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Silas Kasahaya, vice-presidente da Samplemed,
explica um pouco mais sobre o impacto da
tecnologia nos negócios de saúde
Apólice: Qual pode ser o impacto
da DPS (Declaração Pessoal de
Saúde) digital para as seguradoras?
Silas Kasahaya: A Declaração de
Saúde Digital é realizada com ferramentas
que aplicam Inteligência
Artifical e análise preditiva ao banco
de dados da Samplemed e/ou da
seguradora. Ela pode ser vinculada
à plataforma digital da seguradora
através da utilização de API’s. Conforme
o cliente vai respondendo às
perguntas, o sistema vai solicitando
novas informções.
Apólice: Isso agiliza a subscrição
do risco em quanto tempo?
Por legislação, a seguradora não
pode demorar mais do que 15 dias
para aceitar um risco. Entretanto,
era prática comum no mercado,
para a aceitação de contratos com
importância segurada mais alta (+/-
R$ 2 milhões), tratar a prosposta
como uma simples consulta, porque
algumas respostas podiam demorar
até 60 dias. Hoje, este processo não
dura mais do que 90 horas.
O uso da DPS digital possui
algumas travas. Primeiro o segurado
informa seus dados pessoais. A
partir dali ele recebe um token para
continuar preenchendo a DPS. Caso
o sistema identifique a necessidade,
pode ser pedido a ele que responda
algumas perguntas de um questionário
mais completo, com o acompanhamento
de enfermeiros. Se for
o caso, ele será direcionado para a
telesubscrição. Mais uma vez, quando
identificada a necessidade, ele
será convidado para realizar exames
laboratoriais.
Apólice: O Grupo Samplemed
está presente em toda esta cadeia de
serviços:
Sim. Nós prestamos todo o serviço
de subscrição, telesubscrição e
exames clínicos. Temos uma grande
rede de prestadores de serviços. No
serviço de telesubscrição, por exemplo,
fazemos o agendamento com o
cliente, porque se trata de uma conversa
que pode se alongar. Ele responde
as perguntas com o acompanhamento
de enfermeiros. A cada resposta “sim”
dele para alguma doença, uso de medicamento
etc, abre-se uma nova tela
com alternativas.
Apólice: Estas questões já foram
previamento escolhidas?
Tudo está parametrizado. Temos
também uma área de qualidade
para validar a entrevista e depois os
pareceres são formatados por nossa
equipe médica, para serem enviados
à seguradora. Esta inteligência é o
grande core da empresa.
Apólice: Estas ferramentas podem
ser aplicadas em outras áreas?
Claro. Com elas nós podemos
oferecer consultoria e treinamento
para as seguradoras na formatação
de novos produtos. Outro serviço
interessante é a interpretação dos
manuais de subscrição das resseguradoras,
que contém mais de 1500
patologias diferentes. Somos capazes
de criar protocolos para aceitação ou
não destes contratos.
Apólice: Quais são as tendências
mundiais em termos de subscrição?
Silas Kasahaya, vice-presidente
As ferramentas que disponibilizamos
ao mercado hoje atuam de
forma complementar, como um workflow.
A tendência para as companhias
é oferecer isso em sua plataforma
digital, utilizando Data Science.
Lançaremos em breve a subscrição
preditiva, sem que o cliente precise
preencher sequer a DPS. Através de
seus dados pessoais, utilizamos um
Big Data, seja da seguradora ou de
informações públicas, sempre respeitando
os princípios da LGPD, para
fazer a subscrição de riscos menores.
Com dados como CPF, idade, estado
civil, região de residência já é possível
saber, por exemplo, se há mais ou
menos propensão a doenças cardíacas,
por exemplo.
Apólice: A Samplemed está alinhada
com o que acontece no resto
do mundo?
O mundo caminha para a subscrição
preditiva. Nossa equipe comandada
pelo diretor de produtos,
Albert da Costa, é uma das que mais
estuda essa nova tendência. A DPS
digital já está pronta para o mercado
segurador, capacitando-o para fazer
a melhor aceitação de risco possível.
A tendência no futuro será fazer todo
o trabalho de subscrição de risco em
tempo real.
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