagem teórico-<br />
-prática, dotou os participantes de métodos e técnicas que lhes permitem efetuar operações de manutenção e reparações simples de caixas<br />
de velocidade automáticas. Os formandos no final da ação foram capazes de identificar e caracterizar sistemas de transmissão automática,<br />
descrever a função e o funcionamento de sistemas de transmissão automática, identificar os intervalos de manutenção recomendados para<br />
cada equipamento, descrever os procedimentos de trabalho subjacentes à manutenção de sistemas de transmissão automática, identificar<br />
os kits de manutenção para diferentes sistemas de manutenção, realizar reparações simples em caixas de velocidade automáticas, executar a<br />
manutenção de caixas de velocidade automáticas e diagnosticar avarias graves em sistemas de transmissão automática. Esta ação é mais um<br />
exemplo da estratégia da AD Portugal na formação técnica dos seus parceiros. No final, foram atribuídos os respetivos certificados de formação<br />
profissional, no âmbito do disposto na Portaria n.º 851/2010, de 6 de setembro.<br />
Dezembro I 2018<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
33<br />
AleCarPeças tem novo site corporativo<br />
No ano em que a AleCarPeças comemora 36 primaveras, em homenagem ao fundador Jochen<br />
Staedtler, decidiu renovar o seu site corporativo. Para além de uma nova e moderna imagem,<br />
foram incorpora<strong>das</strong> novas funcionalidades para os clientes, que, na sua área reservada podem,<br />
para além <strong>das</strong> funcionalidades já existentes, consultar e gerir processos de devoluções e garantias,<br />
assim como consultar o stock e fazer encomen<strong>das</strong>. Ao longo do seu percurso, a AleCarPeças foi<br />
desenvolvendo a sua atividade baseada em Lisboa com componentes de desgaste rápido e elevada<br />
qualidade, tendo nascido aí a sua atual assinatura: “Soluções Made in Germany”. Mantendo<br />
as suas instalações originais em Lisboa, a AleCarPeças tem, no Estoril, um armazém central com<br />
1.200 m 2 de área de armazenagem, de onde distribui para todo o país. Sem o historial e respeito<br />
pelo trabalho desenvolvido ao longo dos 36 anos de vida da empresa, não seria possível atingir o<br />
patamar de excelência que a empresa atingiu, sendo, hoje, um distribuidor de referência a operar<br />
no aftermarket automóvel em Portugal.<br />
Van Loon Racing e Kroon Oil<br />
aquecem para o Dakar 2019<br />
A Kroon Oil dá início a uma nova colaboração com a Van Loon<br />
Racing em 2019. A primeira apresentação desta colaboração foi<br />
revelada durante um pré-prologo, que decorreu na Holanda.<br />
O Piloto Erik Van Loon e o seu navegador, Harmen Scholtabers,<br />
são mais conhecidos pela sua participação no Dakar. Surgiram<br />
na sua Toyota Hilux Overdrive ao estilo Kroon Oil. Van Loon já<br />
venceu este pré-prologo cinco vezes. Agora, o piloto prepara-se<br />
para correr no Dakar, já em janeiro de 2019.<br />
Publicidade<br />
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2018 I Dezembro
34<br />
NOTÍCIAS<br />
Empresas<br />
bilstein group lança campanha<br />
para utilizadores do partsfinder<br />
O partsfinder, novo catálogo do bilstein group, chegou ao mercado português em 2018. Esta<br />
plataforma de pesquisa online é o caminho direto para mais de 60.000 peças para veículos ligeiros<br />
e pesados <strong>das</strong> três marcas do grupo: febi, SWAG e Blue Print. Uma vez que este é um novo sistema,<br />
que oferece muitas opções complexas para os utilizadores, o bilstein group pretende introduzir<br />
melhorias contínuas e significativas, de forma a simplificar a sua utilização. A contribuição ativa<br />
dos utilizadores profissionais do partsfinder nesta campanha vai ajudar a identificar possibilidades<br />
de evolução que vão traduzir-se em novas soluções para o partsfinder. A partir de agora, todos os<br />
utilizadores profissionais do catálogo vão encontrar um banner no partsfinder e, ao clicarem, surge<br />
um formulário que poderão preencher caso encontrem incorreções no partsfinder. Este formulário<br />
é o primeiro passo para a participação nesta campanha. A partir daí, a equipa do bilstein group fará<br />
uma validação de cada feedback recebido e enquadrará uma resposta para cada um deles. Caso se<br />
confirme que se trata de uma incorreção, o utilizador receberá um prémio em cartão “Dá”. Cada<br />
utilizador poderá participar as vezes que quiser. Quanto maior for o número de incorreções a reportar,<br />
maior será o valor do prémio que vai ganhar.<br />
Interescape lança nova campanha ieservice<br />
“Seja original” é o mote da nova campanha da ieservice, que pretende incentivar os<br />
profissionais do setor a manter o filtro de partículas original nas suas reparações, ao oferecer<br />
50% do valor da primeira limpeza de filtros de partículas a novos clientes. Para beneficiar<br />
desta campanha, o cliente deverá solicitar o serviço nas instalações da Interescape ou<br />
num dos parceiros existentes, apresentando o código promocional presente no voucher<br />
até final do mês de dezembro. “Não há qualquer dúvida que, quando há problemas no<br />
filtro de partículas, manter o componente original é, na maior parte dos casos, a melhor<br />
solução”, afirma Jorge Carvalho, diretor-geral da Interescape. A solução de limpeza de<br />
filtros de partículas ieservice está presente no mercado há sete anos e é a única em solo<br />
nacional certificada pela TÜVRheinland, pela sua capacidade de repor a eficiência do filtro<br />
de partículas original, de veículos ligeiros ou pesados, evitando a substituição do mesmo<br />
por um filtro novo de aftermarket.<br />
Publicidade<br />
KYB lança segundo vídeo<br />
de realidade virtual<br />
A KYB lançou um segundo vídeo de realidade virtual, que oferece aos<br />
telespetadores a oportunidade de viver a experiência de ocupar o banco<br />
do passageiro de um carro do Campeonato Mundial FIA Rallycross (WRX).<br />
O vídeo foi desenvolvido em conjunto com a equipa EKS Áudio Sport, que<br />
a KYB tem patrocinado desde a sua criação, em 2014. O Audi Quattro S1 RX<br />
utiliza direção assistida elétrica da KYB para obter um controlo preciso. A<br />
melhor maneira de assistir ao vídeo é usando um dispositivo de realidade<br />
virtual, no modo de 360 °. A KYB irá apresentar o novo vídeo em eventos<br />
comerciais da marca em toda a Europa, durante 2019. Quando visualizam o<br />
vídeo, os telespetadores podem mover a cabeça em qualquer direção para<br />
desfrutar de uma vista panorâmica completa. O vídeo pode, também, ser<br />
visto num smarpthone. Quando o espetador o reproduz no aplicativo do<br />
YouTube, pode mover o telefone para modificar o ângulo de visão no ecrã,<br />
mas, também, pode ser visualizado num computador, usando o rato para<br />
mover o ecrã para qualquer ângulo. Pode encontrar o link para o vídeo em<br />
vr.kyb-europe.com.<br />
C<br />
M<br />
Y<br />
CM<br />
MY<br />
CY<br />
CMY<br />
K<br />
Dezembro I 2018
35<br />
UFI Filters na linha da frente<br />
no combate à contrafação<br />
A UFI Filters está na linha da frente no combate à venda de peças<br />
sobressalentes contrafeitas através de diferentes canais: tradicionais<br />
e de comércio eletrónico. Para atacar a raiz deste problema, o Grupo<br />
UFI implementou uma série de estratégias em conjunto com a CONVEY,<br />
empresa turinense líder em serviços de combate à contrafação online,<br />
para limitar a proliferação de peças sobressalentes falsifica<strong>das</strong> que<br />
invadem os mercados através da Internet. A UFI Filters está empenhada,<br />
desde 1972, na proteção dos seus produtos e dos sinais de identificação<br />
a eles associados, através do registo de marcas e patentes, nos principais<br />
mercados mundiais. Eduardo Martí, diretor-geral da UFI Filters<br />
Ibérica, referiu que “a parceria com a CONVEY é crucial para atacar a<br />
origem do problema <strong>das</strong> falsificações que invade os nossos mercados,<br />
ou seja, nos canais online, que são os mais difíceis de controlar. Esta<br />
colaboração permitiu à CONVEY sensibilizar o mercado, colocando o<br />
Grupo UFI como modelo de um projeto-piloto que envolverá outros<br />
intervenientes do setor.<br />
Peças ContiTech passam<br />
a ser vendi<strong>das</strong><br />
sob a marca Continental<br />
A Continental realizou uma mudança de marca no mercado<br />
de peças sobressalentes para sistemas de transmissão.<br />
Componentes como correias de distribuição, correntes<br />
de distribuição, acessórios e ferramentas para oficinas de<br />
automóveis deixam de ser comercializados sob a marca<br />
ContiTech, a partir de agora, e passam a ostentar a marca<br />
Continental.Deste modo, a Continental reúne, sob uma<br />
única marca forte, as competências internas nos segmentos<br />
de equipamento original e de peças sobressalentes<br />
para sistemas de transmissão de automóveis. A razão de<br />
ser desta mudança é explicada por Rolf Sudmann, responsável<br />
da Continental pelo segmento do mercado de<br />
pós-venda para sistemas de transmissão: “As inovações<br />
na área automóvel de hoje são o negócio <strong>das</strong> oficinas de<br />
amanhã. Graças às sinergias do nosso grupo, os clientes<br />
têm a garantia de que adaptamos as tendências atuais do<br />
equipamento original às necessidades especiais do mercado<br />
de pós-venda. Deste modo, conseguimos oferecer<br />
soluções adapta<strong>das</strong> às necessidades, que se traduzem em<br />
vantagens para a atividade <strong>das</strong> oficinas”.<br />
Polibaterias_top100.pdf 1 13/11/18 15:47<br />
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2018 I Dezembro
36<br />
n.º<br />
NOTÍCIAS<br />
empresa distrito vol. neg. 2017 ativo 2017 res. lÍQ. 2017<br />
Empresas<br />
Retificação: revista TOP 100<br />
13 Sotinar Lisboa - Representações de Tintas, Lda. Lisboa 2.063 1.006 27 254 471 11<br />
A edição de 2018 da revista TOP 100 tem um erro no quadro publicado na página 19, referente à “Evolução<br />
14 Mota & Pimenta, Lda. Braga 1.996 1.756 127 1.038 771 20<br />
do Volume 15 Sotinar de Porto-Tintas Negócios e Sistemas dos de Distribuidores Pintura, Lda. de Repintura”. Porto A conversão 1.955 do 1.142 ficheiro Excel 124 para 543 o formato 489 inDesign 11<br />
16 Lovistin - Comércio de Máquinas e Tintas, Lda. Viseu 1.812 1.995 133 1.237 518 11<br />
utilizado<br />
17 Dicotin,<br />
na paginação<br />
Lda.<br />
da revista alterou a ordem <strong>das</strong><br />
Braga<br />
empresas<br />
1.807<br />
e os respetivos<br />
348<br />
dados.<br />
31<br />
Publicamos,<br />
251 82<br />
abaixo,<br />
2<br />
o<br />
quadro<br />
18 Sotinar<br />
correto<br />
Dois-Tintas<br />
e pedimos<br />
e Sistemas<br />
desculpa Pintura, Lda.<br />
às empresas visa<strong>das</strong><br />
Aveiro<br />
pelo erro.<br />
1.603 1.530 166 1.132 495 9<br />
n.º<br />
empresa distrito<br />
TOP20 - MAIORES DISTRIBUIDORES DE REPINTURA<br />
1 Impoeste - Tintas e Equipamentos de Pintura, S.A. Lisboa 7.231 7.853 -31 1.585 1.206 33<br />
2 Carsistema Portugal, Representações, S.A. Coimbra 6.171 4.807 342 2.066 1.085 11<br />
3 Portepim - Sociedade de Representações, S.A. Coimbra 5.752 6.233 571 4.453 1.867 8<br />
4 Autoflex - Comércio de Tintas e Produtos Químicos, Lda. Aveiro 5.033 6.009 674 4.451 1.417 22<br />
5 Loja de Tintas - Comércio de Tintas, Lda. (LTintas) Setúbal 4.908 2.887 248 1.004 1.129 27<br />
6 Quimirégua - Detergentes Químicos da Régua, Lda. Vila Real 4.033 3.493 429 2.676 900 18<br />
7 Mário Dos Santos & Filhos, Lda. (Acrilac ) Lisboa 3.859 3.546 297 2.813 980 25<br />
8 ASB - Álvaro de Sousa Borrego, S.A. Lisboa 2.977 2.443 13 356 600 18<br />
9 Coteq, S.A. Braga 2.743 2.372 124 1.561 655 24<br />
10 Centrocor - Comércio de Tintas e Ferramentas, Lda. Porto 2.401 2.154 194 1.969 641 16<br />
11 Sodicor - Tintas e Equipamentos de Pintura, S.A. Leiria 2.151 2.153 42 816 551 23<br />
12 Sotinar-Sociedade de Representações de Tintas, Lda. Coimbra 2.079 928 6 309 437 13<br />
19 Fanlac, Lda. Lisboa 1.571 993 30 337 294 10<br />
20 Sotinar Feira - Tintas e Sistemas de Pintura, Lda. Aveiro 1.182 750 83 395 304 6<br />
1 Impoeste - Tintas e Equipamentos de Pintura, S.A. Lisboa 7.231 -0,2 7.245 -1,9 7.383 -11,2 8.312 3,0 8.068<br />
2 Carsistema Portugal, Representações, S.A. Coimbra 6.171 8,0 5.714 -0,5 5.741 6,6 5.388 2,0 5.282<br />
3 Portepim - Sociedade de Representações, S.A. Coimbra 5.752 18,2 4.868 5,9 4.595 4,6 4.393 13,3 3.876<br />
4 Autoflex - Comércio de Tintas e Produtos Químicos, Lda. Aveiro 5.033 6,5 4.728 10,8 4.266 2,6 4.159 8,1 3.847<br />
5 Loja de Tintas - Comércio de Tintas, Lda. (LTintas) Setúbal 4.908 10,0 4.463 10,0 4.057 2,1 3.974 11,2 3.575<br />
6 Quimirégua - Detergentes Químicos da Régua, Lda. Vila Real 4.033 19,1 3.387 15,9 2.923 -0,6 2.942 26,3 2.330<br />
7 Mário dos Santos & Filhos, Lda. (Acrilac ) Lisboa 3.859 1,2 3.813 11,1 3.431 13,3 3.027 18,5 2.554<br />
8 ASB - Álvaro de Sousa Borrego, S.A. Lisboa 2.977 21,0 2.461 15,0 2.140 19,4 1.793 18,5 1.513<br />
9 Coteq, S.A. Braga 2.743 1,9 2.692 6,6 2.525 11,0 2.274 - -<br />
10 Centrocor - Comércio de Tintas e Ferramentas, Lda. Porto 2.401 8,3 2.218 9,0 2.035 10,5 1.841 15,6 1.593<br />
11 Sodicor - Tintas e Equipamentos de Pintura,S.A. Leiria 2.151 13,4 1.897 9,7 1.729 -8,6 1.892 - -<br />
12 Sotinar - Sociedade de Representações de Tintas, Lda. Coimbra 2.079 10,0 1.890 -11,3 2.131 5,1 2.027 3,7 1.954<br />
13 Sotinar Lisboa - Representações de Tintas, Lda. Lisboa 2.063 15,8 1.782 -6,5 1.906 2,0 1.869 -1,7 1.901<br />
14 Mota & Pimenta, Lda. Braga 1.996 -5,3 2.107 -3,3 2.180 13,8 1.916 13,9 1.682<br />
15 Sotinar Porto - Tintas e Sistemas de Pintura, Lda. Porto 1.955 14,8 1.703 -4,9 1.791 4,0 1.722 25,7 1.370<br />
16 Lovistin - Comércio de Máquinas e Tintas, Lda. Viseu 1.812 19,8 1.512 1,0 1.497 5,3 1.421 3,6 1.371<br />
17 Dicotin, Lda. Braga 1.807 4,8 1.724 -7,2 1.858 3,3 1.798 - -<br />
18 Sotinar Dois - Tintas e Sistemas de Pintura, Lda. Aveiro 1.603 10,3 1.453 3,2 1.408 16,1 1.213 7,4 1.129<br />
19 Fanlac, Lda. Lisboa 1.571 20,1 1.308 26,7 1.032 43,5 719 - -<br />
20 Sotinar Feira - Tintas e Sistemas de Pintura, Lda. Aveiro 1.182 12,7 1.049 -8,2 1.143 14,2 1.001 -0,3 1.004<br />
vol. neg.<br />
2017<br />
cresc.<br />
vol. neg.<br />
(17/16)<br />
vol. neg.<br />
2016<br />
cresc.<br />
vol. neg.<br />
(16/15)<br />
vol. neg.<br />
2015<br />
cresc.<br />
vol. neg.<br />
(15/14)<br />
cap. prÓp.<br />
2017<br />
TOP20 - EVOLUÇÃO DO VOLUME DE NEGÓCIOS DOS DISTRIBUIDORES DE REPINTURA<br />
vol. neg.<br />
2014<br />
vaB 2017<br />
cresc.<br />
vol.neg.<br />
(14/13)<br />
n.º traB.<br />
2017<br />
vol. neg.<br />
2013<br />
Etecno1 lança novo catálogo<br />
O novo catálogo da empresa italiana abrange toda a gama de lâmpa<strong>das</strong> e<br />
LED dos 12V aos 24V. Especialista em velas de incandescência para veículos<br />
Diesel e lâmpa<strong>das</strong>, a Etecno1 apresentou o seu catálogo para 2018, que está<br />
focado apenas nos sistemas de iluminação. Sendo um dos mais completos<br />
do mercado, inclui lâmpa<strong>das</strong> e LED desde 12V, para veículos ligeiros, e até<br />
24V para veículos industriais e vocacionados para a agricultura.<br />
Top 100 Aftermarket 2018<br />
Grupo Diamantino Perpétua<br />
018-019_mercado distr repinturaREVaaa.indd 19 08/11/2018 15:45<br />
aposta na formação<br />
Num mercado cada vez mais competitivo, a formação é a resposta para chegar mais longe.<br />
O Grupo Diamantino Perpétua abre, agora, uma oportunidade a todos os colaboradores para<br />
que participem em formações e cursos académicos para desenvolvimento pessoal e profissional.<br />
Nesta economia, em que o conhecimento é um bem essencial, foi fácil para a gerência do Grupo<br />
DP abrir este novo programa aos seus colaboradores. Desenvolver o conhecimento dentro da<br />
empresa incrementa a satisfação por parte dos recursos humanos, que têm, agora, um incentivo<br />
extra para terminar, por exemplo, o 12.º Ano ou iniciar/acabar um curso académico.Por outro<br />
lado, está provado por vários estudos que quanto mais formação académica e profissional os<br />
colaboradores tiverem, mais produtivos se tornam. Recursos Humanos com mais conhecimento<br />
académico e mais formação encaixam na perfeição com o slogan do Grupo Diamantino Perpétua,<br />
“Juntos, vamos mais longe”, pois o conhecimento é um dos principais ingredientes para<br />
qualquer empresa ir mais além.<br />
19<br />
Tenneco assume compradefinitiva<br />
da Öhlins<br />
A Tenneco anunciou a assinatura de um contrato definitivo para adquirir<br />
a Öhlins, empresa de tecnologia sueca que desenvolve sistemas e<br />
componentes de suspensão premium para o setor automóvel. A adição da<br />
Öhlins vai acelerar o desenvolvimento de soluções inteligentes de suspensão<br />
para equipamento original (OE), além de acelerar o tempo de lançamento<br />
no mercado. Também irá melhorar o portefólio da Tenneco em mercados de<br />
mobilidade mais amplos, com a adição da gama Öhlins de OE premium e de<br />
produtos de desempenho automóvel no mercado de pós-venda. O fundador,<br />
Kenth Öhlin, manterá uma participação minoritária na Öhlins e fará parceria<br />
com a Tenneco para dar continuidade à sua visão estratégica e tecnológica.<br />
Autopeças Cab comercializa<br />
marca Comline<br />
A Autopeças Cab alargou o seu portefólio de fornecedores, disponibilizando,<br />
agora, nas suas quatro lojas, peças da marca Comline. O objetivo e escolha<br />
da entrada da Comline na Autopeças Cab deve-se ao facto de tratar-se de<br />
uma marca com bastante sucesso nos seus 25 anos e de continuar em grande<br />
crescimento, sempre com novos produtos e qualidade premium. A Comline vai<br />
reforçar as gamas já existentes na Autopeças Cab, garantindo ao cliente excelente<br />
qualidade e preço bastante competitivo. Neste momento, os produtos Comline<br />
já estão nas quatro lojas e, até agora, têm tido um excelente feedback por parte<br />
dos clientes. A gama que a Autopeças Cab vai trabalhar, numa primeira etapa,<br />
é composta por: bombas de água, filtros, material de suspensão e direção,<br />
travagem, rolamentos de roda, baterias e kits de embraiagem.<br />
Dezembro I 2018<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
38<br />
NOTÍCIAS<br />
Empresas<br />
ZF Aftermarket aconselha<br />
vigiar os foles de direção<br />
A verificação dos travões, da direção e do chassis fazem parte dos serviços básicos<br />
incluídos na revisão anual de inverno do veículo, não devendo ser negligencia<strong>das</strong>.<br />
Enquanto o veículo está no elevador, os mecânicos deverão inspecionar, também,<br />
minuciosamente os amortecedores, os rolamentos e as articulações. Os foles de<br />
direção requerem igualmente especial atenção. Estes evitam que a humidade ou<br />
as partículas entrem nas articulações <strong>das</strong> barras de direção, bem como na caixa de<br />
direção. Mesmo a mais pequena fenda no fole de direção pode ter consequências<br />
graves. Por exemplo, sem proteção, a sujidade e a humidade podem entrar nas<br />
peças móveis da caixa de direção e causar a corrosão <strong>das</strong> superfícies. Só é possível<br />
garantir uma condução confortável e um comportamento seguro do veículo a<br />
longo prazo, se os foles de direção estiverem intactos e proporcionarem uma<br />
proteção completa <strong>das</strong> barras de direção e da caixa de direção. Um sistema de<br />
direção em bom estado de funcionamento requer um bom comportamento da<br />
direção e um volante com centragem independente. Além dos cuidados a ter com<br />
o sistema de direção, a segurança da condução depende da boa manutenção do<br />
chassis e do bom funcionamento dos amortecedores. Afinal, o veículo apenas<br />
está verdadeiramente seguro se to<strong>das</strong> as peças do chassis estiverem a funcionar<br />
de forma perfeita.<br />
Oscaro foi adquirida pela Parts Holding Europe<br />
A Parts Holding Europe, detentora do Autodis Group, adquiriu 82,5% do Grupo Oscaro,<br />
que, em 2017, anunciou mais de oito milhões de clientes para um volume de negócios de<br />
320 milhões de euros. Esta transação, liderada pela Bain Capital, prende-se à criação de<br />
uma subsidiária digital, a Digital Auto Parts Holding. Pierre-Noël Luiggi, fundador da Oscaro,<br />
continuará a ser um dos acionistas, detendo, agora, 17,5%. Perderá o cargo de diretor, mas<br />
irá manter-se no conselho da empresa. Apesar de os distribuidores independentes, Autodistribution,<br />
terem sido preparados para a operação e de terem sido da<strong>das</strong> garantias legais de<br />
separação dos negócios B2B e B2C, a equação permanece difícil. Stephane Antiglio, chefe do<br />
PHE, terá de tornar os dois modelos compatíveis, especialmente em termos de preço, sem<br />
distorcer a posição da Oscaro no mercado digital. Esta aquisição vai abrir uma nova janela no<br />
mundo dos negócios digitais. Não só consolidará a lucratividade da ferramenta de logística<br />
da Autodis, como fornecerá o poder logístico que faltava à Oscaro.<br />
MGM fez formação em veículos híbridos<br />
No passado mês de novembro, a MGM promoveu, pela primeira vez, nas instalações<br />
da empresa, em Serzedo, Vila Nova de Gaia, em parceria com a empresa<br />
Saber sem Limites – Formação e Consultoria, Lda., uma formação em tecnologia e<br />
manutenção em veículos híbridos. O resultado foi muito positivo e, nesse sentido,<br />
a próxima formação já está a ser planeada para janeiro. A formação incidiu na<br />
tecnologia e manutenção de veículos híbridos e focou temas como os diferentes<br />
tipos de veículos automóveis híbridos, características, vantagens e desvantagens,<br />
habilitação para intervenção em veículos híbridos, grandezas elétricas e tipos de<br />
corrente elétrica. A ação atribui o certificado de formação profissional emitido ao<br />
abrigo da Portaria 474/2010 por entidade formadora certificada, sendo que, após<br />
a emissão do certificado de formação, passará a constar na Caderneta Individual<br />
de Competências de cada participante na formação a competência de técnico de<br />
manutenção em veículos híbridos. O certificado emitido também é válido para<br />
cumprimento da Lei n.º 7/2009, artigos 130.º a 134.º.<br />
LIQUI MOLY patrocina<br />
2.º Concurso Melhor Técnico Motortec<br />
A Motortec Automechanika Madrid organizará a 2.ª edição do concurso<br />
Melhor Técnico da Motortec e a LIQUI MOLY é um dos patrocinadores desta<br />
iniciativa, que visa encontrar, reconhecer e premiar o melhor técnico automóvel<br />
a nível ibérico, uma vez que este ano os técnicos portugueses também podem<br />
participar. A competição terá três etapas para os técnicos que querem provar<br />
que não têm oposição na sua profissão. As primeiras etapas são de seleção<br />
e determinam quais os concorrentes que irão à final, mas apenas um levará<br />
para casa o título de Melhor Técnico da Motortec 2019. Para participar neste<br />
concurso, basta fazer a inscrição no site www.mejortecnicomotortec.com. O<br />
site fornece informações sobre condições, datas e prémios, que, neste ano, são<br />
superiores a €10.000. Tal como na edição anterior, todos os participantes terão<br />
acesso gratuito à Motortec Automechanika Madrid.<br />
Dezembro I 2018<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
39<br />
Aser reuniu em Lisboa associados e fornecedores<br />
A Aser, central de compras de peças auto espanhola,<br />
reuniu, em Lisboa, associados, e fornecedores, para a sua<br />
3.ª convenção e anunciou o 2.º Congresso Aftermarket,<br />
que será realizado em fevereiro de 2019. No total, mais<br />
de 130 pessoas participaram numa jornada de convívio<br />
e confraternização que cumpriu totalmente os objetivos<br />
definidos pelo gerente, José Luis Bravo. No primeiro<br />
dia, o grupo percorreu várias zonas de Lisboa e navegou<br />
no Tejo a bordo de um catamaran, onde puderam<br />
conhecer a capital de outra perspetiva. No segundo<br />
dia, uma caravana de 40 carros antigos levou todos até<br />
Cascais, com passagem pelo Cabo da Roca e almoço<br />
no Guincho, num restaurante com vista deslumbrante<br />
sobre o oceano. Os almoços e jantares realizaram-se<br />
em diversos locais, sendo o mais representativo o jantar<br />
celebrado no último dia, onde foi homenageado o<br />
associado português Humberpeças, na pessoa do seu<br />
fundador e administrador, José Humberto Freitas. Neste<br />
jantar, Max Margalef, presidente da Aser, anunciou que<br />
o grupo vai estar presente na Motortec Automechanika<br />
Madrid de uma forma diferente, tendo como objetivo<br />
levar muitas oficinas a visitar o stand. No seu discurso,<br />
Max Margalef referiu-se à consolidação da distribuição:<br />
“Na Aser, não trabalhamos para que se vendam ou se<br />
façam fusões com outras empresas, mas para sermos<br />
competitivos e garantirmos a continuidade dos vossos<br />
negócios”.<br />
A responsável aproveitou o evento para dar as boas-<br />
-vin<strong>das</strong> a dois novos parceiros incorporados em 2018,<br />
a portuguesa HumberPeças e a espanhola Felton Recambios.<br />
Da mesma forma, José Luis Bravo, diretor da<br />
Aser, falou sobre a maneira diferente do grupo estar no<br />
mercado, agradecendo à HumberPeças ter escolhido a<br />
Aser, nomeando-os “Embaixadores Aser” em Portugal.<br />
“Quisemos oferecer um evento diferente e inovador<br />
para transmitir aos clientes os valores de Aser, que são<br />
proximidade, transparência, inovação e comunicação.<br />
Os fornecedores, todos fabricantes de marcas premium,<br />
estiveram, também, presentes em grande número, participando<br />
nestes dias de convívio. O tempo foi aproveitado<br />
para networking, conversas entre associados<br />
e fornecedores, num ambiente informal, sentindo-se<br />
um verdadeiro espírito de equipa”, afirmou José Luis<br />
Bravo, que, no final, estava muito satisfeito com a reação<br />
positiva de todos os participantes.<br />
De referir que a Humberpeças integrou a Aser a 1 de<br />
janeiro de 2017. Constituída em 1987 por José Humberto<br />
Freitas e Orlanda Maria Ferreira, a empresa dispõe, atualmente,<br />
de sete lojas: São João da Madeira, Santa Maria<br />
da Feira, Vila Nova de Gaia, Alfena, Fiães, Vale de Cambra<br />
e Porto. Com a integração na Aser, a Humberpeças viu<br />
fortalecida a sua posição no mercado nacional e a central<br />
de compras espanhola deu um passo estratégico para<br />
a internacionalização do projeto. A central de compras<br />
Aser foi criada em abril de 2016, resultado da união dos<br />
Grupos Agerauto e Gecorusa, ambos com mais de 35<br />
anos de experiência no setor do pós-venda.<br />
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EQUIPAMENTO OFICINAL<br />
MECÂNICA COLISÃO PINTURA AMBIENTE<br />
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2018 I Dezembro
40<br />
NOTÍCIAS<br />
Empresas<br />
Krautli Portugal incorpora<br />
gama hidráulica da Brembo<br />
A Krautli Portugal lançou a gama de componentes hidráulicos da<br />
Brembo para complementar a sua já vasta gama de discos, pastilhas e<br />
maxilas de travões disponíveis para veículos ligeiros e comerciais. Com<br />
mais de 2.000 referências em stock, a Krautli Portugal consolida a sua<br />
posição de destaque na distribuição da prestigiada marca Brembo. A<br />
Brembo é uma <strong>das</strong> marcas líderes mundiais em sistemas de travagem,<br />
com uma <strong>das</strong> ofertas mais completas no mercado e de elevado valor<br />
acrescentado, garantindo aos seus parceiros de negócio uma rentabilidade<br />
ajustada às necessidades de cada um.<br />
FUCHS mostra importância<br />
dos fluidos de transmissão<br />
A FUCHS voltou a reforçar a importância em substituir o fluido <strong>das</strong> transmissões, sejam<br />
elas manuais ou automáticas. Para veículos com transmissão automática, os avanços<br />
tecnológicos significam que nunca foi tão importante selecionar o Fluido de Transmissão<br />
Automática (ATF) correto, garantindo que tenha a performance pretendida ao longo da sua<br />
vida útil. A escolha dos tipos de transmissão nos veículos atuais nunca foi tão grande. Com<br />
a contínua evolução <strong>das</strong> transmissões automáticas com mais velocidades, aumentando os<br />
níveis de binário em conjunto com a utilização de materiais alternativos e, muitas vezes,<br />
mais leves, há um aumento de requisitos diferentes e mais stressantes sobre o produto<br />
ATF, do qual a transmissão depende muito. Um ATF é, sem dúvida, o mais complexo de<br />
todos os fluidos lubrificantes. O fluido deve refrigerar e lubrificar, bem como, ajudar a<br />
transmitir força e pressão. Os ATF também devem cada vez mais ter a capacidade de ser<br />
um fluido “fill-for-life”, ter durabilidade do atrito anti-vibração, estabilidade ao cisalhamento,<br />
fluidez a baixa temperatura e aperfeiçoada estabilidade à oxidação. Tudo isso<br />
deve ser feito com maior eficiência de combustível e redução de emissões, em conjunto<br />
com o equipamento específico da transmissão automática.<br />
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Uma marca.<br />
To<strong>das</strong> as embraiagens.<br />
Gama de embraiagens da Blue Print<br />
alargada a veículos europeus<br />
A Blue Print oferece mais de 1.100 kits de embraiagem para marcas<br />
e modelos europeus e asiáticos, que cobrem mais de 30.000 veículos<br />
ligeiros e com aplicação para LCVs.<br />
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Dezembro I 2018<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
41<br />
TIPS 4Y lança versão 3.0 do VRC<br />
A nova versão do VRC, que já se encontra disponível para todos os utilizadores,<br />
torna a experiência de navegação ainda mais intuitiva e adiciona<br />
novas funcionalidades, com enorme valor no processo de orçamentação e<br />
acesso à informação técnica. Como novidades, destaque para a edição de<br />
orçamentos e possibilidade de eleger um valor de mão de obra favorito, que<br />
servirá de base para o cálculo do valor do orçamento. A navegação está ainda<br />
mais direta e simplificada, nomeadamente no acesso a manuais técnicos,<br />
boletins técnicos e módulo de pneus. O VRC permite elaborar orçamentos<br />
de reparação ou manutenção em apenas quatro passos, realizados, integralmente,<br />
com informação do construtor automóvel (preços, referências<br />
de peças e serviços OE). De referir que a integração com o catálogo TecDoc<br />
permite converter as referências OE do orçamento em referências de marcas<br />
de Qualidade Equivalente. Para os profissionais da reparação automóvel, esta<br />
é a solução que permite adicionar transparência e eficiência no processo de<br />
orçamentação e acesso à informação técnica, com ganhos de fidelização e<br />
na conversão de orçamentos.<br />
RONAL GROUP funda Centro de Inovação<br />
O RONAL GROUP, um dos mais importantes fabricantes mundiais de jantes em liga leve para<br />
automóveis, fundou o RONAL Technologie GmbH . A primeira pedra para a construção do novo<br />
centro de inovação em Forst, na Alemanha, foi lançada no final de setembro de 2018. A empresa<br />
reforçou a sua posição como líder de tecnologia e inovação e aliou, como a primeira empresa no<br />
setor, to<strong>das</strong> as atividades de investigação e desenvolvimento num centro de inovação fundado<br />
para o efeito. O RONAL Technologie GmbH irá focar-se em projetos especiais entre um vasto<br />
espectro de temas. “Queremos desenvolver produtos e tecnologias com os quais podemos<br />
ajudar a dar forma à mobilidade de amanhã”, afirma Yvo Schnarrenberger, CEO da RONAL<br />
GROUP. O novo edifício do centro de inovação irá dispor, além de diversos espaços de projetos,<br />
conferências e escritórios distribuídos por quatro pisos, também de uma sala de experiências<br />
flexível, com 1.500 m 2 , um laboratório, bem como uma oficina metalúrgica e elétrica.
NOTÍCIAS PRODUTO<br />
42<br />
Super aditivo LIQUI MOLY<br />
recupera eficiência do motor<br />
Todos os motores de combustão têm a mesma sina: mal são colocados em funcionamento, surgem<br />
resíduos de combustão que ficam colados no interior. Tal leva a que o motor perca rapidamente potência<br />
e tenha maior consumo, aumentando, assim, o risco de avaria. O Super Diesel Additiv da LIQUI MOLY acaba<br />
com isso e recupera a potência original do motor. A marca aconselha a utilização de uma embalagem diretamente<br />
no depósito a cada 2.000 km. A substância ativa liberta as encrustações dos injetores, melhorando<br />
a pulverização. O motor recupera, assim, a sua potência e os seus valores de consumo originais. Além da<br />
limpeza, o Super Diesel Additiv tem ainda mais duas vantagens: aumenta o índice de cetano, melhorando<br />
a ignição do combustível, e protege todo o sistema de combustível da corrosão e do desgaste.<br />
Philips RacingVision<br />
recebe prémio<br />
O Auto Express, semanário automóvel mais vendido<br />
do Reino Unido, distinguiu as lâmpa<strong>das</strong> Philips Racing<br />
Vision com o prémio “Best Buy 2018”. Em pouco mais<br />
de uma década, as lâmpa<strong>das</strong> Philips foram, por oito<br />
vezes, nomea<strong>das</strong> com o galardão de “Lâmpada do<br />
Ano”, para além de terem sido distingui<strong>das</strong> com o<br />
prémio de “Melhor Acessório para o Carro do Ano”.<br />
Agora que anoitece mais cedo, é o momento ideal<br />
para melhorar o sistema de iluminação dianteiro do<br />
automóvel. Por isso, a Auto Express ajuda a eleger<br />
as melhores lâmpa<strong>das</strong>. A revista testou 10 pares de<br />
lâmpa<strong>das</strong> de alto rendimento, tendo submetido as<br />
unidades analisa<strong>das</strong> a várias provas para determinar a<br />
qualidade da luz, longitude do feixe, brilho e precisão<br />
do padrão da lâmpada. A publicação criou um ranking<br />
geral de acordo com o comportamento global dos<br />
vários pares de lâmpa<strong>das</strong>.<br />
Würth lança suporte universal para prensa<br />
A Würth lançou uma mesa universal ajustável para trabalhar nas prensas, que proporciona uma base<br />
segura com três pontos de apoio para processo de prensagem. O desenho especial dos pernos roscados e<br />
os movimentos longitudinais e transversais, permitem um ajuste em altura e largura para correta fixação e<br />
centragem <strong>das</strong> peças. Permite a utilização em conjunto com mangas de pressão standard e centralização<br />
através da rosca de receção no centro do suporte da mesa. A mesa pode ser utilizada para desmontagem<br />
e montagem de rolamentos, casquilhos, retentores. Duas barras ajustáveis impedem o deslizamento da<br />
mesa. Das principais características da mesa universal, destacamos: dimensões de 300 x 300 mm, peso de<br />
13 kg, capacidade peso de 20 tonela<strong>das</strong> e área de trabalho de 130 – 186 mm.<br />
FAE amplia gama de produtos<br />
com 22 novas referências<br />
A FAE anuncia a incorporação de 22 novas referências na<br />
sua gama de produtos, dando, assim, cobertura a muitas novas<br />
aplicações para os mercados europeu, norte-americano e asiático,<br />
onde se encontram modelos como Volkswagen Touareg, Audi Q7,<br />
Seat Exeo, Chevrolet Cruze, Chevrolet S10 Pick-up e Honda Civic<br />
VIII. As referências que chegam à gama são: 12 novos sensores<br />
de rotação da roda; 5 novas son<strong>das</strong> Lambda; 3 novos sensores<br />
de pressão absoluta; 1 novo captor de impulsos; 1 nova termo-<br />
-resistência. To<strong>das</strong> as referências encontram-se disponíveis no<br />
TecDoc, onde a FAE está certificada como fornecedores de dados<br />
“Classe A”, assim como no catálogo online da empresa. A FAE<br />
planeia incorporar, a cada mês, mais referências na sua gama.<br />
Dezembro I 2018<br />
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43<br />
CLAS tem<br />
novo sistema<br />
de purga<br />
de travões<br />
Um sistema de purga de<br />
travões reforçado concebido<br />
para uma utilização<br />
intensiva é o que a CLAS<br />
propõe com este novo aparelho<br />
HU 1103, que tem uma<br />
capacidade entre os 30 e os<br />
60 litros e um débito de 60l/h.<br />
A alimentação é de 220CV, tem<br />
um fio de ligação de 5 m e uma<br />
ponta flexível de 3,5 m. É ideal<br />
para longas sessões de trabalho.<br />
Concebido de forma astuciosa,<br />
para, automaticamente, assim<br />
que o nível de fluido for muito<br />
baixo, assegurando um puxar<br />
continuado do líquido através de um<br />
fluxo reforçado. Vai servir, também,<br />
para purgar embraiagens e para os<br />
travões. Funciona com fluidos DOT4/<br />
DOT5/DOT6.<br />
Total lança no mercado Quartz Ineo First 0W-20<br />
A Total lança no mercado nacional o novo Quartz Ineo First 0W-20, que cumpre a mais<br />
recente homologação PSA B 71 2010 e, em simultâneo, a ACEA C5/API SN. Trata-se de um<br />
lubrificante sintético para motor usado no Groupe PSA em primeiro enchimento e recomendado<br />
pelas marcas Peugeot, Citroën e DS no pós-venda, cujas principais características são:<br />
• Economizador de combustível (Fuel Economy);<br />
• Aumento da vida útil dos sistemas de pós-tratamento de gases de escape (LOW SAPS);<br />
• Máxima proteção contra o desgaste e a formação de depósitos;<br />
• Resistência à oxidação, mantendo as propriedades ao longo do tempo (Age Resistance<br />
Technology);<br />
• Especialmente adaptado às mais recentes motorizações da PSA (DV5R e EB2DT) e, em<br />
particular, às equipa<strong>das</strong> com e-HDI, PureTech com tecnologia stop&start e motorizações<br />
híbri<strong>das</strong> que exigem uma nova geração de lubrificantes para motor.<br />
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2018 I Dezembro
44<br />
NOTÍCIAS<br />
Produto<br />
Vela de ignição Bosch<br />
foi patenteada há 115 anos<br />
A Bosch patenteou a vela de ignição há mais de 115 anos. Durante todo esse tempo,<br />
tem vindo a aperfeiçoar essa tecnologia, o que resultou em inúmeras inovações que<br />
garantem produtos de grande qualidade e confiança que contribuem, ao mesmo<br />
tempo, para prolongar a sua vida útil. Apesar da grande amplitude do seu portefólio,<br />
a marca tenta facilitar a escolha da vela mais adequada ao denominar cada faixa em<br />
função da liga usada nos elétrodos. Deste modo, são designados Bosch Platinum, Bosch<br />
Double Platinum, Bosch Iridium, Bosch Duplo Irídio, Bosch Silver ou apenas Bosch.<br />
Japanparts Group lança kit<br />
de escovas flat e híbri<strong>das</strong><br />
Com um kit de 80 escovas híbri<strong>das</strong> e um kit de 140 escovas flat para<br />
automóveis, carrinhas e viaturas comerciais, o Japanparts Group é capaz<br />
de oferecer 99% de cobertura em todos os veículos em circulação. Cada<br />
escova contida nos kits é equipada com oito adaptadores, que, aplicados à<br />
escova, permitem a adaptabilidade tanto nas hastes tradicionais como nas<br />
hastes de nova geração. Um prático expositor faz parte de cada kit para as<br />
escovas <strong>das</strong> marcas Japanparts, Ashika e Japko, tendo sido concebido pelo<br />
Japanparts Group para a área de exposição dos próprios clientes. A gama de<br />
escovas limpa-vidros flat e híbri<strong>das</strong> está disponível nos tamanhos de 35 mm a<br />
70 mm, podendo ser instala<strong>das</strong> no lado do condutor, no lado do passageiro e<br />
no óculo traseiro. As escovas híbri<strong>das</strong>, particularmente indica<strong>das</strong> para amplas<br />
variações do ângulo de engate, maximizam o desempenho anti-levantamento<br />
durante altas velocidades, com características de silêncio únicas e<br />
um sistema multilâminas, que garantem uma pressão constante em todo<br />
o arco da escova. As escovas flat apresentam um design aerodinâmico, que<br />
melhora os desempenhos em to<strong>das</strong> as velocidades e intensidades da chuva.<br />
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PCC comercializa elevadores Ravaglioli<br />
aprovados pela Mercedes-Benz<br />
A Ravaglioli apresentou, na feira Automechanika Frankfurt, dois novos elevadores<br />
de quatro colunas com aprovação Mercedes-Benz: elevador de quatro colunas de 4.000<br />
kg, modelo RAV4406MB, especial para alinhamento total direções para veículos ligeiros;<br />
elevador de quatro colunas 6.500 kg, modelo RAV4652MB, especial para alinhamento total<br />
de direções para veículos comerciais. Estes equipamentos já se encontram disponíveis<br />
na PCC (Pinto da Costa & Costa).<br />
Dezembro I 2018
46<br />
NOTÍCIAS<br />
Produto<br />
Pro Core 18V é a nova gama de baterias da Bosch<br />
A Bosch Ferramentas Elétricas Profissionais acaba de apresentar a sua nova gama de baterias<br />
ProCore18V de elevado rendimento, que se podem definir como as mais compactas do mercado.<br />
Com 4,0, 8,0 e 12,0 Ah, estas novas baterias de 18V representam uma nova dimensão de potência.<br />
A combinação entre a nova geração de células com maior capacidade e um design de bateria com<br />
tecnologia CoolPack otimizada, torna possível um formato compacto com uma emissão de energia<br />
superior. Desta forma, por exemplo, a ProCore18V de 8,0 Ah fornece cerca de 90% mais potência do<br />
que as baterias de 18V convencionais. Potentes, com elevada autonomia e totalmente compatíveis<br />
com a gama já existente, as características <strong>das</strong> novas baterias ProCore18V constituem uma garantia<br />
de eficiência para o trabalho diário do profissional.<br />
Alea lança baterias<br />
com tecnologia EFB e AGM<br />
A Alea, marca própria de aftermarket do Grupo Nors, especialista no<br />
desenvolvimento e comercialização de peças e acessórios para o setor automóvel,<br />
reforçou a sua gama de produtos com o lançamento de cinco<br />
novas referências de baterias para veículos com sistema start&stop. A partir<br />
de agora, estão disponíveis nas lojas AS Parts e ONEDRIVE 15 referências<br />
para veículos ligeiros (desde 44 Ah a 95 Ah) e cinco referências para veículos<br />
pesados (desde 110 Ah a 225 Ah), a preços muito competitivos. A Alea<br />
aumenta, assim, a oferta de produtos de marca própria no mercado de<br />
peças aftermarket, contribuindo para a sua crescente notoriedade e aceitação<br />
no mercado e passando a disponibilizar aos seus clientes uma oferta<br />
de produtos muito completa, capaz de garantir a melhor relação preço/<br />
qualidade do mercado nacional. A marca Alea é distribuída, em exclusivo,<br />
pelas empresas aftermarket do Grupo Nors: Civiparts, AS Parts e ONEDRIVE.<br />
NelsonTripa_II.pdf 1 19/11/18 10:54<br />
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SOLUÇÕES EM A/C AUTO<br />
E REFRIGERAÇÃO DE TRANSPORTE<br />
MEYLE-ORIGINAL tem novo<br />
conjunto para rolamento de roda<br />
O novo kit All-In-One, da MEYLE, é mais uma solução de reparação inteligente,<br />
com a qual as oficinas podem poupar tempo valioso. O rolamento<br />
de roda e o cubo de roda já estão pré-montados no conjunto de reparação<br />
para rolamento de roda MEYLE-ORIGINAL. A compressão e descompressão<br />
morosa do flange antes da montagem são, assim, elimina<strong>das</strong>. A solução<br />
cobre um parque automóvel mundial superior a três milhões de veículos,<br />
estando, entre eles, modelos da Audi, Ford, Mercedes-Benz e VW. O novo<br />
conjunto de reparação para rolamento de roda pré-montado MEYLE-ORIGI-<br />
NAL fornece aos colaboradores da oficina to<strong>das</strong> as peças importantes num<br />
conjunto completo, no qual até mesmo o cubo e o rolamento da roda já<br />
estão comprimidos previamente para a montagem. Ambos os componentes<br />
estão montados um no outro para possibilitarem uma montagem o mais<br />
rápida possível. O caminho para a prensa é, assim, eliminado.<br />
Visite-nos no Facebook<br />
Dezembro Rua Fernando I 2018 Vicente - Armazém 15 - 2560-677 Torres Vedras<br />
Telefone: +351 261 335 050 - E-mail: geral@nelsontripa.pt<br />
Coordena<strong>das</strong> GPS - Latitude 39º5'42.83"N - Longitude 9º15'7,74"W
47<br />
Sogefi disponibiliza módulo de filtro Diesel<br />
para motor 1.5 da PSA<br />
A Sogefi desenvolveu um novo módulo de filtro de combustível Diesel altamente<br />
inovador para motores PSA 1.5 HDi de nova geração. Incorporando tecnologia avançada<br />
para filtragem de combustível Diesel, este produto estabelece elevados padrões para<br />
a categoria. Inclui um sensor de nível de água e um aquecedor de combustível para<br />
garantir o início confiável, mesmo nas manhãs mais frias. O corpo é feito totalmente de<br />
plástico e, em contraste com o metal, oferece uma resistência melhorada à corrosão dos<br />
biocombustíveis. O elemento livre de metais pode ser completamente incinerado após o<br />
uso, tornando-o mais ecológico. A tecnologia exclusiva da Sogefi remove praticamente<br />
to<strong>das</strong> as partículas maiores do que 4µm, garantindo uma vida muito longa da bomba de<br />
alta pressão e dos injetores, enquanto a Diesel3Tech oferece a separação de água líder<br />
em classes para proteger melhor o sistema de injeção de combustíveis contra a corrosão.<br />
A tecnologia de filtragem Diesel3Tech responde aos desafios levantados por novos<br />
combustíveis com base em Diesel ultra-baixo (ULSD) e combustíveis biodegradáveis de<br />
primeira geração, ao eliminar as maiores quantidades de água emulsificada, que poderiam<br />
prejudicar sistemas modernos de injeção de alta pressão.<br />
Auto Delta comercializa<br />
produto mais recente da LIQUI MOLY<br />
A LIQUI MOLY é, reconhecidamente, uma marca de relevo no portefólio da Auto<br />
Delta e, como tal, a empresa leiriense procura sempre ter as mais recentes novidades<br />
rapidamente disponíveis para os seus parceiros comerciais. O mais recente óleo LIQUI<br />
MOLY Top Tec 6300 0W-20 já se encontra disponível na Auto Delta. Desenvolvido<br />
especialmente para os mais recentes motores de veículos ligeiros de passageiros da<br />
Mercedes-Benz, representa um incremento de qualidade elevado, fruto <strong>das</strong> necessidades<br />
que estas motorizações apresentam. É de grande destaque o facto de, apesar<br />
de apresentar uma viscosidade bastante reduzida, garantir a lubrificação em condições<br />
extremas, contribuindo para a redução de consumo e de emissões poluentes e<br />
apresentando muito poucos resíduos de combustão de óleo, acabando por beneficiar<br />
tanto o filtro de combustível como o próprio filtro de partículas.<br />
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2018 I Dezembro
48<br />
NOTÍCIAS<br />
Produto<br />
Eni lança novo lubrificante<br />
Multitech CVT 10W30<br />
A Eni introduziu na sua gama de lubrificantes multifuncionais<br />
para equipamentos agrícolas o novo Multitech CVT 10W-30.<br />
Trata-se de um lubrificante sintético e multifuncional, especificamente<br />
desenvolvido para ser utilizado nas transmissões<br />
contínuas variáveis (CVT), circuitos de direção, travões em banho<br />
de óleo, sistemas hidráulicos e restantes transmissões equipa<strong>das</strong><br />
nas máquinas agrícolas. Este novo óleo Eni está classificado<br />
dentro do grupo de lubrificantes conhecido sob a designação<br />
UTTO (Universal Tractor<br />
Transmission Oil). As suas características<br />
de desempenho<br />
adapta<strong>das</strong> aos sistemas CVT<br />
garantem um funcionamento<br />
progressivo e sem golpes na<br />
transmissão. Tem uma fórmula<br />
especial compatível com uma<br />
grande diversidade de materiais<br />
utilizados nas máquinas<br />
agrícolas. O componente sintético<br />
da base permite o alargamento dos intervalos de mudança<br />
e o pacote de aditivos utilizado confere maior proteção contra<br />
desgaste e corrosão de todos os componentes da transmissão,<br />
aumentando a sua durabilidade.<br />
Pistões Nural com tecnologia EcoTough NG<br />
A Federal-Mogul Motorparts anuncia que a mais recente tecnologia de pistão da sua marca<br />
Nüral, EcoTough NG, foi lançada em setembro. Os revestimentos de pistão EcoTough, atualmente<br />
em produção, reduzem a fricção, o desgaste e o ruído, tendo sido projetados para atender aos<br />
requisitos térmicos extremos dos motores de combustão interna. O EcoTough NG é o mais recente<br />
revestimento de especificação de qualidade OE desenvolvido para motores a gasolina a sere lançado<br />
no mercado de pós-venda. A tecnologia é usada para o novo Fiat 1.0L GSE de três cilindros<br />
e 1.3L GSE de quatro cilindros Euro 6 ‘Firefly’. O EcoTough NG reduz o desgaste da saia do pistão<br />
até 40% quando comparado com o padrão de mercado com uma aplicação superficial de apenas<br />
15 mícrones. Graças à sua construção reforçada com óxido de metal e partículas de lubrificante<br />
sólido incorpora<strong>das</strong>, proporciona maior resistência à fadiga mesmo nas condições térmicas e de<br />
carga mais extremas. Também reduz as per<strong>das</strong> por fricção do pistão até 15%, ajudando a alcançar<br />
ganhos gerais na eficiência do motor sem aumentar significativamente os custos.<br />
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Dezembro I 2018<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
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NOTÍCIAS REPINTURA<br />
50<br />
Tons verdes e neutros<br />
ganham adeptos no mercado<br />
O mercado automóvel mundial continua a ser dominado pela cor branca. Sendo<br />
o verde visto apenas em 1% <strong>das</strong> carroçarias dos novos modelos produzidos em<br />
2018, a PPG faz um prognóstico para um aumento da procura deste tom. O mesmo<br />
prognóstico é feito relativamente às cores neutras, com o aumento da sua aplicação<br />
em outras áreas da decoração, mobiliário ou eletrónica de consumo. A PPG<br />
atualizou o seu estudo sobre preferências de cor em 2018, na qual se constata<br />
que o branco continua a ser a cor favorita para veículos ligeiros, SUV e veículos<br />
comerciais. Na Europa, o branco “faz” 32% do mercado, face aos 47% da região<br />
da Ásia-Pacífico, 38% na América do Sul e 26% na América do Norte. Apesar deste<br />
reinado do branco, que se prolonga<br />
desde 2010, os peritos em cor da PPG<br />
observam uma desaceleração desta<br />
tonalidade na Europa. Pretos e azuis<br />
registam mais 2% do que em 2016 e<br />
os cinzentos mais três pontos percentuais<br />
face a 2015. É na Europa que mais<br />
condutores preferem o azul.<br />
Axalta inaugura maior Centro de<br />
Desenvolvimento de Tintas nos EUA<br />
A Axalta comemorou a inauguração oficial do seu Centro de Inovação Global,<br />
o maior complexo de investigação e desenvolvimento de tintas e cores (I&D)<br />
do mundo, com uma cerimónia realizada no dia 7 de novembro. O Centro de<br />
Inovação Global ocupa uma área de 16.000 m 2 e dispõe de laboratórios especializados<br />
excecionais, bem como escritórios. Está localizado no histórico Navy<br />
Yard, em Philadelphia, e permite a colaboração entre funcionários, parceiros<br />
comerciais e clientes da Axalta nesta região. E não só. A localização em Navy<br />
Yard oferece um local de trabalho agradável para os novos talentos e o campus<br />
da Axalta foi construído tendo os investigadores em mente, baseando-se num<br />
ambiente académico, com vários espaços interiores e exteriores para incentivar<br />
o trabalho em equipa e a criatividade.<br />
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LOJAS<br />
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Cromax lança novo WP208 Imron Fleet Line<br />
A Cromax lançou o Primário de Lavagem WP208 Imron Fleet Line. Este novo primário,<br />
sem cromato de zinco, foi concebido para substituir o Wash-Primer Universal WP206 e cumpre<br />
o novo regulamento europeu relativo aos requisitos de Registo, Avaliação, Autorização e<br />
Restrição de Produtos Químicos (REACH), que entrarão em vigor a 22 de janeiro de 2019. O<br />
Wash-Primer WP208 Imron Fleet Line é um primário de lavagem 2K sem cromato de zinco<br />
desenvolvido, recentemente, com base em resina de butiral de polivinilo. Foi concebido,<br />
especificamente, para ser utilizado em grandes superfícies, como veículos comerciais e<br />
autocarros. Graças à sua cor amarela, contribui para os pintores verem facilmente se toda<br />
a superfície foi coberta com o produto. Este novo primário oferece uma excelente proteção<br />
contra corrosão e pode ser utilizado numa grande variedade de substratos. Devido ao seu<br />
efeito de passivação, o Wash-Primer WP208 é especialmente adequado para aplicação<br />
em alumínio e aço inoxidável.<br />
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Zaphiro lança no mercado<br />
nova pistola DV1 da DeVilbiss<br />
A Zaphiro deu início à comercialização da nova pistola DV1 da DeVilbiss,<br />
especialmente recomendada para a aplicação de pinturas com base de água<br />
e que será a sucessora da popular GTi PRO Lite no catálogo do fabricante<br />
americano. A nova pistola DeVilbiss DV1 permitirá às oficinas de chapa e<br />
pintura reduzir os tempos de aplicação de produto, reduzindo, também, o<br />
seu consumo, o que vai ajudar a melhorar a rentabilidade <strong>das</strong> reparações.<br />
A DV1 é um produto desenhado do zero e pensado para oferecer o máximo<br />
rendimento face ao antecessor. Esta nova DV1 é mais silenciosa e utiliza, entre<br />
outras tecnologias, uma pressão de ar reduzida, o que também melhora<br />
a uniformidade e o controlo da consistência do jato e, em consequência,<br />
proporciona um leque de cores mais contido para que seja mais forte. O<br />
novo desenho da boca do jato reduz a turbulência, minimizando manchas<br />
e pingas, enquanto a geometria interna avançada <strong>das</strong> novas cabeças de ar<br />
proporcionam um jato mais uniforme e muito mais equilibrado. Finalmente,<br />
a nova válvula coaxial de caudal de ar, 12 vezes mais precisa do que as versões<br />
anteriores, oferece a combinação ideal de controlo e suavidade para<br />
proporcionar um acabamento perfeito.<br />
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2018 I Dezembro
NOTÍCIAS<br />
Repintura<br />
Nós damos uma mãozinha<br />
Não fazemos<br />
manutenção automóvel,<br />
mas fazemos a manutenção<br />
da sua terminologia!<br />
Novo wash-primer sem cromato<br />
de zinco da Spies Hecker<br />
Os veículos comerciais estão sujeitos a esforço extremo todos os dias, pelo<br />
que o primário é particularmente importante, não só para preparar a superfície,<br />
como, também, para proteger contra a corrosão. O novo wash-primer<br />
Permafleet 4140 da Spies Hecker faz isso, sem a adição de cromato de zinco.<br />
Este novo Primário é ideal para ser utilizado em alumínio e aço inoxidável<br />
e pode ser usado juntamente com o Ativador 3689 Permafleet ou o Endurecedor<br />
Lento 3691 Permafleet. Foi formulado especialmente para grandes<br />
superfícies de veículos comerciais e autocarros. Pode ser facilmente aplicado,<br />
seca rapidamente e oferece uma proteção fiável contra a corrosão. O cromato<br />
de zinco é um ingrediente que é, normalmente, utilizado para proporcionar<br />
resistência e aderência, mas no novo Primário Especial 4140 Permafleet, foi<br />
substituído por outros pigmentos anticorrosivos.<br />
TRADUÇÃO E DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA<br />
Criamos e traduzimos manuais técnicos à melhor<br />
relação qualidade/preço do mercado. Temos<br />
profissionais especializados em várias áreas da<br />
indústria e uma tecnologia que nos permite criar<br />
projetos à medida de cada cliente.<br />
CONHEÇA O PROGRAMA PARCEIRO JABA<br />
Através da identificação e alinhamento de to<strong>das</strong><br />
as traduções antigas do parceiro JABA, é criada<br />
uma base de dados que permite detetar to<strong>das</strong> as<br />
repetições em novos projetos e baixar consideravelmente<br />
o valor final do documento, mantendo<br />
a terminilogia e o estilo de comunicação já<br />
existentes. Um programa criado a pensar em si!<br />
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AkzoNobel e McLaren<br />
celebram parceria de 10 anos<br />
Faz agora 10 anos que a AkzoNobel e a McLaren saíram da linha de partida<br />
em conjunto, estreitando laços numa parceria. Foi uma década excitante<br />
partilhada por uma paixão de enorme sucesso. A relação começou em 2008,<br />
quando a AkzoNobel se tornou fornecedora oficial de soluções de pintura<br />
para a McLaren Racing. A colaboração não está limitada à Fórmula 1. Por isso,<br />
a AkzoNobel reforçou a parceria com a McLaren Automotive em 2012, com<br />
todos os veículos desta marca a serem pintados com os produtos da empresa.<br />
Esta parceria de sucesso foi celebrada no SEMA, evento de aftermarket digital<br />
que decorreu em Las Vegas, no estado do Nevada.<br />
Vila Dezembro Nova I de 2018 Gaia | Telf: 227 729 455/6/7/8 | Fax: 227 729 459<br />
Mail: portugal@jaba-translations.pt | Web: jaba-translations.pt
BESA fecha com sucesso<br />
SEMA Show 2018<br />
A BESA voltou a marcar presença em mais um SEMA Show. O evento, que<br />
se celebrou no Centro de Convenções de Las Vegas, foi um êxito para a marca,<br />
tanto em número de visitantes como de reuniões manti<strong>das</strong>. Assim, a BESA<br />
fecha, de forma muito positiva, a sua participação na edição de 2018 do SEMA,<br />
com grande afluência de público no seu espaço do evento, partilhado com as<br />
Sinnek e Carworx. Destaque para o número de novos contactos, tanto nos EUA<br />
como no Canadá, bem como em países latino-americanos, mercados chave na<br />
estratégia de crescimento e internacionalização da marca. Na BESA, o público<br />
mostrou grande interesse pelo sistema URKI-MIX para repintura automóvel.<br />
Reta renova imagem do autocarro do Gil Vicente<br />
A Reta – Serviços Técnicos e Rent-a-Cargo, S.A. efetuou a renovação de imagem no<br />
autocarro da equipa principal de futebol do Gil Vicente Futebol Clube, no seu centro de assistência<br />
técnica de Vila Nova de Gaia. Este refresh de imagem inclui um recondicionamento<br />
total da viatura, com pequenas intervenções e preparação para pintura, uma nova pintura e<br />
aplicação da nova imagem do emblema de Barcelos. Para a Reta, a diversificação de serviços<br />
tem sido uma aposta à qual se pretende dar continuidade. Este é mais um reconhecimento pelo<br />
trabalho desenvolvido na manutenção e<br />
reparação de autocarros, segmento onde<br />
a marca tem vindo a apostar em 2018.<br />
Para Paulo Caires, diretor de marketing<br />
e ven<strong>das</strong> da RETA, “esta renovação do<br />
autocarro do Gil Vicente Futebol Clube é<br />
nova evidência no que concerne à nossa<br />
estratégia de diversificação de serviços.<br />
O facto de termos merecido a confiança<br />
da estrutura profissional de uma modalidade<br />
tão mediática como o futebol, que<br />
se prepara para regressar à Primeira Liga, é algo que muito nos honra”. Esta será a imagem<br />
que acompanhará o Gil Vicente Futebol Clube durante o que resta de 2018 e o ano de 2019,<br />
ano em que a equipa comemora as suas 95 primaveras de existência.<br />
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2018 I Dezembro
54<br />
CARROScomHISTÓRIA<br />
Renault Espace<br />
A mãe dos monovolumes<br />
Mais do que uma necessidade, o mercado dos SUV, quase símbolo de um estilo de vida, tem, hoje, um leque<br />
de oferta enorme. Este movimento teve o seu primeiro passo pela mão da Renault e chamou-se Espace<br />
Por: João Paulo Lima<br />
Desenvolver um veículo que proporcionasse<br />
a habitabilidade de um<br />
comercial de nove lugares, com o<br />
conforto e as prestações de um automóvel<br />
ligeiro, era o objetivo. Nos anos 80, as<br />
famílias na Europa, à semelhança do que<br />
já acontecia nos EUA, pela facilidade do<br />
acesso ao crédito e prosperidade em geral,<br />
começaram a ter mais poder de compra.<br />
O projeto que originou a Renault Espace<br />
nasceu em 1970 pela mão do britânico Fergus<br />
Pollock, um designer que trabalhava,<br />
na altura, para a Chrysler UK, em Coventry.<br />
Esta empresa pertencia a um grupo que<br />
dispunha à época de forte ligação com os<br />
americanos da Chrysler. Em França, tinham<br />
parcerias com marcas como a Matra e a<br />
Simca. A Espace foi inicialmente projetada<br />
para substituir o «Matra Rancho», um modelo<br />
que teve pelo seu “ar descontraído”<br />
muito boa aceitação no mercado. Antes de<br />
entrar em produção no Reino Unido, em<br />
1978, a Espace foi vendida ao Grupo PSA,<br />
que não avançou com o projeto atendendo<br />
ao elevado custo de produção e às linhas<br />
demasiado arroja<strong>das</strong> para a época.<br />
Dado o insucesso, a Espace volta para<br />
a “gaveta” e permanece aí alguns anos,<br />
só voltando a ver a “luz do dia” quando<br />
a Matra desafia a Renault para produzir o<br />
modelo. A ideia era utilizar uma carroçaria<br />
em fibra de vidro, à semelhança do que a<br />
Matra já utilizava para o Murena, sobre um<br />
chassis em aço galvanizado. Para concretizar<br />
o negócio e poder ser fabricado na<br />
pequena unidade fabril da Matra, esta teria<br />
de terminar com a produção do Murena.<br />
Em 1984, saiu da linha de montagem a<br />
primeira Renault Espace, um ano depois<br />
do projeto estudado em parceria nos EUA<br />
pela Chrysler, a «Minivan S», ter sido lançado<br />
nos states. Este modelo foi o percursor<br />
da «Voyager», bem conhecida entre nós.<br />
O êxito foi imediato e, apesar <strong>das</strong> linhas<br />
continuarem futuristas, a Espace agradou<br />
à primeira vista. Em 1988, o modelo sofreu<br />
um restyling, tornando-o ainda mais apelativo<br />
mas mantendo os mesmos componentes<br />
mecânicos.<br />
Mais tarde, a nova direção da Renault<br />
utilizou os conhecimentos e parte da<br />
tecnologia desenvolvida na Espace para<br />
criar mais dois modelos de vanguarda da<br />
marca, o «Vel Satis» eoa «Avantime». A<br />
Portugal, o primeiro modelo só chegou<br />
por importação paralela pois o importador<br />
não comercializou a Espace em terras lusas.<br />
Parte delas foram legaliza<strong>das</strong> por emigrantes,<br />
que as traziam quando terminava a sua<br />
estadia em França, onde o início da sua comercialização<br />
foi lento ou mesmo fraco. No<br />
primeiro mês, venderam-se apenas nove<br />
unidades, de uma contagem que terminou<br />
em 191.674 viaturas vendi<strong>das</strong>. Este primeiro<br />
modelo dispunha de características que<br />
valorizavam a vida a bordo. Os assentos<br />
dianteiros eram articulados e o do condutor<br />
e passageiro da frente rodavam 180°,<br />
permitindo confraternizar frente a frente<br />
com os ocupantes dos lugares traseiros.<br />
Engenhosamente projetado, permite<br />
uma excelente visibilidade para to<strong>das</strong> as<br />
direções. A segunda geração da Espace<br />
ofereceu a possibilidade de se poderem<br />
remover assentos e alterar as configurações<br />
à medida <strong>das</strong> necessidades. No seu<br />
palmarés, importa referir o ano de 1992,<br />
quando a Espace foi escolhida para veículo<br />
de transporte da Chama Olímpica,<br />
e, em 1994, no seu mais mediático passo,<br />
quando o piloto francês Alain Prost montou<br />
um motor de Fórmula 1 e transformou<br />
um SUV num carro de corrida de grandes<br />
prestações. O modelo atual, a geração IV<br />
evoluiu e concorre com outros do mesmo<br />
segmento, mantendo as características que<br />
sempre distinguiram a Espace <strong>das</strong> restantes<br />
propostas existentes no mercado. ✱<br />
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2018 I Dezembro
56<br />
OFICINAdoMÊS<br />
MAGNAUTOrino<br />
Renascer <strong>das</strong> cinzas<br />
A MAGNAUTOrino ardeu, por completo, em 2017, perdendo instalações, veículos e equipamentos. Mas a<br />
força de vontade de Alexandre Magno Costa permitiu à oficina renascer <strong>das</strong> cinzas. Melhor do que nunca<br />
Por: Jorge Flores<br />
Não raras vezes, é nos momentos<br />
mais difíceis que se vê a matéria<br />
de que são feitos os seres humanos.<br />
Que o diga Alexandre Magno<br />
Costa, que, há cerca de um ano, viu as<br />
instalações da empresa MAGNAUTOrino,<br />
arderem, por completo, juntamente com<br />
todo o seu recheio interior, incluindo veículos<br />
e equipamentos. Para muitos, uma<br />
tragédia desta dimensão significaria o<br />
fim do negócio. Mas Alexandre Magno<br />
Costa enfrentou o problema de outra<br />
forma. De frente. E não desistiu. Continuou,<br />
durante um ano, a pagar salários<br />
aos seus funcionários, apesar de manter<br />
as portas da oficina fecha<strong>das</strong>. Até que,<br />
cumprido um ano sobre o incêndio, con-<br />
seguiu erguer-se <strong>das</strong> cinzas, literalmente,<br />
como Fénix, reabrindo as suas instalações.<br />
Mas de uma forma diferente. Para<br />
melhor. Um espaço muito maior, mais<br />
moderno e melhor equipado do que<br />
alguma vez fora nos 30 anos de história<br />
que já conta a oficina.<br />
pois”, como não poderia deixar de ser,<br />
“os incêndios de 15 de outubro de 2017,<br />
com a destruição da empresa”, sublinhou.<br />
Alexandre Magno Costa não escondeu<br />
o orgulho na recuperação da oficina. E<br />
de uma forma tão categórica. “Sim, sem<br />
dúvida. Vou ser sincero: o resultado final<br />
é que estamos com muito melhores condições<br />
de trabalho, mas o desgaste de<br />
toda a equipa foi enorme. Não digo só<br />
físico, mas, também, psicológico”, contou.<br />
“Parte da equipa ajudou-me na reconstrução<br />
do edifício, a outra parte continuou a<br />
fazer serviços de manutenção e reparação<br />
automóvel, numa pequena parte de<br />
um pavilhão cedido por outra empresa,<br />
para que a perda de clientes fosse a menor<br />
n MOMENTOS COMPLICADOS<br />
O responsável da MAGNAUTOrino confidenciou<br />
ao <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> alguns<br />
dos períodos mais complicados ao longo<br />
deste percurso. “Os momentos mais marcantes<br />
da nossa empresa foram quando<br />
passei da garagem de minha casa, onde<br />
iniciei o negócio, para o local onde é hoje,<br />
aumentando a equipa”, recordou. “E, depossível.<br />
Foi um ano e pouco para conseguir<br />
este resultado. Estamos orgulhosos<br />
e quero aproveitar para agradecer a toda<br />
a nossa equipa, por não terem baixado<br />
os braços”, acrescentou o responsável da<br />
MAGNAUTOrino.<br />
n SERVIÇO COMPLETO<br />
Atualmente, a MAGNAUTOrino dispõe<br />
de nada mais nada menos do que 2.500<br />
m 2 de área e presta serviços de mecânica,<br />
eletrónica, eletricidade, chapa, pintura,<br />
pneus e lavagens. “Basicamente, tudo o<br />
que um veículo possa precisar. Acrescento<br />
ainda a venda de automóveis”, frisou Alexandre<br />
Magno Costa ao nosso jornal. Para<br />
o responsável, a oficina marca a diferença<br />
Dezembro I 2018<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
OFICINA DO MÊS<br />
57<br />
Na foto em baixo,<br />
da esq.ª para a dta.:<br />
Inês Costa (filha);<br />
Alexandre Magno Costa<br />
(gerente); Daniel Costa<br />
(filho); Pedro Monteiro<br />
(diretor da Rino);<br />
Ricardo Figueiras (gestor<br />
de marketing da Rino);<br />
Pedro Loureiro (gestor<br />
de clientes da Rino)<br />
perante a concorrência graças ao “serviço<br />
completo que oferece ao cliente”. Além<br />
disso, garantiu, prima pela “transparência e<br />
pela confiança” em todos os trabalhos que<br />
executa. Mais: “Ajustamo-nos ao cliente”,<br />
acrescentou o gerente.<br />
Neste momento, a oficina conta com<br />
11 colaboradores, mas deverá aumentar<br />
para 12, no início de 2019. A área<br />
geográfica de intervenção passa pelos<br />
concelhos de Oliveira de Frades, Vouzela<br />
e São Pedro do Sul.<br />
n DESAFIOS DE FUTURO<br />
O nome não engana. Durante 23 anos, a<br />
oficina respondeu pelo nome Magnauto.<br />
Mas, depois, ajustou-se a uma nova realidade<br />
enquanto parceira de uma rede.<br />
A MAGNAUTOrino foi uma <strong>das</strong> primeiras<br />
oficinas a entrar na rede Rino. Uma opção<br />
de que Alexandre Magno Costa não se<br />
arrepende. “Sempre defendi que o futuro<br />
<strong>das</strong> oficinas passava por trabalhar em rede.<br />
Na altura, a rede Rino foi-me apresentada<br />
pela ANECRA, da qual também já era associado<br />
há muito tempo. Achei que poderia<br />
ser uma boa aposta”, explicou.<br />
Superado o período mais complicado<br />
da sua história, o gerente da MAGNAU-<br />
TOrino olha com otimismo para o futuro,<br />
embora esteja consciente dos desafios<br />
que se deparam no horizonte do mercado<br />
da reparação. “Sem dúvida que os maiores<br />
desafios são a velocidade com que a<br />
viaturas têm evoluído eletronicamente<br />
e a concorrência elevada, acrescida da<br />
concorrência desleal”, referiu. “O futuro<br />
da atividade só poderá ser bom caso haja<br />
saúde. Estamos prontos para enfrentar<br />
todos os desafios”, concluiu. ✱<br />
MAGNAUTOrino<br />
Gerente Alexandre Magno Costa | Morada Zona Industrial de Vilarinho, Lote 3, 3680 - 323 Oliveira de Frades<br />
Telefone 232 761 474 | Site www.magnatorino.pt<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />
2018 I Dezembro
58<br />
EMPRESA<br />
Cunho familiar<br />
3R Parts<br />
Fundada, no mês de setembro, em Santarém, a 3R Parts tem uma liderança familiar assente no apelido “Regueira”<br />
dos três sócios. A empresa, dedicada ao comércio de peças automóvel, privilegia a formação<br />
Por: Jorge Flores<br />
Joaquim Regueira, ao centro, acompanhado<br />
pelos filhos Pedro (à esq.ª) e Diogo, explicou ao<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> os grandes trunfos da 3R Parts<br />
Um. Dois. Três. A empresa 3R Parts,<br />
sediada na zona industrial de Santarém,<br />
ainda não conta com três<br />
meses de existência e já começou a escrever<br />
a sua história no mercado do comércio<br />
de peças e acessórios automóveis. Liderada<br />
por Joaquim Regueira, nome conhecido<br />
no ramo, e pelos seus dois filhos, Pedro<br />
Regueira e Diogo Regueira (o “R” deriva do<br />
apelido de família), a empresa “dispõe de<br />
uma área bruta de cerca de 900 m 2 , dividida<br />
em espaços de atendimento ao público,<br />
call center, sala de formação teórica, espaço<br />
para formação prática e armazenagem de<br />
stock dividido em dois pisos. Tem uma<br />
equipa formada e competente, com to<strong>das</strong><br />
as ferramentas ao dispor e completamente<br />
apta e disponível para servir os clientes”,<br />
disse Pedro Regueira ao <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>.<br />
Segundo o responsável, “o facto de nos<br />
termos incorporado no Grupo TRUS-<br />
TAUTO, permitiu-nos beneficiar <strong>das</strong> suas<br />
sinergias e dinâmica, o que se revelou uma<br />
enorme mais-valia e a escolha mais acertada,<br />
permitindo-nos o acesso direto à<br />
comercialização de marcas de topo, tais<br />
como TRW, baterias AUTOPART, HELLA,<br />
OCAP, HENGST, bem como SKF, Blue Print<br />
e SWAG, entre outras, com preços competitivos,<br />
bem como a marca TRUSTAUTO,<br />
propriedade da AFKT, presente em lubrificantes,<br />
líquido de refrigeração, AdBlue<br />
e escovas limpa-vidros, com imagem<br />
própria e novas linhas de produtos muito<br />
em breve”, adiantou Pedro Regueira.<br />
n SINERGIA DE GRUPO<br />
Diogo Regueira, por sua vez, considera<br />
que “toda esta sinergia de grupo deu à 3R<br />
Parts, igualmente, a possibilidade de criar<br />
uma cadeia de valor robusta e bem firmada,<br />
que vai desde os nossos fornecedores,<br />
passando pelos nossos parceiros, até aos<br />
nossos clientes”. E enfatizou: “A nossa loja<br />
online, atualmente, no âmbito do B2B (Business<br />
to Business) e assente na plataforma<br />
do TecDoc, tem-se revelado um enorme<br />
sucesso junto dos clientes, que, através de<br />
um processo muito intuitivo e simples,<br />
podem classificar as peças, bem como ter<br />
acesso imediato à nossa disponibilidade<br />
de stock, PVP, descontos, e efetuar encomen<strong>das</strong>,<br />
tudo em tempo real e num processo<br />
completamente automatizado”,<br />
explicou.<br />
De acordo com Diogo Regueira, “uma <strong>das</strong><br />
particularidades é o facto de o cliente, hoje,<br />
poder, também, consultar diretamente<br />
preços e stock de produtos e/ou marcas<br />
que não existam no TecDoc, casos dos<br />
lubrificantes, anticongelantes e aditivos”.<br />
Já internamente, “os nossos colaboradores<br />
podem consultar o stock de todos os membros,<br />
bem como dos armazéns centrais da<br />
AFKT”, sublinhou.<br />
n APOSTA NA FORMAÇÃO<br />
Com base na sua longa experiência no<br />
setor <strong>das</strong> peças, Joaquim Regueira acredita<br />
que, “num mercado com uma evolução<br />
vertiginosa, em constante mutação e cada<br />
vez mais exigente, impõe-se o tema da<br />
formação”. Por isso, acrescentou o responsável,<br />
essa é “outra <strong>das</strong> grandes apostas,<br />
sendo estas certifica<strong>das</strong> e em parceria com<br />
a ATEC e leciona<strong>das</strong> ao longo do ano, nas<br />
instalações da 3R Parts, quer na vertente<br />
teórica, quer na vertente prática. A primeira,<br />
subordinada ao tema “Sensibilização aos<br />
Sistemas Híbridos”, aconteceu nos passados<br />
dias 7 e 8 de novembro, com dois grupos<br />
de clientes”, adiantou Joaquim Regueira<br />
ao nosso jornal. “Uma <strong>das</strong> ambições da 3R<br />
Parts sempre foi a transparência, a completa<br />
articulação entre todos estes processos e,<br />
acima de tudo, estar ligado a parceiros<br />
sólidos e de confiança”, sublinhou. Q<br />
3R Parts – Peças Auto, Lda.<br />
Administradores Joaquim Regueira, Pedro Regueira e Diogo Regueira | Sede Av.ª do Matadouro Regional, Lote 40, Armazém 3,<br />
2005 - 002 Santarém | Telefone 243 249 699 | Email geral@3rparts.pt | Site www.3rparts.pt<br />
Dezembro I 2018<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
60<br />
EMPRESA<br />
Universo turbo e Diesel<br />
Compec<br />
O <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> visitou a Compec no<br />
dia da estreia oficial da inovadora máquina<br />
para injetores. Com apenas dois anos de<br />
vida, a empresa especialista em turbos e<br />
Diesel encara o futuro com otimismo<br />
Por: Jorge Flores<br />
A<br />
Compec, que também responde<br />
pelo nome Silcompec (de Silva)<br />
é uma empresa especialista em<br />
turbos e motores Diesel. Um universo que<br />
Nuno Silva, gerente da empresa, situada na<br />
Póvoa de Santa Iria, conhece desde tenra<br />
idade. “O meu pai já trabalha no setor há<br />
cerca de 40 anos. Abriu uma oficina onde<br />
fazia de tudo um pouco no ramo automóvel.<br />
A dada altura, aderiu à rede Bosch e,<br />
entretanto, eu comecei a trabalhar com<br />
ele”, recorda. “Há dois anos, achámos que<br />
era altura de dividirmos o negócio em<br />
dois. A oficina, que continua, e esta casa<br />
especializada em recondicionamento de<br />
componentes”, adianta Nuno Silva ao <strong>Jornal</strong><br />
<strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>. “Reparamos e recondicionamos,<br />
com troca direta de componentes,<br />
tantos turbos, como bombas injetoras e<br />
injetores. Nos turbos, vendemos todos os<br />
componentes, desde o parafuso à turbina<br />
e à compressora. Tudo!”, sublinha.<br />
n MÁQUINA INOVADORA<br />
Atualmente, a Compec conta com uma<br />
equipa de seis pessoas e com uma carteira<br />
de clientes que tem aumentado de forma<br />
sustentada. Nuno Silva faz um balanço positivo<br />
dos primeiros tempos. “Estes dois anos<br />
têm corrido bem. Temos vindo a crescer.<br />
Viemos para aqui apenas com uma máquina<br />
de turbos e, neste momento, já contamos<br />
com duas para esse serviço e uma outra<br />
para bombas injetoras, além do novo equipamento<br />
para injetores, para common rail,<br />
a grande novidade”, diz.<br />
Conforme explica o responsável, trata-se<br />
de um tipo de investimento considerável.<br />
“Estamos a lutar, por enquanto, para poder<br />
servir bem os nossos clientes. Queremos<br />
dispor de máquinas suficientes para que,<br />
sempre que se faça um serviço ao cliente,<br />
exista o menor número possível de reclamações”,<br />
afirma. A máquina (Carbon Zapp)<br />
é a coqueluche da casa. “Temo-la há uma<br />
Nuno Silva, gerente da Compec, assegura<br />
que, em 2019, a empresa vai apostar no<br />
recondicionado Diesel. “A ideia”, diz, “é<br />
ampliar a gama e, com isso, crescer”<br />
semana. Estiveram na loja profissionais da<br />
própria marca a dar formação e a fazer a<br />
aferição do aparelho. Hoje (dia da visita do<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>), é, curiosamente, o primeiro<br />
dia independente do equipamento.<br />
Começou agora a fazer serviços”, conta.<br />
Com a nova Carbon Zapp, a qualidade do<br />
serviço, nesta área, sobe vários patamares.<br />
“Com a antiga, não tínhamos a garantia nem<br />
a segurança para estar a vender um produto<br />
recondicionado. O potencial de problemas<br />
podia ser grande. Agora, é diferente. A Carbon<br />
Zapp é uma máquina muito bem referenciada<br />
e de muito boa qualidade. Sei que<br />
estou a fazer um bom produto”, sublinha.<br />
n GARANTIA DE QUALIDADE<br />
Entre os clientes, a Compec encontra<br />
as oficinas e as lojas de peças. O negócio<br />
divide-se, portanto, entre as reparações e<br />
a venda de componentes. Qual pesa mais?<br />
“Ainda fazemos muita reparação. Especialmente<br />
nos Diesel. Não temos ainda<br />
capacidade de resposta para recondicionados.<br />
Nos turbos, temos muita capacidade<br />
de resposta nos recondicionados e<br />
já funcionamos muito bem com a nossa<br />
troca de direta de componentes: o cliente<br />
traz um avariado e nós entregamos o recondicionado.<br />
Mas, por enquanto, ainda<br />
nos baseamos muito na reparação”, diz.<br />
Planos para 2019? “Vamos apostar no<br />
recondicionado Diesel. A ideia é ampliar<br />
a gama e crescer. Já temos mais um aparelho<br />
previsto: uma máquina de limpeza<br />
de filtros de partículas. No primeiro semestre,<br />
vamos ter aqui, seguramente, mais<br />
uma área de negócio”, conclui. Q<br />
Compec – Componentes Automóvel<br />
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João Correia<br />
(ao centro,<br />
acompanhado na<br />
foto pelos filhos<br />
Carlos Correia e<br />
Graça Correia) foi<br />
quem fundou, há<br />
45 anos, a empresa<br />
madeirense<br />
Referência insular<br />
A Auto Pop é uma <strong>das</strong> empresas mais antigas da Madeira. Ligada, sobretudo, ao mercado independente de peças auto<br />
multimarca, deve o seu sucesso à estratégia bem definida que assenta em parcerias, inovação, liderança e qualidade<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
Fundada a 31 de outubro de 1973 por<br />
João Correia, portanto há 45 anos, a<br />
Auto Pop, designação comercial pela<br />
qual é conhecida a C. Correia & Filhos, Lda.,<br />
é a empresa com mais anos no setor da<br />
venda de peças auto na ilha da Madeira.<br />
Desde o início da sua atividade que o<br />
seu objetivo tem sido servir o mercado<br />
independente de peças auto e, também,<br />
o mercado industrial, através de um leque<br />
de marcas líderes a nível mundial nesses<br />
setores. O seu crescimento sustentado<br />
ao longo de quatro déca<strong>das</strong> e meia de<br />
atividade resulta de uma estratégia bem<br />
definida que assenta, sobretudo, em parcerias,<br />
inovação, liderança e qualidade.<br />
A C. Correia & Filhos, Lda. tem vindo, por<br />
isso, a ocupar um lugar de destaque no<br />
panorama regional de peças, fazendo do<br />
seu próprio nome uma marca: Auto Pop.<br />
n LÍDER DE MERCADO<br />
A principal preocupação da empresa<br />
insular passa pela satisfação <strong>das</strong> necessidades<br />
dos clientes, procurando exceder<br />
as expectativas destes com serviços e<br />
produtos seguros, douradores e com<br />
preços justos, para que os madeirenses<br />
elejam sempre a Auto Pop como a sua<br />
escolha preferencial. Hoje, a empresa<br />
conta com três balcões (Funchal, Câmara<br />
de Lobos e Cancela), através dos<br />
quais comercializa todo o tipo de peças<br />
para veículos ligeiros e pesados. Mas não<br />
só. Conta com um espaço em Lisboa há<br />
vários anos que lhe permite ter uma<br />
logística com um eficiente sistema de<br />
receção e entrega de mercadoria. Mas<br />
o seu campo de abrangência vai muito<br />
para além da venda a retalho. A Auto<br />
Pop comercializa e monta equipamentos<br />
oficinais, dá assistência às suas marcas<br />
de baterias e, também, repara e assiste<br />
as marcas de empilhadores e stackers de<br />
que dispõe.<br />
Assumindo que a sua estratégia visa<br />
fidelizar os clientes com qualidade, serviços<br />
e condições vantajosas, a Auto Pop<br />
pretende continuar a liderar o mercado<br />
de distribuição de peças na zona onde<br />
está inserida. Aumentar a notoriedade,<br />
diversificando ofertas e fornecendo soluções<br />
com elevada qualidade, é outro<br />
dos objetivos. Tal como manter as marcas<br />
de qualidade que caracterizam, desde o<br />
início, o seu portefólio de produtos, complementando<br />
a oferta com emblemas de<br />
cariz mais económico, proporcionando<br />
aos clientes uma solução completa à<br />
medida <strong>das</strong> necessidades de cada um.<br />
Disseminar valores, práticas e uma cultura<br />
de excelência virada para os clientes,<br />
sustentada pelos seus colaboradores e<br />
apoiada pelos fornecedores de que dispõe,<br />
é outra <strong>das</strong> pretensões da empresa.<br />
n RELAÇÃO COM A SPANJAARD<br />
Sendo o parceiro mais antigo da Tudor<br />
– Exide, a Auto Pop tem ligações com<br />
AD Logistics, bilstein group, Carsistema<br />
Portugal, ZF/TRW Portugal, SKF Portugal<br />
e Facom – Stanley Black & Decker. Contudo,<br />
a relação com a Spanjaard merece<br />
particular relevância. Os produtos desta<br />
marca estão presentes na ilha da Madeira<br />
há mais de 30 anos, tanto no setor automóvel<br />
como industrial. A Auto Pop foi o<br />
seu primeiro distribuidor, que, desde cedo,<br />
soube tirar partido de muitas soluções<br />
inovadoras. Por exemplo, um problema<br />
que já foi mais comum, mas que continua<br />
a existir devido ao relevo montanhoso da<br />
ilha, é o desgaste acentuado e precoce<br />
<strong>das</strong> caixas de velocidade e diferenciais <strong>das</strong><br />
viaturas ligeiras e pesa<strong>das</strong>. Nestes casos,<br />
o aditivo Spanjaard “G” (Gearbox and differential)<br />
é visto como a solução ideal.<br />
Entre outros produtos da gama Spanjaard<br />
automóvel, as massas especiais para indústrias,<br />
os sprays técnicos e os químicos<br />
de manutenção sempre foram soluções<br />
de reconhecida qualidade. Q<br />
Auto Pop (C. Correia & Filhos, Lda.)<br />
Sócios-gerentes João Correia e Carlos Correia | Sede Rua dos Ferreiros, 234-236, 9000 - 082 Funchal | Telefones 291 203 333/8<br />
Fax 291 227 641 | Email ccorreia@autopop.com.pt<br />
Dezembro I 2018<br />
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64<br />
PRODUTO<br />
SOLAR<br />
Solução de futuro<br />
O Grupo Valente & Lopes criou uma nova marca, a Energy Systems, para I&D e comercialização de coberturas metálicas<br />
galvaniza<strong>das</strong> com painéis solares, que aliam as vantagens da produção de energia limpa à proteção fornecida pelo<br />
topo da estrutura. O modelo SOLAR apresenta-se como uma solução inovadora que reflete uma visão de futuro<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
Líder no mercado ibérico de coberturas<br />
metalo-têxteis há 23 anos, dispondo<br />
de empresas constituí<strong>das</strong> em Espanha,<br />
França e Marrocos, o Grupo Valente<br />
& Lopes continua a apostar na inovação e<br />
no desenvolvimento. Nesse sentido, acrescentou<br />
ao seu portefólio de produtos uma<br />
cobertura metálica galvanizada com painéis<br />
solares, que alia a vertente de produto<br />
sombreador ao aproveitamento de energia<br />
elétrica. O modelo SOLAR apresenta-se<br />
como uma solução inovadora que reflete<br />
uma visão de futuro, estando já em curso<br />
o processo de obtenção da marcação CE.<br />
n ESTRUTURA ROBUSTA<br />
Para levar a cabo esta nova aposta, o<br />
Grupo Valente & Lopes criou a marca Energy<br />
Systems (ES) para I&D e comercialização<br />
de coberturas metálicas galvaniza<strong>das</strong> com<br />
painéis solares, que aliam as vantagens da<br />
produção de energia limpa à proteção fornecida<br />
pelo topo da estrutura. Robusta e<br />
esteticamente equilibrada, esta solução de<br />
estacionamento recorre a painéis solares em<br />
vez de lona. A energia solar, tal como as outras<br />
energias renováveis, evita a importação<br />
de combustíveis fósseis – como o carvão<br />
e o gás natural – para gerar eletricidade,<br />
poupando dinheiro e evitando a emissão<br />
de gases com efeito de estufa (GEE). Por<br />
isso, é encarada como uma solução natural,<br />
económica (a médio e longo prazos) e<br />
ecológica. Uma clara aposta de futuro do<br />
Grupo Valente & Lopes.<br />
Para conceção e verificação dos elementos<br />
metálicos e de ligações, foram considera<strong>das</strong><br />
as normas EN 1993-1-1:2005 e EN 1993-<br />
1-8:2005. Para a análise dos elementos<br />
metálicos, foi utilizada a lógica de análise<br />
estrutural assistida, baseada no Modelo de<br />
Elementos Finitos. Os valores <strong>das</strong> tensões/<br />
esforços e <strong>das</strong> deformações condicionantes<br />
para o dimensionamento, obtêm-se para as<br />
combinações mais desfavoráveis <strong>das</strong> ações.<br />
Para análise da estrutura do edifício, utilizam-se<br />
vários modelos de análise, de modo<br />
a simular o seu funcionamento segundo<br />
os três eixos (X, Y e Z), recorrendo-se, para<br />
o efeito, a modelos tridimensionais, onde<br />
se simula todos os elementos estruturais.<br />
n GARANTIA DE 10 ANOS<br />
O modelo SOLAR dispõe de uma garantia<br />
de 10 anos. E conta com um tratamento<br />
anticorrosivo graças à galvanização por<br />
imersão a quente, tendo a especificação<br />
do revestimento de zinco um valor médio<br />
de 93 μm. Já as estruturas dimensiona<strong>das</strong>,<br />
cumprem todos os eurocódigos em vigor<br />
por lei, nomeadamente 1, 2 e 3, RSAEEP, RE-<br />
BAP, REAE e a EN206-1. No que diz respeito<br />
ao aço utilizado, este dispõe do módulo<br />
de elasticidade E = 210000 MPa e do coeficiente<br />
de contração lateral (Poisson) v =<br />
0.3. Quanto aos perfis e produtos planos<br />
em aço S275, estão de acordo com a norma<br />
EN 10025-2, que estipula um limite de elasticidade<br />
fy = 275MPa e uma resistência à<br />
tração fu = 430 Mpa. Os valores especificados<br />
de propriedades mecânicas do metal<br />
de solda são iguais ou maiores do que os<br />
valores especificados para o metal de base.<br />
O modelo SOLAR já foi instalado no Aki de<br />
Portimão, na Danipack de Estarreja, na DST<br />
de Ponte da Barca e na DST de Mesão Frio,<br />
entre outras.<br />
Tendo nas coberturas a sua principal área<br />
de negócio, o grupo criado por Pedro Valente<br />
arroja e prova que se mantém a par<br />
<strong>das</strong> tendências do mercado, estando sempre<br />
atento às necessidades cada vez mais<br />
exigentes dos clientes. Para as coberturas<br />
metalo-têxteis, existe a empresa Valente &<br />
Lopes e a marca COVER (apropria<strong>das</strong> para<br />
a zona de aspiração de car wash, stands e<br />
parqueamentos). Nas coberturas metálicas<br />
com painéis solares, é a nova marca Energy<br />
Systems (ES) que impera. Para a área <strong>das</strong><br />
estruturas de lavagem/salas técnicas, conta<br />
com a empresa TECWASH. Q<br />
Dezembro I 2018<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
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66<br />
PRODUTO<br />
Champion OEM SPECIFIC 5W30 C3<br />
Mais vida útil para os motores<br />
O Champion OEM SPECIFIC 5W30 C3 obteve uma ampla gama de aprovações exigentes, de motores de diferentes<br />
fornecedores de equipamento original, provando que é, realmente, um óleo de motor versátil e de alto desempenho<br />
Por: João Vieira<br />
Prova de<br />
desempenho<br />
Alegar a superioridade de um produto<br />
é fácil, mas a Champion consegue<br />
demonstrá-la. A sua vasta aplicabilidade<br />
é ainda mais reforçada, pois algumas<br />
especificações são retrocompatíveis, como<br />
é o caso do GM Dexos 2, retrocompatível<br />
com especificações GM e Opel.<br />
BMW Longlife-04<br />
GM Dexos 2<br />
MB 229,51<br />
229,52<br />
VW 502 00<br />
505 00<br />
505 01<br />
Principais características<br />
do CHAMPION OEM<br />
SPECIFIC 5W30 C3<br />
O<br />
motores estão a tronar-se mais<br />
potentes, mais avançados e mais<br />
pequenos a cada ano que passa.<br />
É necessário uma evolução ao nível dos<br />
lubrificantes para que estes possam acompanhar<br />
estes desenvolvimentos.<br />
Por este motivo, a Champion lançou o<br />
OEM SPECIFIC 5W30 C3, um óleo de motor<br />
que melhora o desempenho e pode<br />
ser utilizado para realizar a manutenção<br />
a uma variedade de veículos diferentes.<br />
Trata-se de um óleo versátil e, ao mesmo<br />
tempo, de alto desempenho. A combinação<br />
de óleos de base sintéticos e aditivos<br />
de elevado rendimento garante melhor<br />
proteção de to<strong>das</strong> as peças do motor. Uma<br />
<strong>das</strong> suas vantagens adicionais, é a excelente<br />
fluidez a baixas temperaturas, que<br />
garante que o óleo atinja, rapidamente,<br />
todos os componentes do motor após o<br />
arranque. Esta fluidez também permite<br />
poupar nos custos de combustível. Os aditivos<br />
de redução de fricção, que baixam<br />
as emissões de CO 2 e o consumo de combustível,<br />
reforçam ainda mais este efeito.<br />
O lubrificante OEM SPECIFIC 5W30 C3<br />
foi desenvolvido para assegurar maior<br />
período de vida útil do motor e melhorar,<br />
ainda, a eficiência dos sistemas de<br />
emissão. Além disso, o óleo dispõe de<br />
um grau de viscosidade muito baixo e<br />
contribui para uma poupança de combustível.<br />
Nicolas Verellen, diretor da Wolf Oil<br />
Corporation, fabricante dos lubrificantes<br />
Champion, afirma que “os motores dos<br />
automóveis modernos são mais pequenos<br />
e económicos, mas oferecem, contudo,<br />
maior potência. Esta realidade faz com<br />
que se exerça maior força sobre eles, o que<br />
requer, obrigatoriamente, melhor lubrificação.<br />
Com este novo óleo, a Champion<br />
apresenta a solução adequada para to<strong>das</strong><br />
as oficinas que realizam serviços de manutenção<br />
e assistência técnica multimarca,<br />
convertendo-a no produto certo para<br />
garantir o desempenho ideal do motor”,<br />
revela o responsável.<br />
“Acreditamos que é importante estar na<br />
vanguarda no que diz respeito às mais<br />
recentes inovações e tecnologias. Por<br />
isso, centramo-nos, continuamente, no<br />
desenvolvimento de lubrificantes avançados,<br />
que contribuem para um melhor<br />
rendimento, motores mais limpos e uma<br />
performance mais sustentável”, conclui Nicolas<br />
Verellen.<br />
Refira-se que a aprovação OEM garante<br />
que o fabricante dispõe de lubrificantes<br />
certificados, totalmente compatíveis com<br />
os motores de determinada marca. Esta<br />
aprovação garante que os lubrificantes<br />
sejam seguros e permitem, por isso, o<br />
desempenho ideal. ✱<br />
l Excelente proteção do motor em<br />
temperaturas de funcionamento<br />
eleva<strong>das</strong> e baixas;<br />
l Formulação de cinza reduzida protege<br />
todo o sistema de pós-tratamento;<br />
l Emissões de CO 2 reduzi<strong>das</strong> e maior economia<br />
de combustível, graças à sua excelente<br />
fluidez e propriedades de redução de fricção;<br />
l Produto pode ser utilizado em diferentes<br />
automóveis dos principais fabricantes<br />
líderes de mercado, como, por exemplo,<br />
Volkswagen, Mercedes-Benz, Mazda,<br />
Audi, Renault, Opel e BMW<br />
Dezembro I 2018<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
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68<br />
TÉCNICA&SERVIÇO<br />
Equipamentos ADAS na reparação de carroçarias<br />
Mais informação e formação<br />
Com a implementação dos sistemas ADAS (Advanced Driver Assistance Systems), a condução tornou-se numa<br />
experiência totalmente diferente, mais segura e confortável, na qual o automóvel assume o comando nos casos<br />
em que o controlo é posto em causa por diferentes circunstâncias<br />
Os sistemas ADAS são compostos<br />
por diferentes sensores eletrónicos<br />
instalados no veículo. Estes<br />
sensores criam um ambiente controlado<br />
que previne sinistros contra objetos, outros<br />
veículos e, inclusivamente, no caso<br />
dos mais avançados, peões, ciclistas ou<br />
animais. Também detetam sinais de trânsito,<br />
cumprindo funções que, em última<br />
análise, nos devem conduzir ao veículo<br />
autónomo.<br />
Destacam-se os seguintes:<br />
l Sensores de estacionamento e medição<br />
de distância;<br />
tantemente, de tal forma que, qualquer<br />
dano provocado por um acidente, pode<br />
ter influência nos restantes se as operações<br />
não forem realiza<strong>das</strong> de forma adequada.<br />
Esta realidade afeta, diretamente,<br />
as oficinas reparadoras, que têm de adaptar-se<br />
às mudanças e adquirir a tecnologia<br />
e formação necessárias para levar a<br />
cabo estas reparações. Por exemplo, em<br />
l Radares dianteiros ou traseiros;<br />
l Câmaras.<br />
Estão ligados entre si e interagem consintervenções<br />
nos vidros de para-brisas, na<br />
substituição completa dos para-choques<br />
e na pintura dos mesmos ou na reparação<br />
de peças de chapa ou plásticas, cuja boa<br />
reparação assegura a posição exata de<br />
montagem dos radares.<br />
n SENSORES DE ESTACIONAMENTO<br />
Os sensores de estacionamento estão<br />
Dezembro I 2018<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
Colaboração<br />
CESVIMAP<br />
www.cesvimap.com<br />
69<br />
dicam que não existe qualquer tipo de<br />
anomalia no funcionamento resultante da<br />
reparação dos para-choques ou devido a<br />
excesso de camada de tinta nos sensores<br />
e não são necessários ajustes. Uma vez<br />
montados todos os elementos do sistema,<br />
não é necessário realizar operações de<br />
colocação em funcionamento, visto que<br />
são reconhecidos diretamente pelo calculador<br />
do sistema de estacionamento.<br />
ser desmontados para que não recebam<br />
cama<strong>das</strong> adicionais de tinta. Ao substituir<br />
um dos sensores por danos ou mau<br />
funcionamento, é necessário pintá-lo<br />
aplicando o mesmo processo utilizado<br />
no para-choques.<br />
Os testes realizados no CESVIMAP inos<br />
airbags de capot, importa referir que<br />
os sistemas mecânicos de ativação do<br />
capot, em determinados casos, podem<br />
ser rearmados sem problemas. No que<br />
respeita aos pirotécnicos, é necessário<br />
trocar todos os elementos afetados indicados<br />
pelo fabricante do veículo. Os<br />
pequenos danos, como deformações,<br />
fissuras, riscos, que implicam a reparação<br />
e a pintura do para-choques, não<br />
Substituição de para-brisas com ADAS e calibração<br />
instalados nos para-choques, numa série<br />
de orifícios que abrangem a zona a medir<br />
entre todos eles. Podemos encontrar diferentes<br />
combinações no que respeita ao<br />
número de sensores dianteiros/traseiros,<br />
em função do quão sofisticado ou caro<br />
for o sistema ou <strong>das</strong> funções adicionais:<br />
medição do lugar com estacionamento<br />
assistido, medição do lugar de estacionamento,<br />
estacionamento assistido.<br />
Ao substituir o para-choques por um<br />
novo, a peça de substituição é fornecida<br />
sem orifícios para os sensores de estacionamento,<br />
o que implica a realização<br />
desta operação na oficina. Para o efeito, é<br />
necessário utilizar ferramentas com diferentes<br />
diâmetros para realizar os orifícios<br />
correspondentes a cada tipo de sensor.<br />
Os pequenos danos, como riscos, deformações,<br />
fissuras, devem ser tratados<br />
com especial precaução, uma vez que a<br />
reparação do para-choques pode afetar<br />
o funcionamento dos sensores se não forem<br />
colocados na posição original. Para a<br />
operação de pintura dos para-choques,<br />
os manuais dos fabricantes do veículo<br />
indicam que o sensor não deve ser pintado.<br />
Nesta operação, os sensores devem<br />
Em caso de<br />
acidente, os danos<br />
sofridos pelo radar<br />
podem implicar<br />
a substituição<br />
completa, devido<br />
à ocorrência<br />
de danos em<br />
elementos de<br />
fixação e, também,<br />
porque são muito<br />
frágeis e não são<br />
forneci<strong>das</strong> peças<br />
de substituição<br />
Sensores de resistência do sistema de proteção de peões (danificado, à esq.ª)<br />
Disposição do sensor por pressão do sistema de proteção de peões<br />
Airbag de capot<br />
Perfuração do<br />
para-choques<br />
e alojamento<br />
dos sensores de<br />
estacionamento<br />
n SISTEMA DE PROTEÇÃO DE PEÕES<br />
Trata-se de um sistema de segurança<br />
passiva que requer sensores e outros elementos<br />
para o seu funcionamento correto.<br />
Perante um sinistro no qual este sistema<br />
seja afetado ou ativado, há que referir que<br />
os seus componentes não têm reparação<br />
e devem ser substituídos, uma vez que o<br />
tubo ou a fita de pressão e os dois sensores<br />
<strong>das</strong> extremidades são fornecidos<br />
pré-montados. No caso de soluções como<br />
afetam, diretamente, o funcionamento<br />
do sistema.<br />
n RADARES DIANTEIROS E TRASEIROS<br />
O radar é um sistema utilizado para<br />
detetar a distância existente entre o<br />
veículo que emite o sinal e um objeto.<br />
Através da análise do sinal refletido pelo<br />
objeto, consegue calcular a distância,<br />
permitindo a deteção de obstáculos e a<br />
tomada de decisões a altas velocidades<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />
2018 I Dezembro
70<br />
TÉCNICA&SERVIÇO<br />
Equipamentos ADAS na reparação de carroçarias<br />
em sistemas de condução assistida. São<br />
instalados na parte dianteira e traseira do<br />
veículo, fixados à carroçaria, ocultados<br />
atrás dos para-choques ou no próprio<br />
para-choques. Em caso de acidente, os<br />
danos sofridos pelo radar podem implicar<br />
a substituição completa, devido<br />
à ocorrência de danos em elementos de<br />
fixação e, também, porque são muito<br />
frágeis e não são forneci<strong>das</strong> peças de<br />
substituição. Embora não se possa generalizar,<br />
a intervenção dependerá do<br />
impacto, da localização e do respetivo<br />
sistema de fixação.<br />
Na substituição dos para-choques, na<br />
maioria dos casos, não é necessário desmontar<br />
os radares e, por conseguinte, não<br />
radar e a aplicação de uma única camada,<br />
sem tinta de base e sem exceder os 150<br />
mícrones de espessura. A reparação de<br />
pequenas fissuras ou perfurações não<br />
é permitida por alguns fabricantes nos<br />
para-choques, pelo que recomendam<br />
a substituição completa. Outros delimitam<br />
a reparação a uma periferia de<br />
25 cm em redor do radar. A reparação<br />
de danos na parte traseira ou dianteira<br />
sobre elementos da carroçaria requer,<br />
normalmente, a desmontagem do radar.<br />
Ao montar novamente o dianteiro, será<br />
necessário realizar uma calibragem. O<br />
traseiro, somente quando indicado pelo<br />
fabricante. O sistema Lidar instalado no<br />
para-brisas não necessita de calibragem.<br />
Calibragem com ferramenta específica<br />
Radar dianteiro<br />
é necessária qualquer ação complementar.<br />
No âmbito da reparação, alguns fabricantes<br />
de veículos incluem processos<br />
específicos para a pintura dos para-choques<br />
nos seus manuais de trabalho. Recomendam<br />
a eliminação da totalidade<br />
da pintura antiga na zona que delimita o<br />
Fixação do radar ao para-choques, danificada<br />
Radar traseiro<br />
n CÂMARAS<br />
As câmaras podem ser monta<strong>das</strong> em<br />
diferentes partes do veículo. Por um lado,<br />
existem as que permitem ver todo o ambiente<br />
perimetral, instala<strong>das</strong> nos espelhos<br />
retrovisores e na parte dianteira da<br />
grelha, As de assistência nas operações<br />
A substituição<br />
do para-brisas<br />
com câmara é uma<br />
operação cada<br />
vez mais habitual.<br />
É necessário<br />
desmontar a<br />
câmara do seu<br />
alojamento, pelo<br />
que esta perde o<br />
ângulo de captura<br />
e, posteriormente,<br />
requer ajuste<br />
e calibragem<br />
de marcha-atrás e estacionamento estão<br />
monta<strong>das</strong> na porta da bagageira ou capot<br />
traseiro (a manipulação desta câmara<br />
requer ajuste). Por outro lado, existem as<br />
câmaras instala<strong>das</strong> no espelho retrovisor<br />
do para-brisas, de alta resolução, que simplificam<br />
a entrada de dados em algoritmos<br />
sobre os quais se baseiam os sistemas de<br />
visão para detetar peões, veículos, sinais<br />
e outros obstáculos. Estes sistemas de segurança<br />
são compostos por uma câmara<br />
e por um calculador, que interpreta os<br />
dados, sendo instalados no para-brisas.<br />
Uma vez que requerem elevado nível<br />
de precisão, a calibragem é realizada<br />
eletronicamente para que não existam<br />
erros de funcionamento. Após qualquer<br />
manipulação que requeira a sua desmontagem<br />
e montagem, é necessário efetuar<br />
uma calibragem, que pode ser dinâmica<br />
ou estática.<br />
A substituição do vidro com câmara é<br />
uma operação cada vez mais habitual. É<br />
necessário desmontar a câmara do seu<br />
alojamento, pelo que esta perde o ângulo<br />
de captura e, posteriormente, requer<br />
ajuste e calibragem.<br />
A calibragem dinâmica de câmaras é<br />
realizada com a máquina de diagnóstico,<br />
através de um ajuste prévio e, seguidamente,<br />
uma autocalibragem em estrada,<br />
que dependerá <strong>das</strong> condições desta e<br />
da meteorologia, visto que, em caso de<br />
chuva, neve ou nevoeiro, a calibragem<br />
não será concluída ou será impossível.<br />
As câmaras e radares com calibragem<br />
estática requerem um equipamento específico.<br />
Bosch, Hella Gutmann e Texa<br />
Ibérica são fabricantes de ferramentas de<br />
calibragem de sistemas de assistência à<br />
condução, que permitem a calibragem<br />
<strong>das</strong> câmaras e dos radares (no caso da<br />
Hella) instalados nos veículos.<br />
As novas tecnologias “forçam”, constantemente,<br />
as oficinas reparadoras a estarem<br />
atualiza<strong>das</strong> com novo equipamento. E levam<br />
a que os funcionários tenham de estar<br />
informados e formados para superarem<br />
os desafios que estes avanços impõem<br />
diariamente.<br />
É, por isso, recomendável as oficinas<br />
formarem os seus técnicos na substituição<br />
e calibragem de vidros que integram<br />
sistemas ADAS, através de cursos de formação<br />
ministrados pelas marcas de equipamentos<br />
ou entidades formadoras. Estes<br />
cursos podem ser lecionados num único<br />
dia, contemplando o conteúdo teórico<br />
necessário sobre estes sistemas (funcionamento,<br />
tipos de sensores, aplicações)<br />
para, posteriormente, abordar a tarefa de<br />
substituição e calibragem de todos os elementos,<br />
câmaras e radares. ✱<br />
Dezembro I 2018<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
MENOS FRICÇÃO,<br />
MAIS EFICIÊNCIA.<br />
MAN Genuine Oil.<br />
MAN Genuine Oil é o complemento ideal para os elementos principais de um veículo<br />
MAN: motor, caixa de velocidades e eixos. Em conjunto com os componentes perfeitamente<br />
harmonizados, o MAN Genuine Oil oferece protecção contra o desgaste<br />
comprovada. Desta forma, ajuda a aumentar significativamente o ciclo de vida do veículo<br />
e reduz os custos operacionais. Menos desgaste, mais eficiência. Com MAN<br />
Genuine Oil. Disponível no seu centro de serviço MAN.
MUNDO AUTOMÓVEL<br />
72<br />
Toyota Yaris GRMN<br />
Street racer<br />
Inspirado pelo regresso da Toyota ao Mundial de Ralis e pelo Yaris WRC, o Yaris GRMN é o primeiro Toyota<br />
GRMN a ser construído e comercializado na Europa. Equipado com motor 1.8 sobrealimentado de 212<br />
cv, diferencial autoblocante Torsen, jantes BBS de 17” e travões maiores, este pequeno desportivo é um<br />
autêntico street racer<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
O<br />
Yaris GRMN (Gazoo Racing afinado<br />
pelo “Meister de Nürburgring”)<br />
posiciona a Toyota como marca<br />
de referência no segmento europeu dos<br />
hatchbacks desportivos. O mais vitaminado<br />
dos Yaris produzidos em série foi projetado<br />
para proporcionar a melhor experiência<br />
de condução possível. Inspirado pelo desporto<br />
automóvel, com engenharia para a<br />
estrada, o mais temido Yaris da atualidade<br />
homologado para circular na via pública<br />
foi inspirado pelo regresso da Toyota ao<br />
Campeonato Mundial de Ralis da FIA e<br />
partilha o seu ADN com o Yaris WRC, o<br />
carro que já levou a Toyota Gazoo Racing<br />
ao pódio dos vencedores no primeiro ano<br />
de competição da equipa.<br />
O Yaris GRMN não só é o primeiro modelo<br />
GRMN a ser lançado na Europa como,<br />
também, já começou a ser produzido no<br />
Velho Continente, mais concretamente<br />
na fábrica Toyota Motor Manufacturing<br />
France Valenciennes (TMMF). A sua produção<br />
foi integrada, com sucesso, na mesma<br />
linha de montagem do Yaris “normal”,<br />
sendo cada Yaris GRMN montado por uma<br />
equipa própria, composta pelos técnicos<br />
mais experientes da fábrica. A sua produção,<br />
limitada a apenas 400 exemplares,<br />
está direcionada para clientes europeus<br />
e irá adicionar uma dimensão extra de<br />
exclusividade ao seu apelo como automóvel<br />
focado nas eleva<strong>das</strong> prestações.<br />
n VISUAL DE CORRIDA<br />
Tal como a versão que alinha no Mundial<br />
de Ralis, o Yaris GRMN dispõe de carroçaria<br />
de três portas. Partindo desta base, a Toyota<br />
introduziu uma série de elementos específicos<br />
de design e estilo exterior, incluindo<br />
um spoiler traseiro preto (tipo “asa), um<br />
desenho personalizado do para-choques<br />
traseiro, um difusor traseiro, uma grelha<br />
dianteira com malha específica em ninho<br />
de abelha, um tubo de escape oval central<br />
dentro de um invólucro trapezoidal, umas<br />
pinças de travagem de cor branca e umas<br />
jantes BBS de 17” escuras.<br />
Além disso, exibe, também, um acabamento<br />
especial em termos de pintura:<br />
branca com detalhes vermelhos e negros<br />
no capot e nas soleiras <strong>das</strong> portas,<br />
remetendo, uma vez mais, para o visual<br />
agressivo do Yaris WRC. Já o tejadilho, negro<br />
contrastante, inclui uma antena de<br />
barbatana de tubarão, que é única neste<br />
segmento. Entre os pormenores que exprimem<br />
o carácter especial deste desportivo,<br />
destacam-se o “lábio” dianteiro em<br />
vermelho e a ornamentação diferenciada<br />
em negro para os faróis de LED, gerando<br />
um impacto visual adicional.<br />
O habitáculo é, igualmente, uma expressão<br />
do foco <strong>das</strong> eleva<strong>das</strong> prestações<br />
deste utilitário. Prova disso, são os bancos<br />
dianteiros desportivos, projetados, especificamente,<br />
pela equipa de especialistas da<br />
Toyota Boshoku. Com revestimentos em Ultrasuede,<br />
alcançam o objetivo da equipa de<br />
desenvolvimento, que é fornecer o melhor<br />
apoio lateral da classe. A cor totalmente<br />
negra do habitáculo enfatiza a sua essência<br />
desportiva, com superfícies em couro<br />
preto no painel de bordo e guarnições <strong>das</strong><br />
portas e teto forrado igualmente a negro.<br />
Os pormenores que revelam a essência de<br />
prestações puras incluem um botão de arranque<br />
do motor e um volante de reduzido<br />
diâmetro e revestido a couro, “emprestado”<br />
pelo Toyota GT86 e adaptado às exigências<br />
especiais do Yaris GRMN, incluindo uma<br />
costura vermelha no “ponto zero”. Há, também,<br />
um conjunto de pedais desportivos<br />
em alumínio, aplicações em alumínio e um<br />
exclusivo mostrador tátil com animação<br />
de arranque inspirada na Toyota Gazoo,<br />
refletindo a personalidade especial deste<br />
modelo de eleva<strong>das</strong> prestações. Funcional<br />
Dezembro I 2018<br />
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AVALIAÇÃO OBRIGATÓRIA<br />
73<br />
Tipo<br />
MOTOR<br />
Cilindrada (cc) 1798<br />
Diâmetro x curso (mm)<br />
4 cil. linha,<br />
transv., diant.<br />
80,5x88,3<br />
Taxa de compressão 10,0:1<br />
Potência máxima (cv/rpm) 212/6800<br />
Binário máximo (Nm/rpm) 250/4800<br />
Distribuição<br />
Alimentação<br />
Sobrealimentação<br />
2 v.e.c./Dual VVT-i,<br />
16 válvulas<br />
injeção eletrónica<br />
de gasolina<br />
compressor Magnusson<br />
Tração<br />
Caixa de velocidades<br />
TRANSMISSÃO<br />
diant. c/ dif. auto.<br />
Torsen + VSC<br />
manual de 6+ma<br />
DIREÇÃO<br />
O Yaris GRMN transpira agressividade<br />
por todos os poros. Os condimentos<br />
estão lá todos: jantes BBS, diferencial<br />
autoblocante Torsen, pinças de travão<br />
ADVICS, amortecedores Sachs e<br />
compressor Magnusson-Eaton<br />
Tipo<br />
pinhão e cremalheira<br />
Assistência<br />
sim (eletromecânica)<br />
Diâmetro de viragem (m) 11,6<br />
TRAVÕES<br />
Dianteiros (ø mm)<br />
discos vent. (n.d.)<br />
Traseiros (ø mm)<br />
discos maciços (n.d.)<br />
ABS<br />
sim, com EBD+BAS<br />
SUSPENSÕES<br />
e espaçoso q.b., o interior convence ainda<br />
pelo equipamento expressivo, pelos dispositivos<br />
de segurança presentes em bom<br />
número e pela qualidade de construção,<br />
ainda que nem todos os materiais sejam<br />
de referência.<br />
n DINÂMICA APURADA<br />
Ágil, reativo, eficaz e fácil de controlar. O<br />
Yaris GRMN proporciona emoções fortes<br />
e tem o condão de fazer alternar sorrisos<br />
de prazer com expressões de pânico na<br />
cara do condutor e passageiros. O principal<br />
responsável que desloca os 1.210 kg de<br />
peso do conjunto de forma célere é o motor,<br />
uma unidade única no segmento dos<br />
hatchbacks desportivos graças à utilização<br />
de um compressor Magnusson-Eaton para<br />
melhorar o rendimento. O bloco a gasolina<br />
de 1,8 litros é construído pela Toyota<br />
Manufacturing UK (TMUK) na fábrica de<br />
Deeside, sendo as modificações realiza<strong>das</strong><br />
por especialistas da Lotus, também na Grã-<br />
-Bretanha. A construção e instalação final<br />
do motor são realiza<strong>das</strong> pela Toyota Motor<br />
Manufacturing France (TMMF), na fábrica<br />
de Valenciennes. Cada uma <strong>das</strong> 400 unidades<br />
construí<strong>das</strong> para clientes europeus<br />
inclui uma placa numerada para vincar a<br />
sua exclusividade.<br />
Com 212 cv e 250 Nm, que são transmitidos<br />
às ro<strong>das</strong> dianteiras por intermédio<br />
de uma caixa manual de seis velocidades<br />
(que carece, contudo, de maior precisão<br />
na engrenagem), existindo, ainda, controlo<br />
de estabilidade (VSC) e diferencial autoblocante<br />
Torsen, o Yaris GRMN é um “brinquedo”<br />
que dá gozo. E não enjoa. Equipado<br />
com pneus Bridgestone Potenza RE 050A,<br />
de medida 205/45R17 84W, este pequeno<br />
desportivo dispõe de grandes e ventilados<br />
travões de disco dianteiros com pinças de<br />
quatro êmbolos, fornecidos pela ADVICS,<br />
que asseguram uma travagem potente e<br />
fácil de controlar. O seu comportamento<br />
ágil deve-se ao chassis reforçado, à suspensão<br />
mais rígida e rebaixada e aos amortecedores<br />
de rendimento Sachs.<br />
A bem sucedida aplicação do motor<br />
sobrealimentado ajuda o Yaris GRMN a<br />
atingir os objetivos definidos aquando<br />
do seu desenvolvimento: oferecer prestações<br />
de alto nível e superior capacidade<br />
de resposta às solicitações do condutor.<br />
O exame minucioso de formas de reduzir<br />
o peso durante o projeto ajudou a garantir<br />
uma relação peso/potência líder da<br />
classe: 5,70 kg/cv. Para o final, deixámos<br />
o aspeto menos positivo deste pequeno<br />
desportivo: o preço. É certo que se compreende<br />
face a tudo o que é proposto e<br />
tendo em conta o nível de emoção oferecido,<br />
mas €38.620 é mais do que custa<br />
um C-HR, um Auris ou um Prius. É certo<br />
que nenhum destes três modelos diverte<br />
(nem gasta) tanto como o Yaris GRMN,<br />
mas factos, são factos. Seja como for, a<br />
compra de carro não tem de ser sempre<br />
racional. Ou será que tem? ✱<br />
Dianteira<br />
Traseira<br />
Barra estabilizadora diant./tras.<br />
McPherson<br />
barra de torção<br />
sim/não<br />
PERFORMANCES ANUNCIADAS<br />
Velocidade máxima (km/h) 230<br />
0-100 km/h (s) 6,4<br />
Cons. Extra-urb./comb./urb. (l/100 km) 5,7/7,5/10,6<br />
Emissões de CO 2 (g/km) 170<br />
Nível de emissões Euro 6<br />
DIMENSÕES, PESO E CAPACIDADES<br />
Comprimento/largura/altura (mm) 3945/1695/1510<br />
Distância entre eixos (mm) 2510<br />
Vias frente/trás (mm) 1465/1450<br />
Capacidade do depósito (l) 42<br />
Capacidade da mala (l) 286<br />
Peso (kg) 1210<br />
Relação peso/potência (kg/cv) 5,70<br />
Jantes de série<br />
7Jx17”<br />
Pneus de série 205/45R17<br />
Pneus de teste<br />
Mecânica<br />
Pintura<br />
Anticorrosão<br />
Bridgestone Potenza<br />
RE 050A, 205/45R17 84W<br />
GARANTIAS<br />
5 anos ou 160.000 km<br />
3 anos s/ limite km<br />
12 anos s/ limite km<br />
ASSISTÊNCIA<br />
1.ª revisão 15.000 km ou 1 ano<br />
Custo 1.ª revisão (c/ IVA) €195<br />
Intervalos<br />
PREÇO (s/ despesas) €38.620<br />
Unidade testada €38.620<br />
Imposto Único de Circulação (IUC) €224,98<br />
15.000 km ou 1 ano<br />
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2018 I Dezembro
74<br />
MUNDO AUTOMÓVEL<br />
NOTÍCIAS<br />
Jaguar Land Rover<br />
minimiza enjoos<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
Os futuros veículos <strong>das</strong> marcas Jaguar e Land Rover serão<br />
capazes de reconhecer se os seus ocupantes estão enjoados e<br />
ajustar as características para minimizar o desconforto durante<br />
a condução. Devido à sua investigação sobre o enjoo num<br />
veículo, a Jaguar Land Rover criou um algoritmo que gera “uma<br />
pontuação sobre o bem-estar” de cada passageiro. Estes dados<br />
podem ser utilizados para personalizar, automaticamente, o<br />
estilo de condução e as características do interior do veículo,<br />
de modo a reduzir os efeitos desconfortáveis que os passageiros<br />
sofrem em cerca de 60% dos casos. A Jaguar Land Rover<br />
recolheu dados gerados durante mais de 25 mil km junto de<br />
pessoas que enjoam durante as viagens e verificou as suas<br />
causas, como, por exemplo, ver as mensagens do telemóvel.<br />
A “classificação do bem-estar” calcula, através de sensores<br />
biométricos que registam os sinais fisiológicos, se condutor<br />
e passageiros estão enjoados. Combinar estes dados com o<br />
movimento e a dinâmica do veículo, faz com que este saiba<br />
quando o condutor ou um passageiro começam a ficar enjoados,<br />
mesmo antes da ocorrência de qualquer sintoma. ✱<br />
Volvo XC40 vence troféu WWCOTY<br />
O novo Volvo XC40 foi o grande vencedor do troféu Women’s World Car of the Year (WWCOTY), naquela<br />
que foi a segunda vez que a marca sueca conquistou este prémio, depois de, em 2016, o modelo XC90 ter<br />
cometido a mesma proeza. O Women’s World Car of the Year foi criado em 2009 para dar resposta à falta de<br />
representação <strong>das</strong> mulheres no painel de jurados dos prémios “European Car of the Year” e “World Car of<br />
the Year”. No Women’s World Car of the Year, o painel é composto por 34 jura<strong>das</strong> provenientes de 27 países,<br />
que votam, não num “automóvel para senhoras”, mas no melhor produto, de acordo com a sua experiência<br />
e conhecimento como jornalistas especializa<strong>das</strong> no setor automóvel. Na edição deste ano, foi introduzido<br />
um novo sistema de votação, no qual as jura<strong>das</strong> selecionavam os seus 12 automóveis favoritos através da<br />
atribuição de uma pontuação de 0 a 10 nos seguintes itens: “Competência em Estrada”; “Espaço e Conforto”;<br />
“Conectividade”; “Segurança”; “Economia de Combustível”; “Valor vs Custo”; “Estilo e Design”. ✱<br />
Volkswagen cria sistema Night Vision<br />
O novo Touareg é o primeiro modelo da Volkswagen a fazer uso do sistema de visão noturna (Night Vision).<br />
Uma câmara térmica ajuda a reagir atempadamente ao perigo na estrada e aumenta a proteção de pessoas<br />
e animais na escuridão, ao visionar uma área 300 metros à frente do veículo e ao reagir ao calor irradiado<br />
pelos corpos. O utilizador pode visualizar a respetiva imagem térmica no painel de instrumentos ou no Digital<br />
Cockpit. A câmara de infravermelhos pode registar pessoas em pé não ocultas, ciclistas e animais de maior<br />
porte a uma distância de 10 a 130 metros à frente do veículo. Fora do corredor de risco, peões e animais<br />
são destacados na cor amarela na imagem a preto e branco criada pelo sistema. Se atravessarem certos<br />
limites ao longo da estrada, as figuras marca<strong>das</strong> a amarelo passam a vermelho. Mesmo que o ecrã do Night<br />
Vision não esteja ativado no Digital Cockpit, este mudará, automaticamente, quando for detetado perigo a<br />
velocidades superiores a 50 km/h e exibirá pessoas e animais numa cor vermelha. A velocidades inferiores<br />
a 50 km/h, um sinal vermelho de alerta acenderá no painel de instrumentos mas o ecrã não é ativado. ✱<br />
Suzuki renova Vitara<br />
O Suzuki Vitara foi alvo de uma profunda renovação, que<br />
abrangeu design, interiores, motorizações e segurança. Com<br />
cinco anos de garantia, distingue-se do modelo antecessor pela<br />
grelha frontal cromada retocada, para-choques dianteiros com<br />
embelezadores cromados, jantes de 17” e óticas dianteiras de<br />
LED. As possibilidades de personalização mantêm-se, com uma<br />
completa palete de cores, combinações de dois tons, packs de<br />
acessórios e detalhes interiores e exteriores. Por dentro, existe<br />
um novo ecrã LCD a cores de 4.2”, que fornece dados relativos<br />
a consumo, eficiência da condução e modos do sistema Allgrip.<br />
As versões GLX apresentam, para além disso, um novo design<br />
para o relógio, situado no centro do painel de instrumentos.<br />
O novo Vitara vem equipado com as últimas tecnologias de<br />
segurança. Em relação ao modelo antecessor, incorpora DSBS<br />
(Dual Sensor Brake Support), alerta de mudança de faixa,<br />
assistente de mudança de faixa e alerta de fadiga. Para além<br />
disso, dispõe de três sistemas que são novidade absoluta na<br />
Suzuki: reconhecimento de sinais de tráfico; deteção de ângulo<br />
morto; alerta de tráfego posterior. A tudo isto, junta-se o<br />
sistema de controlo de travagem de emergência autónomo<br />
com reconhecimento de peões e o cruise control adaptativo.<br />
Quanto a motores, existem duas unidades turbo a gasolina:<br />
1.0 Boosterjet de 111 cv e 1.4 Boosterjet de 140 cv. Os preços<br />
(com campanha) iniciam-se nos €17.710. ✱<br />
Dezembro I 2018<br />
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A EQUIPA DA AP COMUNICAÇÃO DESEJA<br />
FELIZ<br />
NATAL<br />
& BOM ANO DE 2019<br />
A TODOS OS NOSSOS PARCEIROS, FORNECEDORES E AMIGOS
76<br />
MUNDO AUTOMÓVEL<br />
EM ESTRADA<br />
Novos modelos lançados no mercado<br />
Ford EcoSport 1.5 TDCi Titanium<br />
Aposta com estilo<br />
Revisto e melhorado, o EcoSport é a aposta da Ford para<br />
o segmento dos SUV compactos. Recheado de extras,<br />
como é o caso do branco “Frozen” (€203) que reveste a<br />
carroçaria, <strong>das</strong> jantes de 17” (€203), do traseiro (€152),<br />
dos vidros escurecidos (€122) e dos faróis bi-Xénon, que<br />
incluem luzes diurnas de LED (€762), exibe uma aparência<br />
vistosa, mantendo ligações com os seus “irmãos mais<br />
velhos”. Perdeu a roda sobressalente que estava colocada<br />
no portão traseiro do modelo antecessor, ganhou uma<br />
imagem mais consensual. Por dentro, agrada a qualidade<br />
de construção, o posto de condução e o espaço disponível<br />
para passageiros e malas. E também no interior existem<br />
Kia Ceed 1.0 T-GDi TX<br />
Terceira geração<br />
Concebido pelo Centro Europeu de Design da Kia, em<br />
Frankfurt, na Alemanha, e inspirado pelo estilo do fastback<br />
Stinger, especialmente para o Velho Continente, a<br />
terceira geração do Ceed apresenta-se, no mercado nacional,<br />
com várias novidades, algumas delas algo inovadoras<br />
para o segmento em que procura conquistar espaço no<br />
mercado. O conforto e o comportamento dinâmico são<br />
a face mais visível da evolução do modelo e colocam<br />
esta proposta sul-coreana num patamar superior face<br />
ao antecessor. A começar pela solidez do conjunto e a<br />
acabar na honestidade de to<strong>das</strong> as reações. O pequeno<br />
motor de três cilindros e 120 cv de potência às 6000 rpm<br />
é um bom companheiro de estrada. Não perde fulgor em<br />
acelerações e recuperações. Mesmo em baixos regimes,<br />
consegue ir buscar energia suficiente para não comprometer<br />
o necessário prazer de condução. A velocidade<br />
máxima é de 190 km/h e o tradicional arranque dos 0<br />
aos 100 km/h cumpre-se em 11,1 segundos. Mas, mais<br />
apelativo do que estes valores, são os registos de consumos.<br />
Nesse ponto, o Ceed 1.0, que, em Portugal, com o<br />
nível de equipamento TX, custa €24.440, gasta 5,6 l/100<br />
Seat Arona 1.6 TDI Xcellence<br />
Espírito dourado<br />
Eficaz, elegante, acessível. O Arona, o mais pequeno SUV<br />
da Seat, tem um espírito dourado. A começar pela cor<br />
irreverente que reveste a carroçaria de cinco portas, na<br />
qual sobressai a grelha escura, as jantes de 17”, as barras<br />
de tejadilho e toda a secção superior pintada de preto. O<br />
habitáculo segue o traço adotado no exterior, ainda que<br />
prime mais pela sobriedade do que pela exuberância. O<br />
posto de condução é simplesmente ótimo, com pedais,<br />
volante e comandos bem localizados, aos quais se junta<br />
um banco confortável com boa amplitude de ajustes. A<br />
construção situa-se num patamar elevado, perfeitamente<br />
justificado pela qualidade de materiais, acabamentos e<br />
Mazda2 1.5 Skyactiv-G Advance Navi<br />
Recheio superior<br />
Tempos a tempos, as marcas necessitam de renovar<br />
os argumentos <strong>das</strong> suas gamas. No caso do Mazda2,<br />
essa evolução dá pelo nome de Advance Navi, o<br />
que significa que o modelo foi subindo vários patamares<br />
em termos de recheio interior, de série.<br />
Desde logo, o “2” Advance Navi incorpora jantes de 16”,<br />
câmara de visão traseira, volante e alavanca de caixa de<br />
velocidades em pele, um conjunto de sensores (humidade,<br />
luminosidade, chuva, estacionamento traseiro) e<br />
uma luz interior com spot de leitura. Além disso, conta<br />
com cruise control, limitador de velocidade ajustável e<br />
ainda ar condicionado automático. Os vidros escurecidos<br />
traseiros, o alerta de saída de faixa, os faróis de nevoeiro<br />
de LED e ainda a antena tipo “barbatana de tubarão”<br />
complementam o “quadro” desta versão. Debaixo do<br />
capot, encontra-se o bloco Skyactiv-G 1.5, a gasolina,<br />
que desenvolve 90 cv de potência às 6.000 rpm e 148 Nm<br />
de binário máximo às 4000 rpm. Um propulsor que assegura<br />
consumos de combustível na ordem dos 4,5 l/100<br />
km, em regime combinado. O Mazda2 1.5 Skyactiv-G<br />
Advance Navi está disponível no mercado por €18.618,<br />
extras: sistema de chave inteligente (€152), sistema de<br />
navegação com B&O Play (€712) e Pack Driver Plus (sistema<br />
de deteção de ângulo morto, retrovisores elétricos<br />
rebatíveis, sistema auxiliar de estacionamento à frente e<br />
atrás e câmara de visão traseira, tudo por €762). Com 100<br />
cv e 215 Nm, o EcoSport 1.5 TDCi, que traz acoplada caixa<br />
manual de seis velocidades, proporciona uma condução<br />
fácil e descomprometida, mas sem grande envolvência.<br />
As prestações ficam-se pelo razoável e falta alguma acutilância<br />
quer à direção quer ao comando da caixa. Já os<br />
consumos, são convincentes, tal como o preço a que é<br />
proposto (sem despesas nem extras): €27.102. BC<br />
km, em regime combinado. Um valor anunciado e que,<br />
durante o ensaio, revelou ser um pouco superior, mas sem<br />
deixar de poder ser considerado um motor económico.<br />
Por vezes, o estilo de condução poderá determinar um<br />
pouco a fatura a pagar. JF<br />
montagem. Equipamento e dispositivos de segurança não<br />
faltam. O espaço disponível para ocupantes e bagagem,<br />
não sendo vasto, em nada compromete uma utilização<br />
mais familiar. Na versão aqui em apreço, o Arona recorre<br />
aos préstimos do motor 1.6 TDI de 95 cv equipado com<br />
sistema start&stop, que traz acoplada caixa manual de<br />
cinco velocidades. Não sendo um sprinter, longe disso,<br />
este SUV proporciona uma condução deveras agradável,<br />
privilegiando, como seria de esperar, mais consumos do<br />
que prestações. De elevado gabarito é o desempenho<br />
dinâmico, que se pauta pela solidez do conjunto e pela<br />
honestidade de to<strong>das</strong> as reações. €26.715 é quanto custa<br />
a versão Xcellence 1.6 TDI com caixa manual. BC<br />
um valor perfeitamente aceitável, pesando o bem-estar<br />
que proporciona a bordo e as pequenas limitações que<br />
evidencia em termos de comportamento dinâmico. Ainda<br />
assim, a sua condução é deveras agradável. JF<br />
MOTOR 4 cil. linha Diesel, transv., diant.<br />
Cilindrada (cc) 1499<br />
Potência máxima (cv/rpm) 100/3750<br />
Binário máximo (Nm/rpm) 215/1750-3000<br />
Velocidade máxima (km/h) 160<br />
0-100 km/h (s) 14,0<br />
Consumo combinado (l/100 km) 4,1<br />
Emissões de CO 2 (g/km) 113<br />
Preço €27.102<br />
IUC €127,44<br />
MOTOR<br />
3 cil. linha, transv., diant.<br />
Cilindrada (cc) 998<br />
Potência máxima (cv/rpm) 120/6000<br />
Binário máximo (Nm/rpm) 172/1500-4000<br />
Velocidade máxima (km/h) 190<br />
0-100 km/h (s) 11,1<br />
Consumo combinado (l/100 km) 5,6<br />
Emissões de CO 2 (g/km) 127<br />
Preço €24.440<br />
IUC €122,84<br />
MOTOR 4 cil. linha Diesel, transv., diant.<br />
Cilindrada (cc) 1598<br />
Potência máxima (cv/rpm) 95/2750-4600<br />
Binário máximo (Nm/rpm) 250/1500-2600<br />
Velocidade máxima (km/h) 172<br />
0-100 km/h (s) 11,9<br />
Consumo combinado (l/100 km) 4,0<br />
Emissões de CO 2 (g/km) 105<br />
Preço €26.715<br />
IUC €127,44<br />
MOTOR<br />
4 cil. linha, transv., diant.<br />
Cilindrada (cc) 1496<br />
Potência máxima (cv/rpm) 90/6000<br />
Binário máximo (Nm/rpm) 148/4000<br />
Velocidade máxima (km/h) 183<br />
0-100 km/h (s) 9,4<br />
Consumo combinado (l/100 km) 4,5<br />
Emissões de CO 2 (g/km) 105<br />
Preço €18.618<br />
IUC €127,44<br />
Dezembro I 2018<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
USO PROFISSIONAL<br />
Ford Transit Custom PHEV<br />
Por: Ricardo Carvalho<br />
77<br />
E que tal um furgão<br />
a gasolina?<br />
Durante o último Salão de Hanover, a Ford mostrou uma Transit pioneira<br />
no que à motorização disse respeito. Um dos mais populares furgões do<br />
mundo renovou-se e ganhou uma variante híbrida plug-in que promete<br />
dar que falar nos próximos tempos. Até porque é única no segmento<br />
e tem motor... 1.0 a gasolina<br />
Três modos<br />
de condução<br />
Os três modos de condução “EV” selecionáveis<br />
permitem ao condutor eleger como e quando<br />
quer utilizar a carga da bateria. A saber:<br />
l “EV Auto” - o ajuste pré-definido determina<br />
como utilizar as fontes de energia;<br />
l “EV Now” - utiliza apenas a energia elétrica<br />
até que a bateria fique sem carga;<br />
l “EV Later” - o sistema tem como objetivo<br />
manter o nível de carga da bateria.<br />
Ao mesmo tempo que revelou a<br />
nova “cara” da Transit maior, a de<br />
duas tonela<strong>das</strong>, a Ford aproveitou<br />
o maior salão do mundo dedicado<br />
aos veículos comerciais para mostrar um<br />
modelo que terá um peso relevante nas<br />
ven<strong>das</strong> da gama Transit nos próximos<br />
tempos. A partir de uma Transit Custom<br />
“convencional”, a marca norte-americana<br />
desenvolveu uma versão híbrida plug-in<br />
que promete arrebatar. A nova Transit,<br />
que é igual a qualquer outra de configuração,<br />
digamos, “normal”, está equipada<br />
com uma bateria de iões de Lítio de 14<br />
kWh de capacidade com refrigeração a<br />
líquido e que está posicionada debaixo<br />
do piso de carga, de forma a não “roubar”<br />
capacidade a esta, detalhe que sempre<br />
foi, de resto, uma <strong>das</strong> premissas deste<br />
projeto.<br />
n 50 KM EM MODO 100% ELÉTRICO<br />
A rolar em modo 100% elétrico, a Transit<br />
Custom será capaz de percorrer 50 km sem<br />
emitir um grama de CO 2 que seja. Situação<br />
ideal para a distribuição urbana e entregas<br />
do último quilómetro. A Ford já colocou<br />
alguns protótipos em empresas anglo-<br />
-saxónicas, como, por exemplo, Royal<br />
Mail, os correios britânicos. Assim que a<br />
bateria fica “vazia”, ou seja, sem carga, o<br />
motor 1.0 EcoBoost entra em funcionamento<br />
para tentar enviar alguma energia<br />
para ela (bateria). O motor a gasolina<br />
está apenas ligado à bateria, não estando<br />
conectado à caixa de velocidades nem a<br />
outros elementos da cadeia cinemática.<br />
O carregamento da bateria pode ser<br />
feito através de uma tomada doméstica<br />
e demora cinco horas. Ou, então, utilizando<br />
uma tomada de 240V e 16 Ah,<br />
processo que demora três horas. A Ford<br />
Transit Custom PHEV tem três modos de<br />
condução: “EV Auto”, “EV Now” (que utiliza<br />
a eletricidade até esgotar a bateria)<br />
e “EV Later” (utiliza gasolina, evitando a<br />
descarga completa da bateria).<br />
A nova Transit Custom PHEV é uma peça<br />
chave do compromisso de “eletrificação”<br />
global da Ford, que pressupõe um investimento<br />
de 9.500 milhões de euros para<br />
criar uma gama de 40 veículos “eletrificados”<br />
a nível mundial, incluindo 16 veículos<br />
totalmente elétricos, até 2022. ✱<br />
Opção<br />
“hibridização”<br />
Se o cliente pretender, pode adquirir uma<br />
Transit com um sistema elétrico de 48V. Estas<br />
versões híbri<strong>das</strong> mais ligeiras estão equipa<strong>das</strong><br />
com uma pequena bateria de iões de Lítio e<br />
um motor de arranque/gerador. Este pequeno<br />
motor elétrico assiste o motor térmico de<br />
forma apenas pontual, especialmente em<br />
acelerações a baixa velocidade. Ainda que<br />
não seja capaz de deslocar por si só a Transit,<br />
rubrica consumos até 3% inferiores de acordo<br />
com o ciclo WLTP, a pensar no qual o sistema<br />
foi idealizado. O funcionamento do start&stop<br />
também foi melhorado de forma considerável.<br />
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2018 I Dezembro
78<br />
MUNDO AUTOMÓVEL<br />
PESOS-PESADOS<br />
Por: Ricardo Carvalho<br />
Auto Sueco lança campanha<br />
de usados Volvo Trucks<br />
A Auto Sueco Portugal, empresa do Grupo Nors,<br />
lança uma campanha específica para os usados Volvo<br />
Trucks. A ação promocional “Compre Já, Pague Depois”<br />
encontra-se em vigor até dia 31 de dezembro<br />
de 2018 e reforça a aposta da marca em apresentar<br />
as melhores condições e soluções aos clientes. To<strong>das</strong><br />
as viaturas usa<strong>das</strong>, com data de matrícula de 2012 a<br />
2015, que forem adquiri<strong>das</strong> através de leasing durante<br />
os meses de novembro e dezembro, têm o benefício<br />
de só começar a pagar ren<strong>das</strong> a partir de janeiro de<br />
2019. A maior parte <strong>das</strong> viaturas tem apenas um<br />
proprietário e são retomas de clientes Volvo, cujos<br />
camiões já tinham contratos de assistência nas oficinas<br />
da marca, o que garante a vantagem de adquirir um<br />
Volvo usado verificado por técnicos e especialistas<br />
<strong>das</strong> oficinas Auto Sueco - Volvo Trucks. ✱<br />
MAN Truck & Bus e IRONMAN<br />
anunciam parceria<br />
A MAN Truck & Bus AG é o fornecedor oficial dos<br />
eventos de triatlo IRONMAN na Europa. O fabricante<br />
de camiões, com sede em Munique, e os organizadores<br />
do evento de triatlo assinaram um acordo de<br />
parceria, no final de setembro de 2018, que inclui o<br />
fornecimento de veículos MAN que darão assistência às<br />
famosas corri<strong>das</strong>, que decorrem em mais de 10 países<br />
europeus. A MAN apresentou os pacotes de equipamento<br />
XLION no âmbito deste projeto de cooperação.<br />
Fiabilidade, elevado desempenho e resistência em<br />
todos os aspetos. São estas as características comuns<br />
a todos os atletas do triatlo IRONMAN. E são, também,<br />
as qualidades dos veículos MAN. Os pacotes XLION<br />
disponibilizam equipamento especial para veículos<br />
de transporte de longo curso, de tração e de distribuição,<br />
combinando elevada qualidade e equipamento<br />
específico para cada segmento de fábrica, com extras<br />
e pacotes de serviços adaptados a cada país. O MAN<br />
XLION é considerado o “rei da estrada” e pode exibir,<br />
em opção, um vistoso design com um leão na lateral<br />
da cabine. Todos os veículos incluem ainda a inscrição<br />
“XLION” nas portas da cabine. ✱<br />
Luís Simões inicia construção de centro logístico<br />
A primeira fase inclui a construção do armazém B, um dos três que vão compor o novo e avançado complexo<br />
logístico localizado no Polígono Puerta Centro de Guadalajara. Esta nave terá uma área de 29.083 m 2 , 13,70 metros<br />
de altura, 34 cais e capacidade para 43.000 paletes. Além disso, contará com cerca de 2.200 m 2 de área para<br />
copacking, atividade especialmente relevante para o desenvolvimento de serviços de logística promocional e de<br />
logística e-commerce, dois segmentos fundamentais para o core business da Luís Simões. O novo armazém será<br />
equipado com uma câmara frigorífica, que proporcionará ao operador logístico uma maior versatilidade e adaptabilidade<br />
no desenvolvimento da sua atividade para clientes de diversos setores. A Luís Simões já está presente<br />
em Cabanillas del Campo, com um COL (Centro de Operações Logísticas) de 66.380 m 2 e capacidade para 95.000<br />
paletes, continuando a apostar em Guadalajara como centro fulcral da sua atividade no mercado espanhol. Desta<br />
forma, a empresa reforça o seu compromisso para com esta província do país vizinho, aumentando a sua atividade<br />
e gerando novos postos de trabalho, tanto diretos como indiretos. ✱<br />
Iveco Stralis NP 460<br />
é o “Camião Sustentável do Ano 2019”<br />
Um ano depois de ter sido nomeado “Camião de Baixo Carbono do Ano” (“Low Carbon Truck of the Year”), no<br />
Reino Unido, o Stralis NP 460 conquistou mais um importante troféu, ao ser eleito “Camião Sustentável do Ano 2019”<br />
(“Sustainable Truck of the Year 2019”) na categoria “Tractor”. O troféu, organizado com o apoio da revista italiana<br />
“Vado e Torno”, em colaboração com a Lifegate, foi entregue no “Ecomondo 2018”, evento internacional que adota<br />
um formato inovador, ao juntar, numa única plataforma, todos<br />
os setores industriais da Economia Circular. Naquela que foi a<br />
sua 3.ª edição, este prémio da referida publicação especializada,<br />
em parceria com o Instituto Politécnico de Milão, distingue as<br />
inovações mais importantes em matéria de transportes limpos.<br />
O troféu foi entregue ao veículo pesado rodoviário Iveco mais<br />
sustentável construído até hoje, em reconhecimento <strong>das</strong> suas<br />
especificações técnicas, desempenho e tecnologia. O Stralis NP<br />
460 está equipado com um motor Cursor 13 NP, desenvolvido<br />
de forma a ter um desempenho exemplar nas missões mais<br />
exigentes, estando protegido por duas patentes. A primeira,<br />
abrange o sistema de controlo de anti-detonação, que torna<br />
possível melhorar o desempenho e, ao mesmo tempo, garantir<br />
a máxima compatibilidade de combustível, protegendo o motor<br />
e o catalisador de três vias face ao risco de falhas de ignição.<br />
A segunda patente cobre o sistema de controlo de fluxo de ar<br />
reativo, uma nova lógica de controlo da relação estequiométrica,<br />
que é aplicada durante as passagens de caixa. Solução que garante<br />
uma entrega contínua de binário durante as passagens da<br />
caixa de velocidades automatizada, assegurando desempenho<br />
otimizado e máxima rapidez nesse processo. ✱<br />
Dezembro I 2018<br />
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