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RCIA - EDIÇÃO 168 - JULHO 19

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PROFISSÃO TRABALHO<br />

‘Seo Eudes’ diz que se lembra com<br />

saudades de um tempo que passou<br />

A convivência com o centro velho da cidade tornou Eudes<br />

um autêntico personagem; dos tempos da Kibelanche<br />

e depois com seu próprio bar e café, viveu mais de três<br />

décadas fazendo amizades e cativando os fregueses - sua<br />

marca registrada.<br />

Bar do Eudes em dois<br />

momentos: da agitação ao<br />

servir o café e a famosa torta<br />

de sardinha, no contraste com<br />

a calmaria dos domingos<br />

Ao perder o filho Renato em 2003,<br />

Eudes Fernandes sentiu que parte do<br />

seu mundo desabara. Somou a força<br />

que o filho lhe dava para seguir em<br />

frente com um bar na Rua 9 de Julho<br />

e o cansaço de tantos anos atrás de<br />

um balcão, para dar adeus à profissão<br />

que abraçara.<br />

Dezesseis anos depois estamos<br />

diante de Eudes, agora com 94 anos<br />

de idade e a mesma disposição para<br />

contar histórias buscadas nos tempos<br />

do grupo escolar de Uchoa, cidade<br />

onde nasceu e viveu parte da<br />

sua adolescência. Chegando aos 95<br />

anos de vida (27/agosto), ele experimentou<br />

aos 18 anos o sabor da emergência<br />

paulistana em plena IIª Guerra<br />

Mundial e para cuidar do pai Rafael<br />

Fernandez que se mudara para Araraquara,<br />

deixou São Paulo - 14 anos<br />

depois, já casado desde <strong>19</strong>57 e disposto<br />

a novos desafios ao lado da<br />

esposa Inocência Conde Fernandes,<br />

que conhecera na capital.<br />

O emprego conseguido com Tuffy<br />

Jorge na Feira das Meias em Araraquara<br />

foi apenas o começo para<br />

quem estava disposto a enfrentar a<br />

vida. Dois anos depois estava ele a<br />

O Bar do Eudes na<br />

Rua 9 de Julho era<br />

ponto de parada para<br />

quem queria encontrar<br />

boas amizades e<br />

entre elas, um dia<br />

apareceu o baixinho<br />

José Valien Royo, ator<br />

hispano-brasileiro.<br />

Nacionalmente famoso<br />

por ser de <strong>19</strong>86 a 2010<br />

o garoto-propaganda<br />

da cerveja Kaiser.<br />

dirigir a Cantina do Ieba que comprara<br />

em sociedade com o cunhado<br />

Ezio da Silveira, onde permaneceu<br />

por seis anos: “Um tempo de felicidade<br />

na cantina, pois convivia com os<br />

jovens e o Ieba estava despontando<br />

como uma das melhores escolas da<br />

região”, lembra Eudes.<br />

CONTINUA NAS PÁGINAS SEGUINTES<br />

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