Fragmentos poemas e ensaios

“Narratologia Filmo-Literária” do Programa de Doutoramento
em Teoria da Literatura e Literatura Comparada
da Universidade de Santiago de Compostela (Galícia-
Espanha), ministrado pelo prof. Dr. Dario Villanueva,
membro da Real Academia Espanhola. De forma lúcida,
Carlinhos reflexiona sobre a maneira como o livro de
Graciliano Ramos foi vertido para a linguagem e o
formato cinematográficos. Vale a pena ler este ensaio
verdadeiramente instigante. Li-o logo em seguida a
sua escritura. Lê-lo agora foi recordar um pouco da
nossa trajetória como estudantes estrangeiros numa
universidade estrangeira.
Com relação a sua faceta poética, quase todos
os poemas incluídos no livro são fragmentos-notas
harmonizadas dentro da partitura imagética pela
metáfora do “Punhal de Defesa”, exercido pela
válvula de escape inerente à própria poesia como
atividade vital e visceral. Todo poeta, como ser
sensível que é, sente em carne viva a dura realidade
da vida, suas agruras, seus dissabores, suas
trapaças, seus infortúnios. Incapaz de empunhar
armas reais e letais, ele empunha os seus versos
contra tudo e contra todos. Em “Andanças” solitárias
e noturnas, tentando compreender a “Loucura”
de um mundo opressor e sem sentido, empunha o seu
canto como espada e bandeira, provando que, acima
de tudo, “Somos tons” dissonantes no concerto
da harmonia das esferas. Há que frisar-se ainda
que “Somos tons” foi musicado, juntamente com “A
Noite”, pelo cantor e instrumentista Marcelo Justa.
Este último, inclusive, foi finalista do 1º
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