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RCIA - EDIÇÃO 168 - JULHO 19

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Para suas amizades mais próximas<br />

ele disse numa certa manhã:<br />

“Assumo a APAE, mas sei que falar<br />

de inclusão, em nossa sociedade, é<br />

um desafio”. Questionado sobre a<br />

razão de falar assim, ele respondeu<br />

com a voz rouca: “Porque<br />

simplesmente, uma sociedade<br />

possui barreiras; não<br />

possui entendimento sobre<br />

as necessidades especiais<br />

destes seres tão queridos”.<br />

Tanto era sua missão<br />

que Nenê buscava incansavelmente<br />

dar à APAE,<br />

uma estrutura física capaz<br />

de atender cada vez mais<br />

e melhor aos necessitados,<br />

sabendo no seu interior que<br />

com o poder público pouco<br />

poderia contar. E se a APAE<br />

hoje é vista como modelo<br />

entre as entidades sociais,<br />

muito se deve a ele, que parte ciente<br />

da obra que deixa para vida eterna<br />

de uma cidade.<br />

SUA VIDA<br />

Pedro Paulo Ferrenha, o Nenê,<br />

nasceu em 12 de março de <strong>19</strong>50,<br />

filho de Darcy e Maria, uma família<br />

composta por mais cinco irmãos:<br />

Lázaro, Francisco, José Laerte, Jair e<br />

Hélio. Nenê que gostava de jogar futebol,<br />

estudou no Florestano Libutti, no<br />

“Sua vida cheia de histórias é algo que<br />

emociona pois poucos são os que se<br />

deram tanto por uma causa. Implacável<br />

nas decisões, era uma espécie de<br />

comandante em um barco exposto a<br />

tempestades em alto mar”<br />

IEBA, no Poli, desfrutando do respeito<br />

e da admiração de todos.<br />

Frequentou o ensino superior no<br />

Colégio São Bento, onde cursou Filosofia.<br />

Ele foi por oito anos funcionário<br />

Doce lembrança da APAE onde Nenê passou parte da sua vida<br />

das Casas Texidal, uma importante<br />

loja de tecidos nos anos 60. Trabalhou<br />

dois anos em São Paulo e, em<br />

<strong>19</strong>73, se tornou empresário, fundando<br />

a Nenê Escapamentos, tendo ao<br />

seu lado o inestimável amigo e irmão<br />

Arthur Wormhoudt. Casou-se com Dóris<br />

Teresinha em <strong>19</strong>77 e deixa três<br />

filhos: Rodrigo, Diego e Gustavo.<br />

Nenê foi diretor da Associação<br />

Comercial e Industrial de Araraquara<br />

(ACIA) e diretor adjunto na Associação<br />

Ferroviária de Esportes (AFE). Fazia<br />

parte do Rotary Club Oeste, onde ocupou<br />

vários cargos. Através do Rotary,<br />

chegou à APAE prestando serviços<br />

voluntários em eventos e, em 2014,<br />

tornou-se presidente da entidade.<br />

Ele teve um envolvimento expressivo<br />

com o esporte, atuando em<br />

clubes amadores e participando das<br />

atividades em clubes sociais.<br />

Isso tudo se junta na<br />

formação de uma pessoa<br />

querida e respeitada pela<br />

sua visão empresarial.<br />

Em fevereiro, Nenê chegou<br />

a ficar internado no<br />

Hospital São Paulo, em Araraquara;<br />

dois meses atrás<br />

foi levado para Ribeirão<br />

Preto (Hospital São Lucas<br />

Ribeirânia) para intensificar<br />

o tratamento, não conseguindo<br />

vencer a doença<br />

que o acometeu durante<br />

anos. Ao todo foram quatro<br />

meses de internação.<br />

A informação sobre sua morte<br />

foi dada na madrugada do dia 17 de<br />

junho. Velado em uma das salas do<br />

Memorial Fonteri, o empresário foi<br />

sepultado no Cemitério São Bento. À<br />

família nossos sentimentos.<br />

Nenê com seus<br />

familiares por ocasião<br />

da homenagem que lhe<br />

foi prestada na Câmara<br />

em 2017<br />

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