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Revista Apólice #253

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a conviver mais com os familiares; e terceiro, melhora a relação

profissional, pois todos terão que se reinventar, saindo de sua zona

de conforto.

“Em condições normais, o mundo dos corretores é meio previsível.

Hoje todos estão preocupados em atender o segurado com

cautela, tirando suas dúvidas sobre renovação, pagamento de fatura,

condições gerais e cobertura”, reflete Camillo, acrescentando que

o corretor há muito tempo já se adaptou ao uso da tecnologia em

seu ambiente de trabalho.

As instituições também tiveram que se se reinventar. No

caso do Sincor-SP, o atendimento ao público continua sendo feito

de forma remota, estimulando o encontro digital dos corretores

de seguros. “Conseguimos manter a proximidade com a base e

mantemos os profissionais atualizados com cursos da plataforma

Unisincor”, pontua Camillo. Para ele, o termômetro é a manutenção

aos apoios para o Conec (Congresso dos Corretores de Seguros de

São Paulo) que, por enquanto, continua agendado de 24 a 26 de

setembro de 2020.

IMPACTO

Um estudo elaborado peos economistas da Allianz Research

apontou, como já é sabido, que toda a sociedade será afetada, independente

de etnia, nacionalidade, status social ou faixa etária. O

que vai ser diferente é apenas a força deste impacto.

As consequências da Covid-19 irão além da área da saúde. O

isolamento social, que pode chegar a lockdown em algumas localidades,

provocou a paralisação da economia.

O mercado de capitais do mundo inteiro já caiu e não haverá

commmodities que sustentem estes números. Segundo o estudo

“autoridades governamentais e monetárias da Europa até a Austrália

se modificaram para apoiar suas economias nestes tempos

difíceis.” Vários pacotes de estímulo foram lançados. Mais deles são

esperados à medida que o cenário avança.

O que tudo isso significa para a economia global? Não é possível

ter certeza, dependendo muito de como o vírus se comportará

nas próximas semanas e de quanto tempo ele ainda seguirá. No entanto,

com base nas circunstâncias atuais, alguns desafios podem

ser esperados - altas perdas de exportação, uma iminente “crise de

reclusão” e, no pior caso, uma recessão global, segundo economistas

da Allianz.

Para estudar o possível impacto dos lockdowns, os economistas

da Allianz revisaram os dados de janeiro a fevereiro da China,

que foi a primeira a ser afetada pelo coronavírus. Os dados mostraram

que um mês de confinamento provocou um declínio de 13%

nos gastos dos consumidores, uma queda de 20% nos investimentos

e baixa de 16% nas exportações.

“Isso sugere que cada mês de lockdown poderia causar uma

queda de 7 a 10% no Produto Interno Bruto (PIB), que é o produto

econômico ajustado pela inflação. Supondo que o lockdown tenha

terminado no final de abril e a atividade normal seja retomada no final

de junho - metade das perdas mensais são restauradas em maio

e 80-90 por cento em junho - a cifra poderia ser alcançada no segundo

trimestre”, relata o estudo.

FRED FURTADO, da Tubelab

Se os governos conseguirem controlar

o contágio, a atividade econômica

poderá se recuperar no segundo semestre.

Nesse cenário de recuperação em forma de

U, onde os níveis normais são restaurados

logo após uma queda, uma recessão grave

caracterizaria a primeira metade de 2020.

O crescimento global pode ser de 0,8% no

ano, com os EUA crescendo 0,5%, mas a

Zona Euro está esperando uma contração

de 1,8% em sua produção econômica.

O estudo enfatiza que para 2020

ainda há mais fatores que podem afetar

os mercados, como as eleições americanas,

a sequência do Brexit e uma complexa

mistura de altos impostos e alta inflação,

à medida que o setor público tenta

recuperar sua força financeira após uma

série de medidas de estímulo.

Fred Furtado, CEO da Tubelab,

aponta que o futuro pós-Covid-19 é de lições

aprendidas e legados: “Após todos os

momentos de crise existem alguns ajustes

que são feitos como consequência. O pós

crise é muito evoluído porque são feitos

ajustes que eram necessários, mas que

não se conseguiam fazer. As coisas que

estavam muito caras passam a ter redução

nos preços, certa sociedade super consumista

passa a repensar o consumo exagerado,

as pessoas passam a se relacionar

diferente, os relacionamentos começam a

ser repensados. Durante crises e guerras,

todas essas coisas são repensadas e ficam

como legado pós-crise.”

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