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setembrlo e outubro 2020 01

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Universidade Corporativa: como estabelecer indicadores para medir seus resultados

em diferentes horizontes de tempo. Por Giovana Gavioli Ribeiro da Silva,

mestre em Administração de empresas com linha de pesquisa em Logística e Sócia-diretora

da CAGI Consultoria

O desenvolvimento das capabilidades

permite à empresa, além

de conseguir desenvolver os seus

recursos, de forma a aproveitá-

-los pelo modelo VRIO, aprimorar

as suas competências centrais

(core competences), que “compõem

o aprendizado coletivo da

organização, especialmente em

coordenar diversas habilidades

produtivas e integrar múltiplas

tecnologias” (PRAHALAD; HA-

MEL, 1990, p. 82).

É

inegável que o conhecimento

é essencial para o bom

desempenho das atividades. Ao

optar por montar uma Universidade

Corporativa, a empresa

pode melhorar os seus resultados,

transformando o custo em

investimento.

Porém é difícil mensurar os frutos

de uma Universidade Corporativa,

pois eles, muitas vezes, são

tácitos, ou seja, se traduzem na

formação de capabilidades dos

colaboradores.

Para explicar melhor isso, vamos

retormar um pouco de conhecimento

do modelo VRIO. Barney

e Hesterly (2011) identificam o

modelo VRIO como uma forma

de alcançar a vantagem competitiva

sustentável para a empresa.

Por meio do modelo a empresa

pode identificar a sua vantagem

e investir na mesma, de forma a

torná-la autossuficiente frente ao

mercado e suas alterações.

De acordo com os autores, o modelo

identifica recursos que trazem

Valor (V), que sejam Raros

(R), que sejam difíceis de Imitar

(I) e cuja empresa está Organizada

para explorar (O).

“O recurso valioso permite que

a empresa explore uma oportunidade

ambiental ou neutralize

uma ameaça do ambiente.

O recurso raro é controlado por

um pequeno número de empresas

competidoras, o recurso difícil

de imitar representa uma

desvantagem para que outras

empresas possam obtê-lo e a organização

permite que a empresa

explore os seus recursos valiosos,

raros e custosos de imitar”. (BAR-

NEY e HERSTERLY, 2011, p. 15)

As capabilidades são definidas

por Silva (2012) como: “o subconjunto

de recursos que permitem à

empresa aproveitar por completo

os recursos que ela controla”.

Percebemos, portanto, que a capacitar

os colaboradores, por

meio da Universidade Corporativa,

permitirá à empresa atingir

seus objetivos, por meio do desenvolvimento

de capabilidades

que explorem melhor e aproveitem

todas as suas competências

centrais, identificando e potencializando

seus recursos, inclusive

pelo modelo VRIO, o que leva

a uma vantagem competitiva sustentável.

Mas como medir estes resultados?

Os indicadores são essenciais

em qualquer investimento

educacional seja dentro ou fora

da empresa, porém eles apresentam

diferentes horizontes de

tempo em seus resultados.

Além disso, é necessário estabelecer

indicadores tanto para os

participantes quanto para aqueles

que irão fazer o papel de disseminadores

do conhecimento, como

líderes, diretoria e gerentes, ou

mesmo os próprios colaboradores,

caso sejam formados como

multiplicadores, por exemplo.

Logo em um primeiro momento,

enquanto a formação é realizada

ou logo após o término da mesma,

é possível identificar fatores

como % de inscrição dos colaboradores

e dos multiplicadores, %

de faltas, % avaliação de aprendizado,

por meio das notas nos materiais

avaliativos e % avaliações

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