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Mercado aprende com “jeito fintech” de fazer negócios
Por: Henrique Carbonell, sócio-fundador e CEO da F360º
Fazer negócios não é uma receita
de bolo, mas alguns elementos
são essenciais e devem
ser considerados por quem deseja
abrir ou consolidar uma empresa.
Assim, preço, planejamento, fornecedores,
marketing, vendas,
entre outros, são fatores fundamentais
em qualquer segmento
de atuação.
Entretanto, atualmente, há outro
ponto que precisa ser levado em
conta pelos pequenos e médios
empreendedores que desejam
crescer: a experiência do cliente.
Esse conceito ganhou destaque
principalmente com a popularização
das fintechs e seu modo
peculiar, por assim dizer, de fazer
negócios.
Não há segmento melhor para
compartilhar experiências de
sucesso do que as startups que
combinam tecnologia com finanças.
Afinal, elas resolveram ousar
e inovar em uma área historicamente
reticente a novidades.
O mercado financeiro sempre
esteve nas mãos de poucos fornecedores
que ditavam todas as
regras do setor. Há alguns anos,
era inimaginável abrir uma conta
corrente sem ir a uma agência
bancária com a justificativa de
que era uma norma do Banco
Central.
Mas as fintechs conseguiram
quebrar essa lógica justamente
por focar na experiência do cliente,
colocando-o no centro de suas
ações.
São esses valores que as fintechs
expandiram para outros setores,
trazendo agilidade e revolucionando
o mercado. Hoje, não existe
transformação e inovação sem
que o cliente esteja no centro das
decisões.
Ainda que o produto não seja o
ideal ou serviço não seja o melhor
do mercado, quando a pessoa
se sente ouvida e respeitada,
ela pode se tornar promotora da
marca.
Além disso, o “jeito fintech” de
fazer negócios também mostrou
a importância de ser ágil na tomada
de decisões, ter acesso a
mais players e, principalmente,
usar ferramentas de gestão para
automatizar processos, permitindo
que todos possam trabalhar
para entregar aquilo que seu público
quer.
Melhorar a experiência do cliente
é um desafio e tanto não apenas
para o setor varejista, como também
para outras áreas. A pesquisa
Deliver the CX they expect:
customer experience trends, feita
pela Acquia, empresa norte-americana
de experiência digital,
mostrou que, enquanto nove em
cada dez clientes afirmam que a
maioria das marcas não entrega
aquilo que eles querem, oito em
cada dez profissionais de marketing
e de atendimento acreditam
que suas empresas cumprem todos
os requisitos para oferecer a
melhor experiência aos usuários.
Foi justamente ao preencher esse
gap entre o que as pessoas esperam
e o que as organizações oferecem
que as fintechs conseguiram
se destacar.
Evidentemente, esse é um movimento
que vai se acentuar nos
próximos meses dentro do varejo.
Ainda estamos no começo desse
processo, e a gestão dos varejistas
é carente de ferramentas que possibilitem
um controle efetivo dos
negócios – e maior atendimento
ao consumidor. Em virtude da
imensa quantidade de dados produzidos
pelo setor, há uma ineficiência
grande para lê-los e extrair
inteligência deles. Somente
após a superação desse obstáculo
os lojistas terão condições de realmente
transformar o cenário
atual em que se encontram.
Mas a primeira grande lição das
fintechs já foi dada:
quem deseja crescer de forma
sustentável e atrair mais consumidores
precisa entregar a melhor
experiência em toda a jornada de
compra da pessoa – sempre! Somente
assim a empresa consegue
mostrar que se importa com seu
público e que está pronta para ganhar
a confiança dele.
É o primeiro – e mais importante
– passo para se destacar no competitivo
mundo em que vivemos.
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