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setembrlo e outubro 2020 01

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Mercado aprende com “jeito fintech” de fazer negócios

Por: Henrique Carbonell, sócio-fundador e CEO da F360º

Fazer negócios não é uma receita

de bolo, mas alguns elementos

são essenciais e devem

ser considerados por quem deseja

abrir ou consolidar uma empresa.

Assim, preço, planejamento, fornecedores,

marketing, vendas,

entre outros, são fatores fundamentais

em qualquer segmento

de atuação.

Entretanto, atualmente, há outro

ponto que precisa ser levado em

conta pelos pequenos e médios

empreendedores que desejam

crescer: a experiência do cliente.

Esse conceito ganhou destaque

principalmente com a popularização

das fintechs e seu modo

peculiar, por assim dizer, de fazer

negócios.

Não há segmento melhor para

compartilhar experiências de

sucesso do que as startups que

combinam tecnologia com finanças.

Afinal, elas resolveram ousar

e inovar em uma área historicamente

reticente a novidades.

O mercado financeiro sempre

esteve nas mãos de poucos fornecedores

que ditavam todas as

regras do setor. Há alguns anos,

era inimaginável abrir uma conta

corrente sem ir a uma agência

bancária com a justificativa de

que era uma norma do Banco

Central.

Mas as fintechs conseguiram

quebrar essa lógica justamente

por focar na experiência do cliente,

colocando-o no centro de suas

ações.

São esses valores que as fintechs

expandiram para outros setores,

trazendo agilidade e revolucionando

o mercado. Hoje, não existe

transformação e inovação sem

que o cliente esteja no centro das

decisões.

Ainda que o produto não seja o

ideal ou serviço não seja o melhor

do mercado, quando a pessoa

se sente ouvida e respeitada,

ela pode se tornar promotora da

marca.

Além disso, o “jeito fintech” de

fazer negócios também mostrou

a importância de ser ágil na tomada

de decisões, ter acesso a

mais players e, principalmente,

usar ferramentas de gestão para

automatizar processos, permitindo

que todos possam trabalhar

para entregar aquilo que seu público

quer.

Melhorar a experiência do cliente

é um desafio e tanto não apenas

para o setor varejista, como também

para outras áreas. A pesquisa

Deliver the CX they expect:

customer experience trends, feita

pela Acquia, empresa norte-americana

de experiência digital,

mostrou que, enquanto nove em

cada dez clientes afirmam que a

maioria das marcas não entrega

aquilo que eles querem, oito em

cada dez profissionais de marketing

e de atendimento acreditam

que suas empresas cumprem todos

os requisitos para oferecer a

melhor experiência aos usuários.

Foi justamente ao preencher esse

gap entre o que as pessoas esperam

e o que as organizações oferecem

que as fintechs conseguiram

se destacar.

Evidentemente, esse é um movimento

que vai se acentuar nos

próximos meses dentro do varejo.

Ainda estamos no começo desse

processo, e a gestão dos varejistas

é carente de ferramentas que possibilitem

um controle efetivo dos

negócios – e maior atendimento

ao consumidor. Em virtude da

imensa quantidade de dados produzidos

pelo setor, há uma ineficiência

grande para lê-los e extrair

inteligência deles. Somente

após a superação desse obstáculo

os lojistas terão condições de realmente

transformar o cenário

atual em que se encontram.

Mas a primeira grande lição das

fintechs já foi dada:

quem deseja crescer de forma

sustentável e atrair mais consumidores

precisa entregar a melhor

experiência em toda a jornada de

compra da pessoa – sempre! Somente

assim a empresa consegue

mostrar que se importa com seu

público e que está pronta para ganhar

a confiança dele.

É o primeiro – e mais importante

– passo para se destacar no competitivo

mundo em que vivemos.

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