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AMORTECEDORES SACHS. RESISTEM A TUDO O QUE<br />
O INVERNO POSSA TRAZER.<br />
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jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />
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<strong>Jornal</strong> independente<br />
da manutenção e reparação<br />
de veículos ligeiros e pesados<br />
<strong>160</strong><br />
Março 2019<br />
Periodicidade | Mensal<br />
ANO XIV | 3 euros<br />
Diretor | João Vieira<br />
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DISTRIBUIÇÃO DE PEÇAS<br />
Linguagem<br />
ibérica<br />
Pág. 4<br />
ATUALIDADE Pág. 12<br />
O Seminário Anual Beta foi palco da<br />
comemoração dos 80 anos da marca e<br />
serviu para a Bolas apresentar novidades<br />
TECNOLOGIA Pág. 16<br />
Com 400 km de autonomia, o Audi e-tron<br />
é um modelo 100% elétrico cheio de pedigree<br />
ENTREVISTA Pág. 18<br />
Pedro Abecasis, diretor-geral da Total<br />
Portugal Petróleos, revela a estratégia para<br />
recuperar a notoriedade “esquecida”<br />
akzo_nobel.pdf 2 14/02/19 12:27<br />
PRODUTO Pág. 28<br />
A AUTOPART, uma <strong>das</strong> marcas<br />
exclusivas do Grupo TRUSTAUTO, produz,<br />
na Polónia, 2,5 milhões de baterias por ano<br />
TÉCNICA Pág. 70<br />
A cor e o brilho são duas qualidades<br />
fundamentais para avaliar o acabamento<br />
ENSAIO Pág. 74<br />
O novo Classe A é o mais evoluído<br />
compacto de sempre da Mercedes-Benz<br />
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especializada na produção industrial de baterias de alta qualidade<br />
para todos os tipos de automóveis, tratores e máquinas agrícolas,<br />
bem como barcos ou caravanas campistas. Produz 2,5 milhões de<br />
baterias por ano, distribuí<strong>das</strong> para mais de 40 países. A constante<br />
pesquisa e desenvolvimento são sinais da paixão por criar e<br />
seguir as últimas tendências. www.autopart.pl<br />
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FOLHA DE SERVIÇO<br />
3<br />
Dia de Portugal<br />
na Motortec<br />
EDITORIAL<br />
João Vieira Diretor<br />
Visita<br />
obrigatória<br />
O “Dia de Portugal” é dedicado a todos os expositores, visitantes e parceiros de<br />
negócio portugueses que estejam na feira e queiram passar no stand da Revista<br />
Autopos/<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> para tomar uma bebida, confraternizar ou relaxar<br />
num ambiente alegre e descontraído<br />
DIRETOR João Vieira – joao.vieira@apcomunicacao.com<br />
EDITOR EXECUTIVO Bruno Castanheira – bruno.castanheira@apcomunicacao.com REDAÇÃO Jorge Flores – jorge.flores@apcomunicacao.com | Joana Calado – joana.calado@apcomunicacao.com<br />
DIRETOR COMERCIAL Mário Carmo – mario.carmo@apcomunicacao.com | GESTOR DE CLIENTES Paulo Franco – paulo.franco@apcomunicacao.com<br />
| IMAGEM António Valente | MULTIMÉDIA Catarina Gomes | ARTE Hélio Falcão | SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS E CONTABILIDADE financeiro@apcomunicacao.com<br />
PERIODICIDADE Mensal | ASSINATURAS assinaturas@apcomunicacao.com<br />
© Copyright Nos termos legais em vigor, é totalmente interdita a utilização ou a reprodução desta publicação, no seu todo ou em parte, sem a autorização prévia e por escrito do JORNAL DAS OFICINAS<br />
Impressão – Lisgráfica - Impressão e Artes Gráficas,<br />
S.A. - Estrada Consiglieri Pedroso 90, 2730 - 053<br />
Barcarena Tel.: 214 345 400<br />
Edição<br />
AP COMUNICAÇÃO<br />
N.º de Registo no ERC: 124.782<br />
Depósito Legal n.º: 201.608/03<br />
Tiragem – 10.000 exemplares<br />
Propriedade/Editor João Vieira - Publicações Unipessoal, Lda. | Contribuinte 510447953 | Sede Bela Vista Office, Sala 2.29 – Estrada de Paço de Arcos, 66 - 66A, 2735 - 336 Cacém -<br />
Portugal GPS 38º45’51.12”N - 9º18’22.61”W | Tel. +351 219 288 052/4 | Fax +351 219 288 053 | Email geral@apcomunicacao.com<br />
Consulte o Estatuto Editorial no site www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />
O<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>, a exemplo do que aconteceu há<br />
dois anos, estará presente no stand da Revista Autopos/<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>, fruto da parceria que tem com a<br />
publicação espanhola dedicada ao aftermarket. Será um local<br />
de encontro e convívio para receber os muitos profissionais<br />
portugueses que visitarão ou estarão a expor na feira. Na véspera<br />
do encerramento da edição de 2019 da Motortec Automechanika<br />
Madrid, sexta-feira, dia 15 de março, assinalaremos o<br />
“Dia de Portugal”. Trata-se de uma iniciativa que promovemos<br />
na edição de 2017 da feira e que, este ano, iremos reeditar.<br />
O “Dia de Portugal” é dedicado a todos os expositores, visitantes<br />
e parceiros de negócio portugueses que estejam<br />
na feira e queiram passar no stand para tomar uma bebida,<br />
confraternizar ou relaxar num ambiente alegre e descontraído.<br />
Nesse dia, a equipa do <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> estará de braços<br />
abertos para receber os convidados e celebrar, em conjunto,<br />
esta grande festa do aftermarket, que é a feira Motortec Automechanika<br />
Madrid.<br />
Fica, desde já, endereçado o convite a todos os nossos leitores<br />
e parceiros que visitem a Motortec para passarem no stand<br />
(5A01A) da Revista Autopos/<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>, especialmente<br />
no dia 15 de março, sexta-feira: o “Dia de Portugal”. ✱<br />
.es<br />
Parceiro<br />
em Espanha<br />
A maior feira ibérica do aftermarket, Motortec Automechanika<br />
Madrid, abre portas já no próximo dia<br />
13 de março. Durante quatro dias, as atenções de<br />
todos os profissionais do pós-venda vão estar foca<strong>das</strong><br />
neste certame e nos vários eventos paralelos que<br />
vão decorrer durante a sua realização. O mercado do<br />
pós-venda ibérico está a enfrentar novos desafios, que<br />
devem ser encarados por oficinas e distribuidores com<br />
uma “atitude proativa”. E o Salão Motortec é a grande<br />
oportunidade para o setor ficar mais preparado e<br />
informado para as mudanças que estão para vir.<br />
A expectativa gerada em torno da 15.ª edição suscita<br />
grande otimismo, sendo esperados mais de 60.000<br />
visitantes profissionais, incluindo representantes de<br />
mais de 30.000 oficinas de Espanha e Portugal. O<br />
número de expositores também aumentou, tendo<br />
ultrapassado as 650 empresas.<br />
Para os profissionais do aftermarket, a visita à Motortec<br />
é a melhor e mais confortável maneira de ter<br />
uma visão global da oferta de produtos e serviços que<br />
o mercado coloca à sua disposição. A exposição comercial<br />
será completada por uma intensa agenda de<br />
encontros profissionais, onde se destacam a jornada<br />
sobre transporte rodoviário de mercadorias e a ação<br />
dedicada a novas oportunidades de negócio que se<br />
abrem para as estações de serviço, com o aumento<br />
da utilização de energias alternativas aplica<strong>das</strong> à<br />
mobilidade.<br />
A feira também irá acolher o Encontro de Redes de<br />
<strong>Oficinas</strong> assim como o primeiro Congresso de <strong>Oficinas</strong><br />
de Veículo Industrial, que servirá para analisar<br />
as tendências da manutenção e reparação do veículo<br />
industrial. Finalmente, na intensa agenda de atividades,<br />
a organização irá realizar o primeiro concurso<br />
Melhor Técnico Motortec.<br />
Se está interessado em comprar, a feira revela-se<br />
o espaço indicado para falar com as empresas e<br />
comparar preços e características. Tem também a<br />
oportunidade de trocar experiências com outros<br />
profissionais e fazer uma análise do seu próprio negócio<br />
de fora, encontrando ferramentas que possam<br />
melhorar a sua atividade. Em apenas algumas horas<br />
de visita à feira, pode juntar uma grande quantidade<br />
de informações com interesse que, no melhor dos<br />
casos, levaria semanas ou mesmo meses se decidisse<br />
visitar as empresas pessoalmente.<br />
São, por isso, muitos os motivos de interesse para<br />
reservar na sua agenda uma visita à feira Motortec<br />
Automechanika Madrid, de 13 a 16 de março.<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Março I 2019
4<br />
DESTAQUE<br />
Tendências da distribuição de peças<br />
Aftermarket<br />
está a mudar o rosto<br />
e a linguagem<br />
é cada vez mais ibérica<br />
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Março I 2019<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
5<br />
O setor da distribuição de peças, em Portugal, está<br />
a mudar o rosto e a adotar uma linguagem cada vez<br />
mais ibérica. Uma forma de adaptação a uma alteração<br />
paradigmática da própria indústria automóvel<br />
A<br />
erosão do tempo não deixa nenhum<br />
mercado indiferente. O<br />
pós-venda automóvel está a mudar.<br />
No mundo inteiro. E Portugal não é<br />
exceção. Nunca, como hoje, foi importante<br />
as empresas do setor estarem atentas às<br />
tendências e ao caminho que devem adotar.<br />
Mesmo as que têm sido geradoras de<br />
lucros consistentes ao longo dos anos, até<br />
porque a própria indústria automóvel está<br />
em mutação acelerada. Um estudo recente<br />
da McKinsey sobre o setor é elucidativo<br />
de como o pós-venda mudará a face até<br />
2030. Quais alterações? Desde logo, <strong>das</strong><br />
expectativas dos consumidores, a adoção<br />
Por: Jorge Flores<br />
acelerada de novas tecnologias e mudanças<br />
na competitividade”, pode ler-se.<br />
“Assim, a criação de valor e os modelos<br />
de negócio no mercado de pós-venda<br />
automóvel também serão profundamente<br />
remodelados por estas mudanças”, refere<br />
o mesmo estudo.<br />
“Nos mercados maduros da América do<br />
Norte e da Europa, o ritmo da consolidação<br />
irá acelerar e a concorrência irá surgir por<br />
parte de protagonistas inesperados – por<br />
exemplo, nativos digitais que procuram<br />
oportunidades de acederem ao espaço<br />
do mercado de pós-venda automóvel. Nos<br />
mercados emergentes, áreas totalmente<br />
novas de necessidades dos consumidores<br />
irão surgir e pressionarão as empresas<br />
do mercado de pós-venda a dar resposta”,<br />
alerta o estudo da McKinsey.<br />
Segundo o documento, “o advento de<br />
novas tecnologias e as mudanças de<br />
mercado que as acompanham, estão a<br />
forçar os protagonistas do mercado de<br />
pós-venda a avaliarem as respetivas posições<br />
e a adotarem estratégias para manterem<br />
posições de força num ambiente<br />
em rápida mutação”, revela. E acrescenta:<br />
“Aprendendo com perturbações anteriores<br />
noutras indústrias, sabemos que não ter as<br />
estratégias necessárias para enfrentar estas<br />
perturbações pode levar ao declínio não<br />
só de empresas individuais estabeleci<strong>das</strong>,<br />
mas de um conjunto de subindústrias. Mas<br />
por muito que os especialistas concordem<br />
que se vislumbram mudanças significativas,<br />
continua a ser necessário desenvolver<br />
uma visão geral de to<strong>das</strong> as tendências e<br />
ideias para as enfrentar”, lê-se.<br />
n MAIS DO QUE NUESTROS HERMANOS<br />
Em Portugal, as principais empresas<br />
distribuidoras de peças têm presente as<br />
tendências do mercado. E muitas delas<br />
têm começado a praticar uma linguagem<br />
ibérica na sua atividade. Nuestros<br />
hermanos estão mesmo ali ao lado. E a<br />
união de forças nunca será exemplo de<br />
fraqueza num mercado competitivo como<br />
o atual. Exemplo maior dessa tendência,<br />
foi o acordo assinado, recentemente, que<br />
confere maioria acionista da espanhola<br />
Lausan na Soulima. “Na realidade, tem-se<br />
observado e demonstrado várias movimentações<br />
importantes no sentido de uma<br />
aproximação de distribuição ou parcerias a<br />
nível Ibérico”, começa por afirmar Frederico<br />
Silva, responsável de marketing e comunicação<br />
da Soulima. “A nossa experiência<br />
a este nível faz-nos acreditar que os mercados<br />
português e espanhol dispõem de<br />
características de distribuição totalmente<br />
distintas. E, à parte de considerarmos que<br />
é possível uma distribuição Ibérica, temos<br />
de saber adaptar-nos e respeitar essas<br />
diferenças”, sublinha o responsável, que<br />
reconhece que o mercado está, de facto,<br />
em evolução. “O que está a acontecer no<br />
mercado pode ser considerado um reflexo<br />
não proporcional aos acontecimentos mais<br />
Untitled-3.pdf 1 06/09/18 15:38<br />
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6<br />
DESTAQUE<br />
Tendências da distribuição de peças<br />
recentes num contexto global do mercado<br />
europeu. Resumidamente, a nível<br />
internacional, tem-se assistido a várias<br />
movimentações no mercado em diversos<br />
sentidos. Desde a criação de novos grupos<br />
de compra, o surgimento de players fora<br />
do setor (fundos de investimento e fabricantes<br />
automóveis), plataformas de venda<br />
online e fortes consolidações dos principais<br />
players europeus”, salienta Frederico Silva<br />
ao <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>.<br />
n RELAÇÕES BILATERAIS<br />
Flávio Menino, diretor de marketing e comunicação<br />
da Autozitânia, tem uma perspetiva<br />
semelhante. “Assistimos a muitas e<br />
rápi<strong>das</strong> mudanças no mercado. Contudo,<br />
consideramos que a mudança que está a<br />
causar maior impacto e a maior tendência é<br />
a de concentração entre os maiores players.<br />
A estratégia de aumento da dimensão e a<br />
criação de sinergias promove este tipo de<br />
movimentos. Em Portugal, a tendência que<br />
temos observado aponta para a concentração<br />
de empresas nacionais com empresas<br />
espanholas, que faz sentido devido à proximidade<br />
geográfica entre os dois países”,<br />
adianta. Mas existirá uma tendência para a<br />
distribuição ter um cunho ibérico? “Pelos<br />
movimentos recentes do mercado que temos<br />
observado, poderemos afirmar que<br />
existe uma tendência para a distribuição ter<br />
um cunho ibérico. Apesar de existir maior<br />
iniciativa de empresas espanholas em explorar<br />
o nosso mercado, o inverso também<br />
acontece, com empresas nacionais<br />
Março I 2019<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
7<br />
Números do pós-venda<br />
mundial até 2030<br />
Os automóveis recomendarão os locais de<br />
manutenção e 58% dos clientes dos<br />
EUA, Alemanha, Brasil obedecerão<br />
Prevê-se que as ven<strong>das</strong> online B2C de peças e<br />
acessórios para automóveis na América do Norte e<br />
na Europa representem entre 10 e 15% de<br />
todo mercado de pós-venda em 2020<br />
O software moderno dos automóveis topo de gama<br />
tem 100 milhões de linhas de código e<br />
aumentará para 300 milhões de linhas<br />
em 2020, tornando as capacidades do software<br />
cada vez mais importantes no mercado de pós-venda<br />
A proliferação de veículos elétricos terá um efeito<br />
de crescimento negativo entre 2 e 11% nas<br />
receitas do mercado de ven<strong>das</strong> alemão em 2025<br />
70% dos especialistas no mercado de pósvenda<br />
preveem que novos protagonistas digitais<br />
( Google, Amazon e eBay, por exemplo) consigam<br />
uma parte significativa <strong>das</strong> receitas e lucros<br />
do aftermarket automóvel em 2030<br />
Ao longo dos últimos 5 anos, o mercado<br />
norte-americano assistiu a mais de 600<br />
transações de fusões e aquisições no pós-venda<br />
automóvel, <strong>160</strong> <strong>das</strong> quais em 2016<br />
9 dos 10 maiores distribuidores europeus de<br />
IAM estiveram envolvidos em atividades de fusões e<br />
aquisições e de consolidação durante os últimos 5 anos<br />
Fonte: McKinsey<br />
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a elaborarem estratégias de exploração do<br />
mercado espanhol. Estes movimentos também<br />
já ocorreram no passado. Contudo, não<br />
houve continuidade. Acreditamos que por<br />
diversos motivos”, acrescenta. “A Autozitânia<br />
não tem experiência de internacionalização.<br />
Ainda assim, como é nosso procedimento<br />
habitual, vamos acompanhar de muito<br />
perto esta tendência, avaliando, a todos os<br />
Os engenheiros da Total desenvolveram a Age Resistance Technology,<br />
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DESTAQUE<br />
Tendências da distribuição de peças<br />
momentos, os seus impactos, desafios e<br />
possíveis oportunidades”, afirma.<br />
n ENTIDADES COLETIVAS<br />
Para Ricardo Figueiras, responsável de<br />
marketing da MCoutinho Peças, por seu<br />
turno, “a maior mudança que temos visto<br />
no mercado, nestes últimos anos, está relacionada<br />
com a dimensão dos players e<br />
o aparecimento de entidades coletivas”.<br />
Porquê? “Tem existido uma tendência para<br />
concentração do mercado, fusões e aquisições,<br />
o que significa que a quantidade de<br />
intervenientes individuais vai diminuindo,<br />
passando estes a fazer parte de entidades<br />
únicas. Isso aporta um poder negocial<br />
que, enquanto entidades isola<strong>das</strong> não<br />
tinham, trazendo mais competitividade<br />
e dinâmica ao mercado”, explica Ricardo<br />
Figueiras. De acordo com o responsável,<br />
“apesar <strong>das</strong> mudanças que temos verificado,<br />
o mercado nacional continua<br />
extremamente atomizado. A tendência<br />
será, então, de concentração, como já<br />
se tem verificado e como já aconteceu<br />
em outras áreas de negócio”, refere. “Nos<br />
últimos anos, temos assistido à entrada<br />
de muitas empresas norte-americanas<br />
e canadianas no mercado europeu. Por<br />
força de processos de fusão e aquisição.<br />
Face a estes acontecimentos, é expectável<br />
que as empresas ibéricas procurem<br />
robustez, para poder competir em pé de<br />
igualdade num mercado cada vais mais<br />
de ‘gigantes’. Uma <strong>das</strong> formas utiliza<strong>das</strong><br />
para alcançar essa robustez é através de<br />
processos de integração vertical. Controlar<br />
toda a cadeia de valor aporta uma maior<br />
competitividade às empresas”, conclui Ricardo<br />
Figueiras.<br />
n VOZ COMUM<br />
A tendência desta linguagem ibérica no<br />
mercado não podia estar melhor refletida<br />
do que na realidade recente da EUROPART<br />
Portugal, que deverá estar prestes a assumir<br />
a gestão da congénere espanhola.<br />
Segundo revelou, em primeira mão, Heitor<br />
Santos, diretor-geral do “braço português”<br />
da empresa no nosso país, ao <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong><br />
<strong>Oficinas</strong>, a EUROPART Portugal “irá tomar<br />
conta da operação da EUROPART<br />
em Espanha”. O responsável, que no dia<br />
seguinte à nossa entrevista partiria rumo a<br />
Barcelona para tratar precisamente desta<br />
questão, sublinha que são dois modelos<br />
distintos. “Em Portugal, temos cinco lojas,<br />
espaços físicos e armazéns. Em Espanha,<br />
a EUROPART tem uma rede. A realidade é<br />
distinta quer a nível regional quer a nível<br />
da organização <strong>das</strong> próprias oficinas, que<br />
são mesmo algumas de grande dimensão”.<br />
Ou seja, no país vizinho, a empresa<br />
dispõe de “um grupo de distribuidores<br />
e de uma estrutura de não mais do que<br />
cinco pessoas”.<br />
A proposta em cima da mesa? “Foi-me<br />
solicitado que, a nível regional, se pudesse<br />
tratar Portugal e Espanha juntos”, conta.<br />
Neste contexto, um pouco “contranatura” é<br />
o facto de esta gestão comum passar, “felizmente”,<br />
por Portugal e não por Espanha.<br />
“Costuma ser um bocadinho ao contrário”,<br />
brinca. Heitor Santos salienta o trabalho<br />
desenvolvido pela EUROPART Portugal<br />
para esta decisão da casa-mãe. “Penso que<br />
tem a ver com a estabilidade que temos<br />
demonstrado”, adianta o responsável,<br />
ciente de que são realidades distintas. “A<br />
EUROPART tem uma boa estratégia em<br />
Espanha. Sem grandes distribuidores. Faz<br />
a própria distribuição e comercialização<br />
do produtor para o mercado espanhol.<br />
Mas ao nível da Alemanha, foi pedido uma<br />
junção maior, para verem quais os pontos<br />
em comum. Numa primeira fase, estaremos<br />
apenas a falar numa maximização de<br />
potencial em termos de transportes e de<br />
uma maior frequência de transportes para<br />
Portugal. A Alemanha pretende Portugal<br />
e Espanha a falarem a uma só voz. E a<br />
partir de cá...”, conclui Heitor Santos. Q<br />
Março I 2019<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
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10<br />
ATUALIDADE<br />
Mulheres ganham protagonismo<br />
Mecatrónica<br />
não é só para<br />
homens<br />
A comemorar 30 anos de existência, o<br />
INETE acaba de formar a sua primeira<br />
mecatrónica. Daniela Godinho tem<br />
estado desde sempre ligada às duas<br />
e às quatro ro<strong>das</strong>. Ou não tivesse ela<br />
uma forte ligação familiar à mecânica<br />
e à velocidade<br />
Por: Joana Calado<br />
Quando decidiu escolher o curso<br />
que, há dias, concluiu, Daniela Godinho,<br />
de 21 anos, não fazia ideia<br />
que se tornaria na primeira mecatrónica<br />
formada pelo INETE (Instituto de Educação<br />
Técnica). E fê-lo por razões muito pessoais.<br />
O pai, desde sempre ligado à mecânica<br />
automóvel, incutiu-lhe o “bichinho” não<br />
só dessa área, como, também, da velocidade.<br />
Daniela Godinho entrou no desporto<br />
motorizado em 2014, nas modalidades de<br />
motocross e enduro. Em 2017, passou para<br />
as quatro ro<strong>das</strong>, mais concretamente para<br />
o kartcross, tendo terminado a temporada<br />
de 2018 em terceiro lugar na Taça de Portugal.<br />
Seguir o caminho da mecatrónica foi<br />
algo fácil de decidir e uma consequência<br />
natural. Estava-lhe já no sangue a vontade<br />
de “mexer” em motores. Tanto mais, que<br />
não sentiu grandes dificuldades ao longo<br />
do curso. Nem na componente mecânica,<br />
nem na aceitação por parte dos colegas.<br />
”Fizeram de mim uma irmã e nunca me<br />
deixaram sozinha”, recorda ao <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong><br />
<strong>Oficinas</strong>, perante o olhar orgulhoso de Fernanda<br />
Torres, diretora do instituto.<br />
n EXEMPLO A SEGUIR<br />
Se dúvi<strong>das</strong> houvesse, a história de Daniela<br />
Godinho demonstra bem que o<br />
género não é impeditivo para que uma<br />
mulher possa vingar na profissão de mecatrónico<br />
automóvel. A finalista do curso<br />
não se sente descriminada por ser mulher<br />
num setor que é, tradicionalmente,<br />
dominado por homens. “Apesar de ainda<br />
haver algumas pessoas que pensam que<br />
uma mulher não pode mexer num motor<br />
ou pilotar um veículo”, sublinha. Daniela<br />
Godinho espera conseguir influenciar<br />
outras pessoas a seguir este caminho.<br />
Nomeadamente mulheres, deixando a<br />
mensagem de que “poderá parecer algo<br />
assustador no início”, mas que, “com esforço<br />
e dedicação, tudo é possível”. Para, a<br />
seguir, alertar: “Não pensem que, por ser<br />
uma área maioritariamente de homens,<br />
as mulheres vão ficar sozinhas”.<br />
Sobre o futuro, Daniela Godinho não<br />
tem dúvi<strong>das</strong> que quer continuar ligada<br />
à área da mecânica, sendo a sua intenção<br />
concluir uma licenciatura em engenharia<br />
mecânica. As corri<strong>das</strong> serão sempre a sua<br />
paixão. Por isso, quer continuar a juntar<br />
o trabalho ao lazer e prosseguir ligada<br />
a essa área. A recém-formada em mecatrónica<br />
automóvel considera que a forma<br />
como foi recebida no INETE e o próprio<br />
ambiente que se fez sentir, foram fatores<br />
determinantes para o término da sua formação.<br />
A conclusão do curso e o facto de<br />
ser a primeira mecatrónica do instituto<br />
são, também, motivos de orgulho para<br />
Fernanda Torres, diretora do INETE, que<br />
considera que este é “um momento muito<br />
feliz”. As palavras da responsável são elucidativas:<br />
“Lutamos há muito tempo para<br />
acabar com a distinção entre profissões de<br />
homens e de mulheres”. Pelo que “formar<br />
a primeira mecatrónica, era um desejo<br />
do instituto”, conclui Fernanda Torres. Q<br />
INETE comemora 30 anos<br />
Em 2019, o INETE (Instituto de Educação Técnica) tem vários motivos para festejar.<br />
Criado em julho de 1988, tendo como entidade promotora a ENSINUS – Estudos<br />
Técnicos e Profissionais, constituiu-se como escola profissional a 21 de setembro de<br />
1989. Com a criação do INETE, pretendeu–se dar corpo a uma instituição de ensino<br />
e formação profissional, de planos próprios, de nível secundário e pós-secundário,<br />
vocacionada quer para a qualificação inicial de jovens quer para a formação contínua<br />
de profissionais no ativo. O INETE tem, neste momento, 597 alunos, distribuídos por<br />
sete cursos, dos quais 150 estão no de mecatrónica automóvel, fazendo com que<br />
esta área e a da informática andem de “mãos da<strong>das</strong>” nos cursos mais requisitados.<br />
O curso de mecatrónica automóvel surgiu no INETE em 2012, devido à taxa de<br />
empregabilidade da profissão e à procura por parte dos alunos. “Sempre que pensamos<br />
num curso novo, olhamos para a procura que deverá ter e para as possibilidades de<br />
emprego para os jovens” afirma Fernanda Torres. O INETE tem conseguido manter a<br />
taxa de empregabilidade e de continuidade dos estudos perto dos 100%.<br />
Março I 2019<br />
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12<br />
ATUALIDADE<br />
Seminário Anual Beta<br />
Comemorar 80 anos da Beta<br />
O Convento de São Francisco, em Coimbra, foi palco do Seminário Anual da Beta, onde também se<br />
comemoraram os 80 anos da marca. O evento contou com a presença de Elisabete Jacinto, que foi,<br />
carinhosamente, apelidada de “madrinha” da parceria entre a Bolas e o fabricante italiano<br />
Por: Joana Calado<br />
No passado dia 16 de fevereiro, a Bolas<br />
viajou do Alentejo para Coimbra e<br />
reuniu, no Convento de São Francisco,<br />
amigos, clientes e distribuidores da<br />
marca Beta para o seu Seminário Anual. O<br />
evento contou com mais de 70 empresas<br />
parceiras da Bolas a nível nacional. A iniciativa<br />
contou ainda com a participação de<br />
representantes da Beta, nomeadamente<br />
Alberto Cattaneo, diretor de exportação,<br />
e Carlo da Rold, diretor de comunicação.<br />
O seminário teve como tema principal a<br />
apresentação de novos produtos, catálogo<br />
e folheto promocional, tendo-se, também,<br />
efetuado o balanço da atividade exercida em<br />
2018 e procedido ao lançamento de diversas<br />
ações de marketing e ven<strong>das</strong> para o corrente<br />
ano. A Bolas divulgou, orgulhosamente, o<br />
resultado de um inquérito feito aos seus<br />
clientes, onde estes se mostraram 100%<br />
satisfeitos com os serviços prestados pela<br />
empresa de Évora. Levantando o véu para<br />
o próximo ano, foi anunciada a inauguração<br />
de um armazém, adquirido no final de 2018.<br />
Março I 2019<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
Veja o vídeo em www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />
13<br />
n NOVIDADES EM CARTAZ<br />
Para 2019, o mote é: “Mãos à obra”. Como<br />
tal, a empresa apresentou várias novidades<br />
dentro <strong>das</strong> diversas famílias que compõem<br />
a gama Beta (alicates, chaves dinamométricas,<br />
malas de ferramenta, banca<strong>das</strong> de<br />
trabalho, ferramentas para manutenção<br />
geral, ferramenta pneumática, calçado e<br />
vestuário de trabalho, entre outros artigos),<br />
nomeadamente a caixa de ferramentas em<br />
inox, acompanhada pelas respetivas ferramentas,<br />
ideal para profissionais de biomédica,<br />
laboratórios e indústria alimentar. E os<br />
módulos para ferramentas, rígidos e soft,<br />
que permitem ao cliente criar a sua própria<br />
caixa/carro de ferramentas. Dentro do setor<br />
auto, foram, também, apresentados novos<br />
produtos, alguns dos quais concebidos para<br />
dar resposta a problemas muito específicos<br />
com que as oficinas/mecânicos se confrontam<br />
no dia a dia.<br />
A par <strong>das</strong> ferramentas, chegam, também,<br />
novos modelos de calçado de segurança,<br />
nas suas linhas básica, easy plus e ative. Mas<br />
como o melhor fica reservado para o fim,<br />
as duas empresas aproveitaram a ocasião<br />
para mostrar a nova gama de ferramentas<br />
para bicicletas (bike tools) e de mobiliário<br />
para oficinas. Estando a comemorar os 80<br />
anos da marca Beta, foi ainda anunciado,<br />
para o próximo mês de maio, o lançamento<br />
de alguns produtos comemorativos da ocasião.<br />
O grande destaque vai para uma edição<br />
especial do carrinho C24, com o logótipo<br />
alusivo a esta importante etapa na vida da<br />
marca de ferramentas.<br />
n DEBATE MOTORIZADO<br />
Por ocasião dos 80 anos da marca Beta, 50<br />
dos quais ligados ao desporto motorizado,<br />
teve lugar uma Mesa Redonda, moderada<br />
por João Vieira, diretor do <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>,<br />
sobre os desportos motorizados, sejam<br />
eles profissionais ou encarados como um<br />
hobby. Neste debate, destacou-se a presença<br />
da “madrinha” da parceria Bolas/Beta, Elisabete<br />
Jacinto, que aproveitou o momento<br />
para falar sobre a sua mais recente conquista<br />
na Africa Eco Race.<br />
À famosa piloto, juntaram-se ainda Paulo<br />
Grosso, sócio-gerente da Fagir e participante<br />
habitual no Rali Portugal Clássicos, Armindo<br />
Andrade, sócio-gerente da A. Ribeiro de<br />
Andrade, que participa em eventos de<br />
todo-o-terreno, e Pedro Carvalho, gestor<br />
de produto auto na Bolas e aficionado de<br />
MotoGP. Todos os intervenientes falaram<br />
do que é ser-se aficionado dos desportos<br />
motorizados e contaram algumas histórias<br />
vivi<strong>das</strong> nas suas competições e passeios.<br />
Quando se fala de desportos motorizados,<br />
fala-se, também, de ferramentas. Por<br />
isso, perguntou-se aos participantes qual<br />
a ferramenta mais importante para se ter<br />
durante uma prova ou passeio. Apesar de<br />
não terem chegado a um consenso sobre a<br />
ferramenta ideal, todos concordaram que a<br />
ferramenta necessária é sempre aquela que<br />
não se transporta. As peripécias conta<strong>das</strong><br />
foram muitas. Elisabete Jacinto relembrou<br />
como ficou presa na areia com o camião e<br />
como esteve duas horas a cavar para o tirar<br />
daquele sítio. E que, quando arrancou para<br />
continuar a prova, ficou novamente presa.<br />
Pedro Carvalho, por seu turno, alertou para<br />
o perigo de utilizar as chaves dos motociclos<br />
sem porta-chaves, relembrando a história<br />
em que um amigo a deixou cair para dentro<br />
da moto.<br />
A Mesa Redonda organizada pela Bolas<br />
proporcionou troca de ideias e partilha de<br />
experiências. Para terminar em beleza, a<br />
Bolas sorteou três prémios para as empresas<br />
presentes. Q<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />
2019 I Março
14<br />
OBSERVATÓRIO<br />
Conceitos de Mobilidade<br />
Reconhecimento facial<br />
A Apple registou patente para uma solução que permite abrir as portas dos veículos através do reconhecimento<br />
facial do seu proprietário e/ou condutor. Com este sistema inovador, chaves e aplicações dos smartphones cria<strong>das</strong><br />
para o efeito, serão, no futuro, obsoletas<br />
Por: Jorge Flores<br />
Esqueça as chaves e os comandos à<br />
distância. Se depender da Apple, a<br />
abertura <strong>das</strong> portas do automóvel,<br />
no futuro, passará pelo reconhecimento<br />
facial do seu proprietário e/ou condutor.<br />
Para já, a “marca da maçã” registou a<br />
patente para o desenvolvimento desta<br />
tecnologia, deixando a “marca da sua dentada”<br />
perante empresas rivais que pretendam<br />
avançar com semelhante solução.<br />
Existem traços comuns entre este conceito<br />
e o de uma chave digital, atualmente<br />
disponível nos smartphones, através <strong>das</strong><br />
aplicações, que permitem trancar ou bloquear<br />
um automóvel. Contudo, entre as<br />
características do inovador sistema que<br />
a Apple se encontra a desenvolver, segundo<br />
informações já revela<strong>das</strong> pelo site<br />
Futurism, existem duas alternativas para<br />
o desbloqueio dos veículos, por intermédio<br />
do simples reconhecimento facial.<br />
n DUAS ALTERNATIVAS<br />
Quais são, então, as opções do sistema?<br />
Uma delas coloca o sistema no veículo,<br />
com uma câmara a fazer a “leitura” do<br />
rosto do utilizador/proprietário, de modo<br />
a destrancar as portas, enquanto a outra<br />
recorre à funcionalidade de reconhecimento<br />
facial do smartphone Apple, o<br />
Face ID, sistema que está já disponível<br />
a partir do iPhone X. Outra <strong>das</strong> vantagens<br />
do sistema da Apple reside no facto de<br />
memorizar as preferências de cada utilizador,<br />
adaptando, desta forma, o veículo<br />
a estas, através da leitura do rosto. Por<br />
outras palavras, o sistema permite que<br />
dois utilizadores possam ter acertos de<br />
bancos e modos de climatização distintos,<br />
a título de exemplo.<br />
De acordo ainda com o mesmo site Futurism,<br />
a patente para esta tecnologia foi<br />
requerida pela Apple no início de 2017,<br />
ainda que apenas no passado dia 7 de<br />
fevereiro tenha tido “luz verde” da parte<br />
do Departamento de Patentes e Registos<br />
dos EUA. A patente foi arquivada com<br />
o nome “Métodos e Sistemas para Autorizações<br />
de Veículos”. Ainda paira um<br />
certo secretismo sobre a evolução que<br />
a tecnologia teve durante este período.<br />
Certo, é que a Apple dispõe, hoje, de uma<br />
patente que poderá vir a comercializar<br />
junto dos principais construtores de<br />
automóveis que queiram contar com o<br />
sistema entre os equipamentos dos seus<br />
modelos.<br />
n DITAR TENDÊNCIAS<br />
Nesta fase, aguardam-se os próximos<br />
desenvolvimentos do gigante tecnológico<br />
norte-americano. Entre os especialistas,<br />
especula-se sobre se será este um<br />
projeto (entretanto) terminado ou, pelo<br />
contrário, se encontra ainda em fase de<br />
desenvolvimento. Se, num passado recente,<br />
a Apple pareceu estar interessada<br />
na indústria automóvel, com propostas<br />
de cunho próprio, nos últimos tempos,<br />
a estratégia parece ter mudado ligeiramente.<br />
A aposta, ao que tudo indica,<br />
passará por continuar a marcar as tendências<br />
nesta área, junto dos fabricantes,<br />
reduzindo, simultaneamente, o espaço<br />
dos rivais no domínio <strong>das</strong> tecnologias.<br />
Aguardemos, pois, para ver o que o futuro<br />
nos reserva. Q<br />
Março I 2019<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
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16<br />
TECNOLOGIA<br />
Audi e-tron<br />
Chegar, ver e... eletrificar<br />
A Audi é o segundo fabricante a mostrar um veículo desenvolvido de raiz para ser elétrico, depois de Mercedes-Benz<br />
ter apresentado o EQC. Com início de comercialização agendado para 2019, este SUV anuncia uma autonomia recorde<br />
Por: Ricardo Carvalho<br />
O<br />
e-tron é um modelo totalmente<br />
novo. É o primeiro elétrico da<br />
Audi com uma carroçaria que se<br />
situa a meio caminho entre uma berlina<br />
familiar e um todo-o-terreno. Tem 4,90<br />
metros de comprimento e 1,93 metros<br />
de largura, dimensões que o posicionam<br />
entre um Q5 e um Q7. Utiliza dois motores<br />
elétricos, um situado em cada eixo,<br />
que alcançam, durante alguns segundos<br />
(boost), uma potência máxima combinada<br />
de 408 cv- Dispõe ainda de uma bateria<br />
enorme de grande capacidade e peso.<br />
Em teoria, a autonomia pode ser muito<br />
grande, mas, numa condução mais empenhada,<br />
pode reduzir drasticamente. A<br />
Audi anuncia 400 km, mas a verdade é<br />
que estes se podem transformar em 200<br />
de forma muito simples.<br />
A bateria, de 95 kWh de capacidade,<br />
está posicionada debaixo do habitáculo<br />
e pesa 700 kg (mais 100 kg do que a do<br />
Mercedes-Benz EQC). Tem 2,3 metros de<br />
comprimento, 1,6 metros de largura e 34<br />
cm de altura. A potência máxima de carregamento<br />
é de 150 kW e a Audi assegura<br />
que este e-tron é o modelo elétrico que<br />
mais energia recupera durante as desacelerações<br />
(até 220 kW).<br />
A suspensão do novo e-tron tem molas<br />
pneumáticas e amortecedores de dureza<br />
variável. A altura ao solo é de 172 mm,<br />
podendo subir aos 222 mm e baixar até<br />
aos 146 mm. As jantes de série são de<br />
19” com pneus de medida 255/55 e, em<br />
opção, podem chegar às 22”. Praticamente<br />
um automóvel convencional, portanto...<br />
n FORÇA DA TÉCNICA<br />
A marca de Ingolstadt utiliza dois motores<br />
assíncronos neste e-tron (tal como<br />
a Tesla), em vez dos habituais síncronos<br />
utilizados com rotores de alumínio. O motor<br />
traseiro, mais potente, é aquele que é<br />
utilizado para recuperar energia durante<br />
as desacelerações. Mas, sempre que for<br />
necessário, o e-tron utiliza os dois para o<br />
mesmo fim. A partir <strong>das</strong> patilhas coloca<strong>das</strong><br />
no volante, é possível escolher o modo<br />
de gestão do acelerador. Pode optar-se<br />
pelo efeito de que, ao “soltar” o pedal, o<br />
veículo siga por inércia. As outras opções<br />
regulam com maior ou menor intensidade<br />
a recuperação de energia. Logo, há desaceleração<br />
ao levantar o pé do pedal,<br />
sendo a recuperação de energia feita de<br />
Março I 2019<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
17<br />
1 BJB - Caixa de junção da bateria<br />
2 Cobertura em folha de alumínio<br />
3 Módulo com 12 células de 60 Ah<br />
4 BMC (Controlo de gestão da bateria)<br />
5 Estrutura de colisão de alumínio<br />
6 Bandeja de proteção<br />
7 Moldura da bateria<br />
8 Sistema de arrefecimento<br />
9 Proteção da zona inferior<br />
forma imediata. A desaceleração máxima<br />
para recuperar energia é de 0,3 vezes a<br />
aceleração da gravidade (0,3 g). A Audi<br />
garante que este sistema de desaceleração<br />
consegue recuperar facilmente 30% da<br />
energia, permitindo um aumento considerável<br />
da autonomia.<br />
Qualquer desaceleração mais pronunciada<br />
(travagem) terá de ser feita com o sistema<br />
de travagem. Trata-se de um sistema<br />
“convencional”, que conta com pinças de<br />
seis pistões à frente e mono-pistão na atrás.<br />
É ativado mediante uma bomba hidráulica<br />
sem ligação direta entre o pedal e o circuito<br />
elétrico, ou seja, “by wire”. Esta bomba<br />
gera a pressão duas vezes mais rápido do<br />
que consegue um sistema mecânico “convencional”.<br />
Como as pastilhas estão mais<br />
afasta<strong>das</strong> dos discos, há menos per<strong>das</strong> por<br />
rolamento e a distância de travagem reduz-se<br />
até 20%. O sistema pesa 6 kg, menos<br />
30% face a um “convencional”. Na prática, o<br />
condutor nunca tem essa perceção, graças<br />
a um pistão elétrico que gera a pressão<br />
necessária de forma impercetível através<br />
de um material semelhante à borracha.<br />
A bateria tem 2,3 metros de comprimento, 1,6 metros de largura e 34 cm de altura<br />
1<br />
5<br />
2<br />
6<br />
7<br />
8<br />
9<br />
3<br />
4<br />
1<br />
2<br />
3<br />
mesma, que se baseia em quatro circuitos<br />
separados e conectáveis entre si em função<br />
<strong>das</strong> necessidades. Os quatro circuitos<br />
correspondem às necessidades de refrigeração<br />
ou climatização: motores elétricos e<br />
os seus rotores; unidades eletrónicas que<br />
geram a potência e o carregador; bateria<br />
de alta voltagem; habitáculo.<br />
A refrigeração encarrega-se de fazer com<br />
que os rotores dos motores, que podem<br />
chegar a girar a 13.300 rpm, não superem<br />
os 180° de temperatura. A refrigeração<br />
dos motores pressupõe a maior fonte de<br />
entrada de calor no sistema. Este calor<br />
pode ser utilizado dentro dos 40 metros<br />
de tubagens do sistema de gestão térmica<br />
em outros pontos que necessitem dele. A<br />
bomba de calor, de série, está no coração<br />
do sistema, para que não se desperdice<br />
a energia com transferências de calor ou<br />
de frio. Segundo a Audi, graças a ele, a<br />
1 Motor elétrico dianteiro e respetivas<br />
ligações<br />
2 Bateria de iões de Lítio arrefecida a<br />
fluido, com 95 kWh<br />
3 Motor elétrico e respetivas ligações<br />
n GESTÃO TÉRMICA<br />
A Audi assegura que a possibilidade de<br />
carregar a bateria a uma potência de 150<br />
kW é possível graças à gestão térmica da<br />
Sistema de travagem com dispositivo de recuperação integrado<br />
1 Pedal de travão<br />
2 iBRS (sistema de controlo integrado<br />
de travões)<br />
3 Distribuição da força de recuperação<br />
pelo sistema quattro através do<br />
control eletrónico do chassis<br />
4 Calculador da distribuição ideal da<br />
força de recuperação entre os dois<br />
motores<br />
5 Utiliza o travão eletrónico para as<br />
desacelerações<br />
6 Motor elétrico dianteiro<br />
7 Motor elétrico traseiro<br />
1<br />
2<br />
5<br />
4<br />
3<br />
6<br />
7<br />
autonomia pode aumentar até 10%, desde<br />
que a energia para aquecer ou arrefecer<br />
o habitáculo seja utilizada de forma eficiente.<br />
O calor é alternado entre as células<br />
e o sistema de refrigeração mediante um<br />
gel termicamente condutor, que se aloja<br />
debaixo dos módulos. Gel este que transfere,<br />
de forma uniforme, o calor residual<br />
para o refrigerante através da carcaça da<br />
bateria. Q<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Março I 2019
ENTREVISTA<br />
18<br />
A Total esteve<br />
e estará no topo<br />
A Total voltou a estar representada, de forma direta, no mercado de lubrificantes nacional. A aposta passa pela<br />
venda de produtos de qualidade e de topo, como explicou o responsável em Portugal ao <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />
Por: Jorge Flores<br />
Pedro Abecasis é um nome forte no<br />
mercado de lubrificantes nacional<br />
há mais de 30 anos. Em entrevista ao<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>, o diretor-geral da Total<br />
Portugal Petróleos revela qual a estratégia<br />
da empresa para recuperar a notoriedade<br />
“esquecida” durante os anos em que não<br />
esteve representada, diretamente, no mercado<br />
nacional dos lubrificantes.<br />
Porque decidiu a Total voltar, de forma<br />
direta, ao mercado nacional de lubrificantes,<br />
deixando a representação de<br />
estar nas mãos de um distribuidor?<br />
A resposta é muito simples. A Total está no<br />
mercado português há mais de 30 anos. A<br />
dada altura, decidiu colocar a sua representação<br />
nas mãos de um distribuidor, de<br />
cuja empresa-mãe a Total detinha 48% do<br />
capital. E, portanto, isso funcionou bem,<br />
porque tinha esse nível de interferência<br />
como acionista. A partir do momento em<br />
que vendeu essas ações, entendeu-se que<br />
a situação já não tinha muito sentido. Logo<br />
que foi possível, terminou esse contrato<br />
de distribuição. E a Total, com muita naturalidade,<br />
instalou de novo uma filial em<br />
Portugal.<br />
Considera que a Total perdeu, de alguma<br />
forma, notoriedade durante esses anos<br />
em que não esteve representada diretamente?<br />
Houve alguma dificuldade, porque durante<br />
os oito anos em que fomos representados<br />
por um distribuidor não tínhamos<br />
mãos livres para fazer, como entendêssemos,<br />
a defesa da notoriedade da marca.<br />
Março I 2019<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
PEDRO ABECASIS<br />
Diretor-geral da Total Portugal Petróleos<br />
19<br />
Não quer dizer que fosse mal feita, mas não<br />
foi feita com o à-vontade que teríamos se<br />
fôssemos donos e senhores do negócio. E,<br />
portanto, a dada altura, essa notoriedade<br />
diminuiu e houve que recuperá-la. É natural.<br />
O que está previsto fazer para aumentar<br />
a notoriedade da marca no nosso país?<br />
Regressámos à estratégia do período antes<br />
de 2008. Passa por mostrar ao público em<br />
geral a qualidade dos nossos produtos e<br />
serviços. Dou-lhe um exemplo típico na<br />
nossa marca: as ações como patrocinadores.<br />
Sempre fizemos questão que uma marca<br />
de que sejamos patrocinadores utilize os<br />
nossos produtos. É inquestionável. Para<br />
mim, é impensável estar a patrocinar uma<br />
ação qualquer no desporto motorizado em<br />
que o produto que está lá dentro não seja<br />
nosso. Queremos demonstrar a qualidade<br />
dos nossos produtos. E temos conseguido<br />
isso. A Total esteve no topo. Esteve e está no<br />
topo. Esteve durante muitos e muitos anos<br />
no topo da Fórmula 1. Está, hoje, no topo do<br />
Campeonato do Mundo de Ralis. Começou<br />
o campeonato este ano a ganhar e está no<br />
topo de muitas competições.<br />
Quais as marcas comercializa<strong>das</strong> pela Total<br />
Portugal?<br />
Temos as marcas Total e Elf, que são o topo<br />
da nossa notoriedade e tecnologia. Temos<br />
ainda a marca Gulf, que é uma representação<br />
que a Total tem só para a Península Ibérica.<br />
Qual a importância do mercado <strong>das</strong><br />
oficinas independentes para a Total?<br />
É fundamental. Porque se imaginar que<br />
nem todos os consumidores vão tratar<br />
os seus veículos nas redes de concessionários<br />
dos agentes, nas redes oficiais,<br />
existe uma franja bastante significativa,<br />
por questões de proximidade, de economia,<br />
que escolhe com base na confiança<br />
no vizinho, porque o conhece.<br />
São os benefícios da proximidade...<br />
É a proximidade. E, como tal, há uma<br />
faixa de mercado muito importante que<br />
utiliza esta rede de oficinas independentes.<br />
Portanto, para nós, se não tivéssemos<br />
oficinas independentes, estávamos a abdicar<br />
de uma franja muito importante<br />
do mercado.<br />
Como será composta a vossa rede de<br />
distribuição em Portugal?<br />
Será por via dos distribuidores e revendedores.<br />
Em todo o território nacional,<br />
incluindo ilhas, temos sete grandes distribuidores.<br />
Depois, temos revendedores mais localizados,<br />
entidades mais pequenas. Podem<br />
ter equipas de ven<strong>das</strong> mais pequenas.<br />
E um espaço de ação mais diminuto.<br />
Temos ainda venda direta, através <strong>das</strong><br />
nossas equipas e dos nossos parceiros,<br />
as marcas que trabalham connosco nos<br />
ligeiros e pesados.<br />
Que balanço faz do desempenho da Total<br />
em Portugal no ano de 2018?<br />
2017 foi o primeiro ano completo. E serviu<br />
para recuperar o negócio que tínhamos.<br />
A começar pela instalação dos escritórios<br />
onde estamos. Deu muito trabalho em<br />
2017. Foi um ano de muita dedicação. Isto é<br />
só um exemplo. Tivemos de procurar aquilo<br />
que necessitávamos para começar a trabalhar.<br />
2018 foi quando já nos sentimos com<br />
as coisas instala<strong>das</strong> e a funcionar. E correu<br />
francamente bem, muitíssimo bem. Toda a<br />
nossa clientela tradicional veio connosco.<br />
Isso é importantíssimo...<br />
Está toda connosco. Estamos a vender<br />
francamente mais do que estávamos<br />
antes. Tivemos um crescimento muito<br />
significativo e surpreendente. Até a mim<br />
me surpreendeu! Portanto, essa aceitação<br />
do mercado foi extremamente importante.<br />
2018 foi a consolidação desse trabalho.<br />
Hoje, posso dizer que estamos tranquilos.<br />
Recuperámos a nossa posição neste<br />
mercado. E somos reconhecidos.<br />
Levaram a cabo, ao longo deste ano, ações<br />
e campanhas. Quer destacar algumas?<br />
São, sobretudo, campanhas vocaciona<strong>das</strong><br />
para determina<strong>das</strong> faixas do mercado.<br />
Muitas vezes, com oficinas, promovemos,<br />
de tempos a tempos, determinado produto.<br />
Promovemos junto dos construtores<br />
determinados serviços e parcerias.<br />
Por exemplo, estamos a celebrar com o<br />
Groupe PSA os 50 anos da parceria Total<br />
e Citroën. E estamos a celebrar com a Renault<br />
os 50 anos da parceria Renault e Elf.<br />
São dois marcos muito importantes nas<br />
nossas marcas.<br />
Qual a estratégia para os próximos tempos?<br />
Vender produtos de qualidade e de<br />
topo. É com isso que nos preocupamos<br />
diariamente. Crescer em termos de dimensão,<br />
fazer muitas mais tonela<strong>das</strong> talvez<br />
seja a minha preocupação menor. A<br />
minha preocupação maior é que cada<br />
uma dessas tonela<strong>das</strong> seja, cada vez mais,<br />
de topo.<br />
Que apoio dão aos vossos distribuidores/<br />
clientes oficinas a nível da formação técnica<br />
e de gestão?<br />
Temos um programa de formação em<br />
que pretendemos que as pessoas que estejam<br />
no terreno, a representar os nossos<br />
lubrificantes, saibam exatamente aquilo<br />
que estão a fazer. De tempos a tempos, fazemos<br />
sessões de formação da reciclagem.<br />
Hoje, para um tema, amanhã para outro,<br />
depois de amanhã para outro. Quando<br />
temos um parceiro novo, temos uma ação<br />
de formação intensiva, para colocar quem<br />
está a trabalhar com o nosso produto dentro<br />
dos nossos padrões de necessidade<br />
em termos tecnológicos. ✱<br />
Mudança rápida de óleo<br />
Conceito inovador e tecnológico<br />
Nesta nova abordagem ao mercado nacional de lubrificantes, a Total<br />
está a implementar um conceito inovador em Portugal. O designado<br />
Rapid Oil Change (RCO) ou, se quisermos, “Mudanç a Rápida de Óleo”.<br />
De que se trata? Pedro Abecasis explica: “É um conceito que nasceu<br />
em França, onde já está muito implementado, tal como em Espanha,<br />
Inglaterra e Itália. Estamos, agora, a implementar em Portugal.<br />
Pretendemos criar uma rede de oficinas que tenha uma identificação<br />
clara com a nossa marca. Essa identificação passa pelo conhecimento<br />
técnico, por ter a disponibilidade do produto para a necessidade de cada<br />
cliente, por ter uma imagem que o cliente identifique rapidamente”,<br />
adianta o responsável. Para Pedro Abecasis, o objetivo é que os<br />
responsáveis <strong>das</strong> oficinas aderentes do ROC se sintam como “parte de<br />
um clube, não apenas como uma questão de identidade, mas em termos<br />
tecnológicos”, acrescenta. Quem pretenda aderir, terá de ser uma oficina<br />
que “valorize” a componente tecnológica e que esteja “vocacionada para<br />
saber identificar o seu cliente”. Lançada a ideia, no segundo semestre de<br />
2018, já abriu o primeiro ROC. Mas o responsável acredita que, até final<br />
deste ano, a rede possa ser composta por oito oficinas.<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />
2019 I Março
20<br />
REPORTAGEM<br />
Impoeste distinguiu distribuidores<br />
Premiar os<br />
melhores<br />
1<br />
Num jantar de gala realizado no Restaurante Solar do<br />
Moinho, em Mafra, a Impoeste premiou os melhores<br />
e maiores distribuidores da sua rede a nível nacional,<br />
reconhecendo, deste modo, o trabalho e esforço<br />
desenvolvido por estas empresas ao longo de 2018<br />
Por: João Vieira<br />
2<br />
3<br />
Com a atribuição destes troféus, a<br />
Impoeste pretende reconhecer e<br />
valorizar os parceiros que mais se<br />
destacaram em 2018 pelo seu desempenho<br />
a nível do crescimento de volume<br />
de negócio e, também, pelo empenho e<br />
dedicação na gestão da atividade. Tem<br />
sido hábito da Impoeste nos últimos anos<br />
premiar os melhores parceiros e agradecer,<br />
pessoalmente, aos responsáveis tudo<br />
o que fizeram em prol do crescimento<br />
da empresa.<br />
Este ano, foram entregues dois troféus<br />
alusivos a 2018, cujos critérios foram meramente<br />
quantitativos: um para o maior<br />
volume de negócio; outro para o maior<br />
crescimento de negócios. O último tro-<br />
féu foi uma escolha da administração da<br />
Impoeste, que premiou a dedicação e o<br />
empenho revelado ao longo do ano e<br />
que foi atribuído a duas pessoas.<br />
No final da cerimónia de entrega dos<br />
troféus, Luís Miranda, administrador, e<br />
José David, diretor de ven<strong>das</strong>, agradeceram<br />
a participação de todos os premiados<br />
presentes, bem como a cobertura<br />
da imprensa, tendo aproveitado para<br />
apresentar os membros da equipa Impoeste<br />
que também participaram no<br />
jantar, nomeadamente Fernanda Marçal<br />
e Vítor Martins, responsáveis do departamento<br />
financeiro, bem como Andreia<br />
Ferreira, responsável pelo departamento<br />
de logística e gestão. Q<br />
MAIOR CRESCIMENTO DE NEGÓCIOS 2018<br />
Loja <strong>das</strong> Tintas Agostinho<br />
1 – Receberam o troféu Vítor Agostinho e Tiago<br />
Monteiro. Há três anos consecutivos que<br />
esta empresa de Penafiel conquista esta distinção,<br />
o que revela bem o espírito empreendedor<br />
dos seus responsáveis e a visão estratégica<br />
que têm para o futuro da empresa<br />
MAIOR VOLUME DE NEGÓCIOS 2018<br />
Portilaca<br />
2 – Receberam o troféu Mário Ferreira e Vítor<br />
Ferreira. A Portilaca é parceira da Impoeste<br />
há 40 anos e líder do mercado no Algarve e<br />
na Costa Vicentina. Todos os anos, tem tido<br />
um acréscimo do volume de ven<strong>das</strong> e, para<br />
2019, vai prosseguir a sua estratégia de<br />
grande proximidade aos clientes<br />
PERSONALIDADE DO ANO 2018<br />
Carlos Pedro e Paulo Pucarinho,<br />
Mundo <strong>das</strong> Tintas<br />
3 – Desta vez, o troféu “Personalidade do<br />
Ano” foi entregue a duas pessoas, pela sua<br />
dedicação e esforço ao longo de 2018. O<br />
atendimento ao cliente e as mudanças na<br />
organização da empresa foram fatores decisivos<br />
para a administração da Impoeste premiar<br />
estes dois empresários<br />
Março I 2019<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
A TECNOLOGIA MODERNA<br />
A POSSUI TECNOLOGIA UM CORTE MODERNA CLÁSSICO.<br />
POSSUI UM CORTE CLÁSSICO.<br />
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grande história. Só assim podemos garantir bombas de água também para automóveis<br />
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22<br />
EMPRESA<br />
EUROPART Portugal<br />
Duas déca<strong>das</strong> de estabilidade<br />
Há 20 anos em Portugal, a EUROPART é um exemplo de estabilidade dentro do grupo germânico. A marca própria<br />
representa 30% do volume do negócio e a tendência é para crescer<br />
Por: Jorge Flores<br />
Para encontrar as origens do Grupo<br />
EUROPART, teremos de recuar até<br />
ao ano de 1948. Numa Alemanha<br />
ainda a cheirar a cinzas, no rescaldo da<br />
Segunda Grande Guerra Mundial, nascia<br />
um pequeno fabricante de molas de suspensão.<br />
O rigor germânico levou a que, já<br />
na década de 90, o grupo começasse a comercializar<br />
esse produto, a que se juntaram<br />
muitos outros ao catálogo. Não mais parou.<br />
Foi ainda durante esses anos, que a marca<br />
com o nome EUROPART foi implementada.<br />
Atualmente, o grupo está presente em 28<br />
países. Não apenas na Europa, mas, também,<br />
por exemplo, no Dubai ou na China.<br />
A Portugal, a empresa chegou em 1998,<br />
tendo sido já cumpridos 20 anos em 2018,<br />
tal como os 70 anos, números redondos,<br />
da casa-mãe. Heitor Santos, diretor-geral<br />
da filial portuguesa, é um homem motivado<br />
pela forma sustentada e estável<br />
como o grupo tem feito o seu caminho<br />
no competitivo mercado da distribuição<br />
de peças automóvel nacional. Prova maior<br />
dessa estabilidade, é a revelação feita pelo<br />
responsável, em primeira mão, ao <strong>Jornal</strong><br />
<strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>, aquando da visita às instala-<br />
ções do Carregado. A EUROPART Portugal<br />
estará prestes a assumir a gestão de Espanha,<br />
tornando o conceito ibérico cada vez<br />
mais presente no negócio (ver artigo de<br />
destaque, na página 4).<br />
Em 2017, verificou-se uma mudança dos<br />
proprietários do Grupo EUROPART. Uma definição<br />
de estratégias que coincidiu com o<br />
começo <strong>das</strong> comemorações do aniversário.<br />
Março I 2019<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
23<br />
Heitor Santos é quem<br />
lidera os destinos do<br />
“braço português” da<br />
EUROPART, que está<br />
prestes a assumir a<br />
gestão de Espanha<br />
Na Alemanha, essencialmente, as precauções<br />
com 2019 são muitas, “temendo-se<br />
que o crescimento da economia verificado<br />
nos últimos dois anos possa conhecer um<br />
abrandamento”, explica Heitor Santos. “Os<br />
pés têm de estar bem assentes no chão”.<br />
Por cá, também. Mas na realidade da EU-<br />
ROPART Portugal, onde o grupo é dono, a<br />
100%, da estrutura, os resultados têm sido<br />
“francamente positivos”, afirma.<br />
n MARCA PRÓPRIA: 30%<br />
O braço lusitano da EUROPART é abastecido,<br />
semanalmente, pelo armazém<br />
central, localizado em Werl, na Alemanha,<br />
que dispõe de 400.000 referências abertas,<br />
<strong>das</strong> quais entre 60.000 a 80.000 estão em<br />
stock permanente. Refira-se, a propósito,<br />
que as peças que compõem a gama da<br />
marca própria são produzi<strong>das</strong> por fabricantes<br />
de topo. Não menos importante,<br />
“30% do volume de faturação da empresa<br />
é assegurado por produtos próprios da<br />
EUROPART, quando, ainda há pouco, eram<br />
25% - o que já era muito positivo. Antes,<br />
um em cada quatro produtos que vendíamos<br />
era EUROPART. Antes, julgava que<br />
a fasquia de 30% só seria alcançada em<br />
2020. Mas foi logo em 2018”, revela. Até<br />
onde poderá aumentar esta percentagem<br />
de ven<strong>das</strong> da marca própria? “São 4.000<br />
referências ativas. Já não sou tão comedido<br />
nas expectativas como há dois ou<br />
três anos. Tenho uma confiança cada vez<br />
maior. Vejo clientes que há 10 ou 15 anos<br />
consomem as nossas peças. Não é desprovido<br />
pensar que 35 ou 40% serão alcançáveis,<br />
nos próximos anos. Dentro de três<br />
anos, será possível chegar aos 35%, mantendo<br />
esta sequência de adesão”, revela.<br />
n FILIAL DE ÉVORA<br />
Heitor Santos não tem dúvi<strong>das</strong> de que<br />
a empresa se encontra de “boa saúde financeira<br />
e preparada para qualquer cenário”.<br />
Os investimentos feitos nos últimos<br />
tempos, são exemplo disso. Caso da filial<br />
de Évora, operacional, a tempo inteiro,<br />
desde 2018. Trata-se de uma presença<br />
física importante. “Praticamente só existia<br />
uma presença em todo o Alentejo. Existia<br />
um risco associado, lógico. Porque será<br />
que não havia lá nada? Seria pela pobreza<br />
da zona? Pelos indicadores económicos?<br />
Não era a nossa interpretação, porque tínhamos<br />
um vendedor alocado às regiões<br />
do Alentejo e Algarve”, diz. “Mas, sobretudo<br />
no Alentejo, temos tido uma loja que<br />
tem corrido bem, não apenas pela falta de<br />
opções do mercado local”, explica. E vai<br />
ainda mais longe. “O que certas oficinas<br />
da região tinham de fazer por um filtro de<br />
€20 ou €30, quando tinham uma urgência<br />
na montagem...”, adianta Heitor Santos.<br />
Entre abril e maio, o objetivo é aumentar<br />
a estrutura da nova loja de Évora. “Vamos<br />
passar a abrir ao sábado, a exemplo <strong>das</strong> outras<br />
quatro lojas (Carregado, Porto, Leiria e<br />
Venda do Pinheiro)”, salienta a mesma fonte.<br />
“Fundamental”, realça, “é ainda a fidelização<br />
e a satisfação muito grandes que estamos<br />
a ter dos clientes deste mercado. Sentiram<br />
que tiveram muitos benefícios ao ter uma<br />
estrutura como a da EUROPART”.<br />
n NOME PRÓPRIO<br />
Ao contrário de muitos distribuidores,<br />
que dispõem de marcas próprias, no caso<br />
da EUROPART, o nome próprio da empresa<br />
é assumido, na plenitude, nos produtos.<br />
“Vender o nosso produto nunca foi visto<br />
como um risco. Sempre foi um motivo de<br />
orgulho. Porque, contrariamente a todos os<br />
concorrentes, a marca própria EUROPART<br />
chama-se EUROPART”, diz.<br />
Garantia da adesão dos clientes aos produtos<br />
próprios é a qualidade dos mesmos.<br />
“O Grupo EUROPART, dentro do aftermarket,<br />
é, talvez, um dos maiores clientes dos fornecedores<br />
do primeiro equipamento”,<br />
garante Heitor Santos ao nosso jornal.<br />
O futuro não preocupa Heitor Santos, que<br />
acredita que, mesmo com as alternativas<br />
aos motores Diesel e a gasolina, com a<br />
consequente redução do número de peças,<br />
nos próximos 15 a 20 anos (atendendo<br />
ao crescimento de dois dígitos nos três,<br />
quatro últimos anos, ao nível dos camiões<br />
e autocarros novos), o mercado não mudará<br />
muito. “Vão é surgindo, como têm<br />
surgido nestes anos todos, evoluções ao<br />
nível dos fabricantes, porque cada vez<br />
mais a aproximação ao primeiro equipamento<br />
será completa”, remata.<br />
Presente no continente e ilhas, a empresa<br />
do Carregado chega, também, a países<br />
como Angola, Moçambique e Cabo Verde,<br />
desenvolvendo negócios pontuais dentro<br />
do grupo, que asseguram entre 5 a 7% do<br />
volume total de faturação. Q<br />
EUROPART Portugal<br />
Diretor-geral Heitor Santos | Morada Quinta da Ferraguda, Carambancha, Lote 8, Apartado 40, 2580 – 653 Carregado | Telefone 263 860 100<br />
Site www.europart.net<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />
2019 I Março
24<br />
EMPRESA<br />
Racing Mania<br />
João Pedro é<br />
responsável pela<br />
Racing Mania,<br />
que tem to<strong>das</strong> as<br />
condições para se<br />
tornar referência<br />
Primar pela diferença<br />
A oficina Racing Mania, inaugurada, no início de fevereiro, em Figueira de Lorvão, Penacova, é a concretização de<br />
um sonho do seu proprietário, João Pedro, destacando-se pelo conceito diferente do projeto<br />
Por: João Vieira<br />
João Pedro sempre esteve ligado ao<br />
pós-venda automóvel e conhece bem<br />
o funcionamento do mercado e o que<br />
é necessário fazer para garantir o sucesso<br />
<strong>das</strong> organizações. Quando, há dois anos,<br />
começou a pensar no projeto Racing Mania,<br />
constituiu uma equipa com duas pessoas<br />
da sua confiança, Rui Pedro e Hugo Poiares,<br />
que lhe deram to<strong>das</strong> as garantias para<br />
avançar para a sua concretização. “Fomos<br />
colegas de trabalho noutra empresa e conhecemos<br />
bem o mercado do pós-venda.<br />
Por isso, decidimos juntar sinergias e pôr<br />
em marcha este grande projeto”, afirma<br />
João Pedro.<br />
O responsável começou por adquirir um<br />
terreno na zona industrial de Penacova e<br />
o equipamento que iria montar na oficina.<br />
“Durante o tempo que levou a construção<br />
do edifício, adquiri o equipamento que<br />
considero necessário para ter uma oficina<br />
diferente, que foi o que sempre quis. Não<br />
queria ser mais uma oficina, mas, antes, um<br />
novo conceito de manutenção e reparação<br />
automóvel”, frisa João Pedro. No decorrer<br />
do processo, surgiu a oportunidade de<br />
comprar um armazém contíguo, que foi,<br />
desde logo, aproveitado para instalar um<br />
serviço de montagem de pneus para veículos<br />
pesados.<br />
n INSTALAÇÕES EXEMPLARES<br />
Apesar do nome sugerir uma oficina<br />
dedicada aos veículos desportivos e à<br />
competição automóvel, a Racing Mania é<br />
uma oficina multimarca especializada em<br />
Março I 2019<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
25<br />
todo o tipo de viaturas. Exteriormente, as<br />
instalações impressionam pelas suas dimensões,<br />
qualidade dos materiais utilizados na<br />
construção e acabamentos. Mas é o interior<br />
que surpreende pelos equipamentos topo<br />
de gama que se encontram instalados e<br />
pelo espaço amplo que permite aos veículos<br />
circularem à-vontade.<br />
Os painéis que formam as paredes da oficina<br />
são isolantes e favorecem o ambiente<br />
muito confortável que se vive dentro <strong>das</strong><br />
instalações. Todos os gabinetes interiores<br />
são separados por vidros, o que permite ter<br />
sempre uma visão 360º de toda a oficina.<br />
Tudo foi pensado ao pormenor para dar<br />
as melhores condições de trabalho aos<br />
colaboradores e aos clientes que visitam<br />
as instalações. “Dispomos de condições espetaculares<br />
para oferecer o melhor serviço<br />
ao cliente e, por isso, estamos a preparar os<br />
nossos técnicos para executarem os trabalhos<br />
na perfeição. Tenho conhecimentos e<br />
formação técnica que me permite solucionar<br />
quaisquer avarias que os veículos apresentem<br />
e sempre que é necessário auxilio<br />
os técnicos na resolução dos problemas”,<br />
refere João Pedro.<br />
n SECÇÃO DIESEL E TURBO<br />
Uma secção exclusiva para reparação de<br />
injetores e turbocompressores foi pensada<br />
desde o início do projeto e está já a funcionar.<br />
Localizada num piso superior, esta<br />
secção está dotada dos equipamentos<br />
mais modernos para a reparação destes<br />
componentes. Assim, a área Diesel tem<br />
disponível dois aparelhos de diagnóstico<br />
e reparação de injetores, da marca Bosch,<br />
fornecidos pela empresa Bombóleo. E a<br />
secção dos turbos conta com o mais recente<br />
equipamento de calibração fornecido pela<br />
TurboClinic.<br />
“A secção dedicada ao Diesel e turbo é<br />
mais um serviço para rentabilizar a oficina.<br />
Já fomos contactados por concessionários,<br />
que nos pediram para fazermos a reparação<br />
dos injetores e turbos danificados dos seus<br />
veículos. Estamos de portas abertas para<br />
to<strong>das</strong> as situações e, por isso, recetivos às<br />
melhores propostas”, acrescenta João Pedro.<br />
Outros fornecedores contribuíram com a<br />
montagem dos equipamentos, como são o<br />
caso da Cometil, que forneceu as máquinas<br />
de montagem de pneus e alinhamento de<br />
direções, a Cetrus, que instalou os elevadores,<br />
e a Lusilectra, com a linha de pré-inspeção.<br />
A Motul, por sua vez, montou todo<br />
o sistema de lubrificação, que, mediante a<br />
introdução dos dados da viatura, escolhe,<br />
automaticamente, a referência de óleo indicada.<br />
Relativamente ao dados técnicos, os<br />
mecânicos operam com o sistema ESI[tronic]<br />
da Bosch e, também, com o TEC CAT.<br />
No que diz respeito ao fornecimento de<br />
peças, a Racing Mania conta com as empresas<br />
X-Action e Mondegopeças, que<br />
garantem o fornecimento de todos os componentes<br />
necessários a uma reparação de<br />
qualidade. “Instalamos, preferencialmente,<br />
peças premium e explicamos aos clientes<br />
as vantagens e benefícios desta escolha.<br />
Mas se o cliente pedir para montar peças<br />
mais económicas, também o fazemos. Só<br />
que, neste caso, fica à responsabilidade do<br />
cliente e é sempre descriminado na fatura”,<br />
alerta João Pedro.<br />
n PNEUS E PINTURA INTEGRADOS<br />
Os serviços de pneus e pintura estão totalmente<br />
integrados no conceito de oferta<br />
global de serviços que a Racing Mania promove<br />
e que faz parte do seu ADN. “Irei,<br />
brevemente, construir o pavilhão para a<br />
secção de chapa e pintura que, atualmente,<br />
ainda é realizada em instalações externas.<br />
Tenho já as cabines de pintura e as zonas<br />
de preparação prontas para serem monta<strong>das</strong>.<br />
Quando a secção de pintura estiver<br />
concluída, teremos possibilidade de reparar,<br />
num só espaço, todo o tipo de avaria ou<br />
dano que o veículo tiver, desde problemas<br />
mecânicos a substituição de pneus<br />
e reparação de chapa e pintura”, assegura<br />
o responsável.<br />
A adesão a uma rede de oficinas não está<br />
excluída da estratégia de crescimento que<br />
João Pedro implementou ao negócio. “Estamos<br />
recetivos a novas ideias e iniciativas<br />
que possam contribuir para o desenvolvimento<br />
da Racing Mania. A entrada numa<br />
rede pode abrir portas para começarmos a<br />
trabalhar com frotas de empresas, gestoras<br />
de frotas e seguradoras. Se isso nos ajudar<br />
a evoluir mais rápido, estamos obviamente<br />
disponíveis e interessados”, revela.<br />
n HÍBRIDOS E ELÉTRICOS NA MIRA<br />
João Pedro está atento à evolução da tecnologia<br />
automóvel e às implicações que tal<br />
trará ao funcionamento <strong>das</strong> oficina. Por isso,<br />
já fez uma formação em veículos híbridos<br />
e elétricos e vai apostar na montagem de<br />
uma boxe exclusiva para estas viaturas. Será<br />
equipada com um posto para recarga de<br />
baterias e ferramentas especiais para serviços<br />
de reparação em veículos elétricos.<br />
O pessoal da oficina terá formação específica<br />
para dar assistência a estes veículos.<br />
Além de capacitá-los com novas valências,<br />
também credibiliza o serviço e aumenta a<br />
procura dos clientes que valorizam a qualidade<br />
e a competência dos técnicos que<br />
reparam as viaturas.<br />
n FUTURO RISONHO<br />
Reunindo um conjunto de fatores muito<br />
favorável, onde se incluem as instalações<br />
exemplares, equipamento de topo e marcas<br />
premium, a Racing Mania tem to<strong>das</strong> as<br />
condições para se tornar numa referência<br />
nacional no setor da manutenção e reparação<br />
automóvel. A zona onde se encontra,<br />
devido ao encerramento de diversas<br />
oficinas pela ASAE, tem enorme potencial<br />
de crescimento. E embora existam outras<br />
oficinas na região, a diversidade de serviços<br />
oferecidos pela Racing Mania não tem concorrência<br />
que possa afetar o seu desenvolvimento.<br />
Por isso, João Pedro está confiante<br />
no futuro da empresa. “Vamos primar pela<br />
diferença. Temos de fazer de forma diferente<br />
e compete-nos aconselhar e alertar<br />
os automobilistas que nos visitam para o<br />
estado em que se encontra a sua viatura,<br />
porque fazer manutenções não é apenas<br />
mudar óleo e filtros. Temos uma atitude<br />
proativa e informamos o cliente, sempre<br />
que for necessário, para a substituição de<br />
componentes que estejam danificados e<br />
possam causar avarias. Estamos convictos<br />
de que esta forma de estar no mercado vai<br />
trazer frutos e fazer com que os clientes nos<br />
vejam como uma oficina que se preocupa<br />
com as viaturas e, acima de tudo, com o bem<br />
estar e segurança <strong>das</strong> famílias”, conclui. Q<br />
Racing Mania<br />
Diretor executivo João Pedro Chelinho | Morada Zona Industrial da Alagoa, Lote B4/B5, 3360 - 052 Figueira de Lorvão (Penacova)<br />
Telemóvel 916 702 449 | Email joaopedro@racingmania.pt<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />
2019 I Março
26<br />
EMPRESA<br />
Merpeças<br />
Triunfo da especialização<br />
A Merpeças nasceu para colmatar uma lacuna que a Mercedes-Benz criou com a decisão de não vender peças<br />
ao retalho. Rui Costa e Pedro Sardinha viram aqui uma oportunidade para se especializarem na venda<br />
de peças Mercedes-Benz de qualidade<br />
Por: João Vieira<br />
Fundada em 2011 e adquirida pelos<br />
atuais proprietários em 2012,<br />
a Merpeças tem-se mantido distribuidor<br />
especializado em peças Mercedes-Benz,<br />
conforme afirma Rui Costa:<br />
“O foco do nosso negócio é 99,9% na<br />
Mercedes-Benz, embora existam algumas<br />
situações particulares, como é o caso da<br />
suspensão pneumática, que trabalhamos<br />
com multimarca. Aquilo que a Mercedes-<br />
-Benz sem querer criou, foi uma lacuna<br />
no negócio deles, que obrigou empresas<br />
a especializarem-se e a arranjarem soluções<br />
para as necessidades do mercado.<br />
A Merpeças nasceu desta situação. Eu<br />
não posso vender a peça original, mas<br />
consigo uma solução com qualidade original.<br />
A Mercedes-Benz deixou de vender<br />
a peça deles porque é mais cara e eu<br />
consigo oferecer ao cliente uma solução<br />
com a mesma qualidade e com um preço<br />
totalmente diferente”.<br />
A empresa tem tido um percurso ascendente<br />
nas ven<strong>das</strong> e na faturação. Recentemente,<br />
aumentou o seu portefólio<br />
de marcas premium para servir melhor<br />
os clientes, oferecendo-lhes uma gama<br />
mais alargada de produtos.<br />
Desde o início da atividade que a Merpeças<br />
apenas comercializa peças de qualidade<br />
original. “O nosso foco é sempre<br />
as marcas premium, o que não significa<br />
que, com a globalização, possam existir<br />
outras alternativas no aftermarket para<br />
aquelas peças que estão blinda<strong>das</strong> para<br />
as origens”, diz Rui Costa.<br />
Março I 2019<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
27<br />
n LOJA ONLINE EM EVOLUÇÃO<br />
A loja online existe desde o início da<br />
empresa, mas tinha algumas lacunas<br />
que foram soluciona<strong>das</strong> no ano passado.<br />
“Mudámos o nosso sistema de faturação<br />
e passámos a integrar a loja online nele.<br />
Neste momento, o que os clientes veem<br />
espelha o que temos dentro de portas.<br />
To<strong>das</strong> as peças que temos em stock estão<br />
indica<strong>das</strong>, assim como a sua quantidade.<br />
A plataforma anterior promovia mais do<br />
que vendia e, atualmente, vende mais do<br />
que promove”, revela Rui Costa.<br />
Tudo o que são peças comuns, os clientes<br />
fazem a encomenda online. Mas as que<br />
requerem uma identificação, as pessoas<br />
telefonam para confirmar, de modo a terem<br />
a certeza que está tudo correto. “Os clientes<br />
não nos procuram pelos filtros nem pelas<br />
pastilhas, mas por “tudo o resto”, embora<br />
também nos comprem os componentes<br />
de desgaste. Só que “tudo o resto” pode ser<br />
demasiado específico. E se não for identificado<br />
e visto corretamente, é quase sempre<br />
mal fornecido. Por isso, continuamos a receber<br />
muitas encomen<strong>das</strong> pelo telefone,<br />
que continua a ser a maneira mais segura<br />
de identificar as peças”, esclarece Rui Costa.<br />
A entrega <strong>das</strong> encomen<strong>das</strong> é assegurada<br />
por empresas de transportes, pois,<br />
na opinião de Rui Costa, “não faz sentido<br />
ter distribuição própria, já que os custos são<br />
elevadíssimos”. Segundo diz, “as pessoas<br />
não têm noção de quanto custa ter uma<br />
viatura a fazer a distribuição. É um facto<br />
que não conseguimos garantir a hora a<br />
que a peça chega à oficina, mas o serviço<br />
que contratamos garante que a peça será<br />
entregue até determinada hora”.<br />
Este ano, a Merpeças irá realizar algumas<br />
ações de formação com o apoio dos fabricantes<br />
com os quais trabalha. A nível<br />
de Mercedes-Benz, é normal e frequente<br />
a empresa dar apoio técnico a todos os<br />
clientes que solicitem e ajudar a resolver<br />
os problemas pelo telefone. Conforme a<br />
necessidade, os clientes podem deslocar-se<br />
às instalações para diagnosticar uma avaria<br />
ou apenas para codificar ou parametrizar<br />
componentes em viaturas da marca Mercedes-Benz.<br />
n PRESENÇA NOS SALÕES NACIONAIS<br />
A Merpeças tem tipo uma participação<br />
regular nos salões nacionais dedicados ao<br />
aftermarket. E embora o impacto e retorno<br />
já não sejam os mesmos <strong>das</strong> primeiras participações,<br />
a empresa vai continuar a marcar<br />
presença nestes certames. “A primeira feira<br />
projetou-nos em 200 ou 300%. Agora, o<br />
As ações de formação com o apoio<br />
dos fabricantes e a parceria que tem<br />
com a Iberequipe são dois aspetos<br />
enaltecidos pela Merpeças. 99,9% do<br />
negócio da empresa está focado nas<br />
peças Mercedes-Benz de qualidade<br />
impacto é menor, porque as pessoas já nos<br />
conhecem. Mas vamos continuar a estar<br />
presentes nas feiras. Já não vemos as feiras<br />
para projetar o negócio, mas sim para estar<br />
com os clientes. Temos clientes de norte<br />
a sul do país, sendo impossível estar com<br />
todos. E a feira é uma oportunidade para<br />
nos vermos e apresentar as novidades”,<br />
enfatiza.<br />
A parceria com a Iberequipe é para manter,<br />
conforme afirma Rui Costa. “Esta parceria<br />
permite disponibilizar aos clientes<br />
uma solução de diagnóstico que possibilita<br />
acompanhar a evolução do automóvel. Nós<br />
conseguimos fornecer as peças e temos<br />
um parceiro que lhes consegue fornecer<br />
uma solução de diagnóstico.<br />
n FUTURO INCERTO<br />
Relativamente ao futuro do negócio da<br />
Merpeças, Rui Costa mostra-se cauteloso.<br />
“Temos de ser responsáveis. Não sei se o<br />
mercado vai crescer. Os veículos continuam<br />
a circular mas as pessoas não têm dinheiro.<br />
Ou compram viatura nova ou deixam de<br />
andar de carro, porque não têm dinheiro<br />
para o reparar. Neste momento, as pessoas<br />
estão a optar por comprar veículos novos.<br />
É um ciclo, porque, depois, vai chegar uma<br />
altura que não podem comprar veículos<br />
novos e voltam a reparar. Neste momento,<br />
com o crescimento da venda de veículos<br />
novos, o negócio da reparação vai diminuir.<br />
Mas no que diz respeito à Merpeças, o ano<br />
começou bem. Se 2019 for como o mês de<br />
janeiro, vai ser um excelente ano”, conclui<br />
Rui Costa. Q<br />
Merpeças<br />
Gerentes Rui Costa e Pedro Sardinha | Morada Rua 1.º de Maio, 221 A, Zona Industrial do Roligo, 4520 - 115 Santa Maria da Feira<br />
Telefone 256 360 147 | Telemóvel 913 154 249 | Email rui.costa@merpecas.com | Site www.merpecas.pt<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />
2019 I Março
28<br />
PRODUTO<br />
AUTOPART<br />
Qualidade elevada<br />
Fundada em 1982, a AUTOPART, uma <strong>das</strong> marcas exclusivas do Grupo TRUSTAUTO, produz, atualmente,<br />
2,5 milhões de baterias por ano, que são distribuí<strong>das</strong> para mais de 50 países de todo o mundo. A qualidade está<br />
no topo <strong>das</strong> prioridades deste fabricante polaco<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
No dia 21 de janeiro, o Grupo TRUS-<br />
TAUTO, liderado por Ricardo Ribeiro,<br />
visitou a fábrica de baterias<br />
AUTOPART, localizada na Polónia. Fundada<br />
em 1982, a marca produz baterias de arranque<br />
de elevada qualidade a um ritmo<br />
atual de 2,5 milhões de unidades por ano,<br />
que são distribuí<strong>das</strong> para mais de 50 países<br />
de todo o mundo. Certifica<strong>das</strong> pela norma<br />
ISO9001 (a primeira certificação foi atribuída<br />
em 2003), as baterias AUTOPART,<br />
presentes no segmento OE, obedecem<br />
às especificações técnicas IATF16949 e<br />
ISO14001 pela TÜV Nord.<br />
n GAMA ABRANGENTE<br />
A gama da AUTOPART abrange quatro<br />
áreas. Na dos veículos ligeiros, estão disponíveis<br />
seis famílias de produto: Galaxy EFB<br />
(Enhanced Flooded Battery), Galaxy Silver,<br />
Galaxy Gold, Galaxy Plus, Galaxy Plus Japanese<br />
e Galaxy SMF (Sealed Maintenance<br />
Free). Na dos veículos pesados, existem<br />
quatro famílias: Galaxy Plus, Galaxy Plus<br />
Heavy Duty, Galaxy Gold Super Heavy Duty<br />
e Galaxy Gold Extreme VR (Vibration Resistance).<br />
No que diz respeito aos tratores<br />
e máquinas agrícolas, são três as famílias:<br />
Galaxy Plus, Galaxy Plus Heavy Duty e Galaxy<br />
Gold Extreme VR. Já a oferta de Deep<br />
Cycle, é assegurada pela Galaxy Voyager<br />
Deep Cycle.<br />
A AUTOPART é especializada na produção<br />
industrial de baterias de arranque de<br />
elevada qualidade. Dispõe de baterias<br />
para todos os tipos de veículos, tratores e<br />
máquinas agrícolas, bem como barcos e<br />
autocaravanas. A sua constante pesquisa<br />
e desenvolvimento são sinais evidentes da<br />
paixão que a move pela criação <strong>das</strong> últimas<br />
tendências. O sucesso da AUTOPART foi alcançado<br />
através do trabalho de equipa, que<br />
começou em 1982. A fábrica, que ocupa<br />
uma área de 21.000 m², está equipada com<br />
métodos de produção de última geração.<br />
E está, constantemente, a implementar soluções<br />
inovadoras, de modo a manter no<br />
topo os elevados padrões de qualidade<br />
que caracterizam os seus produtos.<br />
Uma <strong>das</strong> baterias mais evoluí<strong>das</strong> da AU-<br />
TOPART é a EFB (Enhanced Flooded Battery),<br />
cujo design da caixa, de tampa dupla<br />
livre de manutenção, sem toma<strong>das</strong>, destaca-se<br />
por ter uma superfície lisa, uma rampa<br />
soldada com proteção dupla anti-chamas<br />
e um sistema labiríntico contra derrame de<br />
ácido, permitindo que o eletrólito passe de<br />
novo para as células. A rampa é montada<br />
através de simples pressão e não requer<br />
qualquer tipo de selante a quente adicional.<br />
A tampa não pode ser desmontada depois<br />
de colocada, sem ser destruída.<br />
A AUTOPART relembra que se podem<br />
utilizar baterias start/stop em veículos<br />
“convencionais”. Viaturas com uso intensivo<br />
(como, por exemplo, táxis, ambulâncias<br />
e carros de patrulha) requerem baterias<br />
com capacidade elevada de ciclos. Por isso,<br />
as baterias start/stop em situações semelhantes<br />
são a escolha ideal. Isto também<br />
se aplica a veículos com extenso equipamento<br />
elétrico e a veículos utilizados,<br />
maioritariamente, em tráfego urbano. A<br />
AUTOPART deixa o alerta para que se evite<br />
a falha prematura da bateria. E recomenda<br />
que se controlem os custos escolhendo<br />
a bateria EFB, que tem três vezes maior<br />
resistência à capacidade elevada de ciclos<br />
(quando comparada com baterias convencionais).<br />
Q<br />
3<br />
1<br />
2<br />
Características técnicas:<br />
l Compatível com to<strong>das</strong> as caixas DIN (L1-L5)<br />
l Proteção anti-chamas embutida, com sistema<br />
central de desgaseificação numa rampa soldada<br />
l Sistema de labirinto<br />
l Saída flexível através de sistema<br />
central de desgaseificação<br />
l Pós-protetores<br />
l Pega integrada<br />
l Polaridade variável<br />
Vantagens:<br />
l Montagem da rampa somente com uma<br />
ligeira pressão de encontro à tampa inferior<br />
l superfície lisa, sem toma<strong>das</strong> visíveis<br />
l à prova de derrames, mesmo em<br />
situações em que a bateria está em<br />
posições extremamente inclina<strong>das</strong><br />
l montagem sem soldadura dupla<br />
l Segurança de alto desempenho<br />
l instalação universal e arrumação simples<br />
l segura e fácil de manusear<br />
l a tampa não pode ser desmontada<br />
depois da instalação da rampa<br />
1 – Labirinto<br />
2 – Rampa soldada<br />
3 – Capas de proteção dos pólos<br />
Março I 2019<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
30<br />
PRODUTO<br />
VatOil<br />
Negócio “chave na mão”<br />
A VatOil, uma <strong>das</strong> marcas de lubrificantes incorporada pelo fabricante holandês Kroon Oil (Grupo SOCAZ), propõe<br />
um verdadeiro negócio competitivo “chave na mão” para qualquer empresa importadora do ramo <strong>das</strong> peças ou<br />
de lubrificantes<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
É<br />
mais uma <strong>das</strong> marcas que tem a ADIR<br />
Viseu como entreposto. Estará presente,<br />
com pompa e circunstância,<br />
juntamente com a Kroon Oil e a Spanjaard,<br />
na edição de 2019 da expoMECÂNICA, que<br />
se realizará, de 3 a 5 de maio, na Feira Internacional<br />
do Porto (Exponor).“A VatOil é<br />
mais uma <strong>das</strong> marcas de lubrificantes<br />
incorporada pelo fabricante holandês<br />
Kroon Oil (Grupo SOCAZ). Será, com certeza,<br />
uma boa oportunidade comercial a<br />
acrescentar ao aftermarket automóvel português<br />
e ao setor industrial. A VatOil tem<br />
as principais gamas de óleos, líquidos de<br />
refrigeração e outros químicos para viaturas<br />
ligeiros, máquinas e pesados, equipamento<br />
agrícola, e indústria”, explica Amadeu Fernandes,<br />
country manager Portugal.<br />
A VatOil começou a ser distribuída em<br />
1982 na Holanda. Hoje, a marca tem uma<br />
forte presença no Grupo ATR International<br />
e RHIAG - Inter Auto Parts Italia S.p.A., nos<br />
países da Europa Central e de Leste (Albânia,<br />
Bulgária, Croácia, República Checa,<br />
Hungria, Polónia, Roménia, Eslováquia,<br />
Eslovénia) e nos países bálticos (Estónia,<br />
Letónia, Lituânia). Encontra-se, também,<br />
bem estabelecida, no Extremo Oriente e<br />
em alguns países asiáticos, como a Malásia<br />
e a China.<br />
n SITE BASTANTE SOFISTICADO<br />
A VatOil está estruturada com ferramentas<br />
comercias especialmente desenvolvi<strong>das</strong><br />
para o nosso mercado, de modo a oferecer<br />
uma possibilidade de comércio exclusivo<br />
nacional por áreas de lubrificantes a<br />
empresas com essa posição no mercado.<br />
Quem o afirma é Amadeu Fernandes, acrescentando<br />
que “os produtos VatOil estão<br />
disponíveis no TecDoc” e que “para além<br />
do cativante merchandising, tem um site de<br />
recomendação de óleos bastante sofisticado”.<br />
Segundo revela, a VatOil propõe “um<br />
verdadeiro negócio competitivo ‘chave na<br />
mão’ para qualquer empresa importadora<br />
do ramo <strong>das</strong> peças ou de lubrificantes”. O<br />
negócio comercial de importação/distribuição<br />
da VatOil inclui um valioso programa de<br />
apoio de ven<strong>das</strong>, cofinanciado pela fábrica<br />
e dispondo de várias outras facilidades comerciais<br />
e logísticas.<br />
No site (www.vatoil.com), a consulta é<br />
extremamente completa, permitindo ter<br />
conhecimento de todos os pontos de lubrificação<br />
para além dos óleos de motor<br />
e caixa (em média, mais de 15 diferentes<br />
pontos, como são no caso da informação<br />
de pesados e máquinas), contando ainda<br />
com os vários líquidos de refrigeração,<br />
anticongelantes e massas. “Esta consulta<br />
automática por modelo e ano”, explica<br />
o country manager Portugal, “relaciona<br />
o tipo de utilização da máquina através<br />
dos aspetos de trabalho, consumo atual de<br />
combustível, carga média transportada e,<br />
por fim, o tipo de clima em que se insere.<br />
Ou seja, todos os intervenientes externos<br />
ao condutor, fundamentais para o melhor<br />
acompanhamento e afinação <strong>das</strong> manutenções”.<br />
Resultando, no caso do consumidor,<br />
em máquinas mais “novas” por mais<br />
tempo, com significativos ganhos no que<br />
respeita a custos de substituição de peças e<br />
paragens produtivas, melhor conservação<br />
e valorização do investimento da viatura.<br />
“No caso do distribuidor, trata-se de uma<br />
ferramenta técnica rápida que sustenta a<br />
oportunidade de venda, permitindo uma<br />
transparente e fiel relação comercial entre<br />
to<strong>das</strong> as partes envolvi<strong>das</strong>”, conclui Amadeu<br />
Fernandes. Q<br />
Março I 2019<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
C<br />
M<br />
Y<br />
CM<br />
32<br />
OFICINA DO MÊS<br />
Miniauto<br />
MY<br />
CY<br />
CMY<br />
K<br />
“Os rapazes da Mercedes<br />
de Odivelas”<br />
Criada em 1974 por João Martins, a Miniauto é uma oficina especializada na marca da estrela prateada<br />
e gerida pelos quatro filhos do fundador. Na cidade onde estão, desde sempre, os funcionários são conhecidos<br />
como “os rapazes da Mercedes de Odivelas”<br />
Por: Jorge Flores<br />
A<br />
história da Miniauto confunde-se<br />
com a de Odivelas. Fundada em<br />
1974, a primeira oficina teve<br />
como casa uma pequena loja, na Rua<br />
Gil Eanes (que ainda se encontra de<br />
portas abertas), espelhando, no nome, a<br />
experiência do seu fundador, João Martins,<br />
no mercado oficinal moçambicano,<br />
onde laborou, há já muitos anos.<br />
Desde a sua origem que a Miniauto<br />
trabalha com modelos da Mercedes-Benz,<br />
marca onde também trabalhou, outrora, e<br />
que representa perto de 80% dos serviços.<br />
Os táxis são clientes habituais, quase desde<br />
que abriu portas.<br />
Com o passar dos anos, a Miniauto<br />
ganhou expressão. Amadureceu. Cresceu.<br />
E precisou de um espaço maior para<br />
desenvolver os seus serviços, algo que<br />
veio a conseguir há cerca de 18 anos,<br />
com a passagem para as instalações da<br />
Estrada de Paiã, a pouco mais de um<br />
quilómetro da casa original. Sempre em<br />
Odivelas. “Somos 14 pessoas na oficina<br />
e somos todos de Odivelas. Costumam<br />
chamar-nos os ‘rapazes da Mercedes de<br />
Odivelas”, adianta Luís Martins, filho do<br />
fundador, que, em conjunto com os seus<br />
três irmãos, Adélia Martins, Artur Martins<br />
e Armando Martins, assumiu a gerência<br />
do negócio em 1994, ano em que o seu<br />
pai se reformou – embora, aos 78 anos,<br />
ainda continue a acompanhar de perto a<br />
atividade da empresa que fundou.<br />
n DE NORTE A SUL<br />
A oficina ocupa, hoje, umas instalações<br />
com 800 m 2 e realiza todos os serviços<br />
associados ao automóvel: chapa, pintura,<br />
mecânica, eletricidade e estufagem. Não<br />
falta sequer uma secção para o comércio<br />
de veículos. Quem compra, fica fidelizado<br />
com a oficina. De resto, Luís Martins<br />
orgulha-se de ter clientes de norte a sul<br />
do país. “Chegam a vir da Guarda e da<br />
Nazaré”, conta. “Fazemos muitos serviços<br />
com táxis. Muitos da Mercedes-Benz. E<br />
muitos da Škoda. Alguns fazem as revisões<br />
na marca, mas quando acaba a garantia<br />
regressam”, adianta. Entre os clientes, “50%<br />
são particulares e 50% são empresas”,<br />
acrescenta o responsável ao <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong><br />
<strong>Oficinas</strong>.<br />
n PARCEIROS HISTÓRICOS<br />
As parcerias são essenciais para a<br />
Miniauto. Algumas são históricas. Ou<br />
não tenham elas apoiado a oficina desde<br />
os primeiros tempos. Como é o caso da<br />
Total, com quem trabalham há 18 anos.<br />
“Ajudaram-nos a crescer. Quando viemos<br />
para este espaço, deram-nos um apoio<br />
fundamental a montar esta oficina.<br />
Acreditaram em nós. Até hoje. E nós não<br />
trocamos de marca de lubrificantes. Damos<br />
sempre preferência a quem nos ajudou”,<br />
garante Luís Martins.<br />
Outra <strong>das</strong> parcerias históricas, para citar<br />
apenas duas, é com a Álvaro de Sousa<br />
Borrego, na área da repintura. Para o<br />
futuro, o gerente da Miniauto gostava de<br />
continuar a evoluir. “Aumentar o espaço<br />
para 2.000 m 2 está no horizonte”, revela.<br />
“Sempre em Odivelas. Somos todos daqui<br />
e estamos muito envolvidos com a zona”,<br />
remata. Q<br />
Miniauto<br />
Gerente Luís Martins | Morada Estrada de Paiã, Quinta <strong>das</strong> Lamas, Lote 1, Armazém D, 1675 - 088 Pontinha | Telefone 214 787 500<br />
Email geral@miniauto.pt | Site www.miniauto.pt<br />
Março I 2019<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
19<br />
.com
34<br />
ORGANIZAÇÃO<br />
PARCERIA<br />
Concurso já começou<br />
Depois de três edições repletas de sucesso, o <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>, em parceria com a ATEC – Academia de<br />
Formação, pôs em marcha o concurso Melhor Mecatrónico 2019. Se os automóveis, em geral, e a mecânica, em<br />
particular, são a sua profissão, então esta iniciativa é para si. Ponha à prova os seus conhecimentos e participe<br />
Valorizar, dignificar, promover. Eis<br />
os três principais verbos que se<br />
coadunam com o concurso Melhor<br />
Mecatrónico, uma iniciativa ímpar no<br />
panorama do aftermarket nacional, que<br />
visa dar protagonismo à profissão de mecatrónico<br />
automóvel. A partir do presente<br />
mês de março, damos início à publicação<br />
dos questionários, que estão online no site<br />
do concurso (www.melhormecatronico.pt).<br />
Acerte nas respostas e habilite-se a ser um<br />
dos oito concorrentes selecionados para a<br />
Grande Final, que terá lugar nas instalações<br />
da ATEC, localiza<strong>das</strong> no Parque Industrial<br />
da Volkswagen Autoeuropa, nos dias 15 e<br />
16 de novembro de 2019.<br />
Estão aptos a participar neste concurso<br />
todos os mecatrónicos que se encontrem<br />
no ativo, quer trabalhem em oficinas independentes<br />
ou de marca. Os interessados<br />
devem responder aos quatro questionários<br />
que vão sendo colocados online no site<br />
do concurso nos meses de março, abril,<br />
maio e junho de 2019. Cada questionário<br />
terá 10 questões, tipo teste americano, de<br />
resposta única. A seleção dos oito concorrentes<br />
será feita entre os que atingirem a<br />
maior pontuação e que forem mais rápidos<br />
no envio <strong>das</strong> respostas. O primeiro<br />
questionário estará online até dia 31 de<br />
março. Todos os questionários recebidos<br />
até essa data serão avaliados pela organização<br />
e apurados os vencedores para<br />
a fase seguinte.<br />
n OPINIÕES UNÂNIMES<br />
Entre os finalistas da edição do ano<br />
passado, as opiniões convergiram para o<br />
mesmo ponto. Nuno Pedro, da Ampeser,<br />
que foi o vencedor, destacou as provas<br />
realiza<strong>das</strong>, que “representaram muitas <strong>das</strong><br />
situações que tratamos no dia a dia”. Em<br />
sua opinião, “a aprendizagem, o espírito de<br />
companheirismo entre os participantes e<br />
a organização” foram os aspetos que estiveram<br />
em evidência. Já Rui Fernandes, da<br />
Conficar, realçou “a experiência, amizade,<br />
novos métodos, mais informações e novos<br />
colegas” que levou da participação no concurso.<br />
Tiago Rita, da C Santos VP, enalteceu<br />
“a dificuldade em trabalhar sob pressão e<br />
a entreajuda entre os finalistas". ✱<br />
Março I 2019<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
36 ORGANIZAÇÃO<br />
PARCERIA<br />
Qual a melhor?<br />
O concurso Challenge <strong>Oficinas</strong>, organizado pelo <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> em parceria com a Polivalor, volta,<br />
este ano, a desafiar as oficinas de Portugal a pôr à prova os seus conhecimentos e competências<br />
Se é uma oficina organizada, bem<br />
equipada e com recursos humanos<br />
competentes e atualizados, aproveite<br />
esta oportunidade para participar num<br />
evento único e desafiante, onde apenas os<br />
melhores conseguem chegar à final. Com<br />
a realização desta iniciativa, pretendemos<br />
fomentar entre as oficinas um espírito competitivo<br />
são, o trabalho em equipa e a sua<br />
criatividade, através da realização de provas<br />
em diversas áreas relaciona<strong>das</strong> com o pós-<br />
-venda automóvel, nomeadamente: gestão<br />
oficinal, marketing, peças, receção e técnica.<br />
Este concurso vai permitir a cada oficina<br />
tomar consciência daquilo que vale em<br />
termos de recursos humanos e enquanto<br />
organização. No fundo, consiste num processo<br />
de autoavaliação, ao mesmo tempo<br />
que se trata de uma competição lúdica.<br />
Desta forma, entusiasmam-se os colaboradores<br />
para um desafio onde as oficinas têm<br />
todo um caminho aberto para evoluir.<br />
n TESTEMUNHOS VALORIZAM<br />
As oficinas finalistas da anterior edição<br />
são unânimes na avaliação positiva que<br />
fizeram do concurso e <strong>das</strong> provas executa<strong>das</strong><br />
no ano transato.<br />
Para Ricardo Mateus, da Easystop, oficina<br />
vencedora da última edição, o que<br />
a levou a particpar no Challenge <strong>Oficinas</strong><br />
foi o facto de “já termos acompanhado<br />
a competição no ano passado e pareceu-nos<br />
que era a oportunidade ideal<br />
para mostrarmos o valor que há nas oficinas<br />
independentes. Acho que o<br />
Challenge <strong>Oficinas</strong> também serve para<br />
dignificar o trabalho que se faz fora <strong>das</strong><br />
marcas e dos grandes concessionários e<br />
de tentarmos distanciarmo-nos daquela<br />
ideia <strong>das</strong> oficinas duvidosas e dos serviços<br />
feitos com alguma falta de rigor”.<br />
Segundo disse, “este tipo de iniciativas<br />
fazem as pessoas perceber que há muita<br />
qualidade nas oficinas independentes e<br />
que nós também sabemos fazer as coisas<br />
bem feitas, não só do ponto de vista<br />
técnico mas, também, no que toca a<br />
gestão”. Até porque, acrescentou, “a final<br />
é mais direcionada para a gestão de recursos<br />
do que para a componente técnica.<br />
E, isso, é uma coisa bastante positiva<br />
e de saudar. Daqui, levámos um grande<br />
orgulho e uma grande motivação para<br />
continuar. Digamos que isto é um empurrão<br />
para perceber que estamos todos<br />
no caminho certo, sejamos nós, sejam<br />
as outras oficinas concorrentes”.<br />
Sérgio Nunes, da SN Sport, oficina classificada<br />
em segundo lugar na final da<br />
última edição, afirmou: “Participámos<br />
neste concurso para demonstrar que o<br />
aftermarket é um setor muito importante<br />
e que também há bons gestores nesta<br />
área. Relativamente à nossa participação<br />
no Challenge <strong>Oficinas</strong>, o balanço é bastante<br />
positivo. Foi desafiante, porque<br />
fizemos algumas contas que nem todos<br />
os dias fazemos. Realmente foi muito<br />
positivo e interessante. Levámos daqui<br />
a experiência e a vontade não só de melhorar<br />
a nossa gestão mas, também, a<br />
área do atendimento ao cliente”.<br />
Rita Teles, da Roady, oficina que ocupou<br />
o útimo lugar do pódio, salientou: “Ficámos<br />
em terceiro lugar, mas, como dizem<br />
os meus colegas de equipa, para chegarmos<br />
até aqui houve muitas oficinas<br />
que ficaram para trás. Nós temos demasiado<br />
orgulho em termos ficado em terceiro<br />
lugar porque, no fundo, refletiu<br />
aquilo que somos e aquilo que queremos<br />
ser no nosso dia a dia, na nossa organização,<br />
na nossa forma de funcionar e de<br />
atender o cliente. Somos transparentes<br />
e organizados. Foi um prazer estar aqui<br />
porque aprendemos com esta participação,<br />
conhecemos outras formas de trabalhar,<br />
outras dinâmicas e levámos uma<br />
opinião deles, que é sempre importante<br />
e devemos sempre absorver o que nos<br />
faz bem. Viemos para experimentar. Foi<br />
a primeira vez que participámos, mas de<br />
certeza que vamos querer continuar,<br />
porque vemos isto de uma forma positiva.<br />
Levámos uma aprendizagem importante<br />
de como é trabalhar com conceitos<br />
de KPI de serviço e passar para o papel<br />
aquilo que os programas nos dão. Também<br />
aprendemos que faz falta exercitar<br />
os nossos neurónios, porque ficámos com<br />
uma ideia realmente positiva do que é<br />
a rentabilidade e a eficiência no dia a dia<br />
do nosso negócio”. ✱<br />
Março I 2019<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
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Quando o mundo inteiro exige inovação, a TRW tem a solução.<br />
As nossas pastilhas de travão Electric Blue são uma solução de travagem nova e<br />
sustentável para veículos elétricos. Reduzem o ruído, as vibrações, a poeira e as emissões.<br />
Permitem-lhe melhorar o nível de serviço da sua oficina, para os veículos elétricos, ao<br />
adicionar a mudança de pastilhas de travão à sua oferta de serviços de manutenção.<br />
Uma novidade da gama Electric Blue da TRW.<br />
www.trwaftermarket.com/pt/electricblue<br />
Parte da ZF Aftermarket, cada peça TRW é concebida para superar desafios, tal como<br />
os colaboradores dedicados de todo o mundo que as fazem chegar até si. Apoiados por<br />
uma rede global de especialistas no mercado de pós-venda, os produtos TRW ditam os<br />
padrões da segurança e da qualidade.
NOTÍCIAS EMPRESAS<br />
38<br />
OPINIÃO<br />
Por: Cristina Cardoso, diretora de ven<strong>das</strong> da Alidata<br />
Brembo mostrará várias novidades<br />
na edição de 2019 da Motortec<br />
Em exibição no stand da marca italiana estará a gama completa de discos, pastilhas,<br />
tambores, componentes hidráulicos e fluidos de travões. O disco Brembo XTRA também<br />
estará em evidência, dispondo de um visual desportivo e garantindo a máxima fiabilidade<br />
em termos de resistência, desempenho e segurança. Mas haverá mais novidades no<br />
espaço da Brembo. As novas pastilhas de travão XTRA anunciam uma travagem ótima,<br />
especialmente quando combina<strong>das</strong> com os discos MAX e XTRA. As pastilhas são feitas<br />
de BRM X L01, um material misturado com mais de 30 componentes, que atinge uma<br />
travagem mais decisiva e estável. Quanto ao novo disco co-cast, é formado uma banda<br />
de travagem em ferro fundido com alto teor de carbono e por um tambor de aço, que<br />
são perfeitamente acoplados durante um processo especial de fusão, que garante que<br />
seja totalmente intercambiável com o disco fabricado para primeiro equipamento.<br />
OSRAM estará pela primeira<br />
vez na feira de Madrid<br />
Pela primeira vez, a OSRAM vai estar presente com um stand<br />
próprio na conceituada feira ibérica do setor do pós-venda<br />
automóvel: Motortec Automechanika Madrid. João Casinhas,<br />
head of sales da Field Automotive Portugal, referiu que “é com<br />
grande orgulho que damos este passo tão importante para<br />
a OSRAM. Estamos muito empenhados em reforçar a nossa<br />
marca no mercado ibérico e o nosso posicionamento como<br />
marca líder no setor da iluminação automóvel no aftermarket”.<br />
Este era já um desejo antigo da OSRAM, que será realizado<br />
este ano com grande entusiasmo. João Casinhas deixa ainda<br />
em comunicado o convite para que se visite o stand da OSRAM,<br />
localizado no Pavilhão 6.<br />
As novas oportunidades de<br />
negócio já estão na sua oficina<br />
Sabe qual o custo de aquisição de um novo cliente para a sua oficina? E quanto custa<br />
manter um cliente atual? Eis dois dados conhecidos para sua análise: conquistar um novo<br />
cliente custa cinco a sete vezes mais do que manter um atual. E 80% da receita de um<br />
negócio provém de clientes fidelizados.<br />
Mas como fidelizar clientes cada vez mais exigentes, para os quais a tecnologia tem de ser<br />
omnipresente e, simultaneamente, criar novas oportunidades? Uma coisa é certa: quanto<br />
mais elevado for o índice de digitalização da sua oficina, mais fácil será surpreender o cliente.<br />
E quanto mais pessoas conseguir atrair para a sua oficina, mais oportunidades existirão.<br />
Já pensou no potencial de uma simples ITV? Ao comunicar, por SMS ou email, ao cliente<br />
que se aproxima a data, reaviva a memória deste em relação à sua oficina. A manutenção<br />
preventiva é uma excelente forma de manter o contacto com o cliente.<br />
A chave é ter o máximo de informação sobre as interações do cliente com a oficina<br />
e usá-la adequadamente. Um CRM vai agilizar esse processo. Quando o tratam pelo<br />
nome, conhecem o histórico da sua viatura e o relembram de uma manutenção, o cliente<br />
sente-se valorizado, ganha confiança na oficina e é provável que a recomende. Só com<br />
informação de qualidade disponível é possível fazer este atendimento personalizado.<br />
Se, numa visita do cliente, for identificado um outro problema a resolver, explique-lhe<br />
o que necessita de ser feito e registe essa informação para o futuro. Isto é detetar um<br />
problema e convertê-lo numa oportunidade.<br />
Mas as potencialidades vão muito além. Newsletters, promoções, parcerias, questionários<br />
de satisfação, sites, portais, lojas online e redes sociais, são outros processos que, se ainda<br />
não fazem, farão parte do sucesso do seu negócio.<br />
Sublinho ainda que o suporte tecnológico é, e continuará a afirmar-se, como um dos<br />
elementos fundamentais para a sustentação da relação de confiança entre cliente e oficina.<br />
Fidelizar atuais ou conquistar novos clientes? Ambos. Nem só de clientes atuais vive o<br />
aftermarket automóvel. As mesmas ferramentas que potenciam cross selling e upselling<br />
servem um princípio vital em qualquer negócio: conquistar e fidelizar novos clientes<br />
para, assim, fazer crescer o negócio.<br />
Imporfase comemora 31 anos de existência<br />
Fundada no final de 1988, a Imporfase começou a especializar-se no fabrico e na importação de sistemas<br />
de escape, dispondo do know-how existente desde 1960. Para além de silenciosos sistemas de<br />
escape, a Imporfase desenvolveu uma vasta gama de catalisadores e filtros de partículas específicos<br />
para cada viatura, contando, agora, com um vasto stock nas suas instalações, na Maia. A crescer há<br />
cinco anos consecutivos, a empresa sempre se pautou por um trabalho honesto, bem como por um<br />
trato humilde e profissional para com o cliente. Atualmente, a empresa faz parte do Grupo Imporfase/<br />
Escapcar e, entre outras facetas bem conheci<strong>das</strong> no mercado que representa, é, também, detentora<br />
da marca própria: Imporspeed.<br />
Março I 2019<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
TUDO EM ENERGIA, ENERGIA PARA TUDO
40<br />
NOTÍCIAS<br />
Empresas<br />
ACAP fez balanço do ano de 2018<br />
A Associação Automóvel de Portugal (ACAP) fez o balanço do mercado e da indústria automóvel em Portugal no ano<br />
de 2018, assim como traçou as perspetivas de mercado para este ano. No período de janeiro a dezembro de 2018,<br />
foram colocados em circulação 273.252 veículos novos, o que representou um crescimento homólogo de 2,6% face a<br />
2017. Esta percentagem é a confirmação de que, após o período de recuperação da crise, o mercado nacional está a<br />
estabilizar para os seus valores normais.<br />
No acumulado dos 12 meses de 2018, de acordo com a ACAP, as matrículas de veículos ligeiros de passageiros totalizaram<br />
228.290 unidades, o que se traduziu num aumento de 2,8% relativamente ao mesmo período do ano anterior. No que<br />
se refere aos comerciais ligeiros, o mercado atingiu as 39.306 unidades regista<strong>das</strong>, uma subida de 2% em comparação<br />
com o mesmo período do ano anterior. Já no que se refere ao mercado de veículos pesados, nos 12 meses de 2018, as<br />
matrículas atingiram as 5.617 unidades, o que representou um decréscimo de 2% relativamente ao período homólogo<br />
de 2017. Os veículos movidos a energias alternativas continuam com uma crescente procura, tendo alcançado uma<br />
subida de 148% no caso dos elétricos e de 56% no caso dos híbridos plug-in. Os veículos elétricos representam, agora,<br />
1,8% do total do mercado.<br />
Faleceu Hélder da Conceição<br />
Santos<br />
Foi com profunda tristeza e enorme consternação que o<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> recebeu a notícia do falecimento de Hélder<br />
da Conceição Santos, fundador e sócio-gerente da Hélder<br />
Máquinas & Ferramentas, Lda. Simpático e sempre disponível<br />
para prestar esclarecimentos e informações sobre o mercado<br />
e as novidades <strong>das</strong> marcas representa<strong>das</strong>, Hélder Santos era<br />
um leitor atento do <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong>, que recordamos com<br />
muita amizade e saudade. Na estratégia de desenvolvimento<br />
da empresa, mais do que a relação profissional, Hélder Santos<br />
privilegiava as relações de amizade com fornecedores,<br />
clientes e colaboradores. Durante os anos que esteve à frente<br />
dos destinos da empresa, cimentou relacionamentos que se<br />
transformaram em amizades duradouras.<br />
Será sempre recordado por nós como um amigo e por ter<br />
alimentado com o seu sorriso o sucesso que a Hélder Máquinas<br />
& Ferramentas, Lda. tem alcançado ano após ano. O<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> endereça sinceros e sentidos pêsames<br />
à família e aos colaboradores, com votos de coragem para<br />
prosseguirem o projeto exemplar criado por Hélder Santos.<br />
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Março I 2019<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
42<br />
NOTÍCIAS<br />
Empresas<br />
MCnur tem novo<br />
serviço MCnur Peças<br />
A MCnur e a MCnur Espanha, no seguimento da sua estratégia empresarial<br />
para 2019, apresentaram um novo serviço que visa complementar o setor<br />
dos motores novos e reconstruídos onde as duas empresas operam. O novo<br />
serviço responde pelo nome de MCnur Peças e fornece aos clientes todo<br />
o tipo de produtos mecânicos <strong>das</strong> mais diversas e conceitua<strong>das</strong> marcas.<br />
O portefólio é extenso. Passando pelas prestigia<strong>das</strong> LIQUI MOLY, Krafft,<br />
spanjaard, Graf, Ferodo, Flennor, Necto, AMC, Tecneco, Autotec, WD-40 e<br />
Victor Reinz, entre outras. Todo o processo de venda, aconselhamento e<br />
acompanhamento ao cliente tem, obviamente, a chancela MCnur. As instalações<br />
estão situa<strong>das</strong> na sede da MCnur Portugal, mais concretamente<br />
na Rua do Montijo, Lote 6, em Trajouce.<br />
Mann+Hummel Ibérica<br />
apresentará novidades na Motortec<br />
A Mann+Hummel Ibérica vai apresentar na Motortec Automechanika Madrid to<strong>das</strong> as suas novidades<br />
para o mercado dos filtros. A empresa terá oportunidade de reunir com todos os intervenientes<br />
do setor, nomeadamente oficinas, a quem explicará, em primeira mão, to<strong>das</strong> as novidades<br />
e desenvolvimentos no mundo dos filtros. O stand da Mann-Filter ficará localizado no Pavilhão 5,<br />
3C01. Será um espaço cheio de cor, amplo e dividido em várias zonas, onde a empresa mostrará<br />
as principais novidades no mundo dos filtros. O stand incluirá, também, uma zona dedicada à<br />
oficina, onde decorrerá um concurso pensado para os profissionais do pós-venda. Este ano, a<br />
empresa volta a estar presente na Galeria da Inovação, com dois dos seus filtros mais recentes. O<br />
filtro de habitáculo para capacetes de motociclistas, que permite filtrar o ar dos gases de escape<br />
antes de ser inalado pelo condutor e o filtro de partículas de travão. De referir que em todos os<br />
veículos com travões de disco, incluindo os elétricos, o desgaste entre o disco de travão e a pastilha<br />
provoca a emissão de partículas poluentes.<br />
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Associações opõem-se<br />
a declarações de Ministro<br />
Após as declarações do Ministro do Ambiente sobre o futuro dos veículos Diesel,<br />
as diversas associações liga<strong>das</strong> ao ramo automóvel, nomeadamente a ACAP,<br />
ANECRA. ARAN e ALF, manifestaram a sua oposição às mesmas. To<strong>das</strong> lamentam<br />
a falta de sensibilidade do Ministro do Ambiente relativamente às declarações<br />
proferi<strong>das</strong> quanto ao seu efeito profundamente negativo num setor determinante,<br />
como o é o automóvel, nomeadamente no que concerne à prossecução<br />
dos Orçamentos do Estado, ao contribuírem com mais de 25% na arrecadação<br />
<strong>das</strong> respetivas receitas fiscais líqui<strong>das</strong>. Os motores de combustão não podem<br />
ser tratados, agora, como os únicos responsáveis <strong>das</strong> emissões resultantes da<br />
mobilidade globalizada e cada vez mais acessível. As varia<strong>das</strong> marcas têm vindo<br />
a desenvolver e a apresentar soluções cada vez mais eficientes, como a utilização<br />
de várias tecnologias propulsoras no mesmo veículo, criando, assim, soluções<br />
adequa<strong>das</strong> a diversas utilizações.<br />
Março I 2019
44<br />
NOTÍCIAS<br />
Empresas<br />
Bombóleo apresentou Plano de Formação 2019<br />
A formação é considerada, hoje, como uma <strong>das</strong> mais importantes ferramentas na parceria comercial<br />
entre as empresas. A obtenção de novos conhecimentos e técnicas proporcionam aos formandos uma<br />
melhor preparação para o dia a dia de trabalho, fazendo, também, com que os mesmos tenham um<br />
nível mais alto de confiança, adotando um ponto de vista mais positivo em todos os momentos. Além<br />
disso, haverá um aumento na satisfação pessoal, pois, para além do enriquecimento de conhecimentos,<br />
o profissional sentir-se-á muito mais seguro no seu trabalho, contribuindo sempre para a melhoria e<br />
excelência do mesmo. Em função de tudo isto, a Bombóleo criou, em 2019, um Programa de Cursos<br />
de Formação, que abrange várias áreas de atuação. Diesel: Sistemas Common Rail (Bosch, Delphi e<br />
Denso); Reparação de Unidades EUI e PLD; Formação Específica Magneti Marelli; Veículos Híbridos e<br />
Elétricos; Diagnóstico Automóvel; Injeção de Gasolina FSI/GDI; Turbos (diagnóstico e manutenção);<br />
Ar Condicionado (Renovação e Certificação). Para mais informações sobre datas e conteúdos dos<br />
cursos, consultar o link www.bomboleo.com/pt/servicos/formacao.html.<br />
Magneti Marelli Aftermarket<br />
regressa à Motortec<br />
Com um stand que transportará o visitante para uma oficina da rede Magneti<br />
Marelli Checkstar, a multinacional italiana estará presente na edição<br />
de 2019 da feira de Madrid. A Magneti Marelli celebra 100 anos enquanto<br />
fabricante de componentes auto. E a divisão de aftermarket dispõe de uma<br />
extensa rede a nível mundial, que conta já com 4.000 oficinas da Magneti<br />
Marelli Checkstar. A aposta no desenvolvimento da rede é precisamente o<br />
fio condutor que marcará a presença da multinacional italiana na edição de<br />
2019 da Motortec Automechanika Madrid, vista como o evento mais importante<br />
para o setor de reparação. Os visitantes poderão descobrir a forma de<br />
valorizar o seu negócio fazendo parte da rede Checkstar da Magneti Marelli.<br />
A equipa de aftermarket da empresa já fez saber que terá o maior prazer<br />
em receber oficinas e distribuidores que desejem conhecer ao pormenor a<br />
ampla oferta de produtos e serviços da marca.<br />
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Março I 2019<br />
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3ª EDIÇÃO<br />
Patrocinadores 2019
NOTÍCIAS<br />
Empresas<br />
Spinerg venceu competição<br />
dos Macro Distribuidores Shell<br />
A Spinerg ficou em primeiro lugar na competição dos Macro Distribuidores Shell do<br />
Sul da Europa no passado mês de dezembro, tendo arrecadado o prémio “Beat the<br />
plan 2018”. Estes prémios são atribuídos com base numa avaliação 360º do negócio:<br />
Desempenho de Ven<strong>das</strong>, Proposta de Valor Diferenciadora, Iniciativas de Marketing,<br />
Consultoria Técnica aos Clientes e Grau de Satisfação. Este reconhecimento vem no<br />
seguimento de todo o trabalho desenvolvido pelas diversas equipas da empresa, que,<br />
de forma comprometida e profissional, desenvolvem a oferta de valor da Spinerg. Em<br />
nota de imprensa enviada à nossa redação, a Spinerg afirma que “estes dois prémios<br />
não seriam possíveis sem os nossos clientes e stakeholders, que, ao longo de 2018,<br />
criaram, em conjunto com a Spinerg, uma relação de parceria competitiva, diferenciadora<br />
e sempre focada no valor. A todos, a Spinerg agradece e dá os parabéns”.<br />
Interescape desenvolve linha de escape<br />
para Suzuki Swift Sport<br />
A empresa liderada por Jorge Carvalho foi escolhida para produzir uma linha de escape para a versão<br />
mais desportiva do novo Suzuki Swift. Equipado com motor 1.4 turbo a gasolina de quatro cilindros<br />
com 16 válvulas, designado Boosterjet, o novo Suzuki Swift Sport oferece 140 cv às 5.500 rpm e um<br />
binário máximo de 230 Nm, constante entre as 2.500 e as 3.500 rpm. Na unidade de produção própria<br />
da Interescape, foi desenvolvida uma linha de escape em aço inoxidável, de 60 mm de diâmetro.<br />
Mantendo o coletor original e o catalisador, a linha dispõe de um silenciador desenvolvido de forma<br />
a não comprometer a performance do veículo. Esta linha de escape estará em exibição no stand da<br />
Interescape na Motortec Automechanika Madrid, que se realizará de 13 a 16 de março, até porque<br />
será utilizada pelas 25 viaturas que participarão no Troféu Suzuki Swift 2019, em Espanha.<br />
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NOTÍCIAS<br />
Empresas<br />
CONSULTÓRIO JURÍDICO Colaboração<br />
Devolução de peças<br />
QUESTÃO: Trabalho numa casa de peças, no departamento <strong>das</strong> devoluções, e recebi uma<br />
circular de um fornecedor a dizer que não aceitam devoluções por desistência do cliente.<br />
“Não aceitamos devoluções se o cliente do nosso cliente desiste do pedido”. Já no ano<br />
passado houve outro fornecedor que me colocou a mesma situação. Gostaria de saber<br />
qual a legislação sobre este assunto, pois penso que algo devolvido dentro de prazos e<br />
nas condições em que foi vendido deveria poder ser aceite.<br />
Paulo Cardoso<br />
RESPOSTA: A questão é colocada por uma casa de peças, relativa às suas relações comerciais<br />
com o fornecedor/distribuidor. Para esclarecer o leitor, apresento um breve enquadramento<br />
legal da situação.<br />
1. Em Portugal, não existe um direito generalizado à devolução de bens (peças automóveis<br />
ou qualquer outro bem), a não ser nos casos expressamente previstos na lei. Quer isto dizer<br />
que, apesar de muitos consumidores e empresas acreditarem que podem devolver um bem<br />
comprado, dentro de um certo prazo, não existe qualquer fundamento legal que o suporte. O<br />
que existe é uma prática, cada vez mais generalizada, de políticas comerciais de devolução de<br />
bens, aplica<strong>das</strong> por várias empresas, geralmente associa<strong>das</strong> a grandes marcas. Falamos, por<br />
exemplo, da possibilidade de devolver peças de roupa de lojas <strong>das</strong> redes Zara, Massimo Dutti e<br />
Mango, por exemplo, prática esta que, também, vemos existir em grandes cadeias de lojas de<br />
eletrodomésticos, como Worten e Rádio Popular, ou até em hipermercados, como o Continente.<br />
Nestes casos, estamos a falar de meras políticas comerciais, que apenas existem porque as empresas<br />
assim o entendem. De notar que, quando exista publicidade destas políticas, por exemplo,<br />
quando o agente económico insere na fatura “aceitamos trocas ou devoluções até 30 dias após<br />
a compra” fica, obviamente, sujeito a essa obrigação, que é uma mera obrigação contratual, ou<br />
seja, existe por força do contrato e não da lei.<br />
No setor automóvel, regem as mesmas regras. Não há direito generalizado, legal, à devolução<br />
de peças mas, se em termos contratuais estiver estipulado um prazo dentro do qual se aceitam<br />
devoluções ou trocas, então estas são obrigatórias, nos termos do contrato (não da lei). Neste<br />
sentido, terá de ser feita uma análise caso a caso para se saber se essa obrigação existe na relação<br />
entre um fornecedor e uma loja de peças. Mas, uma coisa é certa, a obrigação legal não existe.<br />
2. Existem, depois, algumas situações, perfeitamente identifica<strong>das</strong> e descritas na lei, em que,<br />
ao consumidor, é atribuído um direito à livre resolução do contrato de compra e venda, também<br />
apelidado de direito ao arrependimento. Falamos de situações de ven<strong>das</strong> à distância ou fora do<br />
estabelecimento comercial, regulado pelo D.L. n.º 24/2014 de 14 /2, alterado pela Lei 47/2014<br />
de 28/7 e pelo D.L. 78/2018 de 15/10 (definidos nos art.ºs 2.º e 3.º). Nestes casos, ao consumidor<br />
é conferido o direito de, no prazo de 14 dias após receber um bem adquirido à distância, ou fora<br />
do estabelecimento, poder resolver o contrato e entregar o bem, sem nenhuma penalização.<br />
Pelo que conhecemos do setor automóvel, as únicas situações em que este regime se aplica é<br />
na venda de peças online (digo apenas peças porque, pelas características exigi<strong>das</strong> ao negócio,<br />
tal como está tipificado na lei, dificilmente se pode considerar existir venda online de automóveis)<br />
e à venda de veículos, peças ou acessórios, em feiras do setor automóvel (ven<strong>das</strong> especiais<br />
esporádicas, art.º 25.º do D.L. 78/2018 de 15/10).<br />
De notar que este regime apenas se aplica nas ven<strong>das</strong> entre empresas e consumidores. Por<br />
isso, não tem aplicabilidade direta nas ven<strong>das</strong> entre as casas de peças e os seus fornecedores.<br />
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4ª EDIÇÃO<br />
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NOTÍCIAS<br />
Empresas<br />
DRiV é nome do novo fornecedor global<br />
A nova empresa resultante da compra da Federal Mogul pela Tenneco chama-se<br />
DRiV Incorporated e será lançada no segundo semestre deste ano, depois da<br />
separação da Tenneco Inc. em duas empresas independentes. Depois da separação,<br />
a DRiV tornar-se-á num dos maiores fornecedores globais do mercado<br />
de pós-venda multimarca e um dos maiores na área de Equipamento Original,<br />
Desempenho na Condução e Travagem para clientes de pós-venda, veículos<br />
ligeiros e veículos comerciais. A DRiV ficará sediada na área de Chicago. O<br />
nome DRiV é emblemático e traduz o que a nova empresa espera ser: líder<br />
global no mercado de pós-venda e de equipamento original, impulsionando<br />
avanços que ajudem os automobilistas a obter o máximo potencial de cada<br />
veículo. O logótipo preto, vermelho e prateado está ligado a uma fértil herança<br />
de desempenho. O design geral, com uma forma circular, evoca um tacómetro<br />
que representa velocidade, força e desafio de limites.<br />
Bardahl e Mecatronicaonline<br />
em parceria de formação<br />
Encontrando-se as duas empresas em fase de expansão, esta parceria surge como forma de<br />
complementar os produtos oferecidos por ambas. A Mecatronicaonline, empresa especializada<br />
em formação, e a Bardahl, especialista em óleos e lubrificantes, uniram-se para oferecer<br />
aos clientes formações mais completas, utilizando o know-how da empresa de formação e os<br />
produtos da Bardahl. Nuno Garoupa, gerente da MBML Solutions, representante da Bardahl<br />
em Portugal, explicou ao <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> que esta “é uma parceria muito recente”. E que<br />
“a ideia já vem de algum tempo, mas foi sendo adiada”.<br />
A primeira formação realizou-se no mês de janeiro de 2019 e juntou clientes, profissionais de<br />
oficinas, casas de peças, vendedores e até pessoas nas áreas da náutica e da indústria. A MBML<br />
Solutions aproveitou a oportunidade para apresentar as mais recentes novidades. Referimo-<br />
-nos ao aditivo de limpeza de motores, a uma ferramenta para tirar injetores e às máquinas<br />
ecológicas para limpeza de injetores, admissão e filtros de partículas.<br />
Sérgio Pinto, gerente da Mecatronicaonline, afirmou que este era, para eles, um setor desconhecido.<br />
E que esta parceria abrir-lhes-á algumas portas. Nomeadamente, para a reconstrução<br />
de peças eletrónicas muito específicas, como é o caso de direções elétricas, bombas de direção<br />
elétricas, touchscreens e displays, entre outros. A Mecatronicaonline está, também, a trabalhar<br />
no lançamento de uma nova marca, para a comercialização destas peças reconstruí<strong>das</strong>.<br />
FAE.pdf 1 22/02/19 15:00<br />
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SENSOR:<br />
SENSOR: Incorpora<br />
Incorpora elementos<br />
elementos piezoeléctricos<br />
piezoelétricos que<br />
que que<br />
miden la la presión por por diferencia entre la<br />
medem a pressão pela diferença entre<br />
la entrada<br />
a y la<br />
entrada<br />
y<br />
e<br />
la<br />
a<br />
salida del del filtro de de partículas. De De fabricación OE. OE.<br />
saída do filtro de partículas. De frabricação OE.<br />
CUERPO:<br />
CORPO: Fabricado<br />
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NOTÍCIAS<br />
Empresas<br />
NGK explica a importância<br />
<strong>das</strong> velas de pré-aquecimento<br />
Quando o inverno chega, os motores Diesel dependem da capacidade <strong>das</strong> velas de pré-aquecimento<br />
para funcionarem sem problemas. To<strong>das</strong> as velas podem melhorar o desempenho do arranque a<br />
frio. Mas algumas, em particular, oferecem vantagens adicionais quando a temperatura desce. A<br />
NGK partilha as suas últimas dicas nesta área. As velas de pré-aquecimento, hoje, podem alcançar<br />
milhares de arranques a frio, mesmo nos invernos mais rigorosos, sendo algumas de elevado desempenho.<br />
Ao contrário dos motores a gasolina, os motores Diesel inflamam-se automaticamente.<br />
O ar introduz-se nos cilindros do motor e comprime-se fortemente, aquecendo até 700/900°C, de<br />
modo que, quando injetado, o combustível inflama. Mas em condições de frio ou gelo, o calor<br />
pode escapar através dos cilindros, impedindo que o motor arranque. Para alcançar a temperatura<br />
necessária, deve ser introduzido calor adicional na câmara de combustão. A solução perfeita para<br />
este desafio de aquecimento adicional encontra-se nas velas de pré-aquecimento mais modernas.<br />
Leirilis apresentou<br />
calendário de formação<br />
Sabendo que a formação dos colaboradores de cada organização é um<br />
ponto crucial para aumentar a sua competitividade, contribuindo para o<br />
desenvolvimento e crescimento da mesma, a Leirilis apresentou o seu calendário<br />
de formação para o ano de 2019. A formação teve início em fevereiro<br />
e, para este ano, estão programados diversos lançamentos. Das 12 ações<br />
defini<strong>das</strong>, seis são novidade, quer na área automóvel quer na comportamental.<br />
Assim, as formações a decorrer este ano incidirão sobre Caixas de<br />
Velocidade de Dupla Embraiagem, Recertificação de Técnico de Ar Condicionado,<br />
Técnicas de Diagnóstico - Gestão de Motor, Gestão de Resíduos,<br />
Gestão Oficinal e Marketing Digital. Para a realização <strong>das</strong> ações de formação,<br />
a Leirilis disponibiliza um espaço dedicado apenas à realização de formação.<br />
Esse espaço conta com uma sala para as aulas teóricas e uma zona bem<br />
apetrechada (equipamento de diagnóstico, elevador e ferramenta oficinal)<br />
para a realização <strong>das</strong> aulas práticas.<br />
Mais informações sobre as formações, podem ser obti<strong>das</strong> no site da Leirilis,<br />
através do envio de email para leirilis@leirilis.com ou pelo contacto<br />
telefónico com a empresa através do número 244 850 080.<br />
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Março I 2019<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
54<br />
NOTÍCIAS<br />
Empresas<br />
CONSELHOS DA TRW<br />
Colaboração<br />
NelsonTripa_II.pdf 1 22/02/19 11:07<br />
EXPOTRANSPORTE<br />
regressa em força à Batalha<br />
É já de 15 a 17 de março que volta à Batalha a feira profissional dedicada ao setor<br />
dos transportes. Com 80 expositores confirmados e o Congresso da ANTP agendado,<br />
a EXPOTRANSPORTE será local privilegiado para se conhecerem, de perto,<br />
as propostas <strong>das</strong> marcas e as muitas soluções <strong>das</strong> empresas que fornecem a este<br />
importante setor da economia. Com a totalidade do espaço ocupado, 16.000 m 2 ,<br />
poderá ser encontrada uma grande diversidade de propostas, que vão desde os<br />
veículos pesados e ligeiros de mercadorias, com a representação da MAN, Scania,<br />
Iveco e Mercedes-Benz, entre outras, já confirma<strong>das</strong>. Haverá ainda um espaço<br />
dedicado ao motorista, com atividades lúdicas associa<strong>das</strong> à profissão. Destaque<br />
para os simuladores de condução defensiva, que os motoristas poderão testar. No<br />
recinto da feira, haverá lugar para um auditório, com várias atividades paralelas<br />
já agenda<strong>das</strong>, com empresas que encontram, assim, forma de chegar aos profissionais,<br />
debatendo assuntos pertinentes relacionados com o setor. Em paralelo,<br />
no Pavilhão 1, decorrerá, no dia 16 de março, o 2.º Congresso Nacional da ANTP e<br />
ainda as comemorações do 11.º aniversário da associação.<br />
NelsonTripa_II.pdf 1 22/02/19 11:06<br />
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Visite-nos no Facebook<br />
Como evitar um serviço deficiente<br />
de atendimento ao cliente<br />
Um bom serviço de atendimento ao cliente é fundamental para o funcionamento tranquilo de<br />
qualquer negócio ou empresa. Como cliente, é mais provável que se sinta satisfeito e mais disposto<br />
a regressar se o serviço prestado, além de amigável, tiver sido também eficiente. É fácil arruinar um<br />
bom serviço de atendimento ao cliente quando o negócio está sob pressão para gerar dinheiro e<br />
sobreviver, mas a sua contínua rentabilidade depende disso mesmo. Não deixe de prestar um bom<br />
serviço ao cliente. Terá de mantê-lo consistente para que os seus clientes regressem e para manter<br />
negócio forte. Aqui estão alguns dos sintomas de um serviço de atendimento ao cliente deficiente<br />
e algumas dicas de como evitá-los.<br />
Atendimento lento<br />
Garantir que a sua equipa é afável na receção dos clientes é, possivelmente, o elemento mais fácil<br />
de implementar num bom serviço de atendimento ao cliente. Dar uma resposta lenta aos visitantes<br />
é um mau começo, nem que seja pelo facto de o seu cliente estar, muito provavelmente, também<br />
sob pressão. Os veículos chegam à oficina por volta da mesma hora em que os clientes deixam os<br />
filhos na escola ou vão para o trabalho e têm pouco tempo. Para o cliente, passar um dia sem o<br />
automóvel não só é stressante como pode ser um pesadelo logístico – antes sequer de pensar no custo.<br />
Atendimento deficiente<br />
Um atendimento pouco amigável também corresponde a um mau começo. Um cumprimento afável<br />
e um sorriso aliviam qualquer tensão e deixam o cliente à-vontade. Desta forma, será mais fácil e<br />
rápido lidar com o cliente, mas também promove a confiança no seu serviço e na sua empresa. Este<br />
aspeto é especialmente importante para os clientes que conduzem há pouco tempo ou que têm<br />
poucos conhecimentos sobre mecânica – para eles, visitar uma oficina pode ser uma experiência<br />
intimidadora. É importante deixar os clientes à-vontade e dar provas de que se preocupa com o problema<br />
deles, mesmo que seja algo menor ou insignificante. É importante fazer isso sem ser arrogante.<br />
Oficina desarrumada<br />
Uma zona de receção suja, com copos de café usados por todo o lado e os funcionários a navegar no<br />
Twitter, nunca irá inspirar confiança. Embora não deva julgar um livro pela capa, somos igualmente<br />
culpados por basear as nossas primeiras impressões na aparência. Portanto, manter a sua oficina<br />
arrumada e o pessoal organizado é algo simples, mas fundamental para a opinião que as pessoas<br />
têm sobre si e sobre o seu trabalho. Embora possa estar condicionado por alguns aspetos relacionados<br />
com a estrutura física do edifício onde trabalha, quase sempre podem ser feitas melhorias.<br />
Às vezes, algo como um pouco de tinta, algumas cadeiras confortáveis e uma pilha de revistas<br />
decentes é suficiente para encorajar um cliente a acreditar que o estabelecimento é de confiança.<br />
Os clientes ficam sempre à espera<br />
Se os clientes ligarem e forem informados de que o veículo não está pronto, isso é um sinal de que<br />
está a prometer tempos de entrega impossíveis ou está a trabalhar de maneira ineficiente. Seja<br />
como for, é um mau sinal. A velocidade é uma parte essencial de qualquer serviço, não só porque<br />
significa que o cliente vai perder menos tempo, mas também porque significa que pode receber<br />
mais clientes num dia de trabalho, o que irá maximizar os seus lucros. Não trabalhe demasiado<br />
rápido, ao ponto de ter de cortar nos custos ou aumentar o risco de erros. É importante que encontre<br />
o equilíbrio certo para si e para a sua empresa, já que este pode ser um fator importantíssimo para<br />
a opinião dos clientes. Assegure-se de que a sua equipa é experiente e rigorosa, a fim de fornecer<br />
um serviço rápido e de alta qualidade.<br />
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Para saber mais sobre este tema, consulte o site: www.trwaftermarket.com/original-workshops/pt<br />
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GiPA tem novo CEO desde o passado dia 1 de janeiro<br />
O diretor-geral da GiPA Espanha, Fernando Lopez, foi nomeado diretor executivo da GiPA, com efeito desde o<br />
passado dia 1 de janeiro. Fernando Lopez é, agora, responsável por todos os países onde a GiPA está presente,<br />
desenvolvendo estudos para o mercado do pós-venda automóvel. Tendo a seu cargo três departamentos comerciais<br />
organizados geograficamente (América, EMEA e Ásia), o responsável irá liderar o crescimento dos negócios com<br />
a ajuda dos gerentes gerais locais, reportando, diretamente, ao presidente do Grupo GiPA, Eric Devos. Fernando<br />
Lopez, de 48 anos, juntou-se ao Grupo GiPA há 14 anos, depois de ter passado toda a sua carreira no mercado do<br />
pós-venda automóvel, desempenhando funções em empresas como Tenneco, Valeo e Schaeffler. A nomeação<br />
de Fernando Lopez como CEO da GiPA é um passo determinante para levar o negócio internacional a um nível<br />
superior e impulsionar o crescimento do Grupo GiPA nos próximos anos.<br />
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Aplicação móvel da KYB<br />
tem novas funcionalidades<br />
A KYB Europe adicionou novas características à sua popular app,<br />
concebida para ajudar os profissionais do setor a identificar, de<br />
forma eficaz, a necessidade de substituir a suspensão. Apresenta<strong>das</strong><br />
em setembro do ano passado, na Automechanika Frankfurt, as<br />
novas funcionalidades da aplicação móvel da KYB Europe estão,<br />
agora, disponíveis para todos os utilizadores. Atendendo às sugestões<br />
dos atuais utilizadores da aplicação, existe possibilidade<br />
de incluir mais de uma fotografia nos relatórios do veículo que<br />
são enviados aos condutores. O que se revela particularmente útil<br />
quando é necessário substituir mais do que um componente. Os<br />
profissionais podem selecionar uma imagem da galeria de fotos<br />
do dispositivo ou tirar uma foto diretamente a partir da aplicação.<br />
Além disso, agora é possível personalizar as mensagens que são<br />
envia<strong>das</strong> aos condutores, existindo uma opção para que os técnicos<br />
assinem os relatórios dos veículos com seus nomes e fotos,<br />
caso assim o desejem.<br />
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2019 I Março
56<br />
NOTÍCIAS<br />
Empresas<br />
Autopeças Cab passa<br />
a vender baterias Comline<br />
Devido ao enorme sucesso que a marca Comline tem conquistado<br />
junto dos clientes da Autopeças Cab, a empresa<br />
decidiu introduzir a gama de baterias Comline nas suas<br />
lojas. As baterias da Comline são conheci<strong>das</strong> na Europa<br />
por terem uma excelente qualidade, uma boa imagem<br />
de apresentação ao cliente e um preço bastante competitivo<br />
no mercado português. Nos próximos tempos, vão<br />
existir mais novidades de novas gamas deste fornecedor<br />
na Autopeças Cab.<br />
LIQUI MOLY chega à Fórmula 1<br />
A marca alemã fará publicidade ao longo <strong>das</strong> pistas de 11 corri<strong>das</strong>, sendo uma <strong>das</strong> poucas marcas a<br />
conseguir este feito. O Grande Prémio do Bahrein, que se realiza a 31 de março, assinalará a grande<br />
estreia da LIQUI MOLY na prova rainha do desporto motorizado. “A Fórmula 1 e a LIQUI MOLY fazem<br />
uma boa equipa, porque o que lhes interessa são desempenhos máximos ao mais alto nível”, refere<br />
Ernst Prost. A Fórmula 1 não é terreno desconhecido para a marca alemã de lubrificantes e aditivos.<br />
Na década de 2000, a LIQUI MOLY já tinha apostado uma vez com a equipa da Jordan. E até levou o<br />
nome de Portugal pelas pistas da Fórmula 1, com Tiago Monteiro aos comandos. “O objetivo da publicidade<br />
na Fórmula 1 é aumentar o reconhecimento da nossa marca. Os óleos e aditivos ‘escondem-se’<br />
nas profundezas dos motores. Não são produtos que os automobilistas veem todos os dias, olhando<br />
para eles com satisfação. Por isso, é que a visibilidade da marca é tão importante para a LIQUI MOLY.<br />
Uma qualidade máxima não é muito útil quando ninguém a conhece e não sabe quais são as suas<br />
vantagens”, explica Ernst Prost.<br />
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Mantemos o seu negócio em movimento!<br />
Confiança<br />
GS Yuasa patrocina<br />
equipa Repsol Honda no MotoGP<br />
Patrocinadora da equipa Repsol Honda na categoria mais alta do motociclismo, a GS<br />
Yuasa não faltou à apresentação da equipa composta pelos pilotos Marc Márquez e<br />
Jorge Lorenzo. É com grande expectativa que se tem assistido ao trabalho da nova<br />
equipa Repsol Honda, que terá novamente nas suas fileiras o atual campeão de<br />
MotoGP Marc Márquez e o seu novo parceiro, Jorge Lorenzo. Entre os dois pilotos<br />
espanhóis, somam-se já oito títulos mundiais, que podem aumentar este ano. A<br />
apresentação coincidiu com a comemoração do 25.° aniversário da equipa Honda<br />
Repsol, consolidando-se como a melhor da história do motociclismo. A GS Yuasa,<br />
que patrocinará a equipa campeã por mais um ano, deseja toda a sorte do mundo<br />
e faz votos do maior sucesso. E fá-lo com a intenção de continuar a bater recordes<br />
de vitórias em Grandes Prémios e títulos conquistados.<br />
Março I 2019
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58<br />
NOTÍCIAS<br />
Empresas<br />
Grupo LD Auto expandiu<br />
localização para o Porto...<br />
No seguimento da estratégia adotada pelo grupo, a LD Auto abriu, no dia 1 de fevereiro,<br />
as portas da sua nova oficina localizada na cidade do Porto, mais concretamente<br />
na zona industrial. A empresa inicia a sua ação na Invicta como oficina multimarca<br />
Bosch Car Service mas tem como objetivo, a curto prazo, estender a sua atividade ao<br />
serviço de reparação Diesel e limpeza de filtros de partículas, à semelhança do que<br />
já existe na sua sede. Este investimento irá permitir, não só, estar mais próximo dos<br />
clientes como, também, responder, de forma mais célere, aos serviços solicitados pelos<br />
mesmos. Neste espaço, encontrar-se-á ainda disponível em stock diversos produtos<br />
reconstruídos (injeção, turbos e filtros de partículas), que, por seu turno, permitirão<br />
melhorar os timings de entrega a clientes e parceiros.<br />
... e realizou workshop no Funchal<br />
No passado mês de fevereiro, a LD Auto reuniu, no Funchal, vários parceiros<br />
técnicos para um workshop. Esta ação contou com cerca de meia centena de<br />
participantes e abordou diversos temas, como a injeção Diesel, turbos, caixas<br />
de velocidade, filtros de partículas e veículos híbridos e elétricos. Contou<br />
ainda com a participação do seu parceiro de lubrificantes Spinerg - Shell,<br />
onde foi explicada a importância da utilização dos lubrificantes de motor<br />
adequados para cada marca. Teve como objetivo passar conhecimento de<br />
soluções a vários problemas e dificuldades expostas pelos seus clientes e<br />
que surgem no seu dia a dia.<br />
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NOTÍCIAS<br />
Empresas<br />
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Valeo anunciou lançamento da Tech @ssist<br />
O grupo está a otimizar a tarefa dos profissionais da manutenção e reparação automóvel com<br />
o lançamento de novos serviços técnicos e digitais. Que têm estes serviços de tão especiais? É a<br />
pergunta que se impõe. Foram projetados para e em colaboração com retalhistas e mecânicos.<br />
Além de 600 entrevistas efetua<strong>das</strong> em sete países (Brasil, China, França, Alemanha, Índia, Espanha<br />
e Reino Unido), a Valeo está a anunciar o lançamento da Valeo Tech @ssist, uma nova plataforma<br />
web que oferece acesso livre a toda a informação técnica em apenas dois cliques. Graças ao Valeo<br />
Tech @ssist, facilmente acessível a partir da Valeo Service Web, encontrar a referência correta<br />
para o produto Valeo nunca foi tão rápido ou intuitivo. Recorrendo ao banco de dados TecDoc,<br />
os profissionais do pós-venda podem encontrar os detalhes do produto Valeo com facilidade,<br />
incluindo recursos técnicos, informações de compatibilidade do fabricante e imagens do produto.<br />
Novo centro de informação TRW<br />
dedicado às oficinas<br />
Tendo como protagonista Rui Almeida, proprietário e gestor da oficina de<br />
reparação A.H. Almeida, na Bobadela, a TRW lançou o seu novo centro de #OFI-<br />
CINASORIGINAIS, uma plataforma de conselhos úteis, dicas, blogues, vídeos e<br />
muito mais, para ajudar as oficinas a prestar os melhores serviços. Para a TRW,<br />
as oficinas devem desenvolver uma posição diferenciada no mercado atual<br />
para satisfazer as exigências dos novos clientes, cujas expectativas são cada<br />
vez maiores, devido aos avanços tecnológicos, globalização, transparência dos<br />
preços e ven<strong>das</strong> online.<br />
Além disso, existem várias tendências que afetam o crescimento. Por exemplo,<br />
a consolidação dos distribuidores e o aumento dos veículos elétricos. Também<br />
é claro que, atualmente, as oficinas têm de ter uma forma de trabalho mais<br />
inteligente, criando uma posição distinta para se diferenciarem e, assim, suportarem<br />
um crescimento sustentável e garantirem o seu sucesso no futuro.<br />
Nesse sentido, a marca TRW, da ZF Aftermarket, direcionou a próxima fase da sua<br />
campanha multimédia “Verdadeiros Originais”, sob o nome “<strong>Oficinas</strong> Originais”,<br />
para as oficinas. O lançamento de uma nova plataforma de informação online<br />
dá a conhecer oficinas inovadoras a nível global, oferece recursos úteis e, com<br />
base em estudos recentes que destacam o quão prejudicial um fraco serviço<br />
ao cliente pode ser para um negócio, apresenta esta mensagem essencial às<br />
oficinas, para garantir que estão na linha da frente.<br />
“Com o aumento da tecnologia e do poder de compra, impulsionado pelas<br />
ven<strong>das</strong> online, o cliente global espera que as suas exigências sejam satisfeitas<br />
ininterruptamente. Não cumprir este requisito já não é aceitável e terá um impacto<br />
negativo no negócio. Se o cliente não obtiver o que pretende, quando<br />
pretende, da forma certa e com o preço adequado, irá a outro sítio. E, de acordo<br />
com as estatísticas, é pouco provável que esse cliente regresse”, explica Pedro<br />
Díaz, country sales manager da ZF Aftermarket em Portugal.<br />
TEM APOSTADO NAS MARCAS<br />
CERTAS DE TRAVAGEM?<br />
DISCOS<br />
PASTILHAS<br />
Março I 2019<br />
CAMPANHA DE MARÇO ´19<br />
AZ Auto alarga oferta<br />
com a integração da ASHIKA<br />
O mês fevereiro marca mais um passo na estratégia da AZ Auto, com a integração da ASHIKA.<br />
A ASHIKA é uma marca especialista em peças para veículos asiáticos, embora disponha já de<br />
uma oferta também bastante completa e de qualidade para veículos europeus. Esta marca<br />
dispõe de uma gama alargada que promete completar o arsenal dos retalhistas na satisfação<br />
<strong>das</strong> necessidades dos seus clientes. Com esta integração, a AZ Auto continua a afirmar a sua<br />
posição enquanto “Especialista de referência”.
NOTÍCIAS PRODUTO<br />
62<br />
Valvoline reforça oferta<br />
com novo Gear Oil 75W<br />
A Krautli Portugal, Lda., representante da marca de lubrificantes<br />
e produtos químicos Valvoline, já tem disponível na sua rede<br />
oficial o novo Gear Oil 75W. Excelente proteção e lubrificação<br />
<strong>das</strong> caixas de velocidade manuais, numa ampla faixa de<br />
temperatura. São estas as principais virtudes do novo Gear<br />
Oil 75W da Valvoline. Adequado para caixas de velocidade<br />
manuais de veículos ligeiros de passageiros, sempre que o<br />
fabricante recomenda um óleo de transmissão GL-4 com<br />
uma viscosidade SAE 75W, este novo óleo anuncia elevada<br />
proteção contra desgaste em condições de trabalho extremas.<br />
Formulado com óleos de base sintética e um conjunto<br />
de aditivos altamente desenvolvidos que evitam rutura do<br />
firme, mesmo após uso prolongado, o novo Gear Oil 75W<br />
oferece, de acordo com a Valvoline, representada pela Krautli<br />
Portugal, excelentes propriedades de temperatura e viscosidade,<br />
mesmo a temperaturas muito baixas.<br />
Japanparts Group disponibiliza correia de acessórios<br />
Com uma cobertura de 96% do parque circulante, o Japanparts Group, no conjunto <strong>das</strong> marcas<br />
Japanparts, Ashika e Japko, dispõe de uma gama com mais de 1.000 referências disponíveis para<br />
veículos asiáticos, europeus e americanos. Entre a vasta oferta do grupo italiano, encontra-se a correia<br />
de acessórios, que transmite a rotação da polia da cambota às polias dos vários acessórios auxiliares.<br />
É a correia de acessórios que movimenta o compressor de ar condicionado, bem como o alternador<br />
e, em muitos veículos, a bomba de direção e a bomba de água. Caso a correia de acessórios esteja<br />
danificada, o funcionamento dos componentes referidos é afetado, o que pode resultar em danos<br />
muito graves. Normalmente, a correia de acessórios é um componente único. No entanto, existem<br />
alguns veículos equipados com diversas correias para diversos acionamentos de acessórios. De acordo<br />
com o Japanparts Group, a correia de acessórios deve ser inspecionada com atenção, pelo menos, uma<br />
vez por ano após o automóvel ter atingido quatro anos de idade, a fim de verificar as suas condições<br />
e a eventual necessidade de substituição antecipada. Esta indicação é, contudo, frequentemente<br />
omitida pelos construtores de automóveis.<br />
KROFtools com novidades<br />
em toda a linha<br />
Lançamento do Catálogo 2019 e da campanha válida até dia 30 de abril dominam<br />
este arranque de ano para a marca de ferramentas profissionais. Constituído por<br />
nada menos do que 264 páginas, o Catálogo 2019 K19, elaborado em português<br />
e espanhol, apresenta índices, características de produtos e fotografias dos inúmeros<br />
artigos que compõem a oferta da KROFtools. Já a campanha lançada pela<br />
marca de ferramentas profissionais, designada KROFACTION 01 2019, está válida<br />
até dia 30 de abril e inclui, entre outros, os seguintes produtos: macaco de ro<strong>das</strong><br />
2T em alumínio; gambiarra de bolso 2W COB 3 SMD bateria; jogo de cinco peças<br />
extratores de rótulas; sortido anilhas de cobre injetores com 551 peças.<br />
Merpecas.pdf 1 18/10/18 14:57<br />
PCC tem campanha para filtros de cabines de pintura<br />
A empresa especialista em equipamento oficinal tem em curso uma campanha para filtros de solo<br />
da cabine de pintura. São vários os fatores que influenciam o desempenho de uma cabine de pintura.<br />
Um filtro de cabine descuidado pode danificar um trabalho de repintura. Como tal, é necessário<br />
examinar o estado dos filtros com alguma regularidade, substituindo-os quando necessário. Só assim<br />
é possível extrair o máximo rendimento do equipamento. As cabines de pintura são compostas por<br />
diferentes tipos de filtros, que desempenham múltiplas funções. A saber: filtro do teto (utilizado para<br />
distribuição uniforme de ar e para não causar depressão na cabine); filtro de solo (utilizado para não<br />
produzir pressão no interior da cabine); pré-filtro (utilizado para impedir a infiltração de impurezas/<br />
partículas de tinta na zona dos ventiladores). A PCC está a anunciar uma campanha fantástica para os<br />
filtros de solo da cabine de pintura. Mais informações, podem ser obti<strong>das</strong> pelo email geral@pcc-lda.pt.<br />
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Março I 2019<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
Conduz a tua vida:<br />
Tem presente a energia Tudor
64<br />
NOTÍCIAS<br />
Produto<br />
Novas soluções TEXA<br />
para calibração de sensores<br />
A TEXA apresentou o RCCS (Radar and Camera Calibration System), estrutura polivalente multimarca<br />
para calibração de radar e câmaras. Trata-se de um sistema modular, compatível com todos os<br />
painéis TEXA, com a possibilidade de escolher apenas aqueles que são necessários. Dispõe ainda<br />
de diversos fatores que facilitam o posicionamento preciso em relação ao veículo, ro<strong>das</strong> giratórias,<br />
garras autocentrantes com apontadores laser e escala graduada, regulável eletricamente em<br />
altura, nível eletrónico e medidor de distância eletrónico. Outra <strong>das</strong> novidades é o CCS (Camera<br />
Calibration System), um kit multimarca para a calibração de câmaras, simples de usar, manusear<br />
e de fácil transporte, perfeito para quem não pode disponibilizar, de forma permanente, uma<br />
área da oficina, dedicada apenas à execução de operações de calibração de câmaras, dado que,<br />
depois de concluído o trabalho, em um ou mais veículos, toda a estrutura pode ser desmontada.<br />
Motormáquina disponibiliza<br />
Guincho Terrafirma A12000<br />
A empresa especialista em Land Rover, peças e acessórios 4x4 tem novamente<br />
disponível em stock o Guincho A12000 da Terrafirma, que incorpora to<strong>das</strong> as<br />
características necessárias quer para uma utilização comercial de lazer quer<br />
para competição todo-o-terreno. O novo guincho Terrafirma que a Motormáquina<br />
comercializa tem um potente motor de 12 Volt com 6 HP, combinando<br />
uma caixa de engrenagens silenciosa com três planetários. A força de arrasto<br />
é 12.000 libras, ou seja, 5.443 kg. O conjunto é fornecido com cabo sintético<br />
de 24 metros, que tem 11 mm de espessura, e comando remoto, bem como com<br />
o tradicional comando de cabo. O guincho é discreto, pois vem lacado num<br />
preto mate. Inclui a caixa de solenóides na mesma cor, que pode ser montada<br />
à parte com dois LED que indicam quando está o guincho operacional. Este está<br />
preparado para ser fixado às furações standard de suportes ou para-choques.<br />
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NOTÍCIAS<br />
Produto<br />
Amalie lança nova gama de lubrificantes<br />
A Amalie Petroquímica, multinacional norte-americana de lubrificantes petrolíferos, decidiu<br />
expandir a sua oferta para responder à estratégia de crescimento e melhoria da empresa,<br />
bem como à elevada procura do mercado, com o lançamento de sua linha de aditivos APSA<br />
Additives. Os aditivos para motores Diesel ou gasolina são soluções químicas de manutenção e<br />
reparação para o setor automóvel, cujo objetivo é realizar uma limpeza de injeção e do turbo.<br />
Isto permite reduzir o consumo de combustível e a emissão de gases. APSA Additives evita<br />
falhas, solavancos, perda de potência do motor e evita fugas do sistema de arrefecimento.<br />
Atualmente, a Amalie oferece mais de 350 referências, cobrindo uma ampla gama de óleos<br />
para motores a gasolina e Diesel para automóveis, máquinas agrícolas, caixas de velocidade<br />
e diferenciais, lubrificantes de transmissão, fluidos hidráulicos, óleos brancos e vaselina.<br />
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Através da identificação e alinhamento de to<strong>das</strong><br />
as traduções antigas do parceiro JABA, é criada<br />
uma base de dados que permite detetar to<strong>das</strong> as<br />
repetições em novos projetos e baixar consideravelmente<br />
o valor final do documento, mantendo<br />
a terminilogia e o estilo de comunicação já<br />
existentes. Um programa criado a pensar em si!<br />
Grupo TRUSTAUTO<br />
apresenta embraiagens KAWE<br />
Empresa familiar de fabricação e comércio, especializada em tecnologia de fricção e embraiagem,<br />
a KAWE é uma <strong>das</strong> marcas exclusivas do grupo liderado por Ricardo Ribeiro. Fundada<br />
em Raalte, na Holanda, no ano de 1970, a KAWE, uma <strong>das</strong> marcas exclusivas do Grupo<br />
TRUSTAUTO, é líder no desenvolvimento, produção e distribuição de materiais de fricção,<br />
nomeadamente travões. No decorrer desse período, a KAWE conquistou uma reputação a<br />
nível mundial. Sendo a qualidade o mais elevado dos valores que norteiam a sua atividade,<br />
o processo total de Controlo de Qualidade (QC) de que dispõe permite-lhe desenvolver, produzir<br />
e distribuir produtos que atendem ou até excedem os padrões de qualidade europeus<br />
de equipamento original. A KAWE conta com uma vasta oferta, de forma a dar resposta aos<br />
seus parceiros a nível mundial. O catálogo de embraiagens abrange automóveis ligeiros,<br />
veículos comerciais, camiões, autocarros, setores agrícola/industrial e tratores. Os produtos<br />
KAWE gozam, atualmente, de uma reputação de excelência no aftermarket profissional. Na<br />
base deste sucesso, está o compromisso e a experiência, que são utilizados para produzir<br />
uma oferta bastante extensa (mais de 1.500 referências e cobertura de 95% do parque automóvel<br />
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3ª EDIÇÃO<br />
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68<br />
CARROScomHISTÓRIA<br />
Porsche 911<br />
“Born to race”<br />
Quando o tema são automóveis de corrida, Porsche é, sem dúvida, a primeira marca que nos vem à cabeça,<br />
seguida de 911<br />
Por: João Paulo Lima<br />
Uma sequência de três algarismos<br />
que surge depois de uma troca<br />
forçada pela marca Peugeot, que<br />
reclamara, pelo menos em França, os direitos<br />
de designar os seus modelos com<br />
sequências de três algarismos com um zero<br />
pelo meio. A Porsche, para evitar sanções,<br />
resolveu passar o zero para um, rebatizando<br />
o seu modelo de 911.<br />
O sucessor do não menos brilhante 365<br />
esteve para se chamar 901. O 911 foi um<br />
modelo que herdou muito do seu antecessor<br />
e este do modelo que lhe serviu<br />
de base, o VW Carocha. Antes do 911, com<br />
motores de quatro cilindros idênticos aos<br />
utilizados nos modelos 365 e no VW Carocha,<br />
surgiram, já na carroçaria do 911, os<br />
modelos 912.<br />
Para se perceber melhor as razões do<br />
incontornável sucesso deste automóvel, é<br />
importante conhecer como funcionavam as<br />
coisas na altura. A Porsche foi, durante muito<br />
tempo, uma empresa pequena. Quase um<br />
projeto familiar. Produzia, exclusivamente,<br />
um modelo apenas. No final dos anos 50, o<br />
único modelo produzido que era descendente<br />
direto do VW Carocha encontrava-se<br />
obsoleto. Havia necessidade de substitui-lo<br />
e de manter a empresa em funcionamento.<br />
O 911 surge com o peso dessa responsabilidade.<br />
Depois de alguns protótipos, como o<br />
695 T7 de 1960, que deu origem ao produto<br />
final, em 1963, no Salão de Frankfurt, foi<br />
apresentado, com grande sucesso, o primeiro<br />
911. Carregava muito <strong>das</strong> suas origens<br />
do VW Carocha, características que, ao longo<br />
dos tempos, passaram a tornar-se problemas.<br />
A colocação do motor atrás <strong>das</strong> ro<strong>das</strong><br />
traseiras, oriunda do VW, tornou-se num<br />
quebra-cabeças para os fabricantes. Estes,<br />
vinculados à árvore genealógica do modelo<br />
e receando críticas dos mais conservadores,<br />
nunca ousaram alterar nada para algo<br />
mais sensato em benefício da estabilidade<br />
e da dinâmica. Em alternativa, muitas soluções<br />
foram desenvolvi<strong>das</strong> para continuar<br />
a manter o veículo colado à estrada num<br />
galopar crescente de potência, modelo após<br />
modelo. Do alargamento <strong>das</strong> vias traseiras<br />
à tração integral, tudo foi desenvolvido para<br />
manter o 911 como Ferdinand o desenhou<br />
pela primeira vez. Nenhum desequilíbrio<br />
pendular do motor em curva poderá causar<br />
maior instabilidade do que aquela produzida<br />
pelo desaparecimento da lenda.<br />
Outro passo sério foi a substituição da<br />
refrigeração de ar para líquido. Durante<br />
três déca<strong>das</strong>, a Porsche manteve uma refrigeração<br />
no 911 pertencente à história<br />
da maior parte dos automóveis. O primeiro<br />
911 com refrigeração a líquido foi o 996,<br />
muito criticado pelos puristas, pela sua<br />
semelhança com o modelo mais económico<br />
da gama: o Boxster. A marca, para lá<br />
de outras razões, apontou contenção de<br />
custos, uma justificação que deixou clientes<br />
incrédulos atendendo ao segmento<br />
do produto. Porém, outras características<br />
foram e continuam a ser inalteráveis.<br />
A disposição dos cilindros, uma característica<br />
que remonta à “arrumação” do<br />
motor. Adolfo Hitler exigiu que o modelo<br />
encomendado a Ferdinand Porsche tivesse<br />
espaço para ocupantes e carga, levando<br />
Porsche a “empurrar” o motor do projeto<br />
para a retaguarda e refrigerá-lo a ar para<br />
cumprir requisitos. No meio disto tudo, as<br />
condicionantes forçaram à escolha de um<br />
propulsor bastante interessante a nível da<br />
volumetria, equilíbrio, dinâmica e baixa<br />
resistência interna, que tem vindo a motorizar<br />
o 911 há mais de cinco déca<strong>das</strong>. As<br />
performances começaram com 2,0 litros de<br />
130 cv, 210 km/h e estão, presentemente,<br />
em 3,0 litros de 450 cv e mais de 300 km/h.<br />
A Porsche evoluiu o seu 911, atravessando,<br />
com ele, quase to<strong>das</strong> as “mo<strong>das</strong>”. Mas<br />
sempre fiel ao espírito inicial do projeto:<br />
a competição. Durante déca<strong>das</strong>, nas mais<br />
diversas linhas de partida, estiveram presentes<br />
vários 911, representando, bem ou<br />
mal, o espírito desportivo deste modelo. ✱<br />
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2019 I Março
70<br />
TÉCNICA&SERVIÇO<br />
Cor e brilho<br />
Qualidades<br />
fundamentais<br />
A cor e o brilho são duas qualidades fundamentais<br />
para avaliar o acabamento ou a aparência, tanto<br />
para os fabricantes de automóveis como para os<br />
proprietários dos mesmos<br />
A<br />
cor e o brilho da pintura de um<br />
veículo determinam a qualidade<br />
do seu acabamento. Qualquer<br />
diferença de cor ou problema no acabamento,<br />
é sinónimo de fraca qualidade nos<br />
produtos utilizados ou nos processos de<br />
pintura. Por este motivo, tanto no fabrico<br />
do veículo com as pinturas de origem,<br />
como na reparação com as pinturas de<br />
retoque ou repinturas, realiza-se uma série<br />
de ensaios e medições com o objetivo<br />
de garantir a qualidade do acabamento.<br />
A pintura de acabamento deve cumprir<br />
uma função técnica quanto à proteção<br />
contra agressões ou fatores externos,<br />
como a radiação ultravioleta, a humidade<br />
e os impactos de pedras, por exemplo.<br />
E deve ter uma função estética no que<br />
respeita ao facto de proporcionar brilho e<br />
cor à carroçaria para torná-la mais atrativa.<br />
1<br />
2<br />
n FATORES QUE AFETAM A COR<br />
E O BRILHO DO ACABAMENTO<br />
Durante o processo de pintura na oficina,<br />
a cor e o brilho que se obtêm após<br />
a secagem dependerão de uma série de<br />
fatores, tais como:<br />
Produtos utilizados: a qualidade dos<br />
produtos utilizados, juntamente com o<br />
tipo de endurecedores e diluentes usados,<br />
influenciam a aparência final obtida.<br />
Qualidades como a cobertura <strong>das</strong> bases<br />
bicamada ou o brilho e a extensibilidade<br />
do verniz, devem ter-se em conta.<br />
Ferramentas e equipamentos: as<br />
pistolas aerográficas (híbrida, HVLP, de<br />
pressão), o equipamento de secagem<br />
(cabina, infravermelhos) e as ferramentas<br />
de cor de marca (catálogos de cores<br />
padrão, espectrofotómetro, software) são<br />
fatores que afetam a cor e o brilho que<br />
se conseguem.<br />
Processo de trabalho: os parâmetros de<br />
ajuste <strong>das</strong> pistolas aerográficas (pressão,<br />
fluxo e quantidade de tinta), a preparação<br />
do fundo, a distância da pistola ao<br />
suporte, as demãos aplica<strong>das</strong>, os tempos<br />
de evaporação entre demãos e antes da<br />
secagem, a demão de controlo nas cores<br />
metaliza<strong>das</strong> ou perola<strong>das</strong>, a tonalidade do<br />
fundo, a aplicação de aparelho húmido<br />
sobre húmido ou lixável, o esbatimento<br />
da base bicamada ou do verniz, a identificação<br />
e preparação correta da base da cor,<br />
são fatores determinantes no resultado<br />
final a obter.<br />
Condições ambientais e de secagem: a<br />
humidade e a temperatura influenciam o<br />
processo de evaporação dos dissolventes<br />
e diluentes <strong>das</strong> tintas e o de secagem <strong>das</strong><br />
1 Amostra submetida a ensaio com<br />
gravilha 2 Superfície com riscos<br />
mesmas, afetando o acabamento obtido.<br />
Por outro lado, uma vez aplicada sobre<br />
o veículo, a pintura de acabamento está<br />
exposta a uma série de fatores ou agressões<br />
externas ao longo da sua vida útil<br />
que podem provocar danos na mesma.<br />
Consoante a sua origem, podem ser classifica<strong>das</strong><br />
da seguinte forma:<br />
Fator orgânico ou biológico: os insetos<br />
que ficam agarrados à pintura durante a<br />
circulação do veículo, os excrementos <strong>das</strong><br />
aves ou a resina <strong>das</strong> árvores, atacam o verniz<br />
sobre o qual se depositam, provocando<br />
descolorações e perda de brilho.<br />
Fator mecânico: Devido ao contacto de<br />
objetos com maior dureza do que o revestimento<br />
da pintura, estes penetram nesta,<br />
provocando a deterioração da mesma. Impactos<br />
de pedras ou de gravilha, riscos resultantes<br />
dos túneis de lavagem, panca<strong>das</strong><br />
ou encostos a outros veículos ou objetos<br />
provocam este tipo de danos.<br />
Fator industrial: a fuligem, o pó industrial,<br />
a chuva ácida ou os produtos químicos<br />
que podem entrar em contacto com<br />
o veículo (como o líquido da bateria, líquido<br />
dos travões, gasolina e gasóleo, por<br />
exemplo), conseguem atacar a pintura e<br />
provocar manchas, bolhas, fissuramento,<br />
descoloração, perda de brilho.<br />
Março I 2019<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
Colaboração<br />
Centro ZARAGOZA<br />
www.centro-zaragoza.com<br />
71<br />
1 Resultados da medição<br />
de brilho a 20º, 60º e<br />
85º numa superfície de<br />
alto brilho 2 Amostras<br />
submeti<strong>das</strong> a ensaio de<br />
envelhecimento<br />
1<br />
2<br />
Fator climatérico: a radiação ultravioleta,<br />
a elevada temperatura e humidade,<br />
as mudanças bruscas de temperatura (frio/<br />
calor) e o sal <strong>das</strong> estra<strong>das</strong> ou <strong>das</strong> zonas<br />
costeiras, podem provocar descolorações.<br />
n CONTROLO DE QUALIDADE<br />
Sob as mesmas condições ou fatores, as<br />
diferentes pinturas irão comportar-se de<br />
diferentes maneiras, dependendo <strong>das</strong> suas<br />
características. Consoante a sua proteção<br />
ultravioleta, dureza, resistência química,<br />
à humidade e aos impactos <strong>das</strong> pedras.<br />
Através de um controlo de qualidade<br />
<strong>das</strong> pinturas, a partir da realização de ensaios<br />
normalizados, podem avaliar-se as<br />
propriedades <strong>das</strong> pinturas: propriedades<br />
físicas, químicas, mecânicas, óticas e de<br />
durabilidade, quanto à resistência térmica,<br />
à humidade ou envelhecimento. Em vários<br />
destes ensaios, avalia-se o brilho e a cor<br />
como propriedades que poderão ter sido<br />
afeta<strong>das</strong> nos diferentes testes, comparando<br />
os valores iniciais com os finais.<br />
n MEDIÇÃO DO BRILHO<br />
O brilho é uma perceção visual que resulta<br />
da quantidade de luz que um objeto<br />
reflete. Quanto mais luz direta é refletida,<br />
mais brilho se nota. Em superfícies rugosas,<br />
a luz dispersa-se de forma difusa em to<strong>das</strong><br />
as direções (reflexão difusa), ao passo que<br />
em superfícies muito lisas, a luz incidente é<br />
diretamente refletida numa única direção,<br />
de modo que o ângulo de incidência é igual<br />
ao de reflexão (reflexão especular). Nestas<br />
superfícies de muito alto brilho, as imagens<br />
são refleti<strong>das</strong> com nitidez.<br />
O brilho é o principal parâmetro para<br />
medir o aspeto superficial. E, para a sua<br />
medição, são utilizados os brilhómetros,<br />
que medem a reflexão especular. Estes<br />
equipamentos enviam um feixe de luz de<br />
intensidade constante, com um ângulo<br />
fixo, sobre a superfície a medir e, a partir<br />
da quantidade de luz refletida do mesmo<br />
ângulo, calcula-se o brilho da superfície.<br />
A medição baseia-se na quantidade de<br />
luz refletida na superfície em relação ao<br />
padrão de referência de vidro preto, medida<br />
em unidades de brilho (UB, ou GU<br />
em inglês).<br />
O ângulo de incidência ou iluminação<br />
influencia, em grande medida, o resultado,<br />
podendo distinguir-se três tipos<br />
Brilho Valor de 60º Mede-se com<br />
Alto brilho > 70 Geometria 20º<br />
Meio brilho 10 até 70 Geometria 60º<br />
Brilho mate < 10 Geometria 85º<br />
ou categorias de brilho: alto brilho, meio<br />
brilho ou brilho mate, para as quais foram<br />
normaliza<strong>das</strong> três geometrias para a sua<br />
medição: 20º, 60º e 85º.<br />
Mas, para além do brilho, existem outras<br />
propriedades que se podem medir para<br />
completar a avaliação do aspeto superficial:<br />
Casca de laranja: duas superfícies<br />
podem ter valores iguais em termos de<br />
brilho, mas, visualmente, a qualidade do<br />
acabamento pode ser diferente, caso o<br />
acabamento apresente textura como<br />
“casca de laranja”. Nestes casos, os objetos<br />
refletidos veem-se desfocados e<br />
Medição de brilho a 20º, 60º e 85º<br />
85º<br />
60º<br />
20º<br />
distorcidos, não sendo nítidos.<br />
Haze: Reflexo de veladura ou névoa de<br />
brilho. As microestruturas que os acabamentos<br />
de alto brilho podem apresentar,<br />
fazem com que a luz se esbata, aparecendo<br />
halos em redor <strong>das</strong> fontes de luz refleti<strong>das</strong>.<br />
n MEDIÇÃO E AJUSTE DA COR<br />
Depois de termos abordado a importância<br />
que a cor e o brilho ou aparência têm na<br />
perceção da qualidade do acabamento, os<br />
fatores com influência nestas propriedades<br />
durante os processos de pintura e na vida<br />
útil do veículo e, por último, a metodologia<br />
e particularidades na medição do brilho,<br />
vamos, agora, explicar as características na<br />
medição e ajuste da cor de acabamento.<br />
A cor tem o potencial de tornar mais<br />
atrativo e diferenciar um produto de outro<br />
e, por isso, no automóvel, o acabamento<br />
desempenha um papel muito importante<br />
neste aspeto. Existe uma grande variedade<br />
de efeitos e variantes nas cores dos veículos,<br />
que proporcionam maior impacto visual.<br />
Além do mais, as cores e os diferentes acabamentos<br />
estão em constante evolução,<br />
sendo que, atualmente, os acabamentos<br />
de brilho com grande profundidade e as<br />
cores intensas estão a ganhar popularidade.<br />
Por outro lado, os acabamentos com<br />
efeitos especiais, como mate, tricamada<br />
perlados, vernizes coloridos, cores candy<br />
ou cores camaleónicas, são cores que têm<br />
uma boa aceitação nos compradores dos<br />
veículos mas que, por vezes, podem representar<br />
um desafio para a oficina. Na<br />
verdade, o ajuste destes acabamentos<br />
depende da habilidade e dos conhecimentos<br />
do pintor, para além da informação<br />
fornecida pelo fabricante de tinta refinish,<br />
que, por vezes, inclui produtos especiais<br />
e/ou um processo de pintura específico.<br />
n COLORÍSTICA: A PERCEÇÃO DA COR<br />
A cor é uma perceção sensorial, uma interpretação<br />
do nosso cérebro a partir da<br />
luz captada pelos nosso olhos. Luz que<br />
provém diretamente de fontes de luz (sol,<br />
fogo, lâmpa<strong>das</strong>) ou do reflexo dos objetos.<br />
Ou seja, a cor de um objeto é o resultado<br />
da combinação <strong>das</strong> propriedades do objeto,<br />
da luz que o ilumina e do olho que<br />
o observa. Isto explica que a perceção da<br />
cor varie de acordo com as pessoas e com<br />
a iluminação recebida pelo objeto.<br />
Quando um pintor compara visualmente<br />
a cor <strong>das</strong> peças adjacentes a pintar com<br />
o catálogo de cores padrão ou com a<br />
amostra pintada, deve saber identificar<br />
se existe uma diferença que implique a<br />
necessidade de retocar a cor, se através do<br />
esbatimento a pequena diferença ficará<br />
dissimulada ou se existe diretamente um<br />
bom ajuste entre ambas. E para definir<br />
Casca de laranja<br />
qual é a diferença ou desvio entre as duas<br />
cores para poder retocar a cor e alterá-la<br />
conforme pretendido, o pintor deverá ter<br />
conhecimentos no âmbito da colorística<br />
e da colorimetria.<br />
n COLORIMETRIA: A MEDIÇÃO DA COR<br />
A colorimetria é a ciência que estuda a<br />
intensidade <strong>das</strong> cores e desenvolve métodos<br />
para a quantificação da perceção<br />
visual da cor. Ou seja, trata de transformar<br />
as “sensações” da perceção da cor em “valores<br />
numéricos” com base na quantidade<br />
de luz refletida por um objeto. Por conseguinte,<br />
tornando possível medir, comparar<br />
e reproduzir as cores. Isto é possível<br />
através do uso de instrumentos utilizados<br />
na medição <strong>das</strong> cores, os colorímetros e<br />
os espectrofotómetros. De entre os dois,<br />
o espectrofotómetro é mais preciso e<br />
proporciona mais informação, pelo que<br />
é o equipamento utilizado na indústria<br />
automóvel. E, dentro dos espectrofotó-<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />
2019 I Março
72<br />
TÉCNICA&SERVIÇO<br />
Cor e brilho<br />
O pintor deve ter conhecimentos no âmbito da colorística e da colorimetria<br />
metros, que podem ser com geometria de<br />
esfera difusa d/8º, com geometria 0º/45º<br />
ou multiangular. São estes últimos os mais<br />
utilizados na medição dos acabamentos<br />
na carroçaria do veículo. Isto deve-se ao<br />
facto de, atualmente, uma elevada percentagem<br />
<strong>das</strong> cores utiliza<strong>das</strong> no setor<br />
automóvel incluir acabamentos com<br />
efeito, com pigmentos metalizados ou<br />
perlados. E a alteração da luminosidade e,<br />
inclusivamente, da cor pode ser observada<br />
em diferentes ângulos de observação.<br />
n ESPECTROFOTÓMETRO:<br />
FERRAMENTA DE COR<br />
Hoje em dia, grande parte dos fabricantes<br />
de tinta de repintura ou refinish<br />
dispõem de espectrofotómetro como<br />
uma <strong>das</strong> ferramentas de cor para facilitar<br />
ao pintor a tarefa de ajuste da cor. Este<br />
equipamento será cada vez mais habitual<br />
nas oficinas e acabará por substituir por<br />
completo os catálogos de cores padrão,<br />
algo que já acontece em algumas oficinas.<br />
As diferentes marcas de repintura<br />
colocam à disposição <strong>das</strong> oficinas os<br />
seus equipamentos de medição, os espectrofotómetros,<br />
entre os quais existem<br />
algumas diferenças. Por exemplo, segundo<br />
disponham de cinco ângulos de medição<br />
(15º/25º/45º/75º/110º, geralmente),três<br />
ângulos, o que é mais habitual atualmente<br />
(15º ou 25º, 45º e 75º ou 110º), podem<br />
incluir o de -15º, por detrás do brilho,<br />
para a medição adicional de cor no caso<br />
de pigmentos tipo colorstream ou cores<br />
camaleónicas e, inclusivamente, podem<br />
incluir outros ângulos adicionais (fora<br />
do plano). Também há espectrofotómetros<br />
que para caracterizar a partícula de<br />
efeito têm capacidade para quantificar<br />
o fenómeno do efeito “sparkling-cintilação”<br />
(sob luz direta e segundo o ângulo<br />
de iluminação) e “graininess-granulação”<br />
(sob luz difusa ou obscuridade, sem influência<br />
do ângulo de iluminação). Além<br />
da mudança de cor conforme o ângulo, a<br />
perceção total do acabamento também<br />
é influenciada pelo efeito <strong>das</strong> partículas<br />
metaliza<strong>das</strong> ou perla<strong>das</strong>, segundo o seu<br />
tamanho ou espessura, orientação e nível<br />
de concentração do pigmento. Outras diferenças<br />
entre os equipamentos podem<br />
encontrar-se nos tamanhos/formas dos<br />
mesmos, tipos e frequência <strong>das</strong> calibrações<br />
ou nas superfícies de medição, entre<br />
outras. Mas além do espectrofotómetro,<br />
para um bom ajuste da cor são fundamentais<br />
a base de dados do fabricante<br />
de tinta (muito superior ao número de<br />
cores nos catálogos de cores padrão), o<br />
software de processamento da informação<br />
e, naturalmente, o “saber-fazer” do pintor,<br />
já que a informação proporcionada não é<br />
uma formulação de cor única que coincide<br />
exatamente com a cor do veículo. A partir<br />
Possíveis ângulos de medição<br />
Fonte<br />
de luz<br />
45º<br />
110º<br />
75º<br />
Amostra<br />
45º<br />
25º<br />
15º<br />
-15º<br />
Ângulos<br />
de medição<br />
Reflexão<br />
especular (0º)<br />
da leitura tomada no veículo com o espectrofotómetro,<br />
o programa irá procurar o<br />
melhor ajuste tendo em conta os possíveis<br />
filtros marcados: fabricante do veículo,<br />
código de cor, qualidade da pintura, tipo<br />
de acabamento (sólido ou com efeito) e<br />
tamanho de partícula. O programa mostrará,<br />
em seguida, uma lista ordenada de<br />
acordo com o ajuste obtido da medição<br />
relativamente às fórmulas de cor existentes<br />
na base de dados, indicando, em<br />
cada resultado, o fabricante do veículo,<br />
código de cor, variante, se existe catálogo<br />
de cores padrão, tamanho de partícula e<br />
avaliação do ajuste através de números,<br />
percentagens, estrelas e/ou cores verde/<br />
laranja/vermelho.<br />
Portanto, o pintor deverá conhecer o<br />
seu funcionamento e saber interpretar<br />
os resultados obtidos, podendo realizar<br />
ajustes ou correções da cor nos casos em<br />
que o programa o permita, melhorando<br />
os resultados da avaliação do ajuste. Definitivamente,<br />
é outra ferramenta sobre<br />
a qual o pintor deverá aprender e à qual<br />
deverá adaptar-se para obter os melhores<br />
resultados. É necessário ter em conta<br />
que, tal como com os catálogos de cores<br />
padrão, o fabricante recomenda sempre a<br />
pintura de um painel de amostra previamente<br />
à realização da reparação e que o<br />
acabamento final obtido dependerá da<br />
correta preparação e aplicação da cor.<br />
Por outro lado, segundo a marca de tinta,<br />
o programa poderá mostrar mais informação<br />
que ajude o pintor a decidir que<br />
fórmula de cor selecionar para conseguir<br />
o melhor ajuste, como por exemplo:<br />
l Comparação visual entre a cor medida<br />
(objeto) e a selecionada na lista<br />
de opções, ao corte ou esbatimento,<br />
e, inclusivamente, eliminando o efeito<br />
da partícula para apreciar melhor a tonalidade;<br />
l Gráficos nos diferentes ângulos de medição<br />
para os acabamentos com efeito,<br />
mostrando a comparação <strong>das</strong> curvas<br />
espectrais da cor medida e da selecionada<br />
ao longo do espectro visível (380<br />
– 780 nm). No caso <strong>das</strong> cores sóli<strong>das</strong>,<br />
apresenta apenas a 45º (cor de frente),<br />
já que não há alteração da perceção da<br />
cor conforme o ângulo de visão;<br />
l Comparação de duas fórmulas propostas<br />
segundo os elementos básicos que<br />
contêm e as quantidades dos mesmos.<br />
Em caso de reajuste de uma fórmula<br />
de cor relativamente à base de dados,<br />
também são apresenta<strong>das</strong> as diferenças<br />
entre antes e depois da correção;<br />
l Índice de metameria - diferença na<br />
perceção da cor segundo a iluminação.<br />
Medição da cor com um<br />
espectrofotómetro<br />
Atualmente, também existem espectrofotómetros<br />
que permitem outras funções,<br />
como no caso dos acabamentos lisos, a<br />
opção de formular a cor com os elementos<br />
básicos disponíveis a partir da medição<br />
do veículo, sem base em qualquer código<br />
de cor ou a opção de reajustar uma cor<br />
a partir da medição da amostra pintada<br />
com a fórmula selecionada e em relação à<br />
leitura do automóvel, quando o resultado<br />
da amostra pintada não for satisfatório.<br />
Toda esta informação e possibilidades,<br />
que continuam em evolução, ajudam o<br />
pintor na tarefa de ajuste da cor, algo fundamental<br />
para conseguir um acabamento<br />
de alta qualidade na reparação.<br />
n TOLERÂNCIAS, CONTROLO<br />
DE QUALIDADE EM FÁBRICA<br />
Não é possível avaliar visualmente se<br />
a cor está dentro de tolerâncias ou se se<br />
ajusta a valores determinados. Somente<br />
através de equipamentos de medição<br />
precisos, como os espectrofotómetros,<br />
é possível comparar de forma objetiva. No<br />
fabrico dos veículos, estas propriedades<br />
de cor e aparência desempenham um<br />
papel fundamental na qualidade do acabamento.<br />
Por conseguinte, são defini<strong>das</strong><br />
tolerâncias muito precisas para aprovação<br />
nos critérios de aceitação. ✱<br />
Março I 2019<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
TÉCNICA&SERVIÇO<br />
Citroën C3 1.2 VTi 2012-2016<br />
73<br />
CITROËN C3<br />
Nesta edição, revelamos como solucionar problemas ocorridos com o Citroën C3 1.2 VTi, nomeadamente quando<br />
a luz da bateria permanece acesa e o motor não entra em funcionamento<br />
Queixa cliente:<br />
l Luz da bateria acesa<br />
l Possível motor não entrar em funcionamento (não pega)<br />
PROCEDIMENTO TÉCNICO:<br />
Fazer diagnóstico com equipamento ESI[tronic] 2.0.Testar bateria com BAT131.<br />
Com o valor real da tensão da bateria, verificamos que a tensão não passa dos 12V<br />
a 12.5V mesmo em aceleração. Podendo associar que o problema se encontra no<br />
alternador. Mas, para despistarmos se a avaria se encontra no mesmo, podemos<br />
desligar a ficha de gestão de carga da bateria que é efetuada pela unidade de comando<br />
do motor.<br />
VERIFICAÇÕES APÓS PRIMEIROS TESTES:<br />
l Diagnóstico não apresenta erros e a bateria do veículo encontra-se em bom estado.<br />
Passando os primeiros testes, não se pode concluir ainda o problema. Assim sendo,<br />
proceder à leitura de valores reais da tensão da bateria (com o veículo a trabalhar).<br />
l Com a ficha desligada, a unidade de comando não faz a gestão do alternador e,<br />
por sua via, o alternador debita a tensão máxima.<br />
Temos duas situações que podem acontecer com a ficha de gestão de carga do<br />
alternador:<br />
l O valor de tensão continuar igual a 12V - 12.5V;<br />
l O valor de tensão ser de 14V (aproximadamente)<br />
CONCLUSÃO DO DIAGNÓSTICO/REPARAÇÃO:<br />
Para a situação que o veículo continua a carregar com 12V a 12.5V, o problema encontra-se<br />
no alternador, tendo de ser efetuada a reparação ou substituição. Se o valor de tensão<br />
for 14V, trata-se de um problema de software do veículo, tendo de ser efetuada uma<br />
atualização, podendo a mesma ser feita com o equipamento Bosch, usando o Passthru.<br />
Este artigo foi elaborado pela Hotline Automóvel da Bosch<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Março I 2019
MUNDO AUTOMÓVEL<br />
74<br />
Mercedes-Benz A 180d<br />
Experiência única<br />
O novo Classe A é o primeiro Mercedes-Benz a integrar o mais avançado sistema multimédia que a marca jamais<br />
concebeu. Além de dispor de controlo inteligente por voz, com reconhecimento de discurso natural, consegue<br />
estabelecer um diálogo com o condutor, tornando a experiência única. Nunca um automóvel esteve tão interativo<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
Lançado no ano passado, o novo Classe<br />
A não só é o mais evoluído modelo<br />
compacto que a Mercedes-Benz<br />
construiu até hoje, como, acima de tudo,<br />
é um automóvel que apela aos sentidos,<br />
redefinindo o conceito de luxo moderno e<br />
elevando a interação a um patamar nunca<br />
antes visto. É, por isso, muito fácil perdermos<br />
a lucidez analítica quando estamos<br />
perante um automóvel que nos transmite<br />
uma química elevada. O novo A 180d consiste<br />
numa <strong>das</strong> versões mais acessível de<br />
uma gama que só termina nos €61.300 da<br />
musculada variante Mercedes-AMG A 35<br />
4Matic de 306 cv.<br />
n PUREZA SENSUAL<br />
Sem romper totalmente com as linhas<br />
do modelo da anterior geração, antes<br />
pelo contrário, o novo Classe A começa<br />
por demarcar-se pela presença elegante e<br />
vincada da sua carroçaria de cinco portas,<br />
representando o próximo passo na filosofia<br />
de design “Pureza Sensual” da Mercedes-<br />
-Benz. Desportivo, equilibrado e emotivo,<br />
este familiar compacto, de dois volumes,<br />
caracteriza-se pelo desenho progressivo da<br />
secção dianteira, na qual pontifica o capot<br />
de baixa altura, a grelha do radiador onde<br />
a estrela é o principal cartão-de-visita, os<br />
faróis de LED planos com elementos cromados<br />
e as luzes de circulação diurna em<br />
forma de boomerang. De perfil, sobressaem<br />
os elementos em formato de diamante e<br />
a lamela central prateada, acentuando o<br />
carácter dinâmico desta nova geração. A<br />
sensação de ser mais comprido face ao modelo<br />
anterior que o novo Classe A transmite,<br />
deve-se à sua distância entre eixos superior<br />
e à linha marcante que acompanha toda<br />
a secção lateral. Quanto à traseira, apresenta<br />
uma aparência mais larga, graças à<br />
superfície vidrada até à linha de cintura,<br />
que destaca, também, uma postura mais<br />
robusta, tendo os grupos óticos bipartidos<br />
e os refletores integrados no para- choques<br />
a sua quota-parte de responsabilidade. A<br />
linha AMG eleva-lhe o apelo.<br />
Totalmente reformulado, tendo ganho<br />
um visual moderno e vanguardista, o interior<br />
do novo Classe A adota uma abordagem<br />
completamente nova, redefinindo<br />
o luxo moderno na classe dos modelos<br />
compactos, com uma nova sensação de<br />
espaço. A nova arquitetura do habitáculo<br />
tem na eliminação da grelha de ventilação,<br />
habitualmente existente na secção<br />
superior do tablier, o seu ex-líbris. Como<br />
resultado, a estrutura principal do tablier,<br />
em forma de asa, estende-se entre as portas<br />
dianteiras, sem descontinuidade visual. A<br />
Março I 2019<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
75<br />
MOTOR<br />
Tipo<br />
Cilindrada (cc) 1461<br />
Diâmetro x curso (mm)<br />
4 cil. linha Diesel,<br />
transv., diant.<br />
76,0x80,5<br />
Taxa de compressão 15,1:1<br />
Potência máxima (cv/rpm) 116/4000<br />
Binário máximo (Nm/rpm) 260/1750-2750<br />
Distribuição<br />
Alimentação<br />
Sobrealimentação<br />
2 v.e.c., 8 válvulas<br />
injeção common rail<br />
turbo VTG<br />
+ intercooler<br />
TRANSMISSÃO<br />
Tração<br />
Caixa de velocidades<br />
dianteira com ESP<br />
automática de 7+ma<br />
DIREÇÃO<br />
Tipo<br />
Assistência<br />
Diâmetro de viragem (m) 11,0<br />
pinhão e cremalheira<br />
sim (elétrica)<br />
TRAVÕES<br />
qualidade de construção está em alta, assim<br />
como o posto de condução e o espaço<br />
para ocupantes e bagagem. Dispositivos<br />
de segurança, não faltam. Já no que toca<br />
a equipamento, dispondo esta unidade<br />
de €8.601,62 de opções, é fácil prever o<br />
resultado. O painel de instrumentos, de<br />
ecrã amplo, totalmente independente,<br />
transmite a sensação de estar a “flutuar”<br />
no interior. As desportivas saí<strong>das</strong> de ventilação,<br />
com visual em forma de turbina<br />
(pode dispor de iluminação), são outros<br />
elementos de destaque no interior.<br />
n ENVOLVÊNCIA SEM PRECEDENTES<br />
Mais do que um modelo compacto confortável,<br />
seguro, fácil de controlar, pouco<br />
gastador e com boa capacidade de resposta<br />
ao movimento descendente do pé<br />
direito, o novo A 180d vale, acima de tudo,<br />
perdoem-nos a sinceridade, pela envolvência<br />
sem precedentes que oferece. Se<br />
não, vejamos. Condutor: “Mercedes?” Novo<br />
Classe A: “Diga”. Condutor: “Temperatura”.<br />
Novo Classe A: “Está bem. Vou regular a<br />
temperatura para 22°C”. Condutor: “Mercedes?”<br />
Novo Classe A: “Sim?” Condutor: “Que<br />
É incontornável<br />
não eleger o MBUX<br />
(Mercedes-Benz User<br />
Experience) como a<br />
característica mais<br />
relevante do novo<br />
Classe A. Mas tudo<br />
neste modelo compacto<br />
agrada. Começando pelo<br />
design e acabando no<br />
desempenho dinâmico<br />
horas são?” Novo Classe A: “São 10h e 45m”.<br />
E muitos mais exemplos poderíamos dar.<br />
Não há nada que pague a doce e sensual<br />
voz feminina através da qual o novo Classe<br />
A comunica com condutor e passageiros.<br />
E, isto, deve-se ao MBUX (Mercedes-Benz<br />
User Experience), que abre caminho a<br />
uma nova era nos serviços Mercedes me<br />
connect. Uma <strong>das</strong> características únicas<br />
deste sistema reside, precisamente, na<br />
sua capacidade de interação. Graças à<br />
inteligência artificial, o MBUX pode ser<br />
personalizado e adapta-se ao utilizador,<br />
criando, desta forma, uma ligação emocional.<br />
Nunca um automóvel da marca foi<br />
tão interativo com o ser humano.<br />
Os pontes fortes do MBUX incluem<br />
o opcional cockpit panorâmico de alta<br />
resolução com operação tátil do ecrã<br />
multimédia, o ecrã de navegação com<br />
tecnologia de realidade aumentada e,<br />
ainda, o controlo inteligente por voz com<br />
reconhecimento de discurso natural, que<br />
é ativado com a palavra-código “Olá, Mercedes”<br />
ou apenas “Mercedes”. Disponível<br />
está, também, um head-up display. O ecrã<br />
tátil está incluído no abrangente conceito<br />
touch control, um trio constituído pelo ecrã<br />
tátil, pelo touchpad existente na consola<br />
central e pelos botões de controlo táteis<br />
localizados no volante.<br />
O MBUX vem revolucionar, autenticamente,<br />
a experiência de utilização do<br />
veículo. As características de apresentação<br />
apelativas destacam a abrangência<br />
da estrutura de controlo e dispõem de<br />
imagens 3D de alta resolução, que são<br />
reproduzi<strong>das</strong> em tempo real. Os novos<br />
e aperfeiçoados serviços Mercedes me<br />
connect estão a ser lançados com a nova<br />
geração do sistema de informação e entretenimento<br />
MBUX, que incluem funções de<br />
navegação basea<strong>das</strong> no “Car-to-X communication”<br />
(informação trocada entre veículos<br />
sobre acontecimentos registados por<br />
sensores, como, por exemplo, travagem<br />
de emergência, intervenção do controlo<br />
de estabilidade ou comunicação manual<br />
de um acidente por parte do condutor)<br />
e no localizador de veículo, o que torna<br />
mais fácil encontrar a viatura estacionada<br />
assim com enviar uma mensagem se esta<br />
sofrer uma colisão ou for rebocada. Ainda<br />
há dúvi<strong>das</strong> que o futuro já chegou? ✱<br />
Dianteiros (ø mm)<br />
discos ventilados<br />
(295)<br />
Traseiros (ø mm) discos maciços (276)<br />
ABS<br />
sim, com EBD+BAS<br />
SUSPENSÕES<br />
Dianteira<br />
McPherson<br />
Traseira<br />
eixo semirrígido<br />
Barra estabilizadora (diant./tras.) sim/sim<br />
PERFORMANCES ANUNCIADAS<br />
Velocidade máxima (km/h) 202<br />
0-100 km/h (s) 10,5<br />
Cons. Extra-urb./comb./urb. (l/100 km) 4,0/4,3/4,9<br />
Emissões de CO2 (g/km) 121<br />
Nível de emissões<br />
Euro 6d-TEMP<br />
DIMENSÕES, PESO E CAPACIDADES<br />
Cx 0,27<br />
Comprimento/largura/altura (mm) 4419/1796/1440<br />
Distância entre eixos (mm) 2729<br />
Vias frente/trás (mm) 1567/1547<br />
Capacidade do depósito (l) 43<br />
Capacidade da mala (l) 360-1200<br />
Peso (kg) 1445<br />
Relação peso/potência (kg/cv) 12,45<br />
Jantes de série<br />
6 1/2Jx16”<br />
Pneus de série<br />
205/60 R16<br />
Pneus de teste Pirelli Cinturato P7,<br />
225/45 R18 91W<br />
Mecânica<br />
Pintura<br />
Anticorrosão<br />
GARANTIAS<br />
2 anos<br />
2 anos<br />
até 30 anos<br />
ASSISTÊNCIA<br />
1.ª revisão 25.000 km ou 1 ano<br />
Custo 1.ª revisão (c/ IVA) €400,19<br />
Intervalos<br />
25.000 km ou 1 ano<br />
PREÇO (s/ despesas) €31.500<br />
Unidade testada €43.294<br />
Imposto Único de Circulação (IUC) €158,92<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />
2019 I Março
76<br />
MUNDO AUTOMÓVEL<br />
NOTÍCIAS<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
Range Rover Velar ganha motor V8 de 550 cv<br />
Chama-se SVAutobiography Dynamic Edition a versão mais potente criada até hoje para o Velar.<br />
Desenvolvida pelo departamento Special Vehicle Operations (SVO) da Land Rover, está equipada com<br />
um motor V8 de 5.0 litros sobrealimentado de 550 cv e dispõe de um conjunto de aperfeiçoamentos<br />
exclusivos no seu design. Para lhe dar um toque único, a Land Rover já fez saber que esta versão estará<br />
à venda apenas durante um ano, começando os seus preços, em Portugal, nos €<strong>160</strong>.885. Anunciando<br />
274 km/h de velocidade máxima e 4,5 segundos para cumprir o arranque dos 0 aos 100 km/h, o Range<br />
Rover Velar SVAutobiography Dynamic Edition diferencia-se pelo novo para-choques dianteiro, com<br />
entra<strong>das</strong> de ar maiores para otimizar a ventilação do motor e refrigerar o sistema de travagem, pela nova<br />
grelha dianteira, pelo novo para-choques traseiro redesenhado para integrar as quatro saí<strong>das</strong> de escape<br />
e pelas letras do anagrama Range Rover colocado no capot e na bagageira. Com reforços nos travões e<br />
na suspensão pneumática, o Range Rover Velar SVAutobiography Dynamic Edition conta com volante<br />
desportivo exclusivo, sistema de infoentretenimento Touch Pro Duo, tração integral com bloqueio do<br />
diferencial traseiro ativo e inúmeros dispositivos de assistência à condução. ✱<br />
Porsche lança Macan Spirit<br />
para Portugal e Espanha<br />
A Porsche Ibérica deu início à comercialização da edição limitada Macan Spirit. Além de detalhes exclusivos,<br />
esta versão dispõe de equipamento completo e recorre aos préstimos do motor a gasolina<br />
de 2,0 litros sobrealimentado, com 245 cv e 370 Nm, que traz acoplada caixa automática de dupla<br />
embraiagem com sete velocidades (PDK). Anunciando 225 km/h de velocidade máxima e 6,7 segundos<br />
para cumprir o arranque dos 0 aos 100 km/h, o Macan Spirit, do qual estão disponíveis 200 unidades<br />
(100 de cor branca; 100 de cor preta) herda do Porsche 924S Spirit de 1988 a sua designação. Entre os<br />
elementos adicionais do Macan Spirit, destacam-se o teto panorâmico, as saias laterais, os retrovisores<br />
SportDesign e as jantes Macan Turbo de 20’” pinta<strong>das</strong> de preto. No interior, as diferenças são visíveis<br />
nos tapetes, no pacote de iluminação Confort, no fundo do painel de instrumentos, nos cintos de segurança<br />
em vermelho “Bordeaux” e nas cortinas manuais para as janelas traseiras. No capítulo mecânico,<br />
este SUV conta com suspensão ativa, direção assistida Plus, sensores de estacionamento e câmara de<br />
marcha-atrás. Em Portugal, o Macan Spirit custa €89.911. ✱<br />
Honda homenageia Tiago Monteiro<br />
com Civic Type R #18<br />
O Honda Civic Type R #18, edição especial do Civic Type R assinada<br />
pelo piloto português Tiago Monteiro, já não está disponível para<br />
venda. Lançada em meados do ano passado, esta edição especial,<br />
limitada a 18 unidades, esgotou poucos meses após ter sido disponibilizada<br />
ao mercado. O Civic Type R #18 é uma versão exclusiva do<br />
hot hatch, de tração dianteira, desenvolvida pela Honda Portugal<br />
Automóveis em parceria com Tiago Monteiro, numa homenagem<br />
da marca japonesa ao piloto luso, que corre com o número de 18.<br />
To<strong>das</strong> as unidades do Honda Civic Type R #18 estão pinta<strong>das</strong> na<br />
cor “Championship White” e são personaliza<strong>das</strong>, a nível exterior<br />
e interior, com vários elementos exclusivos que as diferenciam de<br />
um Type R standard. As 18 unidades incorporam um escape de três<br />
ponteiras da marca Remus e acabamentos especiais em carbono nos<br />
spoiler traseiro e pilar B, material muito utilizado em competição<br />
por ser leve e resistente. To<strong>das</strong> as unidades incluem ainda capas<br />
de espelhos retrovisores em vermelho, uma imagem de marca<br />
de Tiago Monteiro, e um badge exterior alusivo à edição especial.<br />
No interior, cada unidade inclui uma placa numerada e assinada<br />
pelo piloto da Honda. Também os tapetes incluem a assinatura<br />
de Tiago Monteiro. ✱<br />
Renault Scénic disponível desde €30.770<br />
Exibindo um design exterior que o remete para o universo dos<br />
crossovers, o Scénic dá nas vistas pelas linhas modernas e sedutoras.<br />
A carroçaria pode ser bicolor e as jantes chegam a um máximo de<br />
20”. A excecional habitabilidade, a modularidade inigualável, os<br />
abundantes espaços de arrumação, os inúmeros equipamentos<br />
tecnológicos e os diversos dispositivos de segurança, são outros<br />
argumentos deste Renault. A gama de motores (gasolina e Diesel)<br />
é anunciada como inédita. Até agora disponível “apenas” na versão<br />
de sete lugares (neste caso, chama-se Grand Scénic), o Scénic dispõe<br />
de cinco lugares individuais. Tão ou mais importante do que isso:<br />
paga Classe 1 nas portagens. A chegada deste modelo a Portugal<br />
também é marcada pelo lançamento de uma nova geração de<br />
motores, testados à luz do protocolo WLTP e compatíveis com a<br />
norma Euro 6d-TEMP. Três inéditas propostas a gasolina – TCe 115<br />
FAP, TCe 140 FAP e TCe <strong>160</strong> FAP – que têm por base o novíssimo<br />
bloco 1.3 TCe, desenvolvido em parceria com a Daimler. Na oferta<br />
Diesel, destaca-se o novo 1.7 Blue dCi (propõe variantes de 120<br />
e 150 cv), que estará disponível brevemente. Os preços do Scénic<br />
começam nos €30.770 da versão TCe 115 Limited e terminam nos<br />
€42.650 do mais elitista Blue dCi 150 EDC Bose. ✱<br />
Março I 2019<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com
EM ESTRADA<br />
Novos modelos lançados no mercado<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
77<br />
Nissan Navara N-Guard<br />
Poço de força<br />
Škoda Fabia 1.0 TSI Style<br />
Melhoria de nota<br />
smart EQ fortwo<br />
Silêncio ensurdecedor<br />
VW up! GTI<br />
Diabo no corpo<br />
São nada menos do que 190 cv e 450 Nm extraídos de<br />
um motor Diesel de 2,3 litros (designado dCi), que traz<br />
acoplada caixa manual de seis velocidades. Equipada com<br />
tração integral (basta acionar o botão na base da consola<br />
central para que a tração deixe de ser apenas traseira,<br />
existindo, ainda, as chama<strong>das</strong> “redutoras” para tarefas<br />
mais exigentes), a Nissan Navara, na versão N-Guard,<br />
com cabina dupla, é um autêntico poço de força. Tal é<br />
a sensação que transmite de conseguir passar por cima<br />
de quase tudo. Não sendo a condução em autoestrada<br />
o seu forte, ainda que passe no teste com nota positiva<br />
(graças, em parte, ao seu apreciável conforto em<br />
ordem de marcha), a Navara N-Guard foi concebida<br />
para percursos fora de estrada. Mesmo dispondo de<br />
Equipado com motor de três cilindros dotado de injeção<br />
direta de gasolina, que traz acoplada caixa manual de<br />
seis velocidades, o novo Fabia registou uma melhoria<br />
de nota. As linhas exteriores não mudaram assim tanto<br />
face às do modelo da anterior geração, é certo, mas são<br />
suficientes para lhe “emprestar” uma aparência mais<br />
moderna e vistosa. Com carroçaria pintada de “vermelho<br />
corrida” (€285), enaltecida pelas também opcionais jantes<br />
“Savio” de 17” (€330), a versão 1.0 TSI Style exibe um<br />
traço desportivo. Por dentro, mantém-se a sobriedade<br />
que caracteriza as propostas da marca checa, ou não<br />
fosse o preto “Dyamic” a tonalidade principal. O posto de<br />
condução, correto, é um dos muitos atributos do habitáculo,<br />
que oferece espaço de bom nível para ocupantes e<br />
Já se chamou ed (electric drive), agora chama-se EQ, por<br />
via do lançamento da nova marca da Mercedes-Benz<br />
criada para a mobilidade elétrica. Mas, independentemente<br />
da mudança de sigla, permaneceu o conceito<br />
livre de emissões poluentes e a condução ágil. Não necessariamente<br />
divertida, mas diferente. Além do ruído<br />
de rolamento dos pneus, apenas é audível o característico<br />
“assobio” típico de um modelo 100% elétrico. Este veículo<br />
de dois lugares, concebido a pensar nas cidades,<br />
oferece prestações muito interessantes e propõe uma<br />
autonomia máxima de <strong>160</strong> km. O habitáculo, jovial e<br />
funcional, acomoda dois adultos com bastante à-vontade.<br />
Já a imagem irreverente, deve-se à presença do pacote<br />
“nightsky” e <strong>das</strong> jantes BRABUS de 16”, sendo os pneus<br />
Com 1.070 kg peso (em vazio), 3,70 metros de comprimento<br />
e motor 1.0 TSI de 115 cv, o up! GTI é um pequeno<br />
desportivo que tem o diabo no corpo. Não consegue<br />
estar “sossegado”. Nem tão pouco gosta de ficar parado<br />
nas filas de trânsito ou nos semáforos. Está sempre em<br />
efervescência. Foi feito para andar para a frente. E para<br />
curvar “nas horas”. Não tem paciência para nada nem<br />
para ninguém. Parece um “puto reguila”. Afinal, o caso<br />
não é para menos: direção incisiva; travões eficazes (as<br />
pinças dianteiras são de cor vermelha); comando da caixa<br />
manual de seis velocidades preciso; suspensão firme;<br />
pneus Goodyear Efficient Grip Performance, de medida<br />
195/40 R 17 81 V. Com um visual a condizer (por dentro<br />
pneus Continental ContiCrossContact LX 2, de medida<br />
255/60 R 18 112 H M+S XL, que, de “trialeiros”, nada<br />
têm. Com prestações francamente boas (os consumos,<br />
esses, é que não são assim tão apelativos), esta evoluída<br />
pick-up beneficia de um visual bastante atrativo, graças<br />
à carroçaria escura com autocolantes existentes na base<br />
<strong>das</strong> portas, que combinam bem com as jantes pretas,<br />
com os vidros traseiros escurecidos e com as barras no<br />
tejadilho. No fundo, esta unidade assemelha-se muito<br />
a um exemplar <strong>das</strong> provas de todo-o-terreno. Se falta<br />
de argumentos na Navara N-Guard, aqui fica mais um:<br />
cinco anos de garantia.<br />
bagagem atendendo ao segmento em questão, qualidade<br />
de construção francamente positiva, dispositivos de segurança<br />
presentes em número suficiente e equipamento<br />
convincente. Neste último domínio, importa destacar<br />
os opcionais apoio de braços dianteiro com costuras<br />
vermelhas (€10) e o Pack Dynamic (€365), que elevam<br />
a agradabilidade a bordo. No que ao desempenho dinâmico<br />
diz respeito, o novo Fabia prima pela honestidade<br />
de to<strong>das</strong> as reações e pela forma segura e confortável<br />
como pisa a estrada. A suavidade de funcionamento do<br />
motor 1.0 TSI, que oferece prestações e consumos muito<br />
interessantes, é outro dos seus grandes argumentos.<br />
dianteiros ligeiramente mais estreitos do que os traseiros.<br />
Pintado de preço, com acabamentos de cor azul, o smart<br />
EQ fortwo consegue dar sempre nas vistas. Contudo, nem<br />
se dá por ele no meio do trânsito urbano, tal é a sua<br />
postura silenciosa. O carregamento feito numa tomada<br />
doméstica pode chegar às oito horas caso a bateria, de<br />
iões de Lítio, esteja totalmente sem carga. Inteligência<br />
e muita diversão. No fundo, é esta a melhor frase para<br />
definir a mobilidade elétrica com o smart EQ fortwo. Com<br />
to<strong>das</strong> as vantagens que tornam um smart tão único e tão<br />
seguro, as tecnologias Connected-Car mais modernas e<br />
acesso total aos nossos serviços inovadores.<br />
e por fora), é fácil perceber que este up! não é um “up!<br />
qualquer”. É tão-só a versão mais potente da gama. A<br />
que tem a voz mais grossa. A que gasta mais combustível.<br />
E a que proporciona momentos de diversão que ficam<br />
para a posteridade. As acelerações conseguem encostar<br />
o corpo ao banco e fazer alternar sorrisos de prazer com<br />
expressões de pânico na cara do condutor e passageiros.<br />
A mala não dá para transportar grande coisa, tal como o<br />
espaço para ocupantes é diminuto, mas desde que quem<br />
esteja (bem) sentado atrás do volante se divirta, tudo<br />
o resto é acessório. Se vale a pena despender €17.942<br />
para adquirir este pequeno desportivo? Então não vale...<br />
MOTOR<br />
4 cil. linha Diesel, long., diant.<br />
Cilindrada (cc) 2299<br />
Potência máxima (cv/rpm) 190/3750<br />
Binário máximo (Nm/rpm) 450/1500-2500<br />
Velocidade máxima (km/h) 184<br />
0-100 km/h (s) 10,8<br />
Consumo combinado (l/100 km) 6,3<br />
Emissões de CO 2 (g/km) 167<br />
Preço €36.667<br />
IUC €227,65<br />
MOTOR<br />
3 cil. linha, transv., diant.<br />
Cilindrada (cc) 999<br />
Potência máxima (cv/rpm) 110/5000-5500<br />
Binário máximo (Nm/rpm) 200/2000-3500<br />
Velocidade máxima (km/h) 195<br />
0-100 km/h (s) 9,6<br />
Consumo combinado (l/100 km) 4,6<br />
Emissões de CO 2 (g/km) 105<br />
Preço €19.297<br />
IUC €94,42<br />
MOTOR<br />
síncrono de<br />
corrente alternada<br />
Potência máxima (kW) 60<br />
Binário máximo (Nm) <strong>160</strong><br />
Velocidade máxima (km/h) 130<br />
0-100 km/h (s) 11,5<br />
Cons. comb. de energia (kW/h) 13,0<br />
Autonomia máxima (km) <strong>160</strong><br />
Preço €22.600<br />
IUC<br />
isento<br />
MOTOR<br />
3 cil. linha, transv., diant.<br />
Cilindrada (cc) 999<br />
Potência máxima (cv/rpm) 115/5000-5500<br />
Binário máximo (Nm/rpm) 200/2000-3500<br />
Velocidade máxima (km/h) 196<br />
0-100 km/h (s) 8,8<br />
Consumo combinado (l/100 km) 4,8<br />
Emissões de CO 2 (g/km) 110<br />
Preço €17.942<br />
IUC €94,42<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />
2019 I Março
78<br />
MUNDO AUTOMÓVEL<br />
USO PROFISSIONAL Opel Vivaro<br />
Por: Ricardo Carvalho<br />
l Comprimentos: 4,6 a 5,3 metros; altura<br />
de 1,9 metros<br />
l Capacidades: carga até 1.400 kg; reboque<br />
até 2.500 kg; volumetria até 6,6 m 3<br />
l Equipamento: portas de comando elétrico<br />
e leque alargado de sistemas de assistência<br />
à condução<br />
l Versão especial “work-site” e controlo de<br />
tração IntelliGrip<br />
l Escritório móvel: conectividade multimédia<br />
e navegação em tempo real<br />
l Novo modelo terá versão elétrica a bateria<br />
em 2020<br />
Força de trabalho<br />
A Opel desvendou os primeiros detalhes do novo furgão Vivaro. A terceira geração deste veículo de trabalho<br />
chegará aos concessionários da marca alemã já a partir do próximo verão<br />
Os frutos da integração da Opel no<br />
Groupe PSA, já se fazem sentir. O<br />
novo Vivaro que o diga. Quando<br />
este veículo de trabalho for lançado, contará<br />
apenas com motores de combustão.<br />
Mas, mais para a frente, durante o ano<br />
de 2020, o Vivaro receberá uma versão<br />
100% elétrica.<br />
Pela primeira vez sob a tutela do Groupe<br />
PSA, a Opel renovou o seu furgão de tamanho<br />
médio com quatro variantes: furgão<br />
fechado de carga, chassis-cabina, cabina<br />
dupla para seis ocupantes e Combi. Com<br />
três comprimentos distintos (4,60, 4,95 e<br />
5,40 metros), o novo Vivaro propõe até<br />
6,6 m3 de volume e até 1.400 kg de carga<br />
máxima, aumentando 200 kg de capacidade<br />
face à geração anterior.<br />
Da versão elétrica, poucos detalhes se<br />
conhecem. Mas a expectativa é que mantenha<br />
intacta a capacidade de carga <strong>das</strong><br />
versões equipa<strong>das</strong> com motor de combustão.<br />
Já no que toca a equipamento, o<br />
novo Vivaro dá um passo em frente e pode<br />
incorporar, entre outras coisas, head-up<br />
display, câmara de visão traseira 180°, ecrã<br />
tátil central de 7” compatível com Apple<br />
Car Play e Android Auto, sistema multimédia<br />
Navi Pro com visualização 3D ou<br />
sensores de estacionamento dianteiros<br />
e traseiros. Pode, também, ser equipado<br />
com diversos dispositivos de assistência<br />
à condução, como manutenção na faixa<br />
de rodagem, reconhecimento de sinais de<br />
Opel Zafira: monovolume de... nove lugares<br />
A quarta geração do Opel Zafira ganha o apelido Life e vai passar a assentar na plataforma do Vivaro.<br />
Será uma espécie de Vivaro mais requintado para concorrer no sempre competitivo mercado dos veículos de<br />
transfers. Estará disponível com três comprimentos, terá no máximo até nove lugares e contará com portas<br />
laterais deslizantes. A versão elétrica vai chegar em 2021. Duas déca<strong>das</strong> depois do lançamento do primeiro<br />
Zafira, o modelo transforma-se. Modularidade e espaço interior são argumentos, enquanto a bagageira, de<br />
grande capacidade, é ideal para albergar to<strong>das</strong> as malas dos ocupantes. A gama de motores também promete<br />
ser apelativa, mais ainda não foi revelada. Contudo, não andará muito longe daquela que pode ser encontrada<br />
em veículos idênticos <strong>das</strong> marcas Peugeot e Citroën, como os modelos Traveller e SpaceTourer.<br />
trânsito, detetor de fadiga, cruise control<br />
adaptativo, alerta de colisão frontal ou<br />
travagem automática de emergência.<br />
n REDUZIR CUSTOS<br />
Quanto a motores, a gama do novo Vivaro<br />
vai ser preenchida com as mesmas opções<br />
que encontramos em outros produtos <strong>das</strong><br />
marcas Peugeot e Citroën ou até Toyota. O<br />
novo furgão da Opel disponibiliza transmissões<br />
modernas, como a caixa automática<br />
de oito velocidades, que dão contributos<br />
importantes em eficiência e conforto,<br />
dois argumentos decisivos no mercado<br />
<strong>das</strong> frotas. Os intervalos de manutenção<br />
alargados, até 50.000 km, são um fator<br />
adicional que reduz os custos de utilização.<br />
E detalhes como o posicionamento elevado<br />
dos faróis ou a altura máxima de 1,9<br />
metros na maior parte <strong>das</strong> variantes, baixam<br />
o risco da ocorrência de danos. A Opel<br />
acredita que o Vivaro será uma opção a ter<br />
em conta pela maioria <strong>das</strong> empresas. ✱<br />
Março I 2019<br />
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