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a conviver mais com os familiares; e terceiro, melhora a relação
profissional, pois todos terão que se reinventar, saindo de sua zona
de conforto.
“Em condições normais, o mundo dos corretores é meio previsível.
Hoje todos estão preocupados em atender o segurado com
cautela, tirando suas dúvidas sobre renovação, pagamento de fatura,
condições gerais e cobertura”, reflete Camillo, acrescentando que
o corretor há muito tempo já se adaptou ao uso da tecnologia em
seu ambiente de trabalho.
As instituições também tiveram que se se reinventar. No
caso do Sincor-SP, o atendimento ao público continua sendo feito
de forma remota, estimulando o encontro digital dos corretores
de seguros. “Conseguimos manter a proximidade com a base e
mantemos os profissionais atualizados com cursos da plataforma
Unisincor”, pontua Camillo. Para ele, o termômetro é a manutenção
aos apoios para o Conec (Congresso dos Corretores de Seguros de
São Paulo) que, por enquanto, continua agendado de 24 a 26 de
setembro de 2020.
IMPACTO
Um estudo elaborado peos economistas da Allianz Research
apontou, como já é sabido, que toda a sociedade será afetada, independente
de etnia, nacionalidade, status social ou faixa etária. O
que vai ser diferente é apenas a força deste impacto.
As consequências da Covid-19 irão além da área da saúde. O
isolamento social, que pode chegar a lockdown em algumas localidades,
provocou a paralisação da economia.
O mercado de capitais do mundo inteiro já caiu e não haverá
commmodities que sustentem estes números. Segundo o estudo
“autoridades governamentais e monetárias da Europa até a Austrália
se modificaram para apoiar suas economias nestes tempos
difíceis.” Vários pacotes de estímulo foram lançados. Mais deles são
esperados à medida que o cenário avança.
O que tudo isso significa para a economia global? Não é possível
ter certeza, dependendo muito de como o vírus se comportará
nas próximas semanas e de quanto tempo ele ainda seguirá. No entanto,
com base nas circunstâncias atuais, alguns desafios podem
ser esperados - altas perdas de exportação, uma iminente “crise de
reclusão” e, no pior caso, uma recessão global, segundo economistas
da Allianz.
Para estudar o possível impacto dos lockdowns, os economistas
da Allianz revisaram os dados de janeiro a fevereiro da China,
que foi a primeira a ser afetada pelo coronavírus. Os dados mostraram
que um mês de confinamento provocou um declínio de 13%
nos gastos dos consumidores, uma queda de 20% nos investimentos
e baixa de 16% nas exportações.
“Isso sugere que cada mês de lockdown poderia causar uma
queda de 7 a 10% no Produto Interno Bruto (PIB), que é o produto
econômico ajustado pela inflação. Supondo que o lockdown tenha
terminado no final de abril e a atividade normal seja retomada no final
de junho - metade das perdas mensais são restauradas em maio
e 80-90 por cento em junho - a cifra poderia ser alcançada no segundo
trimestre”, relata o estudo.
FRED FURTADO, da Tubelab
Se os governos conseguirem controlar
o contágio, a atividade econômica
poderá se recuperar no segundo semestre.
Nesse cenário de recuperação em forma de
U, onde os níveis normais são restaurados
logo após uma queda, uma recessão grave
caracterizaria a primeira metade de 2020.
O crescimento global pode ser de 0,8% no
ano, com os EUA crescendo 0,5%, mas a
Zona Euro está esperando uma contração
de 1,8% em sua produção econômica.
O estudo enfatiza que para 2020
ainda há mais fatores que podem afetar
os mercados, como as eleições americanas,
a sequência do Brexit e uma complexa
mistura de altos impostos e alta inflação,
à medida que o setor público tenta
recuperar sua força financeira após uma
série de medidas de estímulo.
Fred Furtado, CEO da Tubelab,
aponta que o futuro pós-Covid-19 é de lições
aprendidas e legados: “Após todos os
momentos de crise existem alguns ajustes
que são feitos como consequência. O pós
crise é muito evoluído porque são feitos
ajustes que eram necessários, mas que
não se conseguiam fazer. As coisas que
estavam muito caras passam a ter redução
nos preços, certa sociedade super consumista
passa a repensar o consumo exagerado,
as pessoas passam a se relacionar
diferente, os relacionamentos começam a
ser repensados. Durante crises e guerras,
todas essas coisas são repensadas e ficam
como legado pós-crise.”
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