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RCIA - ED. 118 - MAIO 2015

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A HISTÓRIA<br />

Atletas se juntam e<br />

recordam as histórias<br />

Por longo tempo, a Atlética<br />

teve como presidente João<br />

Ferreira da Silva, que acabou<br />

sendo eleito vereador em vários<br />

mandatos. Embora afastada<br />

das competições amadoras,<br />

mantém seu belo patrimônio<br />

em região privilegiada na Vila<br />

Xavier.<br />

Aos 90 anos, Indalécio Nicolau<br />

também passou a vida na ferrovia e se<br />

aventurou nos gramados da Atlética.<br />

De estatura baixa e com pulmão de aço<br />

até hoje, o ex-lateral-direito conta que<br />

ajudou muito o time e recorda o único<br />

gol que marcou: “Em um campeonato<br />

interno que disputamos em São Paulo,<br />

enfrentamos a Paulista local na Barra<br />

Funda. Perdemos por 5x2 com um<br />

gramado horroroso. Quando o jogo estava<br />

3x1, após um bate rebate dentro<br />

da área, a bola sobrou para mim e não<br />

perdi a chance. Foi o meu gol com a camisa<br />

atleticana”.<br />

Indalécio reside a um quarteirão e<br />

meio do estádio da Atlética. Lá era a antiga<br />

colônia que abrigava os ferroviários<br />

e suas famílias. “Se bobear só tem eu e<br />

mais uns três vivos daquela época (rs).<br />

Lembro com carinho de tudo aquilo.<br />

Quase perto da minha casa ficava uma<br />

porteira que dava acesso às colônias<br />

e tinha bastante animal em volta. Foi<br />

uma época boa e de muita felicidade.<br />

Era mais amor ao futebol. Hoje é quase<br />

uma obrigação jogar bola. Tem que ter<br />

Atlética, representando a Paulista<br />

participou dos Jogos Operários<br />

de 1° de Maio de 1968. Pérsio<br />

Damázio e João Ferreira da Silva,<br />

lado a lado na primeira fila<br />

paixão no que se faz”.<br />

Foi através da Atlética,<br />

no final dos anos 80, que<br />

se formou mais um time<br />

de veteranos e uma grande<br />

amizade surgia para durar<br />

até hoje. “Quase não treinávamos<br />

antes das partidas.<br />

Era quase tudo na base da<br />

conversa para saber aonde<br />

cada um jogaria no campo.<br />

Não tínhamos uma posição<br />

fixa. Sempre jogamos por<br />

pura diversão e amizade”,<br />

conta Estéfano Keller Netto,<br />

ex-jogador da Atlética.<br />

Em bate-papo com os<br />

jogadores reunidos na sala<br />

de troféus na sede do clube,<br />

muitas histórias foram contadas<br />

e grandes momentos relembrados.<br />

Dentre as principais recordações estão<br />

os jogos contra o Clube Atlético Taquaritinga<br />

(CAT) e Benfica. “Em Araraquara o<br />

nosso rival foi o Benfica. Todos éramos<br />

amigos do pessoal, mas quando a bola<br />

rolava, cada um defendia seu lado”, conta<br />

Adail Aparecido Francisco, o Traíra.<br />

Em um desses jogos contra a equipe<br />

do bairro Carmo, um fato inusitado.<br />

Por alguns minutos do segundo tempo,<br />

a Atlética atuou com 12 jogadores na<br />

linha sem que o juiz notasse. “Na volta<br />

1994: Piroqueta,<br />

Jairão, Miro, Alécio,<br />

Traíra, Nivaldão,<br />

João, Mané,<br />

Estéfano, Milton,<br />

Sapo e Adair;<br />

Sassá, Vavá, Jomar,<br />

Wilsinho, Dinho<br />

Barba e Claudinho<br />

Jomar Corrêa de Lima, João Batista Corrêa de Lima, Nivaldo<br />

Raimundo Gomes, Edson Aparecido de Souza, Valmir Rogério<br />

da Silva (Dinho), Cláudio Luis Ribeiro, Estéfano Keller Neto,<br />

Alécio Marques de Mendonça e Adail Aparecido Francisco<br />

(Traíra) reunidos para foto especial da nossa revista<br />

para o segundo tempo, entramos com<br />

um jogador a mais sem que percebessem.<br />

Alguns minutos se passaram e os<br />

jogadores do Benfica foram falar para<br />

que o árbitro parasse o jogo e contasse<br />

quantos jogadores a nossa equipe<br />

tinha. Foi muita malandragem (risos)”,<br />

relembra o ex-atacante Claudio Luis<br />

Ribeiro, o Claudinho Neguinho, que diz<br />

ter mais de 600 gols com a camisa atleticana.<br />

Hoje, o clube é administrado por<br />

Edson Aparecido de Souza, o Legui.<br />

A Atlética abriga atualmente jogos do<br />

Campeonato Interbairros da cidade.<br />

“Antes o clube trabalhava com a equipe<br />

amadora e juvenil, mas isso se perdeu<br />

com o tempo pela falta de estrutura e<br />

interesse no futebol amador. De vez em<br />

quando recebemos outros jogos, mas<br />

o Interbairros acontece todo sábado e<br />

domingo aqui em nossa sede”.<br />

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