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*Agosto/2020 Referência Industrial 221

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INDÚSTRIA - Brasil precisa simplificar carga tributária e reduzir burocracia para competir<br />

EFICIÊNCIA E<br />

DURABILIDADE<br />

CONJUNTO DE CORTE GERA MAIOR<br />

DESEMPENHO E PRODUTIVIDADE<br />

NO SETOR DE BIOMASSA<br />

EFFICIENCY AND<br />

DURABILITY<br />

KNIVE ARRAYS THAT GENERATE<br />

BETTER PERFORMANCE<br />

AND PRODUCTIVITY IN THE<br />

BIOMASS SECTOR<br />

9 7 72359 466080 0 0 2 2 1


S O L U Ç Õ E S D E<br />

CLASSE MUNDIAL<br />

B R E V E E M O P E R A Ç Ã O<br />

“Em 1979 a Todeschini plantou a primeira muda de pinus das suas florestas. Hoje, 41 anos depois, com 8.000 hectares<br />

plantados, estamos concluindo a construção da nossa madeireira, um dos maiores projetos da nossa empresa. Quando<br />

iniciamos o processo de seleção para o fornecimento dos equipamentos deste projeto estabelecemos que queríamos<br />

implantar as melhores tecnologias do mundo para produção de madeira serrada, que fosse viável economicamente e<br />

que nos transmitisse a confiança necessária para depositar em suas mãos este desafio. Dentre as várias opções<br />

nacionais e internacionais encontramos na Mendes Máquinas aquele fornecedor que nos garantisse a realização<br />

desse nosso sonho. Hoje estamos felizes com esta parceria e aguardando ansiosos o início das operações”.<br />

João Farina Neto, Presidente do Conselho do Grupo Todeschini<br />

55 49 3241 .0066 /Mendesmaquinas<br />

www.mendesmaquinas.com.br


SUMÁRIO<br />

INDUSTRIAL<br />

48<br />

<strong>2020</strong><br />

28<br />

44<br />

38<br />

MADEIRA<br />

ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />

Alca Máquinas 11<br />

Cipem 07<br />

Contraco 17<br />

DRV Ferramentas 27<br />

Eletro Izidoro 21<br />

Engecass 15<br />

Linck 05<br />

Máquinas Águia 59<br />

Mendes Máquinas 02<br />

Mill Indústrias 19<br />

Mill Indústrias 47<br />

Mill Indústrias 60<br />

Montana Química 09<br />

MSM Química 13<br />

Plantag 51<br />

Prêmio REFERÊNCIA 57<br />

Tecnovapor 55<br />

Vantec 23<br />

SUMÁRIO<br />

06 Editorial<br />

08 Cartas<br />

10 Bastidores<br />

12 Coluna Flavio C. Geraldo<br />

14 Notas<br />

20 Aplicação<br />

22 Frases<br />

24 Entrevista<br />

28 Principal Escolha qualificada<br />

34 Informe Cipem<br />

38 Marcenaria<br />

42 Brasil<br />

44 Madeira Tratada<br />

48 Economia<br />

52 Artigo<br />

56 Agenda<br />

58 Espaço Aberto<br />

04<br />

referenciaindustrial.com.br AGOSTO <strong>2020</strong>


TECNOLOGIA DE PONTA PARA SERRARIAS<br />

Curitiba – PR - Brasil<br />

: +55 41 3332 5442<br />

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Sucesso garantido com a nossa<br />

competência e experiência<br />

mais de 150 linhas de perfilagem em uso ao redor do mundo<br />

serrarias com otimização de tábuas laterais e aumento de rendimento desde 1983<br />

serrarias com corte em curva desde 1989<br />

serrarias para corte de toras classificadas por dimensão e não classificadas<br />

Inovação. Qualidade.<br />

Economia.<br />

MADE IN GERMANY


0 0 2 2<br />

EDITORIAL<br />

PARCERIA<br />

QUE FARÁ A<br />

DIFERENÇA<br />

NA CAPA<br />

A Revista da Indústria da Madeira / The Magazine for the Forest Product<br />

www.referenciaindustrial.com.br<br />

INDÚSTRIA - Brasil precisa simplificar carga tributária e reduzir burocracia para competir<br />

EFICIÊNCIA E<br />

DURABILIDADE<br />

CONJUNTO DE CORTE GERA MAIOR<br />

DESEMPENHO E PRODUTIVIDADE<br />

NO SETOR DE BIOMASSA<br />

EFFICIENCY AND<br />

DURABILITY<br />

KNIVE ARRAYS THAT GENERATE<br />

BETTER PERFORMANCE<br />

AND PRODUCTIVITY IN THE<br />

BIOMASS SECTOR<br />

P<br />

or mais liberal que possa ser um governo, o momento<br />

é de parceria entre os Poderes e a classe<br />

produtiva brasileira. Nos próximos meses, o Brasil<br />

deverá seguir o exemplo de grandes potências<br />

mundiais, como os EUA (Estados Unidos da América)<br />

e a Inglaterra, e criar pacotes econômicos com o intuito<br />

de aquecer a indústria nacional. Essa medida protecionista é<br />

defendida pelo economista Roberto Dumas Damas, em entrevista<br />

à REFERÊNCIA INDUSTRIAL. Na editoria de Madeira<br />

Tratada, abordamos a crescente prática do uso de madeira<br />

na construção de prédios e arranha-céus e de como isso<br />

pode se tornar uma tendência na América do Sul. Também<br />

discorremos, nesta edição, sobre quais são os tipos de madeira<br />

mais aconselhados para a prática da marcenaria. Além<br />

disso, o leitor poderá acompanhar matérias exclusivas nas<br />

editorias de Mercado e Comércio, assim como as últimas<br />

novidades do setor. Tenha uma ótima leitura!<br />

ESTAMPA A CAPA DESTA<br />

EDIÇÃO MONTAGEM<br />

DE FERRAMENTA<br />

COMERCIALIZADA<br />

PELA DRV FERRAMENTAS<br />

EXPEDIENTE<br />

ANO XXII - EDIÇÃO <strong>221</strong> - AGOSTO <strong>2020</strong><br />

Ano XXII • N°<strong>221</strong> • Agosto <strong>2020</strong><br />

9 7 7 2359 46608 0 1<br />

Diretor Comercial / Commercial Director - Fábio Alexandre Machado<br />

fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />

Diretor Executivo / Executive Director - Pedro Bartoski Jr.<br />

bartoski@revistareferencia.com.br<br />

A PARTNERSHIP THAT<br />

WILL MAKE A DIFFERENCE<br />

A<br />

s liberal as a government may be, at the moment,<br />

there is a partnership between the Brazilian<br />

Government and the Brazilian productive<br />

class. In the coming months, The Government<br />

is expected to follow the example that<br />

of major world powers, such as the United States and England,<br />

and create economic packages to stimulate domestic<br />

industry. This protectionist measure is defended by economist<br />

Roberto Dumas Damas, in an interview with <strong>Referência</strong><br />

<strong>Industrial</strong>. In the Treated Wood Section, we discuss the<br />

growing practice of the use of wood in the construction of<br />

buildings and skyscrapers and how this can become a trend<br />

in South America. In this issue, we will also discuss what the<br />

most recommended types of wood for woodworking are.<br />

Also, the reader will be able to follow exclusive articles in the<br />

Market and Commerce Sections, as well as industry news.<br />

Pleasant reading!<br />

06<br />

referenciaindustrial.com.br AGOSTO <strong>2020</strong><br />

Redação / Writing<br />

Murilo Basso<br />

jornalismo@revistareferencia.com.br<br />

Colunista / Columnist<br />

Flavio C. Geraldo<br />

Depto. de Criação / Graphic Design<br />

Fabiana Tokarski e Fabiano Mendes / Supervisão<br />

Crislaine Briatori Ferreira<br />

criacao@revistareferencia.com.br<br />

Depto. Comercial / Sales Departament - Gerson Penkal, Jéssika Ferreira,<br />

Tainá Carolina Brandão<br />

comercial@revistareferencia.com.br<br />

fone: +55 (41) 3333-1023<br />

Representante Comercial - Dash7 Comunicação - Joseane Cristina Knop<br />

Tradução / Translation - John Wood Moore<br />

Depto. de Assinaturas / Subscription<br />

assinatura@revistareferencia.com.br<br />

0800 600 2038<br />

ASSINATURAS<br />

0800 600 2038<br />

Periodicidade Advertising<br />

GARANTIDA GARANTEED<br />

Veículo filiado a:<br />

A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente, dirigida aos produtores e<br />

consumidores de bens e serviços em madeira, instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos<br />

governamentais, ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente ligados ao<br />

segmento madeireiro. A Revista REFERÊNCIA do Setor <strong>Industrial</strong> Madeireiro não se responsabiliza por<br />

conceitos emitidos em matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais de<br />

responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação, armazenamento de banco<br />

de dados, sob qualquer forma ou meio, dos textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista RE-<br />

FERÊNCIA são terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos direitos autorais,<br />

exceto para fins didáticos.<br />

Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication directed at the producers and<br />

consumers of the good and services of the lumberz industry, research institutions, university students,<br />

governmental agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked to the forest based<br />

segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself responsible for the concepts contained in the material,<br />

articles or columns signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors, themselves. The<br />

use, reproduction, appropriation and databank storage under any form or means of the texts, photographs<br />

and other intellectual property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited without<br />

the written authorization of the holders of the authorial rights.


www.cipem.org.br<br />

O Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato<br />

Grosso (CIPEM) é a união de oito sindicatos empresariais de base florestal e tem o objetivo<br />

de organizar, representar e fortalecer o setor em instâncias de governo e sociedade.<br />

Apoiamos o desenvolvimento da atividade de Manejo Florestal Sustentável, incentivando<br />

a produção e consumo consciente de madeira nativa e seus subprodutos, com respeito a<br />

legislação vigente e em harmonia com o meio ambiente.<br />

Fundado em 2004, abrangemos todos os municípios produtores de madeira nativa de Mato<br />

Grosso e trabalhamos para melhorar a gestão florestal e a qualificação profissional do setor.<br />

O principal desafio que ainda enfrentamos é o de desmistificar a imagem de que o setor<br />

florestal é o vilão do desmatamento da Amazônia. Para isso, investimos em ações que<br />

promovam a disseminação de informações corretas sobre o desenvolvimento da cadeia<br />

produtiva da madeira nativa em Mato Grosso.<br />

Temos orgulho de representar o Setor de Base Florestal de Mato Grosso.<br />

A madeira é nosso negócio. Manter a floresta viva é nossa missão.<br />

(65) 3644-3666<br />

cipemmt<br />

CipemMT<br />

CipemdeMT<br />

Manejosustentavel


0 0 2 2<br />

CHOOSING THE RIGHT<br />

SUPPLIERS CAN BOOST RESULTS<br />

DURA BATALHA - Empresas adotam medidas preventivas para combater os impactos da pandemia<br />

CARTAS<br />

A Revista da Indústria da Madeira / The Magazine for the Forest Product<br />

PARCERIA E<br />

CRESCIMENTO<br />

ESCOLHA CERTA DE FORNECEDORES<br />

POTENCIALIZA RESULTADOS<br />

CARTAS<br />

CAPA DA EDIÇÃO 220 DA<br />

REVISTA REFERÊNCIA INDUSTRIAL, MÊS DE JULHO DE <strong>2020</strong><br />

COMÉRCIO<br />

www.referenciaindustrial.com.br<br />

Ano XXII • N°220 • Julho <strong>2020</strong><br />

9 7 7235 9 4 66 0 7 3 0<br />

SOURCING AND<br />

GROWING<br />

MADEIRA TRATADA<br />

Por Odete Teixeira -<br />

Curitiba (PR)<br />

Que bela iniciativa dos<br />

alunos de mestrado de<br />

Zurique! Em um mundo<br />

cada vez mais carente<br />

de empreendimentos<br />

sustentáveis, um pavilhão<br />

de madeira construído<br />

sem concreto é um<br />

grande alento para o<br />

mercado da construção<br />

mundial. Excelente<br />

reportagem.<br />

Foto: divulgação<br />

Por Floriano Chemin - Sorocaba (SP)<br />

O Brasil ainda enfrenta muitos problemas<br />

no comércio exterior, com diversas barreiras<br />

que atrapalham o desempenho dos produtos<br />

nacionais. O governo brasileiro tem capacidade e<br />

vontade para mudar essa realidade. Acredito que,<br />

muito em breve, teremos boas notícias!<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: Marcos Mancinni<br />

ENTREVISTA<br />

Por Maurício Granemann -<br />

Florianópolis (SC)<br />

MARCENARIA<br />

Por Acir Del Valle - Belo Horizonte (MG)<br />

Há anos nesse mercado da indústria madeireira<br />

como vendedor, sempre tive vontade de iniciar<br />

minha própria marcenaria. A matéria me ajudou<br />

a analisar o mercado. Talvez comece meu<br />

próprio negócio ainda este ano, já aposentado.<br />

Obrigado!<br />

Bate-papo esclarecedor<br />

com o novo presidente da<br />

Abimci, Juliano Vieira de<br />

Araújo. Neste momento<br />

de incertezas, a instituição<br />

tem que trabalhar em<br />

conjunto com a indústria<br />

para que possamos<br />

retomar o otimismo e o<br />

caminho do crescimento<br />

econômico.<br />

08<br />

Leitor, participe de nossas pesquisas online respondendo os<br />

e-mails enviados por nossa equipe de jornalismo.<br />

As melhores respostas serão publicadas em CARTAS. Sua opinião é<br />

fundamental para a Revista REFERÊNCIA INDUSTRIAL.<br />

referenciaindustrial.com.br AGOSTO <strong>2020</strong><br />

E-mails, críticas e sugestões podem ser enviados para redação ou siga:<br />

revistareferencia@revistareferencia.com.br<br />

CURTA NOSSA PÁGINA<br />

Revista <strong>Referência</strong> <strong>Industrial</strong><br />

@referenciaindustrial


BASTIDORES<br />

BASTIDORES<br />

EXCLUSIVO<br />

NO ESPAÇO DE BASTIDORES DESSE MÊS, PUBLICAMOS UMA CARTA ESCRITA DE<br />

PRÓPRIO PUNHO DE UM LEITOR DA REFERÊNCIA, QUE APROVEITOU O ESPAÇO<br />

PARA DECLAMAR ALGUMAS FRASES POÉTICAS. MIMO QUE VALEU O NOSSO<br />

DESTAQUE DA EDIÇÃO. CONFIRA:<br />

Fotos: REFERÊNCIA<br />

ALTA<br />

CONFIANÇA DO COMÉRCIO<br />

O Índice de Confiança do Comércio,<br />

medido pela FGV (Fundação Getúlio<br />

Vargas), cresceu 1,7 ponto de junho para<br />

julho de <strong>2020</strong>. Essa foi a terceira alta consecutiva<br />

do indicador. Com o resultado,<br />

a confiança do empresário do comércio<br />

brasileiro passou para 86,1 pontos, em<br />

uma escala que vai de zero a 200. No<br />

mês, a confiança subiu em três dos seis<br />

principais segmentos do comércio pesquisados<br />

pela FGV. O Índice de Situação<br />

Atual, que mede a confiança no momento<br />

presente, avançou 6,4 pontos, indo a<br />

88,4 pontos e recuperando 83% do que<br />

foi perdido desde o início da pandemia<br />

de Covid-19. O Índice de Expectativas,<br />

que mede a confiança no futuro, caiu 3<br />

pontos, indo para 84,5 pontos – o número<br />

representa 22,5 pontos abaixo do<br />

patamar de fevereiro, último registro de<br />

antes da pandemia.<br />

BAIXA<br />

PIB<br />

Mesmo com o ajuste na projeção do<br />

PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro<br />

para <strong>2020</strong>, o mercado financeiro<br />

ainda prevê um resultado negativo<br />

de 5,77% na economia do país neste<br />

ano, muito por conta da pandemia<br />

do novo coronavírus. A estimativa de<br />

recuo do PIB – a soma de todos os<br />

bens e serviços produzidos no país<br />

– está no boletim Focus, publicação<br />

divulgada todas as semanas pelo BC<br />

(Banco Central), com a projeção para<br />

os principais indicadores econômicos.<br />

Para o próximo ano, a expectativa é<br />

de crescimento de 3,5%. Em 2022 e<br />

2023, o mercado financeiro continua<br />

a projetar expansão de 2,5% do PIB.<br />

As instituições financeiras consultadas<br />

pelo BC também ajustaram a<br />

projeção para o Ipca (Índice Nacional<br />

de Preços ao Consumidor Amplo) de<br />

<strong>2020</strong> – de 1,72% para 1,67%.<br />

10 referenciaindustrial.com.br AGOSTO <strong>2020</strong>


O melhor caminho para<br />

sua rentabilidade<br />

acaba de chegar no Brasil!<br />

AS PERFILADEIRAS DA ALCA MÁQUINAS foram desenvolvidas<br />

com a tecnologia sob medida para sua empresa.<br />

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COLUNA<br />

WOODEXIT<br />

CRESCIMENTO NA UTILIZAÇÃO DA MADEIRA ENGENHEIRADA EM EDIFÍCIOS CADA VEZ MAIS ALTOS ESTÁ<br />

ABALANDO ESTRUTURAS COMERCIAIS<br />

Flavio C. Geraldo<br />

FG4 MAD - Consultoria em Madeira<br />

Contato: flavio@fg4mad.com.br<br />

www.fg4mad.com.br<br />

CHRIS LEESE, DA UK CONCRETE,<br />

EMITIU COMUNICADO<br />

SOLICITANDO QUE NÃO SEJAM FEITAS<br />

EXCEÇÕES, MENCIONANDO,<br />

ESPECIFICAMENTE, A UTILIZAÇÃO DA<br />

MADEIRA MACIÇA (MASS TIMBER),<br />

LEVANTANDO DÚVIDAS QUANTO À<br />

SEGURANÇA NA SUA UTILIZAÇÃO<br />

É<br />

possível que muitos ainda tenham na memória<br />

a tragédia ocorrida em Londres em 14 de<br />

junho de 2017, quando um incêndio tomou<br />

conta da Torre Grenfell, um prédio residencial<br />

de 24 andares, cuja obra fora finalizada em<br />

1974. Apesar de ter passado por algumas renovações<br />

durante esse período, o edifício parecia estar em condições<br />

precárias. O trágico acidente, que, segundo o<br />

inquérito policial, foi causado por um defeito em uma<br />

câmara de refrigeração, deixou 72 mortos.<br />

Ainda que a Torre Grenfell fosse toda estruturada em<br />

concreto e a causa primária da rápida propagação das<br />

chamas ter sido ligada ao tipo de revestimento externo<br />

da construção, diante do ocorrido, autoridades do governo<br />

britânico parecem estar dispostas a interferir na<br />

tendência de crescimento de construções modulares<br />

com base em madeira. Os chamados tall buildings terão<br />

limites de altura para futuras construções comerciais,<br />

não podendo ultrapassar quatro andares. Entidades<br />

como a Timber Trade Association reagiram fortemente,<br />

Foto: divulgação<br />

argumentando que o Reino Unido está na contramão<br />

das tendências mundiais do setor construtivo, uma vez<br />

que construções com madeira maciça continuam a crescer<br />

cada vez mais em vários outros países europeus.<br />

É claro que o setor do concreto está querendo se<br />

aproveitar da situação. Em clara demonstração de que<br />

o crescimento na utilização da madeira engenheirada<br />

em edifícios cada vez mais altos está abalando as suas<br />

estruturas comerciais, um dos representantes da maior<br />

fornecedora de concreto do Reino Unido, Chris Leese,<br />

da UK Concrete, emitiu comunicado solicitando que não<br />

sejam feitas exceções, mencionando, especificamente, a<br />

utilização da madeira maciça (mass timber), levantando<br />

dúvidas quanto à segurança na sua utilização.<br />

Não muito distante, na França, na direção contrária<br />

do que pretendem os britânicos, o presidente Emmanuel<br />

Macron, estabeleceu como meta que todos os edifícios<br />

públicos tenham pelo menos 50% de madeira ou<br />

outros materiais naturais até 2025 – e é bom notar que<br />

quando ocorreu o incêndio na Catedral de Notre Dame,<br />

há cerca de um ano, os mais apressados tentaram apontar<br />

como causa do desastre o fato de a cobertura da<br />

igreja ser toda estruturada em madeira. A discussão não<br />

foi adiante.<br />

Enquanto isso, na fria Dinamarca, um importante<br />

evento voltado aos sistemas construtivos em madeira é<br />

realizado de forma virtual. O Build in Wood, com a temática<br />

“Iniciativas em Madeira na Dinamarca – Perspectivas<br />

dos Arquitetos”, ocorre nos dias 25 e 26 de agosto.<br />

O evento reúne renomados arquitetos, representantes<br />

de universidades, indústria madeireira e construtores de<br />

inúmeros países, em especial da Escandinávia. Segundo<br />

os responsáveis pela palestra inaugural do evento, os<br />

arquitetos Stephen Willacy e Camilla van Deurs, as construções<br />

em madeira podem ser potencialmente uma<br />

ferramenta para o alcance dos objetivos sustentáveis do<br />

país.<br />

Ao que tudo indica, a Dinamarca está surgindo como<br />

mais um importante referencial no tocante às particularidades<br />

positivas da madeira, agindo de forma otimista<br />

para mostrar ao mundo os aspectos relacionados à sustentabilidade,<br />

economia e desempenho do material.<br />

Não deixa de ser estranho o fato de uma nação<br />

como o Reino Unido, que acumula respeitável experiência<br />

na tecnologia de madeiras e cuja base colonizadora<br />

teve na madeira o seu principal material de construção,<br />

estar agora retrocedendo nos seus conceitos construtivos.<br />

Seria o Woodexit?<br />

12 referenciaindustrial.com.br AGOSTO <strong>2020</strong>


NOTAS<br />

APOIO À<br />

APEX BRASIL<br />

O Sindmóveis (Sindicato das Indústrias do<br />

Mobiliário de Bento Gonçalves) divulgou, em<br />

seu site oficial, uma carta aberta em apoio à<br />

Apex Brasil (Agência Brasileira de Promoção<br />

de Exportações e Investimentos). “Devido<br />

ao impacto positivo na economia e balança<br />

comercial brasileira, o Sindicato das Indústrias<br />

do Mobiliário de Bento Gonçalves e as 300<br />

empresas associadas reiteram a importância da manutenção do processo de internacionalização da economia brasileira<br />

liderado pela Apex-Brasil, através de ações diretas e indiretas ao setor privado nacional. Toda ação busca a internacionalização<br />

de negócios visando valor agregado ao produto e/ou serviço exportado, além de desenvolver a competitividade<br />

da indústria brasileira em mercados internacionais, atrair investimento estrangeiro para setores estratégicos da economia<br />

e fortalecer a imagem do país”, relata a nota da organização.<br />

Foto: divulgação<br />

REFORMA TRIBUTÁRIA<br />

O presidente da CNI (Confederação Nacional da Industria),<br />

Robson Braga de Andrade, afirmou que o setor industrial<br />

apoia uma reforma tributária que seja ampla, incluindo impostos<br />

federais, estaduais e municipais e que, desta forma,<br />

beneficie o país como um todo e não apenas um ou outro<br />

setor. A CNI defende a PEC (Proposta de Emenda à Constituição)<br />

45, atualmente em discussão na Câmara dos Deputados.<br />

“Temos que parar de olhar para o próprio umbigo<br />

e olhar o global, para a geração de emprego e de renda”,<br />

defendeu ele, durante o seminário virtual Indústria em Debate<br />

– Custo Brasil e Reforma Tributária, no fim de julho. De<br />

acordo com Andrade, a carga tributária é elevada, mas os<br />

dividendos não são tributados, o que gera desigualdades<br />

e injustiças na arrecadação. Ele explica que os setores que<br />

pagam menos e ganham mais devem pagar mais impostos.<br />

A CNI e o Fórum Nacional da Indústria vão trabalhar pela<br />

reforma tributária e, em seguida, pela reforma administrativa.<br />

“Não tem como o Brasil continuar com a própria máquina<br />

pública consumindo tudo o que se produz aqui”, avalia.<br />

Foto: Agência Brasil<br />

MOVELSUL<br />

SÓ EM 2022<br />

Levando em consideração o cenário de profundas incertezas<br />

no âmbito de eventos e negócios neste ano de<br />

<strong>2020</strong>, o Sindmóveis Bento Gonçalves (RS) anunciou que<br />

transferiu para 2022 a 22ª edição da feira Movelsul Brasil,<br />

que ocorreria de 14 a 17 de setembro, no Parque de<br />

Eventos de Bento Gonçalves. A organização da Movelsul<br />

Brasil, atualmente a maior feira de móveis e complementos<br />

da América Latina voltada ao lojista e importador,<br />

toma essa decisão ciente de seu compromisso, antes de<br />

tudo, com o bem-estar de todos os públicos envolvidos<br />

no evento. A feira, que tradicionalmente é realizada<br />

no mês de março dos anos pares, foi adiada dias antes<br />

de sua abertura, devido ao rápido avanço mundial da<br />

Covid-19. Quanto ao sentimento expressado por algumas<br />

pessoas de que a feira deveria ter se posicionado<br />

com mais antecedência, o presidente do Sindmóveis e<br />

Movelsul Brasil, Vinicius Benini, lembra que poucos dias<br />

antes não havia indícios de que a Covid-19 avançaria tão<br />

rapidamente e a feira já vinha sendo montada nos 10 dias<br />

que antecederam seu adiamento. “Foi a decisão certa<br />

para um momento incerto”, defende.<br />

Foto: divulgação<br />

14 referenciaindustrial.com.br AGOSTO <strong>2020</strong>


NOTAS<br />

ACORDOS<br />

INTERNACIONAIS<br />

Em dois documentos encaminhados ao governo brasileiro, setores<br />

da indústria brasileira apresentaram propostas de medidas a<br />

serem adotadas para viabilizar a celebração de um ADT (Acordo<br />

de Dupla Tributação) entre o Brasil e o Reino Unido e entre o<br />

Brasil e a Alemanha. As mudanças necessárias para se chegar a<br />

um consenso com os governos britânico e alemão dizem respeito,<br />

sobretudo, ao tratamento tributário dado pelo Brasil aos rendimentos<br />

de serviços técnicos e às regras de preços de transferência.<br />

Entre as principais economias europeias, o Reino Unido<br />

e a Alemanha são as únicas com as quais o Brasil não firmou um<br />

ADT. O documento mostra que há espaço para o aperfeiçoamento<br />

do quadro regulatório econômico com os dois parceiros,<br />

com redução de custos e aumento da segurança jurídica. Uma<br />

consulta aos empresários dos dois países que operam no Brasil<br />

mostra ainda que, para 68% deles, a celebração de acordos de<br />

dupla tributação estimularia a ampliação de seus investimentos<br />

aqui. Para 82%, contribuiria para o aumento do comércio de serviços<br />

e, para 55%, para a ampliação da aquisição de royalties.<br />

Foto: divulgação<br />

DESONERAÇÃO<br />

DA FOLHA<br />

A Indústria brasileira promoveu, no fim de julho,<br />

um debate sobre a reforma tributária em tramitação<br />

no Congresso Nacional. Participou do<br />

encontro o presidente da Câmara, deputado Rodrigo<br />

Maia (DEM-RJ), que se posicionou contrário<br />

à criação de um novo imposto em troca de uma<br />

desoneração da folha de pagamento, tributo que<br />

incide sobre os salários. “Se a gente achar que vai<br />

dar mais um jeitinho criando mais imposto, nós<br />

vamos taxar mais a sociedade, e aí vamos ter que<br />

discutir despesa pública. Você arranjou um espaço<br />

de R$ 100 bilhões de receita. Vai colocar em<br />

qual teto?”, questionou o parlamentar.<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

CRÉDITOS<br />

PARA EMPRESAS<br />

O Bndes (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e<br />

Social) contratou R$ 3,3 bilhões em créditos para 2.374 pequenas<br />

e médias empresas – 80% do valor foi garantido pelo Peac<br />

(Programa Emergencial de Acesso ao Crédito), cuja medida<br />

provisória foi aprovada pelo Congresso Nacional. Agora, o<br />

projeto de lei de conversão aprovado no Senado Federal, baseado<br />

na medida provisória, segue para sanção presidencial.<br />

A estimativa do Bndes é que o crédito garantido permita a<br />

manutenção de cerca de 193 mil postos de trabalho. A intenção do programa é destravar o crédito para essas empresas com<br />

a concessão de garantias e reduzir os impactos econômicos da pandemia da Covid-19. De acordo com a instituição, o Peac<br />

começou a ser operacionalizado em 30 de junho e já tem 28 agentes financeiros habilitados para oferecerem empréstimos.<br />

“Cabe a esses agentes financeiros a decisão final de utilizar a garantia do programa e aprovar ou não o pedido de crédito,<br />

quando estruturarem cada uma de suas operações”, informou o órgão.<br />

16 referenciaindustrial.com.br AGOSTO <strong>2020</strong>


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de madeira,<br />

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NOTAS<br />

Foto: divulgação<br />

TRABALHO<br />

NA PANDEMIA<br />

A Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios)<br />

estimou em 81,1 milhões de pessoas a população ocupada<br />

do país na semana de 5 a 11 de julho, com estabilidade<br />

em relação à semana anterior e queda em relação<br />

à semana de 3 a 9 de maio, quando eram 83,9 milhões<br />

de pessoas nessa situação. O nível de ocupação foi de<br />

47,6%, estável frente à semana anterior e com queda em<br />

relação à semana de 3 a 9 de maio, quando o registro<br />

era de 49,4%. A população ocupada e não afastada do<br />

trabalho foi estimada em 71 milhões de pessoas, estável<br />

em relação à semana anterior e com aumento frente à semana<br />

de 3 a 9 de maio, quando eram 63,9 milhões. Entre<br />

essas pessoas, 8,2 milhões trabalhavam remotamente.<br />

CONFIANÇA<br />

INDUSTRIAL<br />

O Índice de Confiança da Indústria, medido pela FGV<br />

(Fundação Getúlio Vargas), cresceu 12,2 pontos em julho,<br />

alcançando 89,8 pontos, a segunda maior variação<br />

positiva desde julho de 2010, quando começou a série<br />

histórica da pesquisa. De acordo com os dados divulgados,<br />

após quatro meses em queda, o índice voltou a<br />

apresentar crescimento em médias móveis trimestrais.<br />

Neste mês de julho, 18 dos 19 segmentos industriais<br />

pesquisados tiveram aumento da confiança. O resultado<br />

reflete a melhor avaliação dos empresários em relação<br />

ao momento presente e, principalmente, diminuição do<br />

pessimismo para os próximos três e seis meses. No entanto,<br />

segundo a fundação, os indicadores que medem<br />

as expectativas no futuro e a situação atual continuam<br />

em níveis abaixo de março.<br />

Foto: divulgação<br />

MALHA<br />

FERROVIÁRIA<br />

Segundo o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes<br />

de Freitas, há uma revolução ferroviária em curso no<br />

Brasil. A afirmação foi dada durante uma transmissão<br />

ao vivo, em conjunto com o presidente Jair Bolsonaro.<br />

Freitas falou sobre o trabalho da pasta para aumentar<br />

o número de ferrovias em todo o país. De acordo com<br />

o ministro, uma decisão do TCU (Tribunal de Contas<br />

da União) vai permitir, pela primeira vez, a implantação<br />

do modelo de investimento cruzado, no qual trechos<br />

de ferrovias serão construídos pela iniciativa privada,<br />

sem custos para o governo. De acordo com o ministro, o modelo vai permitir R$ 17 bilhões de investimentos privados<br />

em ferrovias, vai beneficiar 55 municípios com obras e gerar 65 mil empregos. Nós vamos dobrar a participação do modo<br />

ferroviário na matriz de transportes”, afirmou Tarcísio.<br />

Foto: divulgação<br />

18 referenciaindustrial.com.br AGOSTO <strong>2020</strong>


APLICAÇÃO<br />

MADEIRA<br />

COM CLASSE<br />

Foto: divulgação<br />

Não é novidade que o setor de design mundial tem<br />

abraçado cada vez mais recursos sustentáveis e que<br />

tragam um algo a mais em ambientes fechados,<br />

antes tomados por tons frios e pelo metal. Com<br />

isso em mente, a Guangzhou Decoração lançou<br />

uma linha completa de cortinas de madeira, que<br />

contempla peças mais tradicionais e até persianas<br />

e toldos. A companhia, presente há duas décadas<br />

no mercado, também já adianta que deve lançar,<br />

nos próximos anos, uma persiana elétrica que também<br />

será desenvolvida a partir da madeira, material<br />

em alta na decoração. “Nossa ideia é liderar esse<br />

mercado e trazer um leque gigantesco de opções<br />

ao consumidor”, explica o diretor da empresa, Kenneth<br />

Adams. As cortinas custam a partir de R$ 40 no<br />

site da Guangzhou Decoração.<br />

CULINÁRIA<br />

SUSTENTÁVEL<br />

Com o objetivo de revolucionar o segmento<br />

de artigos de cozinha e mesa, a Madame<br />

Stolz, empresa que é referência no segmento<br />

de design de interiores, trouxe ao mercado<br />

sua nova coleção de pratos de madeira, que<br />

trazem o requinte necessário para grandes<br />

eventos, jantares e reuniões familiares. Confeccionadas<br />

com madeira mango e tratadas<br />

para funcionarem como artigos food safe, as<br />

peças possuem 35 centímetros de diâmetro.<br />

Para a limpeza, a Madame Stolz sugere que<br />

cada prato seja lavado manualmente e tratado<br />

com óleos naturais, para a manutenção da cor<br />

e da qualidade rígida do material. Cada peça<br />

sai por R$ 27.<br />

Foto: divulgação<br />

20 referenciaindustrial.com.br AGOSTO <strong>2020</strong>


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Área de atuação no setor industrial:<br />

- MADEIREIRA<br />

- LAMINADORAS<br />

- AGROINDÚSTRIA<br />

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FRASES<br />

“DESDE O INÍCIO DO ACIRRAMENTO DA PANDEMIA DA COVID-19, EM<br />

MEADOS DE MARÇO, A ABIMÓVEL VEM TRABALHANDO INCANSAVELMENTE<br />

JUNTO AO GOVERNO FEDERAL NO MONITORAMENTO DAS INFORMAÇÕES,<br />

NECESSIDADES E DEMANDAS DO SETOR. NÃO HOUVE UM MOMENTO SEQUER<br />

EM QUE AS NOSSAS EQUIPES PARALISARAM AS ATIVIDADES, MESMO ESTANDO<br />

EM HOME OFFICE E SEMPRE OBSERVANDO OS PROTOCOLOS DE SEGURANÇA.<br />

NÃO CRUZAMOS OS BRAÇOS, ESTAMOS NOS REUNINDO SEMANALMENTE COM<br />

A EQUIPE ECONÔMICA DO MINISTÉRIO DA ECONOMIA, SEM HORÁRIO, NUMA<br />

PARCERIA INQUESTIONÁVEL E QUE MUITO NOS HONRA”<br />

MARISTELA LONGHI, PRESIDENTE DA ABIMÓVEL (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS<br />

DO MOBILIÁRIO), SOBRE AS MEDIDAS DA INSTITUIÇÃO DURANTE A PANDEMIA<br />

“PODEMOS<br />

REDUZIR<br />

O IMPOSTO<br />

DE RENDA,<br />

ELIMINAR ALGUNS<br />

IPIS (IMPOSTO<br />

SOBRE PRODUTOS<br />

INDUSTRIALIZADOS).<br />

PODEMOS ATÉ REDUZIR<br />

CINCO, SEIS, SETE, OITO,<br />

DEZ IMPOSTOS, SE TIVER<br />

UMA BASE AMPLA ONDE SE<br />

CRIEM NOVAS INCIDÊNCIAS<br />

PARA PESSOAS QUE NÃO<br />

PAGAM, [COMO] PAGAMENTOS<br />

DIGITAIS. TEM UMA ECONOMIA<br />

NOVA DIGITAL SURGINDO.<br />

MUITA COISA PODE SER FEITA<br />

SE CONSEGUIRMOS ESSA BASE<br />

QUE TRIBUTE QUEM NÃO PAGAVA<br />

ANTES E PERMITA PAGAR MENOS<br />

ÀQUELES QUE JÁ PAGAVAM.<br />

QUANDO TODOS PAGAM, TODOS<br />

PAGAM MENOS”<br />

PAULO GUEDES,<br />

MINISTRO DA<br />

ECONOMIA,<br />

SOBRE A<br />

REFORMA<br />

TRIBUTÁRIA<br />

“O SETOR DA MADEIRA TEM, SIM, UM CRÉDITO<br />

MUITO GRANDE PARA COM O ESTADO [DE SANTA<br />

CATARINA], PORQUE FOI O PROPULSOR DE<br />

DESENVOLVIMENTO, MAS POR CONTA DISSO AINDA<br />

SOFREMOS COM A PERCEPÇÃO DE QUE A NOSSA<br />

INDÚSTRIA NÃO É UMA AGROINDÚSTRIA, QUE É O<br />

QUE DE FATO NOS TORNAMOS, JÁ QUE PLANTAMOS<br />

E COLHEMOS EM 20, ATÉ 25 ANOS.”<br />

RICARDO ROSSINI, PRESIDENTE DO SINDIMADE (SINDICATO DAS<br />

INDÚSTRIAS DE MADEIRA DO MÉDIO E ALTO VALE DO ITAJAÍ)<br />

Foto: divulgação<br />

“POR MAIS QUE TENHAMOS<br />

SEGMENTOS FORTEMENTE IMPACTADOS<br />

PELA PANDEMIA DO NOVO<br />

CORONAVÍRUS, OUTROS CONSEGUEM<br />

ATRAVESSAR ESSA CRISE DE MANEIRA<br />

MAIS POSITIVA, O QUE SE REFLETE NA<br />

REVERSÃO DA TENDÊNCIA DE QUEDA<br />

NOS POSTOS DE TRABALHO QUE ERA<br />

OBSERVADA NOS MESES ANTERIORES.”<br />

CARLOS VALTER MARTINS PEDRO, PRESIDENTE DA<br />

FIEP-PR (FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO<br />

DO PARANÁ), APÓS O ESTADO DO PARANÁ<br />

APRESENTAR SALDO POSITIVO NAS VAGAS DE<br />

EMPREGO NA INDÚSTRIA<br />

22 referenciaindustrial.com.br AGOSTO <strong>2020</strong>


ENTREVISTA<br />

SUPORTE<br />

GOVERNAMENTAL<br />

GOVERNMENT<br />

SUPPORT<br />

C<br />

om a crise mundial gerada pela pandemia do novo<br />

coronavírus, governos por todo o mundo tiveram que<br />

criar pacotes para o estímulo econômico em diversos<br />

segmentos industriais. Nos EUA (Estados Unidos da<br />

América), grande importador da madeira brasileira, o<br />

Congresso aprovou há três meses uma medida emergencial que<br />

irá auxiliar trabalhadores e empresas a enfrentar este momento<br />

de incertezas. De acordo com o economista Roberto Dumas<br />

Damas, esse deverá ser o caminho a ser tomado por diversos países,<br />

inclusive pelo Brasil. Pesquisador de crises econômicas nos<br />

séculos XX e XXI, o especialista diz que o governo, por mais liberal<br />

que seja, não tem outra alternativa neste momento que não<br />

seja a intervenção com ações keynesianas na economia nacional.<br />

“Não há superação de crise que não passe pela liberação de<br />

muito dinheiro e por uma política fiscal expansionista”, sustenta o<br />

professor. Mas ele alerta: o risco dessa política é gerar uma bolha<br />

financeira mais à frente. Confira a entrevista completa a seguir:<br />

ENTREVISTA<br />

W<br />

ith the global crisis generated by the pandemic<br />

of the noval coronavirus, governments around<br />

the world had to create economic stimulus packages<br />

for various industrial segments. In the<br />

United States, a major importer of Brazilian forest<br />

products, three months ago, Congress approved an emergency measure<br />

that will help workers and companies face this moment of uncertainty.<br />

According to economist Roberto Dumas Damas, this should be<br />

the path to be taken by many countries, including Brazil. Researcher<br />

of economic crises in the 20th and 21st centuries, the expert says that<br />

Government, however liberal it may be, has no alternative at this time<br />

other than an intervention with Keynesian actions in the national economy.<br />

“There is no overcoming of a crisis that does not involve the<br />

release of a lot of money and an expansionary fiscal policy,” says the<br />

professor. But he warns: the risk of this policy is to generate a financial<br />

bubble further ahead. Check out the complete interview below:<br />

ROBERTO DUMAS DAMAS<br />

FORMAÇÃO PROFISSIONAL: MESTRE EM ECONOMIA PELA<br />

UNIVERSIDADE DE BIRMINGHAM NA INGLATERRA<br />

CARGO: PROFESSOR DE ECONOMIA INTERNACIONAL E<br />

ECONOMIA CHINESA DO IBMEC DE SÃO PAULO E DA FIA<br />

Foto: divulgação<br />

(FUNDAÇÃO INSTITUTO DE ADMINISTRAÇÃO).<br />

PROFESSIONAL EDUCATION: M.SC. IN ECONOMICS, BIRMINGHAM UNIVERSITY,<br />

ENGLAND<br />

FUNCTION: PROFESSOR OF INTERNATIONAL ECONOMICS AND CHINESE ECONOMY<br />

IBMEC SÃO PAULO AND FUNDAÇÃO INSTITUTO DE ADMINISTRAÇÃO (FIA)<br />

24 referenciaindustrial.com.br AGOSTO <strong>2020</strong>


EM QUE A CRISE ATUAL SE DISTINGUE<br />

DAS OUTRAS NESTE SÉCULO?<br />

As crises de 2000 e 2008, por exemplo, tiveram<br />

seu início no sistema financeiro. A que está prestes<br />

a eclodir será resultado de um problema de saúde<br />

pública que se desdobrou em uma crise de produção<br />

que, obviamente, vai surtir efeito no sistema<br />

financeiro e nas empresas. Em relação ao enfrentamento<br />

da crise, não há distinção em relação à<br />

origem dela. As formas de atuar são as mesmas.<br />

Não há superação de crise que não passe pela liberação<br />

de muito dinheiro e por uma política fiscal<br />

expansionista. O que não pode acontecer é deixar<br />

todo o sistema quebrar, como ocorreu em 1929<br />

nos EUA (Estados Unidos da América). Estimulado<br />

pelo espírito do então secretário do Tesouro de<br />

deixar queimar a parte podre do sistema, o que se<br />

viu no país foi a expansão da crise com a queima<br />

dos que não eram podres e a piora da situação<br />

macroeconômica.<br />

DE TEMPOS EM TEMPOS, O PLANETA SE<br />

VÊ ÀS VOLTAS COM UMA NOVA CRISE ECO-<br />

NÔMICA. É POSSÍVEL EVITAR O SURGIMENTO<br />

DE NOVAS CRISES, AO MENOS DAQUELAS<br />

ORIGINADAS NO SISTEMA FINANCEIRO?<br />

Sempre quando uma bolha de ativos estoura,<br />

o Banco Central ou a autoridade monetária disponibiliza<br />

mais dinheiro no mercado para evitar a<br />

contração da economia real. Só que, ao fazer isso,<br />

são plantadas as sementes da próxima bolha, da<br />

próxima crise. O coronavírus foi a ponta da agulha<br />

a estourar a bolha que nasceu a partir de 2008 em<br />

virtude da enorme quantidade de dinheiro em<br />

circulação. Trata-se de um processo que se retroalimenta.<br />

O QUE ESTÁ DIZENDO É QUE NÃO EXISTE<br />

SOLUÇÃO PARA UMA CRISE QUE NÃO GERE<br />

OUTRA EM UM FUTURO PRÓXIMO?<br />

Existiria se fosse estabelecido que ninguém<br />

mais compraria ações, mas isso não condiz com<br />

uma economia aberta. Com mais dinheiro em<br />

circulação, onde você vai querer investir o seu dinheiro:<br />

na Bolsa que está subindo 5% por semana<br />

ou comprar um título público que paga 0,25% ao<br />

ano? Todo mundo vai na Bolsa, o que acaba inflando<br />

a bolha. Seria preciso ficar de olho na bolha<br />

de ativos, só que o Banco Central não cuida dela.<br />

Sua função é cuidar da inflação de preços. Na outra<br />

ponta, há muita falta de conhecimento sobre<br />

como funciona o sistema financeiro e como atuar<br />

nele. Sabendo como funciona esse ciclo, não é<br />

possível construir outras soluções? Se você está no<br />

meio de um incêndio, não vai deixar de usar água<br />

para apagá-lo, mesmo sabendo que tanta água vai<br />

resultar, no futuro, em um curto-circuito que pro-<br />

IN WHAT WAY IS THE CURRENT CRISIS DIFFE-<br />

RENT FROM THE OTHERS IN THIS CENTURY?<br />

The crises of 2000 and 2008, for example, began in<br />

the financial system. The one that is about to break out<br />

will be the result of a public health problem that has<br />

unfolded in a production crisis that will obviously affect<br />

the financial system and companies. Concerning coping<br />

with the crisis, there is no distinction as to its origin. The<br />

ways of taking action are the same. There is no overcoming<br />

crisis that does not go through the release of a lot<br />

of money and expansionary fiscal policy. What cannot<br />

happen is to let the whole system break down, as occurred<br />

in 1929 in the United States. Stimulated by the spirit<br />

of the then Secretary of the Treasury to let the “rotten<br />

part of the system burn”, what was seen in that Country<br />

was the expansion of the crisis with the “burning” of that<br />

which was not rotten and the worsening macroeconomic<br />

situation.<br />

FROM TIME TO TIME, THE PLANET FINDS IT-<br />

SELF IN A NEW ECONOMIC CRISIS. IS IT POSSIBLE<br />

TO PREVENT THE EMERGENCE OF NEW CRISES,<br />

AT LEAST THOSE ORIGINATING IN THE FINANCIAL<br />

SYSTEM?<br />

Whenever an asset bubble bursts, the Central Bank<br />

or monetary authority makes more money available in<br />

the market to prevent the contraction of the real economy.<br />

But in doing so, the seeds of the next bubble, the<br />

next crisis, are planted. Coronavirus was the “tip of the<br />

needle” bursting the bubble that was born starting in<br />

2008 due to the huge amount of money in circulation.<br />

This is a process that feeds itself.<br />

WHAT YOU ARE SAYING IS THAT THERE IS NO<br />

SOLUTION TO A CRISIS THAT WILL NOT GENERATE<br />

ANOTHER SHORTLY?<br />

There would be if it were established that no one<br />

else would buy shares, but that doesn’t match an open<br />

A DECISÃO NÃO ERA ENTRE<br />

DEIXAR AS PESSOAS<br />

MORREREM À VISTA, EM VIRTUDE DO<br />

CORONAVÍRUS, OU A PRAZO, EM RAZÃO<br />

DA SITUAÇÃO ECONÔMICA RESULTANTE<br />

DA CRISE. ESSAS SÃO PASSÍVEIS DE<br />

SEREM EVITADAS POR MEIO DE<br />

POLÍTICAS FISCAIS EXPANSIONISTAS E<br />

CONTRACÍCLICAS<br />

AGOSTO <strong>2020</strong> 25


26 referenciaindustrial.com.br AGOSTO <strong>2020</strong>


conjunto de<br />

corte drv<br />

para picadores<br />

EFICIÊNCIA incomparável<br />

O conjunto de corte DRV proporciona excelente custo benefício,<br />

produzidos de acordo com a necessidade do cliente. Fabricação com<br />

controle de qualidade, tratamento térmico específico para cada aplicação.<br />

FACAS • CONTRA FACA • CHAPA DE DESGASTE •<br />

GRAMPO DE APERTO • SUPORTE DO CONTRA FACA •<br />

PENTE • ENTRE OUTROS<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

SERRAS E FACAS INDUSTRIAIS


PRINCIPAL<br />

ESCOLHA<br />

QUALIFICADA<br />

Fotos: Fabiano Mendes<br />

28 referenciaindustrial.com.br AGOSTO <strong>2020</strong>


FACAS E PEÇAS DE REPOSIÇÃO<br />

PARA PICADORES DE MADEIRA<br />

CONFECCIONADAS COM AÇO<br />

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SEGMENTO MADEIREIRO<br />

QUALITY CHOICE<br />

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STEEL PROVIDE EXCEPTIONAL<br />

SOLUTIONS FOR THE FOREST<br />

PRODUCT SEGMENT<br />

AGOSTO <strong>2020</strong> 29


PRINCIPAL<br />

Para o sucesso de um empreendimento industrial,<br />

diversas variáveis podem impactar<br />

no longo prazo. Um bom atendimento,<br />

colaboradores qualificados e conhecimento<br />

de mercado são algumas das qualidades<br />

que uma empresa deve ter. Unida a todos esses fatores,<br />

a escolha de bons fornecedores para matéria-prima<br />

e equipamentos pode diferenciar companhias em<br />

segmentos tão competitivos como as ramificações<br />

da indústria de base florestal e madeireira: em 2019,<br />

o setor registrou aumento de 24,1% nas exportações<br />

em comparação ao ano anterior. As negociações com<br />

países estrangeiros movimentaram cerca de US$ 12,5<br />

bilhões nos últimos 12 meses e impactaram cerca de<br />

mil municípios em 23 Estados brasileiros.<br />

Por isso, encontrar bons parceiros comerciais, que<br />

deem conta de abastecer a fábrica com um moderno<br />

maquinário e ferramentas de qualidade, pode destacar<br />

uma marca em meio a tantas opções, além de<br />

evitar possíveis problemas durante a produção. Ao<br />

se decidir, o empresário deve considerar elementos<br />

como confiabilidade, habilidade técnica, pós-venda e<br />

preço – este último, porém, não deve ser determinante<br />

na hora da escolha.<br />

S<br />

everal variables can have an impact on the<br />

success of an industrial enterprise over the<br />

long term. Excellent service, skilled labor,<br />

and market knowledge are some of the qualities<br />

that a successful company must have.<br />

Combined with all these factors, the choice<br />

of good raw material and equipment suppliers can<br />

differentiate companies in segments as competitive as<br />

the segments of the forest and timber-based industry. In<br />

2019, the Sector recorded a 24.1% increase in exports<br />

compared to the previous year. Exports abroad accounted<br />

for about US$ 12.5 billion in the last 12 months<br />

and impacted about one thousand municipalities in<br />

23 Brazilian states.<br />

Therefore, finding the right suppliers, who can<br />

afford to supply the factory with modern machinery<br />

and quality tools, can highlight a brand amid so many<br />

options besides avoiding possible problems during<br />

production. When deciding, the entrepreneur should<br />

consider elements such as reliability, technical skill,<br />

after-sales, and price – the latter, however, should not<br />

be decisive at the time of choice.<br />

In the field of industrial knives, it is no different.<br />

DRV Ferramentas, a company based in Curitiba (PR),<br />

30 referenciaindustrial.com.br AGOSTO <strong>2020</strong>


AGOSTO <strong>2020</strong> 31


32 referenciaindustrial.com.br AGOSTO <strong>2020</strong>


AGOSTO <strong>2020</strong> 33


INFORME<br />

MUDANÇAS NAS<br />

RESOLUÇÕES<br />

CONAMA<br />

Fotos: divulgação<br />

34 referenciaindustrial.com.br AGOSTO <strong>2020</strong>


APERFEIÇOAMENTO DA<br />

NORMATIZAÇÃO GARANTE<br />

ORIGEM SUSTENTÁVEL<br />

DA MADEIRA NATIVA<br />

E PERENIDADE DAS<br />

FLORESTAS<br />

As modificações das Resoluções Conama nº<br />

406/2009 e 411/2009, que foram aprovadas<br />

na Plenária do Conama, em sua 134ª<br />

Reunião Ordinária, tiveram como principais<br />

defensores o Cipem (Centro das Indústrias<br />

Produtoras e Exportadoras de Madeiras do Estado de<br />

Mato Grosso) e os sindicatos empresariais que representa,<br />

em conjunto com o Fnbf (Fórum Nacional das Atividades<br />

de Base Florestal). “Somos proponentes dessas<br />

iniciativas que trazem melhorias ao desenvolvimento<br />

das atividades do setor de base florestal organizado,<br />

sempre em comum acordo com as legislações vigentes,<br />

promovendo transparência, segurança e solidez para<br />

esta atividade que conserva os recursos naturais e ecossistemas<br />

conciliando com o aspecto social, pela geração<br />

de divisas, emprego e renda”, esclarece o presidente do<br />

Cipem, Rafael Mason.<br />

RESOLUÇÃO CONAMA Nº 406/2009<br />

A alteração da Resolução Conama nº 406/2009<br />

trouxe a possibilidade de prorrogação das Autex (Autorizações<br />

de Exploração Florestal), por mais 12 meses, excepcionalmente<br />

pelo período em que durar a pandemia<br />

do novo Coronavírus. Isto fará com que a floresta seja<br />

trabalhada com mais cautela e no tempo certo, primando<br />

pela minimização de desperdícios advindos de uma<br />

possível subutilização dos recursos disponíveis que já estavam<br />

liberados pelos órgãos ambientais competentes.<br />

A renovação das Autex deverá ser requerida pelo<br />

interessado, para todas as autorizações de exploração<br />

que já estavam aprovadas para o ano de <strong>2020</strong>, mas tiveram<br />

que ser paralisadas em decorrência da pandemia<br />

da Covid-19, que reduziu o consumo nesse período de<br />

crise. As Autex têm validade de um ano, podendo ser<br />

prorrogadas por igual período (Rautex), mediante justificativa.<br />

Porém, em tempos de anormalidade este prazo é<br />

considerado insuficiente para uma exploração de precisão<br />

e que se adeque às oscilações de mercado.<br />

Com o surgimento da pandemia da Covid-19, o setor<br />

de base florestal, assim como inúmeros outros setores<br />

econômicos, foi impactado pela drástica redução ou<br />

paralisação de suas atividades. Com isto, caso as autex/<br />

rautex não fossem prorrogadas, todo o recurso florestal<br />

disponível que já estava passível de exploração, aprovado<br />

e vistoriado pelos órgãos ambientais competentes,<br />

se perderiam e ficariam imobilizados por até 35 anos,<br />

ocasionando a subutilização e desperdício do potencial<br />

de exploração sustentável da madeira nativa.<br />

RESOLUÇÃO CONAMA Nº 411/2009<br />

A nova versão da Resolução Conama nº 411/2009,<br />

traz em seu contexto a solução para algumas questões<br />

há anos debatidas pelo setor de base florestal brasileiro.<br />

Dentre as mudanças, a integração dos sistemas de controle<br />

estaduais com o nacional, o Sinaflor (Sistema Nacional<br />

de Controle da Origem dos Produtos Florestais) e<br />

AGOSTO <strong>2020</strong> 35


36 referenciaindustrial.com.br AGOSTO <strong>2020</strong>


AGOSTO <strong>2020</strong> 37


MARCENARIA<br />

38 referenciaindustrial.com.br AGOSTO <strong>2020</strong>


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TODOS OS GOSTOS<br />

CONHEÇA OS TIPOS DE MADEIRA MAIS UTILIZADOS POR<br />

MARCENEIROS NA CONFECÇÃO DE MÓVEIS MODERNOS E<br />

VERSÁTEIS<br />

Fotos: divulgação<br />

AGOSTO <strong>2020</strong> 39


MARCENARIA<br />

N<br />

ão é novidade para ninguém que a madeira<br />

é o material favorito do mercado<br />

de móveis no Brasil e no mundo. Segundo<br />

recente levantamento do Bndes<br />

(Banco Nacional de Desenvolvimento<br />

Econômico e Social), o elemento está presente em<br />

91% dos estabelecimentos do ramo no país, com<br />

83% do pessoal ocupado e 72% do valor da produção<br />

do segmento.<br />

Na decoração de interiores, seja em ambientes<br />

residenciais ou executivos, a madeira é sinônimo de<br />

sofisticação e bom gosto, pois traz aconchego e vitalidade<br />

ao décor. Mas quais são os tipos de árvores<br />

mais utilizadas pelos profissionais do ramo moveleiro?<br />

A REFERÊNCIA INDUSTRIAL traz todas as informações.<br />

Confira:<br />

PINUS<br />

Um dos tipos mais comuns na indústria de móveis,<br />

a madeira do pinus também é uma das mais<br />

indicadas para o mercado, por se tratar de uma<br />

madeira de reflorestamento - sustentável e amiga do<br />

meio ambiente.<br />

As peças construídas com pinus possuem um<br />

corte macio e uma textura fina. Trata-se de um produto<br />

de boa resistência, boa durabilidade, de boa<br />

qualidade e que chama a atenção por sua tonalidade<br />

clara. Madeira perfeita para compor o visual de salas<br />

de estar, com racks, estantes e prateleiras. Sua cor<br />

suave é excelente para montar tendências clássicas<br />

ou retrô. Mais recomendada para uso em ambientes<br />

fechados. Se passado pelo tratamento químico a<br />

madeira pode ficar exposta a interpéries.<br />

CEREJEIRA<br />

Muito popular. É sinônimo de status e elegância<br />

e é muito usada na fabricação de móveis. Sua cor<br />

varia entre o castanho claro e o castanho-avermelhado.<br />

É muito atraente, apesar de ser um material de<br />

difícil manuseio por ser mais dura com ferramentas<br />

manuais. É uma madeira cara, mas com forte apelo<br />

no design de interiores.<br />

MOGNO<br />

Essa árvore faz parte do grupo das madeiras<br />

consideradas nobres e sofisticadas. Sua cor vai do<br />

40 referenciaindustrial.com.br AGOSTO <strong>2020</strong>


AGOSTO <strong>2020</strong> 41


BRASIL<br />

FALTA<br />

COMPETITIVIDADE<br />

Foto: divulgação<br />

42 referenciaindustrial.com.br AGOSTO <strong>2020</strong>


SEGUNDO PESQUISA DO SETOR, O BRASIL PRECISA SIMPLIFICAR<br />

CARGA TRIBUTÁRIA E DIMINUIR BUROCRACIA PARA AUMENTAR<br />

COMPETITIVIDADE E RETOMAR CRESCIMENTO INDUSTRIAL<br />

O<br />

ambiente de negócios no Brasil melhorou<br />

nos últimos dez anos, com redução<br />

de burocracias e melhorias na legislação<br />

trabalhista, mas não foi o suficiente<br />

para tirar o país do penúltimo lugar do<br />

relatório Competitividade Brasil 2019-<strong>2020</strong>. O estudo,<br />

elaborado pela CNI (Confederação Nacional da<br />

Indústria), compara o Brasil a outras 17 economias,<br />

com características similares às da economia nacional,<br />

lançando mão de 61 variáveis. Na classificação<br />

geral, o Brasil aparece em 17º lugar, à frente apenas<br />

da Argentina. Os países mais competitivos são Coreia<br />

do Sul, Canadá e Austrália.<br />

A economia brasileira até conseguiu uma classificação<br />

mais positiva nas categorias Tecnologia e Inovação,<br />

Trabalho e Estrutura produtiva, escala e concorrência.<br />

Ocorre que Financiamento, em especial<br />

o custo do capital, e a Tributação funcionam como<br />

uma bola de ferro que impedem a nação de subir à<br />

superfície, respirar e competir em pé de igualdade<br />

com outras economias.<br />

O relatório compara o Brasil com os seguintes<br />

países: África do Sul, Argentina, Austrália, Canadá,<br />

Chile, China, Colômbia, Coreia do Sul, Espanha,<br />

Índia, Indonésia, México, Peru, Polônia, Rússia, Tailândia<br />

e Turquia. São nove fatores analisados: Ambiente<br />

Macroeconômico, Ambiente de Negócios,<br />

Educação, Estrutura Produtiva, Escala e Concorrência,<br />

Financiamento, Infraestrutura e Logística, Tecnologia<br />

e Inovação, Trabalho e Tributação.<br />

“Ao longo dos últimos dez anos, período do<br />

estudo, percebemos que a média geral do Brasil no<br />

ranking de competitividade cresceu. O país registra,<br />

por exemplo, redução de burocracias pelo segundo<br />

ano seguido, mas os outros países também avançaram,<br />

com esforços contínuos para ampliar suas<br />

vantagens competitivas. Não estamos isolados no<br />

mundo e temos que enfrentar os nossos entraves de<br />

frente. O importante é que sabemos quais são eles,<br />

a tributação e o spread bancário”, afirma o presidente<br />

da CNI, Robson Braga de Andrade.<br />

O presidente da CNI também afirma que é<br />

necessário reduzir o Custo Brasil e aumentar a competitividade<br />

do país. “Para chegarmos à posição de<br />

nação desenvolvida, precisamos de uma indústria<br />

forte, dinâmica e competitiva, que olhe para o futuro,<br />

sendo cada vez mais inovadora, global e sustentável”,<br />

destaca.<br />

MELHORIAS<br />

No fator Tributação, o Brasil está em penúltimo<br />

lugar, à frente apenas dos hermanos. Nas duas dimensões<br />

avaliadas – peso e qualidade –, o Brasil<br />

situa-se no terço inferior do ranking. No subfator<br />

Peso dos Tributos, o país ocupa a 17ª posição, superando,<br />

novamente, apenas a Argentina. Em 2017, a<br />

carga tributária no Brasil representou quase um terço<br />

do PIB (32,3%), sendo inferior apenas à observada<br />

na Espanha (33,7%) e na Polônia (33,9%), países<br />

cuja renda per capita é cerca de duas vezes superior<br />

à brasileira, segundo dados de 2018.<br />

Além da carga elevada, o sistema tributário brasileiro<br />

tem baixa qualidade. O Brasil é o último colocado<br />

no ranking do subfator Qualidade do sistema<br />

tributário.<br />

Chama atenção o desempenho da Turquia, que<br />

subiu da 14ª para a 4ª posição no fator Tributação,<br />

passando do terço inferior para o terço superior do<br />

ranking. Entre 2018 e 2019, o país realizou reformas<br />

que facilitaram o pagamento de impostos por lá:<br />

melhorou o portal online para cumprir com obrigações<br />

tributárias e isentou do IVA (Impostos sobre<br />

Valor Agregado) certos investimentos, segundo o<br />

Banco Mundial.<br />

AGOSTO <strong>2020</strong> 43


MADEIRA TRATADA<br />

44 referenciaindustrial.com.br AGOSTO <strong>2020</strong>


MADEIRA<br />

É O FUTURO<br />

Fotos: divulgação<br />

CONSTRUÇÃO CIVIL<br />

BRASILEIRA DEVE SE ESPELHAR<br />

EM PAÍSES COMO EUA E<br />

JAPÃO PARA AMPLIAR O<br />

USO DA MADEIRA EM SEUS<br />

EMPREENDIMENTOS<br />

U<br />

m dos mais tecnológicos e avançados<br />

países do mundo, o Japão tem dado<br />

um ótimo exemplo quando o assunto é<br />

a sustentabilidade de suas construções.<br />

Há mais de uma década, o país obriga<br />

por lei que todos os novos prédios públicos, de até<br />

três andares, sejam elaborados a partir da madeira.<br />

Nos EUA (Estados Unidos da América), o material é<br />

regra quando o assunto é a construção civil.<br />

Mas por que essa prática, tão difundida na Europa<br />

e na Ásia, ainda não conquistou o mercado brasileiro?<br />

Segundo o engenheiro industrial madeireiro<br />

Murilo Negreli, o problema no país ainda é cultural.<br />

“Apesar do Brasil possuir uma grande oferta, ainda<br />

estamos criando uma cultura de construir em madeira”,<br />

comenta.<br />

De acordo com o profissional, estima-se que em<br />

2019 tenham sido desenvolvidos cerca de 714 projetos<br />

em madeira maciça somente nos EUA, dentre eles<br />

edifícios multifamiliares, comerciais ou institucionais.<br />

As madeiras maciças nada mais são que grandes peças<br />

pré-fabricadas para todos os aspectos da construção:<br />

vigas, pilares, paredes, teto e piso. Além disso,<br />

são sustentáveis, resistentes ao fogo e com grande<br />

potencial de força e durabilidade.<br />

No Brasil, o engenheiro lembra que está em<br />

processo de finalização do primeiro prédio em Mass<br />

AGOSTO <strong>2020</strong> 45


46 referenciaindustrial.com.br AGOSTO <strong>2020</strong>


AGOSTO <strong>2020</strong> 47


ECONOMIA<br />

INOVAR<br />

É PRECISO<br />

Fotos: divulgação<br />

48 referenciaindustrial.com.br AGOSTO <strong>2020</strong>


PARA VENCER<br />

OBSTÁCULOS, INDÚSTRIA<br />

DE MÓVEIS PRECISA<br />

ESTAR EM CONSTANTE<br />

MOVIMENTO<br />

AGOSTO <strong>2020</strong> 49


ECONOMIA<br />

Antes vista como um diferencial no mercado,<br />

a inovação passou a ser requisito<br />

básico de qualquer negócio duradouro.<br />

Na indústria de móveis não é diferente.<br />

A tecnologia tem criado diversas<br />

oportunidades no setor, transformando ideias em<br />

resultados robustos e cada vez mais tangíveis.<br />

De modo geral, clientes e parceiros comerciais<br />

preferem projetistas que lançam mão de novas soluções<br />

e que saibam usar equipamentos modernos<br />

e eficazes, em detrimento de técnicas tradicionais<br />

que apresentam óbvias limitações funcionais. Mas<br />

o que realmente significa inovar dentro da indústria<br />

moveleira?<br />

CAMINHOS PARA SE DESTACAR<br />

Inovar significa estar disposto a agir de maneira<br />

diferente. Assim, todo negócio passa por uma fase<br />

A INDÚSTRIA 4.0,<br />

COM SUAS<br />

FERRAMENTAS E ANÁLISE<br />

DE DADOS, PODE AUXILIAR<br />

O EMPREENDEDOR NA<br />

HORA DE ANALISAR<br />

GASTOS E ENCONTRAR<br />

GARGALOS DE PRODUÇÃO<br />

NO CHÃO DE FÁBRICA<br />

50 referenciaindustrial.com.br AGOSTO <strong>2020</strong>


NATURELINE<br />

PROTEÇÃO À MADEIRA E AO<br />

MEIO AMBIENTE, TOTALMENTE<br />

ECOLÓGICO E ATÓXICO<br />

NATURELINE, o meio ambiente agradece!<br />

Primeiro protetivo para madeira de exteriores e interiores<br />

que protege as superfícies de madeira e o meio ambiente.<br />

Sistema a base d’água, sem emissões de<br />

poluentes nem solventes<br />

Puramente mineral<br />

Não inflamável e resistente a lixiviação<br />

Proteção contra a ação de pestes para<br />

animais e plantas<br />

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AGOSTO <strong>2020</strong> 51


ARTIGO<br />

PAINÉIS HÍBRIDOS<br />

DE LÂMINAS<br />

E PARTÍCULAS DE MADEIRA<br />

PARA USO ESTRUTURAL<br />

Fotos: divulgação<br />

ANDERSON RENATO VOBORNIK WOLENSKI<br />

INSTITUTO FEDERAL DE SANTA CATARINA<br />

ANDRÉ LUIS CHRISTOFORO<br />

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, SÃO CARLOS<br />

FRANCISCO ANTONIO ROCCO LAHR<br />

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, SÃO CARLOS<br />

LAURENN BORGES DE MACEDO<br />

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, SÃO CARLOS<br />

VINICIUS BORGES DE MOURA AQUINO<br />

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, SÃO CARLOS<br />

52 referenciaindustrial.com.br AGOSTO <strong>2020</strong>


RESUMO<br />

O<br />

uso de painéis de madeira tem ganhado<br />

destaque na indústria da construção civil.<br />

Os painéis MDP não atingem requisitos<br />

estruturais, ao contrário dos painéis OSB<br />

e compensado. Uma alternativa a fim de<br />

aprimorar o uso de painéis de partículas de madeira<br />

consiste no reforço desses com lâminas de madeira<br />

(painéis híbridos). Esta pesquisa objetivou avaliar o potencial<br />

de uso de painéis híbridos fabricados com partículas<br />

e lâminas de madeira de Pinus sp. e com resina<br />

poliuretana bicomponente à base de óleo de mamona,<br />

obedecendo à norma Abnt NBR 14810-2.<br />

Os resultados das propriedades físicas e mecânicas<br />

foram comparados com os requisitos normativos para<br />

painéis OSB (EN 300) e compensados (DIN 68792), bem<br />

como com os resultados de painéis comerciais OSB e<br />

compensado. Os painéis híbridos atenderam aos requisitos<br />

normativos para painéis comerciais OSB e compensado,<br />

indicados para uso estrutural.<br />

A análise estatística indicou a superioridade das<br />

propriedades físicas e mecânica dos painéis híbridos<br />

quando comparados com os resultados dos painéis OSB<br />

e compensado comerciais, resultado esse também justificado<br />

pelo uso da resina à base de mamona.<br />

INTRODUÇÃO<br />

Dentre os painéis engenheirados à base de madeira,<br />

destacam-se os painéis compensados, OSB (Oriented<br />

Strand Board) e MDP (Medium Density Particleboard),<br />

servindo como alternativa ao uso de madeira serrada na<br />

construção civil e rural, móveis, entre outros (Bertolini et<br />

al., 2014; Ferro et al., 2015; Chiromito et al., 2016; Nascimento<br />

et al., 2016; Gilbert et al., 2017).<br />

O OSB é definido como painel de partículas orientadas<br />

em camadas, unidas com resina à prova d’água e<br />

consolidadas na prensagem a quente (Souza et al., 2014;<br />

Carvalho et al., 2014; Ferro et al., 2015, 2016; Semple;<br />

Zhang; Smith, 2015).<br />

Os compensados são definidos como painéis compostos<br />

de lamelas de madeira dispostas em direções<br />

perpendiculares, aderidas por meio de adesivo, pressão<br />

e temperatura (Dias; Lahr, 2004; Regattieri; Bellomi,<br />

2008; Ferreira; Silva; Campos, 2011; Zhou; Pizzi, 2014;<br />

Demirkir et al., 2016; Way; Kamke; Sinha, 2018). Já os<br />

MDPs são definidos como painéis constituídos de partículas<br />

de madeira e resina sob pressão e temperatura, a<br />

fim de consolidar o material (Bertolini et al., 2014; Ferro<br />

et al., 2014a; Nascimento et al., 2016).<br />

Na literatura, diversos estudos tratam da produção<br />

de painéis de madeira com resina poliuretana à base de<br />

óleo de mamona, que, em comparação com as resinas<br />

ureia-formaldeído e fenol-formaldeído, demandam menor<br />

energia para cura e não liberam formaldeído, componente<br />

tóxico ao homem e ao meio ambiente (Ferro<br />

et al., 2014a, 2014b, 2015, 2016, 2018; Silva et al. 2014;<br />

Souza et al., 2014).<br />

Quanto aos painéis OSB com o uso de resina poliuretana<br />

à base de óleo de mamona, destacam-se as<br />

pesquisas de Souza et al. (2014), Ferro et al. (2015, 2016,<br />

2018), Nascimento et al. (2015) e Barbirato et al. (2018).<br />

Já para painéis compensados feitos com resina poliuretana<br />

à base de óleo de mamona, tem-se apenas o trabalho<br />

de Dias e Lahr (2004), no qual foram produzidos painéis<br />

compensados com lamelas de Eucalyptus grandis e<br />

resina poliuretana (gramatura de 250 g/m²), lâminas com<br />

umidade variando de 4 a 6%, pressão de colagem igual<br />

a 1,2 Mpa (Mega Pascal) à temperatura de 60ºC (Graus<br />

Celsius) durante 10 min (minutos).<br />

Sobre painéis MDP utilizando resina poliuretana à<br />

base de óleo de mamona, tem-se na literatura os estudos<br />

de Ferro et al. (2014a, 2014b), Silva et al. (2014), Bertolini<br />

et al. (2014) e Zau et al. (2014).<br />

Levando-se em consideração que painéis OSB e<br />

compensados têm uso estrutural (Demirkir et al., 2016;<br />

Zhou; Pizzi, 2014) e painéis de material particulado de<br />

madeira não atingem requisitos estruturais (Silva et al.,<br />

2014, 2018), uma alternativa para aprimorar o uso de painéis<br />

de partículas de madeira para fins estruturais consiste<br />

na confecção de painéis híbridos, com as camadas<br />

externas sendo compostas de fibras de madeira e partículas<br />

de madeira na camada interna, sendo as camadas<br />

unidas por adesivo.<br />

Na literatura correlata, poucos trabalhos abordam a<br />

fabricação e a caracterização de painéis híbridos de madeira<br />

(Nurhazwani et al., 2016; Silva et al., 2018). Nurhazwani<br />

et al. (2016) avaliaram as propriedades físicas e<br />

mecânicas de painéis compostos de partículas de Hevea<br />

brasiliensis, lâminas de bambu e resina ureia-formaldeído.<br />

Os painéis foram pré-prensados a frio a uma pressão<br />

de 3,5 Mpa. Posteriormente, foram prensados a quente<br />

(160 ºC), com pressão de 1,2 MPa. O teor de umidade<br />

das partículas foi igual a 12% e o teor de resina foi igual<br />

a 65% em relação à massa sólida das partículas.<br />

Silva et al. (2018) produziram painéis utilizando fibras<br />

de Pinus taeda e Malva e partículas de bagaço de cana-<br />

-de-açúcar com o uso de resina poliuretana à base de<br />

AGOSTO <strong>2020</strong> 53


54 referenciaindustrial.com.br AGOSTO <strong>2020</strong>


23<br />

• Engenharia de Aplicação<br />

• MANUTENÇÃO DE Válvulas Industriais<br />

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AGOSTO <strong>2020</strong> 55


AGENDA<br />

AGENDA<br />

<strong>2020</strong>/2021<br />

SETEMBRO<br />

7 A 10<br />

SHANGHAI INTERNATIONAL<br />

FURNITURE MACHINERY &<br />

WOODWORKING MACHINERY<br />

FAIR<br />

LOCAL: XANGAI (CHINA)<br />

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OUTUBRO<br />

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DEL MUEBLE Y LA MADERA<br />

LOCAL: FORMOSA (ARGENTINA)<br />

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NOVEMBRO<br />

19 A 22<br />

FERIA FORESTAL ARGENTINA<br />

LOCAL: POSADAS (ARGENTINA)<br />

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FESQUA<br />

08 A 11 DE JUNHO DE 2021<br />

SÃO PAULO (SP)<br />

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DEZEMBRO<br />

3 A 6<br />

CAIRO WOODSHOW<br />

LOCAL: CAIRO (EGITO)<br />

WWW.CAIROWOODSHOW.COM/<br />

JULHO<br />

5 A 8/2021<br />

AGOSTO/<br />

17 A 21/2021<br />

SETEMBRO<br />

26 A 29/2021<br />

EXPOLUX<br />

LOCAL: SÃO PAULO (SP)<br />

WWW.EXPOLUX.COM.BR/PT-BR.HTML<br />

FENASUCRO<br />

LOCAL: SERTÃOZINHO (SP)<br />

FENASUCRO.COM.BR/PT-BR.HTML<br />

WOODMEX AND ASFI<br />

LOCAL: BIRMINGHAM (INGLATERRA)<br />

WWW.WEXHIBITION.CO.UK/<br />

56 referenciaindustrial.com.br AGOSTO <strong>2020</strong>


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ESPAÇO ABERTO<br />

EMPREENDEDOR,<br />

O HERÓI NECESSÁRIO<br />

Arecessão econômica iniciada neste primeiro<br />

semestre de <strong>2020</strong> será uma das mais graves<br />

dos últimos tempos. Primeiro, porque a<br />

queda do produto interno deste ano será<br />

brutal, em torno de 5% em relação a 2019.<br />

Em todos os países que foram afetados e tiveram que<br />

fazer isolamento social, o produto também caiu e seguirá<br />

caindo em relação aos anos anteriores. A redução do produto<br />

de um país exacerba vários flagelos sociais graves:<br />

aumenta o desemprego, reduz os salários médios, fecha<br />

fábricas, quebra lojas comerciais, gera perda de renda<br />

dos autônomos, aumenta a pobreza e a miséria, fomenta<br />

doenças psicológicas e a perturbação social.<br />

O Brasil está diante de um desafio imenso, representado<br />

pela tentativa de sair da devastação econômica o<br />

mais rápido possível, na qual três atores serão especialmente<br />

essenciais: trabalhadores, empresários e governantes.<br />

Todos têm sua importância. O empreendedor, porém,<br />

terá um papel mais relevante. Roberto Campos, com sua<br />

ironia fina de sempre, dizia que entre os muitos ários que<br />

existem por aí, o mais importante é o empresário.<br />

O Brasil criou certa cultura antiempresarial e antilucro,<br />

nociva ao desenvolvimento. O empreendedor é um<br />

instrumento da produção, e a ele cabe acumular capital<br />

(bens de produção), zelar por sua conservação e expansão.<br />

Ilude-se quem crê que o dono do capital é livre para<br />

fazer o que bem quiser. O empresário detém a propriedade<br />

condicionado a satisfazer o consumidor, e deve ajustar<br />

suas ações aos interesses do mercado, sob o risco de ser<br />

superado pela concorrência e precisar fechar o seu negócio.<br />

Se for eficiente, o lucro é o prêmio. Se for ineficiente,<br />

o prejuízo é o castigo, geralmente terminado em falência.<br />

Quando a pandemia acabar e a normalidade for restabelecida,<br />

grande parte do empresariado retomará as<br />

atividades com suas empresas debilitadas, queda nas<br />

vendas, prejuízos acumulados, dívidas não pagas e fluxo<br />

de caixa abalado. Reconstruir os negócios e reorganizar<br />

e reequilibrar as finanças serão tarefas árduas. Muitas<br />

empresas retornarão menores, com menos empregados e<br />

atividade encolhida. Mas outras novas surgirão.<br />

Para os profissionais autônomos (médico, dentista,<br />

psicólogo, fisioterapeuta, cabeleireiro, professor particular<br />

e outros que perderam toda ou parte de sua renda), o<br />

problema é o mesmo. Eles se assemelham aos empreendedores,<br />

têm custos empresariais como aluguel, material,<br />

POR<br />

JOSÉ PIO<br />

MARTINS<br />

ECONOMISTA<br />

E REITOR DA<br />

UNIVERSIDADE<br />

POSITIVO<br />

salário de auxiliares, também precisam conquistar clientes<br />

e terão de extrair de si o melhor como empreendedores e<br />

gestores de sua atividade.<br />

A decisão de empreender e não depender de um<br />

emprego assalariado não deve ser tomada apenas em<br />

função da atual crise, mas em função da realidade global.<br />

O mundo está mudando, e recessões têm se repetido.<br />

Em 2007 e 2008, o mundo foi ferido pela crise financeira.<br />

No período de 2014 a 2016, o Brasil inventou sua própria<br />

recessão. Agora, temos a recessão do coronavírus. Outras<br />

recessões virão, agravadas pelo fato de a revolução tecnológica<br />

estar engolindo empregos.<br />

O cenário econômico pós-pandemia será caracterizado<br />

por elevado desemprego, subemprego, governos<br />

imprimindo dinheiro, trilhões em dívidas individuais e governamentais,<br />

programas sociais subfinanciados, aumento<br />

da mentalidade assistencialista, milhões de jovens sem<br />

trabalho e com dívidas estudantis, robôs tomando vagas<br />

de humanos e demorada recuperação. Procurar trabalho<br />

assalariado será o caminho da maioria das pessoas, e é<br />

uma luta nobre. O problema é que muitos não encontrarão.<br />

Haverá espaço para trabalhar por conta própria como<br />

autônomo ou abrir um negócio. Empreender, porém,<br />

exige aprendizado. É preciso se preparar. Mesmo quem<br />

tenha espírito de iniciativa e tino para os negócios deve<br />

entender que o assalariado não se transmuta automaticamente<br />

em empreendedor. Embora o mundo vá continuar<br />

necessitando de empregados, mais empreendedores<br />

serão necessários, pois são eles que criam empresas e vagas<br />

de emprego, e a lei deve vir para estimular, não para<br />

inibir, o espírito de iniciativa. Esse é o desafio!<br />

Foto: divulgação<br />

58 referenciaindustrial.com.br AGOSTO <strong>2020</strong>


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