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Revista da Sociedade - SEARVO - DEZEMBRO19-web

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Entrevista

O Brasil não tem engenheiros o suficiente?

Número de engenheiros temos. Se pegarmos

a quantidade de engenheiros que se forma

é absurda. O que acontece é que, com a economia

desacelerada, esses profissionais acabam

alocados em outros postos de trabalho fora da

engenharia e ficam desatualizados. Talvez por

questão de falta de incentivo, ou de pró atividade.

Então, o que esperamos de coração dentro da

associação é que os profissionais de engenharia

compareçam, levem demandas. Precisamos nos

atualizar, pois na hora em que o jogo começar

de verdade, a gente tem de estar preparado. É

dentro do associativismo que se cria forças para

conseguir o que precisa.

Sobre os anos de gestão na SEARVO.

Qual a maior dificuldade?

A maior dificuldade foi trazer e manter os

sócios na entidade. Foi um trabalho iniciado na

gestão anterior, do presidente Marco Aurélio

Davanço. Quando ele assumiu, começou a trazer

palestras. Antigamente vinham pouquíssimos

palestrantes para cá.

Quanto aos avanços na gestão?

Tive uma certa dificuldade no primeiro

mandato. Eu ainda fazia a segunda graduação.

O meu vice-presidente à época me ajudou imensamente.

Tocou a associação comigo. Na época

eu abria a associação, começava a reunião e no

meio tinha de ir para a aula. Foi um ano muito

difícil pra mim por conta dessa questão pessoal.

Em contrapartida, as pessoas começaram a frequentar

a associação. Continuamos trazendo palestras

e cursos e as pessoas se fidelizaram.

Essa maior frequência é importante, mas

acho que o principal marco da gestão foi ter conseguido

fazer a reforma da sede, que é antiga.

Nossos ex-presidentes, com muito custo, conseguiram

ergue-la. Mas desde então não havia sido

feita reforma.

Minha mãe esteve na sede em um final de

semana em que eu não estava e, quando me encontrou,

falou: É lá que vocês ficam? Respondi

que sim, de boca cheia. Ela seguiu: Você não tem

vergonha da casa dos engenheiros ser daquele

jeito?

Me doeu bastante. No sentido de ser o pontapé

inicial para que pudéssemos mudar nossa

realidade. Então, no final de 2018, início de 2019,

fizemos uma grande reforma na sede. O espaço

melhorou mais de 100%. Inclusive, hoje conseguimos

ter renda com a nossa sala de reuniões.

Diria que o grande feito foi a reforma. Além disso,

após eu ter entrado para o CDER e para o

IPEEA, consegui levar o nome de Votuporanga

a outros patamares.

Quais, por exemplo?

Votuporanga hoje é uma cidade reconhecida

dentro do sistema Confea/CREA. Anteriormente

era só mais uma cidade. Não é demérito

de nenhum de meus antecessores, muito pelo

contrário. Eles trabalharam e eu assumi em um

ponto em que consegui realmente jogar a bola

para cima.

O que isso traz de benefícios à cidade?

Os olhos do CREA-SP se voltam com mais

atenção ao município. Em 2018, uma das políticas

do presidente Vinícius foram as blitze de

fiscalização e uma delas foi oficializada em Votuporanga.

Fiscais do CREA estiveram aqui. A

frota de veículos estava aqui. Prefeito da cidade

estava presente, deputado estadual. Votuporanga

passou a ser prestigiada pelo CREA-SP, que

está aí para defender a sociedade. Foi um grande

avanço, pois nunca havia acontecido algo assim.

Qual a importância de uma entidade

como o CREA-SP para impulsionar as associações?

O CREA possui três linhas de patrocínio

para as associações. Uma é o plano de trabalho

anual, a qual um termo de colaboração é assinado

mediante à elaboração de um cronograma de

execução durante 12 meses. Tenho sempre de

atender fiscalização, valorização profissional e legislação

profissional. Dentro desses três pilares,

o CREA adota diversos critérios para mensurar

valores e repassa-los mensalmente.

Também tem o termo de fomento, que são

específicos para a valorização do profissional e

atualização sobre a legislação. A terceira, que é

específica do CREA-SP, é o termo de cessão de

uso. O CREA-SP, para fortalecer a associação

dentro do município, instala sua unidade dentro

da associação. Nossa sede é própria e o CREA-

-SP aluga um espaço para promover atendimento

profissional. É uma forma de trazer os profissionais

da região inteira aqui para dentro.

Quantos associados tem a SEARVO?

Tem atualmente 100 associados. Oscila

bastante. À medida que sai algum profissional,

entram novos, a maioria estudantes. Estamos

mantendo esse número de associados há pouco

mais de três anos.

No segundo semestre de 2019 começamos

a trazer palestrantes de renome e isso tem dado

uma sacudida na nossa realidade. Acreditamos

que o número de associados possa aumentar.

Revista da Sociedade 29

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