RCIA - ED. 118 - MAIO 2015
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de Adair, com o qual sempre contou e<br />
colaborou muito para que a Atlética não<br />
chegasse ao seu fim.<br />
“Cheguei à presidência do clube por<br />
indicação de quem frequentava a Atlética<br />
ainda. Os jogadores, que sempre considerei<br />
como grandes irmãos, me acolheram<br />
e me quiseram no comando da<br />
Atlética”. Feita a vontade, Cidinha colocou<br />
ordem na casa. Sempre cuidava da<br />
sala de troféus fazendo a limpeza toda<br />
semana e quando aconteciam os jogos,<br />
ficava tomando conta do bar, mas sem<br />
tirar o olho do campo.<br />
“Certa vez tive<br />
que entrar no campo<br />
para separar a<br />
briga dos marmanjos<br />
com o juiz. Eu<br />
me transformava<br />
quando via aquilo”.<br />
Segundo a então<br />
A camisa da Atlética hoje<br />
no Museu do Futebol em<br />
nossa cidade<br />
Cidinha Pavanelli -<br />
um amor incontido<br />
pelo clube<br />
Nomes considerados lendários em nosso<br />
futebol amador e na Atlética: Pérsio Damázio<br />
(87 anos) e Indalécio Nicolau (90 anos)<br />
presidente Cidinha, muitos homens<br />
viam a administração dela com certo<br />
preconceito, o que não a abateu durante<br />
sua administração. “Na época tinha<br />
gente que olhava torto pra mim. E eu<br />
queria estar lá por vontade própria, não<br />
para chamar atenção. Tive orgulho de<br />
presidir um clube e quebrar com esse<br />
preconceito que o homem sempre impôs<br />
sobre a mulher. Foi uma vitória pessoal<br />
para mim”.<br />
Dos trilhos que muitos ferroviários<br />
participaram, sempre um vagão ficará<br />
na lembrança. A Atlética fez nome em<br />
nossa cidade e muitos jogadores passaram<br />
por lá, como Vail Mota, que se<br />
tornaria técnico da Ferroviária que mais<br />
vezes comandou a equipe, e do centroavante,<br />
que hoje brilha no Palmeiras, Rafael<br />
Marques. A Atlética é viva e está perpetuada<br />
em nossas memórias e sentidos.<br />
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