You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Universidade Corporativa: como estabelecer indicadores para medir seus resultados
em diferentes horizontes de tempo. Por Giovana Gavioli Ribeiro da Silva,
mestre em Administração de empresas com linha de pesquisa em Logística e Sócia-diretora
da CAGI Consultoria
O desenvolvimento das capabilidades
permite à empresa, além
de conseguir desenvolver os seus
recursos, de forma a aproveitá-
-los pelo modelo VRIO, aprimorar
as suas competências centrais
(core competences), que “compõem
o aprendizado coletivo da
organização, especialmente em
coordenar diversas habilidades
produtivas e integrar múltiplas
tecnologias” (PRAHALAD; HA-
MEL, 1990, p. 82).
É
inegável que o conhecimento
é essencial para o bom
desempenho das atividades. Ao
optar por montar uma Universidade
Corporativa, a empresa
pode melhorar os seus resultados,
transformando o custo em
investimento.
Porém é difícil mensurar os frutos
de uma Universidade Corporativa,
pois eles, muitas vezes, são
tácitos, ou seja, se traduzem na
formação de capabilidades dos
colaboradores.
Para explicar melhor isso, vamos
retormar um pouco de conhecimento
do modelo VRIO. Barney
e Hesterly (2011) identificam o
modelo VRIO como uma forma
de alcançar a vantagem competitiva
sustentável para a empresa.
Por meio do modelo a empresa
pode identificar a sua vantagem
e investir na mesma, de forma a
torná-la autossuficiente frente ao
mercado e suas alterações.
De acordo com os autores, o modelo
identifica recursos que trazem
Valor (V), que sejam Raros
(R), que sejam difíceis de Imitar
(I) e cuja empresa está Organizada
para explorar (O).
“O recurso valioso permite que
a empresa explore uma oportunidade
ambiental ou neutralize
uma ameaça do ambiente.
O recurso raro é controlado por
um pequeno número de empresas
competidoras, o recurso difícil
de imitar representa uma
desvantagem para que outras
empresas possam obtê-lo e a organização
permite que a empresa
explore os seus recursos valiosos,
raros e custosos de imitar”. (BAR-
NEY e HERSTERLY, 2011, p. 15)
As capabilidades são definidas
por Silva (2012) como: “o subconjunto
de recursos que permitem à
empresa aproveitar por completo
os recursos que ela controla”.
Percebemos, portanto, que a capacitar
os colaboradores, por
meio da Universidade Corporativa,
permitirá à empresa atingir
seus objetivos, por meio do desenvolvimento
de capabilidades
que explorem melhor e aproveitem
todas as suas competências
centrais, identificando e potencializando
seus recursos, inclusive
pelo modelo VRIO, o que leva
a uma vantagem competitiva sustentável.
Mas como medir estes resultados?
Os indicadores são essenciais
em qualquer investimento
educacional seja dentro ou fora
da empresa, porém eles apresentam
diferentes horizontes de
tempo em seus resultados.
Além disso, é necessário estabelecer
indicadores tanto para os
participantes quanto para aqueles
que irão fazer o papel de disseminadores
do conhecimento, como
líderes, diretoria e gerentes, ou
mesmo os próprios colaboradores,
caso sejam formados como
multiplicadores, por exemplo.
Logo em um primeiro momento,
enquanto a formação é realizada
ou logo após o término da mesma,
é possível identificar fatores
como % de inscrição dos colaboradores
e dos multiplicadores, %
de faltas, % avaliação de aprendizado,
por meio das notas nos materiais
avaliativos e % avaliações
89