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Ano 24 - nº 248<br />
Outubro 2019<br />
Especial Corretor<br />
Conhecimento e<br />
tecnologia são aliados na<br />
distribuição de seguros<br />
Como a profissão de<br />
corretor de seguros<br />
evoluiu nos últimos anos<br />
CONHEÇA OS<br />
VENCEDORES<br />
DO PRÊMIO<br />
MELHORES DO<br />
SEGURO 2019<br />
PASI 30 ANOS<br />
Produto nasceu para atender<br />
os menos favorecidos<br />
O seguro de vida com indenização em 24h recebeu, ao longo<br />
dos anos, novas coberturas para fortalecer o seu caráter social
editorial<br />
Ano 24 - nº 248<br />
Outubro 2019<br />
Esta revista é uma<br />
publicação independente<br />
da Correcta Editora Ltda<br />
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Os artigos assinados são de<br />
responsabilidade exclusiva de<br />
seus autores, não representando,<br />
necessariamente, a opinião desta<br />
revista.<br />
Uma profissão nova<br />
a cada dia<br />
O grande desafio da atualidade, para qualquer pessoa, é aprender a<br />
se reinventar. Quem perde o seu emprego, e não tem uma qualificação<br />
muito elevada, busca alternativas no mercado informal. Quem, como<br />
eu, escrevia para leitores analógicos, agora precisa se adaptar às novas<br />
possibilidades digitais.<br />
É nesta busca pela reinvenção que encontramos novos talentos.<br />
Assim será também para os corretores de seguros. Ao longo das minhas<br />
coberturas pelo Brasil e pelo exterior, continuo com a percepção de que<br />
o profissional que atua com seguros precisa encontrar novas formas<br />
de chegar até o cliente. O perfil profissional mais eficiente será aquele<br />
híbrido, capaz de conversar com várias gerações de consumidores.<br />
Para quem não consegue fazer isso, não há problema. A cultura<br />
atual do compartilhamento nos leva a procurar parceiros que tenham<br />
habilidades complementares às nossas. O futuro profissional dos<br />
corretores pode levá-los à parceria com outros corretores. Ainda existe<br />
a possibilidade de caminhar sozinho, mas com o auxílio de empresas<br />
especializadas em criar novos canais.<br />
API é a tecnologia de agora, que abre inúmeras possibilidades de<br />
criar novos produtos e novas formas de distribuição, além de melhorar a<br />
jornada do cliente. Se você ainda não sabe o que isso, informe-se. É uma<br />
tecnologia simples, barata e capaz de proporcionar, realmente, coisas<br />
novas para o mercado.<br />
Boa leitura!<br />
Diretora de Redação<br />
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<strong>Revista</strong> <strong>Apólice</strong><br />
Mande suas dúvidas, críticas e sugestões para redacao@revistaapolice.com.br<br />
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sumário<br />
6<br />
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painel<br />
gente<br />
capa<br />
PASI nasceu com uma missão social a cumprir e já completa 30 anos de<br />
atuação, agora agregando novos benefícios, mas sem perder o foco nos<br />
menos favorecidos<br />
especial corretor<br />
distribuição<br />
Modelo híbrido de distribuição, com alinhamento entre tecnologia e<br />
conhecimento, deve facilitar o trabalho do corretor de seguros para<br />
distribuir seguros com qualidade<br />
profissão<br />
As transformações da sociedade se refletem na atuação dos corretores.<br />
Vamos conhecer histórias de profissionais que, durante décadas, se<br />
dedicaram à corretagem<br />
eventos<br />
21º Congresso Brasileiro<br />
Encontro foi marcado por boas notícias para o setor, como o despertar das<br />
seguradoras para atuação contra as associações de proteção veicular<br />
itc 2019<br />
Seis mil pessoas foram a Las Vegas para conhecer as tendências em termos<br />
de novas tecnologias voltadas para o mercado de seguros. Delegação<br />
brasileira bateu recorde<br />
tecnologia<br />
Omint mostra que transformação digital é necessária em qualquer<br />
segmento, independente do porte das empresas. Em saúde, o panorama<br />
é o mesmo<br />
prêmio melhores do seguros<br />
A 10ª Edição do Prêmio Melhores do Seguro, organizado pela <strong>Revista</strong><br />
<strong>Apólice</strong>, reuniu mais de 200 pessoas em uma noite de integração e de<br />
comemoração pelos resultados alcançados pelas corretoras de seguros<br />
cases<br />
• Alper<br />
• D’ Or consultoria<br />
• Frico<br />
• Grupo Exalt<br />
• Gigliotti<br />
• GC do Brasil<br />
• Junker<br />
• Livonius<br />
• Meireles & Mantey<br />
• Minuto Seguros<br />
• Rede Lojacorr<br />
• Seguros do Brasil<br />
• Sicoob<br />
• Miura<br />
• Styllo<br />
• TGL<br />
comunicação<br />
14<br />
30<br />
18<br />
41
painel<br />
• ntecnologia<br />
Nova<br />
plataforma<br />
de cotação<br />
para D&O<br />
• nação social<br />
Sincor-SC promove campanha de<br />
prevenção de acidentes<br />
O Sincor-SC, em conjunto com o Corpo de Bombeiros de<br />
Blumenau, realizou palestra de prevenção e primeiros socorros<br />
no Centro de Referência de Assistência Social - CRAS do<br />
Bairro Fidelis, em Blumenau/SC, ministrado pelo Subtenente<br />
Valério Valmor Pereira e Nilso Gonçalves, do Sindicato.<br />
O tema foi voltado às futuras mamães, com o objetivo de<br />
prevenir as parturientes sobre os perigos que se tem na casa,<br />
em especial com as crianças.<br />
Segundo Marina Neufeld Schechner, head de RC Geral<br />
e Linhas Financeiras da Swiss Re Corporate Solutions, “o empresário<br />
pode ter que se desfazer de bens para arcar com<br />
os custos e perdas em processo de responsabilidade civil”.<br />
Para facilitar o dia a dia dos corretores, já está disponível<br />
a plataforma de cotação online de D&O da seguradora.<br />
Com ela, em 5 minutos o corretor faz desde a cotação até<br />
a emissão de uma apólice. “A plataforma certamente vai<br />
ajudar os corretores na oferta do D&O aos seus clientes,<br />
principalmente pequenas e médias empresas, colaborando<br />
com a diversificação de suas carteiras. O objetivo é facilitar<br />
a operação do corretor, que necessita de soluções simples<br />
e eficientes para apoiar as vendas”, complementa Marina.<br />
• ncampanha de incentivo<br />
Ameplan Saúde anuncia grandes novidades para o último<br />
trimestre de 2019<br />
Em 30 de setembro terminou mais uma campanha<br />
de vendas da Ameplan Saúde. Intitulada<br />
“3 em 1 com a Ameplan Saúde”. A operadora<br />
apostou no valor que as campanhas de vendas<br />
promovem para os profissionais ligados<br />
à missão de vender um serviço de assistência<br />
médica e hospitalar para o público de baixa renda.<br />
Um público que muitas vezes é levado a escolher<br />
entre pagar as contas de consumo e o boleto do plano<br />
de saúde, mas ainda manifesta interesse por este serviço<br />
como um dos mais importantes na sua escala de desejos.<br />
A Ameplan Saúde nunca deixou de acreditar e apostar<br />
em suas convicções. Nesta jornada, nunca deixou de levar<br />
reconhecimento extra para aqueles que são fundamentais para<br />
o alcance destes objetivos.<br />
A partir de outubro, com competências construídas a<br />
partir do aprimoramento de sua gestão de riscos e com o<br />
início da verticalização dos seus serviços, a operadora vai<br />
oferecer um desconto em seus valores de vendas dos planos<br />
PME (Pequenas e Médias Empresas) e planos<br />
de Adesão para Pessoas Físicas, através de<br />
entidades de classes.<br />
A baixa atividade econômica nos últimos<br />
anos provocou uma sensível retração no total<br />
de beneficiários atendidos pelo sistema suplementar.<br />
Movimento que trouxe enormes dificuldades<br />
para os micro e pequenos empresários,<br />
grandes contratantes de planos de saúde como forma de<br />
reduzir custos pessoais e de terceiros.<br />
A Ameplan Saúde recompensa esses parceiros com índices<br />
de reajustes mais baixos que os seus concorrentes (pool de<br />
risco) e não compromete seus indicadores de sinistralidade.<br />
Mais uma razão para focar mais nos novos entrantes neste<br />
segmento.<br />
Estas novidades foram anunciadas em um almoço para os<br />
seus principais parceiros de negócios, no dia 11 de Outubro,<br />
data em que também foram anunciados os vencedores da<br />
campanha de Vendas “3 em 1 com a Ameplan Saúde”.<br />
6
• nevento<br />
Em busca da integração nacional através de Fórum<br />
No próximo dia 7 de<br />
novembro o Sincor RO-AC<br />
irá promover o 1º Fórum<br />
de Seguros dos Estados de<br />
Rondônia e Acre, que terá<br />
como tema principal “Os<br />
novos Rumos do Mercado<br />
– Ameaças e Oportunidades”.<br />
O evento será direcionado<br />
para os corretores.<br />
O Presidente do Sincor<br />
RO-AC, José Luis Soares de<br />
Souza, relata que existe<br />
um fator chave para que o<br />
evento seja um divisor de águas na região: a integração<br />
nacional. “Estamos buscando fazer a integração junto<br />
com a Federação para que fiquemos mais próximos um<br />
dos outros. Estamos nos esforçando cada dia mais para<br />
alcançar a unidade para o bom desenvolvimento do mercado.<br />
Estamos atraindo<br />
pessoas que nunca estiveram<br />
em Porto-Velho ou<br />
no Acre e que virão para<br />
a capital de Rondônia<br />
para prestigiar o evento”,<br />
analisa.<br />
Em 2018, a região Norte<br />
apresentou números de<br />
vendas acima da média<br />
nacional. Na somatória, a<br />
região computou aumento<br />
de 70,64%, enquanto<br />
a média ficou em 2,90%.<br />
No segmento Auto, por exemplo, os números regionais<br />
alcançaram crescimento de 18,81%, contra 10,57% da<br />
média nacional. O seguro de Pessoas aumentou a sua<br />
distribuição em 18,81%, ao passo que os números nacionais<br />
ficaram em 11,67%.
painel<br />
• ncomemoração<br />
Rede completa 23 anos<br />
de atuação<br />
A Rede Lojacorr completa 23 anos de<br />
atuação no Brasil em outubro. Além de reunir<br />
mais de 50 soluções em produtos e serviços<br />
para as corretoras, formando um ecossistema<br />
de marcas que juntas ajudam o brasileiro a se<br />
proteger mais e melhor, a Rede Lojacorr está em<br />
22 Estados do Brasil e no Distrito Federal, em<br />
54 Unidades de Negócios, que atendem mais de<br />
três mil municípios do território nacional, que reúnem mais de<br />
1200 corretores de seguros, somando 360 mil apólices ativas.<br />
De acordo com José Heitor da Silva, presidente da Holding<br />
HDAS e fundador da Rede Lojacorr, é uma honra entregar<br />
para o Brasil ume empresa sólida com 23 anos de atuação,<br />
justamente no mês de comemoração do corretor (dia 12/10).<br />
“Nós estamos sempre com o ouvido no trilho do trem, ouvindo<br />
e desenvolvendo soluções através das sugestões dos corretores<br />
de seguros. Estamos agora planejando a transformação necessária<br />
para os próximos 23 anos. Somos muito gratos aos<br />
corretores parceiros a aos seguradores que acreditaram em<br />
nossos propósitos”, explica.<br />
Já o CEO da Rede Lojacorr, Diogo Arndt Silva, diz que<br />
a Rede deve deixar um legado para o mercado segurador, no<br />
sentido da inovação na forma de fazer negócios e nos modelos<br />
de conexões que a empresa fomenta. “Sempre acreditamos<br />
na importância dos corretores de seguros como agentes do<br />
desenvolvimento econômico e social. Com isso em mente,<br />
buscamos por intermédio da Rede criar soluções para que<br />
o corretor tenha um amplo portfólio de produtos e uma plataforma<br />
de tecnologia capaz de otimizar seu crescimento.<br />
Assim estamos criando condições para que a indústria da<br />
proteção alcance cada vez mais brasileiros com seus produtos<br />
e soluções”, finaliza.<br />
• naniversário<br />
Sincor-SP celebra 85 anos com selo e carimbo comemorativos<br />
Em sessão solene na Assembleia Legislativa de São<br />
Paulo, o Sindicato dos Corretores de Seguros de São Paulo<br />
(Sincor-SP) celebrou seu aniversário de 85 anos com selo e<br />
carimbo comemorativos, além de receber diversas homenagens<br />
do setor. Representando o governador, João Dória,<br />
esteve presente o secretário em exercício da Casa Civil do<br />
Estado de São Paulo, Antonio Carlos Rizeque Malufe, que<br />
homenageou a entidade. “Temos muito apreço pelo Sindicato<br />
e sabemos dos desafios complexos enfrentados pelo<br />
setor. Por isso, deixo meus parabéns e cumprimentos nesta<br />
data tão especial”, completou.<br />
O presidente do Sincor-SP, Alexandre Camillo, agradeceu<br />
aos presentes, inclusive a patrona do evento, a deputada<br />
estadual Marta Costa (PSD-SP) e, principalmente, aos corretores<br />
de seguros que fizeram com que o Sincor-SP chegasse<br />
aos 85 anos, altamente credibilizado para discutir os interesses<br />
do setor como um todo. “Cumpre-nos parabenizar e<br />
agradecer a toda a categoria que esteve lado a lado com o<br />
Sincor-SP, possibilitando que a instituição percorresse essa<br />
jornada de lutas e de conquistas. A categoria dos corretores<br />
de seguros foi a razão e o porquê de estarmos há 85 anos<br />
tão ativos e chegando firmes a este momento”.<br />
Durante a cerimônia, também foi feita a obliteração de<br />
selo e carimbo comemorativos aos 85 anos, em parceria<br />
com os Correios. O carimbo ficará disponível por 30 dias,<br />
na agência de Correios Central de São Paulo, situada no<br />
prédio histórico dos Correios, no Vale do Anhangabaú.<br />
Nesse período, as cartas postadas na agência receberão o<br />
carimbo alusivo. Passado esse prazo, a peça será disponibilizada<br />
para colecionadores na agência de vendas à distância<br />
dos Correios, no Rio de Janeiro, por 120 dias e, depois, será<br />
incorporada ao acervo do Museu dos Correios, em Brasília.<br />
8
• nestudo<br />
Pesquisa aponta motivos para as<br />
pessoas contratarem um seguro de vida<br />
A Liberty Seguros apresentou<br />
dados de sua pesquisa com foco no<br />
seguro de vida. Em parceria com uma<br />
empresa de consultoria, a companhia<br />
abordou diversas frentes da relação<br />
das pessoas com o seguro de vida, que<br />
vão desde fatores que influenciam no<br />
momento de contratar um serviço do<br />
segmento até os atributos que mais<br />
valorizam nos produtos.<br />
Ao longo da análise foi entrevistada<br />
uma amostra de 2 mil pessoas entre<br />
clientes, não-clientes e corretores. A<br />
pesquisa revelou que os entrevistados<br />
estão mais propensos a fechar esse<br />
tipo de seguro quando são influenciados<br />
por alguns acontecimentos<br />
de sua vida. Um exemplo disso é a<br />
chegada de um filho: 35% das pessoas<br />
que ainda não têm seguro de vida<br />
afirmam que se tornar pai ou mãe seria<br />
um fator relevante para a contratação<br />
do produto. A preocupação com um<br />
cônjuge, como no caso de um casamento,<br />
também é um fator<br />
decisivo para 15% dos<br />
entrevistados que ainda<br />
não têm o serviço.<br />
“O seguro de vida<br />
pode ser um grande<br />
aliado em diversos momentos<br />
da trajetória do<br />
segurado, não apenas<br />
uma proteção em caso<br />
de óbito”, explica Alexandre<br />
Vicente, diretor de<br />
Seguros de Pessoas da<br />
seguradora.<br />
• nassistência<br />
Ambulatório virtual para atender viajantes<br />
O ITA Seguro Viagem lançou o serviço<br />
de ‘ambulatório virtual’. A novidade<br />
é fruto de uma parceria com o hospital<br />
Albert Einstein. Desde 25 de setembro, os<br />
clientes que estão em viagem podem solicitar<br />
uma orientação médica a distância,<br />
através de uma vídeo-chamada.<br />
O processo é muito simples: quando<br />
o passageiro ligar para a central de atendimento<br />
solicitando uma orientação médica,<br />
ele receberá um link para fazer uma<br />
videoconferência a qualquer momento.<br />
Apenas nos casos envolvendo pediatria<br />
é que haverá um atendimento específico,<br />
das 10h às 22h, horário de Brasília (DF).<br />
“Esse serviço é uma exclusividade da empresa, que oferece a oportunidade de<br />
você pedir orientação de um médico altamente capacitado durante a sua viagem”,<br />
explica Evandro Leiras, gerente Geral.
painel<br />
• novidade<br />
Ezze Seguros chega ao mercado<br />
A Ezze Seguros começa a operar no mercado brasileiro<br />
com o objetivo de atuar inicialmente na modalidade de<br />
linhas financeiras, lançando produtos de seguro garantia<br />
com soluções customizadas para diferentes tipos de negócios.<br />
A empresa inicia sua operação com patrimônio<br />
líquido de R$ 30 milhões, com expectativa de prêmios<br />
de R$ 1 bilhão e meta de estar entre as 20 maiores seguradoras<br />
do país nos próximos 5 anos.<br />
A estrutura acionária da seguradora conta com 12<br />
sócios investidores, dois deles atuando diretamente na<br />
operação, Richard Vinhosa, presidente, e Ivo Jucá Machado,<br />
vice-presidente Comercial e de Marketing da Ezze.<br />
Dentre os principais produtos trabalhados inicialmente<br />
pela seguradora há um destaque para o Depósito<br />
Recursal, seguro que substitui os depósitos exigidos nas<br />
ações trabalhistas; Garantia Judicial, que substitui as cauções<br />
e/ou depósitos efetuados junto ao Poder Judiciário;<br />
e o Garantia de Bid/Performance, que garante obrigações<br />
assumidas pelo tomador em contratos firmados entre ele<br />
e o segurado.<br />
Richard Vinhosa, presidente da empresa, explica que<br />
a entrada no mercado, a partir desta modalidade, tem o<br />
objetivo de proporcionar uma experiência digital que<br />
integre toda a cadeia de serviços.<br />
“A decisão de começar a operar no mercado a partir<br />
de seguro garantia se deu em função do cenário de oportunidades<br />
que estão acontecendo, tais como licitações<br />
públicas que envolvem grandes riscos, nas quais essa<br />
modalidade de linhas financeiras tem uma boa demanda<br />
e uma tendência de aceleração. Além disso, a modalidade<br />
passou a ser aceita também como alternativa para as empresas<br />
após a entrada em vigor da reforma trabalhista”,<br />
esclarece.<br />
• nproduto<br />
Seguro Ambiental não é uma<br />
licença para poluir<br />
Alguns anos separam as tragédias de Mariana, em 2015,<br />
e Brumadinho, em 2019, ambas no estado de Minas Gerais.<br />
As barragens utilizadas para extração de minério de ferro se<br />
romperam e milhões de metros cúbicos de lama vazaram,<br />
devastando casas e ocasionando a morte de moradores e trabalhadores<br />
da mineradora.<br />
Nos dois casos, as empresas são obrigadas, por lei, a se<br />
responsabilizarem pelo material descartado ou por qualquer<br />
dano ambiental causado. Nathália Gallinari, gerente de Seguro<br />
Ambiental e Responsabilidade Civil da AIG, explica a<br />
importância do seguro ambiental e como a ferramenta pode<br />
contribuir na diminuição dos riscos: “o produto tem como<br />
função mitigar eventos que possam incluir a atividade poluente,<br />
seja na indústria, no transporte ou em uma obra. A seguradora<br />
faz uma análise técnica do risco, que leva em consideração o<br />
tipo de produto entocado, os materiais contaminantes e como<br />
esses resíduos são tratados e gerenciados”, explica.<br />
Após o rompimento da barragem de Mariana, em 2017, a<br />
procura pelo seguro aumentou e atingiu R$ 68,69 milhões de<br />
prêmios emitidos, totalizando um aumento de 27% em relação<br />
ao ano anterior.<br />
Após o caso de Brumadinho, o seguro ambiental apresentou<br />
um crescimento de 11% até julho de 2019. Para Katia<br />
Papaioannou, superintendente de RC e Ambiental da Marsh,<br />
o aumento equivale ao maior interesse das empresas em saber<br />
como funciona o produto. “Observamos que o mercado despertou<br />
e as empresas estão mais interessadas em entender como<br />
funciona o produto de Riscos Ambientais, quais as coberturas<br />
disponíveis e quais exposições podem ser mitigadas com a<br />
contratação desta apólice. Prova disso é que este ano tivemos<br />
um aumento considerável não só no número de consultas, mas<br />
também no número de contratação de apólices”, relata.<br />
10
GENTE<br />
CEO para a tecnologia<br />
A Quiver anunciou Fernando Rodrigues para o cargo<br />
de CEO. Seu objetivo é acelerar a estratégia de crescimento da<br />
companhia. Para isso, já foram traçados os planos de médio e<br />
longo prazo, seguindo tendências<br />
mundiais. “Nosso<br />
objetivo é levar ao mercado<br />
uma empresa ágil e antenada<br />
às necessidades das<br />
corretoras de seguros, para<br />
ajudá-las a superarem seus<br />
limites. Buscaremos excelência<br />
em nossos produtos<br />
e serviços, tendo como<br />
meta o encantamento dos<br />
nossos clientes a cada dia.<br />
Para isto, estamos montando<br />
um time com grande bagagem no mercado de software<br />
e de seguros”, explica.<br />
Novo diretor financeiro<br />
A CesceBrasil<br />
anunciou em setembro o<br />
executivo Mario Eguti<br />
como seu novo diretor<br />
financeiro.<br />
O executivo possui<br />
experiência profissional<br />
como auditor externo<br />
(Deloitte), auditando<br />
instituições financeiras,<br />
seguradoras, empresas<br />
de capitalização, fundos de pensão, corretoras e<br />
empresas de capital aberto.<br />
Para Cristina Salazar, country manager da<br />
empresa, a experiência do executivo aliada ao seu<br />
conhecimento em controladoria e finanças, especialmente<br />
no setor de seguros, permitirá dar andamento<br />
às estratégias da companhia no país. “Tenho certeza<br />
de que com sua capacidade, ele irá agregar bastante<br />
à equipe”.
GENTE<br />
Leandro Nunes assume área<br />
de seguros da Sabemi<br />
Há 10 anos à frente<br />
da área de Assistência<br />
Financeira da Sabemi,<br />
Leandro Nunes passa<br />
a responder também<br />
pelo braço de seguros<br />
da companhia. Com a<br />
saída de Antonio Pedrotti,<br />
que se desligou<br />
da empresa no último<br />
mês, Nunes torna-se o<br />
responsável pela operação<br />
das principais<br />
atuações da companhia<br />
no mercado.<br />
Com sua chegada nesta área, o executivo tem a expectativa<br />
de desenvolver novos canais de distribuição por<br />
meio de parcerias estratégicas. Outro ponto importante,<br />
em sua opinião, é implementar a venda digital de seguros,<br />
mantendo um melhor relacionamento com o cliente.<br />
“Estou bastante motivado com os desafios e projetos<br />
para o final deste ano e para os anos seguintes. Também<br />
me sinto confiante de que temos totais condições<br />
de superar qualquer dificuldade que possa surgir, pois<br />
temos a experiência e conhecimentos necessários”,<br />
declara Nunes.<br />
Formado em Administração de Empresas pela Unisinos,<br />
além de ter um MBA em Gestão de Estratégia de<br />
Pessoas pela FGV, o executivo veio do Banco Itaú.<br />
Armando Alcoforado chega<br />
à diretoria comercial da Ikê<br />
Assistência<br />
Armando Alcoforado assume diretoria comercial da Ikê<br />
com o objetivo de expandir a atuação da empresa no mercado<br />
de seguradoras e montadoras.<br />
O executivo terá a missão de manter o crescimento<br />
com rentabilidade e ganhar market share. “Nosso foco será<br />
manter a credibilidade da companhia no segmento, enquanto<br />
colocamos em prática estratégias voltadas para uma expansão<br />
de mercado”, explica.<br />
Foco no relacionamento<br />
com clientes<br />
Executivos internacionais<br />
A Liberty Mutual Insurance,<br />
junto à divisão Liberty<br />
Specialty Markets(LSM)<br />
– anunciou a nomeação de<br />
Alexander Montoya como<br />
presidente da LSM nos Estados<br />
Unidos, Bermudas e<br />
América Latina.<br />
No mesmo anúncio,<br />
a empresa também divulgou<br />
a chegada de Wilhelm<br />
Schaugg à equipe. Schaugg<br />
ingressa no time<br />
como head de Estratégia para as mesmas regiões, tendo<br />
atuado anteriormente como head de Linhas Comerciais &<br />
Resseguro no Global Retail Markets East da Liberty Mutual.<br />
A Assist Card nomeou Fernando Broder<br />
como Chief Information Officer (CIO). O executivo iniciou<br />
sua trajetória na empresa em 2008.<br />
“Como novo CIO, continuarei trabalhando para entregar<br />
o melhor serviço. Ajudamos os clientes para que<br />
toda vez que viajarem sintam que não estão sozinhos”,<br />
diz Broder.<br />
12
e Thais Ruco<br />
capa | pasi<br />
Uma missão social<br />
a cumprir<br />
Produto nasceu desenhado para atender as<br />
classes menos favorecidas. Foi desenvolvido<br />
e aprimorado ouvindo as demandas do<br />
público consumidor e atualmente vai muito<br />
além do propósito inicial<br />
Kelly Lubiato e Thais Ruco<br />
14
Vamos contar uma história que<br />
aconteceu há 30 anos, mas<br />
que continua muito atual.<br />
Usando as palavras que estão<br />
em alta, ela mostra que a inovação pode<br />
acontecer a qualquer momento, necessitando<br />
apenas da mudança do mindset<br />
dos líderes das empresas. Aplicando conceitos<br />
de MGA (Management General<br />
Agent), uma corretora de seguros criou<br />
um produto disruptivo e com conceitos<br />
sustentáveis para a sociedade.<br />
A história do PASI começa como um<br />
ato de coragem e ousadia de seu fundador.<br />
Era uma corretora como outra qualquer,<br />
de perfil genérico, que comercializava de<br />
tudo. Neste período, as empresas internacionais<br />
começavam a ocupar mais espaço<br />
e era preciso pensar “fora da caixa”. “O<br />
mais difícil foi determinar o rumo que<br />
queríamos tomar”, define Alaor da Silva<br />
Junior, fundador do PASI. “Conseguimos<br />
encontrar este norte em 1988, quando<br />
identificamos o perfil social do mercado<br />
segurador, que tinha uma lacuna. Não<br />
existia nenhuma modalidade de seguro<br />
específica para atender as classes menos<br />
favorecidas do País”, recorda.<br />
Nesta época, o presidente da Associação<br />
dos Servidores da Universidade<br />
Federal de Minas Gerais pediu que fosse<br />
desenvolvido um seguro para repor o caixa<br />
da entidade com valores gastos com o<br />
auxílio funeral fornecido às famílias dos<br />
associados. As famílias, que não tinham<br />
como arcar com o funeral, pediam dinheiro<br />
emprestado à associação, porém<br />
não conseguiam devolver este valor.<br />
Era indispensável que o seguro para<br />
cobrir este auxílio funeral tivesse um<br />
prêmio muito baixo. “Eu já estava aguçado<br />
para buscar uma solução e este foi<br />
o momento zero da mudança de nosso<br />
perfil. Assim nasceu a primeira ideia”,<br />
diz o fundador do PASI. “O desafio era<br />
fazer a reposição do valor (indenização)<br />
em um prazo máximo de uma semana.<br />
Basicamente, era um valor determinado<br />
para que a associação pudesse repor seu<br />
caixa”, diz.<br />
Do laboratório à realidade<br />
Em novembro de 1988, foi criado o<br />
protótipo do produto. Porém, em menos<br />
de um mês, a seguradora passou a não<br />
conseguir mais realizar a indenização no<br />
prazo de uma semana. Alaor não desistiu,<br />
pelo contrário, se desafiou a conseguir<br />
mais: desenvolver um produto que realizasse<br />
o pagamento em 24 horas após o<br />
recebimento da documentação exigida.<br />
O presidente da entidade disse a<br />
Alaor que, se conseguisse fazer um pagamento<br />
ainda mais rápido do que em<br />
uma semana, tinha outra entidade para<br />
indicar. “Fiquei tão entusiasmado que<br />
quis ampliar ainda mais o projeto e levar<br />
para empresas. Pensei: se a família de um<br />
professor universitário fica sem recursos<br />
quando ele morre, imagine a família dos<br />
trabalhadores de classes mais modestas,<br />
que não têm qualquer acesso ao seguro”,<br />
conta o empreendedor.<br />
Foi quando, mesmo antes da regulamentação<br />
do produto, Alaor buscou e<br />
conseguiu a adesão de mais 15 empresas.<br />
“Éramos uma corretora de seguros comum,<br />
por isso aproveitei os segurados<br />
mais próximos, com grupos de trabalhadores<br />
significativos, e perguntei se teriam<br />
a coragem de me ajudar como clientes<br />
experimentais desse projeto”.<br />
Com as empresas, foram mais 3.250<br />
trabalhadores, de diversos setores da<br />
indústria, totalizando 9.250 vidas na<br />
primeira vigência do produto PASI. “Busquei<br />
uma nova companhia, que pudesse<br />
nos atender e, no dia 23 de março de 1989,<br />
saiu a aprovação para que, junto ao corpo<br />
técnico da seguradora, trabalhassem na<br />
finalização do produto.<br />
“Em poucos meses, de outubro de<br />
1988 a maio de 1989, tudo aconteceu.<br />
Saímos do laboratório para a realidade,<br />
íamos atuar no seguro com perfil social”,<br />
alegra-se o idealizador e presidente da<br />
empresa. O PASI nasceu em 1 de junho<br />
de 1989, como o primeiro seguro social<br />
do Brasil destinado às classes menos<br />
favorecidas.<br />
Interessante é perceber como os<br />
acontecimentos são cíclicos: “O PASI<br />
é o precursor dos MGAs (Management<br />
General Agent), que o mercado tanto fala<br />
hoje. Agora, querem indenizar em pouco<br />
tempo e já fazemos isso há 30 anos”,<br />
declara Fabiana Resende, filha de Alaor,<br />
que atua como diretora Executiva da<br />
empresa. “Nem existia startup e o PASI<br />
já estava sendo uma, fazendo exatamente<br />
este modelo de testar, fazer de novo, errar,<br />
ajustar”, observa.<br />
Expansão por todo o Brasil<br />
Uma semana após o lançamento do<br />
produto, no da 8 de junho, o PASI estava<br />
realizando a primeira indenização em<br />
24h. O beneficiário que recebeu essa indenização<br />
era irmão de uma professora.<br />
Entregou a documentação um dia antes e<br />
foi lá pessoalmente receber o cheque. Ele<br />
ficou impressionado com a velocidade da<br />
indenização, perguntou se era o normal<br />
do mercado. “Expliquei que se tratava de<br />
um projeto, era a primeira indenização<br />
que estava acontecendo em 24 horas, e<br />
o propósito era atender as famílias no<br />
momento exato de suas necessidades”,<br />
diz o idealizador do PASI. O homem<br />
entregou seu cartão de visitas, disse que<br />
era presidente de uma empresa e que o<br />
PASI havia acabado de ganhar mais 800<br />
segurados. “Anos depois voltei a receber<br />
um cartão dele, mas era congratulando o<br />
nosso trabalho”.<br />
15
pasi<br />
EVOLUÇÃO DAS COBERTURAS E BENEFÍCIOS DESENVOLVIDOS PELO PASI<br />
Invalidez permanente<br />
por doença do<br />
empregado<br />
Nascimento de filhos<br />
com doença<br />
congênita - 6 meses<br />
Reembolso das<br />
despesas com recisão<br />
trabalhista em caso de<br />
morte do trabalhador<br />
Início do PASI e<br />
da proteção para o<br />
trabalhador e sua família<br />
Indenizações<br />
em 24 horas<br />
Auxílio<br />
alimentação<br />
Auxílio<br />
funeral<br />
Pagamento antecipado<br />
por incapacidade<br />
profissional do<br />
trabalhador<br />
Este primeiro pagamento, a um<br />
beneficiário com boas condições financeiras,<br />
fez Alaor pensar em como seria<br />
satisfatório indenizar uma família pobre.<br />
“Foi quando nasceu a ideia, no 8º dia de<br />
operações do produto, de reescrever o<br />
projeto para poder oferecer para os trabalhadores<br />
da construção civil”.<br />
Em julho de 1989, Alaor falou com o<br />
sindicato que representava a construção<br />
civil em Minas Gerais, dizendo que estava<br />
pronto para atender à demanda reprimida.<br />
No mês seguinte, o modelo PASI<br />
foi instituído como o primeiro seguro<br />
de vida e acidentes do país a constar em<br />
uma cláusula de convenção coletiva de<br />
trabalho. “Fomos pioneiros não somente<br />
no produto como também na metodologia<br />
de oferecer grande acessibilidade ao<br />
seguro e verdadeira contribuição social”,<br />
orgulha-se.<br />
Segundo o fundador, nos 30 anos<br />
que a empresa comemora em 2019, toda<br />
essa responsabilidade de proteção social<br />
só aumentou. “Na medida em que fomos<br />
ganhando a confiança das entidades e<br />
empresas, não estávamos mais falando<br />
com uma família, com um presidente,<br />
mas com um setor como um todo."<br />
A partir de então, o PASI se espalhou<br />
para outros setores. “Já estávamos<br />
atuando na construção civil em âmbito<br />
nacional quando outros setores descobriram<br />
o produto e nos procuraram”, conta<br />
Alaor. Os primeiros foram os setores<br />
calçadista e de vestuário. “Focávamos<br />
em segmentos com maior necessidade<br />
de proteção, muitos riscos relacionados,<br />
assim como a construção, as diversas indústrias,<br />
trabalhadores de chão de fábrica<br />
16<br />
mesmo. Profissionais mais necessitados<br />
que não têm acesso ao seguro. Pudemos<br />
experimentar várias indenizações em<br />
24 horas na construção civil e também<br />
fora dela.”<br />
Corretores de seguros<br />
na distribuição<br />
Com o produto sendo distribuído nacionalmente,<br />
uma nova revolução marcou<br />
o PASI. “Fizemos outra inclusão, desta<br />
vez securitária: colocamos o corretor de<br />
seguros para distribuir o produto”, afirma<br />
o fundador da empresa.<br />
Até abril de 1991, o PASI atuava<br />
ainda como corretora de seguros. Neste<br />
momento, a empresa deixou esta atividade,<br />
estabeleceu acordo com a seguradora<br />
de que passaria exclusivamente<br />
a gerir a operação PASI, se dedicando à<br />
dinâmica e ao crescimento do produto,<br />
passando aos corretores a concessão da<br />
distribuição.<br />
O PASI, que nasceu como corretora,<br />
hoje é empresa de gestão. “É um clube de<br />
seguros, atua como unidade independente<br />
da seguradora, por isso é um modelo<br />
exclusivo. Temos o compromisso em<br />
fazer com que tudo aconteça dentro dos<br />
padrões éticos, morais, institucionais e<br />
comerciais. Também está em nossa mão<br />
a essência da criatividade nas melhorias<br />
do produto”, relata Alaor.<br />
Nesses 30 anos, o produto foi sendo<br />
aprimorado e incluídas novas coberturas<br />
e abrangências (veja acima a linha do<br />
tempo com a evolução). “Hoje, muitas<br />
companhias copiam as nossas coberturas,<br />
mas nem sabem que foram lançadas<br />
inicialmente pelo PASI”, relata Fabiana.<br />
Novidades no 30º aniversário<br />
Em setembro, o PASI apresentou<br />
uma novidade, que não é uma nova cobertura,<br />
mas sua ampliação. “Queremos<br />
revisitar coberturas já lançadas e que<br />
podem ser melhoradas”, diz a diretora<br />
Fabiana. A cobertura de doença congênita<br />
foi lançada há 26 anos, cobrindo<br />
enfermidades em filhos de trabalhadores<br />
segurados que fossem caracterizadas até<br />
o 6º mês após o parto. Agora, a cobertura<br />
vai até o 30º mês. “Em dois anos e meio a<br />
criança já anda, fala, por isso consegue-se<br />
identificar muitas outras doenças que não<br />
eram observadas até o 6º mês”, explica.<br />
Todos os beneficiários passam a contar<br />
com essa ampliação de cobertura, sem<br />
custo adicional.<br />
Investindo em benefícios para serem<br />
usados em vida pelos segurados, com<br />
o objetivo de reforçar a percepção do<br />
valor do seguro, há cerca de três anos<br />
foi implantada uma Central exclusiva do<br />
PASI, que realiza o atendimento remoto<br />
de psicólogos, nutricionistas e assistentes<br />
sociais. A partir de outubro, haverá o<br />
auxílio também de educadores físicos.<br />
“A assistência fitness complementa o serviço.<br />
Os profissionais trabalham juntos,<br />
se um segurado com problema de obesidade<br />
está em depressão por causa disso,<br />
ele passa pelo psicólogo, nutricionista e<br />
agora também educador físico”, esclarece<br />
Fabiana Resende.<br />
A próxima assistência que será<br />
lançada, entre outubro e novembro, é a<br />
recolocação profissional. Será prestada<br />
pelos psicólogos da Central em parceria<br />
com uma empresa de Recursos Humanos<br />
e oferecida para o beneficiário até seis
Pagamento<br />
antecipado/<br />
integralizado por<br />
acidente profissional<br />
Cobertura extensiva<br />
a empregados com<br />
funções domésticas<br />
Cesta Natalidade<br />
Reembolso a empresa<br />
por acidente laborativo<br />
real<br />
Assistência social,<br />
psicológica e nutricional<br />
ASPN<br />
Recolocacão<br />
profissional<br />
Nascimento de filhos<br />
com doença congêntia -<br />
30 meses<br />
Pagamento<br />
antecipado especial por<br />
consequência de doença<br />
profissional (PAED)<br />
Bônus por<br />
nascimento<br />
Coberturas de<br />
diagnóstico de câncer<br />
de mama e próstata<br />
meses após o desligamento da empresa.<br />
“Ajudamos a fazer currículo, faremos<br />
teste psicológico para ajudar a identificar<br />
potenciais e habilidades”. Um grande<br />
benefício é que todos esses serviços da<br />
Central, incluindo do RH, são extensivos<br />
à família do segurado e ao gestor, tudo<br />
sem custo adicional.<br />
Em homenagem aos movimentos<br />
Outubro Rosa e Novembro Azul, o PASI<br />
está lançando neste período o Seguro<br />
Longevidade. “Este é nosso primeiro seguro<br />
sem coberturas de morte ou acidente<br />
vinculadas, possui apenas coberturas<br />
e assistências para ampliar longevidade<br />
e melhorar a qualidade de vida”, conta<br />
Alaor. O foco desse produto é amparar<br />
segurados diagnosticados com câncer de<br />
mama ou próstata, que podem utilizar<br />
os benefícios da Central para melhorar<br />
a qualidade de vida, além de médico 24<br />
horas à disposição para orientações.<br />
Sem esquecer dos avanços tecnológicos,<br />
a empresa está repaginando site<br />
e sistemas. Segundo Fabiana, até o fim<br />
do ano estará mais fácil e simples de<br />
navegar nas plataformas, com novas funcionalidades<br />
também. “Estamos bastante<br />
animados com os seguros online. O seguro<br />
estagiário é vendido de forma 100%<br />
online e tem dado muito certo. Já são<br />
mais de mil apólices vendidas por mês,<br />
todas intermediadas pelos corretores”. A<br />
empresa desenvolveu marketplace que é<br />
colocado nos sites dos corretores e 25%<br />
das vendas já vêm dessas lojas online.<br />
Também está sendo desenvolvido<br />
o aplicativo do PASI, que até então não<br />
havia sido demandado, pois se trata de<br />
um seguro basicamente vendido para<br />
"Posso concluir que o PASI,<br />
durante esses 30 anos,<br />
sempre foi muito mais<br />
do que um negócio: uma<br />
missão a cumprir”,<br />
Alaor Silva Junior<br />
empresas. Porém, o novo app terá foco<br />
no segurado, para melhorar a interação<br />
com o cliente, oferecer mais acesso à<br />
informação. “Em nosso caso, o segurado<br />
recebe o seguro pela empresa e muitas<br />
vezes não tem acesso às apólices ou não<br />
sabe como acionar. Ele passará a contar<br />
com uma plataforma bastante interativa<br />
e de fácil acesso. Celular todos usam, o<br />
whatsapp é o principal canal pelo qual<br />
recebemos as documentações de sinistros”,<br />
argumenta Fabiana.<br />
Em linha com o futuro, a empresa<br />
iniciou estudos de inteligência artificial<br />
para propiciar melhoria na análise de<br />
sinistros. O PASI já tem cinco robôs<br />
em atividade, que trouxeram maior<br />
dinamismo para a operação e minimizaram<br />
a possibilidade de erros. Hoje<br />
são realizados, de forma automática,<br />
todo o faturamento e a movimentação<br />
de segurados. Até o fim do ano, entrará<br />
em operação uma nova versão da Cotação<br />
Express, oferecendo aos corretores<br />
adesão e implantação imediatas.<br />
“Estamos desenvolvendo um processo<br />
bem simples e inédito para o modelo<br />
de seguro de vida em grupo, que desde<br />
a cotação até a implementação é 100%<br />
online”, defende a diretora.<br />
Fechando o ano que celebra as três<br />
décadas da empresa, em breve será<br />
lançado o livro que registra esta história<br />
do PASI, com mais detalhes. Em<br />
formato moderno e atrativo, o livro traz<br />
depoimentos de pessoas que ajudaram<br />
a construir esta trajetória de sucesso,<br />
e tem vídeos que podem ser acessados<br />
pelo smartphone por meio de QR Code.<br />
O que se conclui, depois de 30 anos<br />
de atuação, é que o PASI se consolidou,<br />
mas não parou no tempo – sempre buscou<br />
inovação e mudança de posicionamento<br />
para melhor atender seu público. “Chegamos<br />
até aqui sendo prioritariamente<br />
um seguro de vida para atender entidades<br />
sindicais e suas convenções coletivas,<br />
mas agora estamos indo bem além, iremos<br />
lançar novos seguros sociais, novos<br />
produtos para a classe trabalhadora,<br />
sempre com foco em tecnologia, para<br />
que os processos sejam fáceis e rápidos,<br />
pois nossos seguros são de baixo custo,<br />
porém, com alto valor agregado”, analisa<br />
Fabiana.<br />
17
especial corretor | distribuição<br />
Conhecimento e tecnologia<br />
na distribuição dos seguros<br />
Em um mundo<br />
dominado cada vez<br />
mais por serviços<br />
e dispositivos<br />
tecnológicos, o<br />
profissional deve adotar<br />
um modelo híbrido para<br />
facilitar seu trabalho<br />
e entregar qualidade<br />
no atendimento ao<br />
consumidor<br />
Jamille Niero<br />
É<br />
inegável a influência da tecnologia<br />
no cotidiano dos consumidores<br />
e seu impacto na distribuição<br />
de produtos em todos<br />
os mercados – de alimentação a seguros.<br />
Mas isso não quer dizer que os dias estão<br />
contados para o corretor. Pelo contrário,<br />
como demonstram vários estudos da área.<br />
Um deles, da Friss, fornecedora global<br />
de soluções para mitigação de riscos e<br />
detecção de fraudes para a indústria de<br />
seguros, aponta que tradicionalmente “segurar”<br />
tem sido uma questão complicada<br />
para empresas e indivíduos, já que frequentemente<br />
eles não têm certeza de que<br />
tipo de produto ou seguradora é o mais<br />
adequado para eles, pois há muitas opções<br />
que, por vezes, diferem pouco entre si. Por<br />
esse motivo, muitos confiaram e seguem<br />
confiando no especialista - o corretor -<br />
para lhe indicar o produto que melhor<br />
atende as suas necessidades. Durante este<br />
assessoramento, os profissionais fazem<br />
uso intensivo da tecnologia, selecionando<br />
os produtos certos e avaliando os clientes<br />
(confira as cinco principais conclusões do<br />
estudo sobre a aplicação de tecnologias no<br />
setor no box da página 20).<br />
Os corretores entrevistados pela<br />
<strong>Apólice</strong> concordam que o principal papel<br />
do corretor é, e continuará sendo, o de<br />
consultor, auxiliando o cliente a encontrar<br />
a melhor opção para sua situação.<br />
“A maior parte dos clientes ainda, e por<br />
muito tempo, não vai dispensar o contato<br />
pessoal do seu consultor na área. Isso faz<br />
18
parte da segurança que queremos, pois<br />
nada nos deixa mais inseguros do que<br />
comprar algo sem o acompanhamento<br />
de um especialista. Quando nossos netos<br />
e bisnetos tiverem, no ensino básico,<br />
faculdade etc. noções gerais da área de<br />
seguros, poderemos começar a deixar<br />
de nos preocupar”, alega Auri Bertelli,<br />
presidente do Sincor-SC.<br />
Mesmo que o cenário desenhado por<br />
Bertelli aconteça em breve – com nossos<br />
filhos e netos aprendendo sobre seguros<br />
na escola - ainda assim o papel de consultor<br />
deve continuar. “O motivo é cultural”,<br />
explica Natália Oliveira, coordenadora<br />
do Centro de Pesquisa e Economia do<br />
Seguro (CPES) da Escola Nacional de<br />
Seguros. Segundo ela, a cultura do seguro<br />
é passada “de pai para filho. Muitas vezes,<br />
o pai dá o carro para o filho e já indica<br />
o corretor para fazer o seguro do bem”,<br />
exemplifica.<br />
Um estudo do ano passado feito<br />
pelo CPES indicou que há 10 anos já<br />
existia uma expectativa da área com a<br />
inovação e que a tecnologia impactasse<br />
na distribuição.<br />
Mas não foi exatamente o que aconteceu.<br />
Na prática, apurou-se que apesar<br />
de atualmente o consumidor buscar na-<br />
❙❙<br />
Auri Bertelli, do Sincor-SC<br />
turalmente informações online, momento<br />
impulsionado pela chegada à maturidade<br />
da Geração Y e pela geração Z, o mercado<br />
de seguros no Brasil, setor tradicionalmente<br />
conservador, está sendo um dos<br />
últimos a ser impactado pela revolução<br />
que a tecnologia da informação trouxe<br />
com a divulgação e a comercialização<br />
de serviços ou produtos pela internet.<br />
O levantamento cita vários estudos que<br />
reforçam a teoria, como uma pesquisa<br />
publicada pela Folha de São Paulo em<br />
2015 com executivos das cinco principais<br />
corretoras de seguros online, cujo texto<br />
afirma que na corretora online o cliente<br />
fecha a compra somente pelo telefone.<br />
GRÁFICO<br />
Canais de distribuição que ganhariam maior importância até<br />
2015, conforme opinião dos principais executivos das<br />
seguradoras que operavam no mercado brasileiro em 2009<br />
Corretor<br />
Internet<br />
Varejistas<br />
Agência Bancária<br />
Call center<br />
Empresas de utilidades<br />
Worksite marketing<br />
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60%<br />
Fonte: Accenture e Rating de Seguros Consultoria, 2009
distribuição<br />
1<br />
O ASSESSORAMENTO<br />
PESSOAL AINDA ESTÁ<br />
VIVO E É CADA VEZ MAIS<br />
APOIADO NA TECNOLOGIA<br />
TECNOLOGIA NOS CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO DE SEGUROS<br />
Porém, os corretores estão principalmente envolvidos no aconselhamento e<br />
no gerenciamento de produtos de seguro mais complexos, como seguro de<br />
renda e pensão ou seguro para empreendedores e seus negócios. Durante o<br />
assessoramento, os provedores de seguros fazem uso intensivo da tecnologia,<br />
selecionando os produtos certos e avaliando os clientes.<br />
2<br />
A IMPORTÂNCIA DA INTERNET<br />
E A CAPACIDADE DE SOLICITAR<br />
UM SEGURO E REPORTAR UM<br />
SINISTRO DIRETAMENTE VÃO<br />
CONTINUAR AUMENTANDO<br />
3<br />
APLICAÇÕES MÓVEIS<br />
BASEADAS EM TECNOLOGIA<br />
ALTAMENTE SOFISTICADA<br />
SÃO A NOVA TENDÊNCIA<br />
4<br />
EM CADA UM DOS CANAIS,<br />
DO PONTO DE VISTA DA<br />
SOCIEDADE, MAS CERTAMENTE<br />
TAMBÉM DOS CONSUMIDORES,<br />
A DETECÇÃO DE FRAUDES E A<br />
ANÁLISE AUTOMATIZADA DE<br />
RISCOS SÃO INDISPENSÁVEIS<br />
5<br />
QUASE TODAS AS EMPRESAS<br />
INVESTEM EM ANÁLISES DE<br />
RISCO AUTOMATIZADAS OU<br />
(DEVEM) FAZÊ-LO<br />
Nos acostumamos a usar a internet ou mesmo o telefone ao escolher e contratar<br />
um seguro comum e, quase sempre, do tipo geral. Isso também se aplica<br />
ao gerenciamento de sinistros. O segurado fará isso sozinho e será orientado<br />
e aconselhado por sistemas automatizados. A interface faz parte de um site e<br />
pode ser usada em todos os dispositivos.<br />
Um exemplo são os aplicativos em aeroportos, quando perguntam ao passageiro<br />
se quer fazer um seguro de viagem pelo período de sua estada e que, uma<br />
vez no destino, apontam para o passageiro alguns riscos, permitindo opcionalmente<br />
ajustar a cobertura de acordo com os riscos detectados. Isso funciona<br />
com base em subscrições que podem ser ativadas ou desativadas, criando<br />
mais possibilidades de segurar bens específicos diretamente e no curto prazo<br />
De uma perspectiva de controle de fraude automatizada, parece que o canal de<br />
distribuição on-line está crescendo muito rapidamente. No entanto, essa aparência<br />
pode ser um pouco enganosa, já que muitas companhias de seguros (ainda)<br />
oferecem serviços em múltiplos canais e desenvolvem seus canais on-line, além<br />
dos canais pessoais. Para a detecção de fraudes e análise automatizada de riscos,<br />
a maioria das empresas de seguros organiza os dois canais da mesma maneira.<br />
Ao fazer uma avaliação, o assessor de seguros pode confiar na análise de risco<br />
automatizada, mas, sem dúvida, sua própria avaliação pode influenciar no resultado,<br />
levando em conta as circunstâncias pessoais de quem solicita o seguro.<br />
Na análise automatizada de risco através do canal direto, o procedimento é<br />
bem diferente. Com base nos critérios que a empresa usa, o sistema é capaz de<br />
tomar uma decisão rapidamente. Em alguns casos, o sistema recomendará que<br />
um consultor verifique os dados e, portanto, a decisão seja adiada.<br />
No ambiente de seguros “sob demanda”, isso não será possível, cada vez que o<br />
objetivo é tomar uma decisão rápida em todos os momentos. Portanto, ele deve<br />
operar com base em grandes quantidades de dados de um grande número de<br />
fontes públicas e privadas.<br />
Fonte:Friss<br />
20
Outra pesquisa assinalada pelo CPES<br />
é da Wharton University, que mostrou que<br />
embora os mais jovens estejam em busca<br />
de soluções na internet, os brasileiros<br />
são leais às suas corretoras, instituições<br />
há muito enraizadas no país. Além disso,<br />
há o modelo de comercialização praticado<br />
pelos bancos, em que essas instituições<br />
são as principais distribuidoras de seguro<br />
de vida, de maneira que as insurtechs e<br />
os novos canais de distribuição ainda têm<br />
um longo caminho pela frente no mercado<br />
brasileiro.<br />
Ademais, uma pesquisa com consumidores<br />
virtuais (que compraram rotineiramente<br />
na internet nos últimos três anos)<br />
realizada pelo Serviço de Proteção ao<br />
Crédito (SPC Brasil) em 2015, indagando<br />
o que estes jamais comprariam pela web,<br />
constatou que o seguro é o item que possui<br />
o maior índice de rejeição para compra<br />
online. Um dos motivos é que o perfil<br />
deste consumidor ainda não se encaixa<br />
❙❙<br />
Natália Oliveira, da CPES<br />
com o perfil do consumidor de seguros.<br />
Enquanto o primeiro é majoritariamente<br />
jovem, tendo entre 16 e 24 anos, do sexo<br />
masculino, o segundo, conforme pesquisa<br />
SPC Brasil 2015, possui acima de 35 anos.<br />
“Existe um conservadorismo e um papel<br />
de confiança no corretor, principalmente<br />
em relação aos seguros que não são os mais<br />
básicos. Não gostamos de ler, mas sim de<br />
ouvir. Não estamos preparados para ler a<br />
apólice, todas as cláusulas. Precisamos<br />
que alguém de confiança explique o<br />
que cobre e o que não cobre”, ressalta<br />
Natália. É diferente de um seguro viagem,<br />
por exemplo, que teoricamente é<br />
mais simples e costuma ser contratado<br />
pela internet – ao fechar a compra de<br />
uma viagem neste mesmo meio. Ela<br />
acredita que o que pode atrair o público<br />
mais jovem, da faixa etária que já<br />
confia mais e consome pela internet,<br />
são produtos novos. Para o corretor se<br />
mostrar atraente para quem compra<br />
online (público que tem crescido a cada<br />
ano - no primeiro semestre de 2019,<br />
5,3 milhões de consumidores fizeram<br />
a sua primeira compra online, segundo<br />
pesquisa da Ebit/Nielsen), a coordenadora<br />
do CPES dá três recomendações:<br />
1-se especializar; 2-conhecer os novos<br />
produtos e estar apto a ser questionado;<br />
e 3-incorporar a tecnologia ao<br />
atendimento (com ferramentas como
distribuição<br />
WhatsApp, um Fale Conosco ágil e não<br />
se prender tanto ao “horário comercial”).<br />
Uma possibilidade é a de estar aberto<br />
a parcerias, como as oferecidas pelas<br />
insurtechs que despontam no mercado.<br />
A ideia é um trabalho em conjunto entre<br />
elas, seguradoras e corretores, permitindo<br />
ainda um acompanhamento mais eficiente<br />
no pós-venda, como a visualização<br />
de sinistros de forma mais rápida, por<br />
exemplo. O papel do corretor focaria<br />
mais na distribuição e na publicidade do<br />
seguro, além, é claro, de ser a figura que<br />
representa a responsabilidade – ou seja,<br />
com quem o cliente vai falar e onde ela<br />
depositará a sua confiança.<br />
Esta é, na opinião de Carlos Valle,<br />
presidente do Sincor-PE, a principal característica<br />
do corretor, que vai mantê-lo<br />
relevante para o mercado: a humanização.<br />
Ele concorda com a importância de<br />
estar disponível para atender o cliente<br />
nos diferentes meios que existem hoje<br />
(aplicativos de mensagens, email etc).<br />
Porém, Valle ressalta a necessidade de<br />
se dedicar a um passo anterior: captar<br />
o cliente, descobrindo a forma ideal de<br />
“aparecer” para ser "encontrado" quando<br />
o cliente buscar a proteção que deseja.<br />
“Continua a mesma coisa. Antigamente,<br />
os profissionais eram referenciados por<br />
telefone. Hoje as pessoas estão referenciando<br />
pela internet, usando uma nova<br />
forma de comunicar. Mas continuamos<br />
nos comunicando”, aponta, ao reforçar a<br />
cultura brasileira de depositar confiança<br />
no corretor de seguros, que é indicado<br />
não só de pai para filho como também<br />
entre familiares e amigos. Uma forma de<br />
reforçar a confiança da categoria, para ele,<br />
seria a exigência da inclusão do registro<br />
na Susep nas ofertas/divulgação, assim<br />
como acontece em outras áreas e com<br />
outros profissionais (como os corretores<br />
de imóveis que devem indicar o registro<br />
no Creci nas vendas).<br />
Futuro<br />
O investimento em tecnologia por<br />
parte das seguradoras só deve crescer.<br />
Um exemplo é o apontado em um estudo<br />
publicado este ano pela Juniper Research,<br />
especializada em pesquisas de mercado e<br />
bussiness inteligence, que indica que as<br />
seguradoras gastarão US$ 634 milhões<br />
❙❙Juliana Frota e Nelson Paiva, da Laado<br />
em soluções de RPA (Robotic Process<br />
Automation – software desenvolvido para<br />
reduzir custos operacionais automatizando<br />
tarefas repetitivas básicas) até 2024,<br />
passando de US$ 184 milhões em 2019.<br />
Para Juliana Frota e Nelson Paiva,<br />
sócios na Laado Vida e Previdência,<br />
consultoria focada em seguros de vida, de<br />
saúde e previdência, o que deve prevalecer<br />
é um modelo híbrido, que permita que o<br />
corretor adote cada vez mais uma postura<br />
de consultor, fornecendo seu conhecimento<br />
(especialmente em seguros de property,<br />
pessoas ou outros mais complexos) aos<br />
clientes por meio das ferramentas online,<br />
em função da falta de tempo que permeia<br />
o cotidiano de todos.<br />
Eles contam que usam a tecnologia<br />
como apoio na distribuição de seguros<br />
de duas formas. A primeira é na educação<br />
financeira e conscientização da<br />
necessidade de proteção, considerando<br />
os três tipos de produtos que comercializam<br />
(saúde, vida e previdência). Neste<br />
caso, a aposta é principalmente nas redes<br />
sociais. “Usamos muito o Instagram<br />
para criar conscientização das pessoas.<br />
Por lá elas acabam interagindo e viram<br />
leads (clientes). Nos procuram por ali e aí<br />
fazemos contato via videoconferência ou<br />
WhatsApp, por exemplo, para mais detalhes”,<br />
comenta Paiva, adicionando que a<br />
corretora possui hoje clientes fora do Rio<br />
de Janeiro, onde estão baseados, graças ao<br />
segundo formato de “apoio” da tecnologia<br />
na distribuição, que é a possibilidade de<br />
contratação remota. Das 15 seguradoras<br />
com as quais eles trabalham hoje, a maioria<br />
permite fechar algum contrato online.<br />
“Muitas facilitaram. Hoje temos casos de<br />
companhias que aceitam só o contrato em<br />
pdf assinado, outras fazem entrevista via<br />
teleconferência com o cliente e outras já<br />
permitem transação 100% eletrônica”,<br />
exemplifica Juliana.<br />
O que todos os corretores consultados<br />
pela reportagem acreditam é que o<br />
papel deste profissional deve mudar, sim,<br />
ao longo do tempo, transformando-se<br />
cada vez mais em consultivo e adotando<br />
a tecnologia a seu favor, para facilitar as<br />
atividades – especialmente as burocráticas<br />
– e a interação com o cliente. Porém,<br />
dificilmente a máquina vai substituir o<br />
essencial, que é a empatia e entender a<br />
necessidade do consumidor.<br />
“Na minha trajetória no mercado,<br />
isso já passando dos 50 anos, parte como<br />
segurador e hoje como corretor, assisti<br />
muitas mudanças e o corretor foi se adaptando<br />
e sobreviveu. Naturalmente que no<br />
momento atual não tem mais lugar para<br />
amadores e o corretor precisa, indiscutivelmente,<br />
abrir a cabeça para o novo.<br />
Capacitar pessoas para que uma equipe<br />
treinada nas novas tecnologias o ajude<br />
nesta fase de transição”, finaliza Bertelli,<br />
do Sincor-SC.<br />
22
especial corretor | profissão<br />
As mudanças e a evolução<br />
da profissão dos corretores<br />
de seguros<br />
Como as transformações<br />
na sociedade, no país e<br />
no mercado impactaram<br />
a corretagem ao longo<br />
das décadas<br />
Thaís Ruco<br />
Os desafios na corretagem de<br />
seguros, como em qualquer<br />
outra profissão, sempre<br />
existiram. Hoje vemos um<br />
mercado complexo e cheio de mudanças,<br />
mas, em outras épocas, as transformações<br />
também existiram e, quando se vive um<br />
desafio, parece que ele é maior do que<br />
todos os outros.<br />
Quem iniciou lá atrás sente a tranquilidade<br />
de ter se adaptado e sobrevivido<br />
às novas fases. Temores vêm e vão,<br />
como a entrada da comercialização de<br />
seguros via bancos, o início da internet,<br />
o bug do milênio e, agora, a revolução<br />
tecnológica, com as insurtechs e o seguro<br />
online. Conversamos com corretores de<br />
diversas épocas e gerações para saber<br />
mais sobre o que mudou na profissão nos<br />
últimos tempos.<br />
24<br />
Década de 60<br />
O corretor de seguros João Borges<br />
Paraguassu Neto iniciou sua carreira<br />
em seguros de vida em grupo em 1961,<br />
como inspetor em seguradoras, chegando<br />
a gerente de produção em todos<br />
os ramos. Em 1988, fundou sua própria<br />
empresa, a Paraguassu Corretora de Seguros,<br />
em atividade até hoje. Na avaliação<br />
de Paraguassu, a principal mudança<br />
vivida pelo mercado nesses anos foi a<br />
chegada dos computadores. “O mercado<br />
mudou consideravelmente seu modus<br />
operandi com a chegada do computador.<br />
Ficou mais fácil, não dependíamos mais<br />
da matriz da seguradora para realizar<br />
procedimentos, a grande maioria era<br />
nas sucursais, inclusive liquidação de<br />
sinistro, ficando a cargo da matriz os<br />
sinistros vultosos”, conta. Ele acredita<br />
que a implantação de sistemas e programas<br />
das seguradoras facilitou muito<br />
o desempenho dos corretores. “Hoje o<br />
corretor, de posse de um notebook, tem<br />
condições de atender com presteza o seu<br />
cliente de qualquer parte do Brasil”. No<br />
❙❙João Borges Paraguassu Neto
entanto, essa transformação fez com o<br />
que o corretor se afastasse dos clientes.<br />
“Usa-se muito o e-mail, somente em seguros<br />
de maiores riscos temos a presença<br />
do corretor”. Por outro lado, ele sente<br />
que o mercado melhorou bastante em<br />
decorrência da divulgação do seguro.<br />
“A mídia mostra ao cliente a necessidade<br />
de garantir o seu patrimônio no caso em<br />
que ocorra um sinistro”.<br />
Década de 70<br />
Nelson Uzeda iniciou como técnico<br />
em seguros em 1979 e se habilitou como<br />
corretor em 1981. Em sua visão, a grande<br />
transformação do mercado de seguros<br />
brasileiro se deu a partir de 1992, quando<br />
o Conselho Nacional de Seguros Privados<br />
implantou um plano diretor que<br />
permitiu às seguradoras criarem seus<br />
❙❙<br />
Nelson<br />
produtos, na forma de planos conjugados,<br />
e oferecerem para o mercado com custo<br />
reduzido. “Antes, os seguros eram contratados<br />
dentro de cada modalidade, com<br />
apólices individuais – automóvel, incêndio,<br />
roubo, lucros cessantes, maquinário,<br />
vida. Esse plano diretor permitiu que<br />
todos esses ramos fossem aglutinados<br />
em um modelo, denominado produto,<br />
que é como temos hoje no mercado.<br />
Por exemplo, um seguro de condomínio<br />
cobre incêndio, a vida de um funcionário,<br />
roubo, tudo dentro de uma apólice<br />
única, de forma simplificada”, relata.<br />
Para Uzeda, isso permitiu um avanço<br />
considerável e uma redução de custos<br />
nas seguradoras. No entanto, apesar da<br />
melhoria na condição de comercialização,<br />
que passou a acontecer de forma<br />
mais prática, houve pontos negativos<br />
também. “O mercado era mais técnico,<br />
os seguradores tinham mais preocupação<br />
em conhecer o risco, orientar, fazer<br />
plantas. Hoje percebo uma coisa muito<br />
mais dinâmica, muito mais eletrônica,<br />
não vejo muita preocupação das seguradoras<br />
em se aprofundar em cada risco”,<br />
aponta. “Hoje temos produtos lançados<br />
de forma compacta, prática, a venda de<br />
seguros é feita na ponta com agilidade.<br />
Com um celular é possível contratar<br />
um seguro, coisa que no passado não<br />
conseguiria, porque tinha que verificar<br />
várias tarifas e, a depender do seguro que<br />
fosse contratado, o cidadão poderia ficar<br />
o dia inteiro para enquadrar esse seguro.<br />
Seja no multirrisco, no ramo de pessoas,<br />
no ramo de automóvel, agregam-se<br />
coberturas de automóvel à residência<br />
do segurado, assistência emergencial,<br />
produtos que já oferecem assistência<br />
jurídica. O mercado de seguros é mais<br />
pujante e a tecnologia possibilitou tudo<br />
isso. No entanto, esta mesma tecnologia<br />
está afastando um pouco a figura do<br />
corretor junto ao segurado e isso me<br />
preocupa muito”, relata Uzeda, que não<br />
para de se atualizar.<br />
Década de 80<br />
Marilúcio Dantas Ramos iniciou sua<br />
carreira em julho de 1981, na Unidade<br />
Central e Planejamento de Vendas da<br />
Bradesco, que depois se tornou a corretora<br />
Bradescor. “Naquela época, estava<br />
iniciando o processo de venda nas agências<br />
do banco. Os produtos eram poucos,<br />
apenas incêndio, seguros de automóvel e<br />
acidentes pessoais. Depois, a empresa se<br />
tornou a Bradescor. Vendíamos seguros<br />
para a Atlântica Seguradora até que,<br />
em 1987, o banco Bradesco comprou a<br />
companhia e criou a Bradesco Seguros,<br />
lançando uma série de produtos”. Ele<br />
conta que, em 1990, com a abertura<br />
do mercado, companhias estrangeiras<br />
adquiriram brasileiras e o que aumentou<br />
a concorrência e a oferta de produtos.<br />
“Em abril de 1991, houve um processo<br />
que chamou atenção no Brasil: a terceirização<br />
da Bradescor. Nós, funcionários,<br />
teríamos que nos tornar corretores de<br />
seguros. A companhia nos demitiu e<br />
passou determinada região de atuação<br />
para cada um”. Assim, em 1993, Ramos<br />
se habilitou corretor em sociedade com o<br />
colega, que era seu chefe. “Nos primeiros<br />
18 anos desta sociedade, estava muito<br />
bom o processo de vendas, ganhando<br />
boas comissões, muitos produtos novos.<br />
No fim, começamos a ter mais despesas<br />
do que lucros, porque precisávamos colocar<br />
mais vendedores nas agências, pela<br />
multiplicidade de produtos. Nesse mesmo<br />
❙❙<br />
Marilucio Dantas Ramos<br />
Uzeda 25
profissão<br />
❙❙<br />
Rogério Araújo<br />
período, houve uma conquista de direitos<br />
trabalhistas por parte dos sindicatos e<br />
nossa folha de pagamento ia crescendo e<br />
o lucro diminuindo”, recorda. Os sócios<br />
conversaram com a seguradora com o<br />
objetivo de repassar as agências, gratuitamente,<br />
aos funcionários que colaboraram<br />
com a corretora. Foram mais cinco anos<br />
com o sócio, de maneira independente, e<br />
nos últimos cinco anos cada um montou<br />
sua empresa. Ele ficou com a Nova Liderança<br />
Corretora de Seguros.<br />
Para o corretor, antes o mercado<br />
era mais tranquilo. “Apesar de trabalhar<br />
mais, nós tínhamos uma demanda grande<br />
para pouca oferta, ganhávamos dinheiro,<br />
vendíamos seguro sem desconto.<br />
Atualmente, temos transformações que<br />
estamos tentando aprender a conviver<br />
para permanecer no mercado: competitividade,<br />
crescimento do mercado e a<br />
internet”.<br />
Rogério Araújo, sócio da TGL Consultoria,<br />
iniciou no mercado de seguros<br />
em 1985, como office-boy da Bamerindus<br />
Seguros. Já em 1986 se tornava técnico de<br />
seguros dos ramos incêndio e aeronáutico.<br />
Trabalhou ainda em outras seguradoras,<br />
sempre na área técnica. “Em 1998 foi<br />
❙❙Etevaldo Almeida<br />
26<br />
o meu primeiro contato com o seguro de<br />
vida, como agenciador de uma corretora<br />
de seguros e, em 1999, me formei corretor<br />
de seguros vida e previdência, imediatamente<br />
me apaixonando pelo propósito de<br />
proteger vidas e famílias”. Em 2004, por<br />
“pressão” dos clientes, se formou corretor<br />
de seguros pleno, para atender a demanda<br />
do ramo automóvel.<br />
Para Araújo, o mercado era muito<br />
concentrado na carteira de automóveis e<br />
o corretor de seguros era como um canal<br />
de tomada de preços. Hoje, ele percebe<br />
que o mercado mudou, o corretor focado<br />
em vida e previdência complementar<br />
passou a ser tratado como “especialista”,<br />
pessoa respeitada por seus pares corretores<br />
e assediada pelas seguradoras, que<br />
enxergam no ramo a solução para uma<br />
carteira rentável e recorrente. “Inegavelmente,<br />
a população brasileira passou a<br />
ter uma melhor qualidade de vida, houve<br />
aumento da renda da população, aliada<br />
a estabilidade econômica, mesmo com<br />
pequenos momentos de crises, com o<br />
controle da inflação, o que permitiu e<br />
incentivou a cultura de poupança e proteção”,<br />
afirma Araújo.<br />
Em sua visão, o mercado está mais<br />
atrativo para aqueles corretores que atuam<br />
de forma consultiva, com foco em<br />
atender as necessidades de seus segurados,<br />
agregando valores. “Porém, para o<br />
corretor que ainda insiste em atuar com<br />
um único produto, por exemplo, o ramo<br />
automóvel, o cenário é desanimador e<br />
preocupante, pois enfrentará a cada dia<br />
uma concorrência maior, com redução<br />
das margens de remuneração e processo<br />
de vendas online que será mais presente”.<br />
O corretor de seguros Etevaldo Almeida<br />
ingressou no mercado em 1986<br />
por conta da Bradescor. Em 1996, se<br />
tornou corretor de seguros e abriu sua<br />
própria empresa. “No início, o número<br />
de profissionais era bastante reduzido e o<br />
conceito de seguro era menos difundido.<br />
Os profissionais do ramo eram generalistas<br />
e as seguradoras ofereciam pouca<br />
variação e inovação, exceto no ramo<br />
de automóveis, onde havia dinamismo.<br />
Outro sintoma era o crescimento desordenado<br />
por parte das seguradoras, sem<br />
se importarem com os resultados, coisa<br />
que descobriu-se ser imprudente, já que o<br />
melhor resultado passou a ser perseguido<br />
sem necessariamente brigar pelo ranking<br />
entre estas seguradoras”.<br />
Segundo ele, com o advento da<br />
internet e, consequentemente, da venda<br />
de produtos de forma virtual, corretoras<br />
de outros campos passaram a ameaçar<br />
empresas locais, fazendo surgir profissionais<br />
mais especializados em outros<br />
ramos, o que acabou contribuindo para<br />
o surgimento de novos produtos e, até<br />
mesmo, do aperfeiçoamento de produtos<br />
já existentes. Outro fator que também<br />
contribuiu com a inovação foi a chegada<br />
de seguradoras estrangeiras para atuarem<br />
no Brasil.<br />
Década de 90<br />
Vinicius Porto iniciou sua carreira<br />
em 1997, na corretora de seu pai. “Meu<br />
pai é corretor de seguros e cresci neste<br />
meio, sempre indo para o escritório, frequentando<br />
os eventos do setor. Em 1997,<br />
passei a trabalhar na corretora, onde<br />
tive a oportunidade de conhecer e atuar<br />
em todos os departamentos”, lembra.<br />
Alguns anos depois, foi trabalhar em<br />
uma seguradora onde pôde conhecer<br />
outro lado do mercado. “Logo percebi<br />
que gostava mesmo era da corretagem”.<br />
Em 2003, montou sua própria corretora,<br />
onde permaneceu até o final de 2009. No<br />
início de 2010, participou de uma junção<br />
de corretoras para ganhar forças e unir<br />
experiências, que resultou na Corrente<br />
Corretora de Seguros, onde está até hoje.<br />
“O desafio maior era o de conhecimento<br />
e de convencimento por parte dos<br />
clientes. Não existia tanta informática,<br />
os processos eram manuais, não existia<br />
tantos produtos disponíveis no mercado<br />
para serem contratados. Nos seguros<br />
❙❙Vinicius Porto
de auto, por exemplo, os cálculos eram<br />
feitos manualmente e sem existência de<br />
perfil de condutor”, afirma. As principais<br />
transformações foram ligadas à tecnologia,<br />
cultura e mídia. Elas impactaram<br />
positivamente, uma vez que o seguro se<br />
tornou mais difundido, criando oportunidades<br />
e novos produtos para atender a<br />
população. “Entendo que está mais fácil<br />
de trabalhar, pois possuímos mais nichos<br />
a serem explorados. Porém, se exige uma<br />
maior qualificação e especialização do<br />
corretor de seguros”.<br />
Década de 2000<br />
Alex de Lima Miranda começou<br />
sua trajetória no mercado de seguros<br />
em 2000, aos 17 anos de idade, como<br />
office-boy de uma corretora, em 2005<br />
se tornou auxiliar administrativo e passou<br />
a angariar clientes externos como<br />
preposto. Concluiu o curso de corretor<br />
de seguros e se formou em Administração<br />
de Empresas, criando, em 2007,<br />
❙❙Alex de Lima Miranda<br />
a Adminseg Corretora de Seguros. “O<br />
momento era de muitos desafios, eu tinha<br />
24 anos e poucos recursos. Porém enxergava<br />
muitas oportunidades pela frente e,<br />
realmente, ampliamos nosso quadro de<br />
atendimento e a quantidade de clientes<br />
a cada ano”.<br />
De lá para cá, ele avalia que o<br />
corretor de seguros deixou de ser um<br />
mero tradutor de contrato ou tirador<br />
de pedidos para ser um verdadeiro<br />
consultor de serviços e benefícios. “É<br />
preciso conhecimento e uso de tecnologia<br />
para atender o cliente como ele deseja,<br />
postura comercial e técnica alinhadas,<br />
conhecimento em vários produtos, mais<br />
generalista e menos especialista, alguém<br />
que crie elos de relacionamento amplos e<br />
demonstre conhecimentos em relação à<br />
vida do cliente, tanto em nível patrimonial<br />
como pessoal”, pontua.<br />
Para Miranda, o mercado evoluiu e<br />
ficou mais seletivo, com consumidores<br />
mais exigentes. Para o profissional acomodado<br />
o mercado piorou, porém para<br />
quem se atualiza surgiu um mar de oportunidades.<br />
“Sinto-me inserido neste novo<br />
profissional, que automatiza processos e<br />
que atende seu cliente em todas as suas<br />
demandas”.<br />
João Arthur Baeta Neves ingressou<br />
no mercado de seguros em 2009 como<br />
estagiário da Baeta Assessoria e hoje<br />
é diretor da empresa, dando suporte<br />
a mais de 1.600 corretores em todo o
profissão<br />
❙❙<br />
João Arthur Baeta Neves<br />
Brasil. “Sou apaixonado por tecnologia<br />
e inovação para corretores de seguros”,<br />
diz. Ele conta que, quando começou,<br />
estavam surgindo as primeiras corretoras<br />
online do mercado, com projetos<br />
audaciosos. “Como nosso trabalho é dar<br />
suporte, principalmente, aos pequenos e<br />
médios corretores, ficamos preocupados<br />
com o futuro do mercado, pois tudo<br />
levava a crer que estas corretoras online<br />
dominariam. Em 2012, criamos um sistema<br />
para inserir estes pequenos e médios<br />
corretores no mundo digital. Naquela<br />
época, os corretores em geral tinham<br />
bastante preconceito em captar clientes<br />
pela internet. Fizemos um trabalho árduo<br />
para colocar na cabeça deles que a<br />
internet veio para aumentar a carteira de<br />
clientes e não para tirar seus segurados”.<br />
Segundo ele, com o passar do tempo,<br />
os corretores começaram a entender que<br />
não basta ter um processo todo online se<br />
o atendimento e a consultoria não forem<br />
de qualidade. “Com isso, paralelamente<br />
ao suporte aos corretores, criei empresa<br />
de marketing digital, oferecendo estrutura<br />
para que os profissionais se apresentassem<br />
com profissionalismo na internet (site,<br />
identidade visual, video marketing, gestão<br />
de redes sociais, anúncios, leads etc)”<br />
Ele conta que, quando começou, os<br />
corretores de seguros tinham um pé atrás<br />
em relação aos clientes da internet e a<br />
grande maioria evitava este canal. Hoje<br />
já é diferente. “A maioria sabe que um<br />
dos principais canais de prospecção é<br />
justamente a internet. Obviamente, hoje<br />
a concorrência é maior. É muito raro um<br />
cliente renovar um seguro sem consultar<br />
valores na internet. Porém, por outro<br />
lado, a internet traz um mar sem fim para<br />
explorar novos clientes, novos nichos e<br />
novos ramos de seguros”.<br />
28<br />
A conectividade, para ele, foi certamente<br />
a maior transformação da<br />
sociedade e do setor, que impactou na<br />
profissão do corretor de seguros. “Talvez<br />
esteja mais difícil de manter condições<br />
de apólices por conta da concorrência,<br />
mas, por outro lado, está muito mais fácil<br />
de administrar a corretora e a carteira,<br />
pois existem dezenas de novas ferramentas<br />
que auxiliam o corretor, facilitando<br />
todos os processos”.<br />
Década de 2010<br />
Carlos Aguiar começou no ramo em<br />
2014, vindo do setor imobiliário. Iniciou<br />
atuando em agências Bradesco e, em<br />
2018, já com certa experiência e conhecimento<br />
do mercado, resolveu abrir sua<br />
própria corretora de seguros, a Aguiar<br />
Corretora de Seguros.<br />
“As mudanças estão acontecendo<br />
e estou inserido neste contexto, nessa<br />
‘turbulência’. A principal mudança que<br />
observo, além da tecnológica, é as companhias<br />
começarem a atuar em ramos<br />
que não tinham expertise, por exemplo na<br />
área financeira. Isso ainda gera certa desconfiança,<br />
tanto pelo cliente como pelo<br />
corretor. Mas acredito que o mercado vai<br />
selecionar quem ficará e onde atuará”.<br />
Aguiar analisa que o mercado está<br />
pensando muito em tecnologia, que beneficia<br />
principalmente os mais jovens,<br />
porém esquece um público que consome<br />
muito seguro, que são os idosos. “O maior<br />
impacto é para essa geração que, de certa<br />
forma, tem dificuldade no manuseio de<br />
ferramentas tecnológicas, como a mobile.<br />
Queremos simplificar, fazendo vistoria<br />
por aplicativo, mas pode dificultar bastante<br />
para esse consumidor. As companhias<br />
só veem que é econômico”.<br />
❙❙Duilly Cicarini<br />
❙❙<br />
Carlos Aguiar<br />
O mercado está em aprendizado para<br />
todos os envolvidos, segundo Aguiar. “São<br />
muitas mudanças, a maioria no setor tecnológico.<br />
É um processo contínuo e todos<br />
terão que fazer os seus ajustes”.<br />
Duilly Cicarini ingressou em seguros<br />
em 2014, vindo da área de telefonia, ao<br />
vislumbrar um mercado de oportunidades.<br />
“Após um período trabalhando<br />
como um corretor multiproduto, cheguei<br />
à conclusão de que teria mais destaque se<br />
me especializasse”. Em 2015, o mercado<br />
de seguro de bicicleta ainda era muito<br />
incipiente.“Como triatleta, havia muita<br />
identidade com o mercado e conhecia<br />
as necessidades do meu cliente, o que<br />
me fez criar a Velo Corretora no final de<br />
2015 e, desde então, nosso propósito foi<br />
nos tornarmos a principal referência neste<br />
segmento”.<br />
Antes de completar quatro anos,<br />
Cicarini lembra que o que era inovação<br />
em 2015, como automação de marketing,<br />
vendas por whatsapp, SEO, produção<br />
de conteúdo e jornada digital, hoje tem<br />
sido a norma. “Costumo dizer que um<br />
corretor que não adotou tudo isto já está<br />
em desvantagem e terá sua sobrevivência<br />
ameaçada no futuro, em que Inteligência<br />
Artificial (IA), aprendizado de máquina,<br />
Blockchain, chatbots e redes neurais são<br />
parte do vocabulário de quem pensa em<br />
inovação nos dias de hoje”.<br />
Segundo ele, enquanto muitos corretores<br />
reclamam das associações veiculares,<br />
seu olhar está voltada para o fenômeno<br />
das Insurtechs e Fintechs, que estão se<br />
tornando canais de distribuição atraentes<br />
para as seguradoras e entregam valor em<br />
vez de simplesmente intermediar. “Vejo as<br />
associações como um sintoma; um câncer<br />
instalado em um corpo envelhecido que<br />
tende à morte, no sentido de renascimento.
Precisamos ter um olhar para quem serão<br />
os protagonistas deste renascimento do<br />
mercado de seguros e como será o corretor<br />
2.0, 3.0”.<br />
Em sua visão, muitas seguradoras já<br />
entenderam que é mais barato, escalável<br />
e mesmo rentável aliar-se a empresas<br />
com olhar para o futuro, que são capazes<br />
de pensar novos produtos, atingir canais<br />
de distribuição não convencionais e até<br />
mesmo assumir responsabilidades de<br />
subscrição e regulação com mais segurança,<br />
em muitos casos.<br />
Mariluce Coelho Ferreira iniciou em<br />
2017 como corretora de seguros, depois<br />
de 30 anos como bancária. “Sabia que<br />
trabalhar com seguros seria uma consequência<br />
natural. Fiz pesquisa de mercado<br />
para entender as mudanças de ciclos e<br />
como ser empreendedora, dona do própria<br />
negócio, realização de quem trabalha<br />
a vida inteira como funcionária”. Fez o<br />
curso e montou a primeira corretora, sem<br />
pensar muito em marca e um nome forte.<br />
❙❙Mariluce Coelho Ferreira<br />
“Não tive dúvidas que iria atuar com vida<br />
e previdência, que é o carro chefe da minha<br />
empresa. Era o que tinha muito mais a<br />
ver comigo, até porque passei dificuldades<br />
financeiras quando perdi minha mãe e<br />
não tinha seguro”. Recentemente, contratou<br />
uma empresa de branding e mudou o<br />
nome da corretora para Amarone. “Fazer<br />
um seguro de vida é amar e one é número<br />
um”. Nestes poucos anos de atuação o que<br />
mudou no mercado foi que, com a crise<br />
financeira, os profissionais precisavam se<br />
reinventar e dar atenção para outros produtos.<br />
“Esse reflexo não me afetou porque<br />
já entrei com esse pensamento, mas os<br />
corretores mais tradicionais precisaram<br />
repensar suas corretoras, deixar de focar<br />
só no automóvel, buscar ramos para dar<br />
mais longevidade à sua empresa. Por isso,<br />
vemos que no último ano o seguro de<br />
vida cresceu mais do que automóvel, algo<br />
jamais visto”. Para ela, também contribui<br />
o fato de que houve uma mudança social,<br />
há mais mulheres atuando como chefes<br />
de família e estas são mais conscientes e<br />
atentas ao seguro de vida.<br />
“Já entrei com esta onda de mudanças<br />
e esta visão dos seguros de pessoas.<br />
Minha oportunidade de mercado é muito<br />
maior. Percebo nos profissionais mais<br />
antigos um incômodo justamente pelos<br />
profissionais mais novos, como eu, terem<br />
um novo olhar sobre os negócios, de<br />
consultoria e atenção ao cliente como<br />
um todo”.
evento | congresso brasileiro<br />
Foco no combate ao<br />
mercado marginal<br />
Anúncio de que as seguradoras finalmente<br />
entrarão no combate às associações de proteção<br />
veicular tomam conta das discussões. Susep<br />
anuncia que corretores já têm maturidade para a<br />
autorregulação<br />
Um evento cheio de novidades.<br />
Assim foi o 21º Congresso<br />
Brasileiro de Corretores<br />
de Seguros, realizado pela<br />
Federação Nacional dos Corretores de<br />
Seguros em Costa do Sauípe - Bahia,<br />
no mês de outubro. Foram apresentados<br />
estudos sobre atuação dos corretores,<br />
pesquisa sobre associações de proteção<br />
veicular, mudança do nome da ENS,<br />
autorregulação e inovação.<br />
Logo na abertura do evento, a superintendente<br />
da Susep, Solange Vieira,<br />
Kelly Lubiato, de Costa do Sauípe/BA<br />
anunciou que os corretores terão a autorregulação.<br />
Ela ressaltou que o País<br />
tem ainda um grande espaço para o<br />
desenvolvimento do mercado de seguros.<br />
“Precisamos nos modernizar, com mais<br />
tecnologia, trabalhando para flexibilizar<br />
normas, porque o mercado está maduro.<br />
Não vejo mais necessidade para regulação<br />
dos corretores de seguros, porque<br />
eles já têm maturidade suficiente para<br />
se autorregular”.<br />
A autorregulação já está disposta<br />
na Lei Complementar 137, que concede<br />
à autorreguladora status de entidade<br />
complementar à Susep, e que foi complementada<br />
pela resolução CNSP 233,<br />
de 2010. Segundo Armando Vergilio<br />
dos Santos, presidente da Fenacor, nem<br />
que “a Susep quintuplique seu quadro<br />
de servidores terá condições de fazer a<br />
fiscalização preventiva dos corretores<br />
de seguros”. Por isso, a autorregulação é<br />
uma questão tão importante.<br />
“Queremos a supervisão preventiva<br />
porque quem ganha com isso é o consumidor.<br />
Além do mais, com esta confiança<br />
ampliada conseguiremos melhorar o nível<br />
de confiança do setor como um todo”,<br />
afirmou Santos em entrevista coletiva.<br />
As presenças do senador Rogerio<br />
Carvalho (PT-SE), do deputado Lucas<br />
Vergilio (Solidariedade-GO) e do secretário<br />
especial de Previdência e Trabalho,<br />
Rogério Marinho, para Santos, foi<br />
uma demonstração do crescimento da<br />
importância do setor de seguros para o<br />
30
Governo. “A forma consistente de colaborar<br />
para o desenvolvimento do setor de<br />
seguros é atualizar o marco legal. Temos<br />
que romper as bolhas que separam os<br />
setores públicos e privados, com agenda<br />
que faça as pessoas serem participativas<br />
da riqueza do País”, disse o senador na<br />
abertura do evento.<br />
Participaram ainda da abertura<br />
o presidente do Sincor-BA e anfitrião<br />
do evento, Vanderson do Nascimento,<br />
Robert Bittar, presidente da ENS, que<br />
anunciou a mudança do nome da entidade<br />
(leia Box na página xx) e o presidente da<br />
CNseg, Marcio Coriolano.<br />
Armando Vergilio dos Santos apontou<br />
a busca pelas soluções para o mercado,<br />
discutindo os desafios para a retomada<br />
do crescimento. Ele ressaltou que mais<br />
de 85% das vendas de seguros no Brasil<br />
são feitas pelo corretor de seguros, que<br />
tem a responsabilidade de empreender a<br />
favor do consumidor e do mercado.<br />
Combate ao mercado<br />
marginal<br />
O combate ao mercado marginal<br />
de proteção veicular foi tema de um<br />
debate acalorado e com muita participação<br />
do público, no segundo dia do 21º<br />
Congresso Brasileiro dos Corretores de<br />
Seguros, promovido pela Fenacor, na<br />
Costa do Sauípe.<br />
Alguns sobre o mercado de proteção<br />
veicular, levantados por uma pesquisa<br />
da Ernest & Young, conduzida pelo seu<br />
sócio de serviços, Nuno Vieira, impressionam.<br />
É um mercado que movimento<br />
de R$ 7 a R$ 9 bilhões ao ano. Ele representa<br />
27% do mercado de automóvel no<br />
Brasil, com prêmio médio de R$ 1800,00.<br />
São 687 Associações de Proteção Veicular<br />
(APV), que comercializam proteção<br />
veicular, com 4,5 milhões de associados<br />
pelo país, com foco na região Sudeste.<br />
“O preço deles é mais competitivo,<br />
principalmente para veículos abaixo de<br />
R$ 40 mil, com serviços e coberturas<br />
veiculares. Há rateio de sinistros, se der<br />
lucro, fica para a associação; o prejuízo<br />
é distribuído entre os associados”, lembrou<br />
Vieira.<br />
Os clientes são mais novos (30% entre<br />
18 e 45 anos), 35% com renda abaixo<br />
de R$ 7 mil. A venda é feita principalmente<br />
por agentes, com indicações de<br />
clientes atuais e familiares como fonte de<br />
captura de clientes. As comissões variam<br />
entre 7% e 30%.O sócio<br />
No dia em que se comemora o Dia<br />
o Corretor de Seguros, Robert Bittar,<br />
presidente da Escola de Negócios e<br />
Seguros conduziu a plenária, apontando<br />
que este é um momento de união de<br />
forças para atuação nesta frente. Murilo<br />
Riedel, CEO da HDI Seguros, disse que<br />
as associações, para ele, são um tipo de<br />
pirâmide, de golpe financeiro, que encontrou<br />
no mercado de seguros condições<br />
‘facilitadoras’. “O crescimento médio dos<br />
prêmios caiu e a frota vem envelhecendo;<br />
além disso, o compartilhamento de<br />
veículos já é uma realidade e será cada<br />
vez mais relevante, com a penetração do<br />
seguro caindo de acordo com a vida útil<br />
do veículo. Uma superfrota de carros<br />
antigos vem daquela supersafra de 2012,<br />
que começam a ter menor penetração de<br />
seguros”, enumerou.<br />
Estas afirmações serviram para<br />
embasar a teoria de que há mais veículos<br />
antigos no mercado e que é preciso regras<br />
mais flexíveis por parte do regulador para<br />
que o mercado possa criar produtos com<br />
capacidade de concorrer com as associações<br />
de veículos.<br />
Roberto Santos, presidente da Porto<br />
Seguro e também do Sindicato das Seguradoras<br />
do Rio de Janeiro, apresentou<br />
uma pesquisa realizada com os veículos<br />
que chegam ao Pátio Legal, realizada em<br />
agosto de 2019. Ela mostra que 37% dos<br />
veículos restituídos são provenientes de<br />
proteção veicular e 23% de seguradoras.<br />
Dos recuperados em até 5 dias, 84%<br />
são via proteção veicular e 47% via<br />
seguradoras.<br />
87% das pessoas que compram proteção<br />
veicular pagam via boleto bancário<br />
e 8% pagam em dinheiro. Apenas 13%<br />
fizeram proteção veicular porque as seguradoras<br />
recusaram. O nível de carros<br />
mais velhos e zero estão no mesmo nível.<br />
“A principal frente de ataque é a comunicação<br />
com a sociedade, monstrando<br />
as vantagens do seguro. “Seguro não é<br />
mais caro””, afirmou Roberto Santos,<br />
acrescentando que cabe ao mercado e<br />
um ação conjunta. Ele lembrou que o fato<br />
das vendas serem feitas em maioria com<br />
boleto bancário mostra que poderia haver<br />
também uma ação dos bancos.<br />
Luiz Gutierrez, presidente da Mapfre,<br />
disse que temos que tratar o<br />
assunto com seriedade, inteligência e<br />
planejamento estratégico. “No mercado,<br />
trabalhamos para proteger o segurado,<br />
31
congresso brasileiro<br />
Escola de Negócios e Seguros<br />
A Escola Nacional de Seguros passou<br />
por mudanças significativas no seu<br />
modelo de gestão, com a chegada de<br />
novos diretores e alterações em sua<br />
forma de financiamento. Houve a desativação<br />
de várias unidades estaduais,<br />
para a racionalização e otimização dos<br />
recursos. O ápice das mudanças veio com<br />
a abertura da escola para outros setores,<br />
com a alteração de sua marca para Escola<br />
de Negócios e Seguros.<br />
O presidente da entidade, Robert<br />
Bittar, lembrou que com a mudança na<br />
diretoria da escola trouxe um novo olhar<br />
para o setor. “Juntos eles vislumbraram<br />
novas oportunidades de treinamento e<br />
qualificação em atividades que a Escola<br />
pode desenvolver”. A ampliação da<br />
atuação da ENS passou a ser uma necessidade,<br />
indo além dos cursos voltados<br />
para o mercado de seguros.<br />
Tarcisio Godoy, diretor executivo da<br />
ENS, explicou que a escola conseguiu ultrapassar<br />
um período turbulento e agora<br />
passa a navegar com motores próprios.<br />
A Escola de Negócios e Seguros já é reconhecida<br />
como a principal instituição<br />
formadora dos profissionais do mercado<br />
de seguros.<br />
Anualmente, a ENS treina cerca de<br />
17 mil pessoas e habilita cerca de 3,5 mil<br />
corretores de seguros. “Estamos falando<br />
de duas indústrias: a de seguros e a educacional.<br />
Este último tem um ciclo de<br />
conhecimento reduzido, mas mercados<br />
agressivos precisam de profissionais mais<br />
bem preparados”, avaliou Godoy.<br />
A sustentabilidade da escola está<br />
baseada em 4 pilares: aprimoramento do<br />
atual modelo; expansão e massificação<br />
da oferta de cursos (o ensino a distância<br />
é o futuro); oferta de consultorias e serviços<br />
e desenvolvimento de parcerias<br />
estratégicas.<br />
A Escola também irá disponibilizar<br />
três novos cursos de formação profissional,<br />
gratuitamente, para parceiros e<br />
quem mais queira acesso. Há também<br />
outros 31 cursos online com 50% de<br />
desconto no mês de outubro. “Queremos<br />
tornar a Escola uma importante<br />
ferramenta para o desenvolvimento do<br />
mercado”, avisou Godoy.<br />
Mario Pinto, diretor de Ensino Superior,<br />
percebe que há uma convergência<br />
de componentes que levam ao movimento<br />
de mudança da escola. “Ela é um<br />
braço acadêmico do mercado de seguros.<br />
Para atingir esta missão, ele observou três<br />
ponto: otimização dos recursos; difusão<br />
do conhecimento de seguros; parcerias”.<br />
Maria Helena Monteiro, diretora de<br />
Ensino Técnico da ENS, explicou que o<br />
fechamento das unidades físicas deve<br />
gerar receita que será aplicada no conhecimento<br />
a distância, setor que é viabilizado<br />
internamente na Escola. “O ensino<br />
a distância da Escola é muito completo,<br />
que dispõe, além das aulas, de exercícios<br />
de fixação e as avaliações”, completou.<br />
protegendo o seu sonho do futuro. Temos<br />
4,5 milhões de brasileiros que confiem<br />
nestas associações. Temos que estar todos<br />
alinhados, porque quando uma empresa<br />
destas fecha ela prejudica a imagem de<br />
todo o setor, inclusive o de seguros.Temos<br />
que trabalhar juntos, transmitindo<br />
à opinião pública o que significa isso,<br />
mostrando ao poder público qual é a perda<br />
de impostos”.<br />
Por fim, o deputado Lucas Vergílio<br />
(Solidariedade-GO), disse que, após 3<br />
congressos brasileiros, finalmente as seguradoras<br />
se importaram com o assunto.<br />
“Para mudar a cultura, temos que mudar<br />
a forma de abordagem deste tema. Não<br />
podemos falar de seguros como produtos<br />
financeiros. O impacto das associações de<br />
proteção veicular, como está hoje, é um<br />
problema fiscal, sócio-econômico e de<br />
segurança pública, porque fomentam o<br />
roubo e furto de veículos”, apontou.<br />
Sobre os corretores de seguros que<br />
comercializam os produtos de associações<br />
veiculares, Gutierrez disse que<br />
a autorregulação será uma arma para<br />
puni-los e que fiquem fora do mercado<br />
regulado. Roberto Santos afirmou que é<br />
hora de pegar pesado neste assunto contra<br />
as associações veiculares.<br />
Riedel, para finalizar, chamou a atenção<br />
para os corretores que estão fazendo o<br />
RCF individual nas seguradoras, porque a<br />
probabilidade é alta de termos uma associação<br />
por trás disso. “A autorregulação<br />
é uma das alternativas que buscamos por<br />
conta destes profissionais ruins, que existem<br />
em qualquer associação”, completou<br />
Vergilio.<br />
O futuro que aguarda os<br />
corretores<br />
Mesmo em um momento de economia<br />
estagnada, o setor de seguros voltou<br />
a crescer a patamares mais elevados. Em<br />
2019, até agosto, o setor segurador repetiu<br />
um crescimento na casa de dois dígitos<br />
pela segunda vez seguida. A taxa avançou<br />
11,5%, atingindo R$ 174,8 bilhões (sem<br />
Saúde e sem DPVAT) nos oito primeiros<br />
meses do ano, comparando-se ao acumulado<br />
de janeiro a agosto de 2018. “Com<br />
esse resultado, o crescimento da arrecadação<br />
setorial já se encontra praticamente<br />
na média entre a projeção pessimista<br />
32
e a otimista para o ano de 2019 (5,3%<br />
a 8,7%)”, constatou Marcio Coriolano,<br />
presidente da CNseg.<br />
Ainda assim, o presidente do Grupo<br />
Bradesco Seguros, Vinicius Albernaz,<br />
ressaltou que o maior desafio para 2020<br />
será fazer a economia voltar a crescer.<br />
“Já conseguimos obter êxito em termos<br />
de controle de custos, mas precisamos<br />
ver o top line crescer. Tem setores que<br />
ainda são muito afetados por conta da<br />
economia frágil”.<br />
Albernaz também lembrou que o<br />
cenário de juros mais baixos é bom para<br />
o País, porque significa retomada de<br />
investimento, alivia o balanço das companhias,<br />
mas para o setor se concretiza<br />
num desafio porque mexe no resultado<br />
financeiro das seguradoras. Há uma<br />
tendência ao longo do tempo de as seguradoras<br />
terem um crescimento no seu<br />
resultado pelo underwriting, que afeta<br />
o financeiro. Além disso, o presidente
congresso brasileiro<br />
do grupo Bradesco citou ainda alguns<br />
desafios institucionais, como os riscos<br />
cibernéticos, a longevidade e as mudanças<br />
climáticas.<br />
Assim como Albernaz, Gabriel<br />
Portella, presidente da SulAmérica, vê a<br />
taxa de juros como o maior desafio para<br />
2020. “O Brasil vai viver novamente um<br />
período com taxa de juros baixa, mais<br />
baixa do que a gente viu nos últimos dez<br />
anos, por exemplo. Mas por outro lado,<br />
estamos vendo uma série de reformas que<br />
dão belos ventos a favor: a reforma da<br />
previdência, a lei do MEI, toda a reforma<br />
trabalhista, as privatizações. Acho que<br />
essa é a expectativa diante dos cenários<br />
que a gente está vendo”.<br />
A tecnologia será uma importante<br />
ferramenta de atuação neste cenário de<br />
maior competitividade, principalmente,<br />
com a chegada de novas seguradoras<br />
ao setor, de menor porte e de atuação<br />
focada em nichos.<br />
O presidente da Mapfre, Luis Gutierrez,<br />
antecipou que 2020 será o ano<br />
do mercado começar a ‘fazer’. “Falamos,<br />
pansamos planejamos e abordamos<br />
em palestras o tema de que o mundo vai<br />
mudar. Os mais novos já não pensam em<br />
ter um veículo e também não imaginam<br />
em ter casa, mas continuamos a fazer<br />
,<br />
Estudo sobre as corretoras de seguros PJ<br />
O 4º Estudo Sócio-Econômico das Empresas Corretoras de Seguros – PJ foi<br />
apresentado no evento. O seu objetivo é conhecer o comportamento comercial e<br />
estratégico das emprevsas e avaliar o grau de conhecimento sobre a atuação da<br />
Fenacor. Ele foi elaborado pelo economista Francisco Galiza.<br />
as coisas do mesmo jeito de sempre.<br />
Chega uma hora que é preciso parar de<br />
falar para começar a fazer”. Ele lembrou<br />
que o Brasil possui uma economia com<br />
grande atuação de pequenos negócios,<br />
que nunca receberam uma oferta de<br />
seguros em toda a sua existência. “Isso<br />
PERFIL DAS CORRETORAS<br />
Características Principais<br />
Preponderância de atuação de pequenas e microempresas<br />
65% das empresas têm até quatro funcionários<br />
56% dos seus prêmios vêm do ramo automóvel<br />
Em geral, quanto menor a corretora, maior a participação do automóvel<br />
10 a 15% das empresas são especializadas em vida ou saúde<br />
As corretoras geram 150 mil empregos diretos<br />
Investimento em tecnologia concentrados em processos administrativos e<br />
infraestrutura<br />
tem que mudar. Temos que fazer as<br />
coisas de outro jeito e com outra velocidade”,<br />
insistiu.<br />
“A mera presença do risco gera<br />
oportunidades”, acrescentou Albernaz.<br />
Para ele, é preciso criar novos produtos<br />
que possam atender aos consumidores e<br />
que ajudem a oferecer uma ampla grade<br />
de produtos para que consigamos atende-<br />
-los. “Temos que fazer parte da jornada<br />
do consumidor, colocando-o no centro da<br />
jornada para entender o seu momento e<br />
a sua realidade. Temos três gerações de<br />
consumidores, com diferentes graus de<br />
expectativa e de relacionamento com a<br />
tecnologia”, concluiu.<br />
José Adalberto Ferrara, presidente<br />
da Tokio Marine Seguradora disse que<br />
sempre olha as possibilidades à luz das<br />
novas normativas, ouvindo os corretores<br />
de seguros dentro da empresa para criar<br />
novos produtos. “O desafio é desenvolver<br />
produtos para atender o público que<br />
ainda não tem seguro, por exemplo, os<br />
70% dos veículos que não têm seguro.<br />
Ele acredita que novas companhias<br />
de seguros devem chegar ao mercado,<br />
colocando as nativas para pensar no processo<br />
de criação de produtos e a pensar<br />
no ecossistema para trabalhar de forma<br />
sinérgica e harmoniosa”, finalizou.<br />
34
evento | itc 2019<br />
Informação é o ouro do futuro<br />
Evento, que reúne mais de seis mil pessoas para tratar<br />
da tecnologia para seguros, mostrou que a proteção e<br />
o tratamento de dados são um grande desafio<br />
Kelly Lubiato, de Las Vegas / EUA<br />
Foto: CQCS<br />
Em dois dias e meio de muitas<br />
palestras, algumas coisas ficaram<br />
muito claras. Uma delas é<br />
que a captação de informações<br />
dos indivíduos será acentuada, mas de<br />
forma um pouco mais cuidadosa por<br />
conta das regulamentações em relação<br />
à privacidade das pessoas. O Insuretech<br />
Connect, realizado em Las Vegas, de<br />
22 a 24 de setembro, é um dos maiores<br />
eventos do setor sobre este tema. Ele reuniu<br />
startups de vários segmentos ligados<br />
à cadeia de seguros, seja em termos de<br />
BackOffice, produtos ou relacionamento<br />
com o consumidor.<br />
“Não estamos na rabeira do desenvolvimento”.<br />
Assim, Gustavo Doria<br />
abriu o primeiro dia, na pré-conferência<br />
direcionada especialmente para a delegação<br />
brasileira do ITC CQCS Experience,<br />
que contou com 158 pessoas. “O<br />
36<br />
Brasil veio com uma delegação muito<br />
representativa do que é o mercado nacional,<br />
o que amplia as possibilidades<br />
de negócios para o nosso setor”, disse<br />
Doria. As palestras demonstraram o<br />
poder brasileiro. Empresas que atuam<br />
em vários mercados (EUA, Europa e<br />
Ásia) buscam parceiros para iniciar ou<br />
fortalecer a operação no País.<br />
Jonathan Kalman, fundador da EOS<br />
Venture Partners, reforçou como a sua<br />
empresa escolhe as empresas elegíveis<br />
para receber investimento. “Uma insurtech<br />
pode ser um modelo de negócios e<br />
nós, como investidores, queremos saber<br />
onde há um negócio para ser investido”,<br />
adiantou.<br />
Kalman reforçou que foram investido<br />
US$ 12 bilhões de dólares em<br />
insurtechs. Apenas a Allianz pretende<br />
investir, sozinha, US$ 1,1 bilhão em insurtech,<br />
pela única razão de saber que vão<br />
ganhar com esta iniciativa. O importante<br />
é que eles estão levando as insurtechs a<br />
sério. “US$ 800 milhões é o valor que<br />
a Lyft, empresa de compartilhamento<br />
de transporte, tem de reserva porque a<br />
cobertura foi negada pelas seguradoras”,<br />
apontou Kalman.<br />
Os critérios que definem onde as<br />
empresas de venture capital vão investir<br />
incluem o engajamento da equipe e a<br />
liderança do executante; o produto precisa<br />
ser inovador ou muito necessário; é<br />
preciso identificar as oportunidades do<br />
mercado; como será a feita a distribuição<br />
dos produtos; a economia etc. “É preciso<br />
ter muita clareza de que é preciso retirar<br />
pelo menos cinco vezes o valor investido”,<br />
ensinou Kalman.<br />
Sobre o Brasil, Kalman explicou que<br />
há algumas coisas das quais os investi-
dores gostam. Primeiro, é o tamanho do<br />
mercado; segundo, é o governo mostrando<br />
que está preocupado com políticas de<br />
longo prazo, além de ser um mercado<br />
de 200 milhões de pessoas, com estimativa<br />
de que 20 milhões poderiam ser<br />
bons consumidores de seguros. “Muitos<br />
dos seguros que serão comprados com<br />
produtos de afinidade, serão uma ótima<br />
oportunidade de relações com o consumidor”,<br />
esclareceu Kalman, completando<br />
que sem a internet este avanço não será<br />
possível.<br />
Willian Powers, CEO da Cambridge<br />
Mobile Telematics, disse que pretende<br />
diminuir o problema da distração dos<br />
motoristas ao volante, motivados principalmente<br />
pelos telefones. “Como seres<br />
humanos, estamos condicionados a olhar<br />
o telefone toda vez que estamos parados.<br />
Nós temos que mudar nosso comportamento<br />
e a empresa está tentando eliminar<br />
estas distrações terríveis que têm<br />
impacto sócio-econômico muito significativo”.<br />
Ele acredita que a mudança<br />
deve acontecer através da educação do<br />
motorista. Sua empresa está procurando<br />
parceiros para se instalar no Brasil.<br />
Destaque a jornalista<br />
O dia do Insuretech Connect – ITC<br />
2019 começa cedo e é preciso ter bastante<br />
atenção para acompanhar a quantidade<br />
de informações espalhadas pelos corretores<br />
e palestras. Um dos destaques<br />
foi a fala da jornalista Kara Swisher,<br />
especialista em tecnologia e negócios,<br />
articulista do New York Times e uma<br />
das fundadores do site Recode.<br />
Ela trouxe a visão de uma pessoa que<br />
está fora do mercado de seguros, mas que<br />
conhece tecnologia como poucos, pois<br />
cobre o Vale do Silício e acompanha as<br />
tendências mundiais e que serão importantes<br />
para mudar o futuro.<br />
Kara salientou que há muito dinheiro<br />
sendo investido em empresas de<br />
tecnologia e que isso terá impacto para<br />
todos. Por outro lado, os gigantes como<br />
Amazon, Google e Facebook dominam<br />
a forma de interação humana e estão<br />
evoluindo o negócio de antecipação de<br />
desejo humano. “Você pode não saber o<br />
que você quer, mas estas empresas, com a<br />
análise do que você faz, como se desloca,<br />
“O próximo trilionário<br />
do mundo será quem<br />
resolver as questões<br />
ligadas às mudanças<br />
climáticas”<br />
Kara Swisher<br />
como compra, com quem fala, podem<br />
antecipar seus desejos com a leitura dos<br />
dados (rastros) deixados em pontos conectados”.<br />
As empresas recebem muito<br />
dinheiro pelas informações que possuem<br />
sobre as pessoas. Estas, disponibilizam<br />
seus dados em troca de um desconto<br />
“qualquer”.<br />
“As empresas estão abusando de<br />
seu poder de usar as informações dos<br />
clientes. Entretanto, não existe nenhuma<br />
regulação sobre a internet e as informações<br />
dos clientes são um produto para<br />
as empresas ganharem muito dinheiro”,<br />
disse Kara, acrescentando que é preciso<br />
pensar melhor na internet que queremos<br />
e como vamos reconfigurar o seu uso<br />
para a próxima década e qual será o impacto<br />
sobre nós. “Temos que pensar em<br />
como vamos proteger os seres humanos<br />
e em como vamos conter as mudanças<br />
climáticas”.<br />
Ela lançou algumas mensagens<br />
pragmáticas, como ressaltar que a informação<br />
agora é o novo ouro, assim<br />
como os carros representam os cavalos<br />
do passado e as scooters são os tapetes<br />
mágicos do transporte. “As cidades foram<br />
configuradas para carros, mas isso<br />
deve mudar em 25 anos. Os problemas<br />
dos carros são as pessoas. Quando um<br />
carro autônomo sofre um acidente, milhões<br />
de unidades aprendem com ele<br />
e passam a evitá-lo. Quando tem um<br />
motorista humano envolvido, isso não<br />
acontece”, brincou.<br />
Sobre as tendências para o futuro,<br />
algumas já são bastante conhecidas,<br />
porém terão impacto ainda maior, como<br />
a inteligência artificial, a utilização<br />
de robôs e a automação. Entretanto, o<br />
grande desafio deste século está ligado à<br />
mobilidade urbana. Drones devem ser o<br />
próximo passo para o deslocamento em<br />
curtas distâncias também.<br />
Por isso, Kara acredita que o mercado<br />
de seguros do futuro precisa se<br />
reinventar. Com a queda da quantidade de<br />
veículos circulantes, este tipo de apólice<br />
também deve desaparecer. Porém, ela<br />
enfatizou que outros produtos devem<br />
surgir, até com certa expansão para o<br />
setor, que será vagarosa.<br />
Novos mercados<br />
Dentre as dezenas de palestras do<br />
evento, algumas chamaram a atenção.<br />
Com o sugestivo título de “Cannabis e<br />
seguro: você não quer cortar isso pela<br />
raiz”, o ITC 2019 discutiu as oportunidades<br />
que surgem deste novo segmento que,<br />
aos poucos, vai sendo regulamentado nos<br />
Estados Unidos. 33 estados americanos já<br />
legalizaram a cannabis para uso médico,<br />
25 para uso recreativo e 22 descriminalizaram<br />
o uso. É um setor que deve<br />
arrecadar US$ 47 bilhões de receitas em<br />
2019. Entretanto, a Federação ainda trata<br />
a cannabis como item de posse recriminável.<br />
Este conflito entre leis estaduais e<br />
federais acaba desencorajando a atuação<br />
das seguradoras e resseguradoras.<br />
Os riscos desta cadeia produtiva são<br />
os mesmos de outras ‘culturas’. São cobertas<br />
pelo seguro apenas as plantações<br />
controladas em estufas. A manufatura,<br />
embalagem, rotulagem e logística também<br />
envolvem riscos comuns ao setor.<br />
Dawna Capps-Evans, diretora executiva<br />
da National Cannabis Risk Management<br />
Association, afirma que este<br />
setor, em breve, deve superar o faturamento<br />
das indústrias de álcool e tabaco.<br />
“Entrando cedo, teremos mais chance<br />
de concorrer com os grandes, porque<br />
teremos mais dados e informações sobre<br />
o setor”, avisou.<br />
37
itc 2019<br />
Porém a falta de dados ainda é um<br />
obstáculo para o desenvolvimento deste<br />
mercado. “Hoje, é difícil precificar porque<br />
não temos volume de informações e<br />
dados. A conversa daqui um ano ainda<br />
será sobre a necessidade de cobertura,<br />
mas sem dados talvez estas empresas não<br />
ofereçam produtos”.<br />
John Donahue, CEO da Topa Insurance<br />
Group, disse que quando começou<br />
a atuar no setor de cannabis tinha a<br />
impressão de que os atuantes nele eram<br />
pessoas que andavam de chinelo e gostavam<br />
de fumar maconha. “Descobri que<br />
são pessoas sérias, que tem instalações de<br />
US$ 22 milhões e não encontram respaldo<br />
na indústria. Há muitos profissionais<br />
preocupados em entrar no primeiro nível<br />
de uma indústria que envolve milhões de<br />
dólares”, apontou.<br />
Porém, ainda é difícil encontrar parceiros<br />
resseguradores para a colocação<br />
dos riscos, por isso, a fase atual da Topa<br />
é de ensinar os resseguradores sobre os<br />
riscos e os preços, educando-os a respeito<br />
deste setor. Por outro lado, como MGA’s, a<br />
Topa ensina seus segurados a encontrarem<br />
o produto mais adequado ao seu risco, o<br />
que eles precisam perguntar e entender<br />
para adquirir um seguro adequado.<br />
Para se ter uma ideia, não há cobertura<br />
para o transporte do produto. Como<br />
a regulamentação muda de um estado<br />
para outro, a produção acaba ficando<br />
confinada ao local de origem ou precisa<br />
de apólices de seguro independentes.<br />
O CEO da Cannasure insurance<br />
Services, Patrick McManamon, ressaltou<br />
que este é um setor em franca expansão,<br />
que está recebendo profissionais de<br />
outras áreas interessados em investir.<br />
“Nosso maior cliente é uma empresa<br />
de compliance, responsável por adequar<br />
os produtos às legislações locais.<br />
Além disso, McManamon explicou que<br />
a rotulagem é diferente para cada tipo<br />
de uso (medicinal ou recreativo). “A de<br />
uso recreativo tem testes obrigatórios,<br />
embalagens com informações claras. A<br />
quantidade de THC tem que ser distribuída<br />
de forma equânime”, destaca.<br />
Brasileiro palestrante<br />
Marcelo Blay, sócio fundador da<br />
Minuto Seguros, atuou como primeiro<br />
palestrante brasileiro do ITC 2019. Ele<br />
participou da discussão sobre o novo<br />
mundo de produtos customizados. Entre<br />
os temas discutidos esteve a forma como<br />
o seguro é comprado e vendido em todo<br />
o mundo. A dinâmica de compra e venda<br />
varia muito, dependendo do país e do<br />
❙❙Marcelo Blay, da Minuto<br />
que está sendo comercializado. É por<br />
isso que três empresas que vendem exatamente<br />
o mesmo produto em três partes<br />
diferentes do mundo geralmente têm três<br />
modelos de negócios completamente diferentes.<br />
No setor de seguros, adequação<br />
do mercado ao produto significa levar<br />
em consideração a dinâmica específica<br />
do mercado, as diferenças entre as<br />
influências da operadora/ corretora, a<br />
economia digital das bases de clientes,<br />
a disponibilidade de capital e as forças<br />
competitivas.<br />
Fotos: CQCS<br />
38
tecnologia | omint<br />
Novas plataformas digitais garantem<br />
segurança, celeridade e conveniência<br />
para corretores e clientes<br />
Independente do porte e segmento<br />
das companhias, a transformação<br />
digital é um cenário que chegou para<br />
ficar e, na área dos seguros e operações<br />
de saúde, o panorama é o mesmo.<br />
Corretores e clientes desejam processos<br />
eficientes, fáceis e sem burocracia, em<br />
que os pontos de contato sejam os<br />
mais simples possíveis<br />
Como uma empresa de pessoas<br />
em um processo de transformação<br />
digital, a Omint proporciona<br />
muito mais do que<br />
foco em inovação: a companhia pratica<br />
a inovação com foco. “Para essa jornada,<br />
é importante considerar a experiência do<br />
corretor, desenvolvendo os processos, as<br />
ferramentas e a cultura da organização<br />
para a inovação contínua. Acredito que<br />
aplicativos, sites responsivos e chatbots<br />
são um meio de atingirmos isso, obviamente<br />
sempre considerando o objetivo<br />
e necessidade de cada profissional para<br />
viabilizar mais negócios e fidelizar clientes<br />
por meio de uma atuação consultiva e<br />
estratégica”, declara o diretor Comercial e<br />
de Marketing da Omint, Cícero Barreto.<br />
O executivo ainda ressalta que também<br />
há uma tendência do crescimento de<br />
ferramentas de gestão – ou seja, de inteligência<br />
- na ponta do processo. “Percebo<br />
também que há um cenário que favorece<br />
a parceria corretor e seguradora, colaborando<br />
para traçar diagnósticos, antecipar<br />
problemas e propor soluções”, explica.<br />
Em que áreas e como essas<br />
ferramentas são utilizadas?<br />
Para a área de Seguro Viagem, a<br />
companhia fornece o Cotador Online,<br />
que viabiliza a compra online do produto<br />
em até três minutos. Ainda em Viagem,<br />
a companhia conta com um broker link,<br />
40<br />
ou seja, sistema de cotação em que, após<br />
a contratação do produto, o agente de<br />
viagens ou corretor fornece ao cliente um<br />
acesso para que ele emita seu próprio bilhete.<br />
As emissões realizadas pelo acesso<br />
ficam vinculadas à agência.<br />
Já para a operação dos Planos de<br />
Saúde, a Omint oferece o Cotador Online,<br />
disponibilizado ao corretor para<br />
fornecer ao cliente as possibilidades de<br />
planos aderentes ao perfil dele. Também<br />
oferecemos o acompanhamento do<br />
tracking no portal, o que possibilita a<br />
verificação da análise da proposta até o<br />
aceite final, a emissão da apólice e, por<br />
fim, a devida implantação.<br />
“Ainda em saúde, para tornar o<br />
processo ainda mais simples, também<br />
❙ ❙<br />
Cícero Barreto, diretor<br />
Comercial e Marketing<br />
dispomos de assinatura digital para a<br />
Declaração de Saúde e a Solicitação de<br />
Ingresso. No meio desse processo todo,<br />
o corretor também está amparado pela<br />
Omint em todas as frentes, contando<br />
com uma equipe exclusiva de consultores<br />
especialistas para atendimento e treinamento<br />
de produtos. Nossa proposta é que<br />
toda a jornada de venda do corretor para<br />
PME e MEI seja digital, fazendo com<br />
que o processo corra de forma simples,<br />
segura e eficiente”, explica o executivo.<br />
A importância da<br />
participação ativa do corretor<br />
no processo de elaboração de<br />
plataformas<br />
Para a Omint, o corretor é considerado<br />
o ponto focal da experiência junto<br />
ao cliente final, por ser capaz de proporcionar<br />
uma venda consultiva de acordo<br />
com seu perfil, momento de vida, anseios<br />
e metas. “Recebemos as demandas do<br />
mercado por meio da equipe comercial<br />
que atua diretamente com os corretores,<br />
e isso tem sido fundamental para nos<br />
ajudar a elaborar essas novas plataformas.<br />
Além disso, quando vamos lançar<br />
novas ferramentas sempre fazemos uma<br />
operação piloto com alguns corretores<br />
antes de lançarmos para todos. Também<br />
é importante pontuar que utilizamos a<br />
pesquisa de satisfação como um canal<br />
para atuarmos”, finaliza Barreto.
prêmio melhores do seguro 2019<br />
Reconhecimento de boas<br />
práticas do mercado<br />
Pelo décimo ano consecutivo, a <strong>Revista</strong> <strong>Apólice</strong> celebra o mercado<br />
de seguros e seus participantes. O Prêmio Melhores do Seguro<br />
reconheceu o talento e as iniciativas de sucesso dos profissionais<br />
responsáveis pela distribuição de produtos de seguros, resseguros,<br />
previdência privada, planos de saúde e capitalização<br />
Em 2019 o Prêmio recebeu 124 inscrições de empresas<br />
ligadas à distribuição de seguros. Entre<br />
os vencedores há cases de corretoras de seguros,<br />
grupos de corretores, associação de corretores,<br />
nacionais e multinacionais. Foram premiados 34 cases de<br />
sucesso, de empresas de 12 estados diferentes do Brasil.<br />
Entre os vencedores há experiências ligadas à distribuição<br />
de produtos, ao crescimento de carteiras específicas<br />
e também à jornada do cliente. A tecnologia também foi<br />
valorizada por meio de aplicativos para atendimento ao<br />
cliente e venda remota de seguro viagem, por exemplo.<br />
A primeira edição do Prêmio Melhores do Seguro<br />
foi realizada em 2010. O seu objetivo é estimular e<br />
reconhecer a produção de relatos sobre iniciativas das<br />
empresas corretoras de seguros atuantes no Brasil sobre<br />
suas ações de marketing, divulgação, novos canais, tecnologia,<br />
vendas e gestão cujos resultados obtidos sejam<br />
significativos para seus negócios e/ou para o mercado<br />
de forma geral.<br />
Em 2016 houve uma mudança no foco do evento,<br />
quando a <strong>Revista</strong> <strong>Apólice</strong> passou a premiar exclusivamente<br />
corretores de seguros e suas ações.<br />
41
prêmio melhores do seguro 2019<br />
Conheça os premiados:<br />
NOME CIDADE DA EMPRESA CASE VENCEDOR<br />
Aliança<br />
Alper Consultoria<br />
Aon<br />
Atix Seguros<br />
Barra Bella<br />
Cifraseg<br />
D’Or Consultoria<br />
Firmus<br />
Frico<br />
GC do Brasil<br />
Gigliotti<br />
Grupo Exalt<br />
Infinity<br />
It´s Seg<br />
JLT<br />
Junker<br />
Livonius<br />
Meireles e Mantey<br />
Minuto<br />
Miura<br />
Moriseg<br />
Ô Insurance<br />
Rede Lojacorr<br />
San Martin<br />
Schubert<br />
Seguralta<br />
Seguros do Brasil<br />
Sicoob SC/RS<br />
ST Corretora<br />
Status Consultoria<br />
Styllo<br />
TGL<br />
THB<br />
Tudo Seguro<br />
Joinville/SC<br />
São Paulo/SP<br />
São Paulo/SP<br />
São Paulo/SP<br />
Barra do Piraí/RJ<br />
Vitória/ES<br />
Rio de Janeiro/RJ<br />
Curitiba/PR<br />
Porto Alegre/RS<br />
São Paulo/SP<br />
Barra Bonita/SP<br />
Campinas/SP<br />
Uberlândia/MG<br />
São Paulo/SP<br />
São Paulo/SP<br />
Brasília/DF<br />
Porto Alegre/RS<br />
São Caetano/SP<br />
São Paulo/SP<br />
São Paulo/SP<br />
Osasco/SP<br />
São Paulo/SP<br />
Curitiba/PR<br />
São José do Rio Preto/SP<br />
Porto Alegre/RS<br />
São José do Rio Preto/SP<br />
Brasília/DF<br />
Florianópolis/SC<br />
Bauru/SP<br />
Rio de Janeiro/RJ<br />
São Paulo/SP<br />
Belo Horizonte/MG<br />
São Paulo/SP<br />
Cacoal/RO<br />
Investimento para Desenvolver Consórcio<br />
Alper Digital<br />
Portal de Riscos Cibernéticos<br />
Produto Sentinela para Construção Civil<br />
Opção por Seguradora Parceira<br />
Crescimento em RC Profissional Hospitais<br />
Destaque em Benefícios Nacional<br />
Contrato Adequado pelo Gerenciamento do Risco<br />
App Frico Mundi<br />
Centro de Serviços Compartilhados<br />
Modelo de Sucessão em Corretoras Adquiridas<br />
Desenvolvimento dos Corretores Associados<br />
Previdência Plataforma Online<br />
Gincana Nutricional<br />
Redesenhando a Experiência do Cliente<br />
Assessoria para Cross Selling<br />
MGA no Brasil<br />
Inbound Marketing Gera Resultados em Médio Prazo<br />
Selo RA 1000 Reclame Aqui<br />
Novo Modelo de Remuneração para Ramos Elementares<br />
Tótens de Seguro Viagem<br />
Hub Broker<br />
Ecossistema de Parceiros<br />
App de Relacionamento com o Consumidor<br />
Melhora de Processos Internos com Sustentabilidade<br />
Expansão da Rede de Franqueados<br />
Programa de Fidelidade<br />
App Educação Estratégica<br />
Destaque Frota de Locadoras<br />
Criação do Status Assist<br />
Programa Paes - Seguro Educação<br />
Ciclo de Palestras TGL<br />
Crescimento do Seguro Garantia<br />
CDL Vida<br />
42
premiados<br />
Priscila Rafaela Pedro Nunes e Fabricio Machado Nunes,<br />
sócios diretores da Aliança Corretora de Seguros de<br />
❙ ❙<br />
Joinville/SC, recebem o troféu de Mariana<br />
Miranda, gerente de subscrição da Argo Seguros pelo<br />
case<br />
Felipe Sigaude, head do projeto e Marcos Couto, CEO da<br />
❙ ❙<br />
Alper Consultoria em Seguros de São Paulo, recebem de<br />
Andréia Araújo, diretora de Negócios e marketing da<br />
Previsul Seguradora, o prêmio pelo case Alper Digital<br />
Investimento para Desenvolver Consórcio 43<br />
Rodrigo Ravelli (1º à esquerda) e Vitor Passos (1º à direita),<br />
ambos superintendentes da Bradesco Seguros, entregam<br />
o troféu pelo case Portal de Riscos Cibernéticos para<br />
Alexandre Jardim (2º à esquerda), diretor de Property,<br />
Responsabilidade Civil e Riscos Cibernéticos; Marcos<br />
❙ ❙<br />
Mendes (centro) especialista em seguro para Riscos<br />
Cibernéticos e Eduardo Takahashi, vice-presidente<br />
executivo de Commercial Risk Solutions da Aon Brasil<br />
Rafael Accurti, diretor comercial; João Machnick (3º à<br />
esquerda) CEO e Adolfo Accurti (à direita), diretor<br />
Comercial), todos da Atix Seguros de São Paulo recebem<br />
❙ ❙<br />
o troféu das mãos de Marcos Colantonio, presidente da<br />
Aconseg SP pelo case Produto Sentinela para<br />
Construção Civil<br />
Renata Caldeira Dinelli e Danilo Martins Dinelli, ambos<br />
sócios diretores da Barra Bella de Barra do Piraí/RJ,<br />
❙ ❙<br />
recebem o troféu de Francisco Pantoja, diretor executivo<br />
da <strong>Revista</strong> <strong>Apólice</strong>, pelo case Opção por Seguradora<br />
Parceira<br />
Oscar Rangel, Marcelo Lemos e Patricia Bastos, sócios da<br />
Cifraseg Corretora de Seguros de Vitória/ES, recebem o<br />
❙ ❙<br />
troféu de Francisco Pantoja, diretor executivo da <strong>Revista</strong><br />
<strong>Apólice</strong>, pelo case Crescimento em RC Profissional<br />
Hospitais
premiados<br />
Bruno Ianuzzi, vice-presidente da D´Or Consultoria<br />
❙ ❙<br />
do Rio de Janeiro, recebe o troféu pelo case Destaque<br />
Nacional em Benefícios de Claudia Motta,<br />
superintendente Comercial da Sulamérica Seguros<br />
Celso Felipe Germin Franzoi, gerente Técnico e Luiz<br />
Franzoi Neto, gerente Comercial, ambos da Firmus<br />
de Curitiba/PR, recebem o troféu pelo case Contrato<br />
❙ ❙<br />
Adequado pelo Gerenciamento do Risco de Leonardo<br />
Brunetti, head de Corretores e Clientes da Swiss Re<br />
Corporate Solutions<br />
❙❙<br />
Vicente Glitz, diretor da Frico Corretora de Seguros de<br />
Porto Alegre/RS, recebe o troféu pelo case App Frico Mundi<br />
Leonardo Freitas, diretor Comercial da Bradesco<br />
Seguros, entrega o troféu pelo case Centro de Serviços<br />
❙ ❙<br />
Compartilhados para Marco Aurélio Ribeiro, presidente e<br />
Sheila Moura, coordenadora de marketing, ambos da GC<br />
do Brasil, de São Paulo/SP<br />
José Roberto Marques, comercial Catanduva; Beto Gigliotti,<br />
CEO e Lucas Cordeiro comercial S. José do Rio Preto/<br />
❙ ❙<br />
SP da Gigliotti, recebem o prêmio das mãos de Margo Black,<br />
presidente da AMMS, pelo case Modelo de Sucessão em<br />
Corretoras Adquiridas<br />
44<br />
Wilson Pereira (centro), presidente do Sincor PR, entrega<br />
o troféu para Frederico Leopoldo, superintendente;<br />
❙ ❙<br />
Marcelo Fedozzi, conselheiro; Yuri Neves, coordenador;<br />
e Pedro Alves, do Grupo Exalt de Campinas/SP, pelo<br />
case Desenvolvimento de Corretores Associados
Evaldir Barbosa (centro), mentor do Clube dos Corretores<br />
de Seguros SP, entrega o prêmio pelo case Previdência<br />
Plataforma Online para Thomaz Edmundo<br />
❙ ❙<br />
Pereira (esquerda), especialista em Experiência do Cliente,<br />
e Rodrigo Afonso Ferreira, diretor Comercial da Infinity<br />
Corretora de Uberlândia/MG<br />
Karina Stryjer, gerente de Promoção de Saúde e<br />
❙ ❙<br />
Paula Garcia, nutricionista, ambas da It´s Seg de São Paulo,<br />
recebem o troféu de Mario Magalhães, diretor Comercial<br />
da Alfa Seguradora, pelo case Gincana Nutricional<br />
Mauricio Rocha, superintendente da Bradesco Seguros,<br />
entrega o prêmio pelo case Redesenhando a<br />
Experiência do Cliente, para Camila Elpes, analista de<br />
❙ ❙<br />
marketing; Gutembergue Junior, coordenador de mkt;<br />
Renata Banzato, diretora de mkt; Pedro Henrique Nogueira<br />
e Aline Gomes, analistas de mkt, todos da JLT Brasil<br />
❙ ❙<br />
Enir Junker, presidente da Junker Assessoria recebe o<br />
troféu pelo case Assessoria para Cross Selling de Duilio<br />
Varnier, superintendente da Bradesco Seguros<br />
Marcelo Picinini, diretor Comercial Corporate e Andreas<br />
Rafael Mayer, diretor Operacional e Técnico, ambos da<br />
Livonius MGA de Porto Alegre/RS, recebem o prêmio<br />
❙ ❙<br />
pelo case MGA no Brasil de Nileide Fernandes, executiva<br />
de contas e Marcio Feital, diretor Técnico de Auto e<br />
Transporte,<br />
Luis Longobardi, diretor de Mercado e Operações Sr.; Ana<br />
Clara Baptistella, analista de Comunicação Sr. e Denise<br />
França, analista de Marketing, todos da Rede Lojacorr,<br />
❙ ❙<br />
de Curitiba/PR, receberam o troféu de Renato Pedroso,<br />
presidente da Previsul Seguradora, pelo case Ecossistema<br />
de Parceiros<br />
ambos da Essor Seguros 45
premiados<br />
Arnaldo Odlevati Junior (centro), mentor do Clube dos<br />
Corretores de Seguros do ABC, entrega o prêmio pelo<br />
❙ ❙<br />
case Inbound Marketing gera Resultados em Médio<br />
Prazo, para Gustavo Meireles e Danilo Mantey, ambos<br />
diretores da Meireles e Mantey, de São Caetano do Sul/SP<br />
Manes Erlichman, sócio-diretor da Minuto Seguros, de São<br />
❙ ❙<br />
Paulo, recebe o troféu pelo case Selo RA 1000 Reclame<br />
Aqui de Euclides Generutti Naliato, diretor Regional São<br />
Paulo da HDI Seguros<br />
Fabio Miura, diretor Executivo e Cynthia Miura, ambos<br />
da Miura Corretora de Seguros de São Paulo, recebem o<br />
❙ ❙<br />
troféu de Coriolano Teixeira de Oliveira, gerente da<br />
Regional São Paulo, da Icatu Seguros, pelo case Novo<br />
Modelo de Remuneração para Ramos Elementares<br />
Francisco Pantoja, diretor Executivo da <strong>Revista</strong> <strong>Apólice</strong>,<br />
❙ ❙<br />
entrega o prêmio pelo case Tótens de Seguro Viagem<br />
para Leandro Moriya, CEO da Moriseg Corretora, de<br />
Osasco/SP<br />
Álvaro Fonseca, 2º secretário do Sincor SP, entrega o<br />
troféu pelo case Hub Broker, para Simone Macedo dos<br />
❙ ❙<br />
Santos Costa, diretora Executiva; Francisco Guedes, diretor<br />
de TI e Antônio Pastore, diretor de Affinity, todos da Ô<br />
Insurance, de São Paulo<br />
Alisson de Freitas Rodrigues, assistente Administrativo e<br />
Caroline Gouvea Gomes, diretora Administrativa,<br />
ambos da San Martin de São José do Rio Preto/SP,<br />
❙ ❙<br />
recebem o troféu pelo case App de Relacionamento<br />
com o Consumidor de Coriolano Teixeira de Oliveira,<br />
gerente Regional da Icatu Seguros<br />
46
André Schubert e Amanda Schubert, sócios da Schubert<br />
Corretora de Seguros de Porto Alegre/RS recebem o<br />
❙ ❙<br />
troféu de Edmundo de Oliveira Paschoal, mentor do Clube<br />
dos Corretores de Seguros da Mata Atlântica/SP, pelo case<br />
Melhora de Processos Internos com Sustentabilidade<br />
Coriolano Oliveira, gerente Regional da Icatu Seguros<br />
entrega o prêmio para Nilton Dias, diretor Comercial e<br />
❙ ❙<br />
Reinaldo Zanon, CEO, ambos da Seguralta Corretora de<br />
Seguros de São José do Rio Preto/SP, pelo case Expansão<br />
da Rede de Franqueados<br />
Sandro Cesar Alarcão, diretor Executivo da Seguros do<br />
❙❙<br />
Brasil, de Brasília/DF, recebe o trofeú de Mauro Hime<br />
Leão, diretor Comercial da Alfa Seguradora, pelo case<br />
Programa de Fidelidade<br />
Marcel Evandro Bankow, diretor Técnico Comercial e<br />
Gelson Flores da Silva Júnior, analista Sênior de Operações<br />
❙ ❙<br />
e Projetos, ambos do Sicoob SC/RS de Florianópolis/SC,<br />
recebem o troféu de Renato Pedroso, presidente da<br />
Previsul Seguradora, pelo case App Educação Estratégica<br />
Kelly Lubiato, diretora de Redação da <strong>Revista</strong> <strong>Apólice</strong>,<br />
❙ ❙<br />
entrega o troféu para Ildebrando Gozzo, diretor Geral<br />
da ST Corretora de Seguros, pelo case Destaque de Frota<br />
de Locadoras<br />
Isabella Carvalho e Gleide Selma, vice-presidente, ambas<br />
❙ ❙<br />
da Status Consultoria, recebem o troféu de Andréia<br />
Araújo, diretora da Previsul Seguradora pelo case Criação<br />
do Status Assist 47
premiados<br />
Ednir Fornazzari, mentor do Clube dos Corretores de<br />
Seguros de Osasco e região, entrega o troféu pelo case<br />
Programa Paes - Seguro Educação para Luciano Basilio,<br />
❙ ❙<br />
CEO; Sueli Basilio, CFO; Almir Eleotero, comercial e<br />
Tarcísio Rocha, COO, todos da Styllo Corretora de Seguros<br />
de São Paulo<br />
Rogério Araújo (centro), diretor da TGL Corretora, de Belo<br />
❙ ❙<br />
Horizonte/MG recebe o troféu de Duilio Varnier e<br />
Anderson Mundim, superintendentes da Bradesco<br />
Seguros, pelo case Ciclo de Palestras TGL<br />
Élio Duzzi, diretor Comercial; Andréa Mathias, diretora<br />
de Marketing; Eduardo Lucena, CEO; Diego Campos,<br />
gerente de Garantia, todos da THB de São Paulo,<br />
❙ ❙<br />
recebem o troféu de Leonardo Brunetti (direita), head de<br />
Corretores e Clientes da Swiss Re Corporate Solutions, pelo<br />
case Crescimento do Seguro Garantia<br />
Graciane Pereira, executiva de Contas da <strong>Revista</strong> <strong>Apólice</strong>,<br />
❙ ❙<br />
entrega o prêmio para Elizeu Dias dos Santos e Daiane<br />
Cristina Ribeiro dos Santos, ambos sócios da Tudo Seguro<br />
Corretora, de Cacoal/RO, pelo case CDL Vida<br />
>> Para ver todas as fotos do evento acesse: www.premiomelhoresdoseguro.com.br<br />
48
flashes<br />
49
50<br />
flashes
"<br />
case premiado | alper<br />
Alper Digital<br />
Para proteger tudo que mais<br />
importa é preciso ter ao seu<br />
lado pessoas em quem você<br />
possa confiar”. A frase citada<br />
está no site da Alper Consultoria e<br />
foi o que originou o maior projeto da<br />
companhia nos últimos anos, o Alper<br />
Digital, um projeto que busca oferecer<br />
ao cliente soluções baseadas na<br />
tecnologia, fomentando a otimização<br />
de processos e agilidade nas entregas.<br />
Esse projeto, que integrou todas as<br />
áreas da companhia, foi concebido<br />
através da pesquisa com clientes, que<br />
sempre convergiam suas dores para<br />
a gestão de processos e o tempo que<br />
isso toma da produtividade no dia-adia<br />
nas empresas.<br />
Com 60% dos clientes na unidade<br />
de benefícios, a 1ª fase do projeto<br />
foi focada em soluções para o ecossistema<br />
do RH, área que representa<br />
um papel fundamental nas empresas,<br />
ao atuar no desenvolvimento humano<br />
dos colaboradores, além dos<br />
processos operacionais de gestão de<br />
benefícios e folha de pagamento.<br />
Robert Hufnagel, diretor de marketing e canais; Gabriela Rosati, gerente de<br />
marketing; Felipe Sigaud, head do projeto e Marcos Couto, CEO da Alper<br />
O Alper Digital consiste em<br />
dinamizar as atividades do RH, trazendo<br />
tecnologia de ponta para digitalização<br />
de processos considerados<br />
“ladrões de produtividade”, como<br />
conferência de faturas de benefícios,<br />
gestão do plano de saúde, dúvidas de<br />
colaboradores etc.<br />
O projeto está sustentado em 3<br />
pilares: Aceleradora de Startups, RH<br />
Connect – Sistema de Gestão-100%<br />
Digital de Seguros e Benefícios e um<br />
portfólio de serviços digitais para o<br />
ecossistema de RH.<br />
“A Alper vem trabalhando<br />
dedicada em buscar soluções em<br />
tecnologia para que atendam os gaps,<br />
da área de RH. Tudo isso através<br />
da tecnologia, pois não queremos<br />
entregar somente a consultoria em<br />
seguros e sim a solução para a dor<br />
da área", relata Felipe Sigaud, Head<br />
do projeto.<br />
52
case premiado | d’or consultoria<br />
Destaque em Benefícios -<br />
Nacional<br />
A<br />
D’Or<br />
Consultoria, empresa do<br />
Grupo Rede D’Or São Luiz,<br />
especializada em seguros e<br />
benefícios, é uma companhia<br />
jovem, mas que já tem em sua história importantes<br />
reconhecimentos do segmento,<br />
como o Prêmio Melhores do Seguro.<br />
O troféu Destaque em Benefícios<br />
Nacional reconheceu o talento e as iniciativas<br />
dos profissionais responsáveis<br />
pela distribuição de produtos de seguros,<br />
resseguros, previdência privada, planos<br />
de saúde e capitalização.<br />
Na solenidade de entrega da premiação,<br />
realizada em São Paulo, o vicepresidente<br />
da D’Or Consultoria, Bruno<br />
Iannuzzi, marcou presença representando<br />
a empresa e ressaltou um dos motivos<br />
fundamentais para conquistas como essa:<br />
o investimento constante em tecnologia e<br />
capacitação dos colaboradores. “Soluções<br />
inovadoras nos diferenciam da concorrência<br />
e influenciam positivamente os nossos<br />
serviços”, afirma Iannuzzi.<br />
O executivo também reforçou que o<br />
trabalho em equipe e a entrega individual<br />
de cada profissional permitem grandes<br />
acertos, que levaram a D’Or Consultoria<br />
a formar uma carteira robusta com mais<br />
de 1.200 clientes e prêmios que já ultrapassaram<br />
R$ 2.5 bilhões, em 2018.<br />
A empresa é a única corretora a<br />
fazer parte da maior rede de hospitais<br />
da América Latina, que garante a oferta<br />
de produtos e serviços exclusivos. Além<br />
disso, tem um importante trabalho focado<br />
na aceleração de pequenas e médias<br />
seguradoras.<br />
“Agradecemos o reconhecimento da<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Apólice</strong>, reflexo da confiança dos<br />
clientes e do mercado em nossa atuação”,<br />
ressalta Bruno Iannuzzi.<br />
Crescimento acelerado<br />
Uma das principais estratégias de<br />
expansão da D’Or Consultoria é o programa<br />
AceleraD’Or, que já agregou mais<br />
de R$ 800 milhões em prêmio, nos dois<br />
últimos anos. Ao unir forças com pequenas<br />
e médias corretoras, o projeto dá a<br />
elas a oportunidade de alcançar um novo<br />
patamar de negócios.<br />
Para alcançar as projeções previstas<br />
para 2019, a companhia pretende concluir<br />
o ano com a consolidação da presença em<br />
sete estados e a soma de aproximadamente<br />
600 colaboradores. Os números atuais<br />
já revelam tal capacidade. As negociações<br />
não param por aqui. As tratativas conduzidas<br />
pelo executivo e corretor, Carlos<br />
Alberto Oliveira, com novas corretoras<br />
estão avançadas e focadas na expansão<br />
nacional.<br />
“É uma oportunidade rara para as<br />
empresas alcançarem um patamar de<br />
negócios, que trará um crescimento bem<br />
acima da média. Hoje, temos uma lista<br />
grande de interessados em participar e<br />
o retorno tanto dos que desejam aderir<br />
ao processo quanto dos que já estão<br />
integrados tem sido bastante favorável”,<br />
conclui o diretor.<br />
Umberto Raponi, comercial D’Or Consultoria; Bruno Iannuzzi, vice-presidente D’Or Consultoria; Claudia Motta, superintendente<br />
Comercial da Sulamérica Seguros; Paulo Dart, comercial D’Or Consultoria; Bruno Neves, comercial D’Or Consultoria.<br />
Para se candidatar ao programa AceleraD’Or, mande um e-mail: programaacelerador@dorconsultoria.com.br<br />
53
case premiado | frico<br />
App Frico Mundi<br />
Vicente Glitz, diretor da Frico<br />
Fundada em 1965, a história da<br />
Frico, tradicional corretora de seguros,<br />
se confunde com a própria<br />
história do mercado de seguros<br />
no Brasil. Isso porque um ano após a<br />
fundação da corretora, em 1966, foram<br />
reguladas todas as operações de seguros<br />
e resseguros no Brasil (Lei 73/66) e instituído<br />
o Sistema Nacional de Seguros<br />
Privados, com a criação da Susep.<br />
Ao longo dos anos, empresa foi desafiada<br />
a se manter em constante movimento<br />
para acompanhar o setor segurador, em<br />
busca por conhecimentos e novas ideias.<br />
A empresa está sediada no Rio Grande<br />
do Sul, em Porto Alegre, e possui filiais<br />
em: Curitiba-PR; Montevideo-Uruguai;<br />
Ibirubá-RS; Pelotas-RS; Florianópolis-<br />
-SC e São Paulo-SP, além de negócios<br />
em países da Europa, Ásia e Américas<br />
do Sul e do Norte.<br />
Tudo em um só lugar<br />
Pedir comida no restaurante favorito,<br />
escolher o local da sua hospedagem,<br />
chamar transporte para o trabalho ou até<br />
54<br />
mesmo assistir um filme sem precisar<br />
sair de casa. Os aplicativos facilitam e<br />
economizam tempo em nossas tarefas<br />
cotidianas. No mundo dos seguros não<br />
é diferente. A plataforma Frico Mundi<br />
oferece o portfólio da corretora e visa<br />
facilitar a vida do usuário que deseja<br />
fazer a contratação e o acompanhamento<br />
da solicitação do produto escolhido.<br />
A corretora, reconhecida como especialista<br />
em seguros para multinacionais<br />
brasileiras, identificou que muitas das<br />
empresas não possuem estrutura para<br />
analisar o comparativo das legislações internacionais<br />
de seguros com a legislação<br />
brasileira, deixando este trabalho a cargo<br />
da corretora, o que torna a colocação<br />
do risco através de apólices stand alone<br />
ainda mais desafiador.<br />
O trabalho de análise das legislações,<br />
além de complexo, representa um risco<br />
à organização, pois qualquer divergência<br />
de cobertura entre o conceito brasileiro e<br />
o conceito local pode gerar perda de cobertura<br />
e negativa de sinistro no exterior.<br />
Vicente Glitz, diretor da corretora,<br />
conta com orgulho que a Frico é pioneira<br />
em desenvolver esse tipo de ferramenta<br />
para os seus clientes e que o aplicativo<br />
concede ao segurado um olhar global<br />
sobre as legislações de diferentes países.<br />
“Um de nossos clientes consumidores de<br />
seguros internacionais, uma importante<br />
rede de varejo brasileira, já teve a oportunidade<br />
de testar o app, no momento<br />
da avaliação da inauguração de sua<br />
loja na Argentina, quando o app trouxe<br />
informações valiosas também para esta<br />
definição”, relata.<br />
A tecnologia abreviou o tempo de<br />
análise e proporcionou aos clientes uma<br />
ferramenta estratégica, com o uso do<br />
app para definições estratégicas. Para a<br />
corretora, trouxe maior agilidade e conforto<br />
nas contratações no exterior. Outro<br />
ponto importante é que a companhia fez<br />
desta ferramenta o app oficial disponível<br />
a todos os segurados da empresa, os quais<br />
podem acessar o sistema e visualizar todas<br />
as apólices emitidas com a corretora,<br />
assim como manter contato para ampliar<br />
sua gama de produtos.
case premiado<br />
Grupo Exalt<br />
Desenvolvimento dos<br />
Corretores Associados<br />
O<br />
Grupo Exalt nasceu em<br />
2009, quando 11 das mais<br />
tradicionais e representativas<br />
corretoras de seguros de<br />
Campinas e Região unificaram-se com o<br />
intuito de trocar experiências, avaliar as<br />
tendências do mercado segurador e compartilhar<br />
as melhores práticas adotadas<br />
em cada empresa. Completando dez anos<br />
de história, a Associação conta hoje com<br />
50 empresas parceiras e seu crescimento<br />
triplicou nos últimos dois anos.<br />
Considerando oferecer a melhor<br />
gestão de estratégia, de pessoas, da comunicação,<br />
das vendas e trazendo inovação<br />
e transformação social, o Grupo pensou<br />
em uma maneira de fazer com que as<br />
empresas parceiras pudessem se desenvolver<br />
para atingirem um número maior<br />
de clientes. A organização passou então a<br />
oferecer suporte para todas as corretoras<br />
associadas através de acompanhamento<br />
dos resultados obtidos,<br />
investindo em programas<br />
de capacitação, ações de<br />
marketing direcionadas,<br />
realizando acordos comerciais<br />
e desenvolvimento das<br />
equipes, com novas práticas<br />
e apoio às instituições.<br />
A partir dessa iniciativa,<br />
o Grupo foi vencedor<br />
pela terceira vez consecutiva<br />
do Prêmio Melhores do Seguro,<br />
apresentando o case “Desenvolvimento<br />
dos Corretores Associados”.<br />
De acordo com Frederico Leopoldo,<br />
superintendente comercial da associação,<br />
“o Exalt sempre enxergou<br />
uma necessidade de evolução do setor<br />
securitário, por isso contratamos uma<br />
pesquisa de mercado e levantamos<br />
como resultado do estudo as principais<br />
carências dos corretores”.<br />
Marcelo Fedozzi, conselheiro e corretor; Pedro Alves,<br />
corretor; Frederico Leopoldo, superintendente<br />
comercial e Yuri Neves, coordenador<br />
Segundo o executivo, esse processo<br />
foi iniciado há nove anos e intensificado<br />
há dois, apresentando a maior evolução<br />
de resultado das empresas através do<br />
desenvolvimento desses indicadores.<br />
“Entendemos que o consumidor está<br />
cada vez mais exigente, o mercado está<br />
mais competitivo, mas o primordial é<br />
a eficiência das empresas para que, na<br />
ponta, haja uma percepção de valor”,<br />
ressalta.<br />
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Correspondente:
case premiado | gc do brasil<br />
Centro de Serviços<br />
Compartilhados – CSC-GC<br />
A<br />
GC do Brasil foi criada por<br />
um grupo de corretores de<br />
seguros que buscava novas<br />
oportunidades no mercado<br />
de seguros. Após anos de atuação individual<br />
no setor, eles identificaram a possibilidade<br />
de trabalhar juntos novamente<br />
(a sólida amizade entre os corretores<br />
iniciou-se na antiga Itaú Seguradora),<br />
com soluções capazes de melhorar as<br />
condições de negócios de todos os parceiros.<br />
Em 2010, a GC do Brasil tomou<br />
forma pela união de 67 corretores. Hoje,<br />
a empresa está presente em 11 estados<br />
brasileiros e tem como objetivo ampliar<br />
a distribuição de seguros e serviços. Seu<br />
foco é a excelência na distribuição de<br />
seguros, de olho nos melhores resultados<br />
para todos os envolvidos no mercado.<br />
Para vencer o Prêmio Melhores do<br />
Seguro, a GC do Brasil apostou em seu<br />
Centro de Serviços Compartilhados<br />
(CSC). Após verificar que as corretoras<br />
do Grupo possuíam atividades<br />
idênticas, normalmente ligadas ao<br />
cotidiano de uma corretora de seguros,<br />
a GC passou a desenhar um modelo<br />
de serviços que pudesse atender, ao<br />
mesmo tempo, várias corretoras.<br />
“O foco é a busca de produtividade<br />
e qualidade”, explica Sheila Moura, coordenadora<br />
de marketing da GC. Para<br />
obter os resultados desejados, foram<br />
aplicados recursos tecnológicos dos parceiros<br />
Quiver e Voip, além das soluções<br />
disponibilizadas por equipe interdisciplinar<br />
das áreas de Marketing, Recrutamento<br />
e Seleção, Cargos e Salários,<br />
Treinamentos, Colocação de Negócios<br />
especiais, especificamente designado<br />
para esta tarefa. Por meio dessas soluções<br />
as corretoras de seguros do grupo<br />
GC do Brasil oferecem aos seus clientes<br />
o que há de mais moderno, ágil e seguro<br />
para todas as operações com soluções<br />
para emissão, atendimento a sinistros,<br />
parcelas em atraso e baixa de comissão.<br />
Sheila conta que a centralização<br />
das atividades idênticas fez com que<br />
as corretoras passassem a atuar como<br />
Unidades de Negócios. “Isso possibilita<br />
colocar toda a estrutura da empresa com<br />
foco para a venda. Um único colaborador<br />
faz a parte operacional e é o elo entre a<br />
Unidade de Negócios e o CSC”, comenta<br />
a coordenadora.<br />
Este tipo de solução segue em linha<br />
com a tendência de mercado de deixar<br />
o corretor livre para buscar novas vendas,<br />
atuando em sua atividade fim. Em<br />
tempos de vendas eletrônicas, a atuação<br />
do corretor de seguros na venda consultiva<br />
se faz cada dia mais necessária.<br />
As lideranças do setor avaliam que a<br />
distribuição de seguros só será capaz<br />
de ampliar sua base de consumidores<br />
através da disseminação dos conceitos<br />
de educação financeira, realizada pelos<br />
corretores de seguros.<br />
Todos os processos apresentam<br />
resultados significativos para as<br />
corretoras de seguros que o implantaram.<br />
“Ao centralizar a execução de<br />
diversas atividades meio em uma única<br />
unidade, o CSC propicia importantes<br />
reduções de custos, racionalização<br />
de processos e intensificação de controles.<br />
As corretoras que entram no<br />
CSC-GC concluem que a implantação<br />
ou o aprimoramento de um CSC-GC<br />
é a maneira mais eficaz e rápida para<br />
atingir objetivos, dentre eles o crescimento<br />
orgânico e o aumento na receita<br />
comercial”, conclui Sheila.<br />
Jair Rasmann, diretor da GC; Luciano Bonano, acionista da GC; Leonardo Freitas, diretor comercial da Bradesco Seguros;<br />
Marco Aurélio Ribeiro, presidente da GC; Sheila Moura, coordenadora de marketing da GC e Marcos Alves, diretor da GC<br />
56
case premiado | junker<br />
Assessoria para Cross Selling<br />
(À frente) Cesar Miranda, Enir Junker, Vinícius de Abreu e equipe Junker<br />
Há muito os corretores de seguros<br />
são alertados sobre a necessidade<br />
de diversificar a sua<br />
carteira. Se há algum tempo<br />
o seguro de automóveis reinava absoluto<br />
como produto líder, agora é indiscutível a<br />
necessidade de aumentar a quantidade de<br />
itens comercializados. A Junker Assessoria<br />
identificou esta carência e vislumbrou<br />
os desafios dos corretores que desejam<br />
ampliar suas vendas. Esses obstáculos<br />
vão desde a falta de domínio técnico dos<br />
produtos até a dificuldade de encontrar<br />
profissionais capacitados no mercado de<br />
trabalho, sendo que a contratação de funcionário<br />
demanda tempo e alto custo até<br />
que ele esteja apto a trazer rentabilidade<br />
para a corretora.<br />
Atendendo cerca de 350 corretores<br />
e trabalhando com foco em ser atuante<br />
entre eles, a empresa reconheceu a necessidade<br />
de transformar as corretoras<br />
da grade da assessoria em multiproduto,<br />
trabalhando o cross selling em sua base<br />
de clientes. O cross selling (ou venda<br />
cruzada) é uma técnica de vendas usada<br />
para convencer o cliente a adquirir mais<br />
produtos do que havia pensado no primeiro<br />
momento. A estratégia visa melhorar<br />
a experiência de consumo e aumentar o<br />
ticket médio do negócio.<br />
Uma das vantagens desse tipo de<br />
venda é a fidelização do cliente, pois<br />
ao atender sua demanda e trazer uma<br />
solução definitiva do problema, acaba<br />
criando-se confiança no serviço prestado<br />
pela empresa e as chances desse consumidor<br />
voltar a fechar negócio aumenta.<br />
Por consequência, quando o método é<br />
aplicado adequadamente, além de aumentar<br />
o lucro da empresa, pode garantir<br />
uma vantagem competitiva em relação<br />
aos concorrentes.<br />
Vinícius de Abreu, diretor de Benefícios<br />
da empresa, juntamente com sua<br />
equipe, foi quem identificou essa necessidade<br />
de fazer o corretor despertar para<br />
outras carteiras com grande potencial<br />
de venda. O time desenvolveu a ideia e<br />
começou a aplicar a medida em conjunto,<br />
após a aprovação da presidência da<br />
assessoria.<br />
“Abordamos os corretores com a<br />
proposta de expandir suas carteiras,<br />
selecionando clientes para visitas direcionadas<br />
e supervisionadas pelo especialista<br />
do produto, funcionário da assessoria,<br />
cujo objetivo era proporcionar confiança<br />
para o corretor”, afirma Enir Junker,<br />
presidente da Junker.<br />
Um exemplo de sucesso foi apresentado:<br />
o resultado individual de uma<br />
corretora parceira da assessoria que,<br />
em 2017, não vendeu nenhum seguro<br />
no segmento benefício e, em 2018, após<br />
o trabalho de visitas supervisionadas,<br />
fechou o ano com uma produção de benefícios<br />
que corresponde a 25,58% do total<br />
da produção da corretora junto à Junker.<br />
Como resultado total, com a implantação<br />
do projeto de assistência para venda<br />
direcionada com cross seling, a assessoria<br />
obteve um aumento no número de<br />
parceiros com produção de seguro saúde.<br />
Em 2017, havia 109 corretoras com produção<br />
e, em 2018, 142, com crescimento<br />
de 30,3% no período. Comparando o<br />
primeiro semestre de 2018 com o mesmo<br />
período de 2019, foi notado um crescimento<br />
de 84% nos prêmios arrecadados.<br />
Um número expressivo e motivador,<br />
conquistado com uma atitude simples e<br />
sem custo adicional para a Junker.<br />
“Nossa missão é fazer o corretor<br />
entender o negócio e ampliar a sua base<br />
de consumidores. Apesar do resultado<br />
não aparecer em curto prazo para a<br />
assessoria, é importante para nós termos<br />
esse relacionamento com todos os<br />
nossos assessorados. A oportunidade de<br />
receber o Prêmio Melhores do Seguros<br />
mostra que estamos no caminho certo”,<br />
ressalta Enir.<br />
57
case premiado | livonius<br />
MGA no Brasil<br />
O<br />
termo em inglês Managing<br />
General Agent (MGA) designa<br />
aquela corporação que<br />
recebe da seguradora e da<br />
resseguradora a licença para subscrever<br />
tecnicamente um seguro e vendê-lo em<br />
nome delas.<br />
A Livonius MGA adotou este título<br />
por sua especialização no desenvolvimento<br />
de produtos, seleção de riscos e subscrição<br />
de seguros, sendo uma das mais<br />
antigas operadoras do mercado segurador<br />
brasileiro. A companhia conta com mais<br />
de 4 mil corretores cadastrados, que representam,<br />
sobretudo, seguros de nicho.<br />
A ideia de seguir nesse ramo de MGA<br />
surgiu nas consultas e estudos realizados<br />
em outros países, onde é comum essa denominação.<br />
Despertou também a necessidade<br />
do mercado em ter um especialista<br />
nesse segmento e não somente um simples<br />
operador. A Livonius MGA decide em<br />
colegiado, através dos seus cinco sócios<br />
estatutários: Antônio Eduardo de Moura<br />
Delfim, Vilmar José Menin, Nelson Darci<br />
Mayer, Juliano Santos Menin e Andreas<br />
Rafael Mayer, respaldada por três diretores<br />
corporativos, Marcelo Picinini,<br />
Márcio Uberti e Gilmar Barragan.<br />
Com mais de 50% de market share<br />
no segmento de Responsabilidade Civil<br />
Ônibus, a organização tornou-se referência<br />
no mercado segurador brasileiro.<br />
Também se sobressai nos ramos de Casco<br />
Ônibus, Máquinas e Equipamentos<br />
Agrícolas, Energia Renovável e Seguro<br />
“O mundo está em<br />
constante mudança e<br />
evolução, as tecnologias<br />
cada vez mais rápidas<br />
e nossa missão é<br />
acompanhar o mercado,<br />
buscando sempre o<br />
aprimoramento dos<br />
resultados”<br />
58<br />
Andreas Rafael Mayer, Marcio Feital, Nileide Fernandes e Marcelo Picinini<br />
Patrimonial, entre outros em constante<br />
desenvolvimento.<br />
A organização vem inovando no<br />
mercado, facilitando o diálogo entre os<br />
players do segmento e tornando a comunicação<br />
cada vez mais célere e objetiva,<br />
oferecendo novas tecnologias e atendimento<br />
humanizado.<br />
Esta modernidade está em consonância<br />
com as novas tendências do mercado<br />
global, que busca seguros diferenciados<br />
para o atendimento de novos nichos,<br />
muitos ainda não explorados ou não<br />
desenvolvidos pelo mercado brasileiro.<br />
Estar na vanguarda é uma das<br />
principais premissas da empresa. A<br />
Livonius sempre soube que não se faz<br />
nada sozinho, tanto que nasceu do sonho<br />
dos irmãos Gustav e Paulo Livonius e do<br />
sócio Erich Brandt, em 1888.<br />
Desde aquela época, a missão e os<br />
valores que movem a empresa são o aprimoramento<br />
do trabalho com os parceiros,<br />
profissionalização da equipe e a preservação<br />
da imagem da instituição do seguro,<br />
com respeito a ética, lealdade, transparência<br />
e o comprometimento profissional.<br />
“O mundo está em constante mudança<br />
e evolução, as tecnologias cada<br />
vez mais rápidas e nossa missão é acompanhar<br />
o mercado, buscando sempre o<br />
aprimoramento dos resultados”, afirmam<br />
Andreas Rafael Mayer, diretor técnico<br />
operacional, e Juliano Santos Menin,<br />
diretor de negócios da Livonius.<br />
Atualmente, a organização conta<br />
com 70 pessoas na matriz, totalizando<br />
140 pessoas operando no Brasil, diversos<br />
escritórios espalhados em regiões<br />
estratégicas, todos em constante aperfeiçoamento<br />
e acompanhando as melhores<br />
tendências tecnológicas de mercado.
case premiado<br />
Meireles e Mantey<br />
Inbound marketing gera resultados<br />
em médio prazo<br />
As operações da corretora de<br />
seguros Meireles e Mantey<br />
tiveram início em fevereiro de<br />
2017 e, como qualquer nova<br />
empresa que inicia com pouco ou nenhum<br />
capital, o desafio era crescer e escalar o<br />
negócio. Não tendo experiência no mercado,<br />
a empresa começou a captação de<br />
clientes por outbound marketing, ligando<br />
para uma massa de pessoas e oferecendo<br />
seus produtos.<br />
No entanto, em pouco tempo, os sócios<br />
Danilo Mantey e Gustavo Meireles<br />
perceberam que essa forma de prospecção<br />
não estava atingindo o crescimento<br />
desejado, resolvendo apostar no inbound<br />
marketing como estratégia de crescimento<br />
rápido e escalado. Desenvolveram uma<br />
página para a empresa com diversas<br />
estratégias para captação do consumidor<br />
interessado, que deu certo para gerar leads,<br />
mas ainda assim as vendas não cresciam.<br />
Danilo Mantey e Gustavo Meireles<br />
Analisando e buscando os motivos,<br />
foi identificado que, mesmo gerando bons<br />
leads, ao abordar o cliente como um corretor<br />
da empresa, o trabalho de evidência<br />
sobre a credibilidade da companhia não<br />
era suficiente para a pessoa passar todos<br />
os seus dados, e quando ele recebia uma<br />
oferta de qualquer grande player do<br />
mercado, esse usuário optava por fechar<br />
negócio com o concorrente.<br />
Identificado o problema, a empresa<br />
começou a procurar por soluções. “Começamos<br />
a pensar em qual companhia<br />
pudesse oferecer essa credibilidade,<br />
então fomos atrás e conseguimos fechar<br />
uma parceria com a Porto Seguro, oferecendo<br />
somente os produtos da seguradora.<br />
Nosso site passou por uma reformulação<br />
e direcionava toda a comunicação<br />
para o portal da parceira. A partir daí,<br />
começamos a ver um resultado positivo<br />
nas vendas”, afirma Meireles.<br />
Atualmente, foi criada uma célula<br />
exclusiva para atender às demais<br />
seguradoras,mantendo a que trabalha<br />
apenas com a principal parceira. Atuando<br />
nesse modelo, a corretora conquistou um<br />
crescimento disruptivo, pois em 2 anos<br />
atingiu mais de 2 mil clientes ativos, com<br />
faturamento nos últimos 12 meses de R$<br />
500 mil e projeção de R$ 1 milhão para<br />
o próximo ano.<br />
case premiado<br />
Minuto<br />
Selo RA 1000<br />
Reclame Aqui<br />
Atendimento humano é tudo:<br />
como humanizar o contato<br />
melhora os negócios? Desde<br />
sua fundação, em 2011, a<br />
Minuto Seguros preza pelo atendimento<br />
humanizado para fortalecer os negócios<br />
e criar laços importantes com os clientes.<br />
Isso também passa pela importância da<br />
fidelização com a marca, com segurança<br />
e confiança no momento do fechamento.<br />
A busca por atendimento humanizado<br />
passa por índices de agilidade, poder de<br />
resolução e empatia em todas as fases do<br />
contato. Em 2018, a corretora focou na<br />
área de Atendimento e Qualidade, tendo<br />
como o objetivo, principalmente, o tempo<br />
de resposta para os clientes em busca do<br />
reconhecimento do site através do Selo<br />
RA1000.<br />
Manes Erlichman, sócio-diretor da<br />
empresa, relata que o engajamento dos<br />
colaboradores foi fundamental para que a<br />
Minuto conseguisse a certificação. “Desde<br />
o primeiro momento<br />
nós percebemos<br />
que era uma oportunidade<br />
de pegar<br />
as insatisfações e<br />
melhorar os nossos<br />
processos. Exploramos<br />
a real função<br />
do ReclameAqui,<br />
que era medir a reputação<br />
das empresas, e nos engajamos<br />
para conseguir essa certificação. A partir<br />
do momento que o cliente visualiza o selo<br />
RA1000, ele fica mais seguro para fechar<br />
uma compra conosco”, conta o executivo.<br />
Quando da implantação da filosofia<br />
do atendimento humanizado, em junho<br />
de 2018, o tempo médio de resposta era<br />
de, aproximadamente, 6 horas, com o<br />
intuito de dar o retorno já com solução.<br />
O trabalho para que as respostas fossem<br />
mais rápidas e resolutivas deu resultado.<br />
Em maio de 2019, o tempo reduziu e está<br />
Equipe Minuto e equipe HDI Seguros<br />
em menos de 2 horas e retorno com o<br />
problema resolvido.<br />
O engajamento da empresa gerou resultado.<br />
Em junho de 2019 a empresa saiu<br />
de “Bom” e chegou ao “Selo RA1000” em<br />
março de 2019. Para chegar a este patamar,<br />
a empresa precisa possuir índice de resposta<br />
igual ou superior a 90%, ter índice<br />
de solução do problema igual ou superior<br />
a 90%, ter, também, média de avaliações<br />
igual ou superior a 7 e, por fim, um índice<br />
de voltaria a fazer negócios igual ou<br />
superior a 70%.<br />
59
case premiado | rede lojacorr<br />
Ecossistema de parceiros<br />
Luis Longobardi, diretor de mercado e operações; Ana Clara Baptistella,<br />
analista de comunicação sênior e Denise França, analista de marketing<br />
Com presença nacional, a Rede<br />
Lojacorr tornou-se parceria<br />
estratégica para a comercialização<br />
de seguros no país.<br />
A empresa disponibiliza para as corretoras<br />
parceiras soluções em seguro,<br />
resseguros, produtos financeiros, canais<br />
estratégicos e operações especiais. Com<br />
presença em 22 estados e no Distrito Federal,<br />
a companhia conta com o suporte<br />
de 180 colaboradores. A sua sede administrativa<br />
fica na cidade de Curitiba, no<br />
Paraná, enquanto a sede comercial do<br />
grupo está instalada em São Paulo.<br />
O modelo de negócios da organização<br />
beneficia atualmente mais de 1.200<br />
profissionais de seguros. Com presença<br />
nacional por meio de 54 unidades e<br />
corretores distribuídos em mais de três<br />
mil municípios, além da parceria com<br />
37 seguradoras, a organização protege<br />
mais de 360 mil segurados, divididos<br />
entre famílias e empresas.<br />
Pensando nisso, a empresa se preocupou<br />
em fazer com que o corretor<br />
de seguros entendesse seu verdadeiro<br />
60<br />
papel na indústria da proteção, para<br />
que, em parceria com as seguradoras,<br />
possa atender os interesses dos seus<br />
segurados. Ao revisitar seu planejamento<br />
estratégico há dois anos, a Rede<br />
resolveu estabelecer como missão criar<br />
e compartilhar soluções de negócios que<br />
gerem desenvolvimento sustentável para<br />
os seus integrantes. Foi daí que surgiu a<br />
ideia de criar um ecossistema que unisse<br />
todas as pontas.<br />
O case “Ecossistema de Parceiros”,<br />
premiado no Prêmio Melhores do Seguro<br />
2019, vem sendo desenvolvido pela<br />
rede há dois anos e foi oficializado em<br />
março de 2019, visando mostrar uma<br />
mudança de posicionamento da empresa<br />
para o formato de comunidade. Funcionando<br />
como uma plataforma digital, o<br />
intuito é fortalecer as corretoras mediante<br />
uma rede integrada de soluções<br />
e empresas para potencializar a atuação<br />
do profissional junto ao segurado e ao<br />
mercado e oferecer proteção.<br />
De acordo com Diogo Arndt Silva,<br />
presidente da Rede Lojacorr, “foi<br />
detectada pela nossa equipe a importância<br />
de entender as necessidades do<br />
corretor. Com essa visão de plataforma,<br />
conectamos todos os parceiros para que<br />
eles possam oferecer uma solução que<br />
vá além de vender seguro para os seus<br />
clientes”. O executivo ainda afirmou<br />
que, com a integração dos usuários, há<br />
um ganho de eficiência para o profissional<br />
e as soluções para as “dores” do<br />
corretor acabam tendo um custo mais<br />
baixo.<br />
Atuando neste modelo de parcerias,<br />
no ano de 2018, os corretores de seguros<br />
e consórcios da companhia responderam<br />
pela produção de R$ 515 milhões<br />
em prêmios, o que representou 25,19%<br />
acima de 2017 (quando foi produzido<br />
R$ 424 milhões). Este crescimento foi<br />
quatro vezes maior do que o mercado.<br />
Outro ponto positivo foi a diversificação<br />
da carteira, pois a empresa teve produtos<br />
comercializados em 33 ramos distintos.<br />
No primeiro semestre de 2019, a Rede<br />
Lojacorr registrou um crescimento de<br />
21,7% em seguros, consórcios e demais<br />
segmentos.<br />
O montante de prêmios líquidos<br />
emitidos de janeiro a abril de 2019 foi<br />
de R$ 280 milhões, enquanto que em<br />
todo o ano de 2018 o índice ficou em<br />
R$ 515 milhões. No primeiro semestre,<br />
os seguros de Auto RE e Benefícios<br />
tiveram um crescimento de 21,25%, já<br />
consórcios, 25,57%, e demais segmentos<br />
(linhas financeiras) 33,30%, todos se<br />
comparados ao mesmo período do ano<br />
passado. A expectativa da Rede Lojacorr<br />
é de fechar o ano com acréscimo de 25%<br />
sobre 2018 e comemorar o primeiro<br />
bilhão em 2021, com cerca de 2 mil<br />
corretoras conectadas à rede.<br />
Segundo Silva, a plataforma está em<br />
processo de aperfeiçoamento, visando<br />
também o desenvolvimento do corretor<br />
com foco em vendas de RC. “Estamos<br />
fechando parcerias com vários outros<br />
players do mercado, para que nosso<br />
parceiro possa consumir conteúdo para<br />
a sua formação e da sua equipe em um<br />
único ambiente”.
case premiado | seguros do brasil<br />
Programa de Fidelidade<br />
No mundo corporativo, tão<br />
importante quanto conquistar<br />
novos clientes é conseguir que<br />
o usuário continue acompanhando<br />
a sua marca. Por conta disso,<br />
a popularização de ferramentas como<br />
campanhas de fidelidade ganham cada<br />
vez mais adeptos. A Seguros do Brasil<br />
elaborou uma pesquisa de mercado e decidiu<br />
investir em seu Programa de Fidelidade,<br />
cujo intuito é recompensar os novos<br />
usuários indicados por antigos clientes.<br />
Sandro Cesar Alarcão, diretor executivo<br />
da empresa, conta que a motivação para<br />
montar o programa foi a baixa indicação<br />
de produtos de automóvel, residencial e<br />
vida. “Mapeamos que as baixas indicações<br />
poderiam ser solucionadas por um<br />
programa de benefícios. Ou seja, clientes<br />
que indicam novos clientes e, caso esses<br />
viessem a fechar conosco, poderiam ganhar<br />
pontos para trocar por premiações<br />
equivalentes, como por exemplo, milhas<br />
Smiles, vale-cinema, vale-combustível,<br />
eletrônicos, utilidades domésticas etc”,<br />
relata Alarcão.<br />
Ao todo, a plataforma oferece diversas<br />
opções de prêmios. Cada indicação<br />
fechada pode recompensar com até 2.500<br />
pontos. O processo para começar a participar<br />
é se cadastrar, gratuitamente, no<br />
programa, via site da corretora ou link<br />
enviado pelo atendimento da própria<br />
corretora e começar a indicar.<br />
As indicações e seus status podem<br />
ser acompanhadas pelos clientes em<br />
tempo real através da plataforma própria<br />
do programa, um CRM completo e<br />
também através de e-mails informativos<br />
e interativos, com uma linguagem fora<br />
do “segurês”. A plataforma também<br />
conta com extrato de indicações, pedido<br />
de contratações de seguros, ranking de<br />
melhores indicadores, acesso às redes<br />
sociais para compartilhamento das novidades,<br />
e-book e vídeos explicativos,<br />
chat com a corretora em tempo real e<br />
área para resgate/troca de pontos.<br />
As redes sociais cumpriram um<br />
papel fundamental na divulgação do Programa.<br />
Como alicerce para a prospecção<br />
Sandro Cesar Alarcão, diretor executivo e Cristina Costa, diretora comercial, ambos<br />
da Seguros do Brasil; com Mauro Hime Leão, diretor comercial da Alfa Seguradora<br />
de futuros clientes, a Seguros do Brasil<br />
usou as redes sociais e campanhas para<br />
direcionar usuários para o site. “Diariamente,<br />
nós fazemos postagens lúdicas<br />
nos stories do Whatsapp com o intuito de<br />
alavancar a campanha”, conta o executivo.<br />
“Quando a plataforma passou a vigorar,<br />
fomos atrás da captação do cadastro<br />
de todos os nossos clientes. Para que eles<br />
façam parte do programa é necessário o<br />
cadastro. Até as pessoas começarem a<br />
nos procurar interessadas levou um certo<br />
tempo, mas a novidade caiu nas graças<br />
deles, principalmente para aqueles que<br />
amam viajar e estavam trocando seus<br />
pontos por milhas aéreas”, explica.<br />
Com o sucesso da ideia, o executivo<br />
já pensa em aperfeiçoar o Programa de<br />
Fidelidade e englobar cada vez mais carteiras<br />
e faz prognósticos para prospecção<br />
de novos consumidores: “Acredito que<br />
o projeto esteja bem feito, mas o que<br />
pensamos em desenvolver por agora foi<br />
a extensão para saúde, até porque a corretora<br />
trabalha com planos e seria uma<br />
possível expansão”, conclui.<br />
“Quando a plataforma passou a vigorar, fomos atrás<br />
da captação do cadastro de todos os nossos clientes.<br />
Para que eles façam parte do programa é necessário<br />
o cadastro. Até as pessoas começarem a nos<br />
procurar interessadas levou um certo tempo, mas a<br />
novidade caiu nas graças deles, principalmente para<br />
aqueles que amam viajar e estavam trocando seus<br />
pontos por milhas aéreas”<br />
61
case premiado | sicoob sc/rs<br />
APP Educação estratégica<br />
A<br />
corretora de seguros faz<br />
parte do Sicoob (Sistema de<br />
Cooperativas de Crédito do<br />
Brasil, Santa Catarina/Rio<br />
Grande do Sul), uma instituição financeira<br />
que atende cerca de 4,4 milhões de<br />
cooperados, com mais de 400 agências<br />
espalhadas em 270 municípios e cerca de<br />
42 mil funcionários.<br />
Além de oferecer crédito, a empresa<br />
fornece consórcio, previdência, cartões e<br />
seguros. A corretora de seguros Sicoob<br />
SC/RS foi criada em 2009 para atender<br />
a carência dos seus clientes quando o assunto<br />
é seguro. Atualmente, a corretora<br />
trabalha com as principais seguradoras<br />
do mercado, como Porto Seguro, Azul,<br />
Mapfre, Allianz, HDI, Liberty e Sicoob<br />
Seguradora.<br />
No modelo de gestão de negócios da<br />
instituição, são encarados como clientes<br />
da corretora os próprios consultores<br />
de vendas da cooperativa financeira e<br />
os segurados, com atendimento sendo<br />
realizado por meio de uma estrutura<br />
centralizada que envolve os departamentos<br />
administrativo, comercial,<br />
desenvolvimento e de projetos.<br />
Com objetivo de entender melhor<br />
as dificuldades dos clientes da empresa,<br />
a companhia indicou três funcionários<br />
mais experientes da área de desenvolvimento<br />
para que procurassem, pessoalmente,<br />
em todas as estruturas regionais,<br />
qual era a maior dificuldade na gestão<br />
da carteira.<br />
Assim, os executivos participaram<br />
de um evento chamado Comitê<br />
de Orientação Estratégica (COES), no<br />
qual foi aberto um espaço para que as<br />
agências apontassem suas necessidades<br />
ou sugestões para o planejamento. Com<br />
essa oportunidade, os colaboradores<br />
mencionaram a grande necessidade<br />
de mais treinamentos e capacitação à<br />
distância, interatividade e comunicação<br />
mais fluída.<br />
A área de Operações & Projetos<br />
da corretora ficou responsável pela<br />
pesquisa, implantação e entrega de uma<br />
solução. Foram envolvidos todos os<br />
62<br />
Executivos do Sicoob recebem o Prêmio Melhores do Seguro das mãos de<br />
Renato Pedroso (centro), presidente da Previsul<br />
setores da empresa que, em conjunto,<br />
definiram o fluxo do projeto. Durante<br />
esse processo, foram percebidos altos<br />
custos financeiros e humanos para a<br />
realização de eventos e cursos, riscos<br />
de deslocamentos de empregados e<br />
abrangência territorial.<br />
O plano de implementação estruturado<br />
pelo setor de projetos foi dividido<br />
em três partes: BI (Business Intelligence),<br />
aplicativo para relacionamento e<br />
atendimento. Também foi implementada<br />
a Escola de Seguros da corretora, que<br />
oferece treinamentos presenciais para os<br />
“Começamos a pensar em alternativas para que<br />
esse novo sistema fosse eficaz e que realmente<br />
envolvesse quem tivesse lendo o conteúdo”<br />
Marcel Evandro Bankon
gerentes das agências do Sicoob, vídeos<br />
de instrução, manuais, ferramentas de<br />
comparativo e facilitadores de vendas.<br />
Mas, mesmo assim, a empresa não obtinha<br />
o retorno que esperava em vendas.<br />
De acordo com Marcel Evandro<br />
Bankow, diretor técnico e comercial da<br />
organização, “com todo esse processo,<br />
foi percebido que, por vezes, nem todas<br />
as informações chegavam à ponta, no<br />
caso, o funcionário da agência, e algumas<br />
eram recebidas de maneira errada,<br />
o que é natural pois havia uma corrente<br />
de pessoas eram envolvidas”. Contudo,<br />
seria custoso e muito trabalhoso para a<br />
empresa oferecer treinamento para esses<br />
colaboradores.<br />
Por isso, o Sicoob começou a pesquisar<br />
fornecedores de ferramentas<br />
que solucionassem de maneira rápida<br />
e eficaz o problema. Primeiramente, a<br />
corretora buscou startups que sugerissem<br />
algo diferente e que suprissem as suas<br />
necessidades.<br />
Engajamento<br />
Mesmo oferecendo uma plataforma<br />
de ensino à distância para os<br />
funcionários, a empresa percebeu que, da<br />
maneira que estava estruturado o sistema,<br />
não havia engajamento dos colaboradores.<br />
Equipe Sicoob SC/RS<br />
Marcel Evandro Bankow e Gelson Flores da Silva Júnior<br />
“Começamos a pensar em alternativas<br />
para que esse novo sistema fosse eficaz<br />
e que realmente envolvesse quem tivesse<br />
lendo o conteúdo”, afirma Bankow.<br />
No Google Campus de São Paulo<br />
estava incubada uma startup chamada<br />
Hondana, que fornece um chatbot interativo<br />
e que, por meio de perguntas e<br />
respostas, em pílulas de conhecimento<br />
que duram de 1 a 4 minutos por dia, ensina<br />
técnicas de venda, teoria, condições<br />
gerais do seguro, campanhas e eventos<br />
para o usuário. Assim surgiu o app Quizz.<br />
Misturando interação, bom humor<br />
e “gameficando” a educação, a companhia<br />
percebeu que os colaboradores<br />
estavam interagindo e acessando mais o<br />
conteúdo. Depois de instalado no celular<br />
e com acesso liberado pela Escola de<br />
Seguros do Sicoob, sempre que é gerada<br />
uma pílula de conhecimento um quiz é<br />
disparado e o app notifica o colaborador,<br />
dando 72 horas para acessar e responder<br />
as perguntas.<br />
Toda interação do usuário é registrada,<br />
acertos, erros, engajamento e comentários,<br />
que retornam para a Escola,<br />
que pode definir reforços de capacitação<br />
específicos para empregados, agências,<br />
regiões ou até mesmo para toda rede,<br />
dependendo do resultado das respostas.<br />
Cada acerto do quiz gera 50 pontos<br />
para o colaborador. Caso o usuário erre,<br />
pela participação e para manutenção<br />
de engajamento, ele ganha 25 pontos.<br />
“Estar engajado é importante e por isso<br />
elaboramos esse esquema de pontuação,<br />
assim o funcionário não desiste caso<br />
não saiba responder alguma pergunta”,<br />
ressalta Flores Jr., analista responsável<br />
pelo projeto. Durante o semestre, os três<br />
primeiros colocados são premiados com<br />
brindes institucionais.<br />
Segundo Bankow, a maior vantagem<br />
dessa educação estratégica para<br />
a organização é a comunicação direta<br />
com a última linha de atendimento,<br />
que é quem tem contato direto com o<br />
público da companhia. “A nossa maior<br />
dificuldade é que dentro da empresa há<br />
concorrência. A mesma pessoa que comercializa<br />
seguro vende também cartão<br />
de crédito, consórcio e uma série de<br />
coisas que acabam sendo mais rentáveis<br />
para o Sicoob. Quando há confiança,<br />
informação e motivação, as chances de<br />
negócios são potencializadas”.<br />
63
case premiado<br />
Miura<br />
Novo modelo de remuneração<br />
para Ramos Elementares<br />
O<br />
DNA de inovação sempre<br />
fez parte do cotidiano dos<br />
colaboradores da Miura Corretora<br />
de Seguros. Fundada<br />
em 1978, a empresa se modernizou com<br />
o tempo e hoje possui em sua carteira<br />
companhias multinacionais e empresas<br />
de médio e grande porte.<br />
Por estar presente em 130 países,<br />
a corretora tem a facilidade de aplicar<br />
modernas práticas de Gerenciamento<br />
de Risco e apresentar soluções de forma<br />
personalizada para variados clientes.<br />
Na prática, o modelo atual e usual de remuneração<br />
das corretoras possui um “conflito<br />
de interesses” entre o que “é bom” para<br />
o cliente e o que “é bom” para a corretora.<br />
Sabendo que a comissão para a empresa<br />
é uma % do prêmio pago, ou seja, quanto<br />
“pior” (mais caro) for para o segurado,<br />
“melhor” será para a corretora (maior<br />
comissão), o que pode induzir o corretor<br />
Fabio Miura e Cynthia Miura, da Miura<br />
A<br />
história do Programa Aluno<br />
e Escola Seguros (P.A.E.S)<br />
começou em 2011. O fundador<br />
do programa, Luciano<br />
Basílio, CEO da Styllo Corretora de<br />
Seguros, teve um problema com a filha,<br />
Larissa, que acabara de entrar na escola.<br />
Ao receber uma ligação dizendo<br />
que a menina teria se machucado em<br />
uma queda, Basílio largou o que estava<br />
fazendo e foi imediatamente prestar<br />
socorro à filha.<br />
O P.A.E.S certifica as escolas que<br />
prestam atendimento emergencial em<br />
caso de acidentes dentro e fora da escola<br />
fornecendo, dentre outros benefícios,<br />
transporte emergencial a hospitais particulares<br />
e até professor particular caso<br />
o aluno não possa regressar às aulas, evitando<br />
que o ano letivo seja prejudicado.<br />
“Assim como minha filha, muitas outras<br />
crianças estão perdendo ou colocando<br />
sua vida em risco porque o ambiente esa<br />
não trabalhar para que as melhores<br />
condições do mercado cheguem ao cliente.<br />
Ganhador pela segunda vez consecutiva,<br />
Fabio Miura, diretor executivo<br />
da companhia, explica os motivos que<br />
impulsionaram a elaboração do dispositivo.<br />
“O que nos motivou a elaborar essa<br />
ferramenta foi o conflito de interesses.<br />
Gostaríamos de elaborar um programa<br />
colar não é preparado<br />
para um momento<br />
de emergência. Nós<br />
entendemos que o<br />
que ocasionava isso<br />
era a falta de conhecimento<br />
da família”,<br />
relata Basílio.<br />
Em setembro de<br />
2017, o aluno Lucas Begalli Zamora, de<br />
10 anos, morreu em uma excursão escolar<br />
ao se engasgar com um lanche em Campinas<br />
(SP). Desde então, o congresso se<br />
mobilizou e aprovou a proposta da Lei<br />
Lucas 13.722/2018 em homenagem ao<br />
menino, que obriga as escolas básicas<br />
e infantis, na esfera pública e privada, a<br />
capacitar professores e profissionais escolares<br />
com curso de primeiros socorros.<br />
A Lei foi sancionada pelo presidente no<br />
dia 4 de novembro de 2018.<br />
O executivo conta que o programa<br />
serve para que os pais possam acomque<br />
fosse mais ético, transparente e justo<br />
para ambas as partes”, relata.<br />
No novo modelo de negócios, a corretora<br />
é remunerada por pela performance<br />
na redução do prêmio na renovação<br />
do seguro. Dessa forma, diferentemente<br />
do modelo tradicional, tanto a corretora<br />
quanto o cliente estarão do “mesmo lado<br />
da mesa”, sendo os dois beneficiados caso<br />
haja a redução no prêmio.<br />
Inspirada em outras empresas que<br />
passaram a adotar sistemas parecidos<br />
com o da companhia, a elaboração da plataforma<br />
foi discutida a partir de pesquisas<br />
e elaborada internamente. O executivo<br />
conta que a divulgação do produto foi<br />
feita de forma bastante trabalhosa. “Não<br />
consigo enxergar essa divulgação sendo<br />
feita de forma maciça. É algo que requer<br />
uma divulgação muito cuidadosa, minuciosa,<br />
ainda mais por envolver números<br />
torna mais difícil o processo”, revela.<br />
case premiado<br />
Styllo<br />
Programa Paes -<br />
Seguro Educação<br />
Tarcísio Rocha, COO; Almir Eleotero, comercial; Sueli Basilio,<br />
CFO e Luciano Basilio, CEO<br />
panhar, através da ferramenta, quais<br />
escolas possuem o selo Escola Segura.<br />
“Precisamos identificar para os pais quais<br />
são as escolas confiáveis. Para selecionar,<br />
eu preciso dar algum tipo de certificação,<br />
de uma chancela. A plataforma consegue<br />
unir os pais que estão querendo buscar<br />
um ambiente seguro para seus filhos e as<br />
escolas que gostariam de ter a certificação”,<br />
explica.<br />
Em menos de trinta dias do lançamento,<br />
o Programa alcançou a casa de 94<br />
instituições de ensino. Hoje, a plataforma<br />
possui 227 escolas catalogadas.<br />
64
comunicação e expressão<br />
por J. B. Oliveira*<br />
Em comunicação negocial,<br />
é preciso estar seguro<br />
Ao longo de todo o tempo em que venho ministrando<br />
Cursos de Oratória – para os mais diversos segmentos profissionais<br />
e sociais – observei que a maior dificuldade a vencer,<br />
na comunicação interpessoal, é a inibição!<br />
E o que é essa tal de inibição?<br />
É o medo de falar com as pessoas, com o público!<br />
Há quem pense isso só se dá com os brasileiros, porque<br />
nossa base educacional não é das melhores; nosso caldo<br />
de cultura deixa muito a desejar e isso tudo nos transmite<br />
insegurança, certo?<br />
Não. Errado! Estudo realizado nos Estados Unidos demonstrou<br />
que o medo de falar em público é um dos maiores<br />
entre os cidadãos americanos! Tão acentuado – imaginem<br />
– quanto o medo da morte! Portanto, esse trauma não é “privilégio”<br />
nosso: é um sentimento universal!<br />
Dizia Dadá Maravilha que “toda problemática tem que<br />
ter uma solucionática”! Qual é a que se aplica ao caso? Como<br />
fazer para afastar essa barreira que trava a garganta de tantas<br />
pessoas?<br />
Ora, a primeira coisa a fazer quando se quer enfrentar – e<br />
vencer – uma dificuldade, é conhecê-la! Então, precisamos<br />
saber o que é inibição. Ela responde por outros nomes, como<br />
incerteza, medo, timidez e, mais apropriadamente, insegurança.<br />
De fato, a questão toda é que você, como comunicador, se<br />
sente totalmente inseguro. A “solucionática”, portanto, é que<br />
você, quando for falar, trate de tornar-se seguro! Desta forma:<br />
1. Esteja seguro em sua apresentação pessoal<br />
Cuide muito bem de sua aparência, que é seu marketing<br />
pessoal, sua vitrine.<br />
Coloque bem a voz¸ projetando-a com firmeza, clareza<br />
e polidez.<br />
Cumprimente de maneira correta, demonstrando bem-<br />
-estar, simpatia e respeito.<br />
Sorria de modo cordial, sincero e discreto. Transmita<br />
bom humor e boa disposição pessoal.<br />
2. Esteja seguro em sua mente<br />
Defina e qualifique seu objetivo: o que pretende obter do<br />
interlocutor ou do grupo.<br />
Determine o que vai oferecer e quem serão os destinatários<br />
da mensagem.<br />
Monte mentalmente a demonstração do que está apresentando.<br />
Enfatize os pontos-chave.<br />
Automotive-se. Entusiasme-se. Mantenha Atitude Mental<br />
Positiva.<br />
3. Esteja seguro em sua comunicação<br />
Estude minuciosamente o assunto. Conheça muito bem<br />
sua tese e a do concorrente.<br />
Preveja as possíveis perguntas, dúvidas e objeções.<br />
Prepare-se para atendê-las satisfatoriamente.<br />
Reúna o máximo possível de elementos de comprovação<br />
e corroboração de sua tese.<br />
Faça exercícios, simulações e testes, ampliando e melhorando<br />
seus argumentos.<br />
4. Esteja seguro em seu desempenho<br />
Reveja sua apresentação pessoal: aparência física, traje,<br />
expressão fisionômica e postura.<br />
Trabalhe os Canais Neurolinguísticos da Comunicação:<br />
visual, auditivo e sinestésico.<br />
Prepare-se para colher retornos (feedback). Grave nomes,<br />
dados e detalhes.<br />
Saiba tudo sobre o assunto; fale só o suficiente. Conclua<br />
cada item que apresentar.<br />
5. Esteja seguro nos pontos críticos da comunicação<br />
INÍCIO: faça a abertura – abordagem – de forma original,<br />
inteligente e que desperte curiosidade.<br />
MEIO: dê ao desenvolvimento – demonstração – consistência,<br />
com números, dados, comprovações.<br />
FIM: proceda ao encerramento – fechamento – de modo<br />
marcante, firme e convincente.<br />
CHAVE-DE-OURO: use uma palavra final empática e<br />
amiga, motivando para nova comunicação.<br />
Aplicados disciplinadamente, estes cinco itens afastarão a<br />
inibição, criando a segurança necessária à formação da autoconfiança,<br />
base da boa comunicação. A par disso, note que as<br />
técnicas da Oratória Clássica são as mesmas da comunicação<br />
em reuniões, no trabalho e no meio social. Os princípios são<br />
idênticos também para a Comunicação em Negociação e<br />
Vendas! A conclusão obrigatória é: um Curso de Oratória é<br />
fator de superação de traumas e medos, gerando satisfação<br />
profissional e pessoal. E boas vendas!<br />
* J. B. Oliveira é Consultor de Empresas, Professor Universitário, Advogado e Jornalista.<br />
É Autor do livro “Falar Bem é Bem Fácil”, e membro da Academia Cristã de Letras<br />
www.jboliveira.com.br – jboliveira@jbo.com.br<br />
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