Revista Coamo - Março de 2018
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"Nossa empresa a céu aberto nos<br />
proporcionou essa dificulda<strong>de</strong> neste ano.<br />
Se não utilizássemos alta tecnologia,<br />
fizéssemos o manejo correto, seria ainda<br />
pior o resultado”, avalia o cooperado<br />
Roberto Scholz, <strong>de</strong> Toledo (PR)<br />
QUEDA DE PRODUTIVIDADE NA REGIÃO OESTE DO PR<br />
Na área <strong>de</strong> ação da <strong>Coamo</strong>, a região que<br />
mais sofreu foi o Oeste do Paraná. Tradicionalmente,<br />
é a que abre o período <strong>de</strong> plantio no verão. Nesta<br />
safra houve antecipação em cerca <strong>de</strong> <strong>de</strong>z dias para a<br />
semeadura, <strong>de</strong>ntro do zoneamento e vazio sanitário.<br />
Porém, <strong>de</strong>vido à falta <strong>de</strong> chuva, o trabalho <strong>de</strong> forma<br />
mais intensa só ocorreu nos últimos dias <strong>de</strong> setembro.<br />
Foi nesse período que o cooperado Roberto<br />
Scholz, <strong>de</strong> Toledo, levou as máquinas para o campo.<br />
Ele conta que algumas varieda<strong>de</strong>s foram<br />
plantadas fora da época e para atrapalhar ainda mais,<br />
outubro foi um mês bastante chuvoso. “Foram 15 mm<br />
em média por dia. No final <strong>de</strong> outubro choveu 300<br />
mm em uma noite. Depois, em novembro, foram 27<br />
dias <strong>de</strong> seca e em <strong>de</strong>zembro voltou a chover atrapalhando<br />
as aplicações. O reflexo foi a queda na produção<br />
entre 30 e 50 sacas <strong>de</strong> média no município. No<br />
meu caso, foram em torno <strong>de</strong> 35 sacas a menos em<br />
comparação ao ano passado.”<br />
A tecnologia empregada na safra, segundo<br />
Scholz, foi <strong>de</strong> ponta, com a expectativa <strong>de</strong> colher<br />
todo o potencial produtivo. “A nossa empresa a céu<br />
aberto nos proporcionou essa dificulda<strong>de</strong> neste ano.<br />
Se não utilizássemos alta tecnologia e fizéssemos o<br />
manejo correto, seria ainda pior o resultado”, avalia.<br />
Uma novida<strong>de</strong> na área do cooperado nesta<br />
safra foi o plantio <strong>de</strong> milho verão em um pequeno lote<br />
da proprieda<strong>de</strong>. O grão foi cultivado em outubro, <strong>de</strong>pois<br />
do plantio da soja e teve um resultado satisfatório.<br />
Já a área <strong>de</strong> safrinha <strong>de</strong> milho sofreu uma redução em<br />
torno <strong>de</strong> 30%. “Passou do limite para o plantio. A área<br />
em que entraria milho, está sendo ocupada com brachiária<br />
para cobertura.”<br />
O engenheiro agrônomo Itamar Suss, encarregado<br />
do Detec da <strong>Coamo</strong> em Toledo, recorda que<br />
a região vem <strong>de</strong> uma boa safra em 2016/2017 e a expectativa<br />
para esse ano também era boa. “Os diversos<br />
fatores climáticos fizeram com que a produção ficasse<br />
abaixo da expectativa e do potencial. Houve emprego<br />
<strong>de</strong> alta tecnologia, mas a agricultura não <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> só<br />
disso. Tem um ponto fundamental que é o clima”, diz.<br />
A queda na produtivida<strong>de</strong> da soja em Toledo<br />
é estimada em 20%. A área <strong>de</strong> milho safrinha sofreu<br />
uma redução próxima <strong>de</strong> 20%. As áreas serão ocupadas<br />
com trigo ou aveia e brachiária para cobertura.<br />
Novida<strong>de</strong> foi o plantio <strong>de</strong> milho verão em uma pequena área da proprieda<strong>de</strong><br />
52 REVISTA<br />
<strong>Março</strong>/<strong>2018</strong>