Fragmentos poemas e ensaios
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MEU CANTO<br />
Meu canto é assim... terno<br />
Como a real chama<br />
Do lírico fogo eterno<br />
Que arde e não cansa.<br />
Vida, vitória vilã<br />
Meu canto te canta<br />
E eu te canto como fã.<br />
Mas já não sei se há no peito, tanta...<br />
Meu canto... de fato<br />
É alimento meu, do meu corpo<br />
Por causa dele, no impacto do ato<br />
Sinto-me vivo, vivo e não morto...<br />
Já é hora de viver o meu canto<br />
De mostrar o meu sol e o céu sem nuvem<br />
De cantar e cantar e cantar o quanto<br />
Importa a minha fortuna: ser um simples homem.<br />
MÃE - NATUREZA<br />
Mãe-Natureza, tua voz<br />
Nos faz perceber uma luta<br />
Diária, potente e veloz<br />
Contra quem não ama a tua fruta.<br />
Talvez, quem sabe um dia<br />
Possa tu, mãe-natureza<br />
Traduzir-te rara, e como o poeta diria:<br />
Com a mais cristalina beleza!<br />
Mãe, transpõe tua força<br />
Para esta canção que teço<br />
E para que eu grite (assim não esqueço)<br />
Que tu estás ao pé da forca...<br />
Mãe, não há de ser nada<br />
A fé secreta que te habita<br />
Não traz a morte anunciada<br />
Mas, ao contrário, a vida, decidida!<br />
LOUCURA<br />
Meu braço forte traz um segredo<br />
A doce loucura de ser louco<br />
Por isso canto já rouco<br />
O lado alado do medo.<br />
Trago queimando um cheiro de luz<br />
Vivo ser vivo, ser morto;<br />
Meu coração me conduz<br />
Ao nada, ao tudo deposto.<br />
Meu pulso ainda sente a loucura<br />
De ver-me vivo em sangue<br />
Minha alma pede: que eu não me engane,<br />
Esta não é uma real cura...<br />
24<br />
Eu sou um caro<br />
Trago a morte, trago a ira,<br />
Sou raro,<br />
Não corro perigo, corro pra vida!