RCIA - ED. 118 - MAIO 2015
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Manasses Zanaro, ex-pintor letrista<br />
do Sul. Das oito categorias em que participou,<br />
ganhou em seis.<br />
“Hoje a tatuagem em si mudou muito,<br />
em relação a equipamentos (máquinas<br />
e tinta), até com a fiscalização sanitária.<br />
Dá para sentir a diferença de trabalho em<br />
cada tatuador dentro deste ambiente”.<br />
Porém, o tatuador aponta os cuidados<br />
com os materiais que são vendidos no<br />
mercado. “Tem muita gente que vende<br />
qualquer material. Há um certo cuidado<br />
com quem você negocia, de onde vem a<br />
tinta, por exemplo. Há pigmentos que não<br />
são de qualidade para a nossa pele e isso<br />
pode influenciar na hora de desenhar”.<br />
Sobre o preconceito, Naamã acha que<br />
dependendo da pessoa, o preconceito já<br />
vem da família, levando até para a área<br />
profissional, na hora de uma entrevista<br />
de emprego. “Falta personalidade para<br />
algumas pessoas. Daqui um tempo, uma<br />
pessoa sem tatuagem poderá ser considerada<br />
uma estranha perto das outras”.<br />
Qualquer pessoa pode ter tatuagem. A<br />
partir da primeira, você cria a ideia de fazer<br />
mais pelo corpo. Mas, e tatuar o corpo<br />
inteiro? Da cabeça aos pés? O empresário<br />
Theibson Martins fez sua primeira tatuagem<br />
com 21 anos, um tribal no braço. A<br />
partir dali começou a tomar gosto pela coisa<br />
e se aproximou dos desenhos orientais,<br />
tendo todo o corpo, praticamente, esculturado.<br />
“Escolhi a primeira tatuagem pela<br />
moda do momento. Como não tinha muitas<br />
ideias para continuar uma outra tatuagem,<br />
fui recebendo dicas e ideias, até surgir<br />
desenhos e mais desenhos pelo meu<br />
corpo”.<br />
Theibson recebeu críticas da família,<br />
mas com o tempo foi mudando esse conceito<br />
e hoje é proprietário de sorveteria.<br />
“Na minha cabeça, o preconceito das pessoas,<br />
hoje, ainda está na ligação com o<br />
desenho, se é de qualidade ou não. O tratamento<br />
pode ser diferente. Como possuo<br />
estabelecimento com grande rotatividade,<br />
eu tenho pessoas que trabalham comigo<br />
que possuem tatuagem e não vejo problema<br />
algum”.<br />
Tatuagem pode ser considerada como<br />
um estilo de vida, algo libertador e que ajuda<br />
a quebrar o preconceito entre pessoas<br />
até mesmo pelas etnias. “A pessoa pode<br />
levar um susto ao ver um corpo tatuado.<br />
Mas quebra o preconceito dela conversando<br />
com uma pessoa tatuada e ver qual é<br />
o seu pensamento sobre determinados<br />
assuntos”.<br />
Naamã é considerado um dos experts em<br />
tatuagem na cidade; ele exibe com orgulho a<br />
ferramenta que lhe gera riqueza e talento<br />
65