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*Julho/2020 Referência Florestal 220

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LEGISLAÇÃO Novas regras para plantação da Araucária são aprovadas pela Assembleia Legislativa do Paraná<br />

9 7 7 2 35 9 4 65 0 7 6 0 0 2 2 0<br />

MORE STOCKED<br />

TIMBER<br />

MACHINES PROVIDE HIGHER TIMBER<br />

PILES AND SAFER OPERATIONS<br />

MAIS MADEIRA<br />

ESTOCADA<br />

MÁQUINAS PROPORCIONAM<br />

PILHAS DE MADEIRA MAIS ALTAS<br />

E OPERAÇÃO MAIS SEGURA<br />

Julho <strong>2020</strong><br />

1


SUMÁRIO<br />

JULHO <strong>2020</strong><br />

50<br />

MAIS MADEIRA:<br />

O CÉU É O LIMITE<br />

12 Editorial<br />

14 Cartas<br />

16 Bastidores<br />

18 Coluna Ivan Tomaselli<br />

20 Notas<br />

40 Frases<br />

42 Entrevista<br />

50 Principal<br />

56 Legislação<br />

60 Espécie<br />

64 Especial<br />

68 Política Pública<br />

70 Pragas<br />

74 Pesquisa<br />

80 Agenda<br />

82 Espaço Aberto<br />

56<br />

68<br />

ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />

15 Agroceres<br />

11 Bayer<br />

21 BKT<br />

19 Carrocerias Bachiega<br />

81 D’Antonio Equipamentos<br />

40 Denis Cimaf<br />

84 Denis Cimaf<br />

02 Dinagro<br />

77 DRV Ferramentas<br />

04 Emex<br />

29 Engeforest<br />

83 Envimat<br />

39 Fex Ferro e Aço<br />

45 Fliegl<br />

06 Grupo AIZ<br />

08 Grupo AIZ<br />

59 Hansa Flex<br />

63 J de Souza<br />

13 Komatsu Forest<br />

25 Liebherr<br />

17 Log Max<br />

73 Mill Indústrias<br />

79 Mill Indústrias<br />

23 Ponsse<br />

41 Potenza<br />

47 Prêmio REFERÊNCIA <strong>2020</strong><br />

67 Rodoleve<br />

37 Rotary-Ax<br />

35 Rotor Equipamentos<br />

31 Sergomel<br />

49 Show <strong>Florestal</strong><br />

27 Unibrás<br />

33 Vantec<br />

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®<br />

0 0 2 2<br />

EDITORIAL<br />

Em frente<br />

Ultrapassamos a metade de <strong>2020</strong> e, sim, ainda convivemos<br />

com um cenário de limitadas certezas diante da pandemia da<br />

Covid-19, mas há muitos elementos para ter uma visão otimista<br />

no setor florestal. A principal delas é notar a potência da cadeia<br />

produtiva, considerada essencial em muitos países, inclusive<br />

no Brasil. Outro ponto é o aumento da cobertura florestal em<br />

muitas regiões, como mostra o novo Mapa <strong>Florestal</strong> do Paraná.<br />

Há também uma mobilização para aumentar o acesso à tecnologia<br />

no campo através da internet, que hoje conta apenas com<br />

30% das propriedades rurais com conexões disponíveis. Isso<br />

vai gerar mais empregos e uma melhor adaptação do trabalho<br />

rural ao chamado novo normal, onde o trabalho remoto já é<br />

uma realidade. A edição traz ainda novidades na legislação<br />

sobre Araucárias e as principais notícias do setor. Vamos em<br />

frente! Ótima leitura!<br />

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2<br />

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A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />

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Ano XXII • N°<strong>220</strong>• Julho <strong>2020</strong><br />

LEGISLAÇÃO Novas regras para plantação da Araucária são aprovadas pela Assembleia Legislativa do Paraná<br />

9 7 7 2 35 9 4 65 0 7 6 0<br />

MAIS MADEIRA<br />

ESTOCADA<br />

MÁQUINAS PROPORCIONAM<br />

PILHAS DE MADEIRA MAIS ALTAS<br />

E OPERAÇÃO MAIS SEGURA<br />

MORE STOCKED<br />

TIMBER<br />

MACHINES PROVIDE HIGHER TIMBER<br />

PILES AND SAFER OPERATIONS<br />

MOVING AHEAD<br />

Mid <strong>2020</strong> has passed and, yes, we still live with a scenario<br />

of limited certainty in the face of the Covid-19 pandemic, but<br />

there are many elements to let us have an optimistic view in the<br />

Forestry Sector. The main one is to note the potential of the production<br />

chain, considered essential in many countries, including<br />

Brazil. Another point is the increase in forest cover in many regions,<br />

as shown in the new Paraná Forest Map. There is also a<br />

mobilization towards increasing access to technology in the field<br />

through the Internet, where, today, only 30% of rural properties<br />

has available connections. This will generate more jobs and a<br />

better adaptation of rural work to the so-called new normal,<br />

where remote work is already a reality. This issue also has news<br />

about the legislation involving Araucarias as well as major news<br />

from the Sector. Let’s move ahead! Pleasant reading!<br />

Entrevista com<br />

Adriana Maugeri,<br />

presidente da Amif<br />

Paraná tem novo mapa florestal<br />

3<br />

EXPEDIENTE<br />

ANO XXII - EDIÇÃO <strong>220</strong> - JULHO <strong>2020</strong><br />

Diretor Comercial / Commercial Director<br />

Fábio Alexandre Machado<br />

fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />

Diretor Executivo / Executive Director<br />

Pedro Bartoski Jr<br />

bartoski@revistareferencia.com.br<br />

Redação / Writing<br />

Lídia Ferreira<br />

jornalismo@revistareferencia.com.br<br />

Colunista<br />

Ivan Tomaselli<br />

Depto. de Criação / Graphic Design<br />

Fabiana Tokarski - Supervisão<br />

Fabiano Mendes<br />

Crislaine Briatori Ferreira<br />

criacao@revistareferencia.com.br<br />

Tradução / Translation<br />

John Wood Moore<br />

Cartunista / Cartunist<br />

Francis Ortolan<br />

Depto. Comercial / Sales Departament<br />

Gerson Penkal, Jéssika Ferreira,<br />

Tainá Carolina Brandão<br />

comercial@revistareferencia.com.br<br />

fone: +55 (41) 3333-1023<br />

Representante Comercial<br />

Dash7 Comunicação - Joseane Cristina<br />

Knop<br />

Depto. de Assinaturas / Subscription<br />

assinatura@revistareferencia.com.br<br />

0800 600 2038<br />

ASSINATURAS<br />

0800 600 2038<br />

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GARANTIDA GARANTEED<br />

Veículo filiado a:<br />

A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente,<br />

dirigida aos produtores e consumidores de bens e serviços em madeira,<br />

instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos governamentais,<br />

ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente<br />

ligados ao segmento de base florestal. A Revista REFERÊNCIA do Setor<br />

Industrial Madeireiro não se responsabiliza por conceitos emitidos em<br />

matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais<br />

de responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação,<br />

armazenamento de banco de dados, sob qualquer forma ou meio, dos<br />

textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista REFERÊNCIA são<br />

terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos<br />

direitos autorais, exceto para fins didáticos.<br />

Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication<br />

directed at the producers and consumers of the good and services of the<br />

lumberz industry, research institutions, university students, governmental<br />

agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked<br />

to the forest based segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself<br />

responsible for the concepts contained in the material, articles or columns<br />

signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors,<br />

themselves. The use, reproduction, appropriation and databank storage<br />

under any form or means of the texts, photographs and other intellectual<br />

property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited<br />

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<br />

<br />

<br />

CARTAS<br />

MINUTO Revista REFERÊNCIA FLORESTAL e Bayer solidificam parceria na produção de conteúdo exclusivo<br />

A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />

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DENISCIMAF.COM<br />

Ano XXII • N°219 • Junho <strong>2020</strong><br />

SILVICULTURA BRASILEIRA<br />

Por Daniel Gomes Macedo, engenheiro florestal - Rondonópolis (MT)<br />

A edição de número 218 está recheada de novidades. O que chamou<br />

atenção foi a matéria sobre o desafio do plantio mecanizado. Acredito<br />

que a silvicultura brasileira é um grande potencial para novas<br />

tecnologias. O Brasil só tem a ganhar!<br />

INFORMATIVA<br />

Foto: divulgação<br />

Por Paulo Ricardo, assistente administrativo - Castro (PR)<br />

A Revista está excelente, muito bem organizada e didática...<br />

estão todos de parabéns!<br />

CONTEÚDO<br />

Por Maria Santos, técnica florestal - Florianópolis (SC)<br />

Gostei da variedade de assuntos da Revista, o que contempla toda a<br />

cadeia do setor. Para nós que trabalhamos na área, fica muito prático ler<br />

tudo em um só lugar, tendo a garantia de um conteúdo sério<br />

Foto: divulgacão<br />

SELFIE<br />

Vinícius Moreira,<br />

diretor florestal,<br />

no escritório em<br />

Brás Pires (MG)<br />

O supervisor<br />

de Operações<br />

Florestais, Daniel<br />

Gomes Macedo,<br />

em campo em<br />

Rondonópolis<br />

(MT)<br />

ENVIE UMA FOTO COM A REFERÊNCIA FLORESTAL PARA NOSSA NOVA SEÇÃO SELFIE<br />

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Revista <strong>Referência</strong> <strong>Florestal</strong><br />

@referenciaflorestal<br />

E-mails, críticas e sugestões podem ser<br />

enviados também para redação<br />

revistareferencia@revistareferencia.com.br<br />

Mande sua opinião sobre a Revista REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

ou a respeito de reportagem produzida pelo veículo.


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Charge: Francis Ortolan<br />

Revista<br />

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PESAR<br />

A REFERÊNCIA FLORESTAL manifesta seu pesar<br />

pelo falecimento, no dia 25 de junho de <strong>2020</strong>, da<br />

professora Selma Toyoko Ohashi, uma referência<br />

para o setor florestal no Brasil. Pesquisadora e<br />

professora da Ufra (Universidade Federal Rural da<br />

Amazônia), dedicou 35 anos à vida acadêmica e à<br />

engenharia florestal.<br />

VIAGEM<br />

Equipe da REFERÊNCIA FLORESTAL durante<br />

reportagem realizada na empresa Battistella,<br />

localizada em Rio Negrinho (SC), antes da<br />

pandemia gerada pelo novo coronavírus.<br />

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COLUNA<br />

CENÁRIOS DE RECUPERAÇÃO<br />

E O IMPACTO DO CÂMBIO<br />

A quantificação dos impactos e uma visão do<br />

retorno para um novo normal ainda difícil<br />

Ivan Tomaselli<br />

Diretor-presidente da Stcp<br />

Engenharia de Projetos Ltda<br />

Contato: itomaselli@stcp.com.br<br />

Foto: divulgação<br />

As exportações<br />

brasileiras<br />

de produtos<br />

florestais, são<br />

concentradas<br />

em poucos<br />

países e cada<br />

um tem uma<br />

perspectiva de<br />

recuperação<br />

diferente<br />

D<br />

e 22 a 25 de junho a FAO realizou,<br />

por áudio conferência, o<br />

evento Covid-19 Forestry Webinar<br />

Week, com palestras de<br />

especialistas de diversos países,<br />

e discussões com a participação de centenas<br />

de interessados no tema. A Stcp foi convidada<br />

para palestra sobre o impacto no setor florestal<br />

da América Latina.<br />

As palestras e discussões indicaram que<br />

os impactos econômicos, sociais e ambientais<br />

da crise causada pelo Covid-19 serão graves,<br />

e afetarão de forma diferente as pessoas,<br />

negócios, governos e países. A quantificação<br />

dos impactos, e uma visão do retorno para um<br />

“novo normal”, é ainda difícil, pois existe uma<br />

grande diversidade de situações, e ainda falta<br />

de informação e conhecimento.<br />

Tanto o impacto como o cenário de recuperação<br />

dependem de respostas a questões,<br />

como: Quando será o retorno ao “novo normal”?<br />

Quais serão os impactos econômicos,<br />

sociais e ambientais? Qual o resultado das<br />

medidas de mitigação adotadas? Qual é o<br />

tempo para recuperação da confiança de<br />

consumidores e investidores? Qual o efeito do<br />

déficit fiscal gerado?<br />

O “novo normal” dependerá destas respostas,<br />

e a série histórica para análise de<br />

tendências é muito curta, poucos meses. Além<br />

disto, as informações são pouco precisas. Em<br />

princípio a perspectiva da vertente econômica,<br />

que tem implicações sociais e ambientais,<br />

dependerá da recuperação do mercado, que<br />

para o setor florestal brasileiro envolve tanto<br />

o mercado nacional como internacional. O impacto<br />

no mercado nacional ainda precisa ser<br />

mensurado.<br />

No caso das exportações brasileiras de<br />

produtos florestais, elas são concentradas em<br />

poucos países, como os EUA (Estados Unidos<br />

da América), China e alguns países europeus.<br />

R$/US$<br />

6,0<br />

5,0<br />

4,0<br />

3,0<br />

2,0<br />

1,0<br />

0,0<br />

Cada país tem uma perspectiva de recuperação<br />

diferente, é esperado um impacto<br />

menor para a celulose do que para produtos<br />

de madeira sólida. Nos EUA, por exemplo, a<br />

partir de março ocorreu uma forte redução na<br />

construção de casas, o que levou a uma queda<br />

de 30% na produção de madeira serrada. Por<br />

outro lado, neste segundo trimestre de <strong>2020</strong><br />

a China aumentou as importações de toras do<br />

Brasil.<br />

Em geral, os preços de exportação de<br />

produtos de madeira sólida declinaram nos<br />

últimos meses. No entanto, o efeito sobre a<br />

indústria exportadora foi pequeno, resultado<br />

da desvalorização cambial, gerando uma falsa<br />

percepção do impacto da pandemia nos negócios.<br />

A análise da flutuação do câmbio indica<br />

que a desvalorização da moeda Real dos últimos<br />

meses é, em parte, resultado de um ajuste.<br />

Em termos reais, a taxa de câmbio atual é<br />

equivalente a aquela de 2005 (vide gráfico).<br />

De qualquer forma, é muito provável que a<br />

taxa cambial se ajuste, em médio prazo, a um<br />

novo patamar, abaixo do nível atual, o que irá<br />

afetar a indústria exportadora brasileira de<br />

produtos de madeira sólida.<br />

EVOLUÇÃO DA TAXA DE CAMBIO<br />

2005<br />

2006<br />

2007<br />

2008<br />

2009<br />

2010<br />

2011<br />

2012<br />

2013<br />

2014<br />

2015<br />

2016<br />

2017<br />

2018<br />

2019<br />

<strong>2020</strong><br />

Nominal Real (Base <strong>2020</strong>)<br />

Fonte: Banco Central. Compilação Stcp (<strong>2020</strong>).<br />

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NOTAS<br />

Prorrogação do prazo de colheita<br />

Os detentores de concessão no Brasil solicitaram<br />

prorrogação do prazo de colheita ao Governo Federal.<br />

De acordo com estimativas do Fnbf (Fórum Nacional de<br />

Atividades Baseadas em Florestas), as vendas de madeira<br />

cairão até 60% este ano, de modo que será impossível<br />

equilibrar produção e vendas na safra <strong>2020</strong>, que começou<br />

em maio. O pico da estação da colheita ocorre entre<br />

junho e agosto, quando as chuvas são mais baixas, permitindo<br />

a colheita e o transporte seguros. No entanto, com<br />

a queda nas vendas e as incertezas do mercado, muitos<br />

produtores reduzirão o volume da colheita ou suspenderão<br />

a colheita para evitar perdas financeiras que seriam<br />

inevitáveis, pois os estoques poderiam se deteriorar se<br />

acumularem além da demanda do mercado. A Fnbf pediu<br />

ao MMA (Ministério do Meio Ambiente) que considere<br />

estender o período de colheita, permitindo que os<br />

produtores colham volumes aprovados durante a próxima<br />

safra. Os produtores recebem permissões de exploração<br />

madeireira Autex (Autorizações de colheita de madeira)<br />

pelas agências competentes para garantir que as colheitas<br />

sejam sustentáveis e sigam os planos de manejo.<br />

Foto: divulgação<br />

Acordo comercial com Vietnã<br />

Foto: divulgação<br />

O governo do Vietnã ratificou o acordo comercial<br />

Vietnã e UE (União Europeia) que, espera-se, ajudará a impulsionar<br />

o setor manufatureiro e as exportações do país.<br />

O acordo, em vigor a partir de julho deste ano, significa<br />

que a UE cortará tarifas sobre mais de 80% dos produtos<br />

vietnamitas e o Vietnã levantará direitos sobre quase 50%<br />

de suas importações da UE e eliminará gradualmente o<br />

restante em 10 anos. Espera-se que o Evfta (Acordo de<br />

Comércio Livre UE-Vietnã) abra mais as portas para as<br />

exportações vietnamitas para a UE e ajude a economia<br />

vietnamita a recuperar seu impulso de crescimento após<br />

um período difícil devido ao surto de coronavírus. O comércio<br />

bilateral em 2019 foi de cerca de US $ 60 bilhões,<br />

dos quais as exportações vietnamitas representaram US<br />

$ 40 bilhões, um número modesto, dado que a UE é o segundo<br />

maior mercado de importação do mundo, com um<br />

valor anual de US $ 2,338 bilhões. O Evfta criará maiores<br />

oportunidades para o Vietnã aumentar suas exportações,<br />

especialmente de vestuário, calçados, agricultura e produtos<br />

de madeira.<br />

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NOTAS<br />

Setor florestal doa R$ 114<br />

milhões para o combate à<br />

Covid-19<br />

Pelo menos 12 Estados<br />

do Brasil receberam doações<br />

diretas de empresas do<br />

setor florestal para auxiliar<br />

no combate a nova pandemia<br />

do coronavírus. Somente as<br />

iniciativas privadas dedicadas<br />

a árvores cultivadas e a cadeia<br />

da madeira somaram, juntas,<br />

uma doação aproximada de R$<br />

114 milhões em ações que beneficiam<br />

brasileiros em todo o<br />

território, além de pequenos e<br />

médios empresários em outras<br />

localidades que também estão<br />

contribuindo e ainda não entraram<br />

em dados estatísticos.<br />

Os recursos foram destinados<br />

para doação de equipamentos<br />

hospitalares; materiais<br />

de proteção a profissionais de<br />

saúde; itens de higiene; cestas<br />

básicas; além de produtos fabricados pela própria indústria. Além de doação direta de materiais, houve também<br />

investimento em infraestrutura para o funcionamento de 15 hospitais, sendo três deles hospitais de campanha.<br />

As empresas envolvidas, entre elas Bracell, Cenibra, Cmpc (e sua subsidiária Softys), Duratex, Gerdau, Ibema,<br />

International Paper, Klabin, Suzano, Veracel e Westrock, destinaram os donativos do norte ao sul do país, tendo beneficiado<br />

os seguintes Estados: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo,<br />

Mato Grosso do Sul, Ceará, Bahia, Pernambuco, Maranhão e Pará.<br />

Essenciais no dia a dia, os produtos do setor se<br />

mostraram a serviço da sociedade no combate à<br />

DOAÇÃO EM NÚMEROS:<br />

Somando todos os esforços, entre ações diretas ou<br />

parcerias, o setor florestal é responsável pela doação de<br />

pelo menos:<br />

- 6.800 respiradores;<br />

- mais de 6 milhões de máscaras cirúrgicas;<br />

- 15 mil litros de álcool gel;<br />

- 82 mil litros de álcool 70;<br />

- 32 mil litros de água sanitária;<br />

- 31,5 mil aventais hospitalares;<br />

- mais de 50 mil pares de luvas.<br />

Covid-19. Foram 606 mil caixas de papelão doadas<br />

para transporte de álcool gel, entre outros itens.<br />

Mais de um milhão de copos de papel foram destinados<br />

para serem utilizados por instituições e pelo<br />

sistema público de saúde. Para melhor destinar<br />

suas doações, as companhias têm atuado junto ao<br />

poder público, estabelecendo parcerias com ministérios,<br />

governos estaduais, prefeituras, além de<br />

outras instituições, como federações da indústria, e<br />

entidades filantrópicas.<br />

Foto: divulgação<br />

22 www.referenciaflorestal.com.br


NOTAS<br />

Bitrem dobrável entra<br />

em operação<br />

O primeiro bitrem dobrável do Brasil, usado<br />

para transporte de toras de madeira, começou a ser<br />

utilizado no último mês no Paraná. Ainda em período<br />

de testes, a inovação foi desenvolvida pela Unidade<br />

<strong>Florestal</strong> da Klabin, que trouxe a tecnologia da Austrália<br />

e coordenou sua implantação em veículo próprio com<br />

a ajuda de uma empresa parceira. Quando está vazio,<br />

o bitrem dobrável, específico para o carregamento de<br />

toras de madeira, encolhe a primeira carreta sobre o<br />

chassi do cavalo mecânico. Com isso, há uma redução<br />

no comprimento total do veículo de 19 para 15 metros,<br />

trazendo diversas vantagens, a principal delas o ganho<br />

de território. Comparado aos veículos tradicionais, esse<br />

bitrem usa uma área muito menor para manobrar, o<br />

que assegura melhores condições de direção e aderência<br />

em áreas de declive devido ao menor raio de giro<br />

necessário para curvas, além de liberar terras que podem<br />

dar espaço para plantações. Isso cria perspectiva<br />

de aumento da produtividade florestal da companhia.<br />

O bitrem vazio e dobrado também permite ultrapassagens<br />

mais ágeis e seguras, melhorando a mobilidade na<br />

via, além de gerar economia com combustível, pedágio<br />

e pneus – 8 pneus deixam de tocar o solo quando a<br />

primeira carreta é recolhida.<br />

Fotos: divulgação<br />

Imagem: reprodução<br />

Seguro<br />

rural<br />

Uma das novidades do Plano Safra<br />

<strong>2020</strong>/2021 é o aplicativo PSR (Programa<br />

de Seguro Rural), criado pelo<br />

Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária<br />

e Abastecimento). O aplicativo<br />

possibilita aos produtores e interessados<br />

o acesso a informações do mundo<br />

do seguro rural de forma consultiva. O<br />

aplicativo não é negocial, ou seja, o produtor não faz contratação de seguro com essa ferramenta. A proposta é disseminar a<br />

cultura do seguro rural no país entre os produtores que ainda não contratam essa ferramenta de gestão de riscos. Além disso,<br />

vai acirrar a concorrência saudável entre as companhias de seguro credenciadas no PSR, que ofertam diferentes opções de<br />

produtos e serviços de seguro rural no programa. Para acessar o novo aplicativo PSR, basta acessar para as lojas de aplicativos<br />

no celular, tanto no android pelo google play ou no apple store para IOS.<br />

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NOTAS<br />

Saldo de empregos positivo<br />

Os setores de agricultura, pecuária, produção<br />

florestal, pesca e aquicultura foram os únicos<br />

que registraram saldo de emprego no primeiro<br />

semestre, mesmo diante da pandemia do novo<br />

coronavírus, conforme dados do Caged (Cadastro<br />

Geral de Empregados e Desempregados). No<br />

acumulado de janeiro a abril, os cinco setores<br />

tiveram de saldo positivo um total de 10.032<br />

postos. Os outros setores todos ficaram com resultados<br />

negativos. O pior resultado, entre janeiro<br />

e abril, foi do comércio, reparação de veículos<br />

automotores e motocicletas, com fechamento de<br />

342.748 vagas. Depois vem o setor de serviços,<br />

com menos 280.716 postos. Em seguida está a<br />

indústria geral (-127.886), e depois construção<br />

civil (-21.837).<br />

Foto: divulgação<br />

Certificação pioneira<br />

em ISO 45001<br />

Chapecó (SC) é o município pioneiro a conquistar<br />

o certificado ISO 45001 na área ambiental. Criada há<br />

dois anos para ser um padrão mundial sobre sistemas<br />

de gestão, essa norma internacional auxilia organizações<br />

de todos os níveis nos processos de melhoria da<br />

segurança do trabalho nas cadeias de suprimentos,<br />

bem como visa promover e proteger a saúde física e<br />

mental dos trabalhadores. Dessa forma, a ISO 45001<br />

fornece indicativos de conduta para gerenciar riscos<br />

e oportunidades, mediante a prevenção de lesões e<br />

problemas de saúde ocupacional e a manutenção de<br />

ambientes de trabalho seguros e saudáveis. Depois<br />

de um período de 14 meses de avaliações, a Eco<br />

Empreendimentos Ambientais recebeu o documento<br />

da certificadora Rina, com matriz na Itália, e que faz<br />

parte da IQNet, que reúne organismos de certificação<br />

de sistemas de gestão que atuam em 30 países. A<br />

empresa atua na prestação de serviços de implantação<br />

e manutenção de reflorestamentos e recuperação<br />

de áreas degradadas, na produção de mudas florestais<br />

nativas e exóticas e na exploração florestal, mediante<br />

a extração de madeira de florestas plantadas.<br />

Foto: divulgação<br />

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NOTAS<br />

Madeira mais cara<br />

no Mato Grosso<br />

Desde o último dia 4 de junho o custo do madeira de Mato Grosso está mais alto, conforme informações do Cipem (Centro das<br />

Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeiras do Estado de Mato Grosso). O motivo é que o Tribunal de Justiça de Mato Grosso<br />

(TJ/MT) considerou inconstitucional a Lei Complementar nº 621 de 8 de maio de 2019 que, à época, determinava a redução do valor<br />

da taxa de emissão do CIM (Certificado de Identificação de Madeira) de 0,075 para 0,0157 UPF/MT, por metro cúbico de madeira. O<br />

TJ/MT concedeu liminar favorável ao pedido de inconstitucionalidade da lei alegando “extirpação de eficiente mecanismo de controle<br />

e fiscalização do transporte interestadual de madeiras extraídas no território mato-grossense”, diz o documento.<br />

De acordo com o Cipem, uma carga com 33 m3 (metros cúbicos) de madeira tinha o custo de R$ 78,59 referente ao CIM e, com a<br />

medida, a conta salta para R$ 375,87, ou seja, de R$ 2,38 para R$ 11,39 por metro cúbico por um trabalho que ocupa menos de 20<br />

min (minutos) de um analista técnico. O diretor executivo do Cipem, Valdinei Bento dos Santos, questionou a decisão, assim como,<br />

o valor. Segundo ele não é possível incorporar mais este custo ao valor da madeira, bem como, aceitar a retroação de uma legislação<br />

aprovada e em pleno funcionamento. “Pagar quase R$ 400 de taxa referente ao CIM por metro cúbico da madeira, tendo como<br />

argumento o valor da hora técnica do analista, que leva menos de 20 minutos para emitir o certificado é, no mínimo, questionável.<br />

Muitos profissionais médicos, responsáveis por vidas, não recebem este valor por hora”, compara.<br />

Para Valdinei, a motivação do TJ/MT é “completamente rasa e contestável, tendo em vista que a madeira comercializada no<br />

Estado já é identificada pela Sema (Secretaria de Estado do Meio Ambiente), durante a vistoria e autorização de colheita por meio do<br />

Pmfs (Plano de Manejo <strong>Florestal</strong> Sustentável). Paralelamente, todas as cargas transportadas devem obrigatoriamente portar a Guia<br />

<strong>Florestal</strong>, que contém todas as informações a respeito da carga (espécie, volume, trajeto, responsável, etc.), e acompanha a madeira<br />

desde sua origem até o consumidor final”. Vale ressaltar que o CIM funciona tão somente como uma obrigação acessória que não<br />

deveria onerar e sobrecarregar ainda mais o setor de base florestal mato-grossense, que já sofre com a maior carga fiscal em comparação<br />

a outros estados com vocação florestal.<br />

O Cipem estuda a possibilidade de recorrer. “Até que isso seja alcançado, infelizmente as indústrias terão que arcar com mais<br />

este ônus, que não poderia ter ocorrido em momento mais inoportuno, dada a crise econômica desencadeada pela pandemia da<br />

Covid-19, o novo Coronavírus”, lamenta o diretor executivo ao concluir: “esta é mais uma batalha que o Cipem, sindicatos e empresários<br />

associados enfrentarão para salvaguardar o simples direito de continuar exercendo suas atividades de maneira crível”, finaliza.<br />

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Foto: divulgação


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NOTAS<br />

Plano de Manejo <strong>Florestal</strong><br />

A Cenibra disponibilizou o resumo público do Plano<br />

de Manejo <strong>Florestal</strong> de <strong>2020</strong>, documento que tem<br />

o objetivo de demonstrar e evidenciar, para as partes<br />

interessadas, os aspectos considerados para garantir<br />

a sustentabilidade da produção florestal, assegurar<br />

as interrelações de planejamento de curto, médio e<br />

longo prazos e promover o abastecimento contínuo<br />

de madeira para a Unidade Industrial. O Plano descreve<br />

claramente os objetivos, as responsabilidades,<br />

os recursos disponíveis e as estratégias para a adoção<br />

de práticas para um manejo florestal responsável<br />

e considera, em seu escopo, o uso consciente dos<br />

recursos naturais e aspectos de sustentabilidade<br />

econômica e social do empreendimento florestal. A<br />

Cenibra está situada na área de abrangência da Mata<br />

Atlântica e adota medidas para conviver harmoniosamente<br />

com este bioma, como o manejo da paisagem<br />

em mosaico e corredores ecológicos que interligam<br />

fragmentos de mata nativa, possibilitando o fluxo<br />

gênico das espécies e conciliando a conservação da<br />

biodiversidade e o desenvolvimento econômico na<br />

região onde atua.<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

Projetos aprovados na ONU<br />

Os nove projetos analisados durante a 66a reunião do CC (Conselho Consultivo)<br />

do CFC (Fundo Comum de Commodities) da ONU, realizada entres<br />

os dias 29/06 e 02/07, foram aprovados e agora seguem para validação pelo<br />

Conselho Executivo da entidade. A reunião foi realizada via teleconferência<br />

e presidida pelo economista e empresário baiano Wilson Andrade, também<br />

diretor executivo da Abaf (Associação Baiana das Empresas de Base <strong>Florestal</strong>).<br />

Selecionados entre os 70 apresentados no último edital, estes nove projetos<br />

devem ser implantados no Brasil (quinoa no valor de US$ 3 milhões), Quênia<br />

(macadâmia US$ 2,2 milhões, abacate US$ 2 milhões, canola US$ 2,7<br />

milhões), Zâmbia (cereais US$ 3 milhões), Burundi (frutas US$ 4,5 milhões),<br />

Bangladesh (artesanato US$ 2 milhões), Benin (abacaxi US$ 5,3 milhões) e<br />

Colômbia (cacau US$ 2,5 milhões). Eles somam investimentos totais de US$<br />

28 milhões, com aporte do CFC de mais de US$ 12 milhões. O projeto do Brasil<br />

é no Oeste da Bahia, no valor total de US$ 3 milhões que requer financiamento<br />

de US$ 1,5 milhão do CFC. Andrade adianta que a cada 6 meses o CFC<br />

divulga nova chamada de propostas de todo o mundo (empresas pequenas<br />

e grandes, cooperativas, associações de produtores, agências de desenvolvimento<br />

etc.) oferecendo empréstimos, investimentos acionários e até mesmo,<br />

em casos especiais, recursos não reembolsáveis. “Uma nova chamada de proposta<br />

foi lançada e está com prazo para apresentação de projetos até 15 de<br />

outubro de <strong>2020</strong> (disponível no site do CFC: https://www.common-fund.org/<br />

call-for-proposals/)”, informa.<br />

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NOTAS<br />

Plataforma dará celeridade<br />

ao Código <strong>Florestal</strong> Brasileiro<br />

Representantes de todos os Estados<br />

e do Distrito Federal conheceram a<br />

ferramenta da análise dinamizada dos<br />

cadastros que será usada na implantação<br />

do Código <strong>Florestal</strong> Brasileiro. O<br />

objetivo do encontro foi possibilitar o<br />

entendimento da plataforma e lógica<br />

de programação do sistema ao lado do<br />

Governo Federal.<br />

Realizada por videoconferência no<br />

início de julho, o encontro teve a participação<br />

da ministra do Mapa (Ministério<br />

da Agricultura, Pecuária e Abastecimento),<br />

Tereza Cristina, o diretor-geral<br />

do SFB (Serviço <strong>Florestal</strong> Brasileiro),<br />

Valdir Colatto, dirigentes de órgãos, Secretarias Estaduais e Institutos de Meio Ambiente.<br />

O sistema de análise dinamizada é um programa informatizado, desenvolvido em parceira com a Ufla (Universidade Federal de<br />

Lavras), que vai permitir a análise dos cadastros, em larga escala, a revisão das informações que foram declaradas e a verificação da<br />

situação da regularidade ambiental, das áreas de preservação permanente, de reserva legal e de uso restrito. Manualmente, um funcionário<br />

consegue fazer a análise de um cadastro por dia, o que inviabilizaria a análise de todas as inscrições que existem no sistema.<br />

A ministra Tereza Cristina, na abertura do encontro, destacou a necessidade de efetivar a implementação dos dispositivos previstos<br />

do Código <strong>Florestal</strong> Brasileiro. “O Programa de Regularização Ambiental é uma das mais avançadas estratégias de recuperação<br />

ambiental do mundo, só a análise dinamizada do CAR (Cadastro Ambiental Rural) permitirá o conhecimento das propriedades rurais<br />

brasileiras e o acesso do proprietário aos dispositivos do Código <strong>Florestal</strong>. Por isso, precisamos das parcerias com os órgãos competentes.”<br />

Valdir Colatto ressaltou que o Sicar (Sistema de Cadastro Ambiental Rural) possui 6,5 milhões de inscrições, no entanto, estima-se<br />

que 10% dos proprietários rurais ainda não cadastraram suas propriedades. A inscrição no CAR não tem prazo para encerrar, portanto,<br />

ela deve ser feita até dezembro deste ano para o produtor rural participar do PRA (Programa de Regularização Ambiental), nos casos<br />

de haver passivos ambientais.<br />

“O Serviço <strong>Florestal</strong> Brasileiro, ao oferecer a análise dinamizada do CAR, está trabalhando para o avanço na implementação dos<br />

instrumentos para a regularização ambiental de imóveis rurais e para o pagamento por serviços ambientais previstos no Código<br />

<strong>Florestal</strong> e que são de importância fundamental para a conciliação das políticas ambientais e agrícolas do país. Para isso, estamos<br />

apoiando todos os Estados para concluírem a inscrição dos pequenos produtores rurais que ainda não tiveram acesso ao CAR”, destaca<br />

o diretor-geral.<br />

ANÁLISE DINAMIZADA<br />

A apresentação da proposta de análise dinamizada foi feita pela diretora de Cadastro e Fomento <strong>Florestal</strong> do SFB, Jaine Cubas,<br />

onde afirmou que “a plataforma da análise dinamizada do CAR foi construída para promover ganho de escala da revisão das informações<br />

que foram declaradas e na verificação da situação das áreas de preservação permanente, de reserva legal e de uso restrito.”<br />

O SFB faz a gestão do Sicar e coordena, no âmbito federal, o CAR, além de apoiar a sua implementação nas unidades federativas.<br />

O CAR é o mais relevante instrumento de implantação do Código <strong>Florestal</strong> Brasileiro. Existem, atualmente, cerca de 6,5 milhões de<br />

imóveis rurais cadastrados em todo o país e distribuídos em uma área de 540 milhões de hectares. A implantação da etapa de inscrição<br />

no CAR torna possível a condução do monitoramento da vegetação nativa e a aprovação das áreas de reserva legal de imóveis<br />

rurais. Além disso, permite maior alcance de atuação do poder público, num país que possui dimensões continentais, particularidades<br />

regionais e áreas de difícil acesso.<br />

O novo sistema foi construído a partir de informações associadas, qualificadas e unificadas em uma única plataforma, interligada<br />

com outras plataformas estaduais. O resultado esperado é promover o desenvolvimento, a agregação de valor e o aumento da competitividade,<br />

rastreabilidade e transparência dos diversos setores do agronegócio brasileiro. A plataforma da análise dinamizada foi<br />

construída com apoio das agências de cooperação financeira e técnica alemãs, KFW e GIZ, além do Banco Mundial.<br />

Imagem: reprodução<br />

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NOTAS<br />

Curso de gerenciamento remoto<br />

de atividades florestais<br />

No dia 25 de agosto, será realizado<br />

o curso virtual: Workshop Online<br />

Gerenciamento Remoto de Atividades<br />

Florestais - Como Organizar os Controles<br />

a Distância. As inscrições são limitadas<br />

e já estão abertas. Para tratar de temas<br />

de grande importância no setor florestal<br />

frente à Covid-19, no mês de agosto<br />

estarão reunidos em discussão online,<br />

referências nas áreas de segurança do<br />

trabalho, gerenciamento florestal web,<br />

captação de dados com drones e certificação<br />

florestal. O evento tem como<br />

objetivo reunir gerentes, coordenadores,<br />

supervisores e demais profissionais<br />

envolvidos em áreas que envolvem<br />

o gerenciamento remoto de atividades florestais. Além de renomados palestrantes e especialistas, o evento será uma<br />

grande oportunidade de troca de informações e de atualização das inovações que o mercado apresenta. A inscrição pode<br />

ser feita no site da Apre (Associação Paranaense de Empresas de Base <strong>Florestal</strong>) www.apreflorestas.com.br/. Dúvidas e<br />

sugestões podem ser enviadas para o e-mail apreflorestas@apreflorestas.com.br ou nos telefones (41) 3233-7856 ou (41)<br />

99680-2830.<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

Empresas premiadas<br />

A Gptw (Great Place To Work), empresa global que avalia e<br />

certifica ambientes de trabalho em mais de 60 países, divulgou<br />

o ranking com as melhores empresas para se trabalhar no agronegócio.<br />

A pesquisa foi realizada com 111 empresas inscritas no<br />

segmento, que abrangem 78.476 funcionários. No ranking, foram<br />

destacadas as 30 melhores empresas, sendo 10 de grande porte e<br />

20 pequenas ou médias. As associadas John Deere e Remasa Reflorestadora<br />

foram classificadas em segundo lugar entre as empresas<br />

de grande porte e em segundo lugar na lista de pequenas e médias<br />

empresas, respectivamente. A Remasa foi premiada na categoria de<br />

médias empresas, que a organização Great Place To Work considera<br />

aquelas que têm de 100 a 999 colaboradores. “Em 2019, fomos buscar reconhecimento no Great Place to Work® e, para nossa<br />

alegria, fomos reconhecidos como a quarta melhor empresa para se trabalhar no Paraná. Agora, como a segunda melhor<br />

empresa do Agronegócio para se trabalhar no Brasil. Estas premiações nos trazem muito orgulho e satisfação”, declarou Gabriela<br />

Gugelmin, Business Manager do Grupo Remasa. No caso da John Deere Brasil, a empresa conta com mais de cinco mil<br />

funcionários, distribuídos em nove unidades, entre fábricas, escritórios e centros de treinamento, distribuição de peças e de<br />

Agricultura de Precisão e Inovação. Por isso, foi premiada no ranking de grandes empresas. “Atualmente, a necessidade para<br />

transformação é imediata. Mesmo assim, as empresas podem optar ou não por fazer essa mudança. Sem dúvida esse reconhecimento<br />

demonstra o compromisso e o esforço da organização para construir um ambiente de trabalho diverso, inclusivo<br />

e colaborativo”, disse Wellington Silvério, diretor de recursos humanos da John Deere para América Latina. A pesquisa foi<br />

realizada em parceria com a Abag (Associação Brasileira do Agronegócio) e a revista Globo Rural.<br />

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NOTAS<br />

Guangdong lidera novamente a<br />

produção da indústria florestal<br />

O valor da produção da indústria florestal na província de Guangdong,<br />

na China, aumentou em 79% em 2019, dando um salto de RMB<br />

841,6372,5 bilhões de RMB (que é a moeda chinesa), em relação a<br />

2018. O valor produção da indústria florestal ultrapassou RMB 100<br />

bilhões em Cidades de Guangzhou, Shenzhen, Foshan e Dongguan.<br />

Até o final de junho <strong>2020</strong>, a cotação da moeda chinesa era a seguinte:<br />

1 RMB equivalente a R$ 0,76. A área de cobertura florestal na província<br />

de Guangdong está em quase 59% e o volume florestal estimado<br />

em mais de 570 milhões de metros cúbicos. Indústrias de produtos<br />

florestais tem um longo e tradicional mercado em Guangdong que teve<br />

desenvolvimento rápido nos últimos anos. O valor de saída de painéis<br />

de madeira, móveis, madeira (bambu), polpa à base de madeira, papel<br />

e resina está entre as mais altas do país por muitos anos. O valor da<br />

produção da indústria secundária, representada por móveis, pisos de<br />

madeira de bambu e fabricação de papel foi estimado em RMB 544,6<br />

bilhões em 2019. A província estabeleceu a metade de, pelo menos,<br />

110 toneladas de produtos florestais para vendas e logística off-line, ou<br />

seja, utilizando plataformas de negociação virtuais que foram estabelecidas<br />

para apoiar o setor florestal e desenvolver em larga escala as<br />

vendas atuais.<br />

Foto: divulgação<br />

Índice de exportações<br />

brasileiras<br />

Foto: divulgação<br />

Em maio de <strong>2020</strong>, o valor das exportações<br />

brasileiras de produtos à base de madeira (exceto<br />

celulose e papel) caiu 13,5% comparado<br />

a maio de 2019, de US$ 273,3 milhões para<br />

US$ 236,3 milhões. O valor das exportações de<br />

madeira serrada de pinus caiu 9% entre maio<br />

de 2019 (US$ 47,7 milhões) e maio de <strong>2020</strong><br />

(US$ 43,3 milhões). Em termos de volume, as exportações aumentaram quase 7% no mesmo período, de 235.000 m3 (metros<br />

cúbicos) a 250.700 m3 sinalizando queda nos preços unitários. Os valores das exportações de madeira serrada tropical<br />

também caíram acentuadamente (- 33% em volume), de 52.200 m3 em maio de 2019 para 35.200 m3 em maio de <strong>2020</strong>. No<br />

entanto, o valor das exportações caiu apenas 31%, de US$ 20,9 milhões para US$ 14,5 milhões, no mesmo período. O valor<br />

das exportações de compensado de pinus caiu 16% em maio de <strong>2020</strong> em comparação com maio de 2019, de US$ 47,1 milhões<br />

para US$ 39,6 milhões e houve uma queda correspondente no volume de exportações no mesmo período, de 181.500<br />

m3 a 155.800 m3. As más notícias continuaram com as exportações de compensados tropicais que diminuiu quase 60% em<br />

volume e 54% em valor, de 9.100 m3 (US$ 3,5 milhões) em maio de 2019 para 4.000 m3 (US$ 1,6 milhão) em maio de <strong>2020</strong>.<br />

Como poderia ser antecipado, o valor das exportações de madeira móveis caíram de US$ 48,2 milhões em maio de 2019<br />

para US$ 31,8 milhões em maio de <strong>2020</strong>, uma queda de 34%. Entre janeiro e abril de <strong>2020</strong>, as exportações de móveis do<br />

Brasil caíram 10% ano a ano e isso se deve ao impacto da pandemia no comércio global.<br />

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NOTAS<br />

Licenciamentos ambientais<br />

Foto: divulgação<br />

O governo do Estado do Espírito Santo criou a Comissão de Análise<br />

de Projetos Prioritários de Licenciamento Ambiental para declarar<br />

como prioritários os projetos de incentivo e estímulo ao desenvolvimento<br />

econômico. A Comissão será temporária e funcionará até 31<br />

de dezembro de 2021. O decreto número 4.654-R foi publicado no<br />

Diário Oficial do Estado. Os projetos declarados pela comissão como<br />

estratégicos serão prioritários no planejamento e análise ambiental do<br />

Estado. Serão consideradas a expansão, modernização e diversificação<br />

dos setores produtivos capixabas, para que sejam estimuladas a realização<br />

de investimentos, com ênfase na produção de emprego e renda,<br />

sobretudo neste período de pandemia. A comissão terá um prazo de<br />

até 30 dias para analisar e opinar sobre cada projeto de licenciamento<br />

ambiental. Em caso de solicitação de informações complementares, o<br />

colegiado terá um prazo de mais 15 dias, a contar da data de recebimento<br />

da resposta, para análise e emissão de parecer. Após a emissão<br />

do parecer técnico, o processo será encaminhado ao Iema (Instituto<br />

Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos), que terá a incumbência<br />

de distribuir ao setor ou órgão competente. Assim, a Comissão<br />

acompanhará o processo de licenciamento ambiental.<br />

AÇÃO DIRETA<br />

ALTA<br />

Além de ser essencial para a produção de itens<br />

básicos do dia a dia, o setor florestal e a cadeia<br />

produtiva da madeira tem mostrado para sociedade<br />

que também está empenhado em ajudar o país a<br />

enfrentar a crise diante da pandemia da Covid-19. Do<br />

pequeno produtor às grandes empresas, o que mais<br />

temos noticiado são ações de solidariedade, seja na<br />

tentativa de manter o emprego dos funcionários do<br />

setor, quanto na doação direta de itens como máscaras,<br />

material de higiene e até mesmo quantias em<br />

dinheiro para projetos de hospitais de campanha. De<br />

norte ao sul do país, ação é o que não falta.<br />

JULHO <strong>2020</strong><br />

DECRETO AMEAÇADO<br />

Os senadores Rogério Carvalho (PT-SE) e Fabiano<br />

Contarato (Rede-ES) querem derrubar os efeitos do<br />

Decreto presidencial que transfere do MMA (Ministério<br />

do Meio Ambiente) para o Mapa (Ministério da<br />

Agricultura, Pecuária e Abastecimento da Agricultura)<br />

o poder para concessão de florestas públicas. No<br />

Mapa, os processos para o projetos de manejo florestal<br />

ganharão mais celeridade, de acordo com entidades<br />

do setor. Rogério apresentou projeto de decreto<br />

legislativo (PDL 226/<strong>2020</strong>) nesse sentido, segundo<br />

informações da Agência Senado. A esquerda jogando<br />

contra os interesses dos brasileiros.<br />

BAIXA<br />

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FRASES<br />

Foto: divulgação<br />

Modernizar e desburocratizar a<br />

legislação ambiental não é descartar tudo<br />

o que foi construído, mas se apoderar de<br />

sua origem, adaptá-la e transformá-la para<br />

uma nova realidade, atendendo a novos<br />

contornos da produção, da tecnologia e do<br />

conhecimento. Desburocratizar significa<br />

trazer modernização, tirar amarras<br />

cartoriais, que não influenciam na análise<br />

técnica dos processos. A burocracia, esta<br />

sim, é um mal perigoso<br />

“Nosso setor é forte e<br />

resiliente, conforme já<br />

demonstramos em crises<br />

anteriores, além de ser<br />

fundamental para a economia<br />

do país e do Estado. O trabalho<br />

realizado por esse segmento<br />

tem impactos positivos não só<br />

na economia, mas também no<br />

desenvolvimento social e no<br />

meio ambiente, com geração<br />

de emprego e renda para<br />

inúmeras famílias”<br />

Ailson Loper, diretor executivo da Apre (Associação<br />

Paranaense de Empresas de Base <strong>Florestal</strong>)<br />

Carta aberta à sociedade, assinada por Germano<br />

Luiz Gomes Vieira, presidente da Abema<br />

(Associação Brasileira de Entidades Estaduais de<br />

Meio Ambiente)<br />

“É um diálogo necessário com<br />

a cadeia produtiva em meio à<br />

crise que o novo Coronavírus<br />

criou. É uma forma de se<br />

conseguir celeridade nos<br />

processos de licenciamento<br />

com a fiscalização necessária<br />

do órgão ambiental”<br />

Fabricio Machado, secretário da Seama (Secretaria do<br />

Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Espírito Santo),<br />

sobre a Comissão de Análise de Projetos Prioritários<br />

de Licenciamento Ambiental instalada no Estado<br />

Marca<br />

que não precisa<br />

descansar.<br />

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ENTREVISTA<br />

Foco no<br />

PÓS-PANDEMIA<br />

Post-pandemic in focus<br />

Foto: divulgação<br />

ENTREVISTA<br />

L<br />

iderando a Amif (Associação Mineira da Indústria<br />

<strong>Florestal</strong>), com 22 associados em um dos Estados<br />

mais expressivos do setor florestal no Brasil, a presidente<br />

fala sobre os desafios diante da Covid-19,<br />

as mudanças na legislação mineira para o setor e as pautas da<br />

entidade para <strong>2020</strong>.<br />

Adriana<br />

Maugeri<br />

H<br />

ead of the State of Minas Gerais Association of<br />

the Forest Industry (Amif), with 22 associates in<br />

one of the Brazilian states with a very expressive<br />

Forest Sector, the President talks about the<br />

challenges it is facing with Covid-19, the changes in the State’s<br />

legislation for the Sector, and the Entity’s plans for <strong>2020</strong>.<br />

LOCAL DE NASCIMENTO<br />

São Paulo (SP)<br />

São Paulo (SP)<br />

ATIVIDADE/ ACTIVITY:<br />

Presidente da Amif (Associação Mineira da Indústria <strong>Florestal</strong>)<br />

Universitária do curso de Direito<br />

President of the State of Minas Gerais Association of the<br />

Forestry Industry (Amif) and Law student<br />

FORMAÇÃO/ ACTIVITY:<br />

Comunicação social<br />

Social Media<br />

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Julho <strong>2020</strong> 43


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vem para impulsionar o crescimento do mercado industrial<br />

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O CÉU É O LIMITE<br />

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Montagem de pilhas<br />

altas para estoque é<br />

uma solução que exige<br />

equipamento adequado<br />

Fotos: divulgação<br />

More logs: the<br />

sky is the limit<br />

Creating large piles for stocking<br />

logs is a solution that requires<br />

adequate equipment<br />

O<br />

Brasil já mostrou ao mundo seu potencial na<br />

produção de madeira, celulose, chapas, placas,<br />

biomassa e outros produtos florestais. Inúmeros<br />

projetos e ampliações de fábricas estão<br />

ocorrendo no Brasil. Com novas tecnologias e<br />

investimentos, as fábricas demandam cada vez mais madeira e<br />

os pátios precisam armazenar mais toras, no intuito de otimizar<br />

espaço. Uma das principais soluções é a montagem de pilhas de<br />

estoque de madeira verticalmente, ou seja, mais altas. Assim<br />

é possível estocar mais madeira na mesma área, reduzindo o<br />

tempo e o custo de logística, quando existe a necessidade de<br />

estocagem longe das mesas de processamento e picagem. A<br />

montagem de pilhas altas, porém, requer atenção especial,<br />

principalmente no quesito segurança.<br />

Durante muito tempo nas operações de pátio foram utilizadas<br />

escavadoras hidráulicas adaptadas para o descarregamento<br />

de caminhões, montagem de pilhas e abastecimento de mesas.<br />

B<br />

razil has already shown the world its potential<br />

in the production of timber, pulp, panels, biomass,<br />

and other forest products. Numerous<br />

industrial projects and expansions are taking<br />

place in Brazil. With new technologies and<br />

investments, factories demand more and more timber and<br />

thus yards to store more logs to optimize spaces. One of the<br />

leading solutions is creating vertical timber stockpiles, that is,<br />

higher. Therefore, it becomes possible to stock more timber in<br />

the same area, reducing time and logistics cost, when there is<br />

a need for storage, remote from the processing and chipping<br />

tables. The creation of higher piles, however, requires special<br />

attention, especially as to safety.<br />

For a long time, hydraulic excavators adapted for unloading<br />

trucks, creating piles, and supplying belts were used in yard<br />

operations. The excavator is a machine designed to carry out<br />

the work from ground level down, has a complete structure<br />

Julho <strong>2020</strong><br />

51


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Julho <strong>2020</strong> 55


LEGISLAÇÃO<br />

Novas regras para<br />

PLANTAÇÃO DA ARAUCÁRIA<br />

Fotos: divulgação<br />

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Aprovado pela Alep, texto<br />

regulamenta o plantio e a atividade<br />

econômica de araucárias no Paraná<br />

Julho <strong>2020</strong><br />

57


LEGISLAÇÃO<br />

Falta apenas a sanção do governador do Paraná,<br />

Ratinho Junior, para que o projeto de lei<br />

495/2019, dos deputados Luiz Claudio Romanelli<br />

(PSB), Hussein Bakri (PSD) e Emerson Bacil<br />

(PSL), que regulamenta o plantio e a atividade<br />

econômica de araucárias no Paraná, entre em vigor. A matéria,<br />

que foi aprovada pela Alep (Assembleia Legislativa<br />

do Paraná) no último mês de maio, concede permissão<br />

para atividade comercial para quem plantar exclusivamente<br />

a espécie Araucaria angustifólia, com pontos georreferenciados,<br />

e que estejam “fora dos remanescentes naturais<br />

nativos, das RL’s (Reservas Legais), das APP’s (Áreas de<br />

Preservação Permanente) e demais áreas protegidas”, diz<br />

o texto.<br />

Ainda de acordo com o texto, o projeto prevê que<br />

quem decidir plantar a espécie em imóveis rurais para<br />

exploração dos produtos e subprodutos madeireiros ou<br />

não, deverá realizar um cadastro da plantação no órgão<br />

ambiental estadual. É necessário declarar a atividade<br />

para fins de controle de origem, devendo a propriedade<br />

rural estar devidamente inscrita CAR (Cadastro Ambiental<br />

Rural). Segundo o texto, é necessário o cadastro das plantações<br />

ser realizado por responsável técnico habilitado em<br />

áreas de plantio superior a quatro módulos fiscais. Outra<br />

necessidade são informações sobre o plantio, como “o tipo<br />

de plantio (puro ou em consórcios agroflorestais); idade ou<br />

ano da plantação; número de mudas plantadas e o tipo de<br />

produto a ser explorado.”<br />

O texto determina que a exploração da araucária em<br />

imóveis urbanos é restrita a modalidade indireta, ficando<br />

o proprietário isento da necessidade de cadastro junto ao<br />

órgão ambiental estadual. Já o plantio para fins de exploração<br />

econômica, como já dito anterioremente, na modalidade<br />

direta não poderá ocorrer em APPs, em Áreas de<br />

Reserva Legal e em áreas de remanescentes de vegetação<br />

nativa onde o desmatamento de vegetação nativa de Mata<br />

Atlântica tenha ocorrido de forma ilegal.<br />

A matéria prevê também o incentivo à formação de<br />

cooperativas de agricultores para o plantio e exploração de<br />

plantação, assim como a educação do campo e ambiental<br />

dos agricultores sobre espécies em extinção e a importância<br />

da preservação dos remanescentes naturais. Também<br />

será incentivada a certificação florestal voluntária dos produtos<br />

madeireiros e não madeireiros gerados pela exploração.<br />

O texto da Lei, ainda prevê a “educação do campo e<br />

ambiental dos agricultores sobre espécies em extinção e a<br />

importância da preservação dos remanescentes naturais.”<br />

A regulamentação da Lei e seu cumprimento fica a cargo<br />

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ESPÉCIE<br />

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Álamo ou Choupo:<br />

ESPÉCIE RESISTENTE<br />

Originária de regiões de clima temperado e frio, gênero<br />

Populus existe no Brasil no Paraná e Santa Catarina<br />

Fotos: divulgação<br />

Julho <strong>2020</strong><br />

61


ESPÉCIE<br />

O<br />

gênero Populus, popularmente chamado<br />

de Álamo ou Choupo pertence a Família<br />

Salicaceae. É originário de regiões de clima<br />

temperado e frio do hemisfério norte, onde<br />

são amplamente cultivados, constituindo-se<br />

como uma das principais espécies econômicas.<br />

Segundo previsões da FAO (2004), existem cerca de 70<br />

milhões de hectares de Álamo, os quais crescem em forma<br />

de bosques naturais, florestas plantadas, incluindo sistemas<br />

agro-florestais e árvores ornamentais. A Federação Russa,<br />

Canadá e Ucrânia têm as maiores áreas de Álamo nativos,<br />

porém, China, Índia e Paquistão possuem as maiores áreas<br />

plantadas.<br />

No Brasil, os primeiros plantios comerciais de Populus<br />

foram implantados na década de 1960, no entanto, somente<br />

no início da década de 1990, passaram a ser praticados em<br />

áreas mais extensas. Atualmente existem aproximadamente<br />

5.500 ha (hectares), entre os estados do Paraná e Santa Catarina,<br />

na Bacia do rio Iguaçu.<br />

A madeira destes plantios é destinada ao abastecimento<br />

da indústria fosforeira, visto que as características de<br />

crescimento rápido, retidão de fuste, composição química<br />

(ausência de resinas), coloração esbranquiçada e fibra reta,<br />

favorecem a espécie para esse segmento industrial.<br />

DISTRIBUIÇÃO GERAL<br />

Os choupos são espécies da família Salicaceas, que se<br />

distribuem essencialmente pelo Hemisfério Norte.<br />

CARACTERIZAÇÃO GERAL<br />

São plantas lenhosas de crescimento rápido e ripícolas.<br />

Esta espécie, a exceção das outras do mesmo gênero resiste<br />

bem a sombra, razão pela qual acaba por ser mais competitiva<br />

que os choupos das outras espécies. Intimamente<br />

associadas à água freática em ambiente natural, sendo esta<br />

espécie a única que suporta encharcamento prolongado dos<br />

primeiros 50 cm (centímetros) de solo e a solos hidromórficos<br />

em geral, mas não a salinidade ou a ventos marinhos<br />

(isto é, que transportem sais em suspensão). Dá-se bem<br />

num intervalo de pH entre 6,5 e 7, estando comprometido<br />

o crescimento quando o pH é superior a 8 e rejeitando solos<br />

demasiado ácidos (pH < 5,8), pelo perigo que representa a<br />

escassa fertilidade. Necessitam no solo de uma certa proporção<br />

de areia para garantir arejamento e uma certa proporção<br />

de argila que indica alguma fertilidade. Não toleram<br />

locais muito pedregosos, devido à sua relativa exigência em<br />

volume total de terra. A regra é plantarem-se os choupos a<br />

espaçamento definitivo devido à sua grande exigência em<br />

luz, sendo apropriados os compassos de 5 x 5 ou 6 x 6m<br />

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Julho <strong>2020</strong><br />

63


ESPECIAL<br />

Paraná tem novo<br />

MAPA FLORESTAL<br />

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Mapeamento fornece a distribuição<br />

geográfica da tipologia de uso e<br />

cobertura vegetal do Estado<br />

Fotos: divulgação<br />

Julho <strong>2020</strong><br />

65


ESPECIAL<br />

O<br />

novo mapa de cobertura vegetal do território<br />

paranaense está disponível com dados<br />

fundamentais para o monitoramento<br />

e planejamento periódicos de questões<br />

ambientais e socioeconômicas. Intitulado<br />

Mapeamento do Uso e Cobertura da Terra, o documento<br />

mostra que, da área de 19.987.987,15 ha (hectares) do<br />

Paraná, um total de 29,117% são ocupados por florestas<br />

nativas (5.819.950,07 ha) e 6,466% por plantios florestais<br />

(1.292.507,40 ha).<br />

O mapeamento, concluído pelo Instituto Água e Terra,<br />

apresenta a vegetação em dois âmbitos: áreas de vegetação<br />

natural que são as florestas nativas (Floresta Estacional<br />

Semi-Decidual; Floresta Ombrófila Mista; Floresta Ombrófila<br />

Densa, Aluviais, Submontana, Montana e Altomontana) e<br />

as áreas antrópicas agrícolas que englobam os plantios florestais,<br />

ou seja, as espécies Nativa (Araucaria angustifolia)<br />

e Exóticas/Silvicultura (Pinus spp e Eucalyptus spp) e Sistemas<br />

Agroflorestais; a agricultura perene (Frutíferas perenes<br />

- café, seringueira, banana) e a agricultura anual (culturas<br />

de ciclo curto - milho, trigo, soja, tubérculos e hortaliças).<br />

O bioma Mata Atlântica incide sobre 93% da área coberta<br />

pela floresta nativa.<br />

Os espaços preenchidos pela agricultura correspondem<br />

a 0,683% (136.561,00 ha) de agricultura perene e 33,014%<br />

(6.598.748,26) de agricultura anual. Os campos e pastagens<br />

ocupam 25,321% (411.158,04 ha), as várzeas 1,354%<br />

(270.637,73 ha) e os corpos d’água 2,057% (411.158,04).<br />

A área de mangue é 0,156% (31.140,24), a de restinga<br />

0,087% (17.330,58) e a linha da praia com 0,003% (584,57<br />

há). O Paraná ainda tem 0,061% (12.281,08) solo exposto/<br />

mineração; 1,445% (288.777,22 ha) de área urbanizada. A<br />

área construída ocupa 0,236% (47.062,31). “Nós ficamos<br />

muito satisfeitos em poder apresentar o resultado, que<br />

demandou o empenho e tempo dos nossos técnicos, e que<br />

poderá ser utilizado pela sociedade em geral”, enaltece a<br />

coordenadora da área de Cartografia do Instituto Água e<br />

Terra, Gislene Lessa, ao informar que uma equipe multidisciplinar<br />

participou da pesquisa.<br />

O novo desenho foi desenvolvido a partir de levantamentos<br />

feitos pelo Consórcio Araucária e servirá como<br />

ferramenta para a utilização racional do espaço geográfico.<br />

Constituído pelas empresas Senografia Desenvolvimento<br />

e Soluções Eireli e Geopixel Geotecnologias Consultoria e<br />

Serviço Ltda, o consórcio foi firmado pela Sepl (Secretaria<br />

de Estado do Planejamento e Projetos Estruturantes), por<br />

meio do Contrato SEPL nº 002/2018, em parceria com o<br />

Banco Mundial. O valor do contrato foi de R$ 2.891.276,05.<br />

“Com esse trabalho podemos ter a dimensão atualizada da<br />

cobertura florestal do Paraná, das áreas ocupadas e suas<br />

características. E, principalmente, tomar decisões acertadas<br />

referentes ao desenvolvimento socioeconômico sustentável”,<br />

destaca Marcio Nunes, secretário da Sedest (Secretaria<br />

do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo).<br />

METODOLOGIA<br />

A partir das imagens captadas por satélites e disponibilizadas<br />

pela Copel (Companhia Paranaense de Energia),<br />

No Paraná, 29,117% são<br />

ocupados por florestas<br />

nativas (5.819.950,07 ha) e<br />

6,466% por plantios florestais<br />

(1.292.507,40 ha)<br />

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POLÍTICA PÚBLICA<br />

Internet na zona rural<br />

EM PAUTA<br />

Foto: divulgação<br />

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Com o aumento do trabalho remoto devido a<br />

pandemia da Covid-19, tema volta a ser discutido<br />

pela Frente Parlamentar da Agropecuária<br />

N<br />

o Brasil, a internet é um dos principais desafios<br />

para o desenvolvimento tecnológico<br />

no campo. Mais de 70% das propriedades<br />

rurais não possuem conexões disponíveis,<br />

de acordo com o último Censo Agropecuário,<br />

de 2017. A pandemia da Covid-19 acelerou o trabalho<br />

remoto e trouxe à tona esse problema que entrou em<br />

pauta, no último mês, pela FPA (Frente Parlamentar da<br />

Agropecuária) e o ministro das Comunicações.<br />

São 5,07 milhões de estabelecimentos rurais no País<br />

onde ocorre produção agropecuária e florestal como<br />

atividade de renda, de acordo com o Ibge (Instituto Brasileira<br />

de Geografia e Estatística). Desse total, 64 milhões<br />

de propriedades (71,8%) não possui acesso à internet.<br />

“O setor no Brasil já é muito produtivo, com a disponibilidade<br />

de conectividade e tecnológica haverá aumento da<br />

produção”, destacou o presidente da FPA, deputado Alceu<br />

Moreira (MDB-RS), durante reunião, realizada no final de<br />

junho, com o ministro das Comunicações, Fábio Faria, para<br />

tratar de conectividade no campo, novas tecnologias, mais<br />

produtividade, sustentabilidade e acesso para a população<br />

rural.<br />

Na pauta apresentada ao ministro, constaram quatro<br />

projetos de lei que tratam da conectividade no campo,<br />

prioritários para a FPA. São três projetos em tramitação no<br />

Senado Federal e um na Câmara dos Deputados.<br />

Na CCT (Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação,<br />

Comunicação e Informática do Senado), o projeto de lei<br />

6549/2019, de autoria do deputado Vitor Lippi (PSDB-SP)<br />

e relatoria do senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO) aguarda<br />

análise. A proposta torna iguais a zero os valores da<br />

Taxa de Fiscalização de Instalação, da Taxa de Fiscalização<br />

de Funcionamento, da Contribuição para o Fomento da<br />

Radiodifusão Pública e da Condecine (Contribuição para o<br />

Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional)<br />

das estações de telecomunicações que integrem sistemas<br />

de comunicação máquina a máquina. O projeto também<br />

isenta de licença prévia de funcionamento as estações de<br />

telecomunicações que integrem sistemas de comunicação<br />

máquina a máquina.<br />

Também aguardando análise na CCT e relatoria do<br />

senador Chico Rodrigues (DEM-RR), o projeto de lei<br />

349/2018 retira tributos e taxas sobre serviços de comunicações<br />

entre máquinas e propõe reduzir as taxas e contribuições<br />

sobre as estações terminais de pequeno porte<br />

para recepção via satélite – as Vsat.<br />

Essas medidas pretendem estimular o desenvolvimento<br />

da infraestrutura e a massificação do acesso à internet<br />

em áreas desatendidas. Moreira diz que esses dispositivos<br />

não podem ficar sujeitos à mesma burocracia administrativa<br />

e ao mesmo fardo tributário que incide sobre as demais<br />

estações dos serviços de telecomunicações.<br />

Já na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos do Senado),<br />

o projeto de lei 172/20 aguarda relatório da senadora<br />

Daniela Ribeiro (PP-PB). O PL dispõe sobre a finalidade, a<br />

destinação dos recursos, a administração e os objetivos do<br />

Fust (Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações).<br />

A proposta também prevê a administração do<br />

Fust por um conselho gestor.<br />

De autoria do deputado João Maia (PL-RN), o projeto<br />

de lei 4566/19, apensado ao PL 8518/17, aguarda relator<br />

na Cctci (Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e<br />

Informática) da Câmara dos Deputados. A proposta pretende<br />

estabelecer um caminho rápido, para agilizar os processos<br />

de licenciamento das antenas de telecomunicações.<br />

De acordo com o autor, a expansão da infraestrutura e<br />

os investimentos necessários encontram obstáculos pela<br />

excessiva burocracia e morosidade no processo de licenciamento<br />

desse tipo de recurso, criando insegurança jurídica<br />

para novos investimentos. Para ampliar a cobertura e manter<br />

a qualidade do Serviço Móvel Pessoal, há necessidade<br />

de uma contínua e rápida expansão de infraestrutura, isto<br />

demanda a instalação de novas antenas, segundo ele.<br />

Além das propostas que aguardam análise nas Comissões,<br />

também foi discutido sobre a ampliação do valor do<br />

crédito para o financiamento dos projetos de conectividade<br />

no campo na linha Inovagro. “A ideia é ter financiamento<br />

para incorporar inovações tecnológicas nas propriedades<br />

rurais para o aumento da produtividade e melhoria da<br />

gestão”, destacou Moreira.<br />

Julho <strong>2020</strong><br />

69


PRAGAS<br />

Recomendações contra a nova<br />

VESPA-DE-GALHA DO EUCALIPTO<br />

Foto: Fabiano Mendes e divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

70 www.referenciaflorestal.com.br


Programa faz alerta sobre a nova praga<br />

descoberta nas plantações brasileiras<br />

Julho <strong>2020</strong><br />

71


PRAGAS<br />

E<br />

m abril de <strong>2020</strong>, foi detectada uma nova espécie<br />

de vespa-de-galha, pertencente ao gênero<br />

Ophelimus (Hymenoptera: Eulophidae), no<br />

Estado de São Paulo. Essa espécie tem ocorrência<br />

ampla e causa desfolhas expressivas<br />

em plantios de E. camaldulensis e em espécies próximas.<br />

Uma estudo preliminar, realizado pelo professor Doutor<br />

Carlos F. Wilcken, coordenador científico Protef (Programa<br />

Cooperativo sobre Proteção florestal do Ipef (Instituto de<br />

Pesquisas e Estudos Florestais), junto com a engenheira<br />

agrônoma Thais Alves da Mota, mestranda em Ciência <strong>Florestal</strong>,<br />

detalha mais sobre a praga e apresenta recomendações.<br />

Os pesquisadores ainda estão em pleno processo de<br />

finalização da identificação e confirmação da presença de<br />

uma nova praga exótica no país junto ao Mapa (Ministério<br />

da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e, até o fechamento<br />

desta edição, o registro oficial não foi finalizado.<br />

Com base no documento chamado: Alerta Protef;<br />

apresentamos um resumo com as principais informações<br />

dos pesquisadores realizadas até o momento.<br />

DANOS<br />

Em altas infestações, toda a folha é tomada pelas galhas.<br />

Os danos causados reduzem o desenvolvimento de<br />

mudas, mas não há dados sobre a mortalidade de árvores<br />

causadas por esta espécie de vespa-de-galha. As folhas<br />

com galhas têm seu período útil reduzido de 240 para 70<br />

dias, causando desfolha intensa (ProtasoV et al., 2007).<br />

RECOMENDAÇÕES<br />

VIVEIRO<br />

Devido à importância da produção de mudas sadias e<br />

vigorosas e visando evitar possíveis riscos de disseminação<br />

acidental da praga recomenda-se o seguinte:<br />

• Destruição de todas as mudas com presença de galhas.<br />

• Levantamento minucioso das mudas no viveiro comercial<br />

e instalação de armadilhas amarelas adesivas para<br />

coleta de adultos, com avaliação semanal.<br />

PRAGA<br />

As vespas-de-galha do gênero Ophelimus apresentam<br />

alta diversidade, sendo conhecidas 51 espécies (Wikipedia,<br />

<strong>2020</strong>). Porém, as espécies desse gênero associadas<br />

ao eucalipto ainda são pouco conhecidas, sendo relatadas<br />

quatro espécies: Ophelimus eucalypti, O. maskelli, O. mediterraneus<br />

e O. migdanorum, sendo as duas últimas descritas<br />

recentemente, em 2018 e 2019, respectivamente<br />

(Protasov et al., 2007; Borowiec et al, 2018; Molina-Mercater<br />

et al., 2019).<br />

Todas essas espécies são provavelmente originárias<br />

da Austrália, apesar de parte delas serem descritas em<br />

outros países. A espécie mais estudada é O. maskelli, que é<br />

considerada invasora e tem maior distribuição geográfica,<br />

ocorrendo em países da Europa, África, Ásia (Oriente médio)<br />

e Américas.<br />

Os adultos de O. maskelli (Hymenoptera: Eulophidae)<br />

são pequenas vespas de coloração negra e medem entre<br />

0,83 a 1,07 mm, possuem asas com uma única nervura<br />

e presença de uma seta na nervura sub-marginal da asa<br />

anterior (Protasov et al., 2007). Este inseto galhador foi erroneamente<br />

registrado como O. eucalypti em vários países<br />

da Europa (Ramanagouda et al., 2010).<br />

As galhas formadas são circulares e planas, ocorrendo<br />

na lâmina foliar em ambos os lados da folha (Protasov et<br />

al., 2007).<br />

A segunda espécie mais comum e importante é O.<br />

eucalypti, cujo adulto é muito parecido com O. maskelli,<br />

apresentando também formação de galhas no limbo foliar,<br />

contudo, para esta espécie, as galhas se concentram nas<br />

margens das folhas de eucalipto.<br />

72 www.referenciaflorestal.com.br


Julho <strong>2020</strong> 73


PESQUISA<br />

A SILVICULTURA CLONAL<br />

E ALGUMAS FORMAS DE<br />

PROPAGAÇÃO VEGETATIVA<br />

Com pesquisas de vários setores, o<br />

melhoramento genético de árvores teve<br />

um avanço expressivo nos últimos anos<br />

Fotos: REFERÊNCIA<br />

74 www.referenciaflorestal.com.br


VITORIA NATALI NUNES MELO<br />

ACADÊMICA DO CURSO DE ENGENHARIA FLORESTAL – UNIVERSIDADE DO ESTADO DE<br />

MATO GROSSO (UNEMAT), CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE ALTA FLORESTA<br />

PROF. WESCLEY VIANA EVANGELISTA<br />

PROFESSOR DO CURSO DE ENGENHARIA FLORESTAL – UNIVERSIDADE DO ESTADO DE<br />

MATO GROSSO (UNEMAT), CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE ALTA FLORESTA<br />

Julho <strong>2020</strong><br />

75


PESQUISA<br />

RESUMO<br />

Pesquisadores da Unemat (Universidade do<br />

Estado de Mato Grosso) apresentam artigo<br />

com um panorama da silvicultura no Brasil,<br />

especialmente relacionado aos estudos, avanços<br />

genéticos e tecnológicos ocorridos nos<br />

últimos anos no setor florestal.<br />

INTRODUÇÃO<br />

O Brasil possui uma área com 498 milhões de hectares<br />

de florestas, que corresponde a cerca de 58% do território<br />

nacional. De toda essa área florestal, cerca de apenas 2% é<br />

ocupada por árvores plantadas ou comumente chamadas<br />

de reflorestamentos ou florestas plantadas. O setor florestal<br />

brasileiro, devido sua importância, obteve ao longo do<br />

tempo grande avanço por meio da silvicultura, que se trata<br />

de uma ciência que estuda os métodos naturais e artificiais<br />

de produção de espécies florestais, desde a implantação<br />

até o manejo de plantios florestais.<br />

A silvicultura tonou-se uma alternativa diante do esgotamento<br />

de recursos naturais pela abertura de áreas<br />

florestais nativas e serviu para o atendimento da crescente<br />

demanda por madeira de características homogêneas para<br />

os diversos setores industriais. Os plantios florestais brasileiros<br />

são em sua maioria formados de espécies exóticas,<br />

principalmente pinus e eucalipto, os quais, na década de<br />

1960, no início da silvicultura no Brasil eram pouco produtivos,<br />

sendo a propagação feita por meio de sementes.<br />

Essas sementes eram advindas de diversas partes do país<br />

e do mundo, com grandes variações genéticas, que resultavam<br />

em plantios sem uniformidade, além de problemas<br />

com doenças e baixo rendimento volumétrico de madeira.<br />

No Brasil, a década de 1970 foi marcada por incentivos<br />

fiscais do governo federal para pesquisas voltadas aos<br />

plantios florestais, principalmente nas regiões sul e sudeste,<br />

além do investimento por parte de grandes empresas<br />

para formar plantios florestais. Os principais estudos da<br />

época estavam voltados para o melhoramento genético<br />

das árvores, além da necessidade de métodos de plantios<br />

mais eficientes que os seminais já aplicados, visando maior<br />

crescimento das árvores e produção de madeira.<br />

Assim, ao longo do tempo, por meio de pesquisas de<br />

vários setores, como de biotecnologia, genética, bioquímica,<br />

entre outros, ocorreram diversos avanços voltados<br />

para o melhoramento genético de árvores. As pesquisas<br />

resultam na criação de clones com genótipos selecionados,<br />

adaptados a diversas regiões, com resistência a pragas e<br />

doenças e com comportamentos de crescimento definidos<br />

pela finalidade do plantio, além da obtenção de madeira<br />

de qualidade para produção de produtos específicos, como<br />

celulose, carvão vegetal etc. Muitos dos avanços foram<br />

ocasionados por meio da seleção de genótipos, a clonagem<br />

de indivíduos superiores e a hibridação.<br />

Diante das condições e necessidades existentes para<br />

os plantios florestais, a silvicultura clonal ganhou desta-<br />

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FACAS PARA<br />

PICADORES<br />

DURABILIDADE<br />

ECONOMIA<br />

PRODUTIVIDADE<br />

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Julho <strong>2020</strong><br />

77


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Julho <strong>2020</strong> 79


AGENDA<br />

AGENDA<strong>2020</strong>/2021<br />

JULHO<br />

<strong>2020</strong><br />

Imagem: reprodução<br />

Lançamento do Levantamento do Nível<br />

de Mecanização na Silvicultura<br />

08<br />

Live via Youtube<br />

Online<br />

www.ipef.br/eventos<br />

OUTUBRO<br />

<strong>2020</strong><br />

MAR<br />

2021<br />

XVII EBRAMEM (ENCONTRO<br />

BRASILEIRO EM MADEIRAS E<br />

EM ESTRUTURAS DE MADEIRA)<br />

Voltado para a comunidade de pesquisadores, estudantes,<br />

profissionais e empresários, o objetivo é discutir as<br />

principais necessidades do setor e os avanços da área<br />

da madeira no Brasil e no mundo. Além disso, espera-se<br />

que o intercâmbio de conhecimentos frutifique, trazendo<br />

novas parcerias entre grupos de pesquisas, profissionais e<br />

empresários.<br />

Workshop Inventário e Mensuração<br />

25<br />

Curitiba (PR)<br />

www.apreflorestas.com.br/<br />

evento/7o-workshop-embrapaflorestas-apre<br />

Florestas UAI – Encontro da Indústria<br />

<strong>Florestal</strong> de Minas Gerais<br />

04 e 05<br />

Belo Horizonte (MG)<br />

http://engenhariaflorestal.jatai.ufg.br/<br />

eventos<br />

NOVEMBRO<br />

<strong>2020</strong><br />

MAI<br />

2021<br />

I CONGRESSO MUNDIAL DE ILPF<br />

O evento será uma oportunidade para troca de experiências<br />

e conhecimento, bem como, para atualização<br />

sobre os mais recentes resultados de pesquisa,<br />

desenvolvimento e inovação em Sistemas ILPF no<br />

mundo. O principal objetivo é propiciar um fórum<br />

de discussão, aprofundamento teórico e aplicações<br />

práticas sobre aspectos tecnológicos, ambiental e de<br />

sustentabilidade do sistema.<br />

Imagem: reprodução<br />

80 www.referenciaflorestal.com.br


Disco de corte para Feller<br />

AGENDA<strong>2020</strong>/2021<br />

• Discos de corte com encaixe para<br />

utilização de até 18 ferramentas<br />

• Diâmetro externo e encaixe central<br />

de acordo com o padrão da máquina<br />

MARÇO<br />

2021<br />

Detalhe de encaixe para<br />

ferramentas de 4 lados<br />

XVII Ebramem<br />

8 a 10<br />

Florianópolis (SC)<br />

www.ebramem<strong>2020</strong>.com.br<br />

• Discos de corte para Feller<br />

conforme modelo ou amostra<br />

• Discos especiais<br />

• Pistões hidráulicos<br />

(fabricação e reforma)<br />

• Usinagem de médio e grande porte<br />

MAIO<br />

2021<br />

Av. Marginal Francisco D’Antonio, 337<br />

Água Vermelha - Sertãozinho - SP<br />

Fone: (16) 3942-6855 Fax: (16) 3942-6650<br />

dantonio@dantonio.com.br - www.dantonio.com.br<br />

D’Antonio Equipamentos<br />

Mecânicos e Industriais Ltda<br />

I Congresso Mundial sobre Sistemas de<br />

Integração Lavoura-Pecuária-Floresta<br />

03 a 06<br />

Campo Grande (MS)<br />

http://wcclf<strong>2020</strong>.com.br<br />

SETEMBRO<br />

2021<br />

Simpos 2021<br />

22 a 24<br />

Curitiba (PR)<br />

https://simpos<strong>2020</strong>.galoa.com.br/<br />

Julho <strong>2020</strong><br />

81


Foto: divulgação<br />

ESPAÇO ABERTO<br />

Os desafios para o setor<br />

MADEIREIRO<br />

EM <strong>2020</strong><br />

Por Marcos Reis,<br />

Professor, administrador e economista<br />

www.investidoraltaperformance.com.br<br />

Os reflexos da economia<br />

mundial, no primeiro<br />

semestre, diante da<br />

pandemia<br />

82 www.referenciaflorestal.com.br<br />

C<br />

omeçamos o ano de <strong>2020</strong> com algo inesperado, um evento a<br />

qual denominamos de cisne negro no mercado financeiro e<br />

que afeta globalmente as economias e as vidas das pessoas<br />

em todo o mundo. A teoria do cisne negro se refere apenas<br />

a eventos inesperados de grande magnitude e consequências<br />

no contexto da sua influência histórica. Tais eventos, considerados<br />

extremos atípicos, representam um papel mais importante do que os acontecimentos<br />

normais. O importante de agora para frente, são as ações das<br />

pessoas e dos governos em superar o enorme desafio que temos para os<br />

próximos meses.<br />

O mês de junho teve a reabertura das economias da Europa e EUA<br />

(Estados Unidos da América), com ampla injeção de capital pelos Bancos<br />

Centrais Americano e Europeu e, com isso, a possibilidade de uma retomada<br />

com maior sucesso para o mês de julho em diante. Se a epidemia<br />

não se repetir, a economia global cairá 6% em <strong>2020</strong>, e até 7,6% se houver<br />

uma nova onda de contágios. No melhor dos cenários, o Brasil vai encolher<br />

7,4%. O comércio mundial, que já estava enfraquecido pelas tensões comerciais<br />

entre os EUA e a China, registrará um resultado negativo de -9,5%<br />

(até -11,4%, em caso de segunda onda da Covid-19) neste ano.<br />

O congresso americano aprovou estímulos fiscais de US$ 3 trilhões<br />

além de mais uma injeção de US$ 3 trilhões (a ser votado pelo congresso<br />

americano) de ajuda ao país que é, hoje, o mais atingido pelo novo coronavírus.<br />

O BCE (Banco Central Europeu), já tinha um plano de revitalização da<br />

economia e aumentou as compras de bônus em 600 bilhões de euros, totalizando<br />

US$ 1,35 trilhão. O programa ainda foi prorrogado do fim deste ano<br />

para - pelo menos - junho de 2021. Já o setor madeireiro nacional, os produtos<br />

da indústria de base florestal chegaram a US$ 2 bilhões em comercializações<br />

com outros países. A celulose totalizou US$ 1,5 bilhão, enquanto o<br />

papel somou US$ 451 milhões e painéis de madeira US$ 68 milhões. Dados<br />

do primeiro trimestre <strong>2020</strong>.<br />

O saldo da balança comercial do setor atingiu US$ 1,8 bilhão (-27,5%).<br />

No período, representou 9,6% das exportações do agronegócio nacional e<br />

4,1% do total do comércio exterior brasileiro. Houve a diminuição da taxa<br />

de juros, a famosa Selic, que está agora em 2,25% ao ano, sem dúvida a<br />

menor taxa de juros em todos os tempos, acompanhando o mercado de<br />

juros no exterior:<br />

Países como Japão, há muitos anos possuem juros zero e isso proporciona<br />

uma melhor linha de crédito para investimentos da iniciativa privada<br />

(empreendedorismo); diminuição de investimentos em renda fixa como a<br />

tradicional caderneta de poupança no Brasil e, com isso, o famoso dinheiro<br />

fácil com excelente rentabilidade que víamos há 5 anos atrás, hoje faz apenas<br />

parte de um passado distante.<br />

A diminuição dos valores de financiamentos promove o crescimento da<br />

economia, melhor capacidade de empreender e conseguir honrar os financiamentos,<br />

muitos deles com taxas bem interessante, seja via Bndes ou os<br />

próprios bancos de varejo. Já temos a linha de crédito para o produtor rural<br />

de 6% ao ano e linha de crédito para o setor imobiliário de 7% ao ano, algo<br />

inimaginável há 3 anos. Certamente iremos ver uma expansão do setor de<br />

construção civil no Brasil para o segundo semestre de <strong>2020</strong> e os próximos<br />

anos o que de fato irá proporcionar, ainda mais, o crescimento do setor de<br />

celulose no Brasil. Acreditem no setor, no trabalho, invistam em suas empresas<br />

e em pessoal e façam a diferença a favor de um Brasil melhor. Podemos<br />

fazer isso e vamos conseguir dar a volta por cima e ter um horizonte<br />

muito melhor de agora para frente.


A SENNEBOGEN oferece uma variedade de soluções em máquinas<br />

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movimentação de grandes cargas como: logísticas portuárias,<br />

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