Fragmentos poemas e ensaios
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tância social do ato de ler. Assim, em decorrência desse contexto,<br />
o exercício pedagógico de formar leitores, objetivando<br />
aproximá-los da leitura prazerosa e/ou necessária e reforçar o<br />
potencial de leitor que há em todos nós, exige diálogos, respostas<br />
convincentes a diferentes questionamentos e visões - concomitantemente<br />
- sociais, culturais, políticas, estéticas e, até<br />
mesmo, lúdicas. Mas...<br />
Podemos observar problemas dentro dessa esfera. Há perguntas<br />
que se impõem: os professores que insistem com seus alunos<br />
que é preciso ler, leem o quê? Qual a concepção de leitura para<br />
eles? O que eles pensam da leitura? Para eles, em que sentidos<br />
para a formação humana ela é importante? Eles a reconhecem como<br />
uma prática vital no mundo moderno? Entendem as suas funções<br />
socioculturais-ideológicas? Observam-na como um lugar privilegiado<br />
de transmissão de conhecimentos e crenças? Valorizam-na<br />
como um jogo de linguagem que ajuda a entender o mundo e até a<br />
transformá-lo? Destacam-na como partícipe das relações sociais<br />
entre as pessoas? Percebem-na como uma atividade cognitiva, que<br />
envolve processos mentais como a atenção, a percepção, a memória<br />
e o pensamento? Resumindo: o que a leitura significa e se constitui<br />
para os nossos mestres?<br />
Esses questionamentos se<br />
impõem em virtude da constatação<br />
de que há professores<br />
que não sabem ler. E a falta<br />
de leitura de um elemento tão<br />
importante em todo esse processo<br />
de aprendizagem, multifuncional<br />
e extremamente com-<br />
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