L+D 72
Edição: março| abril de 2019
Edição: março| abril de 2019
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Courtesy of RIchard Lunt/Michigan State University<br />
G. L. Kohuth<br />
¿QUÉ PASA?<br />
TRANSPARENTE<br />
É cada vez mais comum a instalação de painéis solares<br />
fotovoltaicos no topo dos edifícios, tanto nos mais modernos<br />
quanto nos mais antigos, com o intuito de reduzir os gastos com<br />
energia elétrica e o alto impacto no meio ambiente. Nas grandes<br />
metrópoles, no entanto, a produção desse tipo de energia limpa<br />
teria ganhos consideráveis caso os painéis pudessem ser aplicados<br />
também às fachadas envidraçadas dos edifícios e dos arranhacéus,<br />
que correspondem a uma porção significativamente maior<br />
da área total construída do que seus telhados.<br />
Tendo isso em mente, um grupo de pesquisadores da<br />
Michigan State University, nos Estados Unidos, liderados pelo<br />
professor de Engenharia Química e Ciência dos Materiais<br />
Richard Lunt, desenvolveu um tipo de painel solar totalmente<br />
transparente. Trata-se de um concentrador solar transparente<br />
luminescente (TLSC) criado a partir de moléculas orgânicas<br />
que absorvem somente os comprimentos de onda da luz que<br />
não são visíveis ao olho humano, como os infravermelhos e os<br />
ultravioletas, por exemplo. Sem afetar a transmitância da luz<br />
através do material, a energia solar é coletada e transportada<br />
até as bordas do painel, onde é convertida em eletricidade<br />
por meio de finas tiras de células solares fotovoltaicas.<br />
Os cientistas explicam que, apesar da eficiência do material<br />
ainda ser consideravelmente baixa (em torno de 5%, contra<br />
os cerca de 15% a 18% dos painéis fotovoltaicos tradicionais),<br />
suas possibilidades de aplicação são notavelmente maiores<br />
em termos de área, o que pode tornar seu potencial de geração<br />
de energia equivalente ao dos produtos convencionais. “A<br />
implantação complementar de ambas as tecnologias poderia<br />
suprir em quase 100% a demanda de energia dos Estados<br />
Unidos se também aprimorarmos as tecnologias para seu<br />
armazenamento”, declara Lunt. Os pesquisadores acreditam<br />
que ainda não atingiram todo o potencial desse material e<br />
seguem trabalhando para tornar essa tecnologia ainda mais<br />
eficiente e acessível. (D.T.)<br />
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