Revista Coamo - Março de 2019
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ENCONTRO DE VERÃO <strong>2019</strong><br />
Marcelo Augusto Batista, da UEM<br />
além, é claro, <strong>de</strong> outras técnicas <strong>de</strong> cultivo ligadas ao<br />
manejo. O hormônio na dose certa proporciona mais<br />
expressivida<strong>de</strong> na parte aérea e radicular da planta<br />
oferecendo condições para mais produtivida<strong>de</strong>”,<br />
comenta o engenheiro agrônomo José Petruisse, da<br />
<strong>Coamo</strong> em Campo Mourão (Centro-Oeste do Paraná).<br />
Conforme o técnico, quando a planta está<br />
mais equilibrada em relação as raízes, caule e parte<br />
aérea, consequentemente, explora melhor o solo,<br />
aproveitando a oferta <strong>de</strong> água e nutrientes. “Estamos<br />
falando da adição <strong>de</strong> auxina, giberelina e citocinina.<br />
Hormônios que favorecem o sistema radicular<br />
e o crescimento da parte aérea, que capta mais<br />
radiação solar transformando em fotoassimilados e<br />
acumulando energia para realizar o enchimento <strong>de</strong><br />
grãos, proporcionado alta produtivida<strong>de</strong>”, explica.<br />
Para o pesquisador Marcelo Augusto Batista,<br />
da Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Maringá (UEM), especialista<br />
em Nutrição <strong>de</strong> Plantas, é importante olhar para<br />
vários fatores na produção e a questão hormonal precisa<br />
ser levada em conta. “Nós precisamos <strong>de</strong> hormônios<br />
e com a planta não é diferente. Quando isso está<br />
bem equilibrado, a planta consegue expressar melhor<br />
seu potencial produtivo, ou pelo menos, manter a produtivida<strong>de</strong>.<br />
Isso vai <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r do ambiente em que está<br />
sendo produzida, se numa condição <strong>de</strong> estresse ou <strong>de</strong><br />
clima equilibrado”, esclarece Batista.<br />
O especialista lembra ainda que a adição<br />
<strong>de</strong> hormônio não é essencial porque a planta, assim<br />
como as pessoas, produz o elemento. No entanto, é<br />
necessário administrar essa molécula, favorecendo o<br />
equilíbrio fisiológico da cultura. “É o que fazemos com<br />
o ser humano. Em algum momento interagimos para<br />
que ele tenha um <strong>de</strong>sempenho melhor, não sofra nenhuma<br />
mazela. Com a planta não é diferente”, afirma.<br />
Professor e pesquisador da UEM, da área<br />
<strong>de</strong> Nutrição <strong>de</strong> Plantas, Ta<strong>de</strong>u Takeyoshi Inoue, diz<br />
que quem faz todo o comando para utilização das<br />
condições do ambiente, reguladas por água e luz<br />
solar são os hormônios. “A planta possui hormônios<br />
promotores e inibidores, regulados geneticamente<br />
por cada material que respon<strong>de</strong>m às alterações climáticas.<br />
O que fazemos é equilibrar toda esta genética<br />
<strong>de</strong> acordo com o ambiente em que a planta<br />
se <strong>de</strong>senvolve”, <strong>de</strong>staca Inoue. Ele garante que em<br />
período <strong>de</strong> curto estresse é possível fazer com que a<br />
planta mantenha uma ativida<strong>de</strong> metabólica <strong>de</strong> crescimento<br />
alta. “O objetivo <strong>de</strong> tudo é fazer com que<br />
a planta suporte melhor as variações <strong>de</strong> clima, para<br />
ter um melhor <strong>de</strong>sempenho em produtivida<strong>de</strong>. Mas,<br />
tudo <strong>de</strong>ve ser feito com critério e acompanhamento<br />
técnico”, orienta.<br />
Marcus Vinicius Goda Gimenes, <strong>de</strong> Campo Mourão, José Petruise Ferreira<br />
Junior, <strong>de</strong> Campo Mourão, Diego Monteiro, <strong>de</strong> Mamborê, e Thiago Sandoli Dias,<br />
<strong>de</strong> Cândido <strong>de</strong> Abreu<br />
<strong>Março</strong>/<strong>2019</strong> REVISTA 25