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RCIA - ED. 118 - MAIO 2015

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Manasses Zanaro, ex-pintor letrista<br />

do Sul. Das oito categorias em que participou,<br />

ganhou em seis.<br />

“Hoje a tatuagem em si mudou muito,<br />

em relação a equipamentos (máquinas<br />

e tinta), até com a fiscalização sanitária.<br />

Dá para sentir a diferença de trabalho em<br />

cada tatuador dentro deste ambiente”.<br />

Porém, o tatuador aponta os cuidados<br />

com os materiais que são vendidos no<br />

mercado. “Tem muita gente que vende<br />

qualquer material. Há um certo cuidado<br />

com quem você negocia, de onde vem a<br />

tinta, por exemplo. Há pigmentos que não<br />

são de qualidade para a nossa pele e isso<br />

pode influenciar na hora de desenhar”.<br />

Sobre o preconceito, Naamã acha que<br />

dependendo da pessoa, o preconceito já<br />

vem da família, levando até para a área<br />

profissional, na hora de uma entrevista<br />

de emprego. “Falta personalidade para<br />

algumas pessoas. Daqui um tempo, uma<br />

pessoa sem tatuagem poderá ser considerada<br />

uma estranha perto das outras”.<br />

Qualquer pessoa pode ter tatuagem. A<br />

partir da primeira, você cria a ideia de fazer<br />

mais pelo corpo. Mas, e tatuar o corpo<br />

inteiro? Da cabeça aos pés? O empresário<br />

Theibson Martins fez sua primeira tatuagem<br />

com 21 anos, um tribal no braço. A<br />

partir dali começou a tomar gosto pela coisa<br />

e se aproximou dos desenhos orientais,<br />

tendo todo o corpo, praticamente, esculturado.<br />

“Escolhi a primeira tatuagem pela<br />

moda do momento. Como não tinha muitas<br />

ideias para continuar uma outra tatuagem,<br />

fui recebendo dicas e ideias, até surgir<br />

desenhos e mais desenhos pelo meu<br />

corpo”.<br />

Theibson recebeu críticas da família,<br />

mas com o tempo foi mudando esse conceito<br />

e hoje é proprietário de sorveteria.<br />

“Na minha cabeça, o preconceito das pessoas,<br />

hoje, ainda está na ligação com o<br />

desenho, se é de qualidade ou não. O tratamento<br />

pode ser diferente. Como possuo<br />

estabelecimento com grande rotatividade,<br />

eu tenho pessoas que trabalham comigo<br />

que possuem tatuagem e não vejo problema<br />

algum”.<br />

Tatuagem pode ser considerada como<br />

um estilo de vida, algo libertador e que ajuda<br />

a quebrar o preconceito entre pessoas<br />

até mesmo pelas etnias. “A pessoa pode<br />

levar um susto ao ver um corpo tatuado.<br />

Mas quebra o preconceito dela conversando<br />

com uma pessoa tatuada e ver qual é<br />

o seu pensamento sobre determinados<br />

assuntos”.<br />

Naamã é considerado um dos experts em<br />

tatuagem na cidade; ele exibe com orgulho a<br />

ferramenta que lhe gera riqueza e talento<br />

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