RCIA - ED. 118 - MAIO 2015

1955: Valentim, Coca,
Brunetti, Vitoriano, Jaime
e Geraldo Cataneu;
Rubinho, Bistacanga,
Fordinho, Vadinho e Tuga
1954: Zé Palito, Petica, Coca, Ibaté, Citi, Mário Cavalo e Geraldinho
Cataneu; Nardinho, Bista, Canhotinho, Vadinho e Vail Motta
Próximo à sede da Atlética, haviam
as colônias nas quais os ferroviários
residiam. Saiam logo cedo, a pé, para
entrar às 8h no trabalho e sair às 18h
quase todos os dias. Isso se não aparecesse
uma hora extra a ser cumprida
no final de semana. Não importava. Os
ferroviários trabalhavam e se divertiam
durante este meio tempo que restava
com a bola.
Pércio Damázio, de 87 anos, foi treinador
da equipe por vários anos tendo
João Ferreira da Silva, presidente, ao
Pérsio guarda a
medalha alusiva à
disputa entre ferrovias
seu lado. Os treinamentos eram realizados
durante ou nos fins de semana
e, em algumas ocasiões, até anoitecer.
“Fazíamos o seguinte treinamento:
Combinávamos de nos encontrar em
certo ponto da colônia e, para aquecer,
marchávamos na rua. Eu ditava o ritmo
no “1, 2, 3, 4. 4, 3, 2, 1”. Sempre dava
certo. Depois trabalhávamos com bola
no estádio (risos)”.
Dos campeonatos internos em que
a Atlética disputava com outras ferrovias
espalhadas pelo estado, Damázio
guarda um chaveiro que marca uma de
suas conquistas com o time. Porém, o
que ele amou mais fazer pelo time ferroviário,
foi uma escola de samba. Primeiro,
durante a década de 70, começou
com a “Pra Frente Brasil”, alusivo à
música que foi “enredo” da campanha
do Brasil durante a Copa de 1970, carregando
as cores verde e amarelo.
“Depois de ter participado da “Pra
Frente Brasil”, teve a ideia de fazer uma
escola de samba voltada para os ferroviários
da Estrada de Ferro. Foi algo
que marcou para mim e o projeto acabou
saindo. Foi um grande prazer fazer
samba por um lugar que trabalhei durante
a minha vida toda”.
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