03.07.2019 Views

RCIA - EDIÇÃO 168 - JULHO 19

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

SEU NOME ESTÁ NA RUA<br />

SAMUEL BRASIL BUENO - IN MEMORIAM<br />

Confeitaria Zoega, onde<br />

o mundo era mais doce<br />

Um verdadeiro artista do ramo de confeitaria, o dom de<br />

fazer doces herdados de seus antepassados.<br />

RENATO ZOEGA<br />

Renato nasceu em Rio Claro (29 de<br />

fevereiro de <strong>19</strong>04), sendo seus pais<br />

Guilherme Zoega, filho de suecos e<br />

Catharina Boller Zoega, filha de alemães.<br />

Renato teve três irmãos: Arthur,<br />

casado com Nena; Hilda, casada com<br />

Attílio Gignini e Ottília, casada com Licanor<br />

Brancini (todos falecidos). Ele<br />

fez seus estudos, do primário até o<br />

curso de Contabilidade, no Colégio<br />

Koelle na sua terra natal. Na década<br />

de 20 a família veio para Araraquara,<br />

onde fincaram raízes.<br />

Em 24 de setembro de <strong>19</strong>33,<br />

casou-se com Lucrécia Guaglianone<br />

(Nina), filha de Vicente Guaglianone e<br />

Sophia Guaglianone. O casal Renato<br />

e Lucrécia teve uma única filha: Nilza<br />

Maria, casada com Pedro Roberto<br />

Amaral em 6 de julho de <strong>19</strong>63. Deste<br />

casamente nasceu Renata, sua única<br />

neta que infelizmente Renato não<br />

chegou a conhecer.<br />

Batalhador, seguindo a tradição<br />

da família, Renato abriu a Confeitaria<br />

Zoega, na Avenida Espanha, entre<br />

as Ruas Nove de Julho e São Bento.<br />

Durante três décadas, de 30 a 60,<br />

a confeitaria foi o ponto de encontro<br />

de todas as gerações no centro da<br />

cidade. Crianças, jovens e adultos<br />

ali se encontravam para saborear as<br />

deliciosas bombas, cocadas, queijadinhas,<br />

bombocados e demais doces<br />

fabricados pelo Zoega, como era conhecido.<br />

Vendia seus doces também<br />

na região, bem como confeccionava<br />

bolos que enchiam de alegria as festas<br />

de aniversário e casamento.<br />

Foi um homem simples, bom e generoso.<br />

Em ocasiões especiais distribuía<br />

seus doces às crianças pobres<br />

dos orfanatos. Nos fundos da confeitaria<br />

funcionava uma fábrica, onde<br />

Renato podia dar emprego a muitos<br />

pais de família que o ajudavam na<br />

fabricação dos doces, entre eles, o<br />

José, que era o chefe da fábrica.<br />

Hoje, a neta Renata, que durante<br />

muitos anos ficou fora de Araraquara,<br />

trabalhando na vida artística pelo<br />

Brasil, está de volta para cuidar da<br />

sua mãe Nilza. Ela continua dançando,<br />

dando aulas de ballet e teatro, e<br />

fazendo vários trabalhos como modelo,<br />

apresentadora e influencer pela<br />

região... Dona Nilza, mesmo em tratamento<br />

não abandonou o trabalho<br />

voluntário, pois continua se dedicando<br />

ao “Grupo Coração” criado por ela<br />

há mais de 10 anos, confeccionando<br />

enxovais para bebês carentes, e gorros,<br />

meias, mantas, cachecóis para<br />

os idosos, que estão nos asilos e casas<br />

de caridade. Na herança, a filha,<br />

dona Nilza e sua neta Renata Zoéga<br />

continuam o trabalho que Renato<br />

Zoega começou para ajudar os mais<br />

necessitados.<br />

Renato Zoega e sua esposa Nina<br />

|54

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!