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Agência para a Modernização Administrativa, I.P. 07 - Dezembro 2018
Agência para a Modernização Administrativa, I.P.
07 - Dezembro 2018
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Entrevista Luís Goes Pinheiro<br />
da verificação da elegibilidade, seguiram<br />
para a fase de investimentos 113 projetos.<br />
A apresentação e votação das propostas<br />
também foi revolucionária e assentou<br />
na utilização de uma infraestrutura de<br />
blockchain, sendo atribuída, ao júri e ao<br />
público, a moeda virtual «GovTech» para<br />
simulação de investimento nos projetos<br />
concorrentes. No total registaram-se 1.734<br />
investidores que, através deste inovador<br />
sistema de votação, escolheram os seis<br />
finalistas do concurso. Na última fase da<br />
competição, esses seis finalistas precisaram<br />
de demonstrar os seus protótipos numa<br />
sessão pública, tendo sido depois eleitos<br />
pelo júri três vencedores que, entre outros<br />
prémios, tiveram a oportunidade de exibir<br />
os seus projetos na Web Summit. Estive lá<br />
com eles, conheci os seus protótipos e as<br />
suas histórias e fiquei ainda mais convencido<br />
da relevância de programas como este.<br />
Olhando para estes programas constatamos<br />
que a maioria das medidas é implementada<br />
com recurso a tecnologia e envolvendo<br />
serviços digitais. Considera que ainda é<br />
possível modernizar o país sem recorrer ao<br />
mundo digital?<br />
A modernização não se faz apenas de<br />
tecnologia. Esta é hoje instrumental a todas<br />
as áreas, não podendo, porém, ser um fim<br />
em si mesma. O que importa são as pessoas e<br />
as empresas, sem esquecer a necessidade de<br />
a Administração Pública procurar fazer mais<br />
gastando menos. Assim, embora defenda que<br />
temos na tecnologia um meio essencial para<br />
conseguirmos servir melhor as pessoas, para<br />
criarmos melhores condições para as nossas<br />
empresas, para estarmos mais próximos<br />
de quem está distante e para criarmos<br />
alternativas e novas formas de contacto, não<br />
podemos esquecer quem continua a procurar<br />
o atendimento presencial ou telefónico. E isto