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Revista Apólice #248

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Ano 24 - nº 248<br />

Outubro 2019<br />

Especial Corretor<br />

Conhecimento e<br />

tecnologia são aliados na<br />

distribuição de seguros<br />

Como a profissão de<br />

corretor de seguros<br />

evoluiu nos últimos anos<br />

CONHEÇA OS<br />

VENCEDORES<br />

DO PRÊMIO<br />

MELHORES DO<br />

SEGURO 2019<br />

PASI 30 ANOS<br />

Produto nasceu para atender<br />

os menos favorecidos<br />

O seguro de vida com indenização em 24h recebeu, ao longo<br />

dos anos, novas coberturas para fortalecer o seu caráter social


editorial<br />

Ano 24 - nº 248<br />

Outubro 2019<br />

Esta revista é uma<br />

publicação independente<br />

da Correcta Editora Ltda<br />

e de público dirigido<br />

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Os artigos assinados são de<br />

responsabilidade exclusiva de<br />

seus autores, não representando,<br />

necessariamente, a opinião desta<br />

revista.<br />

Uma profissão nova<br />

a cada dia<br />

O grande desafio da atualidade, para qualquer pessoa, é aprender a<br />

se reinventar. Quem perde o seu emprego, e não tem uma qualificação<br />

muito elevada, busca alternativas no mercado informal. Quem, como<br />

eu, escrevia para leitores analógicos, agora precisa se adaptar às novas<br />

possibilidades digitais.<br />

É nesta busca pela reinvenção que encontramos novos talentos.<br />

Assim será também para os corretores de seguros. Ao longo das minhas<br />

coberturas pelo Brasil e pelo exterior, continuo com a percepção de que<br />

o profissional que atua com seguros precisa encontrar novas formas<br />

de chegar até o cliente. O perfil profissional mais eficiente será aquele<br />

híbrido, capaz de conversar com várias gerações de consumidores.<br />

Para quem não consegue fazer isso, não há problema. A cultura<br />

atual do compartilhamento nos leva a procurar parceiros que tenham<br />

habilidades complementares às nossas. O futuro profissional dos<br />

corretores pode levá-los à parceria com outros corretores. Ainda existe<br />

a possibilidade de caminhar sozinho, mas com o auxílio de empresas<br />

especializadas em criar novos canais.<br />

API é a tecnologia de agora, que abre inúmeras possibilidades de<br />

criar novos produtos e novas formas de distribuição, além de melhorar a<br />

jornada do cliente. Se você ainda não sabe o que isso, informe-se. É uma<br />

tecnologia simples, barata e capaz de proporcionar, realmente, coisas<br />

novas para o mercado.<br />

Boa leitura!<br />

Diretora de Redação<br />

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<strong>Revista</strong> <strong>Apólice</strong><br />

Mande suas dúvidas, críticas e sugestões para redacao@revistaapolice.com.br<br />

3


sumário<br />

6<br />

11<br />

14<br />

18 |<br />

24 |<br />

30 |<br />

36 |<br />

40 |<br />

41 |<br />

52 |<br />

66 |<br />

4<br />

|<br />

|<br />

|<br />

painel<br />

gente<br />

capa<br />

PASI nasceu com uma missão social a cumprir e já completa 30 anos de<br />

atuação, agora agregando novos benefícios, mas sem perder o foco nos<br />

menos favorecidos<br />

especial corretor<br />

distribuição<br />

Modelo híbrido de distribuição, com alinhamento entre tecnologia e<br />

conhecimento, deve facilitar o trabalho do corretor de seguros para<br />

distribuir seguros com qualidade<br />

profissão<br />

As transformações da sociedade se refletem na atuação dos corretores.<br />

Vamos conhecer histórias de profissionais que, durante décadas, se<br />

dedicaram à corretagem<br />

eventos<br />

21º Congresso Brasileiro<br />

Encontro foi marcado por boas notícias para o setor, como o despertar das<br />

seguradoras para atuação contra as associações de proteção veicular<br />

itc 2019<br />

Seis mil pessoas foram a Las Vegas para conhecer as tendências em termos<br />

de novas tecnologias voltadas para o mercado de seguros. Delegação<br />

brasileira bateu recorde<br />

tecnologia<br />

Omint mostra que transformação digital é necessária em qualquer<br />

segmento, independente do porte das empresas. Em saúde, o panorama<br />

é o mesmo<br />

prêmio melhores do seguros<br />

A 10ª Edição do Prêmio Melhores do Seguro, organizado pela <strong>Revista</strong><br />

<strong>Apólice</strong>, reuniu mais de 200 pessoas em uma noite de integração e de<br />

comemoração pelos resultados alcançados pelas corretoras de seguros<br />

cases<br />

• Alper<br />

• D’ Or consultoria<br />

• Frico<br />

• Grupo Exalt<br />

• Gigliotti<br />

• GC do Brasil<br />

• Junker<br />

• Livonius<br />

• Meireles & Mantey<br />

• Minuto Seguros<br />

• Rede Lojacorr<br />

• Seguros do Brasil<br />

• Sicoob<br />

• Miura<br />

• Styllo<br />

• TGL<br />

comunicação<br />

14<br />

30<br />

18<br />

41


painel<br />

• ntecnologia<br />

Nova<br />

plataforma<br />

de cotação<br />

para D&O<br />

• nação social<br />

Sincor-SC promove campanha de<br />

prevenção de acidentes<br />

O Sincor-SC, em conjunto com o Corpo de Bombeiros de<br />

Blumenau, realizou palestra de prevenção e primeiros socorros<br />

no Centro de Referência de Assistência Social - CRAS do<br />

Bairro Fidelis, em Blumenau/SC, ministrado pelo Subtenente<br />

Valério Valmor Pereira e Nilso Gonçalves, do Sindicato.<br />

O tema foi voltado às futuras mamães, com o objetivo de<br />

prevenir as parturientes sobre os perigos que se tem na casa,<br />

em especial com as crianças.<br />

Segundo Marina Neufeld Schechner, head de RC Geral<br />

e Linhas Financeiras da Swiss Re Corporate Solutions, “o empresário<br />

pode ter que se desfazer de bens para arcar com<br />

os custos e perdas em processo de responsabilidade civil”.<br />

Para facilitar o dia a dia dos corretores, já está disponível<br />

a plataforma de cotação online de D&O da seguradora.<br />

Com ela, em 5 minutos o corretor faz desde a cotação até<br />

a emissão de uma apólice. “A plataforma certamente vai<br />

ajudar os corretores na oferta do D&O aos seus clientes,<br />

principalmente pequenas e médias empresas, colaborando<br />

com a diversificação de suas carteiras. O objetivo é facilitar<br />

a operação do corretor, que necessita de soluções simples<br />

e eficientes para apoiar as vendas”, complementa Marina.<br />

• ncampanha de incentivo<br />

Ameplan Saúde anuncia grandes novidades para o último<br />

trimestre de 2019<br />

Em 30 de setembro terminou mais uma campanha<br />

de vendas da Ameplan Saúde. Intitulada<br />

“3 em 1 com a Ameplan Saúde”. A operadora<br />

apostou no valor que as campanhas de vendas<br />

promovem para os profissionais ligados<br />

à missão de vender um serviço de assistência<br />

médica e hospitalar para o público de baixa renda.<br />

Um público que muitas vezes é levado a escolher<br />

entre pagar as contas de consumo e o boleto do plano<br />

de saúde, mas ainda manifesta interesse por este serviço<br />

como um dos mais importantes na sua escala de desejos.<br />

A Ameplan Saúde nunca deixou de acreditar e apostar<br />

em suas convicções. Nesta jornada, nunca deixou de levar<br />

reconhecimento extra para aqueles que são fundamentais para<br />

o alcance destes objetivos.<br />

A partir de outubro, com competências construídas a<br />

partir do aprimoramento de sua gestão de riscos e com o<br />

início da verticalização dos seus serviços, a operadora vai<br />

oferecer um desconto em seus valores de vendas dos planos<br />

PME (Pequenas e Médias Empresas) e planos<br />

de Adesão para Pessoas Físicas, através de<br />

entidades de classes.<br />

A baixa atividade econômica nos últimos<br />

anos provocou uma sensível retração no total<br />

de beneficiários atendidos pelo sistema suplementar.<br />

Movimento que trouxe enormes dificuldades<br />

para os micro e pequenos empresários,<br />

grandes contratantes de planos de saúde como forma de<br />

reduzir custos pessoais e de terceiros.<br />

A Ameplan Saúde recompensa esses parceiros com índices<br />

de reajustes mais baixos que os seus concorrentes (pool de<br />

risco) e não compromete seus indicadores de sinistralidade.<br />

Mais uma razão para focar mais nos novos entrantes neste<br />

segmento.<br />

Estas novidades foram anunciadas em um almoço para os<br />

seus principais parceiros de negócios, no dia 11 de Outubro,<br />

data em que também foram anunciados os vencedores da<br />

campanha de Vendas “3 em 1 com a Ameplan Saúde”.<br />

6


• nevento<br />

Em busca da integração nacional através de Fórum<br />

No próximo dia 7 de<br />

novembro o Sincor RO-AC<br />

irá promover o 1º Fórum<br />

de Seguros dos Estados de<br />

Rondônia e Acre, que terá<br />

como tema principal “Os<br />

novos Rumos do Mercado<br />

– Ameaças e Oportunidades”.<br />

O evento será direcionado<br />

para os corretores.<br />

O Presidente do Sincor<br />

RO-AC, José Luis Soares de<br />

Souza, relata que existe<br />

um fator chave para que o<br />

evento seja um divisor de águas na região: a integração<br />

nacional. “Estamos buscando fazer a integração junto<br />

com a Federação para que fiquemos mais próximos um<br />

dos outros. Estamos nos esforçando cada dia mais para<br />

alcançar a unidade para o bom desenvolvimento do mercado.<br />

Estamos atraindo<br />

pessoas que nunca estiveram<br />

em Porto-Velho ou<br />

no Acre e que virão para<br />

a capital de Rondônia<br />

para prestigiar o evento”,<br />

analisa.<br />

Em 2018, a região Norte<br />

apresentou números de<br />

vendas acima da média<br />

nacional. Na somatória, a<br />

região computou aumento<br />

de 70,64%, enquanto<br />

a média ficou em 2,90%.<br />

No segmento Auto, por exemplo, os números regionais<br />

alcançaram crescimento de 18,81%, contra 10,57% da<br />

média nacional. O seguro de Pessoas aumentou a sua<br />

distribuição em 18,81%, ao passo que os números nacionais<br />

ficaram em 11,67%.


painel<br />

• ncomemoração<br />

Rede completa 23 anos<br />

de atuação<br />

A Rede Lojacorr completa 23 anos de<br />

atuação no Brasil em outubro. Além de reunir<br />

mais de 50 soluções em produtos e serviços<br />

para as corretoras, formando um ecossistema<br />

de marcas que juntas ajudam o brasileiro a se<br />

proteger mais e melhor, a Rede Lojacorr está em<br />

22 Estados do Brasil e no Distrito Federal, em<br />

54 Unidades de Negócios, que atendem mais de<br />

três mil municípios do território nacional, que reúnem mais de<br />

1200 corretores de seguros, somando 360 mil apólices ativas.<br />

De acordo com José Heitor da Silva, presidente da Holding<br />

HDAS e fundador da Rede Lojacorr, é uma honra entregar<br />

para o Brasil ume empresa sólida com 23 anos de atuação,<br />

justamente no mês de comemoração do corretor (dia 12/10).<br />

“Nós estamos sempre com o ouvido no trilho do trem, ouvindo<br />

e desenvolvendo soluções através das sugestões dos corretores<br />

de seguros. Estamos agora planejando a transformação necessária<br />

para os próximos 23 anos. Somos muito gratos aos<br />

corretores parceiros a aos seguradores que acreditaram em<br />

nossos propósitos”, explica.<br />

Já o CEO da Rede Lojacorr, Diogo Arndt Silva, diz que<br />

a Rede deve deixar um legado para o mercado segurador, no<br />

sentido da inovação na forma de fazer negócios e nos modelos<br />

de conexões que a empresa fomenta. “Sempre acreditamos<br />

na importância dos corretores de seguros como agentes do<br />

desenvolvimento econômico e social. Com isso em mente,<br />

buscamos por intermédio da Rede criar soluções para que<br />

o corretor tenha um amplo portfólio de produtos e uma plataforma<br />

de tecnologia capaz de otimizar seu crescimento.<br />

Assim estamos criando condições para que a indústria da<br />

proteção alcance cada vez mais brasileiros com seus produtos<br />

e soluções”, finaliza.<br />

• naniversário<br />

Sincor-SP celebra 85 anos com selo e carimbo comemorativos<br />

Em sessão solene na Assembleia Legislativa de São<br />

Paulo, o Sindicato dos Corretores de Seguros de São Paulo<br />

(Sincor-SP) celebrou seu aniversário de 85 anos com selo e<br />

carimbo comemorativos, além de receber diversas homenagens<br />

do setor. Representando o governador, João Dória,<br />

esteve presente o secretário em exercício da Casa Civil do<br />

Estado de São Paulo, Antonio Carlos Rizeque Malufe, que<br />

homenageou a entidade. “Temos muito apreço pelo Sindicato<br />

e sabemos dos desafios complexos enfrentados pelo<br />

setor. Por isso, deixo meus parabéns e cumprimentos nesta<br />

data tão especial”, completou.<br />

O presidente do Sincor-SP, Alexandre Camillo, agradeceu<br />

aos presentes, inclusive a patrona do evento, a deputada<br />

estadual Marta Costa (PSD-SP) e, principalmente, aos corretores<br />

de seguros que fizeram com que o Sincor-SP chegasse<br />

aos 85 anos, altamente credibilizado para discutir os interesses<br />

do setor como um todo. “Cumpre-nos parabenizar e<br />

agradecer a toda a categoria que esteve lado a lado com o<br />

Sincor-SP, possibilitando que a instituição percorresse essa<br />

jornada de lutas e de conquistas. A categoria dos corretores<br />

de seguros foi a razão e o porquê de estarmos há 85 anos<br />

tão ativos e chegando firmes a este momento”.<br />

Durante a cerimônia, também foi feita a obliteração de<br />

selo e carimbo comemorativos aos 85 anos, em parceria<br />

com os Correios. O carimbo ficará disponível por 30 dias,<br />

na agência de Correios Central de São Paulo, situada no<br />

prédio histórico dos Correios, no Vale do Anhangabaú.<br />

Nesse período, as cartas postadas na agência receberão o<br />

carimbo alusivo. Passado esse prazo, a peça será disponibilizada<br />

para colecionadores na agência de vendas à distância<br />

dos Correios, no Rio de Janeiro, por 120 dias e, depois, será<br />

incorporada ao acervo do Museu dos Correios, em Brasília.<br />

8


• nestudo<br />

Pesquisa aponta motivos para as<br />

pessoas contratarem um seguro de vida<br />

A Liberty Seguros apresentou<br />

dados de sua pesquisa com foco no<br />

seguro de vida. Em parceria com uma<br />

empresa de consultoria, a companhia<br />

abordou diversas frentes da relação<br />

das pessoas com o seguro de vida, que<br />

vão desde fatores que influenciam no<br />

momento de contratar um serviço do<br />

segmento até os atributos que mais<br />

valorizam nos produtos.<br />

Ao longo da análise foi entrevistada<br />

uma amostra de 2 mil pessoas entre<br />

clientes, não-clientes e corretores. A<br />

pesquisa revelou que os entrevistados<br />

estão mais propensos a fechar esse<br />

tipo de seguro quando são influenciados<br />

por alguns acontecimentos<br />

de sua vida. Um exemplo disso é a<br />

chegada de um filho: 35% das pessoas<br />

que ainda não têm seguro de vida<br />

afirmam que se tornar pai ou mãe seria<br />

um fator relevante para a contratação<br />

do produto. A preocupação com um<br />

cônjuge, como no caso de um casamento,<br />

também é um fator<br />

decisivo para 15% dos<br />

entrevistados que ainda<br />

não têm o serviço.<br />

“O seguro de vida<br />

pode ser um grande<br />

aliado em diversos momentos<br />

da trajetória do<br />

segurado, não apenas<br />

uma proteção em caso<br />

de óbito”, explica Alexandre<br />

Vicente, diretor de<br />

Seguros de Pessoas da<br />

seguradora.<br />

• nassistência<br />

Ambulatório virtual para atender viajantes<br />

O ITA Seguro Viagem lançou o serviço<br />

de ‘ambulatório virtual’. A novidade<br />

é fruto de uma parceria com o hospital<br />

Albert Einstein. Desde 25 de setembro, os<br />

clientes que estão em viagem podem solicitar<br />

uma orientação médica a distância,<br />

através de uma vídeo-chamada.<br />

O processo é muito simples: quando<br />

o passageiro ligar para a central de atendimento<br />

solicitando uma orientação médica,<br />

ele receberá um link para fazer uma<br />

videoconferência a qualquer momento.<br />

Apenas nos casos envolvendo pediatria<br />

é que haverá um atendimento específico,<br />

das 10h às 22h, horário de Brasília (DF).<br />

“Esse serviço é uma exclusividade da empresa, que oferece a oportunidade de<br />

você pedir orientação de um médico altamente capacitado durante a sua viagem”,<br />

explica Evandro Leiras, gerente Geral.


painel<br />

• novidade<br />

Ezze Seguros chega ao mercado<br />

A Ezze Seguros começa a operar no mercado brasileiro<br />

com o objetivo de atuar inicialmente na modalidade de<br />

linhas financeiras, lançando produtos de seguro garantia<br />

com soluções customizadas para diferentes tipos de negócios.<br />

A empresa inicia sua operação com patrimônio<br />

líquido de R$ 30 milhões, com expectativa de prêmios<br />

de R$ 1 bilhão e meta de estar entre as 20 maiores seguradoras<br />

do país nos próximos 5 anos.<br />

A estrutura acionária da seguradora conta com 12<br />

sócios investidores, dois deles atuando diretamente na<br />

operação, Richard Vinhosa, presidente, e Ivo Jucá Machado,<br />

vice-presidente Comercial e de Marketing da Ezze.<br />

Dentre os principais produtos trabalhados inicialmente<br />

pela seguradora há um destaque para o Depósito<br />

Recursal, seguro que substitui os depósitos exigidos nas<br />

ações trabalhistas; Garantia Judicial, que substitui as cauções<br />

e/ou depósitos efetuados junto ao Poder Judiciário;<br />

e o Garantia de Bid/Performance, que garante obrigações<br />

assumidas pelo tomador em contratos firmados entre ele<br />

e o segurado.<br />

Richard Vinhosa, presidente da empresa, explica que<br />

a entrada no mercado, a partir desta modalidade, tem o<br />

objetivo de proporcionar uma experiência digital que<br />

integre toda a cadeia de serviços.<br />

“A decisão de começar a operar no mercado a partir<br />

de seguro garantia se deu em função do cenário de oportunidades<br />

que estão acontecendo, tais como licitações<br />

públicas que envolvem grandes riscos, nas quais essa<br />

modalidade de linhas financeiras tem uma boa demanda<br />

e uma tendência de aceleração. Além disso, a modalidade<br />

passou a ser aceita também como alternativa para as empresas<br />

após a entrada em vigor da reforma trabalhista”,<br />

esclarece.<br />

• nproduto<br />

Seguro Ambiental não é uma<br />

licença para poluir<br />

Alguns anos separam as tragédias de Mariana, em 2015,<br />

e Brumadinho, em 2019, ambas no estado de Minas Gerais.<br />

As barragens utilizadas para extração de minério de ferro se<br />

romperam e milhões de metros cúbicos de lama vazaram,<br />

devastando casas e ocasionando a morte de moradores e trabalhadores<br />

da mineradora.<br />

Nos dois casos, as empresas são obrigadas, por lei, a se<br />

responsabilizarem pelo material descartado ou por qualquer<br />

dano ambiental causado. Nathália Gallinari, gerente de Seguro<br />

Ambiental e Responsabilidade Civil da AIG, explica a<br />

importância do seguro ambiental e como a ferramenta pode<br />

contribuir na diminuição dos riscos: “o produto tem como<br />

função mitigar eventos que possam incluir a atividade poluente,<br />

seja na indústria, no transporte ou em uma obra. A seguradora<br />

faz uma análise técnica do risco, que leva em consideração o<br />

tipo de produto entocado, os materiais contaminantes e como<br />

esses resíduos são tratados e gerenciados”, explica.<br />

Após o rompimento da barragem de Mariana, em 2017, a<br />

procura pelo seguro aumentou e atingiu R$ 68,69 milhões de<br />

prêmios emitidos, totalizando um aumento de 27% em relação<br />

ao ano anterior.<br />

Após o caso de Brumadinho, o seguro ambiental apresentou<br />

um crescimento de 11% até julho de 2019. Para Katia<br />

Papaioannou, superintendente de RC e Ambiental da Marsh,<br />

o aumento equivale ao maior interesse das empresas em saber<br />

como funciona o produto. “Observamos que o mercado despertou<br />

e as empresas estão mais interessadas em entender como<br />

funciona o produto de Riscos Ambientais, quais as coberturas<br />

disponíveis e quais exposições podem ser mitigadas com a<br />

contratação desta apólice. Prova disso é que este ano tivemos<br />

um aumento considerável não só no número de consultas, mas<br />

também no número de contratação de apólices”, relata.<br />

10


GENTE<br />

CEO para a tecnologia<br />

A Quiver anunciou Fernando Rodrigues para o cargo<br />

de CEO. Seu objetivo é acelerar a estratégia de crescimento da<br />

companhia. Para isso, já foram traçados os planos de médio e<br />

longo prazo, seguindo tendências<br />

mundiais. “Nosso<br />

objetivo é levar ao mercado<br />

uma empresa ágil e antenada<br />

às necessidades das<br />

corretoras de seguros, para<br />

ajudá-las a superarem seus<br />

limites. Buscaremos excelência<br />

em nossos produtos<br />

e serviços, tendo como<br />

meta o encantamento dos<br />

nossos clientes a cada dia.<br />

Para isto, estamos montando<br />

um time com grande bagagem no mercado de software<br />

e de seguros”, explica.<br />

Novo diretor financeiro<br />

A CesceBrasil<br />

anunciou em setembro o<br />

executivo Mario Eguti<br />

como seu novo diretor<br />

financeiro.<br />

O executivo possui<br />

experiência profissional<br />

como auditor externo<br />

(Deloitte), auditando<br />

instituições financeiras,<br />

seguradoras, empresas<br />

de capitalização, fundos de pensão, corretoras e<br />

empresas de capital aberto.<br />

Para Cristina Salazar, country manager da<br />

empresa, a experiência do executivo aliada ao seu<br />

conhecimento em controladoria e finanças, especialmente<br />

no setor de seguros, permitirá dar andamento<br />

às estratégias da companhia no país. “Tenho certeza<br />

de que com sua capacidade, ele irá agregar bastante<br />

à equipe”.


GENTE<br />

Leandro Nunes assume área<br />

de seguros da Sabemi<br />

Há 10 anos à frente<br />

da área de Assistência<br />

Financeira da Sabemi,<br />

Leandro Nunes passa<br />

a responder também<br />

pelo braço de seguros<br />

da companhia. Com a<br />

saída de Antonio Pedrotti,<br />

que se desligou<br />

da empresa no último<br />

mês, Nunes torna-se o<br />

responsável pela operação<br />

das principais<br />

atuações da companhia<br />

no mercado.<br />

Com sua chegada nesta área, o executivo tem a expectativa<br />

de desenvolver novos canais de distribuição por<br />

meio de parcerias estratégicas. Outro ponto importante,<br />

em sua opinião, é implementar a venda digital de seguros,<br />

mantendo um melhor relacionamento com o cliente.<br />

“Estou bastante motivado com os desafios e projetos<br />

para o final deste ano e para os anos seguintes. Também<br />

me sinto confiante de que temos totais condições<br />

de superar qualquer dificuldade que possa surgir, pois<br />

temos a experiência e conhecimentos necessários”,<br />

declara Nunes.<br />

Formado em Administração de Empresas pela Unisinos,<br />

além de ter um MBA em Gestão de Estratégia de<br />

Pessoas pela FGV, o executivo veio do Banco Itaú.<br />

Armando Alcoforado chega<br />

à diretoria comercial da Ikê<br />

Assistência<br />

Armando Alcoforado assume diretoria comercial da Ikê<br />

com o objetivo de expandir a atuação da empresa no mercado<br />

de seguradoras e montadoras.<br />

O executivo terá a missão de manter o crescimento<br />

com rentabilidade e ganhar market share. “Nosso foco será<br />

manter a credibilidade da companhia no segmento, enquanto<br />

colocamos em prática estratégias voltadas para uma expansão<br />

de mercado”, explica.<br />

Foco no relacionamento<br />

com clientes<br />

Executivos internacionais<br />

A Liberty Mutual Insurance,<br />

junto à divisão Liberty<br />

Specialty Markets(LSM)<br />

– anunciou a nomeação de<br />

Alexander Montoya como<br />

presidente da LSM nos Estados<br />

Unidos, Bermudas e<br />

América Latina.<br />

No mesmo anúncio,<br />

a empresa também divulgou<br />

a chegada de Wilhelm<br />

Schaugg à equipe. Schaugg<br />

ingressa no time<br />

como head de Estratégia para as mesmas regiões, tendo<br />

atuado anteriormente como head de Linhas Comerciais &<br />

Resseguro no Global Retail Markets East da Liberty Mutual.<br />

A Assist Card nomeou Fernando Broder<br />

como Chief Information Officer (CIO). O executivo iniciou<br />

sua trajetória na empresa em 2008.<br />

“Como novo CIO, continuarei trabalhando para entregar<br />

o melhor serviço. Ajudamos os clientes para que<br />

toda vez que viajarem sintam que não estão sozinhos”,<br />

diz Broder.<br />

12


e Thais Ruco<br />

capa | pasi<br />

Uma missão social<br />

a cumprir<br />

Produto nasceu desenhado para atender as<br />

classes menos favorecidas. Foi desenvolvido<br />

e aprimorado ouvindo as demandas do<br />

público consumidor e atualmente vai muito<br />

além do propósito inicial<br />

Kelly Lubiato e Thais Ruco<br />

14


Vamos contar uma história que<br />

aconteceu há 30 anos, mas<br />

que continua muito atual.<br />

Usando as palavras que estão<br />

em alta, ela mostra que a inovação pode<br />

acontecer a qualquer momento, necessitando<br />

apenas da mudança do mindset<br />

dos líderes das empresas. Aplicando conceitos<br />

de MGA (Management General<br />

Agent), uma corretora de seguros criou<br />

um produto disruptivo e com conceitos<br />

sustentáveis para a sociedade.<br />

A história do PASI começa como um<br />

ato de coragem e ousadia de seu fundador.<br />

Era uma corretora como outra qualquer,<br />

de perfil genérico, que comercializava de<br />

tudo. Neste período, as empresas internacionais<br />

começavam a ocupar mais espaço<br />

e era preciso pensar “fora da caixa”. “O<br />

mais difícil foi determinar o rumo que<br />

queríamos tomar”, define Alaor da Silva<br />

Junior, fundador do PASI. “Conseguimos<br />

encontrar este norte em 1988, quando<br />

identificamos o perfil social do mercado<br />

segurador, que tinha uma lacuna. Não<br />

existia nenhuma modalidade de seguro<br />

específica para atender as classes menos<br />

favorecidas do País”, recorda.<br />

Nesta época, o presidente da Associação<br />

dos Servidores da Universidade<br />

Federal de Minas Gerais pediu que fosse<br />

desenvolvido um seguro para repor o caixa<br />

da entidade com valores gastos com o<br />

auxílio funeral fornecido às famílias dos<br />

associados. As famílias, que não tinham<br />

como arcar com o funeral, pediam dinheiro<br />

emprestado à associação, porém<br />

não conseguiam devolver este valor.<br />

Era indispensável que o seguro para<br />

cobrir este auxílio funeral tivesse um<br />

prêmio muito baixo. “Eu já estava aguçado<br />

para buscar uma solução e este foi<br />

o momento zero da mudança de nosso<br />

perfil. Assim nasceu a primeira ideia”,<br />

diz o fundador do PASI. “O desafio era<br />

fazer a reposição do valor (indenização)<br />

em um prazo máximo de uma semana.<br />

Basicamente, era um valor determinado<br />

para que a associação pudesse repor seu<br />

caixa”, diz.<br />

Do laboratório à realidade<br />

Em novembro de 1988, foi criado o<br />

protótipo do produto. Porém, em menos<br />

de um mês, a seguradora passou a não<br />

conseguir mais realizar a indenização no<br />

prazo de uma semana. Alaor não desistiu,<br />

pelo contrário, se desafiou a conseguir<br />

mais: desenvolver um produto que realizasse<br />

o pagamento em 24 horas após o<br />

recebimento da documentação exigida.<br />

O presidente da entidade disse a<br />

Alaor que, se conseguisse fazer um pagamento<br />

ainda mais rápido do que em<br />

uma semana, tinha outra entidade para<br />

indicar. “Fiquei tão entusiasmado que<br />

quis ampliar ainda mais o projeto e levar<br />

para empresas. Pensei: se a família de um<br />

professor universitário fica sem recursos<br />

quando ele morre, imagine a família dos<br />

trabalhadores de classes mais modestas,<br />

que não têm qualquer acesso ao seguro”,<br />

conta o empreendedor.<br />

Foi quando, mesmo antes da regulamentação<br />

do produto, Alaor buscou e<br />

conseguiu a adesão de mais 15 empresas.<br />

“Éramos uma corretora de seguros comum,<br />

por isso aproveitei os segurados<br />

mais próximos, com grupos de trabalhadores<br />

significativos, e perguntei se teriam<br />

a coragem de me ajudar como clientes<br />

experimentais desse projeto”.<br />

Com as empresas, foram mais 3.250<br />

trabalhadores, de diversos setores da<br />

indústria, totalizando 9.250 vidas na<br />

primeira vigência do produto PASI. “Busquei<br />

uma nova companhia, que pudesse<br />

nos atender e, no dia 23 de março de 1989,<br />

saiu a aprovação para que, junto ao corpo<br />

técnico da seguradora, trabalhassem na<br />

finalização do produto.<br />

“Em poucos meses, de outubro de<br />

1988 a maio de 1989, tudo aconteceu.<br />

Saímos do laboratório para a realidade,<br />

íamos atuar no seguro com perfil social”,<br />

alegra-se o idealizador e presidente da<br />

empresa. O PASI nasceu em 1 de junho<br />

de 1989, como o primeiro seguro social<br />

do Brasil destinado às classes menos<br />

favorecidas.<br />

Interessante é perceber como os<br />

acontecimentos são cíclicos: “O PASI<br />

é o precursor dos MGAs (Management<br />

General Agent), que o mercado tanto fala<br />

hoje. Agora, querem indenizar em pouco<br />

tempo e já fazemos isso há 30 anos”,<br />

declara Fabiana Resende, filha de Alaor,<br />

que atua como diretora Executiva da<br />

empresa. “Nem existia startup e o PASI<br />

já estava sendo uma, fazendo exatamente<br />

este modelo de testar, fazer de novo, errar,<br />

ajustar”, observa.<br />

Expansão por todo o Brasil<br />

Uma semana após o lançamento do<br />

produto, no da 8 de junho, o PASI estava<br />

realizando a primeira indenização em<br />

24h. O beneficiário que recebeu essa indenização<br />

era irmão de uma professora.<br />

Entregou a documentação um dia antes e<br />

foi lá pessoalmente receber o cheque. Ele<br />

ficou impressionado com a velocidade da<br />

indenização, perguntou se era o normal<br />

do mercado. “Expliquei que se tratava de<br />

um projeto, era a primeira indenização<br />

que estava acontecendo em 24 horas, e<br />

o propósito era atender as famílias no<br />

momento exato de suas necessidades”,<br />

diz o idealizador do PASI. O homem<br />

entregou seu cartão de visitas, disse que<br />

era presidente de uma empresa e que o<br />

PASI havia acabado de ganhar mais 800<br />

segurados. “Anos depois voltei a receber<br />

um cartão dele, mas era congratulando o<br />

nosso trabalho”.<br />

15


pasi<br />

EVOLUÇÃO DAS COBERTURAS E BENEFÍCIOS DESENVOLVIDOS PELO PASI<br />

Invalidez permanente<br />

por doença do<br />

empregado<br />

Nascimento de filhos<br />

com doença<br />

congênita - 6 meses<br />

Reembolso das<br />

despesas com recisão<br />

trabalhista em caso de<br />

morte do trabalhador<br />

Início do PASI e<br />

da proteção para o<br />

trabalhador e sua família<br />

Indenizações<br />

em 24 horas<br />

Auxílio<br />

alimentação<br />

Auxílio<br />

funeral<br />

Pagamento antecipado<br />

por incapacidade<br />

profissional do<br />

trabalhador<br />

Este primeiro pagamento, a um<br />

beneficiário com boas condições financeiras,<br />

fez Alaor pensar em como seria<br />

satisfatório indenizar uma família pobre.<br />

“Foi quando nasceu a ideia, no 8º dia de<br />

operações do produto, de reescrever o<br />

projeto para poder oferecer para os trabalhadores<br />

da construção civil”.<br />

Em julho de 1989, Alaor falou com o<br />

sindicato que representava a construção<br />

civil em Minas Gerais, dizendo que estava<br />

pronto para atender à demanda reprimida.<br />

No mês seguinte, o modelo PASI<br />

foi instituído como o primeiro seguro<br />

de vida e acidentes do país a constar em<br />

uma cláusula de convenção coletiva de<br />

trabalho. “Fomos pioneiros não somente<br />

no produto como também na metodologia<br />

de oferecer grande acessibilidade ao<br />

seguro e verdadeira contribuição social”,<br />

orgulha-se.<br />

Segundo o fundador, nos 30 anos<br />

que a empresa comemora em 2019, toda<br />

essa responsabilidade de proteção social<br />

só aumentou. “Na medida em que fomos<br />

ganhando a confiança das entidades e<br />

empresas, não estávamos mais falando<br />

com uma família, com um presidente,<br />

mas com um setor como um todo."<br />

A partir de então, o PASI se espalhou<br />

para outros setores. “Já estávamos<br />

atuando na construção civil em âmbito<br />

nacional quando outros setores descobriram<br />

o produto e nos procuraram”, conta<br />

Alaor. Os primeiros foram os setores<br />

calçadista e de vestuário. “Focávamos<br />

em segmentos com maior necessidade<br />

de proteção, muitos riscos relacionados,<br />

assim como a construção, as diversas indústrias,<br />

trabalhadores de chão de fábrica<br />

16<br />

mesmo. Profissionais mais necessitados<br />

que não têm acesso ao seguro. Pudemos<br />

experimentar várias indenizações em<br />

24 horas na construção civil e também<br />

fora dela.”<br />

Corretores de seguros<br />

na distribuição<br />

Com o produto sendo distribuído nacionalmente,<br />

uma nova revolução marcou<br />

o PASI. “Fizemos outra inclusão, desta<br />

vez securitária: colocamos o corretor de<br />

seguros para distribuir o produto”, afirma<br />

o fundador da empresa.<br />

Até abril de 1991, o PASI atuava<br />

ainda como corretora de seguros. Neste<br />

momento, a empresa deixou esta atividade,<br />

estabeleceu acordo com a seguradora<br />

de que passaria exclusivamente<br />

a gerir a operação PASI, se dedicando à<br />

dinâmica e ao crescimento do produto,<br />

passando aos corretores a concessão da<br />

distribuição.<br />

O PASI, que nasceu como corretora,<br />

hoje é empresa de gestão. “É um clube de<br />

seguros, atua como unidade independente<br />

da seguradora, por isso é um modelo<br />

exclusivo. Temos o compromisso em<br />

fazer com que tudo aconteça dentro dos<br />

padrões éticos, morais, institucionais e<br />

comerciais. Também está em nossa mão<br />

a essência da criatividade nas melhorias<br />

do produto”, relata Alaor.<br />

Nesses 30 anos, o produto foi sendo<br />

aprimorado e incluídas novas coberturas<br />

e abrangências (veja acima a linha do<br />

tempo com a evolução). “Hoje, muitas<br />

companhias copiam as nossas coberturas,<br />

mas nem sabem que foram lançadas<br />

inicialmente pelo PASI”, relata Fabiana.<br />

Novidades no 30º aniversário<br />

Em setembro, o PASI apresentou<br />

uma novidade, que não é uma nova cobertura,<br />

mas sua ampliação. “Queremos<br />

revisitar coberturas já lançadas e que<br />

podem ser melhoradas”, diz a diretora<br />

Fabiana. A cobertura de doença congênita<br />

foi lançada há 26 anos, cobrindo<br />

enfermidades em filhos de trabalhadores<br />

segurados que fossem caracterizadas até<br />

o 6º mês após o parto. Agora, a cobertura<br />

vai até o 30º mês. “Em dois anos e meio a<br />

criança já anda, fala, por isso consegue-se<br />

identificar muitas outras doenças que não<br />

eram observadas até o 6º mês”, explica.<br />

Todos os beneficiários passam a contar<br />

com essa ampliação de cobertura, sem<br />

custo adicional.<br />

Investindo em benefícios para serem<br />

usados em vida pelos segurados, com<br />

o objetivo de reforçar a percepção do<br />

valor do seguro, há cerca de três anos<br />

foi implantada uma Central exclusiva do<br />

PASI, que realiza o atendimento remoto<br />

de psicólogos, nutricionistas e assistentes<br />

sociais. A partir de outubro, haverá o<br />

auxílio também de educadores físicos.<br />

“A assistência fitness complementa o serviço.<br />

Os profissionais trabalham juntos,<br />

se um segurado com problema de obesidade<br />

está em depressão por causa disso,<br />

ele passa pelo psicólogo, nutricionista e<br />

agora também educador físico”, esclarece<br />

Fabiana Resende.<br />

A próxima assistência que será<br />

lançada, entre outubro e novembro, é a<br />

recolocação profissional. Será prestada<br />

pelos psicólogos da Central em parceria<br />

com uma empresa de Recursos Humanos<br />

e oferecida para o beneficiário até seis


Pagamento<br />

antecipado/<br />

integralizado por<br />

acidente profissional<br />

Cobertura extensiva<br />

a empregados com<br />

funções domésticas<br />

Cesta Natalidade<br />

Reembolso a empresa<br />

por acidente laborativo<br />

real<br />

Assistência social,<br />

psicológica e nutricional<br />

ASPN<br />

Recolocacão<br />

profissional<br />

Nascimento de filhos<br />

com doença congêntia -<br />

30 meses<br />

Pagamento<br />

antecipado especial por<br />

consequência de doença<br />

profissional (PAED)<br />

Bônus por<br />

nascimento<br />

Coberturas de<br />

diagnóstico de câncer<br />

de mama e próstata<br />

meses após o desligamento da empresa.<br />

“Ajudamos a fazer currículo, faremos<br />

teste psicológico para ajudar a identificar<br />

potenciais e habilidades”. Um grande<br />

benefício é que todos esses serviços da<br />

Central, incluindo do RH, são extensivos<br />

à família do segurado e ao gestor, tudo<br />

sem custo adicional.<br />

Em homenagem aos movimentos<br />

Outubro Rosa e Novembro Azul, o PASI<br />

está lançando neste período o Seguro<br />

Longevidade. “Este é nosso primeiro seguro<br />

sem coberturas de morte ou acidente<br />

vinculadas, possui apenas coberturas<br />

e assistências para ampliar longevidade<br />

e melhorar a qualidade de vida”, conta<br />

Alaor. O foco desse produto é amparar<br />

segurados diagnosticados com câncer de<br />

mama ou próstata, que podem utilizar<br />

os benefícios da Central para melhorar<br />

a qualidade de vida, além de médico 24<br />

horas à disposição para orientações.<br />

Sem esquecer dos avanços tecnológicos,<br />

a empresa está repaginando site<br />

e sistemas. Segundo Fabiana, até o fim<br />

do ano estará mais fácil e simples de<br />

navegar nas plataformas, com novas funcionalidades<br />

também. “Estamos bastante<br />

animados com os seguros online. O seguro<br />

estagiário é vendido de forma 100%<br />

online e tem dado muito certo. Já são<br />

mais de mil apólices vendidas por mês,<br />

todas intermediadas pelos corretores”. A<br />

empresa desenvolveu marketplace que é<br />

colocado nos sites dos corretores e 25%<br />

das vendas já vêm dessas lojas online.<br />

Também está sendo desenvolvido<br />

o aplicativo do PASI, que até então não<br />

havia sido demandado, pois se trata de<br />

um seguro basicamente vendido para<br />

"Posso concluir que o PASI,<br />

durante esses 30 anos,<br />

sempre foi muito mais<br />

do que um negócio: uma<br />

missão a cumprir”,<br />

Alaor Silva Junior<br />

empresas. Porém, o novo app terá foco<br />

no segurado, para melhorar a interação<br />

com o cliente, oferecer mais acesso à<br />

informação. “Em nosso caso, o segurado<br />

recebe o seguro pela empresa e muitas<br />

vezes não tem acesso às apólices ou não<br />

sabe como acionar. Ele passará a contar<br />

com uma plataforma bastante interativa<br />

e de fácil acesso. Celular todos usam, o<br />

whatsapp é o principal canal pelo qual<br />

recebemos as documentações de sinistros”,<br />

argumenta Fabiana.<br />

Em linha com o futuro, a empresa<br />

iniciou estudos de inteligência artificial<br />

para propiciar melhoria na análise de<br />

sinistros. O PASI já tem cinco robôs<br />

em atividade, que trouxeram maior<br />

dinamismo para a operação e minimizaram<br />

a possibilidade de erros. Hoje<br />

são realizados, de forma automática,<br />

todo o faturamento e a movimentação<br />

de segurados. Até o fim do ano, entrará<br />

em operação uma nova versão da Cotação<br />

Express, oferecendo aos corretores<br />

adesão e implantação imediatas.<br />

“Estamos desenvolvendo um processo<br />

bem simples e inédito para o modelo<br />

de seguro de vida em grupo, que desde<br />

a cotação até a implementação é 100%<br />

online”, defende a diretora.<br />

Fechando o ano que celebra as três<br />

décadas da empresa, em breve será<br />

lançado o livro que registra esta história<br />

do PASI, com mais detalhes. Em<br />

formato moderno e atrativo, o livro traz<br />

depoimentos de pessoas que ajudaram<br />

a construir esta trajetória de sucesso,<br />

e tem vídeos que podem ser acessados<br />

pelo smartphone por meio de QR Code.<br />

O que se conclui, depois de 30 anos<br />

de atuação, é que o PASI se consolidou,<br />

mas não parou no tempo – sempre buscou<br />

inovação e mudança de posicionamento<br />

para melhor atender seu público. “Chegamos<br />

até aqui sendo prioritariamente<br />

um seguro de vida para atender entidades<br />

sindicais e suas convenções coletivas,<br />

mas agora estamos indo bem além, iremos<br />

lançar novos seguros sociais, novos<br />

produtos para a classe trabalhadora,<br />

sempre com foco em tecnologia, para<br />

que os processos sejam fáceis e rápidos,<br />

pois nossos seguros são de baixo custo,<br />

porém, com alto valor agregado”, analisa<br />

Fabiana.<br />

17


especial corretor | distribuição<br />

Conhecimento e tecnologia<br />

na distribuição dos seguros<br />

Em um mundo<br />

dominado cada vez<br />

mais por serviços<br />

e dispositivos<br />

tecnológicos, o<br />

profissional deve adotar<br />

um modelo híbrido para<br />

facilitar seu trabalho<br />

e entregar qualidade<br />

no atendimento ao<br />

consumidor<br />

Jamille Niero<br />

É<br />

inegável a influência da tecnologia<br />

no cotidiano dos consumidores<br />

e seu impacto na distribuição<br />

de produtos em todos<br />

os mercados – de alimentação a seguros.<br />

Mas isso não quer dizer que os dias estão<br />

contados para o corretor. Pelo contrário,<br />

como demonstram vários estudos da área.<br />

Um deles, da Friss, fornecedora global<br />

de soluções para mitigação de riscos e<br />

detecção de fraudes para a indústria de<br />

seguros, aponta que tradicionalmente “segurar”<br />

tem sido uma questão complicada<br />

para empresas e indivíduos, já que frequentemente<br />

eles não têm certeza de que<br />

tipo de produto ou seguradora é o mais<br />

adequado para eles, pois há muitas opções<br />

que, por vezes, diferem pouco entre si. Por<br />

esse motivo, muitos confiaram e seguem<br />

confiando no especialista - o corretor -<br />

para lhe indicar o produto que melhor<br />

atende as suas necessidades. Durante este<br />

assessoramento, os profissionais fazem<br />

uso intensivo da tecnologia, selecionando<br />

os produtos certos e avaliando os clientes<br />

(confira as cinco principais conclusões do<br />

estudo sobre a aplicação de tecnologias no<br />

setor no box da página 20).<br />

Os corretores entrevistados pela<br />

<strong>Apólice</strong> concordam que o principal papel<br />

do corretor é, e continuará sendo, o de<br />

consultor, auxiliando o cliente a encontrar<br />

a melhor opção para sua situação.<br />

“A maior parte dos clientes ainda, e por<br />

muito tempo, não vai dispensar o contato<br />

pessoal do seu consultor na área. Isso faz<br />

18


parte da segurança que queremos, pois<br />

nada nos deixa mais inseguros do que<br />

comprar algo sem o acompanhamento<br />

de um especialista. Quando nossos netos<br />

e bisnetos tiverem, no ensino básico,<br />

faculdade etc. noções gerais da área de<br />

seguros, poderemos começar a deixar<br />

de nos preocupar”, alega Auri Bertelli,<br />

presidente do Sincor-SC.<br />

Mesmo que o cenário desenhado por<br />

Bertelli aconteça em breve – com nossos<br />

filhos e netos aprendendo sobre seguros<br />

na escola - ainda assim o papel de consultor<br />

deve continuar. “O motivo é cultural”,<br />

explica Natália Oliveira, coordenadora<br />

do Centro de Pesquisa e Economia do<br />

Seguro (CPES) da Escola Nacional de<br />

Seguros. Segundo ela, a cultura do seguro<br />

é passada “de pai para filho. Muitas vezes,<br />

o pai dá o carro para o filho e já indica<br />

o corretor para fazer o seguro do bem”,<br />

exemplifica.<br />

Um estudo do ano passado feito<br />

pelo CPES indicou que há 10 anos já<br />

existia uma expectativa da área com a<br />

inovação e que a tecnologia impactasse<br />

na distribuição.<br />

Mas não foi exatamente o que aconteceu.<br />

Na prática, apurou-se que apesar<br />

de atualmente o consumidor buscar na-<br />

❙❙<br />

Auri Bertelli, do Sincor-SC<br />

turalmente informações online, momento<br />

impulsionado pela chegada à maturidade<br />

da Geração Y e pela geração Z, o mercado<br />

de seguros no Brasil, setor tradicionalmente<br />

conservador, está sendo um dos<br />

últimos a ser impactado pela revolução<br />

que a tecnologia da informação trouxe<br />

com a divulgação e a comercialização<br />

de serviços ou produtos pela internet.<br />

O levantamento cita vários estudos que<br />

reforçam a teoria, como uma pesquisa<br />

publicada pela Folha de São Paulo em<br />

2015 com executivos das cinco principais<br />

corretoras de seguros online, cujo texto<br />

afirma que na corretora online o cliente<br />

fecha a compra somente pelo telefone.<br />

GRÁFICO<br />

Canais de distribuição que ganhariam maior importância até<br />

2015, conforme opinião dos principais executivos das<br />

seguradoras que operavam no mercado brasileiro em 2009<br />

Corretor<br />

Internet<br />

Varejistas<br />

Agência Bancária<br />

Call center<br />

Empresas de utilidades<br />

Worksite marketing<br />

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60%<br />

Fonte: Accenture e Rating de Seguros Consultoria, 2009


distribuição<br />

1<br />

O ASSESSORAMENTO<br />

PESSOAL AINDA ESTÁ<br />

VIVO E É CADA VEZ MAIS<br />

APOIADO NA TECNOLOGIA<br />

TECNOLOGIA NOS CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO DE SEGUROS<br />

Porém, os corretores estão principalmente envolvidos no aconselhamento e<br />

no gerenciamento de produtos de seguro mais complexos, como seguro de<br />

renda e pensão ou seguro para empreendedores e seus negócios. Durante o<br />

assessoramento, os provedores de seguros fazem uso intensivo da tecnologia,<br />

selecionando os produtos certos e avaliando os clientes.<br />

2<br />

A IMPORTÂNCIA DA INTERNET<br />

E A CAPACIDADE DE SOLICITAR<br />

UM SEGURO E REPORTAR UM<br />

SINISTRO DIRETAMENTE VÃO<br />

CONTINUAR AUMENTANDO<br />

3<br />

APLICAÇÕES MÓVEIS<br />

BASEADAS EM TECNOLOGIA<br />

ALTAMENTE SOFISTICADA<br />

SÃO A NOVA TENDÊNCIA<br />

4<br />

EM CADA UM DOS CANAIS,<br />

DO PONTO DE VISTA DA<br />

SOCIEDADE, MAS CERTAMENTE<br />

TAMBÉM DOS CONSUMIDORES,<br />

A DETECÇÃO DE FRAUDES E A<br />

ANÁLISE AUTOMATIZADA DE<br />

RISCOS SÃO INDISPENSÁVEIS<br />

5<br />

QUASE TODAS AS EMPRESAS<br />

INVESTEM EM ANÁLISES DE<br />

RISCO AUTOMATIZADAS OU<br />

(DEVEM) FAZÊ-LO<br />

Nos acostumamos a usar a internet ou mesmo o telefone ao escolher e contratar<br />

um seguro comum e, quase sempre, do tipo geral. Isso também se aplica<br />

ao gerenciamento de sinistros. O segurado fará isso sozinho e será orientado<br />

e aconselhado por sistemas automatizados. A interface faz parte de um site e<br />

pode ser usada em todos os dispositivos.<br />

Um exemplo são os aplicativos em aeroportos, quando perguntam ao passageiro<br />

se quer fazer um seguro de viagem pelo período de sua estada e que, uma<br />

vez no destino, apontam para o passageiro alguns riscos, permitindo opcionalmente<br />

ajustar a cobertura de acordo com os riscos detectados. Isso funciona<br />

com base em subscrições que podem ser ativadas ou desativadas, criando<br />

mais possibilidades de segurar bens específicos diretamente e no curto prazo<br />

De uma perspectiva de controle de fraude automatizada, parece que o canal de<br />

distribuição on-line está crescendo muito rapidamente. No entanto, essa aparência<br />

pode ser um pouco enganosa, já que muitas companhias de seguros (ainda)<br />

oferecem serviços em múltiplos canais e desenvolvem seus canais on-line, além<br />

dos canais pessoais. Para a detecção de fraudes e análise automatizada de riscos,<br />

a maioria das empresas de seguros organiza os dois canais da mesma maneira.<br />

Ao fazer uma avaliação, o assessor de seguros pode confiar na análise de risco<br />

automatizada, mas, sem dúvida, sua própria avaliação pode influenciar no resultado,<br />

levando em conta as circunstâncias pessoais de quem solicita o seguro.<br />

Na análise automatizada de risco através do canal direto, o procedimento é<br />

bem diferente. Com base nos critérios que a empresa usa, o sistema é capaz de<br />

tomar uma decisão rapidamente. Em alguns casos, o sistema recomendará que<br />

um consultor verifique os dados e, portanto, a decisão seja adiada.<br />

No ambiente de seguros “sob demanda”, isso não será possível, cada vez que o<br />

objetivo é tomar uma decisão rápida em todos os momentos. Portanto, ele deve<br />

operar com base em grandes quantidades de dados de um grande número de<br />

fontes públicas e privadas.<br />

Fonte:Friss<br />

20


Outra pesquisa assinalada pelo CPES<br />

é da Wharton University, que mostrou que<br />

embora os mais jovens estejam em busca<br />

de soluções na internet, os brasileiros<br />

são leais às suas corretoras, instituições<br />

há muito enraizadas no país. Além disso,<br />

há o modelo de comercialização praticado<br />

pelos bancos, em que essas instituições<br />

são as principais distribuidoras de seguro<br />

de vida, de maneira que as insurtechs e<br />

os novos canais de distribuição ainda têm<br />

um longo caminho pela frente no mercado<br />

brasileiro.<br />

Ademais, uma pesquisa com consumidores<br />

virtuais (que compraram rotineiramente<br />

na internet nos últimos três anos)<br />

realizada pelo Serviço de Proteção ao<br />

Crédito (SPC Brasil) em 2015, indagando<br />

o que estes jamais comprariam pela web,<br />

constatou que o seguro é o item que possui<br />

o maior índice de rejeição para compra<br />

online. Um dos motivos é que o perfil<br />

deste consumidor ainda não se encaixa<br />

❙❙<br />

Natália Oliveira, da CPES<br />

com o perfil do consumidor de seguros.<br />

Enquanto o primeiro é majoritariamente<br />

jovem, tendo entre 16 e 24 anos, do sexo<br />

masculino, o segundo, conforme pesquisa<br />

SPC Brasil 2015, possui acima de 35 anos.<br />

“Existe um conservadorismo e um papel<br />

de confiança no corretor, principalmente<br />

em relação aos seguros que não são os mais<br />

básicos. Não gostamos de ler, mas sim de<br />

ouvir. Não estamos preparados para ler a<br />

apólice, todas as cláusulas. Precisamos<br />

que alguém de confiança explique o<br />

que cobre e o que não cobre”, ressalta<br />

Natália. É diferente de um seguro viagem,<br />

por exemplo, que teoricamente é<br />

mais simples e costuma ser contratado<br />

pela internet – ao fechar a compra de<br />

uma viagem neste mesmo meio. Ela<br />

acredita que o que pode atrair o público<br />

mais jovem, da faixa etária que já<br />

confia mais e consome pela internet,<br />

são produtos novos. Para o corretor se<br />

mostrar atraente para quem compra<br />

online (público que tem crescido a cada<br />

ano - no primeiro semestre de 2019,<br />

5,3 milhões de consumidores fizeram<br />

a sua primeira compra online, segundo<br />

pesquisa da Ebit/Nielsen), a coordenadora<br />

do CPES dá três recomendações:<br />

1-se especializar; 2-conhecer os novos<br />

produtos e estar apto a ser questionado;<br />

e 3-incorporar a tecnologia ao<br />

atendimento (com ferramentas como


distribuição<br />

WhatsApp, um Fale Conosco ágil e não<br />

se prender tanto ao “horário comercial”).<br />

Uma possibilidade é a de estar aberto<br />

a parcerias, como as oferecidas pelas<br />

insurtechs que despontam no mercado.<br />

A ideia é um trabalho em conjunto entre<br />

elas, seguradoras e corretores, permitindo<br />

ainda um acompanhamento mais eficiente<br />

no pós-venda, como a visualização<br />

de sinistros de forma mais rápida, por<br />

exemplo. O papel do corretor focaria<br />

mais na distribuição e na publicidade do<br />

seguro, além, é claro, de ser a figura que<br />

representa a responsabilidade – ou seja,<br />

com quem o cliente vai falar e onde ela<br />

depositará a sua confiança.<br />

Esta é, na opinião de Carlos Valle,<br />

presidente do Sincor-PE, a principal característica<br />

do corretor, que vai mantê-lo<br />

relevante para o mercado: a humanização.<br />

Ele concorda com a importância de<br />

estar disponível para atender o cliente<br />

nos diferentes meios que existem hoje<br />

(aplicativos de mensagens, email etc).<br />

Porém, Valle ressalta a necessidade de<br />

se dedicar a um passo anterior: captar<br />

o cliente, descobrindo a forma ideal de<br />

“aparecer” para ser "encontrado" quando<br />

o cliente buscar a proteção que deseja.<br />

“Continua a mesma coisa. Antigamente,<br />

os profissionais eram referenciados por<br />

telefone. Hoje as pessoas estão referenciando<br />

pela internet, usando uma nova<br />

forma de comunicar. Mas continuamos<br />

nos comunicando”, aponta, ao reforçar a<br />

cultura brasileira de depositar confiança<br />

no corretor de seguros, que é indicado<br />

não só de pai para filho como também<br />

entre familiares e amigos. Uma forma de<br />

reforçar a confiança da categoria, para ele,<br />

seria a exigência da inclusão do registro<br />

na Susep nas ofertas/divulgação, assim<br />

como acontece em outras áreas e com<br />

outros profissionais (como os corretores<br />

de imóveis que devem indicar o registro<br />

no Creci nas vendas).<br />

Futuro<br />

O investimento em tecnologia por<br />

parte das seguradoras só deve crescer.<br />

Um exemplo é o apontado em um estudo<br />

publicado este ano pela Juniper Research,<br />

especializada em pesquisas de mercado e<br />

bussiness inteligence, que indica que as<br />

seguradoras gastarão US$ 634 milhões<br />

❙❙Juliana Frota e Nelson Paiva, da Laado<br />

em soluções de RPA (Robotic Process<br />

Automation – software desenvolvido para<br />

reduzir custos operacionais automatizando<br />

tarefas repetitivas básicas) até 2024,<br />

passando de US$ 184 milhões em 2019.<br />

Para Juliana Frota e Nelson Paiva,<br />

sócios na Laado Vida e Previdência,<br />

consultoria focada em seguros de vida, de<br />

saúde e previdência, o que deve prevalecer<br />

é um modelo híbrido, que permita que o<br />

corretor adote cada vez mais uma postura<br />

de consultor, fornecendo seu conhecimento<br />

(especialmente em seguros de property,<br />

pessoas ou outros mais complexos) aos<br />

clientes por meio das ferramentas online,<br />

em função da falta de tempo que permeia<br />

o cotidiano de todos.<br />

Eles contam que usam a tecnologia<br />

como apoio na distribuição de seguros<br />

de duas formas. A primeira é na educação<br />

financeira e conscientização da<br />

necessidade de proteção, considerando<br />

os três tipos de produtos que comercializam<br />

(saúde, vida e previdência). Neste<br />

caso, a aposta é principalmente nas redes<br />

sociais. “Usamos muito o Instagram<br />

para criar conscientização das pessoas.<br />

Por lá elas acabam interagindo e viram<br />

leads (clientes). Nos procuram por ali e aí<br />

fazemos contato via videoconferência ou<br />

WhatsApp, por exemplo, para mais detalhes”,<br />

comenta Paiva, adicionando que a<br />

corretora possui hoje clientes fora do Rio<br />

de Janeiro, onde estão baseados, graças ao<br />

segundo formato de “apoio” da tecnologia<br />

na distribuição, que é a possibilidade de<br />

contratação remota. Das 15 seguradoras<br />

com as quais eles trabalham hoje, a maioria<br />

permite fechar algum contrato online.<br />

“Muitas facilitaram. Hoje temos casos de<br />

companhias que aceitam só o contrato em<br />

pdf assinado, outras fazem entrevista via<br />

teleconferência com o cliente e outras já<br />

permitem transação 100% eletrônica”,<br />

exemplifica Juliana.<br />

O que todos os corretores consultados<br />

pela reportagem acreditam é que o<br />

papel deste profissional deve mudar, sim,<br />

ao longo do tempo, transformando-se<br />

cada vez mais em consultivo e adotando<br />

a tecnologia a seu favor, para facilitar as<br />

atividades – especialmente as burocráticas<br />

– e a interação com o cliente. Porém,<br />

dificilmente a máquina vai substituir o<br />

essencial, que é a empatia e entender a<br />

necessidade do consumidor.<br />

“Na minha trajetória no mercado,<br />

isso já passando dos 50 anos, parte como<br />

segurador e hoje como corretor, assisti<br />

muitas mudanças e o corretor foi se adaptando<br />

e sobreviveu. Naturalmente que no<br />

momento atual não tem mais lugar para<br />

amadores e o corretor precisa, indiscutivelmente,<br />

abrir a cabeça para o novo.<br />

Capacitar pessoas para que uma equipe<br />

treinada nas novas tecnologias o ajude<br />

nesta fase de transição”, finaliza Bertelli,<br />

do Sincor-SC.<br />

22


especial corretor | profissão<br />

As mudanças e a evolução<br />

da profissão dos corretores<br />

de seguros<br />

Como as transformações<br />

na sociedade, no país e<br />

no mercado impactaram<br />

a corretagem ao longo<br />

das décadas<br />

Thaís Ruco<br />

Os desafios na corretagem de<br />

seguros, como em qualquer<br />

outra profissão, sempre<br />

existiram. Hoje vemos um<br />

mercado complexo e cheio de mudanças,<br />

mas, em outras épocas, as transformações<br />

também existiram e, quando se vive um<br />

desafio, parece que ele é maior do que<br />

todos os outros.<br />

Quem iniciou lá atrás sente a tranquilidade<br />

de ter se adaptado e sobrevivido<br />

às novas fases. Temores vêm e vão,<br />

como a entrada da comercialização de<br />

seguros via bancos, o início da internet,<br />

o bug do milênio e, agora, a revolução<br />

tecnológica, com as insurtechs e o seguro<br />

online. Conversamos com corretores de<br />

diversas épocas e gerações para saber<br />

mais sobre o que mudou na profissão nos<br />

últimos tempos.<br />

24<br />

Década de 60<br />

O corretor de seguros João Borges<br />

Paraguassu Neto iniciou sua carreira<br />

em seguros de vida em grupo em 1961,<br />

como inspetor em seguradoras, chegando<br />

a gerente de produção em todos<br />

os ramos. Em 1988, fundou sua própria<br />

empresa, a Paraguassu Corretora de Seguros,<br />

em atividade até hoje. Na avaliação<br />

de Paraguassu, a principal mudança<br />

vivida pelo mercado nesses anos foi a<br />

chegada dos computadores. “O mercado<br />

mudou consideravelmente seu modus<br />

operandi com a chegada do computador.<br />

Ficou mais fácil, não dependíamos mais<br />

da matriz da seguradora para realizar<br />

procedimentos, a grande maioria era<br />

nas sucursais, inclusive liquidação de<br />

sinistro, ficando a cargo da matriz os<br />

sinistros vultosos”, conta. Ele acredita<br />

que a implantação de sistemas e programas<br />

das seguradoras facilitou muito<br />

o desempenho dos corretores. “Hoje o<br />

corretor, de posse de um notebook, tem<br />

condições de atender com presteza o seu<br />

cliente de qualquer parte do Brasil”. No<br />

❙❙João Borges Paraguassu Neto


entanto, essa transformação fez com o<br />

que o corretor se afastasse dos clientes.<br />

“Usa-se muito o e-mail, somente em seguros<br />

de maiores riscos temos a presença<br />

do corretor”. Por outro lado, ele sente<br />

que o mercado melhorou bastante em<br />

decorrência da divulgação do seguro.<br />

“A mídia mostra ao cliente a necessidade<br />

de garantir o seu patrimônio no caso em<br />

que ocorra um sinistro”.<br />

Década de 70<br />

Nelson Uzeda iniciou como técnico<br />

em seguros em 1979 e se habilitou como<br />

corretor em 1981. Em sua visão, a grande<br />

transformação do mercado de seguros<br />

brasileiro se deu a partir de 1992, quando<br />

o Conselho Nacional de Seguros Privados<br />

implantou um plano diretor que<br />

permitiu às seguradoras criarem seus<br />

❙❙<br />

Nelson<br />

produtos, na forma de planos conjugados,<br />

e oferecerem para o mercado com custo<br />

reduzido. “Antes, os seguros eram contratados<br />

dentro de cada modalidade, com<br />

apólices individuais – automóvel, incêndio,<br />

roubo, lucros cessantes, maquinário,<br />

vida. Esse plano diretor permitiu que<br />

todos esses ramos fossem aglutinados<br />

em um modelo, denominado produto,<br />

que é como temos hoje no mercado.<br />

Por exemplo, um seguro de condomínio<br />

cobre incêndio, a vida de um funcionário,<br />

roubo, tudo dentro de uma apólice<br />

única, de forma simplificada”, relata.<br />

Para Uzeda, isso permitiu um avanço<br />

considerável e uma redução de custos<br />

nas seguradoras. No entanto, apesar da<br />

melhoria na condição de comercialização,<br />

que passou a acontecer de forma<br />

mais prática, houve pontos negativos<br />

também. “O mercado era mais técnico,<br />

os seguradores tinham mais preocupação<br />

em conhecer o risco, orientar, fazer<br />

plantas. Hoje percebo uma coisa muito<br />

mais dinâmica, muito mais eletrônica,<br />

não vejo muita preocupação das seguradoras<br />

em se aprofundar em cada risco”,<br />

aponta. “Hoje temos produtos lançados<br />

de forma compacta, prática, a venda de<br />

seguros é feita na ponta com agilidade.<br />

Com um celular é possível contratar<br />

um seguro, coisa que no passado não<br />

conseguiria, porque tinha que verificar<br />

várias tarifas e, a depender do seguro que<br />

fosse contratado, o cidadão poderia ficar<br />

o dia inteiro para enquadrar esse seguro.<br />

Seja no multirrisco, no ramo de pessoas,<br />

no ramo de automóvel, agregam-se<br />

coberturas de automóvel à residência<br />

do segurado, assistência emergencial,<br />

produtos que já oferecem assistência<br />

jurídica. O mercado de seguros é mais<br />

pujante e a tecnologia possibilitou tudo<br />

isso. No entanto, esta mesma tecnologia<br />

está afastando um pouco a figura do<br />

corretor junto ao segurado e isso me<br />

preocupa muito”, relata Uzeda, que não<br />

para de se atualizar.<br />

Década de 80<br />

Marilúcio Dantas Ramos iniciou sua<br />

carreira em julho de 1981, na Unidade<br />

Central e Planejamento de Vendas da<br />

Bradesco, que depois se tornou a corretora<br />

Bradescor. “Naquela época, estava<br />

iniciando o processo de venda nas agências<br />

do banco. Os produtos eram poucos,<br />

apenas incêndio, seguros de automóvel e<br />

acidentes pessoais. Depois, a empresa se<br />

tornou a Bradescor. Vendíamos seguros<br />

para a Atlântica Seguradora até que,<br />

em 1987, o banco Bradesco comprou a<br />

companhia e criou a Bradesco Seguros,<br />

lançando uma série de produtos”. Ele<br />

conta que, em 1990, com a abertura<br />

do mercado, companhias estrangeiras<br />

adquiriram brasileiras e o que aumentou<br />

a concorrência e a oferta de produtos.<br />

“Em abril de 1991, houve um processo<br />

que chamou atenção no Brasil: a terceirização<br />

da Bradescor. Nós, funcionários,<br />

teríamos que nos tornar corretores de<br />

seguros. A companhia nos demitiu e<br />

passou determinada região de atuação<br />

para cada um”. Assim, em 1993, Ramos<br />

se habilitou corretor em sociedade com o<br />

colega, que era seu chefe. “Nos primeiros<br />

18 anos desta sociedade, estava muito<br />

bom o processo de vendas, ganhando<br />

boas comissões, muitos produtos novos.<br />

No fim, começamos a ter mais despesas<br />

do que lucros, porque precisávamos colocar<br />

mais vendedores nas agências, pela<br />

multiplicidade de produtos. Nesse mesmo<br />

❙❙<br />

Marilucio Dantas Ramos<br />

Uzeda 25


profissão<br />

❙❙<br />

Rogério Araújo<br />

período, houve uma conquista de direitos<br />

trabalhistas por parte dos sindicatos e<br />

nossa folha de pagamento ia crescendo e<br />

o lucro diminuindo”, recorda. Os sócios<br />

conversaram com a seguradora com o<br />

objetivo de repassar as agências, gratuitamente,<br />

aos funcionários que colaboraram<br />

com a corretora. Foram mais cinco anos<br />

com o sócio, de maneira independente, e<br />

nos últimos cinco anos cada um montou<br />

sua empresa. Ele ficou com a Nova Liderança<br />

Corretora de Seguros.<br />

Para o corretor, antes o mercado<br />

era mais tranquilo. “Apesar de trabalhar<br />

mais, nós tínhamos uma demanda grande<br />

para pouca oferta, ganhávamos dinheiro,<br />

vendíamos seguro sem desconto.<br />

Atualmente, temos transformações que<br />

estamos tentando aprender a conviver<br />

para permanecer no mercado: competitividade,<br />

crescimento do mercado e a<br />

internet”.<br />

Rogério Araújo, sócio da TGL Consultoria,<br />

iniciou no mercado de seguros<br />

em 1985, como office-boy da Bamerindus<br />

Seguros. Já em 1986 se tornava técnico de<br />

seguros dos ramos incêndio e aeronáutico.<br />

Trabalhou ainda em outras seguradoras,<br />

sempre na área técnica. “Em 1998 foi<br />

❙❙Etevaldo Almeida<br />

26<br />

o meu primeiro contato com o seguro de<br />

vida, como agenciador de uma corretora<br />

de seguros e, em 1999, me formei corretor<br />

de seguros vida e previdência, imediatamente<br />

me apaixonando pelo propósito de<br />

proteger vidas e famílias”. Em 2004, por<br />

“pressão” dos clientes, se formou corretor<br />

de seguros pleno, para atender a demanda<br />

do ramo automóvel.<br />

Para Araújo, o mercado era muito<br />

concentrado na carteira de automóveis e<br />

o corretor de seguros era como um canal<br />

de tomada de preços. Hoje, ele percebe<br />

que o mercado mudou, o corretor focado<br />

em vida e previdência complementar<br />

passou a ser tratado como “especialista”,<br />

pessoa respeitada por seus pares corretores<br />

e assediada pelas seguradoras, que<br />

enxergam no ramo a solução para uma<br />

carteira rentável e recorrente. “Inegavelmente,<br />

a população brasileira passou a<br />

ter uma melhor qualidade de vida, houve<br />

aumento da renda da população, aliada<br />

a estabilidade econômica, mesmo com<br />

pequenos momentos de crises, com o<br />

controle da inflação, o que permitiu e<br />

incentivou a cultura de poupança e proteção”,<br />

afirma Araújo.<br />

Em sua visão, o mercado está mais<br />

atrativo para aqueles corretores que atuam<br />

de forma consultiva, com foco em<br />

atender as necessidades de seus segurados,<br />

agregando valores. “Porém, para o<br />

corretor que ainda insiste em atuar com<br />

um único produto, por exemplo, o ramo<br />

automóvel, o cenário é desanimador e<br />

preocupante, pois enfrentará a cada dia<br />

uma concorrência maior, com redução<br />

das margens de remuneração e processo<br />

de vendas online que será mais presente”.<br />

O corretor de seguros Etevaldo Almeida<br />

ingressou no mercado em 1986<br />

por conta da Bradescor. Em 1996, se<br />

tornou corretor de seguros e abriu sua<br />

própria empresa. “No início, o número<br />

de profissionais era bastante reduzido e o<br />

conceito de seguro era menos difundido.<br />

Os profissionais do ramo eram generalistas<br />

e as seguradoras ofereciam pouca<br />

variação e inovação, exceto no ramo<br />

de automóveis, onde havia dinamismo.<br />

Outro sintoma era o crescimento desordenado<br />

por parte das seguradoras, sem<br />

se importarem com os resultados, coisa<br />

que descobriu-se ser imprudente, já que o<br />

melhor resultado passou a ser perseguido<br />

sem necessariamente brigar pelo ranking<br />

entre estas seguradoras”.<br />

Segundo ele, com o advento da<br />

internet e, consequentemente, da venda<br />

de produtos de forma virtual, corretoras<br />

de outros campos passaram a ameaçar<br />

empresas locais, fazendo surgir profissionais<br />

mais especializados em outros<br />

ramos, o que acabou contribuindo para<br />

o surgimento de novos produtos e, até<br />

mesmo, do aperfeiçoamento de produtos<br />

já existentes. Outro fator que também<br />

contribuiu com a inovação foi a chegada<br />

de seguradoras estrangeiras para atuarem<br />

no Brasil.<br />

Década de 90<br />

Vinicius Porto iniciou sua carreira<br />

em 1997, na corretora de seu pai. “Meu<br />

pai é corretor de seguros e cresci neste<br />

meio, sempre indo para o escritório, frequentando<br />

os eventos do setor. Em 1997,<br />

passei a trabalhar na corretora, onde<br />

tive a oportunidade de conhecer e atuar<br />

em todos os departamentos”, lembra.<br />

Alguns anos depois, foi trabalhar em<br />

uma seguradora onde pôde conhecer<br />

outro lado do mercado. “Logo percebi<br />

que gostava mesmo era da corretagem”.<br />

Em 2003, montou sua própria corretora,<br />

onde permaneceu até o final de 2009. No<br />

início de 2010, participou de uma junção<br />

de corretoras para ganhar forças e unir<br />

experiências, que resultou na Corrente<br />

Corretora de Seguros, onde está até hoje.<br />

“O desafio maior era o de conhecimento<br />

e de convencimento por parte dos<br />

clientes. Não existia tanta informática,<br />

os processos eram manuais, não existia<br />

tantos produtos disponíveis no mercado<br />

para serem contratados. Nos seguros<br />

❙❙Vinicius Porto


de auto, por exemplo, os cálculos eram<br />

feitos manualmente e sem existência de<br />

perfil de condutor”, afirma. As principais<br />

transformações foram ligadas à tecnologia,<br />

cultura e mídia. Elas impactaram<br />

positivamente, uma vez que o seguro se<br />

tornou mais difundido, criando oportunidades<br />

e novos produtos para atender a<br />

população. “Entendo que está mais fácil<br />

de trabalhar, pois possuímos mais nichos<br />

a serem explorados. Porém, se exige uma<br />

maior qualificação e especialização do<br />

corretor de seguros”.<br />

Década de 2000<br />

Alex de Lima Miranda começou<br />

sua trajetória no mercado de seguros<br />

em 2000, aos 17 anos de idade, como<br />

office-boy de uma corretora, em 2005<br />

se tornou auxiliar administrativo e passou<br />

a angariar clientes externos como<br />

preposto. Concluiu o curso de corretor<br />

de seguros e se formou em Administração<br />

de Empresas, criando, em 2007,<br />

❙❙Alex de Lima Miranda<br />

a Adminseg Corretora de Seguros. “O<br />

momento era de muitos desafios, eu tinha<br />

24 anos e poucos recursos. Porém enxergava<br />

muitas oportunidades pela frente e,<br />

realmente, ampliamos nosso quadro de<br />

atendimento e a quantidade de clientes<br />

a cada ano”.<br />

De lá para cá, ele avalia que o<br />

corretor de seguros deixou de ser um<br />

mero tradutor de contrato ou tirador<br />

de pedidos para ser um verdadeiro<br />

consultor de serviços e benefícios. “É<br />

preciso conhecimento e uso de tecnologia<br />

para atender o cliente como ele deseja,<br />

postura comercial e técnica alinhadas,<br />

conhecimento em vários produtos, mais<br />

generalista e menos especialista, alguém<br />

que crie elos de relacionamento amplos e<br />

demonstre conhecimentos em relação à<br />

vida do cliente, tanto em nível patrimonial<br />

como pessoal”, pontua.<br />

Para Miranda, o mercado evoluiu e<br />

ficou mais seletivo, com consumidores<br />

mais exigentes. Para o profissional acomodado<br />

o mercado piorou, porém para<br />

quem se atualiza surgiu um mar de oportunidades.<br />

“Sinto-me inserido neste novo<br />

profissional, que automatiza processos e<br />

que atende seu cliente em todas as suas<br />

demandas”.<br />

João Arthur Baeta Neves ingressou<br />

no mercado de seguros em 2009 como<br />

estagiário da Baeta Assessoria e hoje<br />

é diretor da empresa, dando suporte<br />

a mais de 1.600 corretores em todo o


profissão<br />

❙❙<br />

João Arthur Baeta Neves<br />

Brasil. “Sou apaixonado por tecnologia<br />

e inovação para corretores de seguros”,<br />

diz. Ele conta que, quando começou,<br />

estavam surgindo as primeiras corretoras<br />

online do mercado, com projetos<br />

audaciosos. “Como nosso trabalho é dar<br />

suporte, principalmente, aos pequenos e<br />

médios corretores, ficamos preocupados<br />

com o futuro do mercado, pois tudo<br />

levava a crer que estas corretoras online<br />

dominariam. Em 2012, criamos um sistema<br />

para inserir estes pequenos e médios<br />

corretores no mundo digital. Naquela<br />

época, os corretores em geral tinham<br />

bastante preconceito em captar clientes<br />

pela internet. Fizemos um trabalho árduo<br />

para colocar na cabeça deles que a<br />

internet veio para aumentar a carteira de<br />

clientes e não para tirar seus segurados”.<br />

Segundo ele, com o passar do tempo,<br />

os corretores começaram a entender que<br />

não basta ter um processo todo online se<br />

o atendimento e a consultoria não forem<br />

de qualidade. “Com isso, paralelamente<br />

ao suporte aos corretores, criei empresa<br />

de marketing digital, oferecendo estrutura<br />

para que os profissionais se apresentassem<br />

com profissionalismo na internet (site,<br />

identidade visual, video marketing, gestão<br />

de redes sociais, anúncios, leads etc)”<br />

Ele conta que, quando começou, os<br />

corretores de seguros tinham um pé atrás<br />

em relação aos clientes da internet e a<br />

grande maioria evitava este canal. Hoje<br />

já é diferente. “A maioria sabe que um<br />

dos principais canais de prospecção é<br />

justamente a internet. Obviamente, hoje<br />

a concorrência é maior. É muito raro um<br />

cliente renovar um seguro sem consultar<br />

valores na internet. Porém, por outro<br />

lado, a internet traz um mar sem fim para<br />

explorar novos clientes, novos nichos e<br />

novos ramos de seguros”.<br />

28<br />

A conectividade, para ele, foi certamente<br />

a maior transformação da<br />

sociedade e do setor, que impactou na<br />

profissão do corretor de seguros. “Talvez<br />

esteja mais difícil de manter condições<br />

de apólices por conta da concorrência,<br />

mas, por outro lado, está muito mais fácil<br />

de administrar a corretora e a carteira,<br />

pois existem dezenas de novas ferramentas<br />

que auxiliam o corretor, facilitando<br />

todos os processos”.<br />

Década de 2010<br />

Carlos Aguiar começou no ramo em<br />

2014, vindo do setor imobiliário. Iniciou<br />

atuando em agências Bradesco e, em<br />

2018, já com certa experiência e conhecimento<br />

do mercado, resolveu abrir sua<br />

própria corretora de seguros, a Aguiar<br />

Corretora de Seguros.<br />

“As mudanças estão acontecendo<br />

e estou inserido neste contexto, nessa<br />

‘turbulência’. A principal mudança que<br />

observo, além da tecnológica, é as companhias<br />

começarem a atuar em ramos<br />

que não tinham expertise, por exemplo na<br />

área financeira. Isso ainda gera certa desconfiança,<br />

tanto pelo cliente como pelo<br />

corretor. Mas acredito que o mercado vai<br />

selecionar quem ficará e onde atuará”.<br />

Aguiar analisa que o mercado está<br />

pensando muito em tecnologia, que beneficia<br />

principalmente os mais jovens,<br />

porém esquece um público que consome<br />

muito seguro, que são os idosos. “O maior<br />

impacto é para essa geração que, de certa<br />

forma, tem dificuldade no manuseio de<br />

ferramentas tecnológicas, como a mobile.<br />

Queremos simplificar, fazendo vistoria<br />

por aplicativo, mas pode dificultar bastante<br />

para esse consumidor. As companhias<br />

só veem que é econômico”.<br />

❙❙Duilly Cicarini<br />

❙❙<br />

Carlos Aguiar<br />

O mercado está em aprendizado para<br />

todos os envolvidos, segundo Aguiar. “São<br />

muitas mudanças, a maioria no setor tecnológico.<br />

É um processo contínuo e todos<br />

terão que fazer os seus ajustes”.<br />

Duilly Cicarini ingressou em seguros<br />

em 2014, vindo da área de telefonia, ao<br />

vislumbrar um mercado de oportunidades.<br />

“Após um período trabalhando<br />

como um corretor multiproduto, cheguei<br />

à conclusão de que teria mais destaque se<br />

me especializasse”. Em 2015, o mercado<br />

de seguro de bicicleta ainda era muito<br />

incipiente.“Como triatleta, havia muita<br />

identidade com o mercado e conhecia<br />

as necessidades do meu cliente, o que<br />

me fez criar a Velo Corretora no final de<br />

2015 e, desde então, nosso propósito foi<br />

nos tornarmos a principal referência neste<br />

segmento”.<br />

Antes de completar quatro anos,<br />

Cicarini lembra que o que era inovação<br />

em 2015, como automação de marketing,<br />

vendas por whatsapp, SEO, produção<br />

de conteúdo e jornada digital, hoje tem<br />

sido a norma. “Costumo dizer que um<br />

corretor que não adotou tudo isto já está<br />

em desvantagem e terá sua sobrevivência<br />

ameaçada no futuro, em que Inteligência<br />

Artificial (IA), aprendizado de máquina,<br />

Blockchain, chatbots e redes neurais são<br />

parte do vocabulário de quem pensa em<br />

inovação nos dias de hoje”.<br />

Segundo ele, enquanto muitos corretores<br />

reclamam das associações veiculares,<br />

seu olhar está voltada para o fenômeno<br />

das Insurtechs e Fintechs, que estão se<br />

tornando canais de distribuição atraentes<br />

para as seguradoras e entregam valor em<br />

vez de simplesmente intermediar. “Vejo as<br />

associações como um sintoma; um câncer<br />

instalado em um corpo envelhecido que<br />

tende à morte, no sentido de renascimento.


Precisamos ter um olhar para quem serão<br />

os protagonistas deste renascimento do<br />

mercado de seguros e como será o corretor<br />

2.0, 3.0”.<br />

Em sua visão, muitas seguradoras já<br />

entenderam que é mais barato, escalável<br />

e mesmo rentável aliar-se a empresas<br />

com olhar para o futuro, que são capazes<br />

de pensar novos produtos, atingir canais<br />

de distribuição não convencionais e até<br />

mesmo assumir responsabilidades de<br />

subscrição e regulação com mais segurança,<br />

em muitos casos.<br />

Mariluce Coelho Ferreira iniciou em<br />

2017 como corretora de seguros, depois<br />

de 30 anos como bancária. “Sabia que<br />

trabalhar com seguros seria uma consequência<br />

natural. Fiz pesquisa de mercado<br />

para entender as mudanças de ciclos e<br />

como ser empreendedora, dona do própria<br />

negócio, realização de quem trabalha<br />

a vida inteira como funcionária”. Fez o<br />

curso e montou a primeira corretora, sem<br />

pensar muito em marca e um nome forte.<br />

❙❙Mariluce Coelho Ferreira<br />

“Não tive dúvidas que iria atuar com vida<br />

e previdência, que é o carro chefe da minha<br />

empresa. Era o que tinha muito mais a<br />

ver comigo, até porque passei dificuldades<br />

financeiras quando perdi minha mãe e<br />

não tinha seguro”. Recentemente, contratou<br />

uma empresa de branding e mudou o<br />

nome da corretora para Amarone. “Fazer<br />

um seguro de vida é amar e one é número<br />

um”. Nestes poucos anos de atuação o que<br />

mudou no mercado foi que, com a crise<br />

financeira, os profissionais precisavam se<br />

reinventar e dar atenção para outros produtos.<br />

“Esse reflexo não me afetou porque<br />

já entrei com esse pensamento, mas os<br />

corretores mais tradicionais precisaram<br />

repensar suas corretoras, deixar de focar<br />

só no automóvel, buscar ramos para dar<br />

mais longevidade à sua empresa. Por isso,<br />

vemos que no último ano o seguro de<br />

vida cresceu mais do que automóvel, algo<br />

jamais visto”. Para ela, também contribui<br />

o fato de que houve uma mudança social,<br />

há mais mulheres atuando como chefes<br />

de família e estas são mais conscientes e<br />

atentas ao seguro de vida.<br />

“Já entrei com esta onda de mudanças<br />

e esta visão dos seguros de pessoas.<br />

Minha oportunidade de mercado é muito<br />

maior. Percebo nos profissionais mais<br />

antigos um incômodo justamente pelos<br />

profissionais mais novos, como eu, terem<br />

um novo olhar sobre os negócios, de<br />

consultoria e atenção ao cliente como<br />

um todo”.


evento | congresso brasileiro<br />

Foco no combate ao<br />

mercado marginal<br />

Anúncio de que as seguradoras finalmente<br />

entrarão no combate às associações de proteção<br />

veicular tomam conta das discussões. Susep<br />

anuncia que corretores já têm maturidade para a<br />

autorregulação<br />

Um evento cheio de novidades.<br />

Assim foi o 21º Congresso<br />

Brasileiro de Corretores<br />

de Seguros, realizado pela<br />

Federação Nacional dos Corretores de<br />

Seguros em Costa do Sauípe - Bahia,<br />

no mês de outubro. Foram apresentados<br />

estudos sobre atuação dos corretores,<br />

pesquisa sobre associações de proteção<br />

veicular, mudança do nome da ENS,<br />

autorregulação e inovação.<br />

Logo na abertura do evento, a superintendente<br />

da Susep, Solange Vieira,<br />

Kelly Lubiato, de Costa do Sauípe/BA<br />

anunciou que os corretores terão a autorregulação.<br />

Ela ressaltou que o País<br />

tem ainda um grande espaço para o<br />

desenvolvimento do mercado de seguros.<br />

“Precisamos nos modernizar, com mais<br />

tecnologia, trabalhando para flexibilizar<br />

normas, porque o mercado está maduro.<br />

Não vejo mais necessidade para regulação<br />

dos corretores de seguros, porque<br />

eles já têm maturidade suficiente para<br />

se autorregular”.<br />

A autorregulação já está disposta<br />

na Lei Complementar 137, que concede<br />

à autorreguladora status de entidade<br />

complementar à Susep, e que foi complementada<br />

pela resolução CNSP 233,<br />

de 2010. Segundo Armando Vergilio<br />

dos Santos, presidente da Fenacor, nem<br />

que “a Susep quintuplique seu quadro<br />

de servidores terá condições de fazer a<br />

fiscalização preventiva dos corretores<br />

de seguros”. Por isso, a autorregulação é<br />

uma questão tão importante.<br />

“Queremos a supervisão preventiva<br />

porque quem ganha com isso é o consumidor.<br />

Além do mais, com esta confiança<br />

ampliada conseguiremos melhorar o nível<br />

de confiança do setor como um todo”,<br />

afirmou Santos em entrevista coletiva.<br />

As presenças do senador Rogerio<br />

Carvalho (PT-SE), do deputado Lucas<br />

Vergilio (Solidariedade-GO) e do secretário<br />

especial de Previdência e Trabalho,<br />

Rogério Marinho, para Santos, foi<br />

uma demonstração do crescimento da<br />

importância do setor de seguros para o<br />

30


Governo. “A forma consistente de colaborar<br />

para o desenvolvimento do setor de<br />

seguros é atualizar o marco legal. Temos<br />

que romper as bolhas que separam os<br />

setores públicos e privados, com agenda<br />

que faça as pessoas serem participativas<br />

da riqueza do País”, disse o senador na<br />

abertura do evento.<br />

Participaram ainda da abertura<br />

o presidente do Sincor-BA e anfitrião<br />

do evento, Vanderson do Nascimento,<br />

Robert Bittar, presidente da ENS, que<br />

anunciou a mudança do nome da entidade<br />

(leia Box na página xx) e o presidente da<br />

CNseg, Marcio Coriolano.<br />

Armando Vergilio dos Santos apontou<br />

a busca pelas soluções para o mercado,<br />

discutindo os desafios para a retomada<br />

do crescimento. Ele ressaltou que mais<br />

de 85% das vendas de seguros no Brasil<br />

são feitas pelo corretor de seguros, que<br />

tem a responsabilidade de empreender a<br />

favor do consumidor e do mercado.<br />

Combate ao mercado<br />

marginal<br />

O combate ao mercado marginal<br />

de proteção veicular foi tema de um<br />

debate acalorado e com muita participação<br />

do público, no segundo dia do 21º<br />

Congresso Brasileiro dos Corretores de<br />

Seguros, promovido pela Fenacor, na<br />

Costa do Sauípe.<br />

Alguns sobre o mercado de proteção<br />

veicular, levantados por uma pesquisa<br />

da Ernest & Young, conduzida pelo seu<br />

sócio de serviços, Nuno Vieira, impressionam.<br />

É um mercado que movimento<br />

de R$ 7 a R$ 9 bilhões ao ano. Ele representa<br />

27% do mercado de automóvel no<br />

Brasil, com prêmio médio de R$ 1800,00.<br />

São 687 Associações de Proteção Veicular<br />

(APV), que comercializam proteção<br />

veicular, com 4,5 milhões de associados<br />

pelo país, com foco na região Sudeste.<br />

“O preço deles é mais competitivo,<br />

principalmente para veículos abaixo de<br />

R$ 40 mil, com serviços e coberturas<br />

veiculares. Há rateio de sinistros, se der<br />

lucro, fica para a associação; o prejuízo<br />

é distribuído entre os associados”, lembrou<br />

Vieira.<br />

Os clientes são mais novos (30% entre<br />

18 e 45 anos), 35% com renda abaixo<br />

de R$ 7 mil. A venda é feita principalmente<br />

por agentes, com indicações de<br />

clientes atuais e familiares como fonte de<br />

captura de clientes. As comissões variam<br />

entre 7% e 30%.O sócio<br />

No dia em que se comemora o Dia<br />

o Corretor de Seguros, Robert Bittar,<br />

presidente da Escola de Negócios e<br />

Seguros conduziu a plenária, apontando<br />

que este é um momento de união de<br />

forças para atuação nesta frente. Murilo<br />

Riedel, CEO da HDI Seguros, disse que<br />

as associações, para ele, são um tipo de<br />

pirâmide, de golpe financeiro, que encontrou<br />

no mercado de seguros condições<br />

‘facilitadoras’. “O crescimento médio dos<br />

prêmios caiu e a frota vem envelhecendo;<br />

além disso, o compartilhamento de<br />

veículos já é uma realidade e será cada<br />

vez mais relevante, com a penetração do<br />

seguro caindo de acordo com a vida útil<br />

do veículo. Uma superfrota de carros<br />

antigos vem daquela supersafra de 2012,<br />

que começam a ter menor penetração de<br />

seguros”, enumerou.<br />

Estas afirmações serviram para<br />

embasar a teoria de que há mais veículos<br />

antigos no mercado e que é preciso regras<br />

mais flexíveis por parte do regulador para<br />

que o mercado possa criar produtos com<br />

capacidade de concorrer com as associações<br />

de veículos.<br />

Roberto Santos, presidente da Porto<br />

Seguro e também do Sindicato das Seguradoras<br />

do Rio de Janeiro, apresentou<br />

uma pesquisa realizada com os veículos<br />

que chegam ao Pátio Legal, realizada em<br />

agosto de 2019. Ela mostra que 37% dos<br />

veículos restituídos são provenientes de<br />

proteção veicular e 23% de seguradoras.<br />

Dos recuperados em até 5 dias, 84%<br />

são via proteção veicular e 47% via<br />

seguradoras.<br />

87% das pessoas que compram proteção<br />

veicular pagam via boleto bancário<br />

e 8% pagam em dinheiro. Apenas 13%<br />

fizeram proteção veicular porque as seguradoras<br />

recusaram. O nível de carros<br />

mais velhos e zero estão no mesmo nível.<br />

“A principal frente de ataque é a comunicação<br />

com a sociedade, monstrando<br />

as vantagens do seguro. “Seguro não é<br />

mais caro””, afirmou Roberto Santos,<br />

acrescentando que cabe ao mercado e<br />

um ação conjunta. Ele lembrou que o fato<br />

das vendas serem feitas em maioria com<br />

boleto bancário mostra que poderia haver<br />

também uma ação dos bancos.<br />

Luiz Gutierrez, presidente da Mapfre,<br />

disse que temos que tratar o<br />

assunto com seriedade, inteligência e<br />

planejamento estratégico. “No mercado,<br />

trabalhamos para proteger o segurado,<br />

31


congresso brasileiro<br />

Escola de Negócios e Seguros<br />

A Escola Nacional de Seguros passou<br />

por mudanças significativas no seu<br />

modelo de gestão, com a chegada de<br />

novos diretores e alterações em sua<br />

forma de financiamento. Houve a desativação<br />

de várias unidades estaduais,<br />

para a racionalização e otimização dos<br />

recursos. O ápice das mudanças veio com<br />

a abertura da escola para outros setores,<br />

com a alteração de sua marca para Escola<br />

de Negócios e Seguros.<br />

O presidente da entidade, Robert<br />

Bittar, lembrou que com a mudança na<br />

diretoria da escola trouxe um novo olhar<br />

para o setor. “Juntos eles vislumbraram<br />

novas oportunidades de treinamento e<br />

qualificação em atividades que a Escola<br />

pode desenvolver”. A ampliação da<br />

atuação da ENS passou a ser uma necessidade,<br />

indo além dos cursos voltados<br />

para o mercado de seguros.<br />

Tarcisio Godoy, diretor executivo da<br />

ENS, explicou que a escola conseguiu ultrapassar<br />

um período turbulento e agora<br />

passa a navegar com motores próprios.<br />

A Escola de Negócios e Seguros já é reconhecida<br />

como a principal instituição<br />

formadora dos profissionais do mercado<br />

de seguros.<br />

Anualmente, a ENS treina cerca de<br />

17 mil pessoas e habilita cerca de 3,5 mil<br />

corretores de seguros. “Estamos falando<br />

de duas indústrias: a de seguros e a educacional.<br />

Este último tem um ciclo de<br />

conhecimento reduzido, mas mercados<br />

agressivos precisam de profissionais mais<br />

bem preparados”, avaliou Godoy.<br />

A sustentabilidade da escola está<br />

baseada em 4 pilares: aprimoramento do<br />

atual modelo; expansão e massificação<br />

da oferta de cursos (o ensino a distância<br />

é o futuro); oferta de consultorias e serviços<br />

e desenvolvimento de parcerias<br />

estratégicas.<br />

A Escola também irá disponibilizar<br />

três novos cursos de formação profissional,<br />

gratuitamente, para parceiros e<br />

quem mais queira acesso. Há também<br />

outros 31 cursos online com 50% de<br />

desconto no mês de outubro. “Queremos<br />

tornar a Escola uma importante<br />

ferramenta para o desenvolvimento do<br />

mercado”, avisou Godoy.<br />

Mario Pinto, diretor de Ensino Superior,<br />

percebe que há uma convergência<br />

de componentes que levam ao movimento<br />

de mudança da escola. “Ela é um<br />

braço acadêmico do mercado de seguros.<br />

Para atingir esta missão, ele observou três<br />

ponto: otimização dos recursos; difusão<br />

do conhecimento de seguros; parcerias”.<br />

Maria Helena Monteiro, diretora de<br />

Ensino Técnico da ENS, explicou que o<br />

fechamento das unidades físicas deve<br />

gerar receita que será aplicada no conhecimento<br />

a distância, setor que é viabilizado<br />

internamente na Escola. “O ensino<br />

a distância da Escola é muito completo,<br />

que dispõe, além das aulas, de exercícios<br />

de fixação e as avaliações”, completou.<br />

protegendo o seu sonho do futuro. Temos<br />

4,5 milhões de brasileiros que confiem<br />

nestas associações. Temos que estar todos<br />

alinhados, porque quando uma empresa<br />

destas fecha ela prejudica a imagem de<br />

todo o setor, inclusive o de seguros.Temos<br />

que trabalhar juntos, transmitindo<br />

à opinião pública o que significa isso,<br />

mostrando ao poder público qual é a perda<br />

de impostos”.<br />

Por fim, o deputado Lucas Vergílio<br />

(Solidariedade-GO), disse que, após 3<br />

congressos brasileiros, finalmente as seguradoras<br />

se importaram com o assunto.<br />

“Para mudar a cultura, temos que mudar<br />

a forma de abordagem deste tema. Não<br />

podemos falar de seguros como produtos<br />

financeiros. O impacto das associações de<br />

proteção veicular, como está hoje, é um<br />

problema fiscal, sócio-econômico e de<br />

segurança pública, porque fomentam o<br />

roubo e furto de veículos”, apontou.<br />

Sobre os corretores de seguros que<br />

comercializam os produtos de associações<br />

veiculares, Gutierrez disse que<br />

a autorregulação será uma arma para<br />

puni-los e que fiquem fora do mercado<br />

regulado. Roberto Santos afirmou que é<br />

hora de pegar pesado neste assunto contra<br />

as associações veiculares.<br />

Riedel, para finalizar, chamou a atenção<br />

para os corretores que estão fazendo o<br />

RCF individual nas seguradoras, porque a<br />

probabilidade é alta de termos uma associação<br />

por trás disso. “A autorregulação<br />

é uma das alternativas que buscamos por<br />

conta destes profissionais ruins, que existem<br />

em qualquer associação”, completou<br />

Vergilio.<br />

O futuro que aguarda os<br />

corretores<br />

Mesmo em um momento de economia<br />

estagnada, o setor de seguros voltou<br />

a crescer a patamares mais elevados. Em<br />

2019, até agosto, o setor segurador repetiu<br />

um crescimento na casa de dois dígitos<br />

pela segunda vez seguida. A taxa avançou<br />

11,5%, atingindo R$ 174,8 bilhões (sem<br />

Saúde e sem DPVAT) nos oito primeiros<br />

meses do ano, comparando-se ao acumulado<br />

de janeiro a agosto de 2018. “Com<br />

esse resultado, o crescimento da arrecadação<br />

setorial já se encontra praticamente<br />

na média entre a projeção pessimista<br />

32


e a otimista para o ano de 2019 (5,3%<br />

a 8,7%)”, constatou Marcio Coriolano,<br />

presidente da CNseg.<br />

Ainda assim, o presidente do Grupo<br />

Bradesco Seguros, Vinicius Albernaz,<br />

ressaltou que o maior desafio para 2020<br />

será fazer a economia voltar a crescer.<br />

“Já conseguimos obter êxito em termos<br />

de controle de custos, mas precisamos<br />

ver o top line crescer. Tem setores que<br />

ainda são muito afetados por conta da<br />

economia frágil”.<br />

Albernaz também lembrou que o<br />

cenário de juros mais baixos é bom para<br />

o País, porque significa retomada de<br />

investimento, alivia o balanço das companhias,<br />

mas para o setor se concretiza<br />

num desafio porque mexe no resultado<br />

financeiro das seguradoras. Há uma<br />

tendência ao longo do tempo de as seguradoras<br />

terem um crescimento no seu<br />

resultado pelo underwriting, que afeta<br />

o financeiro. Além disso, o presidente


congresso brasileiro<br />

do grupo Bradesco citou ainda alguns<br />

desafios institucionais, como os riscos<br />

cibernéticos, a longevidade e as mudanças<br />

climáticas.<br />

Assim como Albernaz, Gabriel<br />

Portella, presidente da SulAmérica, vê a<br />

taxa de juros como o maior desafio para<br />

2020. “O Brasil vai viver novamente um<br />

período com taxa de juros baixa, mais<br />

baixa do que a gente viu nos últimos dez<br />

anos, por exemplo. Mas por outro lado,<br />

estamos vendo uma série de reformas que<br />

dão belos ventos a favor: a reforma da<br />

previdência, a lei do MEI, toda a reforma<br />

trabalhista, as privatizações. Acho que<br />

essa é a expectativa diante dos cenários<br />

que a gente está vendo”.<br />

A tecnologia será uma importante<br />

ferramenta de atuação neste cenário de<br />

maior competitividade, principalmente,<br />

com a chegada de novas seguradoras<br />

ao setor, de menor porte e de atuação<br />

focada em nichos.<br />

O presidente da Mapfre, Luis Gutierrez,<br />

antecipou que 2020 será o ano<br />

do mercado começar a ‘fazer’. “Falamos,<br />

pansamos planejamos e abordamos<br />

em palestras o tema de que o mundo vai<br />

mudar. Os mais novos já não pensam em<br />

ter um veículo e também não imaginam<br />

em ter casa, mas continuamos a fazer<br />

,<br />

Estudo sobre as corretoras de seguros PJ<br />

O 4º Estudo Sócio-Econômico das Empresas Corretoras de Seguros – PJ foi<br />

apresentado no evento. O seu objetivo é conhecer o comportamento comercial e<br />

estratégico das emprevsas e avaliar o grau de conhecimento sobre a atuação da<br />

Fenacor. Ele foi elaborado pelo economista Francisco Galiza.<br />

as coisas do mesmo jeito de sempre.<br />

Chega uma hora que é preciso parar de<br />

falar para começar a fazer”. Ele lembrou<br />

que o Brasil possui uma economia com<br />

grande atuação de pequenos negócios,<br />

que nunca receberam uma oferta de<br />

seguros em toda a sua existência. “Isso<br />

PERFIL DAS CORRETORAS<br />

Características Principais<br />

Preponderância de atuação de pequenas e microempresas<br />

65% das empresas têm até quatro funcionários<br />

56% dos seus prêmios vêm do ramo automóvel<br />

Em geral, quanto menor a corretora, maior a participação do automóvel<br />

10 a 15% das empresas são especializadas em vida ou saúde<br />

As corretoras geram 150 mil empregos diretos<br />

Investimento em tecnologia concentrados em processos administrativos e<br />

infraestrutura<br />

tem que mudar. Temos que fazer as<br />

coisas de outro jeito e com outra velocidade”,<br />

insistiu.<br />

“A mera presença do risco gera<br />

oportunidades”, acrescentou Albernaz.<br />

Para ele, é preciso criar novos produtos<br />

que possam atender aos consumidores e<br />

que ajudem a oferecer uma ampla grade<br />

de produtos para que consigamos atende-<br />

-los. “Temos que fazer parte da jornada<br />

do consumidor, colocando-o no centro da<br />

jornada para entender o seu momento e<br />

a sua realidade. Temos três gerações de<br />

consumidores, com diferentes graus de<br />

expectativa e de relacionamento com a<br />

tecnologia”, concluiu.<br />

José Adalberto Ferrara, presidente<br />

da Tokio Marine Seguradora disse que<br />

sempre olha as possibilidades à luz das<br />

novas normativas, ouvindo os corretores<br />

de seguros dentro da empresa para criar<br />

novos produtos. “O desafio é desenvolver<br />

produtos para atender o público que<br />

ainda não tem seguro, por exemplo, os<br />

70% dos veículos que não têm seguro.<br />

Ele acredita que novas companhias<br />

de seguros devem chegar ao mercado,<br />

colocando as nativas para pensar no processo<br />

de criação de produtos e a pensar<br />

no ecossistema para trabalhar de forma<br />

sinérgica e harmoniosa”, finalizou.<br />

34


evento | itc 2019<br />

Informação é o ouro do futuro<br />

Evento, que reúne mais de seis mil pessoas para tratar<br />

da tecnologia para seguros, mostrou que a proteção e<br />

o tratamento de dados são um grande desafio<br />

Kelly Lubiato, de Las Vegas / EUA<br />

Foto: CQCS<br />

Em dois dias e meio de muitas<br />

palestras, algumas coisas ficaram<br />

muito claras. Uma delas é<br />

que a captação de informações<br />

dos indivíduos será acentuada, mas de<br />

forma um pouco mais cuidadosa por<br />

conta das regulamentações em relação<br />

à privacidade das pessoas. O Insuretech<br />

Connect, realizado em Las Vegas, de<br />

22 a 24 de setembro, é um dos maiores<br />

eventos do setor sobre este tema. Ele reuniu<br />

startups de vários segmentos ligados<br />

à cadeia de seguros, seja em termos de<br />

BackOffice, produtos ou relacionamento<br />

com o consumidor.<br />

“Não estamos na rabeira do desenvolvimento”.<br />

Assim, Gustavo Doria<br />

abriu o primeiro dia, na pré-conferência<br />

direcionada especialmente para a delegação<br />

brasileira do ITC CQCS Experience,<br />

que contou com 158 pessoas. “O<br />

36<br />

Brasil veio com uma delegação muito<br />

representativa do que é o mercado nacional,<br />

o que amplia as possibilidades<br />

de negócios para o nosso setor”, disse<br />

Doria. As palestras demonstraram o<br />

poder brasileiro. Empresas que atuam<br />

em vários mercados (EUA, Europa e<br />

Ásia) buscam parceiros para iniciar ou<br />

fortalecer a operação no País.<br />

Jonathan Kalman, fundador da EOS<br />

Venture Partners, reforçou como a sua<br />

empresa escolhe as empresas elegíveis<br />

para receber investimento. “Uma insurtech<br />

pode ser um modelo de negócios e<br />

nós, como investidores, queremos saber<br />

onde há um negócio para ser investido”,<br />

adiantou.<br />

Kalman reforçou que foram investido<br />

US$ 12 bilhões de dólares em<br />

insurtechs. Apenas a Allianz pretende<br />

investir, sozinha, US$ 1,1 bilhão em insurtech,<br />

pela única razão de saber que vão<br />

ganhar com esta iniciativa. O importante<br />

é que eles estão levando as insurtechs a<br />

sério. “US$ 800 milhões é o valor que<br />

a Lyft, empresa de compartilhamento<br />

de transporte, tem de reserva porque a<br />

cobertura foi negada pelas seguradoras”,<br />

apontou Kalman.<br />

Os critérios que definem onde as<br />

empresas de venture capital vão investir<br />

incluem o engajamento da equipe e a<br />

liderança do executante; o produto precisa<br />

ser inovador ou muito necessário; é<br />

preciso identificar as oportunidades do<br />

mercado; como será a feita a distribuição<br />

dos produtos; a economia etc. “É preciso<br />

ter muita clareza de que é preciso retirar<br />

pelo menos cinco vezes o valor investido”,<br />

ensinou Kalman.<br />

Sobre o Brasil, Kalman explicou que<br />

há algumas coisas das quais os investi-


dores gostam. Primeiro, é o tamanho do<br />

mercado; segundo, é o governo mostrando<br />

que está preocupado com políticas de<br />

longo prazo, além de ser um mercado<br />

de 200 milhões de pessoas, com estimativa<br />

de que 20 milhões poderiam ser<br />

bons consumidores de seguros. “Muitos<br />

dos seguros que serão comprados com<br />

produtos de afinidade, serão uma ótima<br />

oportunidade de relações com o consumidor”,<br />

esclareceu Kalman, completando<br />

que sem a internet este avanço não será<br />

possível.<br />

Willian Powers, CEO da Cambridge<br />

Mobile Telematics, disse que pretende<br />

diminuir o problema da distração dos<br />

motoristas ao volante, motivados principalmente<br />

pelos telefones. “Como seres<br />

humanos, estamos condicionados a olhar<br />

o telefone toda vez que estamos parados.<br />

Nós temos que mudar nosso comportamento<br />

e a empresa está tentando eliminar<br />

estas distrações terríveis que têm<br />

impacto sócio-econômico muito significativo”.<br />

Ele acredita que a mudança<br />

deve acontecer através da educação do<br />

motorista. Sua empresa está procurando<br />

parceiros para se instalar no Brasil.<br />

Destaque a jornalista<br />

O dia do Insuretech Connect – ITC<br />

2019 começa cedo e é preciso ter bastante<br />

atenção para acompanhar a quantidade<br />

de informações espalhadas pelos corretores<br />

e palestras. Um dos destaques<br />

foi a fala da jornalista Kara Swisher,<br />

especialista em tecnologia e negócios,<br />

articulista do New York Times e uma<br />

das fundadores do site Recode.<br />

Ela trouxe a visão de uma pessoa que<br />

está fora do mercado de seguros, mas que<br />

conhece tecnologia como poucos, pois<br />

cobre o Vale do Silício e acompanha as<br />

tendências mundiais e que serão importantes<br />

para mudar o futuro.<br />

Kara salientou que há muito dinheiro<br />

sendo investido em empresas de<br />

tecnologia e que isso terá impacto para<br />

todos. Por outro lado, os gigantes como<br />

Amazon, Google e Facebook dominam<br />

a forma de interação humana e estão<br />

evoluindo o negócio de antecipação de<br />

desejo humano. “Você pode não saber o<br />

que você quer, mas estas empresas, com a<br />

análise do que você faz, como se desloca,<br />

“O próximo trilionário<br />

do mundo será quem<br />

resolver as questões<br />

ligadas às mudanças<br />

climáticas”<br />

Kara Swisher<br />

como compra, com quem fala, podem<br />

antecipar seus desejos com a leitura dos<br />

dados (rastros) deixados em pontos conectados”.<br />

As empresas recebem muito<br />

dinheiro pelas informações que possuem<br />

sobre as pessoas. Estas, disponibilizam<br />

seus dados em troca de um desconto<br />

“qualquer”.<br />

“As empresas estão abusando de<br />

seu poder de usar as informações dos<br />

clientes. Entretanto, não existe nenhuma<br />

regulação sobre a internet e as informações<br />

dos clientes são um produto para<br />

as empresas ganharem muito dinheiro”,<br />

disse Kara, acrescentando que é preciso<br />

pensar melhor na internet que queremos<br />

e como vamos reconfigurar o seu uso<br />

para a próxima década e qual será o impacto<br />

sobre nós. “Temos que pensar em<br />

como vamos proteger os seres humanos<br />

e em como vamos conter as mudanças<br />

climáticas”.<br />

Ela lançou algumas mensagens<br />

pragmáticas, como ressaltar que a informação<br />

agora é o novo ouro, assim<br />

como os carros representam os cavalos<br />

do passado e as scooters são os tapetes<br />

mágicos do transporte. “As cidades foram<br />

configuradas para carros, mas isso<br />

deve mudar em 25 anos. Os problemas<br />

dos carros são as pessoas. Quando um<br />

carro autônomo sofre um acidente, milhões<br />

de unidades aprendem com ele<br />

e passam a evitá-lo. Quando tem um<br />

motorista humano envolvido, isso não<br />

acontece”, brincou.<br />

Sobre as tendências para o futuro,<br />

algumas já são bastante conhecidas,<br />

porém terão impacto ainda maior, como<br />

a inteligência artificial, a utilização<br />

de robôs e a automação. Entretanto, o<br />

grande desafio deste século está ligado à<br />

mobilidade urbana. Drones devem ser o<br />

próximo passo para o deslocamento em<br />

curtas distâncias também.<br />

Por isso, Kara acredita que o mercado<br />

de seguros do futuro precisa se<br />

reinventar. Com a queda da quantidade de<br />

veículos circulantes, este tipo de apólice<br />

também deve desaparecer. Porém, ela<br />

enfatizou que outros produtos devem<br />

surgir, até com certa expansão para o<br />

setor, que será vagarosa.<br />

Novos mercados<br />

Dentre as dezenas de palestras do<br />

evento, algumas chamaram a atenção.<br />

Com o sugestivo título de “Cannabis e<br />

seguro: você não quer cortar isso pela<br />

raiz”, o ITC 2019 discutiu as oportunidades<br />

que surgem deste novo segmento que,<br />

aos poucos, vai sendo regulamentado nos<br />

Estados Unidos. 33 estados americanos já<br />

legalizaram a cannabis para uso médico,<br />

25 para uso recreativo e 22 descriminalizaram<br />

o uso. É um setor que deve<br />

arrecadar US$ 47 bilhões de receitas em<br />

2019. Entretanto, a Federação ainda trata<br />

a cannabis como item de posse recriminável.<br />

Este conflito entre leis estaduais e<br />

federais acaba desencorajando a atuação<br />

das seguradoras e resseguradoras.<br />

Os riscos desta cadeia produtiva são<br />

os mesmos de outras ‘culturas’. São cobertas<br />

pelo seguro apenas as plantações<br />

controladas em estufas. A manufatura,<br />

embalagem, rotulagem e logística também<br />

envolvem riscos comuns ao setor.<br />

Dawna Capps-Evans, diretora executiva<br />

da National Cannabis Risk Management<br />

Association, afirma que este<br />

setor, em breve, deve superar o faturamento<br />

das indústrias de álcool e tabaco.<br />

“Entrando cedo, teremos mais chance<br />

de concorrer com os grandes, porque<br />

teremos mais dados e informações sobre<br />

o setor”, avisou.<br />

37


itc 2019<br />

Porém a falta de dados ainda é um<br />

obstáculo para o desenvolvimento deste<br />

mercado. “Hoje, é difícil precificar porque<br />

não temos volume de informações e<br />

dados. A conversa daqui um ano ainda<br />

será sobre a necessidade de cobertura,<br />

mas sem dados talvez estas empresas não<br />

ofereçam produtos”.<br />

John Donahue, CEO da Topa Insurance<br />

Group, disse que quando começou<br />

a atuar no setor de cannabis tinha a<br />

impressão de que os atuantes nele eram<br />

pessoas que andavam de chinelo e gostavam<br />

de fumar maconha. “Descobri que<br />

são pessoas sérias, que tem instalações de<br />

US$ 22 milhões e não encontram respaldo<br />

na indústria. Há muitos profissionais<br />

preocupados em entrar no primeiro nível<br />

de uma indústria que envolve milhões de<br />

dólares”, apontou.<br />

Porém, ainda é difícil encontrar parceiros<br />

resseguradores para a colocação<br />

dos riscos, por isso, a fase atual da Topa<br />

é de ensinar os resseguradores sobre os<br />

riscos e os preços, educando-os a respeito<br />

deste setor. Por outro lado, como MGA’s, a<br />

Topa ensina seus segurados a encontrarem<br />

o produto mais adequado ao seu risco, o<br />

que eles precisam perguntar e entender<br />

para adquirir um seguro adequado.<br />

Para se ter uma ideia, não há cobertura<br />

para o transporte do produto. Como<br />

a regulamentação muda de um estado<br />

para outro, a produção acaba ficando<br />

confinada ao local de origem ou precisa<br />

de apólices de seguro independentes.<br />

O CEO da Cannasure insurance<br />

Services, Patrick McManamon, ressaltou<br />

que este é um setor em franca expansão,<br />

que está recebendo profissionais de<br />

outras áreas interessados em investir.<br />

“Nosso maior cliente é uma empresa<br />

de compliance, responsável por adequar<br />

os produtos às legislações locais.<br />

Além disso, McManamon explicou que<br />

a rotulagem é diferente para cada tipo<br />

de uso (medicinal ou recreativo). “A de<br />

uso recreativo tem testes obrigatórios,<br />

embalagens com informações claras. A<br />

quantidade de THC tem que ser distribuída<br />

de forma equânime”, destaca.<br />

Brasileiro palestrante<br />

Marcelo Blay, sócio fundador da<br />

Minuto Seguros, atuou como primeiro<br />

palestrante brasileiro do ITC 2019. Ele<br />

participou da discussão sobre o novo<br />

mundo de produtos customizados. Entre<br />

os temas discutidos esteve a forma como<br />

o seguro é comprado e vendido em todo<br />

o mundo. A dinâmica de compra e venda<br />

varia muito, dependendo do país e do<br />

❙❙Marcelo Blay, da Minuto<br />

que está sendo comercializado. É por<br />

isso que três empresas que vendem exatamente<br />

o mesmo produto em três partes<br />

diferentes do mundo geralmente têm três<br />

modelos de negócios completamente diferentes.<br />

No setor de seguros, adequação<br />

do mercado ao produto significa levar<br />

em consideração a dinâmica específica<br />

do mercado, as diferenças entre as<br />

influências da operadora/ corretora, a<br />

economia digital das bases de clientes,<br />

a disponibilidade de capital e as forças<br />

competitivas.<br />

Fotos: CQCS<br />

38


tecnologia | omint<br />

Novas plataformas digitais garantem<br />

segurança, celeridade e conveniência<br />

para corretores e clientes<br />

Independente do porte e segmento<br />

das companhias, a transformação<br />

digital é um cenário que chegou para<br />

ficar e, na área dos seguros e operações<br />

de saúde, o panorama é o mesmo.<br />

Corretores e clientes desejam processos<br />

eficientes, fáceis e sem burocracia, em<br />

que os pontos de contato sejam os<br />

mais simples possíveis<br />

Como uma empresa de pessoas<br />

em um processo de transformação<br />

digital, a Omint proporciona<br />

muito mais do que<br />

foco em inovação: a companhia pratica<br />

a inovação com foco. “Para essa jornada,<br />

é importante considerar a experiência do<br />

corretor, desenvolvendo os processos, as<br />

ferramentas e a cultura da organização<br />

para a inovação contínua. Acredito que<br />

aplicativos, sites responsivos e chatbots<br />

são um meio de atingirmos isso, obviamente<br />

sempre considerando o objetivo<br />

e necessidade de cada profissional para<br />

viabilizar mais negócios e fidelizar clientes<br />

por meio de uma atuação consultiva e<br />

estratégica”, declara o diretor Comercial e<br />

de Marketing da Omint, Cícero Barreto.<br />

O executivo ainda ressalta que também<br />

há uma tendência do crescimento de<br />

ferramentas de gestão – ou seja, de inteligência<br />

- na ponta do processo. “Percebo<br />

também que há um cenário que favorece<br />

a parceria corretor e seguradora, colaborando<br />

para traçar diagnósticos, antecipar<br />

problemas e propor soluções”, explica.<br />

Em que áreas e como essas<br />

ferramentas são utilizadas?<br />

Para a área de Seguro Viagem, a<br />

companhia fornece o Cotador Online,<br />

que viabiliza a compra online do produto<br />

em até três minutos. Ainda em Viagem,<br />

a companhia conta com um broker link,<br />

40<br />

ou seja, sistema de cotação em que, após<br />

a contratação do produto, o agente de<br />

viagens ou corretor fornece ao cliente um<br />

acesso para que ele emita seu próprio bilhete.<br />

As emissões realizadas pelo acesso<br />

ficam vinculadas à agência.<br />

Já para a operação dos Planos de<br />

Saúde, a Omint oferece o Cotador Online,<br />

disponibilizado ao corretor para<br />

fornecer ao cliente as possibilidades de<br />

planos aderentes ao perfil dele. Também<br />

oferecemos o acompanhamento do<br />

tracking no portal, o que possibilita a<br />

verificação da análise da proposta até o<br />

aceite final, a emissão da apólice e, por<br />

fim, a devida implantação.<br />

“Ainda em saúde, para tornar o<br />

processo ainda mais simples, também<br />

❙ ❙<br />

Cícero Barreto, diretor<br />

Comercial e Marketing<br />

dispomos de assinatura digital para a<br />

Declaração de Saúde e a Solicitação de<br />

Ingresso. No meio desse processo todo,<br />

o corretor também está amparado pela<br />

Omint em todas as frentes, contando<br />

com uma equipe exclusiva de consultores<br />

especialistas para atendimento e treinamento<br />

de produtos. Nossa proposta é que<br />

toda a jornada de venda do corretor para<br />

PME e MEI seja digital, fazendo com<br />

que o processo corra de forma simples,<br />

segura e eficiente”, explica o executivo.<br />

A importância da<br />

participação ativa do corretor<br />

no processo de elaboração de<br />

plataformas<br />

Para a Omint, o corretor é considerado<br />

o ponto focal da experiência junto<br />

ao cliente final, por ser capaz de proporcionar<br />

uma venda consultiva de acordo<br />

com seu perfil, momento de vida, anseios<br />

e metas. “Recebemos as demandas do<br />

mercado por meio da equipe comercial<br />

que atua diretamente com os corretores,<br />

e isso tem sido fundamental para nos<br />

ajudar a elaborar essas novas plataformas.<br />

Além disso, quando vamos lançar<br />

novas ferramentas sempre fazemos uma<br />

operação piloto com alguns corretores<br />

antes de lançarmos para todos. Também<br />

é importante pontuar que utilizamos a<br />

pesquisa de satisfação como um canal<br />

para atuarmos”, finaliza Barreto.


prêmio melhores do seguro 2019<br />

Reconhecimento de boas<br />

práticas do mercado<br />

Pelo décimo ano consecutivo, a <strong>Revista</strong> <strong>Apólice</strong> celebra o mercado<br />

de seguros e seus participantes. O Prêmio Melhores do Seguro<br />

reconheceu o talento e as iniciativas de sucesso dos profissionais<br />

responsáveis pela distribuição de produtos de seguros, resseguros,<br />

previdência privada, planos de saúde e capitalização<br />

Em 2019 o Prêmio recebeu 124 inscrições de empresas<br />

ligadas à distribuição de seguros. Entre<br />

os vencedores há cases de corretoras de seguros,<br />

grupos de corretores, associação de corretores,<br />

nacionais e multinacionais. Foram premiados 34 cases de<br />

sucesso, de empresas de 12 estados diferentes do Brasil.<br />

Entre os vencedores há experiências ligadas à distribuição<br />

de produtos, ao crescimento de carteiras específicas<br />

e também à jornada do cliente. A tecnologia também foi<br />

valorizada por meio de aplicativos para atendimento ao<br />

cliente e venda remota de seguro viagem, por exemplo.<br />

A primeira edição do Prêmio Melhores do Seguro<br />

foi realizada em 2010. O seu objetivo é estimular e<br />

reconhecer a produção de relatos sobre iniciativas das<br />

empresas corretoras de seguros atuantes no Brasil sobre<br />

suas ações de marketing, divulgação, novos canais, tecnologia,<br />

vendas e gestão cujos resultados obtidos sejam<br />

significativos para seus negócios e/ou para o mercado<br />

de forma geral.<br />

Em 2016 houve uma mudança no foco do evento,<br />

quando a <strong>Revista</strong> <strong>Apólice</strong> passou a premiar exclusivamente<br />

corretores de seguros e suas ações.<br />

41


prêmio melhores do seguro 2019<br />

Conheça os premiados:<br />

NOME CIDADE DA EMPRESA CASE VENCEDOR<br />

Aliança<br />

Alper Consultoria<br />

Aon<br />

Atix Seguros<br />

Barra Bella<br />

Cifraseg<br />

D’Or Consultoria<br />

Firmus<br />

Frico<br />

GC do Brasil<br />

Gigliotti<br />

Grupo Exalt<br />

Infinity<br />

It´s Seg<br />

JLT<br />

Junker<br />

Livonius<br />

Meireles e Mantey<br />

Minuto<br />

Miura<br />

Moriseg<br />

Ô Insurance<br />

Rede Lojacorr<br />

San Martin<br />

Schubert<br />

Seguralta<br />

Seguros do Brasil<br />

Sicoob SC/RS<br />

ST Corretora<br />

Status Consultoria<br />

Styllo<br />

TGL<br />

THB<br />

Tudo Seguro<br />

Joinville/SC<br />

São Paulo/SP<br />

São Paulo/SP<br />

São Paulo/SP<br />

Barra do Piraí/RJ<br />

Vitória/ES<br />

Rio de Janeiro/RJ<br />

Curitiba/PR<br />

Porto Alegre/RS<br />

São Paulo/SP<br />

Barra Bonita/SP<br />

Campinas/SP<br />

Uberlândia/MG<br />

São Paulo/SP<br />

São Paulo/SP<br />

Brasília/DF<br />

Porto Alegre/RS<br />

São Caetano/SP<br />

São Paulo/SP<br />

São Paulo/SP<br />

Osasco/SP<br />

São Paulo/SP<br />

Curitiba/PR<br />

São José do Rio Preto/SP<br />

Porto Alegre/RS<br />

São José do Rio Preto/SP<br />

Brasília/DF<br />

Florianópolis/SC<br />

Bauru/SP<br />

Rio de Janeiro/RJ<br />

São Paulo/SP<br />

Belo Horizonte/MG<br />

São Paulo/SP<br />

Cacoal/RO<br />

Investimento para Desenvolver Consórcio<br />

Alper Digital<br />

Portal de Riscos Cibernéticos<br />

Produto Sentinela para Construção Civil<br />

Opção por Seguradora Parceira<br />

Crescimento em RC Profissional Hospitais<br />

Destaque em Benefícios Nacional<br />

Contrato Adequado pelo Gerenciamento do Risco<br />

App Frico Mundi<br />

Centro de Serviços Compartilhados<br />

Modelo de Sucessão em Corretoras Adquiridas<br />

Desenvolvimento dos Corretores Associados<br />

Previdência Plataforma Online<br />

Gincana Nutricional<br />

Redesenhando a Experiência do Cliente<br />

Assessoria para Cross Selling<br />

MGA no Brasil<br />

Inbound Marketing Gera Resultados em Médio Prazo<br />

Selo RA 1000 Reclame Aqui<br />

Novo Modelo de Remuneração para Ramos Elementares<br />

Tótens de Seguro Viagem<br />

Hub Broker<br />

Ecossistema de Parceiros<br />

App de Relacionamento com o Consumidor<br />

Melhora de Processos Internos com Sustentabilidade<br />

Expansão da Rede de Franqueados<br />

Programa de Fidelidade<br />

App Educação Estratégica<br />

Destaque Frota de Locadoras<br />

Criação do Status Assist<br />

Programa Paes - Seguro Educação<br />

Ciclo de Palestras TGL<br />

Crescimento do Seguro Garantia<br />

CDL Vida<br />

42


premiados<br />

Priscila Rafaela Pedro Nunes e Fabricio Machado Nunes,<br />

sócios diretores da Aliança Corretora de Seguros de<br />

❙ ❙<br />

Joinville/SC, recebem o troféu de Mariana<br />

Miranda, gerente de subscrição da Argo Seguros pelo<br />

case<br />

Felipe Sigaude, head do projeto e Marcos Couto, CEO da<br />

❙ ❙<br />

Alper Consultoria em Seguros de São Paulo, recebem de<br />

Andréia Araújo, diretora de Negócios e marketing da<br />

Previsul Seguradora, o prêmio pelo case Alper Digital<br />

Investimento para Desenvolver Consórcio 43<br />

Rodrigo Ravelli (1º à esquerda) e Vitor Passos (1º à direita),<br />

ambos superintendentes da Bradesco Seguros, entregam<br />

o troféu pelo case Portal de Riscos Cibernéticos para<br />

Alexandre Jardim (2º à esquerda), diretor de Property,<br />

Responsabilidade Civil e Riscos Cibernéticos; Marcos<br />

❙ ❙<br />

Mendes (centro) especialista em seguro para Riscos<br />

Cibernéticos e Eduardo Takahashi, vice-presidente<br />

executivo de Commercial Risk Solutions da Aon Brasil<br />

Rafael Accurti, diretor comercial; João Machnick (3º à<br />

esquerda) CEO e Adolfo Accurti (à direita), diretor<br />

Comercial), todos da Atix Seguros de São Paulo recebem<br />

❙ ❙<br />

o troféu das mãos de Marcos Colantonio, presidente da<br />

Aconseg SP pelo case Produto Sentinela para<br />

Construção Civil<br />

Renata Caldeira Dinelli e Danilo Martins Dinelli, ambos<br />

sócios diretores da Barra Bella de Barra do Piraí/RJ,<br />

❙ ❙<br />

recebem o troféu de Francisco Pantoja, diretor executivo<br />

da <strong>Revista</strong> <strong>Apólice</strong>, pelo case Opção por Seguradora<br />

Parceira<br />

Oscar Rangel, Marcelo Lemos e Patricia Bastos, sócios da<br />

Cifraseg Corretora de Seguros de Vitória/ES, recebem o<br />

❙ ❙<br />

troféu de Francisco Pantoja, diretor executivo da <strong>Revista</strong><br />

<strong>Apólice</strong>, pelo case Crescimento em RC Profissional<br />

Hospitais


premiados<br />

Bruno Ianuzzi, vice-presidente da D´Or Consultoria<br />

❙ ❙<br />

do Rio de Janeiro, recebe o troféu pelo case Destaque<br />

Nacional em Benefícios de Claudia Motta,<br />

superintendente Comercial da Sulamérica Seguros<br />

Celso Felipe Germin Franzoi, gerente Técnico e Luiz<br />

Franzoi Neto, gerente Comercial, ambos da Firmus<br />

de Curitiba/PR, recebem o troféu pelo case Contrato<br />

❙ ❙<br />

Adequado pelo Gerenciamento do Risco de Leonardo<br />

Brunetti, head de Corretores e Clientes da Swiss Re<br />

Corporate Solutions<br />

❙❙<br />

Vicente Glitz, diretor da Frico Corretora de Seguros de<br />

Porto Alegre/RS, recebe o troféu pelo case App Frico Mundi<br />

Leonardo Freitas, diretor Comercial da Bradesco<br />

Seguros, entrega o troféu pelo case Centro de Serviços<br />

❙ ❙<br />

Compartilhados para Marco Aurélio Ribeiro, presidente e<br />

Sheila Moura, coordenadora de marketing, ambos da GC<br />

do Brasil, de São Paulo/SP<br />

José Roberto Marques, comercial Catanduva; Beto Gigliotti,<br />

CEO e Lucas Cordeiro comercial S. José do Rio Preto/<br />

❙ ❙<br />

SP da Gigliotti, recebem o prêmio das mãos de Margo Black,<br />

presidente da AMMS, pelo case Modelo de Sucessão em<br />

Corretoras Adquiridas<br />

44<br />

Wilson Pereira (centro), presidente do Sincor PR, entrega<br />

o troféu para Frederico Leopoldo, superintendente;<br />

❙ ❙<br />

Marcelo Fedozzi, conselheiro; Yuri Neves, coordenador;<br />

e Pedro Alves, do Grupo Exalt de Campinas/SP, pelo<br />

case Desenvolvimento de Corretores Associados


Evaldir Barbosa (centro), mentor do Clube dos Corretores<br />

de Seguros SP, entrega o prêmio pelo case Previdência<br />

Plataforma Online para Thomaz Edmundo<br />

❙ ❙<br />

Pereira (esquerda), especialista em Experiência do Cliente,<br />

e Rodrigo Afonso Ferreira, diretor Comercial da Infinity<br />

Corretora de Uberlândia/MG<br />

Karina Stryjer, gerente de Promoção de Saúde e<br />

❙ ❙<br />

Paula Garcia, nutricionista, ambas da It´s Seg de São Paulo,<br />

recebem o troféu de Mario Magalhães, diretor Comercial<br />

da Alfa Seguradora, pelo case Gincana Nutricional<br />

Mauricio Rocha, superintendente da Bradesco Seguros,<br />

entrega o prêmio pelo case Redesenhando a<br />

Experiência do Cliente, para Camila Elpes, analista de<br />

❙ ❙<br />

marketing; Gutembergue Junior, coordenador de mkt;<br />

Renata Banzato, diretora de mkt; Pedro Henrique Nogueira<br />

e Aline Gomes, analistas de mkt, todos da JLT Brasil<br />

❙ ❙<br />

Enir Junker, presidente da Junker Assessoria recebe o<br />

troféu pelo case Assessoria para Cross Selling de Duilio<br />

Varnier, superintendente da Bradesco Seguros<br />

Marcelo Picinini, diretor Comercial Corporate e Andreas<br />

Rafael Mayer, diretor Operacional e Técnico, ambos da<br />

Livonius MGA de Porto Alegre/RS, recebem o prêmio<br />

❙ ❙<br />

pelo case MGA no Brasil de Nileide Fernandes, executiva<br />

de contas e Marcio Feital, diretor Técnico de Auto e<br />

Transporte,<br />

Luis Longobardi, diretor de Mercado e Operações Sr.; Ana<br />

Clara Baptistella, analista de Comunicação Sr. e Denise<br />

França, analista de Marketing, todos da Rede Lojacorr,<br />

❙ ❙<br />

de Curitiba/PR, receberam o troféu de Renato Pedroso,<br />

presidente da Previsul Seguradora, pelo case Ecossistema<br />

de Parceiros<br />

ambos da Essor Seguros 45


premiados<br />

Arnaldo Odlevati Junior (centro), mentor do Clube dos<br />

Corretores de Seguros do ABC, entrega o prêmio pelo<br />

❙ ❙<br />

case Inbound Marketing gera Resultados em Médio<br />

Prazo, para Gustavo Meireles e Danilo Mantey, ambos<br />

diretores da Meireles e Mantey, de São Caetano do Sul/SP<br />

Manes Erlichman, sócio-diretor da Minuto Seguros, de São<br />

❙ ❙<br />

Paulo, recebe o troféu pelo case Selo RA 1000 Reclame<br />

Aqui de Euclides Generutti Naliato, diretor Regional São<br />

Paulo da HDI Seguros<br />

Fabio Miura, diretor Executivo e Cynthia Miura, ambos<br />

da Miura Corretora de Seguros de São Paulo, recebem o<br />

❙ ❙<br />

troféu de Coriolano Teixeira de Oliveira, gerente da<br />

Regional São Paulo, da Icatu Seguros, pelo case Novo<br />

Modelo de Remuneração para Ramos Elementares<br />

Francisco Pantoja, diretor Executivo da <strong>Revista</strong> <strong>Apólice</strong>,<br />

❙ ❙<br />

entrega o prêmio pelo case Tótens de Seguro Viagem<br />

para Leandro Moriya, CEO da Moriseg Corretora, de<br />

Osasco/SP<br />

Álvaro Fonseca, 2º secretário do Sincor SP, entrega o<br />

troféu pelo case Hub Broker, para Simone Macedo dos<br />

❙ ❙<br />

Santos Costa, diretora Executiva; Francisco Guedes, diretor<br />

de TI e Antônio Pastore, diretor de Affinity, todos da Ô<br />

Insurance, de São Paulo<br />

Alisson de Freitas Rodrigues, assistente Administrativo e<br />

Caroline Gouvea Gomes, diretora Administrativa,<br />

ambos da San Martin de São José do Rio Preto/SP,<br />

❙ ❙<br />

recebem o troféu pelo case App de Relacionamento<br />

com o Consumidor de Coriolano Teixeira de Oliveira,<br />

gerente Regional da Icatu Seguros<br />

46


André Schubert e Amanda Schubert, sócios da Schubert<br />

Corretora de Seguros de Porto Alegre/RS recebem o<br />

❙ ❙<br />

troféu de Edmundo de Oliveira Paschoal, mentor do Clube<br />

dos Corretores de Seguros da Mata Atlântica/SP, pelo case<br />

Melhora de Processos Internos com Sustentabilidade<br />

Coriolano Oliveira, gerente Regional da Icatu Seguros<br />

entrega o prêmio para Nilton Dias, diretor Comercial e<br />

❙ ❙<br />

Reinaldo Zanon, CEO, ambos da Seguralta Corretora de<br />

Seguros de São José do Rio Preto/SP, pelo case Expansão<br />

da Rede de Franqueados<br />

Sandro Cesar Alarcão, diretor Executivo da Seguros do<br />

❙❙<br />

Brasil, de Brasília/DF, recebe o trofeú de Mauro Hime<br />

Leão, diretor Comercial da Alfa Seguradora, pelo case<br />

Programa de Fidelidade<br />

Marcel Evandro Bankow, diretor Técnico Comercial e<br />

Gelson Flores da Silva Júnior, analista Sênior de Operações<br />

❙ ❙<br />

e Projetos, ambos do Sicoob SC/RS de Florianópolis/SC,<br />

recebem o troféu de Renato Pedroso, presidente da<br />

Previsul Seguradora, pelo case App Educação Estratégica<br />

Kelly Lubiato, diretora de Redação da <strong>Revista</strong> <strong>Apólice</strong>,<br />

❙ ❙<br />

entrega o troféu para Ildebrando Gozzo, diretor Geral<br />

da ST Corretora de Seguros, pelo case Destaque de Frota<br />

de Locadoras<br />

Isabella Carvalho e Gleide Selma, vice-presidente, ambas<br />

❙ ❙<br />

da Status Consultoria, recebem o troféu de Andréia<br />

Araújo, diretora da Previsul Seguradora pelo case Criação<br />

do Status Assist 47


premiados<br />

Ednir Fornazzari, mentor do Clube dos Corretores de<br />

Seguros de Osasco e região, entrega o troféu pelo case<br />

Programa Paes - Seguro Educação para Luciano Basilio,<br />

❙ ❙<br />

CEO; Sueli Basilio, CFO; Almir Eleotero, comercial e<br />

Tarcísio Rocha, COO, todos da Styllo Corretora de Seguros<br />

de São Paulo<br />

Rogério Araújo (centro), diretor da TGL Corretora, de Belo<br />

❙ ❙<br />

Horizonte/MG recebe o troféu de Duilio Varnier e<br />

Anderson Mundim, superintendentes da Bradesco<br />

Seguros, pelo case Ciclo de Palestras TGL<br />

Élio Duzzi, diretor Comercial; Andréa Mathias, diretora<br />

de Marketing; Eduardo Lucena, CEO; Diego Campos,<br />

gerente de Garantia, todos da THB de São Paulo,<br />

❙ ❙<br />

recebem o troféu de Leonardo Brunetti (direita), head de<br />

Corretores e Clientes da Swiss Re Corporate Solutions, pelo<br />

case Crescimento do Seguro Garantia<br />

Graciane Pereira, executiva de Contas da <strong>Revista</strong> <strong>Apólice</strong>,<br />

❙ ❙<br />

entrega o prêmio para Elizeu Dias dos Santos e Daiane<br />

Cristina Ribeiro dos Santos, ambos sócios da Tudo Seguro<br />

Corretora, de Cacoal/RO, pelo case CDL Vida<br />

>> Para ver todas as fotos do evento acesse: www.premiomelhoresdoseguro.com.br<br />

48


flashes<br />

49


50<br />

flashes


"<br />

case premiado | alper<br />

Alper Digital<br />

Para proteger tudo que mais<br />

importa é preciso ter ao seu<br />

lado pessoas em quem você<br />

possa confiar”. A frase citada<br />

está no site da Alper Consultoria e<br />

foi o que originou o maior projeto da<br />

companhia nos últimos anos, o Alper<br />

Digital, um projeto que busca oferecer<br />

ao cliente soluções baseadas na<br />

tecnologia, fomentando a otimização<br />

de processos e agilidade nas entregas.<br />

Esse projeto, que integrou todas as<br />

áreas da companhia, foi concebido<br />

através da pesquisa com clientes, que<br />

sempre convergiam suas dores para<br />

a gestão de processos e o tempo que<br />

isso toma da produtividade no dia-adia<br />

nas empresas.<br />

Com 60% dos clientes na unidade<br />

de benefícios, a 1ª fase do projeto<br />

foi focada em soluções para o ecossistema<br />

do RH, área que representa<br />

um papel fundamental nas empresas,<br />

ao atuar no desenvolvimento humano<br />

dos colaboradores, além dos<br />

processos operacionais de gestão de<br />

benefícios e folha de pagamento.<br />

Robert Hufnagel, diretor de marketing e canais; Gabriela Rosati, gerente de<br />

marketing; Felipe Sigaud, head do projeto e Marcos Couto, CEO da Alper<br />

O Alper Digital consiste em<br />

dinamizar as atividades do RH, trazendo<br />

tecnologia de ponta para digitalização<br />

de processos considerados<br />

“ladrões de produtividade”, como<br />

conferência de faturas de benefícios,<br />

gestão do plano de saúde, dúvidas de<br />

colaboradores etc.<br />

O projeto está sustentado em 3<br />

pilares: Aceleradora de Startups, RH<br />

Connect – Sistema de Gestão-100%<br />

Digital de Seguros e Benefícios e um<br />

portfólio de serviços digitais para o<br />

ecossistema de RH.<br />

“A Alper vem trabalhando<br />

dedicada em buscar soluções em<br />

tecnologia para que atendam os gaps,<br />

da área de RH. Tudo isso através<br />

da tecnologia, pois não queremos<br />

entregar somente a consultoria em<br />

seguros e sim a solução para a dor<br />

da área", relata Felipe Sigaud, Head<br />

do projeto.<br />

52


case premiado | d’or consultoria<br />

Destaque em Benefícios -<br />

Nacional<br />

A<br />

D’Or<br />

Consultoria, empresa do<br />

Grupo Rede D’Or São Luiz,<br />

especializada em seguros e<br />

benefícios, é uma companhia<br />

jovem, mas que já tem em sua história importantes<br />

reconhecimentos do segmento,<br />

como o Prêmio Melhores do Seguro.<br />

O troféu Destaque em Benefícios<br />

Nacional reconheceu o talento e as iniciativas<br />

dos profissionais responsáveis<br />

pela distribuição de produtos de seguros,<br />

resseguros, previdência privada, planos<br />

de saúde e capitalização.<br />

Na solenidade de entrega da premiação,<br />

realizada em São Paulo, o vicepresidente<br />

da D’Or Consultoria, Bruno<br />

Iannuzzi, marcou presença representando<br />

a empresa e ressaltou um dos motivos<br />

fundamentais para conquistas como essa:<br />

o investimento constante em tecnologia e<br />

capacitação dos colaboradores. “Soluções<br />

inovadoras nos diferenciam da concorrência<br />

e influenciam positivamente os nossos<br />

serviços”, afirma Iannuzzi.<br />

O executivo também reforçou que o<br />

trabalho em equipe e a entrega individual<br />

de cada profissional permitem grandes<br />

acertos, que levaram a D’Or Consultoria<br />

a formar uma carteira robusta com mais<br />

de 1.200 clientes e prêmios que já ultrapassaram<br />

R$ 2.5 bilhões, em 2018.<br />

A empresa é a única corretora a<br />

fazer parte da maior rede de hospitais<br />

da América Latina, que garante a oferta<br />

de produtos e serviços exclusivos. Além<br />

disso, tem um importante trabalho focado<br />

na aceleração de pequenas e médias<br />

seguradoras.<br />

“Agradecemos o reconhecimento da<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Apólice</strong>, reflexo da confiança dos<br />

clientes e do mercado em nossa atuação”,<br />

ressalta Bruno Iannuzzi.<br />

Crescimento acelerado<br />

Uma das principais estratégias de<br />

expansão da D’Or Consultoria é o programa<br />

AceleraD’Or, que já agregou mais<br />

de R$ 800 milhões em prêmio, nos dois<br />

últimos anos. Ao unir forças com pequenas<br />

e médias corretoras, o projeto dá a<br />

elas a oportunidade de alcançar um novo<br />

patamar de negócios.<br />

Para alcançar as projeções previstas<br />

para 2019, a companhia pretende concluir<br />

o ano com a consolidação da presença em<br />

sete estados e a soma de aproximadamente<br />

600 colaboradores. Os números atuais<br />

já revelam tal capacidade. As negociações<br />

não param por aqui. As tratativas conduzidas<br />

pelo executivo e corretor, Carlos<br />

Alberto Oliveira, com novas corretoras<br />

estão avançadas e focadas na expansão<br />

nacional.<br />

“É uma oportunidade rara para as<br />

empresas alcançarem um patamar de<br />

negócios, que trará um crescimento bem<br />

acima da média. Hoje, temos uma lista<br />

grande de interessados em participar e<br />

o retorno tanto dos que desejam aderir<br />

ao processo quanto dos que já estão<br />

integrados tem sido bastante favorável”,<br />

conclui o diretor.<br />

Umberto Raponi, comercial D’Or Consultoria; Bruno Iannuzzi, vice-presidente D’Or Consultoria; Claudia Motta, superintendente<br />

Comercial da Sulamérica Seguros; Paulo Dart, comercial D’Or Consultoria; Bruno Neves, comercial D’Or Consultoria.<br />

Para se candidatar ao programa AceleraD’Or, mande um e-mail: programaacelerador@dorconsultoria.com.br<br />

53


case premiado | frico<br />

App Frico Mundi<br />

Vicente Glitz, diretor da Frico<br />

Fundada em 1965, a história da<br />

Frico, tradicional corretora de seguros,<br />

se confunde com a própria<br />

história do mercado de seguros<br />

no Brasil. Isso porque um ano após a<br />

fundação da corretora, em 1966, foram<br />

reguladas todas as operações de seguros<br />

e resseguros no Brasil (Lei 73/66) e instituído<br />

o Sistema Nacional de Seguros<br />

Privados, com a criação da Susep.<br />

Ao longo dos anos, empresa foi desafiada<br />

a se manter em constante movimento<br />

para acompanhar o setor segurador, em<br />

busca por conhecimentos e novas ideias.<br />

A empresa está sediada no Rio Grande<br />

do Sul, em Porto Alegre, e possui filiais<br />

em: Curitiba-PR; Montevideo-Uruguai;<br />

Ibirubá-RS; Pelotas-RS; Florianópolis-<br />

-SC e São Paulo-SP, além de negócios<br />

em países da Europa, Ásia e Américas<br />

do Sul e do Norte.<br />

Tudo em um só lugar<br />

Pedir comida no restaurante favorito,<br />

escolher o local da sua hospedagem,<br />

chamar transporte para o trabalho ou até<br />

54<br />

mesmo assistir um filme sem precisar<br />

sair de casa. Os aplicativos facilitam e<br />

economizam tempo em nossas tarefas<br />

cotidianas. No mundo dos seguros não<br />

é diferente. A plataforma Frico Mundi<br />

oferece o portfólio da corretora e visa<br />

facilitar a vida do usuário que deseja<br />

fazer a contratação e o acompanhamento<br />

da solicitação do produto escolhido.<br />

A corretora, reconhecida como especialista<br />

em seguros para multinacionais<br />

brasileiras, identificou que muitas das<br />

empresas não possuem estrutura para<br />

analisar o comparativo das legislações internacionais<br />

de seguros com a legislação<br />

brasileira, deixando este trabalho a cargo<br />

da corretora, o que torna a colocação<br />

do risco através de apólices stand alone<br />

ainda mais desafiador.<br />

O trabalho de análise das legislações,<br />

além de complexo, representa um risco<br />

à organização, pois qualquer divergência<br />

de cobertura entre o conceito brasileiro e<br />

o conceito local pode gerar perda de cobertura<br />

e negativa de sinistro no exterior.<br />

Vicente Glitz, diretor da corretora,<br />

conta com orgulho que a Frico é pioneira<br />

em desenvolver esse tipo de ferramenta<br />

para os seus clientes e que o aplicativo<br />

concede ao segurado um olhar global<br />

sobre as legislações de diferentes países.<br />

“Um de nossos clientes consumidores de<br />

seguros internacionais, uma importante<br />

rede de varejo brasileira, já teve a oportunidade<br />

de testar o app, no momento<br />

da avaliação da inauguração de sua<br />

loja na Argentina, quando o app trouxe<br />

informações valiosas também para esta<br />

definição”, relata.<br />

A tecnologia abreviou o tempo de<br />

análise e proporcionou aos clientes uma<br />

ferramenta estratégica, com o uso do<br />

app para definições estratégicas. Para a<br />

corretora, trouxe maior agilidade e conforto<br />

nas contratações no exterior. Outro<br />

ponto importante é que a companhia fez<br />

desta ferramenta o app oficial disponível<br />

a todos os segurados da empresa, os quais<br />

podem acessar o sistema e visualizar todas<br />

as apólices emitidas com a corretora,<br />

assim como manter contato para ampliar<br />

sua gama de produtos.


case premiado<br />

Grupo Exalt<br />

Desenvolvimento dos<br />

Corretores Associados<br />

O<br />

Grupo Exalt nasceu em<br />

2009, quando 11 das mais<br />

tradicionais e representativas<br />

corretoras de seguros de<br />

Campinas e Região unificaram-se com o<br />

intuito de trocar experiências, avaliar as<br />

tendências do mercado segurador e compartilhar<br />

as melhores práticas adotadas<br />

em cada empresa. Completando dez anos<br />

de história, a Associação conta hoje com<br />

50 empresas parceiras e seu crescimento<br />

triplicou nos últimos dois anos.<br />

Considerando oferecer a melhor<br />

gestão de estratégia, de pessoas, da comunicação,<br />

das vendas e trazendo inovação<br />

e transformação social, o Grupo pensou<br />

em uma maneira de fazer com que as<br />

empresas parceiras pudessem se desenvolver<br />

para atingirem um número maior<br />

de clientes. A organização passou então a<br />

oferecer suporte para todas as corretoras<br />

associadas através de acompanhamento<br />

dos resultados obtidos,<br />

investindo em programas<br />

de capacitação, ações de<br />

marketing direcionadas,<br />

realizando acordos comerciais<br />

e desenvolvimento das<br />

equipes, com novas práticas<br />

e apoio às instituições.<br />

A partir dessa iniciativa,<br />

o Grupo foi vencedor<br />

pela terceira vez consecutiva<br />

do Prêmio Melhores do Seguro,<br />

apresentando o case “Desenvolvimento<br />

dos Corretores Associados”.<br />

De acordo com Frederico Leopoldo,<br />

superintendente comercial da associação,<br />

“o Exalt sempre enxergou<br />

uma necessidade de evolução do setor<br />

securitário, por isso contratamos uma<br />

pesquisa de mercado e levantamos<br />

como resultado do estudo as principais<br />

carências dos corretores”.<br />

Marcelo Fedozzi, conselheiro e corretor; Pedro Alves,<br />

corretor; Frederico Leopoldo, superintendente<br />

comercial e Yuri Neves, coordenador<br />

Segundo o executivo, esse processo<br />

foi iniciado há nove anos e intensificado<br />

há dois, apresentando a maior evolução<br />

de resultado das empresas através do<br />

desenvolvimento desses indicadores.<br />

“Entendemos que o consumidor está<br />

cada vez mais exigente, o mercado está<br />

mais competitivo, mas o primordial é<br />

a eficiência das empresas para que, na<br />

ponta, haja uma percepção de valor”,<br />

ressalta.<br />

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Correspondente:


case premiado | gc do brasil<br />

Centro de Serviços<br />

Compartilhados – CSC-GC<br />

A<br />

GC do Brasil foi criada por<br />

um grupo de corretores de<br />

seguros que buscava novas<br />

oportunidades no mercado<br />

de seguros. Após anos de atuação individual<br />

no setor, eles identificaram a possibilidade<br />

de trabalhar juntos novamente<br />

(a sólida amizade entre os corretores<br />

iniciou-se na antiga Itaú Seguradora),<br />

com soluções capazes de melhorar as<br />

condições de negócios de todos os parceiros.<br />

Em 2010, a GC do Brasil tomou<br />

forma pela união de 67 corretores. Hoje,<br />

a empresa está presente em 11 estados<br />

brasileiros e tem como objetivo ampliar<br />

a distribuição de seguros e serviços. Seu<br />

foco é a excelência na distribuição de<br />

seguros, de olho nos melhores resultados<br />

para todos os envolvidos no mercado.<br />

Para vencer o Prêmio Melhores do<br />

Seguro, a GC do Brasil apostou em seu<br />

Centro de Serviços Compartilhados<br />

(CSC). Após verificar que as corretoras<br />

do Grupo possuíam atividades<br />

idênticas, normalmente ligadas ao<br />

cotidiano de uma corretora de seguros,<br />

a GC passou a desenhar um modelo<br />

de serviços que pudesse atender, ao<br />

mesmo tempo, várias corretoras.<br />

“O foco é a busca de produtividade<br />

e qualidade”, explica Sheila Moura, coordenadora<br />

de marketing da GC. Para<br />

obter os resultados desejados, foram<br />

aplicados recursos tecnológicos dos parceiros<br />

Quiver e Voip, além das soluções<br />

disponibilizadas por equipe interdisciplinar<br />

das áreas de Marketing, Recrutamento<br />

e Seleção, Cargos e Salários,<br />

Treinamentos, Colocação de Negócios<br />

especiais, especificamente designado<br />

para esta tarefa. Por meio dessas soluções<br />

as corretoras de seguros do grupo<br />

GC do Brasil oferecem aos seus clientes<br />

o que há de mais moderno, ágil e seguro<br />

para todas as operações com soluções<br />

para emissão, atendimento a sinistros,<br />

parcelas em atraso e baixa de comissão.<br />

Sheila conta que a centralização<br />

das atividades idênticas fez com que<br />

as corretoras passassem a atuar como<br />

Unidades de Negócios. “Isso possibilita<br />

colocar toda a estrutura da empresa com<br />

foco para a venda. Um único colaborador<br />

faz a parte operacional e é o elo entre a<br />

Unidade de Negócios e o CSC”, comenta<br />

a coordenadora.<br />

Este tipo de solução segue em linha<br />

com a tendência de mercado de deixar<br />

o corretor livre para buscar novas vendas,<br />

atuando em sua atividade fim. Em<br />

tempos de vendas eletrônicas, a atuação<br />

do corretor de seguros na venda consultiva<br />

se faz cada dia mais necessária.<br />

As lideranças do setor avaliam que a<br />

distribuição de seguros só será capaz<br />

de ampliar sua base de consumidores<br />

através da disseminação dos conceitos<br />

de educação financeira, realizada pelos<br />

corretores de seguros.<br />

Todos os processos apresentam<br />

resultados significativos para as<br />

corretoras de seguros que o implantaram.<br />

“Ao centralizar a execução de<br />

diversas atividades meio em uma única<br />

unidade, o CSC propicia importantes<br />

reduções de custos, racionalização<br />

de processos e intensificação de controles.<br />

As corretoras que entram no<br />

CSC-GC concluem que a implantação<br />

ou o aprimoramento de um CSC-GC<br />

é a maneira mais eficaz e rápida para<br />

atingir objetivos, dentre eles o crescimento<br />

orgânico e o aumento na receita<br />

comercial”, conclui Sheila.<br />

Jair Rasmann, diretor da GC; Luciano Bonano, acionista da GC; Leonardo Freitas, diretor comercial da Bradesco Seguros;<br />

Marco Aurélio Ribeiro, presidente da GC; Sheila Moura, coordenadora de marketing da GC e Marcos Alves, diretor da GC<br />

56


case premiado | junker<br />

Assessoria para Cross Selling<br />

(À frente) Cesar Miranda, Enir Junker, Vinícius de Abreu e equipe Junker<br />

Há muito os corretores de seguros<br />

são alertados sobre a necessidade<br />

de diversificar a sua<br />

carteira. Se há algum tempo<br />

o seguro de automóveis reinava absoluto<br />

como produto líder, agora é indiscutível a<br />

necessidade de aumentar a quantidade de<br />

itens comercializados. A Junker Assessoria<br />

identificou esta carência e vislumbrou<br />

os desafios dos corretores que desejam<br />

ampliar suas vendas. Esses obstáculos<br />

vão desde a falta de domínio técnico dos<br />

produtos até a dificuldade de encontrar<br />

profissionais capacitados no mercado de<br />

trabalho, sendo que a contratação de funcionário<br />

demanda tempo e alto custo até<br />

que ele esteja apto a trazer rentabilidade<br />

para a corretora.<br />

Atendendo cerca de 350 corretores<br />

e trabalhando com foco em ser atuante<br />

entre eles, a empresa reconheceu a necessidade<br />

de transformar as corretoras<br />

da grade da assessoria em multiproduto,<br />

trabalhando o cross selling em sua base<br />

de clientes. O cross selling (ou venda<br />

cruzada) é uma técnica de vendas usada<br />

para convencer o cliente a adquirir mais<br />

produtos do que havia pensado no primeiro<br />

momento. A estratégia visa melhorar<br />

a experiência de consumo e aumentar o<br />

ticket médio do negócio.<br />

Uma das vantagens desse tipo de<br />

venda é a fidelização do cliente, pois<br />

ao atender sua demanda e trazer uma<br />

solução definitiva do problema, acaba<br />

criando-se confiança no serviço prestado<br />

pela empresa e as chances desse consumidor<br />

voltar a fechar negócio aumenta.<br />

Por consequência, quando o método é<br />

aplicado adequadamente, além de aumentar<br />

o lucro da empresa, pode garantir<br />

uma vantagem competitiva em relação<br />

aos concorrentes.<br />

Vinícius de Abreu, diretor de Benefícios<br />

da empresa, juntamente com sua<br />

equipe, foi quem identificou essa necessidade<br />

de fazer o corretor despertar para<br />

outras carteiras com grande potencial<br />

de venda. O time desenvolveu a ideia e<br />

começou a aplicar a medida em conjunto,<br />

após a aprovação da presidência da<br />

assessoria.<br />

“Abordamos os corretores com a<br />

proposta de expandir suas carteiras,<br />

selecionando clientes para visitas direcionadas<br />

e supervisionadas pelo especialista<br />

do produto, funcionário da assessoria,<br />

cujo objetivo era proporcionar confiança<br />

para o corretor”, afirma Enir Junker,<br />

presidente da Junker.<br />

Um exemplo de sucesso foi apresentado:<br />

o resultado individual de uma<br />

corretora parceira da assessoria que,<br />

em 2017, não vendeu nenhum seguro<br />

no segmento benefício e, em 2018, após<br />

o trabalho de visitas supervisionadas,<br />

fechou o ano com uma produção de benefícios<br />

que corresponde a 25,58% do total<br />

da produção da corretora junto à Junker.<br />

Como resultado total, com a implantação<br />

do projeto de assistência para venda<br />

direcionada com cross seling, a assessoria<br />

obteve um aumento no número de<br />

parceiros com produção de seguro saúde.<br />

Em 2017, havia 109 corretoras com produção<br />

e, em 2018, 142, com crescimento<br />

de 30,3% no período. Comparando o<br />

primeiro semestre de 2018 com o mesmo<br />

período de 2019, foi notado um crescimento<br />

de 84% nos prêmios arrecadados.<br />

Um número expressivo e motivador,<br />

conquistado com uma atitude simples e<br />

sem custo adicional para a Junker.<br />

“Nossa missão é fazer o corretor<br />

entender o negócio e ampliar a sua base<br />

de consumidores. Apesar do resultado<br />

não aparecer em curto prazo para a<br />

assessoria, é importante para nós termos<br />

esse relacionamento com todos os<br />

nossos assessorados. A oportunidade de<br />

receber o Prêmio Melhores do Seguros<br />

mostra que estamos no caminho certo”,<br />

ressalta Enir.<br />

57


case premiado | livonius<br />

MGA no Brasil<br />

O<br />

termo em inglês Managing<br />

General Agent (MGA) designa<br />

aquela corporação que<br />

recebe da seguradora e da<br />

resseguradora a licença para subscrever<br />

tecnicamente um seguro e vendê-lo em<br />

nome delas.<br />

A Livonius MGA adotou este título<br />

por sua especialização no desenvolvimento<br />

de produtos, seleção de riscos e subscrição<br />

de seguros, sendo uma das mais<br />

antigas operadoras do mercado segurador<br />

brasileiro. A companhia conta com mais<br />

de 4 mil corretores cadastrados, que representam,<br />

sobretudo, seguros de nicho.<br />

A ideia de seguir nesse ramo de MGA<br />

surgiu nas consultas e estudos realizados<br />

em outros países, onde é comum essa denominação.<br />

Despertou também a necessidade<br />

do mercado em ter um especialista<br />

nesse segmento e não somente um simples<br />

operador. A Livonius MGA decide em<br />

colegiado, através dos seus cinco sócios<br />

estatutários: Antônio Eduardo de Moura<br />

Delfim, Vilmar José Menin, Nelson Darci<br />

Mayer, Juliano Santos Menin e Andreas<br />

Rafael Mayer, respaldada por três diretores<br />

corporativos, Marcelo Picinini,<br />

Márcio Uberti e Gilmar Barragan.<br />

Com mais de 50% de market share<br />

no segmento de Responsabilidade Civil<br />

Ônibus, a organização tornou-se referência<br />

no mercado segurador brasileiro.<br />

Também se sobressai nos ramos de Casco<br />

Ônibus, Máquinas e Equipamentos<br />

Agrícolas, Energia Renovável e Seguro<br />

“O mundo está em<br />

constante mudança e<br />

evolução, as tecnologias<br />

cada vez mais rápidas<br />

e nossa missão é<br />

acompanhar o mercado,<br />

buscando sempre o<br />

aprimoramento dos<br />

resultados”<br />

58<br />

Andreas Rafael Mayer, Marcio Feital, Nileide Fernandes e Marcelo Picinini<br />

Patrimonial, entre outros em constante<br />

desenvolvimento.<br />

A organização vem inovando no<br />

mercado, facilitando o diálogo entre os<br />

players do segmento e tornando a comunicação<br />

cada vez mais célere e objetiva,<br />

oferecendo novas tecnologias e atendimento<br />

humanizado.<br />

Esta modernidade está em consonância<br />

com as novas tendências do mercado<br />

global, que busca seguros diferenciados<br />

para o atendimento de novos nichos,<br />

muitos ainda não explorados ou não<br />

desenvolvidos pelo mercado brasileiro.<br />

Estar na vanguarda é uma das<br />

principais premissas da empresa. A<br />

Livonius sempre soube que não se faz<br />

nada sozinho, tanto que nasceu do sonho<br />

dos irmãos Gustav e Paulo Livonius e do<br />

sócio Erich Brandt, em 1888.<br />

Desde aquela época, a missão e os<br />

valores que movem a empresa são o aprimoramento<br />

do trabalho com os parceiros,<br />

profissionalização da equipe e a preservação<br />

da imagem da instituição do seguro,<br />

com respeito a ética, lealdade, transparência<br />

e o comprometimento profissional.<br />

“O mundo está em constante mudança<br />

e evolução, as tecnologias cada<br />

vez mais rápidas e nossa missão é acompanhar<br />

o mercado, buscando sempre o<br />

aprimoramento dos resultados”, afirmam<br />

Andreas Rafael Mayer, diretor técnico<br />

operacional, e Juliano Santos Menin,<br />

diretor de negócios da Livonius.<br />

Atualmente, a organização conta<br />

com 70 pessoas na matriz, totalizando<br />

140 pessoas operando no Brasil, diversos<br />

escritórios espalhados em regiões<br />

estratégicas, todos em constante aperfeiçoamento<br />

e acompanhando as melhores<br />

tendências tecnológicas de mercado.


case premiado<br />

Meireles e Mantey<br />

Inbound marketing gera resultados<br />

em médio prazo<br />

As operações da corretora de<br />

seguros Meireles e Mantey<br />

tiveram início em fevereiro de<br />

2017 e, como qualquer nova<br />

empresa que inicia com pouco ou nenhum<br />

capital, o desafio era crescer e escalar o<br />

negócio. Não tendo experiência no mercado,<br />

a empresa começou a captação de<br />

clientes por outbound marketing, ligando<br />

para uma massa de pessoas e oferecendo<br />

seus produtos.<br />

No entanto, em pouco tempo, os sócios<br />

Danilo Mantey e Gustavo Meireles<br />

perceberam que essa forma de prospecção<br />

não estava atingindo o crescimento<br />

desejado, resolvendo apostar no inbound<br />

marketing como estratégia de crescimento<br />

rápido e escalado. Desenvolveram uma<br />

página para a empresa com diversas<br />

estratégias para captação do consumidor<br />

interessado, que deu certo para gerar leads,<br />

mas ainda assim as vendas não cresciam.<br />

Danilo Mantey e Gustavo Meireles<br />

Analisando e buscando os motivos,<br />

foi identificado que, mesmo gerando bons<br />

leads, ao abordar o cliente como um corretor<br />

da empresa, o trabalho de evidência<br />

sobre a credibilidade da companhia não<br />

era suficiente para a pessoa passar todos<br />

os seus dados, e quando ele recebia uma<br />

oferta de qualquer grande player do<br />

mercado, esse usuário optava por fechar<br />

negócio com o concorrente.<br />

Identificado o problema, a empresa<br />

começou a procurar por soluções. “Começamos<br />

a pensar em qual companhia<br />

pudesse oferecer essa credibilidade,<br />

então fomos atrás e conseguimos fechar<br />

uma parceria com a Porto Seguro, oferecendo<br />

somente os produtos da seguradora.<br />

Nosso site passou por uma reformulação<br />

e direcionava toda a comunicação<br />

para o portal da parceira. A partir daí,<br />

começamos a ver um resultado positivo<br />

nas vendas”, afirma Meireles.<br />

Atualmente, foi criada uma célula<br />

exclusiva para atender às demais<br />

seguradoras,mantendo a que trabalha<br />

apenas com a principal parceira. Atuando<br />

nesse modelo, a corretora conquistou um<br />

crescimento disruptivo, pois em 2 anos<br />

atingiu mais de 2 mil clientes ativos, com<br />

faturamento nos últimos 12 meses de R$<br />

500 mil e projeção de R$ 1 milhão para<br />

o próximo ano.<br />

case premiado<br />

Minuto<br />

Selo RA 1000<br />

Reclame Aqui<br />

Atendimento humano é tudo:<br />

como humanizar o contato<br />

melhora os negócios? Desde<br />

sua fundação, em 2011, a<br />

Minuto Seguros preza pelo atendimento<br />

humanizado para fortalecer os negócios<br />

e criar laços importantes com os clientes.<br />

Isso também passa pela importância da<br />

fidelização com a marca, com segurança<br />

e confiança no momento do fechamento.<br />

A busca por atendimento humanizado<br />

passa por índices de agilidade, poder de<br />

resolução e empatia em todas as fases do<br />

contato. Em 2018, a corretora focou na<br />

área de Atendimento e Qualidade, tendo<br />

como o objetivo, principalmente, o tempo<br />

de resposta para os clientes em busca do<br />

reconhecimento do site através do Selo<br />

RA1000.<br />

Manes Erlichman, sócio-diretor da<br />

empresa, relata que o engajamento dos<br />

colaboradores foi fundamental para que a<br />

Minuto conseguisse a certificação. “Desde<br />

o primeiro momento<br />

nós percebemos<br />

que era uma oportunidade<br />

de pegar<br />

as insatisfações e<br />

melhorar os nossos<br />

processos. Exploramos<br />

a real função<br />

do ReclameAqui,<br />

que era medir a reputação<br />

das empresas, e nos engajamos<br />

para conseguir essa certificação. A partir<br />

do momento que o cliente visualiza o selo<br />

RA1000, ele fica mais seguro para fechar<br />

uma compra conosco”, conta o executivo.<br />

Quando da implantação da filosofia<br />

do atendimento humanizado, em junho<br />

de 2018, o tempo médio de resposta era<br />

de, aproximadamente, 6 horas, com o<br />

intuito de dar o retorno já com solução.<br />

O trabalho para que as respostas fossem<br />

mais rápidas e resolutivas deu resultado.<br />

Em maio de 2019, o tempo reduziu e está<br />

Equipe Minuto e equipe HDI Seguros<br />

em menos de 2 horas e retorno com o<br />

problema resolvido.<br />

O engajamento da empresa gerou resultado.<br />

Em junho de 2019 a empresa saiu<br />

de “Bom” e chegou ao “Selo RA1000” em<br />

março de 2019. Para chegar a este patamar,<br />

a empresa precisa possuir índice de resposta<br />

igual ou superior a 90%, ter índice<br />

de solução do problema igual ou superior<br />

a 90%, ter, também, média de avaliações<br />

igual ou superior a 7 e, por fim, um índice<br />

de voltaria a fazer negócios igual ou<br />

superior a 70%.<br />

59


case premiado | rede lojacorr<br />

Ecossistema de parceiros<br />

Luis Longobardi, diretor de mercado e operações; Ana Clara Baptistella,<br />

analista de comunicação sênior e Denise França, analista de marketing<br />

Com presença nacional, a Rede<br />

Lojacorr tornou-se parceria<br />

estratégica para a comercialização<br />

de seguros no país.<br />

A empresa disponibiliza para as corretoras<br />

parceiras soluções em seguro,<br />

resseguros, produtos financeiros, canais<br />

estratégicos e operações especiais. Com<br />

presença em 22 estados e no Distrito Federal,<br />

a companhia conta com o suporte<br />

de 180 colaboradores. A sua sede administrativa<br />

fica na cidade de Curitiba, no<br />

Paraná, enquanto a sede comercial do<br />

grupo está instalada em São Paulo.<br />

O modelo de negócios da organização<br />

beneficia atualmente mais de 1.200<br />

profissionais de seguros. Com presença<br />

nacional por meio de 54 unidades e<br />

corretores distribuídos em mais de três<br />

mil municípios, além da parceria com<br />

37 seguradoras, a organização protege<br />

mais de 360 mil segurados, divididos<br />

entre famílias e empresas.<br />

Pensando nisso, a empresa se preocupou<br />

em fazer com que o corretor<br />

de seguros entendesse seu verdadeiro<br />

60<br />

papel na indústria da proteção, para<br />

que, em parceria com as seguradoras,<br />

possa atender os interesses dos seus<br />

segurados. Ao revisitar seu planejamento<br />

estratégico há dois anos, a Rede<br />

resolveu estabelecer como missão criar<br />

e compartilhar soluções de negócios que<br />

gerem desenvolvimento sustentável para<br />

os seus integrantes. Foi daí que surgiu a<br />

ideia de criar um ecossistema que unisse<br />

todas as pontas.<br />

O case “Ecossistema de Parceiros”,<br />

premiado no Prêmio Melhores do Seguro<br />

2019, vem sendo desenvolvido pela<br />

rede há dois anos e foi oficializado em<br />

março de 2019, visando mostrar uma<br />

mudança de posicionamento da empresa<br />

para o formato de comunidade. Funcionando<br />

como uma plataforma digital, o<br />

intuito é fortalecer as corretoras mediante<br />

uma rede integrada de soluções<br />

e empresas para potencializar a atuação<br />

do profissional junto ao segurado e ao<br />

mercado e oferecer proteção.<br />

De acordo com Diogo Arndt Silva,<br />

presidente da Rede Lojacorr, “foi<br />

detectada pela nossa equipe a importância<br />

de entender as necessidades do<br />

corretor. Com essa visão de plataforma,<br />

conectamos todos os parceiros para que<br />

eles possam oferecer uma solução que<br />

vá além de vender seguro para os seus<br />

clientes”. O executivo ainda afirmou<br />

que, com a integração dos usuários, há<br />

um ganho de eficiência para o profissional<br />

e as soluções para as “dores” do<br />

corretor acabam tendo um custo mais<br />

baixo.<br />

Atuando neste modelo de parcerias,<br />

no ano de 2018, os corretores de seguros<br />

e consórcios da companhia responderam<br />

pela produção de R$ 515 milhões<br />

em prêmios, o que representou 25,19%<br />

acima de 2017 (quando foi produzido<br />

R$ 424 milhões). Este crescimento foi<br />

quatro vezes maior do que o mercado.<br />

Outro ponto positivo foi a diversificação<br />

da carteira, pois a empresa teve produtos<br />

comercializados em 33 ramos distintos.<br />

No primeiro semestre de 2019, a Rede<br />

Lojacorr registrou um crescimento de<br />

21,7% em seguros, consórcios e demais<br />

segmentos.<br />

O montante de prêmios líquidos<br />

emitidos de janeiro a abril de 2019 foi<br />

de R$ 280 milhões, enquanto que em<br />

todo o ano de 2018 o índice ficou em<br />

R$ 515 milhões. No primeiro semestre,<br />

os seguros de Auto RE e Benefícios<br />

tiveram um crescimento de 21,25%, já<br />

consórcios, 25,57%, e demais segmentos<br />

(linhas financeiras) 33,30%, todos se<br />

comparados ao mesmo período do ano<br />

passado. A expectativa da Rede Lojacorr<br />

é de fechar o ano com acréscimo de 25%<br />

sobre 2018 e comemorar o primeiro<br />

bilhão em 2021, com cerca de 2 mil<br />

corretoras conectadas à rede.<br />

Segundo Silva, a plataforma está em<br />

processo de aperfeiçoamento, visando<br />

também o desenvolvimento do corretor<br />

com foco em vendas de RC. “Estamos<br />

fechando parcerias com vários outros<br />

players do mercado, para que nosso<br />

parceiro possa consumir conteúdo para<br />

a sua formação e da sua equipe em um<br />

único ambiente”.


case premiado | seguros do brasil<br />

Programa de Fidelidade<br />

No mundo corporativo, tão<br />

importante quanto conquistar<br />

novos clientes é conseguir que<br />

o usuário continue acompanhando<br />

a sua marca. Por conta disso,<br />

a popularização de ferramentas como<br />

campanhas de fidelidade ganham cada<br />

vez mais adeptos. A Seguros do Brasil<br />

elaborou uma pesquisa de mercado e decidiu<br />

investir em seu Programa de Fidelidade,<br />

cujo intuito é recompensar os novos<br />

usuários indicados por antigos clientes.<br />

Sandro Cesar Alarcão, diretor executivo<br />

da empresa, conta que a motivação para<br />

montar o programa foi a baixa indicação<br />

de produtos de automóvel, residencial e<br />

vida. “Mapeamos que as baixas indicações<br />

poderiam ser solucionadas por um<br />

programa de benefícios. Ou seja, clientes<br />

que indicam novos clientes e, caso esses<br />

viessem a fechar conosco, poderiam ganhar<br />

pontos para trocar por premiações<br />

equivalentes, como por exemplo, milhas<br />

Smiles, vale-cinema, vale-combustível,<br />

eletrônicos, utilidades domésticas etc”,<br />

relata Alarcão.<br />

Ao todo, a plataforma oferece diversas<br />

opções de prêmios. Cada indicação<br />

fechada pode recompensar com até 2.500<br />

pontos. O processo para começar a participar<br />

é se cadastrar, gratuitamente, no<br />

programa, via site da corretora ou link<br />

enviado pelo atendimento da própria<br />

corretora e começar a indicar.<br />

As indicações e seus status podem<br />

ser acompanhadas pelos clientes em<br />

tempo real através da plataforma própria<br />

do programa, um CRM completo e<br />

também através de e-mails informativos<br />

e interativos, com uma linguagem fora<br />

do “segurês”. A plataforma também<br />

conta com extrato de indicações, pedido<br />

de contratações de seguros, ranking de<br />

melhores indicadores, acesso às redes<br />

sociais para compartilhamento das novidades,<br />

e-book e vídeos explicativos,<br />

chat com a corretora em tempo real e<br />

área para resgate/troca de pontos.<br />

As redes sociais cumpriram um<br />

papel fundamental na divulgação do Programa.<br />

Como alicerce para a prospecção<br />

Sandro Cesar Alarcão, diretor executivo e Cristina Costa, diretora comercial, ambos<br />

da Seguros do Brasil; com Mauro Hime Leão, diretor comercial da Alfa Seguradora<br />

de futuros clientes, a Seguros do Brasil<br />

usou as redes sociais e campanhas para<br />

direcionar usuários para o site. “Diariamente,<br />

nós fazemos postagens lúdicas<br />

nos stories do Whatsapp com o intuito de<br />

alavancar a campanha”, conta o executivo.<br />

“Quando a plataforma passou a vigorar,<br />

fomos atrás da captação do cadastro<br />

de todos os nossos clientes. Para que eles<br />

façam parte do programa é necessário o<br />

cadastro. Até as pessoas começarem a<br />

nos procurar interessadas levou um certo<br />

tempo, mas a novidade caiu nas graças<br />

deles, principalmente para aqueles que<br />

amam viajar e estavam trocando seus<br />

pontos por milhas aéreas”, explica.<br />

Com o sucesso da ideia, o executivo<br />

já pensa em aperfeiçoar o Programa de<br />

Fidelidade e englobar cada vez mais carteiras<br />

e faz prognósticos para prospecção<br />

de novos consumidores: “Acredito que<br />

o projeto esteja bem feito, mas o que<br />

pensamos em desenvolver por agora foi<br />

a extensão para saúde, até porque a corretora<br />

trabalha com planos e seria uma<br />

possível expansão”, conclui.<br />

“Quando a plataforma passou a vigorar, fomos atrás<br />

da captação do cadastro de todos os nossos clientes.<br />

Para que eles façam parte do programa é necessário<br />

o cadastro. Até as pessoas começarem a nos<br />

procurar interessadas levou um certo tempo, mas a<br />

novidade caiu nas graças deles, principalmente para<br />

aqueles que amam viajar e estavam trocando seus<br />

pontos por milhas aéreas”<br />

61


case premiado | sicoob sc/rs<br />

APP Educação estratégica<br />

A<br />

corretora de seguros faz<br />

parte do Sicoob (Sistema de<br />

Cooperativas de Crédito do<br />

Brasil, Santa Catarina/Rio<br />

Grande do Sul), uma instituição financeira<br />

que atende cerca de 4,4 milhões de<br />

cooperados, com mais de 400 agências<br />

espalhadas em 270 municípios e cerca de<br />

42 mil funcionários.<br />

Além de oferecer crédito, a empresa<br />

fornece consórcio, previdência, cartões e<br />

seguros. A corretora de seguros Sicoob<br />

SC/RS foi criada em 2009 para atender<br />

a carência dos seus clientes quando o assunto<br />

é seguro. Atualmente, a corretora<br />

trabalha com as principais seguradoras<br />

do mercado, como Porto Seguro, Azul,<br />

Mapfre, Allianz, HDI, Liberty e Sicoob<br />

Seguradora.<br />

No modelo de gestão de negócios da<br />

instituição, são encarados como clientes<br />

da corretora os próprios consultores<br />

de vendas da cooperativa financeira e<br />

os segurados, com atendimento sendo<br />

realizado por meio de uma estrutura<br />

centralizada que envolve os departamentos<br />

administrativo, comercial,<br />

desenvolvimento e de projetos.<br />

Com objetivo de entender melhor<br />

as dificuldades dos clientes da empresa,<br />

a companhia indicou três funcionários<br />

mais experientes da área de desenvolvimento<br />

para que procurassem, pessoalmente,<br />

em todas as estruturas regionais,<br />

qual era a maior dificuldade na gestão<br />

da carteira.<br />

Assim, os executivos participaram<br />

de um evento chamado Comitê<br />

de Orientação Estratégica (COES), no<br />

qual foi aberto um espaço para que as<br />

agências apontassem suas necessidades<br />

ou sugestões para o planejamento. Com<br />

essa oportunidade, os colaboradores<br />

mencionaram a grande necessidade<br />

de mais treinamentos e capacitação à<br />

distância, interatividade e comunicação<br />

mais fluída.<br />

A área de Operações & Projetos<br />

da corretora ficou responsável pela<br />

pesquisa, implantação e entrega de uma<br />

solução. Foram envolvidos todos os<br />

62<br />

Executivos do Sicoob recebem o Prêmio Melhores do Seguro das mãos de<br />

Renato Pedroso (centro), presidente da Previsul<br />

setores da empresa que, em conjunto,<br />

definiram o fluxo do projeto. Durante<br />

esse processo, foram percebidos altos<br />

custos financeiros e humanos para a<br />

realização de eventos e cursos, riscos<br />

de deslocamentos de empregados e<br />

abrangência territorial.<br />

O plano de implementação estruturado<br />

pelo setor de projetos foi dividido<br />

em três partes: BI (Business Intelligence),<br />

aplicativo para relacionamento e<br />

atendimento. Também foi implementada<br />

a Escola de Seguros da corretora, que<br />

oferece treinamentos presenciais para os<br />

“Começamos a pensar em alternativas para que<br />

esse novo sistema fosse eficaz e que realmente<br />

envolvesse quem tivesse lendo o conteúdo”<br />

Marcel Evandro Bankon


gerentes das agências do Sicoob, vídeos<br />

de instrução, manuais, ferramentas de<br />

comparativo e facilitadores de vendas.<br />

Mas, mesmo assim, a empresa não obtinha<br />

o retorno que esperava em vendas.<br />

De acordo com Marcel Evandro<br />

Bankow, diretor técnico e comercial da<br />

organização, “com todo esse processo,<br />

foi percebido que, por vezes, nem todas<br />

as informações chegavam à ponta, no<br />

caso, o funcionário da agência, e algumas<br />

eram recebidas de maneira errada,<br />

o que é natural pois havia uma corrente<br />

de pessoas eram envolvidas”. Contudo,<br />

seria custoso e muito trabalhoso para a<br />

empresa oferecer treinamento para esses<br />

colaboradores.<br />

Por isso, o Sicoob começou a pesquisar<br />

fornecedores de ferramentas<br />

que solucionassem de maneira rápida<br />

e eficaz o problema. Primeiramente, a<br />

corretora buscou startups que sugerissem<br />

algo diferente e que suprissem as suas<br />

necessidades.<br />

Engajamento<br />

Mesmo oferecendo uma plataforma<br />

de ensino à distância para os<br />

funcionários, a empresa percebeu que, da<br />

maneira que estava estruturado o sistema,<br />

não havia engajamento dos colaboradores.<br />

Equipe Sicoob SC/RS<br />

Marcel Evandro Bankow e Gelson Flores da Silva Júnior<br />

“Começamos a pensar em alternativas<br />

para que esse novo sistema fosse eficaz<br />

e que realmente envolvesse quem tivesse<br />

lendo o conteúdo”, afirma Bankow.<br />

No Google Campus de São Paulo<br />

estava incubada uma startup chamada<br />

Hondana, que fornece um chatbot interativo<br />

e que, por meio de perguntas e<br />

respostas, em pílulas de conhecimento<br />

que duram de 1 a 4 minutos por dia, ensina<br />

técnicas de venda, teoria, condições<br />

gerais do seguro, campanhas e eventos<br />

para o usuário. Assim surgiu o app Quizz.<br />

Misturando interação, bom humor<br />

e “gameficando” a educação, a companhia<br />

percebeu que os colaboradores<br />

estavam interagindo e acessando mais o<br />

conteúdo. Depois de instalado no celular<br />

e com acesso liberado pela Escola de<br />

Seguros do Sicoob, sempre que é gerada<br />

uma pílula de conhecimento um quiz é<br />

disparado e o app notifica o colaborador,<br />

dando 72 horas para acessar e responder<br />

as perguntas.<br />

Toda interação do usuário é registrada,<br />

acertos, erros, engajamento e comentários,<br />

que retornam para a Escola,<br />

que pode definir reforços de capacitação<br />

específicos para empregados, agências,<br />

regiões ou até mesmo para toda rede,<br />

dependendo do resultado das respostas.<br />

Cada acerto do quiz gera 50 pontos<br />

para o colaborador. Caso o usuário erre,<br />

pela participação e para manutenção<br />

de engajamento, ele ganha 25 pontos.<br />

“Estar engajado é importante e por isso<br />

elaboramos esse esquema de pontuação,<br />

assim o funcionário não desiste caso<br />

não saiba responder alguma pergunta”,<br />

ressalta Flores Jr., analista responsável<br />

pelo projeto. Durante o semestre, os três<br />

primeiros colocados são premiados com<br />

brindes institucionais.<br />

Segundo Bankow, a maior vantagem<br />

dessa educação estratégica para<br />

a organização é a comunicação direta<br />

com a última linha de atendimento,<br />

que é quem tem contato direto com o<br />

público da companhia. “A nossa maior<br />

dificuldade é que dentro da empresa há<br />

concorrência. A mesma pessoa que comercializa<br />

seguro vende também cartão<br />

de crédito, consórcio e uma série de<br />

coisas que acabam sendo mais rentáveis<br />

para o Sicoob. Quando há confiança,<br />

informação e motivação, as chances de<br />

negócios são potencializadas”.<br />

63


case premiado<br />

Miura<br />

Novo modelo de remuneração<br />

para Ramos Elementares<br />

O<br />

DNA de inovação sempre<br />

fez parte do cotidiano dos<br />

colaboradores da Miura Corretora<br />

de Seguros. Fundada<br />

em 1978, a empresa se modernizou com<br />

o tempo e hoje possui em sua carteira<br />

companhias multinacionais e empresas<br />

de médio e grande porte.<br />

Por estar presente em 130 países,<br />

a corretora tem a facilidade de aplicar<br />

modernas práticas de Gerenciamento<br />

de Risco e apresentar soluções de forma<br />

personalizada para variados clientes.<br />

Na prática, o modelo atual e usual de remuneração<br />

das corretoras possui um “conflito<br />

de interesses” entre o que “é bom” para<br />

o cliente e o que “é bom” para a corretora.<br />

Sabendo que a comissão para a empresa<br />

é uma % do prêmio pago, ou seja, quanto<br />

“pior” (mais caro) for para o segurado,<br />

“melhor” será para a corretora (maior<br />

comissão), o que pode induzir o corretor<br />

Fabio Miura e Cynthia Miura, da Miura<br />

A<br />

história do Programa Aluno<br />

e Escola Seguros (P.A.E.S)<br />

começou em 2011. O fundador<br />

do programa, Luciano<br />

Basílio, CEO da Styllo Corretora de<br />

Seguros, teve um problema com a filha,<br />

Larissa, que acabara de entrar na escola.<br />

Ao receber uma ligação dizendo<br />

que a menina teria se machucado em<br />

uma queda, Basílio largou o que estava<br />

fazendo e foi imediatamente prestar<br />

socorro à filha.<br />

O P.A.E.S certifica as escolas que<br />

prestam atendimento emergencial em<br />

caso de acidentes dentro e fora da escola<br />

fornecendo, dentre outros benefícios,<br />

transporte emergencial a hospitais particulares<br />

e até professor particular caso<br />

o aluno não possa regressar às aulas, evitando<br />

que o ano letivo seja prejudicado.<br />

“Assim como minha filha, muitas outras<br />

crianças estão perdendo ou colocando<br />

sua vida em risco porque o ambiente esa<br />

não trabalhar para que as melhores<br />

condições do mercado cheguem ao cliente.<br />

Ganhador pela segunda vez consecutiva,<br />

Fabio Miura, diretor executivo<br />

da companhia, explica os motivos que<br />

impulsionaram a elaboração do dispositivo.<br />

“O que nos motivou a elaborar essa<br />

ferramenta foi o conflito de interesses.<br />

Gostaríamos de elaborar um programa<br />

colar não é preparado<br />

para um momento<br />

de emergência. Nós<br />

entendemos que o<br />

que ocasionava isso<br />

era a falta de conhecimento<br />

da família”,<br />

relata Basílio.<br />

Em setembro de<br />

2017, o aluno Lucas Begalli Zamora, de<br />

10 anos, morreu em uma excursão escolar<br />

ao se engasgar com um lanche em Campinas<br />

(SP). Desde então, o congresso se<br />

mobilizou e aprovou a proposta da Lei<br />

Lucas 13.722/2018 em homenagem ao<br />

menino, que obriga as escolas básicas<br />

e infantis, na esfera pública e privada, a<br />

capacitar professores e profissionais escolares<br />

com curso de primeiros socorros.<br />

A Lei foi sancionada pelo presidente no<br />

dia 4 de novembro de 2018.<br />

O executivo conta que o programa<br />

serve para que os pais possam acomque<br />

fosse mais ético, transparente e justo<br />

para ambas as partes”, relata.<br />

No novo modelo de negócios, a corretora<br />

é remunerada por pela performance<br />

na redução do prêmio na renovação<br />

do seguro. Dessa forma, diferentemente<br />

do modelo tradicional, tanto a corretora<br />

quanto o cliente estarão do “mesmo lado<br />

da mesa”, sendo os dois beneficiados caso<br />

haja a redução no prêmio.<br />

Inspirada em outras empresas que<br />

passaram a adotar sistemas parecidos<br />

com o da companhia, a elaboração da plataforma<br />

foi discutida a partir de pesquisas<br />

e elaborada internamente. O executivo<br />

conta que a divulgação do produto foi<br />

feita de forma bastante trabalhosa. “Não<br />

consigo enxergar essa divulgação sendo<br />

feita de forma maciça. É algo que requer<br />

uma divulgação muito cuidadosa, minuciosa,<br />

ainda mais por envolver números<br />

torna mais difícil o processo”, revela.<br />

case premiado<br />

Styllo<br />

Programa Paes -<br />

Seguro Educação<br />

Tarcísio Rocha, COO; Almir Eleotero, comercial; Sueli Basilio,<br />

CFO e Luciano Basilio, CEO<br />

panhar, através da ferramenta, quais<br />

escolas possuem o selo Escola Segura.<br />

“Precisamos identificar para os pais quais<br />

são as escolas confiáveis. Para selecionar,<br />

eu preciso dar algum tipo de certificação,<br />

de uma chancela. A plataforma consegue<br />

unir os pais que estão querendo buscar<br />

um ambiente seguro para seus filhos e as<br />

escolas que gostariam de ter a certificação”,<br />

explica.<br />

Em menos de trinta dias do lançamento,<br />

o Programa alcançou a casa de 94<br />

instituições de ensino. Hoje, a plataforma<br />

possui 227 escolas catalogadas.<br />

64


comunicação e expressão<br />

por J. B. Oliveira*<br />

Em comunicação negocial,<br />

é preciso estar seguro<br />

Ao longo de todo o tempo em que venho ministrando<br />

Cursos de Oratória – para os mais diversos segmentos profissionais<br />

e sociais – observei que a maior dificuldade a vencer,<br />

na comunicação interpessoal, é a inibição!<br />

E o que é essa tal de inibição?<br />

É o medo de falar com as pessoas, com o público!<br />

Há quem pense isso só se dá com os brasileiros, porque<br />

nossa base educacional não é das melhores; nosso caldo<br />

de cultura deixa muito a desejar e isso tudo nos transmite<br />

insegurança, certo?<br />

Não. Errado! Estudo realizado nos Estados Unidos demonstrou<br />

que o medo de falar em público é um dos maiores<br />

entre os cidadãos americanos! Tão acentuado – imaginem<br />

– quanto o medo da morte! Portanto, esse trauma não é “privilégio”<br />

nosso: é um sentimento universal!<br />

Dizia Dadá Maravilha que “toda problemática tem que<br />

ter uma solucionática”! Qual é a que se aplica ao caso? Como<br />

fazer para afastar essa barreira que trava a garganta de tantas<br />

pessoas?<br />

Ora, a primeira coisa a fazer quando se quer enfrentar – e<br />

vencer – uma dificuldade, é conhecê-la! Então, precisamos<br />

saber o que é inibição. Ela responde por outros nomes, como<br />

incerteza, medo, timidez e, mais apropriadamente, insegurança.<br />

De fato, a questão toda é que você, como comunicador, se<br />

sente totalmente inseguro. A “solucionática”, portanto, é que<br />

você, quando for falar, trate de tornar-se seguro! Desta forma:<br />

1. Esteja seguro em sua apresentação pessoal<br />

Cuide muito bem de sua aparência, que é seu marketing<br />

pessoal, sua vitrine.<br />

Coloque bem a voz¸ projetando-a com firmeza, clareza<br />

e polidez.<br />

Cumprimente de maneira correta, demonstrando bem-<br />

-estar, simpatia e respeito.<br />

Sorria de modo cordial, sincero e discreto. Transmita<br />

bom humor e boa disposição pessoal.<br />

2. Esteja seguro em sua mente<br />

Defina e qualifique seu objetivo: o que pretende obter do<br />

interlocutor ou do grupo.<br />

Determine o que vai oferecer e quem serão os destinatários<br />

da mensagem.<br />

Monte mentalmente a demonstração do que está apresentando.<br />

Enfatize os pontos-chave.<br />

Automotive-se. Entusiasme-se. Mantenha Atitude Mental<br />

Positiva.<br />

3. Esteja seguro em sua comunicação<br />

Estude minuciosamente o assunto. Conheça muito bem<br />

sua tese e a do concorrente.<br />

Preveja as possíveis perguntas, dúvidas e objeções.<br />

Prepare-se para atendê-las satisfatoriamente.<br />

Reúna o máximo possível de elementos de comprovação<br />

e corroboração de sua tese.<br />

Faça exercícios, simulações e testes, ampliando e melhorando<br />

seus argumentos.<br />

4. Esteja seguro em seu desempenho<br />

Reveja sua apresentação pessoal: aparência física, traje,<br />

expressão fisionômica e postura.<br />

Trabalhe os Canais Neurolinguísticos da Comunicação:<br />

visual, auditivo e sinestésico.<br />

Prepare-se para colher retornos (feedback). Grave nomes,<br />

dados e detalhes.<br />

Saiba tudo sobre o assunto; fale só o suficiente. Conclua<br />

cada item que apresentar.<br />

5. Esteja seguro nos pontos críticos da comunicação<br />

INÍCIO: faça a abertura – abordagem – de forma original,<br />

inteligente e que desperte curiosidade.<br />

MEIO: dê ao desenvolvimento – demonstração – consistência,<br />

com números, dados, comprovações.<br />

FIM: proceda ao encerramento – fechamento – de modo<br />

marcante, firme e convincente.<br />

CHAVE-DE-OURO: use uma palavra final empática e<br />

amiga, motivando para nova comunicação.<br />

Aplicados disciplinadamente, estes cinco itens afastarão a<br />

inibição, criando a segurança necessária à formação da autoconfiança,<br />

base da boa comunicação. A par disso, note que as<br />

técnicas da Oratória Clássica são as mesmas da comunicação<br />

em reuniões, no trabalho e no meio social. Os princípios são<br />

idênticos também para a Comunicação em Negociação e<br />

Vendas! A conclusão obrigatória é: um Curso de Oratória é<br />

fator de superação de traumas e medos, gerando satisfação<br />

profissional e pessoal. E boas vendas!<br />

* J. B. Oliveira é Consultor de Empresas, Professor Universitário, Advogado e Jornalista.<br />

É Autor do livro “Falar Bem é Bem Fácil”, e membro da Academia Cristã de Letras<br />

www.jboliveira.com.br – jboliveira@jbo.com.br<br />

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