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R$ 25,00
Editorial<br />
revista<br />
Ano 27 - Edição <strong>162</strong> - Out/Nov 2020<br />
Muito prazer caro leitor,<br />
Meu nome é Luciene Almeida, sou a nova editora da revista, atuo na área de diagnóstico laboratorial há mais de<br />
vinte anos e com grande satisfação aceitei fazer parte da equipe editorial da <strong>Revista</strong> <strong>Newslab</strong>.<br />
Nosso querido João Gabriel de Almeida a partir de agora inicia uma nova etapa em sua vida profissional e a ele<br />
agradecemos por todo empenho enquanto esteve conosco e lhe desejamos muito sucesso.<br />
Com esta nova edição, comemoramos o 27º aniversário da revista, já são quase três décadas nos dedicando a enviar<br />
até você informações de qualidade.<br />
Na edição <strong>162</strong> trouxemos um artigo importante com tema atual voltado para este atípico momento que estamos<br />
vivendo: Alterações em biomarcadores laboratoriais associados à COVID-19 e outro artigo com um tema que nunca<br />
devemos deixar de discutir: Instruções para coleta de exames laboratoriais.<br />
Falaremos também a respeito da Avaliação dos isolados de Staphylococcus coagulase negativa em amostras de<br />
hemocultura, serão eles inofensivos ou patógenos invasores?<br />
Temos acompanhado diariamente os desdobramentos desta crise sem precedentes e após esses longos oito meses<br />
os dados ainda indicam um cenário crítico no país e no mundo. Diante disso, permaneceremos focados mantendo<br />
nosso compromisso com todos vocês leitores, ansiosos para anunciar que a nossa vacina chegou.<br />
Desejo a todos uma ótima leitura!<br />
Luciene Almeida<br />
Para novidades na área de diagnóstico e pesquisa,<br />
acessem nossas redes sociais:<br />
/revistanewslab<br />
/revistanewslab<br />
/revistanewslab<br />
@revista_newslab<br />
Ano 27 - Edição <strong>162</strong> - Out/Nov<br />
<strong>Newslab</strong> Editora Eireli - <strong>Revista</strong> NewsLab<br />
Av. Nove de Julho, 3.229 - Cj. 1110 - 01407-000 - São Paulo - SP<br />
Tel.: (11) 3900-2390 - www.newslab.com.br - revista@newslab.com.br<br />
CNPJ.: 35.678.385/0001-25 - Insc. Est.: 128.209.420.119 - ISSN 0104 - 8384<br />
EXPEDIENTE<br />
Realização: NEWSLAB EDITORA EIRELI<br />
Conselho Editorial: Sylvain Kernbaum | revista@revistaanalytica.com.br<br />
Jornalista Responsável: Luciene Almeida | redacao@newslab.com.br<br />
Assinaturas: Daniela Faria (11) 98357-9843 | assinatura@newslab.com.br<br />
Comercial: João Domingues (11) 98357-9852 | comercial@newslab.com.br<br />
Produção de conteúdo: FC Design | contato@fcdesign.com.br<br />
Impressão: Gráfica Mundo | Periodiciade: Bimestral<br />
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31/12/2020.
evista<br />
Ano 27 - Edição <strong>162</strong> - Out/Nov 2020<br />
Normas de Publicação<br />
para artigos e informes de mercado<br />
A <strong>Revista</strong> <strong>Newslab</strong>, em busca constante de novidades em divulgação científica, disponibiliza abaixo as normas para<br />
publicação de artigos, aos autores interessados. Caso precise de informações adicionais, entre em contato com a redação.<br />
Informações aos Autores<br />
A <strong>Revista</strong> <strong>Newslab</strong>, em busca constante de novidades<br />
em divulgação científica, disponibiliza abaixo as normas<br />
para publicação de artigos, aos autores interessados. Caso<br />
precise de informações adicionais, entre em contato com<br />
a redação.<br />
Informações aos autores<br />
Bimestralmente, a <strong>Revista</strong> NewsLab publica editoriais, artigos<br />
originais, revisões, casos educacionais, resumos de teses<br />
etc. Os editores levarão em consideração para publicação toda e<br />
qualquer contribuição que possua correlação com as análises<br />
clínicas, a patologia clínica e a hematologia.<br />
Todas as contribuições serão revisadas e analisadas pelos<br />
revisores. Os autores deverão informar todo e qualquer<br />
conflito de interesse existente, em particular aqueles de<br />
natureza financeira relativo a companhias interessadas ou<br />
envolvidas em produtos ou processos que estejam relacionados<br />
com a contribuição e o manuscrito apresentado.<br />
Acompanhando o artigo deve vir o termo de compromisso<br />
assinado por todos os autores, atestando a originalidade do<br />
artigo, bem como a participação de todos os envolvidos.<br />
Os manuscritos deverão ser escritos em português, mas com<br />
Abstract detalhado em inglês. O Resumo e o Abstract deverão<br />
conter as palavras-chave e keywords, respectivamente.<br />
As fotos e ilustrações devem preferencialmente ser enviadas<br />
na forma original, para uma perfeita reprodução.<br />
Se o autor preferir mandá-las por e-mail, pedimos que a<br />
resolução do escaneamento seja de 300 dpi’s, com extensão<br />
em TIF ou JPG.<br />
Os manuscritos deverão estar digitados e enviados por<br />
e-mail, ordenados em título, nome e sobrenomes completos<br />
dos autores e nome da instituição onde o estudo<br />
foi realizado. Além disso, o nome do autor correspondente,<br />
com endereço completo fone/fax e e-mail também deverão<br />
constar. Seguidos por resumo, palavras-chave, abstract,<br />
keywords, texto (Ex: Introdução, Materiais e Métodos, Parte<br />
Experimental, Resultados e Discussão, Conclusão) agradecimentos,<br />
referências bibliográficas, tabelas e legendas.<br />
As referências deverão constar no texto com o sobrenome<br />
do devido autor, seguido pelo ano da publicação,<br />
segundo norma ABNT 10520.<br />
As identificações completas de cada referência citadas<br />
no texto devem vir listadas no fim, com o sobrenome do<br />
autor em primeiro lugar seguido pela sigla do prenome.<br />
Ex.: sobrenome, siglas dos prenomes. Título: subtítulo do<br />
artigo. Título do livro/periódico, volume, fascículo, página<br />
inicial e ano.<br />
Evite utilizar abstracts como referências. Referências de<br />
contribuições ainda não publicadas deverão ser mencionadas<br />
como “no prelo” ou “in press”.<br />
Os trabalhos deverão ser enviados ao endereço:<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab<br />
A/C: Luciene Almeida – redação<br />
Av. Nove de Julho, 3.229 - Cj. 1110<br />
CEP 01407-000 - São Paulo-SP<br />
Pelo e-mail: redacao@newslab.com.br<br />
Ou em http://www.newslab.com.br/publique/<br />
Contato<br />
A sua opinião é muito importante para nós. Por isso, criamos<br />
vários canais de comunicação para você, nosso leitor.<br />
REDAÇÃO: Av. Nove de Julho, 3.229 - Cj. 1110 - 01407-000 - São Paulo-SP<br />
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Esta publicação é dirigida aos laboratórios, hemocentros e universidades de todo o país. Os artigos e informes<br />
assinados são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião da <strong>Newslab</strong> Editora Eireli.<br />
Filiado à:<br />
0 6
evista<br />
Índice remissivo de anunciantes<br />
ordem alfabética<br />
Ano 27 - Edição <strong>162</strong> - Out/Nov 2020<br />
ANUNCIANTE PÁG. ANUNCIANTE PÁG.<br />
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DIAGNO 67 | 63<br />
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EQUIPNET 103<br />
ERBA 1ª CAPA | 45<br />
EUROIMMUN 137<br />
FIRSTLAB 97<br />
GOLD ANALISA 77<br />
GREINER 95 | 145<br />
GRIFOLS 27<br />
GT GROUP BIOSUL 47<br />
HERMES PARDINI 11<br />
HORIBA 2ª CAPA | 129<br />
Conselho Editorial<br />
Prof. Humberto Façanha da Costa filho - Engenheiro, Mestre em Administração e Especialista em Análise de Sistemas | Dr. Dan Waitzberg - Associado do Departamento de Gastroenterologia da Fmusp. Diretor Ganep Nutrição<br />
humana | Prof. Angela Waitzberg - Professora doutora livre docente do departamento de patologia da UNIFESP | Prof. José de Souza Andrade Filho - Patologista no hospital Felício Rocho BH, membro da academia Mineira<br />
de Medicina e Professor de Patologia da Faculdade de Ciências Médicas do Minas Gerais | Fábia Regina Severiano Bezerra - Biomédica. Especialista em Gestão de Contratos pela Universidade Corporativa da Universidade de São<br />
Paulo. Auditora em Sistemas de Gestão da Qualidade: ISO 9001:15 e NBR ISO 14001:15, Organização Nacional de Acreditação (ONA). Auditora Interna da Divisão de Laboratórios do Hospital das Clínicas da Faculdade Medicina da<br />
Universidade de São Paulo | Luiz Euribel Prestes Carneiro – Farmacêutico-Bioquímico, Depto. de Imunologia e de Pós-Graduação da Universidade do Oeste Paulista, Mestre e Doutor em Imunologia pela USP/SP | Dr. Amadeo<br />
Saéz-Alquézar - Farmacêutico-Bioquímico | Prof. Dr. Antenor Henrique Pedrazzi – Prof. Titular e Vice-Diretor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto - USP | Prof. Dr. José Carlos Barbério – Professor Emérito da<br />
USP | Dr. Silvano Wendel – Banco de Sangue do Hospital Sírio-Libanês | Dr. Paulo C. Cardoso De Almeida – Doutor em Patologia pela Faculdade de Medicina Da USP | Dr. Zan Mustacchi – Prof. Adjunto de Genética da Faculdade<br />
Objetivo/UNIP | Dr. José Pascoal Simonetti – Biomédico, Pesquisador Titular do Depto de Virologia do Instituto Oswaldo Cruz - Fiocruz - RJ | Dr. Sérgio Cimerman – Médico-Assistente do Instituto de Infectologia Emílio Ribas e<br />
Responsável Técnico pelo Laboratório Cimerman de Análises Clínicas.<br />
Colaboraram nesta Edição:<br />
ILLUMINA 31<br />
J.R. EHLKE 12-13<br />
KOLPLAST 49<br />
LAB REDE 91<br />
LABOR LINE 17<br />
LABTEST 105<br />
LUMIRADX HEALTH 61<br />
MAYO CLINIC 139<br />
MEDLEVENSOHN 133<br />
MGI AMERICAS 106<br />
MOBIUS LIFE SCIENCE 67<br />
NEOLAB IMPORT 09<br />
NEWPROV 111<br />
NIHON KOHDEN 38-39 | 59<br />
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SNIBE 53<br />
TBS- BINDINGSITE 23<br />
VEOLIA 89<br />
VIDA BIOTECNOLOGIA 85<br />
WAMA 81<br />
Humberto Façanha, Fabia Bezerra, José de Souza Andrade Filho, Lisiane Cervieri Mezzomo, Cristhian Roiz, Bruna Mascaro, Waldirene Nicioli, Rachel Siqueira de Queiroz Simões,<br />
Jorge Luiz Silva Araújo Filho, Gleiciere Maia Silva.<br />
0 8
ÍNDICE<br />
revista<br />
Ano 27 - Edição <strong>162</strong> - Out/Nov 2020<br />
70<br />
16<br />
ARTIGO CIENTÍFICO I<br />
ALTERAÇÕES EM BIOMARCADORES<br />
LABORATORIAIS ASSOCIADOS À COVID-19<br />
MATÉRIA DE CAPA<br />
ERBA MANHEIM<br />
NADA SERÁ COMO ANTES<br />
40<br />
ARTIGO CIENTÍFICO II<br />
INSTRUÇÕES PARA COLETA DE EXAMES<br />
LABORATORIAIS<br />
Autores: Mauren Isfer Anghebem; Geraldo Picheth;<br />
Fabiane Gomes de Moraes Rego.<br />
Autoras: Andreia Paula Lopes de Almeida; Janilce<br />
Carvalho Negreiros; Kelen Cristina da Silva.<br />
02<br />
14<br />
76<br />
78<br />
84<br />
90<br />
93<br />
96<br />
104<br />
106<br />
109<br />
110<br />
112<br />
159<br />
- Editorial<br />
- Agenda<br />
- Minuto Laboratório<br />
- Radar Ciêntifico I - Siemens<br />
- Radar Ciêntifico II - TBS<br />
- Publieditorial<br />
- Diagnóstico por Imagem<br />
- Engenharia Clínica<br />
- Citologia<br />
- Biossegurança<br />
- Logística Laboratorial<br />
- Laboratório em Destaque<br />
- Informe de Mercado<br />
- Pathocordel<br />
50<br />
ARTIGO CIENTÍFICO III<br />
AVALIAÇÃO DOS ISOLADOS DE<br />
STAPHYLOCOCCUS COAGULAS E NEGATIVA EM<br />
AMOSTRAS DE HEMOCULTURA<br />
62<br />
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AGENDA<br />
Em função da pandemia do Covid-19, e acompanhando<br />
os desdobramentos da crise, decretos e posicionamentos<br />
dos governos, os eventos presenciais agendados para o<br />
período Outubro e Novembro estão cancelados.<br />
Comprometidos em não propagar informações equivocadas, não<br />
haverá seção Agenda na <strong>Revista</strong> <strong>Newslab</strong> Ed <strong>162</strong> e recomendamos<br />
que os interessados em participar de eventos consultem nosso site<br />
durante esse período para se informar sobre apresentações digitais<br />
como webinars e outras alternativas que estão sendo oferecidas<br />
pelas empresas.<br />
Mantenha-se informado em nosso site e em nossas redes sociais.<br />
Agradecemos a compreensão de todos,<br />
Equipe <strong>Newslab</strong>.<br />
/revistanewslab<br />
/revistanewslab<br />
/revistanewslab<br />
@revista_newslab<br />
0 14<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020
ARTIGO CIENTÍFICO I<br />
ALTERAÇÕES EM BIOMARCADORES<br />
LABORATORIAIS ASSOCIADOS À COVID-19<br />
* Imagem ilustrativa<br />
Autores:<br />
Mauren Isfer Anghebem 1,2 ;<br />
Geraldo Picheth 1 ;<br />
Fabiane Gomes de Moraes Rego 1 .<br />
1. Universidade Federal do Paraná. Departamento de Análises Clínicas.<br />
Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas – UFPR.<br />
2. Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Escola de Ciências da Vida.<br />
Resumo<br />
A pandemia da doença coronavírus 2019 (COVID-19)<br />
ainda está se espalhando em todo o mundo e já causou<br />
a morte de mais de 1,3 milhões de pessoas por insuficiência<br />
respiratória e falência múltipla de órgãos. O laboratório<br />
de análises clínicas tem papel central no diagnóstico,<br />
prognóstico, estadiamento, monitoramento, definição de<br />
condutas e tratamentos e na vigilância epidemiológica<br />
desta infecção de notificação compulsória. Frente à novas<br />
doenças, há procura por biomarcadores precoces de severidade<br />
e prognóstico e que tenham valor clínico. Esta revisão<br />
narrativa aborda particularidades sobre a entrada do<br />
SARS-Cov-2 na célula do hospedeiro e sua relação com o<br />
sistema renina-angiotensina-aldosterona. São destacadas<br />
as alterações de biomarcadores inflamatórios como ferritina,<br />
interleucina-6, proteína C reativa, procalcitonina, marcadores<br />
hepáticos (como albumina e aminotransferases),<br />
pancreáticos, renais e cardíacos. Novos índices laboratoriais<br />
associados à severidade e mortalidade na COVID-19<br />
são também apresentados e discutidos.<br />
Palavras-Chave: COVID-19; alterações bioquímicas; laboratório<br />
Abstract<br />
The pandemic of coronavirus disease 2019 (COVID-19)<br />
is still spreading worldwide and has already caused the<br />
death of more than 1 million people from respiratory<br />
failure and multiple organ failure. Laboratory plays a<br />
central role in the diagnosis, prognosis, staging, monitoring,<br />
clinical decision-making and treatments and<br />
in the epidemiological surveillance of this compulsory<br />
notification infection. Facing a new disease, there is a<br />
search for early biomarkers of severity and prognosis<br />
that have clinical value. This narrative review comments<br />
particularities about the entry of SARS-Cov-2 in<br />
the host cell and its relationship with the renin-angiotensin-aldosterone<br />
system. Changes in inflammatory<br />
biomarkers such as ferritin, interleukin-6, C-reactive<br />
protein, procalcitonin, liver markers (such as albumin<br />
and aminotransferases), pancreatic, renal and cardiac<br />
markers are highlighted. New laboratory indexes associated<br />
with COVID-19 severity and mortality are also<br />
presented and discussed.<br />
Keywords: COVID-19; biochemical changes; laboratory<br />
0 16<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020
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ARTIGO CIENTÍFICO I<br />
Introdução<br />
Com mais de 55 milhões de casos<br />
confirmados e mais de 1,3 milhões de<br />
mortes, a pandemia ocasionada pelo<br />
SARS-CoV-2 tem desafiado profissionais<br />
de saúde pelo mundo já que a<br />
doença causada por este novo coronavírus,<br />
a COVID-19, se apresenta sob variadas<br />
nuances com desfechos incertos.<br />
(1,2)<br />
O conhecimento sobre o vírus e a doença<br />
que ele desencadeia está sendo<br />
construído à medida que os infectados<br />
se recuperam ou padecem. Os casos<br />
diagnosticados de COVID-19 apresentam<br />
espectro clínico diverso, desde<br />
uma infecção assintomática até manifestações<br />
severas que podem culminar<br />
em síndrome do desconforto respiratório<br />
agudo grave e morte. Embora<br />
os mecanismos patofisiológicos não<br />
sejam completamente compreendidos,<br />
se observa que os casos mais severos<br />
da COVID-19 tem ocorrido em idosos<br />
ou em pacientes com comorbidades,<br />
particularmente doenças cardiovasculares,<br />
diabetes, doença pulmonar<br />
crônica, doença renal, hipertensão e<br />
câncer. (3,4)<br />
(5). Mas a contribuição das Análises<br />
Clínicas na atual pandemia de CO-<br />
VID-19 vai além da detecção do vírus. É<br />
evidente o envolvimento do laboratório<br />
no acompanhamento do paciente hospitalizado,<br />
no prognóstico, na vigilância<br />
epidemiológica e no monitoramento<br />
terapêutico da COVID-19. Ainda, os<br />
exames laboratoriais podem fornecer<br />
assistência significativa na diferenciação<br />
entre o estágio da COVID-19 grave<br />
e não grave. (6)<br />
Ao passo que a pandemia de CO-<br />
VID-19 avança, a identificação de marcadores<br />
prognósticos e de severidade é<br />
uma necessidade urgente para a Saúde<br />
Pública, pois auxilia a tomada de decisão<br />
médica e direciona o manejo do<br />
paciente. Esta revisão narrativa versa<br />
sobre as principais alterações em marcadores<br />
laboratoriais bioquímicos e sua<br />
relação com a severidade da COVID-19.<br />
SARS-CoV-2 e o receptor ACE-2<br />
O SARS-CoV-2 entra na célula do hospedeiro<br />
através do receptor ACE-2 (do<br />
inglês, Angiotensin Converting Enzyme<br />
ou Enzima Conversora de Angiotensina),<br />
o qual é expresso em diversos<br />
órgãos. A entrada do vírus nas células<br />
humanas que expressam ACE-2 é mediada<br />
pela glicoproteína spike (S) do<br />
envelope viral. Depois de ligar o receptor<br />
ACE-2, proteases do hospedeiro clivam<br />
a proteína S; a primeira clivagem<br />
é feita pela protease furina, e depois a<br />
serina protease transmembranar 2 –<br />
TMPRSS2 faz a clivagem adicional da<br />
proteína S e internalização do vírion<br />
(Figura 1). (7) Outras proteases também<br />
estão envolvidas no processo de entrada<br />
do SARS-COV-2 na célula do hospedeiro,<br />
como tripsinas e catepsinas. (8)<br />
O diagnóstico in vitro, principalmente<br />
usando métodos baseados na reação<br />
em cadeia da polimerase – PCR (do<br />
inglês, Polimerase Chain Reaction) e os<br />
ensaios de imunoabsorção enzimática<br />
– ELISA (do inglês, Enzyme-Linked<br />
Immunosorbent Assay), contribui de<br />
forma eficiente para a identificação<br />
etiológica da infecção por SARS-CoV-2.<br />
Figura 1. Mecanismo de entrada do SARS-CoV-2 na célula do hospedeiro.<br />
A entrada do vírus nas células humanas que expressam a ACE-2 (representada em verde) é mediada pela glicoproteína spike (S)<br />
do envelope viral (representada em azul ao redor de todo o envelope viral). Depois de ligar o receptor ACE-2, a protease furina<br />
(representada em amarelo) faz a primeira clivagem da proteína S, seguida pela clivagem adicional feita pela serina protease<br />
transmembranar 2 – TMPRSS2 (representada em roxo) e internalização do vírion.<br />
FONTE: Adaptado de: (7).<br />
0 18<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020
ACE-2 e Sistema<br />
Renina-Angiotensina-Aldosterona<br />
ACE-2 e ACE são proteínas que,<br />
embora homólogas, exercem funções<br />
distintas no sistema Renina-<br />
-Angiotensina-Aldosterona (RAA).<br />
A figura 2 ilustra o papel da ACE-2<br />
no sistema RAA. O angiotensinogênio<br />
é produzido no fígado e liberado<br />
na corrente sanguínea. A<br />
renina secretada pelo aparelho<br />
justaglomerular cliva o angiotensinogênio<br />
em angiotensina I<br />
que é posteriormente convertida<br />
à angiotensina II pela ACE. A angiotensina<br />
II se liga aos receptores<br />
AT1 e AT2 para regular a pressão<br />
arterial e a inflamação, sendo que<br />
a maioria das ações da angiotensina<br />
II ocorre por meio do receptor<br />
AT1. Em paralelo, a ACE-2 celular<br />
é clivada pela metaloprotease<br />
ADAM17. Após a forma ativa da<br />
ACE-2 ser liberada no ambiente<br />
extracelular, a ACE-2 converte a<br />
angiotensina I em angiotensina<br />
1-9 e a angiotensina II em angiotensina<br />
1-7. A ACE também<br />
converte angiotensina 1-9 em angiotensina<br />
1-7. Esta última se liga<br />
ao receptor Mas para mediar os<br />
efeitos opostos de angiotensina II.<br />
Isto é, a ACE-2 compete com ACE<br />
na transformação da angiotensina<br />
I ao transformá-la em angiotensina<br />
1-9. ACE-2 ainda tem a função<br />
de degradar a angiotensina II em<br />
angiotensina 1-7, que age na via<br />
do receptor Mas, ocasionando respostas<br />
anti-inflamatórias.<br />
O eixo ACE-2/Angiotensina 1-7/<br />
Receptor Mas tem efeitos anti-inflamatórios<br />
e anti-fibróticos no<br />
sistema respiratório. (10) Estudos<br />
em animais sugerem que a ACE-2<br />
e a angiotensina 1–7 são protetores<br />
em vários modelos diferentes<br />
de lesão pulmonar. (11,12) Por outro<br />
lado, uma vez ligado à ACE-2, o<br />
SARS-CoV-2 diminui a expressão<br />
de ACE-2 celular e, consequentemente,<br />
a ação da angiotensina II<br />
fica sem oposição, contribuindo<br />
para lesão pulmonar aguda. (13)<br />
Alguns estudos pré-clínicos sugeriram<br />
que os medicamentos inibidores<br />
do sistema RAA poderiam aumentar<br />
a expressão de ACE-2, porta<br />
de entrada para o SARS-CoV-2, colocando<br />
em risco a segurança dos<br />
pacientes com COVID-19. Todavia,<br />
não há dados suficientes para determinar<br />
se essas observações se<br />
traduzem prontamente em humanos.<br />
Ensaios clínicos estão em andamento<br />
para testar a segurança e<br />
Figura 2. Ação da ACE-2 no sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona.<br />
FONTE: Adaptado de (9).<br />
eficácia do uso de moduladores do<br />
sistema RAA na COVID-19, incluindo<br />
o ACE-2 recombinante humano<br />
e a losartana (bloqueador de receptor<br />
de angiotensina II). Somado a<br />
isso, a retirada abrupta dos inibidores<br />
do sistema RAA de pacientes de<br />
alto risco, aqueles com insuficiência<br />
cardíaca ou que sofreram infarto<br />
agudo do miocárdio, pode resultar<br />
em quadro clínico instável e desfechos<br />
adversos. (14)<br />
Marcadores laboratoriais bioquímicos<br />
na COVID-19<br />
O laboratório de análises clínicas<br />
tem atuação precípua no diagnóstico,<br />
monitoramento e prognóstico<br />
da COVID-19, além de ser essencial<br />
para a vigilância epidemiológica<br />
desta doença (Figura 3). A maioria<br />
dos marcadores bioquímicos (biomarcadores)<br />
estão alterados principalmente<br />
em pacientes hospitalizados<br />
com COVID-19, por isso são mais<br />
utilizados com finalidade de monitoramento<br />
e prognóstico da COVID-19.<br />
ARTIGO CIENTÍFICO I<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020<br />
0 19
Autores: Mauren Isfer Anghebem 1,2 ; Geraldo Picheth 1 ;<br />
Fabiane Gomes de Moraes Rego 1 .<br />
ARTIGO CIENTÍFICO I<br />
As evidências científicas têm apontado<br />
para diversos biomarcadores<br />
alterados em pacientes acometidos<br />
com a COVID-19. As anormalidades<br />
laboratoriais hematológicas mais<br />
comumente reportadas com maior<br />
frequência nos pacientes hospitalizados<br />
com pneumonia no momento<br />
da admissão incluem leucopenia<br />
(9-25%) ou leucocitose (24-30%)<br />
e linfopenia em 63% dos casos<br />
(15,16). Entre 1099 pacientes com<br />
COVID-19, a linfocitopenia estava<br />
presente em 83% e, adicionalmente,<br />
36% apresentava trombocitopenia e<br />
34%, leucopenia. (15)<br />
Mais especificamente na bioquímica,<br />
são frequentemente relatadas<br />
alterações de marcadores inflamatórios<br />
como a proteína C reativa (PCR),<br />
a procalcitonina (PCT), ferritina<br />
(FET), interleucinas (IL), em especial<br />
a IL-6 e IL-10. Também, alterações na<br />
albumina sérica, nas enzimas lactato<br />
desidrogenase (LDH), e nas aminotransferase<br />
AST e ALT (aspartato<br />
aminotransferase e alanina aminotransferase)<br />
tem sido descritas associadas<br />
à COVID-19. (6)<br />
como manutenção da pressão coloidosmótica,<br />
do equilíbrio ácido-básico<br />
e hidroeletrolítico, transporte de ácidos<br />
graxos livres, eletrólitos, metais, bilirrubina,<br />
hormônios. Sua síntese é hepática<br />
e valores aumentados de albumina são<br />
encontrados, basicamente, nos quadros<br />
de desidratação. Em contrapartida,<br />
valores reduzidos podem ocorrer em<br />
diversas condições, desde desnutrição<br />
proteica, lesão renal, doenças hepáticas<br />
crônicas, hemorragias, e quadros inflamatórios.<br />
(17)<br />
Nos casos de infecção por SARS-<br />
-CoV-2, a quantificação sérica da albumina<br />
foi apontada como preditora<br />
da severidade da doença (18,19) .<br />
A redução nas concentrações de albumina<br />
no cenário da COVID-19 é,<br />
provavelmente, devido a danos he-<br />
páticos, possivelmente decorrente de<br />
reações adversas aos medicamentos e<br />
da inflamação sistêmica presente nos<br />
pacientes criticamente enfermos com<br />
COVID-19. Portanto, a dosagem da albumina<br />
deve ser considerada durante<br />
o tratamento de pacientes com medicamentos<br />
hepatotóxicos e naqueles<br />
com doença hepática preexistente,<br />
uma vez que reflete o estado inflamatório<br />
agudo e também disfunção<br />
hepática. (20)<br />
Vários estudos relatam que a albumina<br />
pode ser preditor da severidade da<br />
doença em pacientes com COVID-19 e,<br />
Li e colaboradores mostraram que nos<br />
pacientes gravemente enfermos com<br />
albumina menor que 3,5 g/dL o risco de<br />
morte é maior (sensibilidade: 76,47%,<br />
IC 95%: 0,50–0,93; especificidade:<br />
73,81%, IC 95%: 0,58-0,85). (21)<br />
Serão revisados, a seguir, alguns<br />
dos principais marcadores laboratoriais<br />
bioquímicos destacados no<br />
cenário da COVID-19.<br />
Albumina<br />
A albumina é a proteína mais abundante<br />
no plasma humano e é responsável<br />
por diversas funções biológicas<br />
Figura 3. Exames laboratoriais na COVID-19 e estágios da viremia.<br />
Legenda: qRT-PCR: Reação em cadeia da polimerase transcriptase reversa quantitativa em tempo real (do inglês,<br />
Real-Time Quantitative Reverse Transcription PCR).<br />
Os exames de qRT-PCR são utilizados para a pesquisa do agente etiológico da COVID-19, o SARS-Cov-2, e<br />
tem finalidade diagnóstica e epidemiológica. Os exames que pesquisam a presença de anticorpos anti-SARS-<br />
-CoV-2 tem finalidade epidemiológica. Uma vez infectado, o paciente pode ser acompanhado por meio de diversos<br />
exames laboratoriais, bioquímicos e hematológicos, com a finalidade de monitoramento e prognóstico.<br />
FONTE: Adaptado de (6)<br />
0 20<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020
Autores: Mauren Isfer Anghebem 1,2 ; Geraldo Picheth 1 ;<br />
Fabiane Gomes de Moraes Rego 1 .<br />
ARTIGO CIENTÍFICO I<br />
Em uma coorte que envolveu 191<br />
pacientes chineses infectados com<br />
COVID-19 os autores compararam<br />
dados laboratoriais dos não sobreviventes<br />
(n=54) com os dados dos<br />
sobreviventes (n=137). A mediana<br />
da concentração de albumina dos<br />
pacientes que foram a óbito (2,91<br />
g/dL) foi estatisticamente inferior<br />
à dos sobreviventes (3,36 g/dL;<br />
p
Human Anti IgG/A/M<br />
SARS-CoV-2 ELISA<br />
indicado para:<br />
Pacientes não<br />
hospitalizados<br />
Pacientes recém<br />
infectados<br />
Pacientes<br />
com resposta<br />
moderada a leve<br />
Nosso teste é o único kit que quantifica IgA, IgG e<br />
IgM simultaneamente, aumentando a segurança dos<br />
resultados.<br />
Precisão<br />
IgG, IgA, IgM<br />
Especificidade<br />
Proteína Spike<br />
Trimérica<br />
Eficiência<br />
Metodologia de ELISA<br />
Amostras de soro ou<br />
sangue total seco em<br />
papel filtro<br />
Através da detecção de anticorpos específicos para o<br />
vírus da COVID-19
Autores: Mauren Isfer Anghebem 1,2 ; Geraldo Picheth 1 ;<br />
Fabiane Gomes de Moraes Rego 1 .<br />
ARTIGO CIENTÍFICO I<br />
A reação inflamatória sistêmica na<br />
COVID-19 e nas "síndromes hiperferritinêmicas"<br />
são caracterizadas<br />
por ferritina sérica alta e uma inflamação<br />
severa, sustentada por uma<br />
tempestade de citocinas, podendo<br />
levar à falência de múltiplos órgãos e<br />
morte. Somado a isso, as evidências<br />
clínico-laboratoriais tem mostrado<br />
que a ferritina sérica é um marcador<br />
bioquímico de severidade nas infecções<br />
por SARS-CoV-2. (26–29)<br />
Gandini e colaboradores observaram<br />
hiperferritinemia (ferritina> 500<br />
μg/L) em todos os pacientes com doença<br />
grave na admissão. Além disso,<br />
a análise da curva ROC confirmou a<br />
excelente precisão do prognóstico da<br />
ferritina sérica em pacientes discriminados<br />
com condições clínicas graves<br />
(área sob a curva: 0,939, IC: 0,894 a<br />
0,985 p
ARTIGO CIENTÍFICO I<br />
mo e na homeostasia da glicose e<br />
favoreça o início do DM em indivíduos<br />
susceptíveis, ou amplie a<br />
severidade das complicações associadas<br />
ao diabetes já manifesto. Os<br />
mecanismos propostos para explicar<br />
a associação observada entre<br />
DM e a COVID-19 incluem: a própria<br />
inflamação, alterações na resposta<br />
imune, na coagulação e a agressão<br />
direta do vírus às células beta pancreáticas.<br />
Entretanto, ainda não há<br />
evidências robustas para sustentar<br />
a hipótese de um potencial efeito<br />
diabetogênico da COVID-19. (34–37)<br />
Interleucinas<br />
A infecção por SARS-CoV-2 ativa<br />
respostas imunes inatas e adaptativas.<br />
A resposta inflamatória inata<br />
descontrolada e resposta imune<br />
adaptativa prejudicada pode resultar<br />
em danos teciduais, tanto em sítio<br />
específico quanto de forma sistêmica.<br />
Muitos pacientes com COVID-19<br />
severa exibem concentrações séricas<br />
expressivamente elevadas de citocinas<br />
pró-inflamatórias, incluindo interleucina-6<br />
(IL-6) e IL-1β, bem como<br />
IL-2, IL-8, IL-17, G-CSF, GM-CSF, IP10,<br />
MCP1, MIP1α (também conhecido<br />
como CCL3), e TNF. A ativação conjunta<br />
destas múltiplas citocinas tem sido<br />
descrita como a “tempestade perfeita”<br />
para o processo inflamatório. (38–40)<br />
Altas concentrações de citocinas<br />
pró-inflamatórias podem levar ao<br />
choque circulatório e danos teciduais<br />
no coração, fígado e rim, além de insuficiência<br />
respiratória. Em estudo de<br />
coorte multicêntrico, foi observado<br />
que pacientes graves com COVID-19<br />
que não sobreviveram apresentaram<br />
concentrações plasmáticas de IL-6<br />
significativamente maiores, quando<br />
comparado àqueles que sobreviveram.<br />
(3) Outros estudos confirmaram<br />
a elevação da IL-6 em paciente com<br />
COVID-19 que evoluíram para a fase<br />
crítica da doença. (41–43) Relevante ressaltar<br />
que a concentração exacerbada<br />
de IL-6 em pacientes COVID-19-críticos<br />
foi correlacionada a carga viral<br />
plasmática do SARS-CoV-2. (44)<br />
Lipase<br />
O SARS-COV-2 afeta múltiplos órgãos<br />
e uma das explicações é a expressão<br />
do seu receptor ACE-2 em<br />
diversas células humanas. Como já<br />
mencionado, o pâncreas expressa<br />
altos níveis de ACE-2, tanto nas<br />
células acinares quanto nas células<br />
da ilhota, e isso pode justificar os<br />
achados da atividade sérica da lipase<br />
aumentada em pacientes com<br />
COVID-19. (45)<br />
Barlass e colaboradores analisaram<br />
a concentração de lipase de 83 americanos<br />
internados com COVID-19.<br />
Os pacientes com lipase superior a 3<br />
vezes o valor de referência máximo<br />
apresentaram maior taxa de internamento<br />
na UTI (92,9% vs 32,8%;<br />
p < 0.001) e de intubação (78,6%<br />
vs 23,5%; p= 0,002) quando comparados<br />
com os pacientes com lipase<br />
menor que 3 vezes o valor de referência<br />
máximo. (46) Outro grupo de<br />
pesquisadores afirma que, embora<br />
a hiperlipasemia tenha sido observada<br />
em uma minoria de pacientes<br />
com COVID-19, a pancreatite aguda<br />
é incomum. Em seu estudo, a hiperlipasemia<br />
não foi associada a um<br />
fenótipo de COVID-19 grave ou mau<br />
prognóstico. (47)<br />
É relevante monitorar possível lesão<br />
pancreática causada pelo SARS-<br />
-CoV-2, primeiro pela alta expressão<br />
de ACE-2 no pâncreas; segundo, pela<br />
considerável proporção de pacientes<br />
com COVID-19 com lesão pancreática;<br />
e, terceiro, porque as consequências<br />
da lesão pancreática podem<br />
ser potencialmente graves, com exacerbação<br />
da inflamação sistêmica,<br />
acelerando a ocorrência da síndrome<br />
do desconforto respiratório agudo e<br />
possibilidade de evolução para pancreatite<br />
crônica. (45)<br />
Marcadores renais<br />
A ligação do SARS-CoV-2 ao receptor<br />
ACE-2 pode acabar ativando o sistema<br />
R-A-A e com isso aumentar a reabsorção<br />
tubular de sódio e água e, de forma<br />
passiva, reabsorver também a ureia. O<br />
próprio processo multi-inflamatório<br />
sistêmico presente em pacientes críticos<br />
com COVID-19 pode aumentar<br />
a reabsorção tubular da ureia e, consequentemente,<br />
aumentar a relação<br />
ureia/creatinina (U/C). Portanto, a<br />
relação U/C pode ser um marcador de<br />
prognóstico ou severidade de pacientes<br />
hospitalizados com COVID-19. (48,49)<br />
0 26<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020
Autores: Mauren Isfer Anghebem 1,2 ; Geraldo Picheth 1 ;<br />
Fabiane Gomes de Moraes Rego 1 .<br />
ARTIGO CIENTÍFICO I<br />
Ok e colaboradores avaliaram 139<br />
pacientes turcos hospitalizados<br />
com COVID-19 e observaram que<br />
a relação U/C apresentou a melhor<br />
correlação com a severidade,<br />
quando comparada com a relação<br />
neutrófilo/linfócito, que tem sido<br />
um importante marcador de severidade<br />
nas infeções por SARS-CoV-2.<br />
(48,50) Os autores mostraram que<br />
o valor da relação U/C que pode<br />
prever a gravidade da doença CO-<br />
VID-19 é 33,5, com área sob a curva<br />
de 0,98 (IC 95%: 0,96-1,00). (48)<br />
Vale lembrar que o receptor ACE-2<br />
para o novo coronavírus é 100 vezes<br />
mais expresso nos rins que no pulmão;<br />
portanto, avaliar a relação U/C<br />
pode ser útil no manejo do paciente<br />
com COVID-19. (51)<br />
Valores aumentados de ureia plasmática<br />
na admissão de pacientes<br />
com COVID-19 têm sido encontrados<br />
em pacientes graves, enquanto casos<br />
não graves apresentavam valores<br />
normais. (52) Liu e colaboradores analisaram<br />
os dados de 12.413 pacientes<br />
chineses com COVID-19, incluindo<br />
8.441 casos não graves, 3.202 casos<br />
graves e 770 mortes. Na admissão,<br />
764 (6,29%) tinham valores aumentados<br />
de ureia plasmática, 633<br />
(5,22%) tinham creatinina sérica<br />
aumentada e 1422 (11,66%) tinham<br />
redução de ácido úrico plasmático.<br />
(49)<br />
Os autores usaram análises de<br />
regressão de Cox de efeito misto e<br />
curvas de sobrevivência de Kaplan-<br />
-Meier para demonstrar as associações<br />
de ureia, creatinina e ácido úrico<br />
com o risco de mortalidade dentro<br />
do estudo coorte. Detectou-se que o<br />
aumento do risco de mortalidade<br />
por todas as causas – ajustando para<br />
idade, sexo e comorbidades, está associado<br />
à concentrações elevadas de<br />
ureia (razão de risco ajustado: 6,27,<br />
IC 95%: 5,29 - 7,42) e creatinina (razão<br />
de risco ajustado: 2,65, IC 95%:<br />
2,17 - 3,23) ou concentrações reduzidas<br />
de ácido úrico (razão de risco<br />
ajustado: 2,10, IC 95%: 1,75 - 2,51)<br />
na admissão. Dentre os 3 marcadores,<br />
a ureia basal elevada foi associada<br />
ao maior risco de mortalidade.<br />
Em resumo, os autores concluem que<br />
pacientes com COVID-19 com ureia e<br />
creatinina basais elevadas ou com<br />
ácido úrico reduzido na admissão<br />
apresentaram taxa de sobrevivência<br />
marcadamente mais baixa do que<br />
aqueles com concentrações normais<br />
desses três marcadores renais. (49)<br />
Perfil lipídico<br />
Fan e colaboradores analisaram<br />
o perfil lipídico de pacientes antes<br />
dos mesmos se infectarem pelo<br />
SARS-CoV-2 e durante todo o curso<br />
da COVID-19. O estudo foi realizado<br />
com pequeno tamanho amostral,<br />
mas demonstrou que a média das<br />
concentrações do colesterol da lipoproteína<br />
de baixa densidade (LDL-<br />
-c) em todos os pacientes foi significativamente<br />
menor no momento<br />
da admissão (107,7 mg/dL) em<br />
comparação com as concentrações<br />
anteriores à infecção (134,6 mg/dL;<br />
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A dosagem de lactato é muito utilizada na prática clínica em pacientes internados<br />
e como indicador da intensidade da atividade física e fadiga muscular.<br />
Metodologia: Colorimétrico enzimático<br />
Amostra: plasma e líquido cefalorraquidiano (LCR).<br />
Apresentação: R1: 1 x 45 mL + R2: 1 x 5 mL + Padrão 1 x 3 mL.<br />
Padrão incluso no kit.<br />
PROTEINÚRIA<br />
Determina a quantidade de proteínas na urina, tem importante participação em<br />
diversos prognósticos, mas principalmente, tem a função de monitorar e detectar<br />
doenças renais.<br />
Metodologia: Vermelho de pirogalol<br />
Amostra: líquido cefalorraquidiano (LCR) e urina.<br />
Apresentação: 1 x 50mL + Padrão 1 x 2 mL.<br />
Padrão incluso no kit.<br />
LIPASE<br />
Importante marcador para o diagnóstico e monitoramento do<br />
tratamento de doenças pancreáticas.<br />
Metodologia: Colorimétrica.<br />
Amostra: soro e plasma.<br />
Apresentação: R1: 4 x 10 mL + R2: 1 x 10 mL + Cal.: 1 x 5 mL.<br />
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2021
Autores: Mauren Isfer Anghebem 1,2 ; Geraldo Picheth 1 ;<br />
Fabiane Gomes de Moraes Rego 1 .<br />
ARTIGO CIENTÍFICO I<br />
A redução nas concentrações dos<br />
lipídios é, provavelmente, resultado<br />
dos complexos processos envolvidos<br />
na infecção por SARS-COV-2.<br />
Várias hipóteses para esta alteração<br />
no perfil lipídico de pacientes com<br />
COVID-19 são descritas. A lesão<br />
hepática, com consequente alterações<br />
no metabolismo e síntese de<br />
lipídios e lipoproteínas é uma das<br />
hipóteses mais consistentes para<br />
explicar o comportamento do perfil<br />
lipídico na COVID-19. As citocinas<br />
pró-inflamatórias induzidas por<br />
infecção viral também afetariam o<br />
metabolismo lipídico, pela oxidação<br />
de LDL causada por espécies<br />
reativas de oxigênio. Ainda, uma<br />
terceira hipótese residiria no fato<br />
de que os pacientes com COVID-19<br />
podem ter uma permeabilidade<br />
vascular aumentada causada por<br />
inflamação induzida por vírus, promovendo<br />
consumo excessivo ou<br />
redistribuição de partículas de HDL<br />
do espaço intravascular para o extravascular.<br />
(53)<br />
Com base nas evidências da associação<br />
entre valores de HDL-c baixos<br />
e mau prognóstico, sugere-se<br />
tratamento e monitoramento mais<br />
intensivos naqueles pacientes com<br />
COVID-19 e HDL-c baixo.<br />
Procalcitonina<br />
A procalcitonina (PCT) é um<br />
marcador inflamatório bastante<br />
utilizado em unidades de terapia<br />
intensiva para monitorar infecções<br />
bacterianas e sepsis. Em condições<br />
fisiológicas normais, a procalcitonina<br />
é produzida por células neuroendócrinas<br />
da tireoide e é encontrada<br />
em concentrações plasmáticas baixas.<br />
Em quadros de infecção bacteriana,<br />
a produção extratireoidiana<br />
é ativada e ocorre um aumento na<br />
produção e liberação de PCT após 3<br />
a 6 horas. Este aumento é sustentado<br />
por concentrações aumentadas<br />
de interleucina (IL) -1β, fator de<br />
necrose tumoral (TNF) -α e IL-6.<br />
No entanto, a síntese desse biomarcador<br />
é inibida pelo interferon<br />
(INF) -γ, cuja concentração aumenta<br />
durante as infecções virais. Isso<br />
explica o porquê dos valores de PCT<br />
geralmente se encontrarem sem<br />
alterações em quadros virais. Logo,<br />
é esperado que o valor de PCT permaneça<br />
dentro da normalidade em<br />
vários pacientes com infecção por<br />
SARS-CoV-2 não complicada; e o<br />
seu aumento refletiria uma infecção<br />
bacteriana secundária naqueles<br />
que desenvolveram forma grave da<br />
COVID-19, contribuindo assim para<br />
complicar o quadro clínico. (58)<br />
Contudo, o comportamento da PCT<br />
na infecção pelo novo coronavírus<br />
tem sido variável. Alguns estudos<br />
mostram que as concentrações de<br />
PCT de pacientes com COVID-19 no<br />
momento do internamento é, na<br />
maioria das vezes, dentro do intervalo<br />
de referência; e aumentam nos<br />
casos em que os desfechos clínicos<br />
são desfavoráveis (59) , indicando o<br />
potencial da PCT como biomarcador<br />
de severidade e mau prognóstico. (6)<br />
Ainda, a PCT é útil em identificar<br />
pacientes críticos em risco de falência<br />
de órgãos. (60) Sendo assim, a<br />
determinação seriada de procalcitonina<br />
pode ter valor prognóstico,<br />
prevendo a evolução da COVID-19<br />
para formas graves. (58).<br />
As concentrações de PCT foram<br />
associados também ao tempo de<br />
ventilação mecânica em pacientes<br />
internados com COVID-19. Em uma<br />
coorte observacional, os autores<br />
demonstraram que concentrações<br />
de PCT > 0,1 ng/mL na admissão<br />
foram associadas à ventilação mecânica<br />
prolongada em pacientes<br />
graves com COVID-19. A duração da<br />
ventilação mecânica foi, em média,<br />
5,6 dias mais longa quando comparada<br />
com pacientes com concentração<br />
inicial de PCT < 0,1 ng/mL. (61)<br />
Já a meta-análise conduzida por<br />
Vazzana, Dipaola e Ognibene trouxe<br />
resultados conflitantes em relação ao<br />
uso da PCT na COVID-19. Ainda que<br />
o considerem um marcador específico,<br />
os autores afirmam que a PCT<br />
se mostrou normal na maioria dos<br />
pacientes graves analisados por eles,<br />
mostrando baixa sensibilidade em<br />
identificar pacientes com COVID-19<br />
com risco aumentado de eventos<br />
adversos. Suas limitações como biomarcador<br />
para estratificação de risco<br />
incluiriam baixa sensibilidade, necessidade<br />
de dosagens seriadas, custos e<br />
0 30<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020
ARTIGO CIENTÍFICO I<br />
disponibilidade limitada. Entretanto,<br />
os pesquisadores comentam que há<br />
evidências crescentes sugerindo que<br />
a PCT está aumentada em um subgrupo<br />
de pacientes com COVID-19 em<br />
risco de desfechos clínicos adversos.<br />
Finalizam sugerindo a condução de<br />
estudos adicionais que verifiquem se<br />
a PCT pode ser usada para detectar<br />
infecções bacterianas secundárias e<br />
orientar a terapia com antibióticos no<br />
cenário da COVID-19. (60)<br />
Proteína C Reativa<br />
A proteína C reativa (PCR), proteína<br />
de fase aguda secretada pelo<br />
fígado, é um marcador bioquímico<br />
inflamatório inespecífico amplamente<br />
utilizado pela sua alta sensibilidade<br />
e tem sido reportada em<br />
diversos estudos com pacientes<br />
hospitalizados com COVID-19, associada<br />
com a severidade da doença.<br />
(62) Inclusive, concentração<br />
elevada de PCR na admissão é um<br />
fator de risco independente para<br />
morte dos pacientes graves. (52)<br />
Em um estudo com 48 indianos<br />
hospitalizados com COVID-19,<br />
aqueles com manifestação clínica<br />
severa apresentaram alterações<br />
bioquímicas estatisticamente diferentes<br />
daqueles com apresentação<br />
clínica não severa, com aumento de<br />
PCT, LDH, FET, IL-6 e PCR. Dos 42<br />
pacientes com quadro não severo,<br />
a mediana da concentração de PCR<br />
foi 2,95 mg/dL (1,4-6,0 mg/dL)<br />
contra uma mediana de 7,2 mg/dL<br />
(4,4 – 8,9 mg/dL; p90%) e 6,6 mg/dl<br />
em pacientes em hipoxemia. Ruan<br />
e colaboradores (43) observaram<br />
correlação entre as concentrações<br />
plasmáticas de PCR e risco de mortalidade.<br />
Xu e colaboradores demonstraram<br />
que pacientes críticos<br />
apresentam valores de PCR mais<br />
elevados que aqueles com quadros<br />
moderados (9,2 mg/dL versus 1,0<br />
mg/dL; p
vias e marcadores inflamatórios de fase<br />
aguda elevados, mas não foi associado<br />
a evidências eletrocardiográficas de infarto<br />
agudo do miocárdio. (68)<br />
A lesão do miocárdio na COVID-19<br />
pode ser explicada por 2 mecanismos:<br />
a) citocinas pro-inflamatórias<br />
favorecem a isquemia e trombose,<br />
lembrando que a hipóxia promove<br />
aumento de cálcio intracelular levando<br />
à apoptose do miócito; b) ou<br />
ainda, uma disfunção miocárdica<br />
pela ação direta do SARS-CoV-2 no<br />
coração, uma vez que os miócitos e<br />
as células endoteliais vasculares expressão<br />
o receptor ACE2. Identificar<br />
se a angústia respiratória, a hipóxia<br />
e o choque circulatório que alguns<br />
pacientes com COVID-19 tem é de<br />
origem cardíaca é muito importante<br />
para direcionar este paciente<br />
para exames complementares e tratamento<br />
diferenciado. (7)<br />
Velhos marcadores, novas<br />
combinações<br />
Como já descrito, diversos marcadores<br />
laboratoriais bioquímicos estão alterados<br />
nos pacientes com quadros severos<br />
de COVID-19. Nestas condições,<br />
os pacientes apresentam inflamação<br />
sistêmica exacerbada e mau estado<br />
nutricional. Com base nesta premissa,<br />
tem sido considerada a utilização de<br />
combinações de parâmetros laboratoriais<br />
na determinação da gravidade da<br />
COVID- 19. Análises estatísticas são<br />
aplicadas para explorar preditores de<br />
doença e mortalidade. A partir destas<br />
análises algumas combinações têm se<br />
destacado, como a relação neutrófilos/linfócitos,<br />
relação plaquetas/linfócitos,<br />
relação linfócitos/monócitos,<br />
relação PCR ultrassensível/albumina,<br />
proporção de albumina para fibrinogênio,<br />
índice nutricional prognóstico,<br />
índice de inflamação imunológica sistêmica<br />
e relação PCR ultrassensível/<br />
pré-albumina. (69,70)<br />
A relação PCR ultrassensível-albumina,<br />
relação PCR ultrassensível/pré-albumina<br />
e o índice nutricional prognóstico<br />
foram correlacionados com o risco<br />
de manifestação grave da COVID-19 e,<br />
o nomograma combinando os três pa-<br />
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Autores: Mauren Isfer Anghebem 1,2 ; Geraldo Picheth 1 ;<br />
Fabiane Gomes de Moraes Rego 1 .<br />
ARTIGO CIENTÍFICO I<br />
râmetros mostrou boa discriminação.<br />
Além disso, a relação PCR ultrassensível/albumina<br />
e a relação PCR ultrassensível/pré-albumina<br />
foram correlacionadas<br />
com a duração da internação<br />
hospitalar. (69)<br />
Yang e colaboradores destacaram a<br />
relação PCR/linfócito como um bom<br />
marcador de severidade na COVID-19,<br />
com área sob a curva de 0,781 (IC 95%;<br />
0,693–0,856; p
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ARTIGO CIENTÍFICO I<br />
e pelo processo inflamatório exacerbado.<br />
Esta revisão narrativa descreveu<br />
as principais alterações bioquímicas<br />
presentes na COVID-19, com destaque<br />
para a redução da albumina sérica,<br />
hiponatremia, aumento de marcadores<br />
inflamatórios como ferritina, IL-6,<br />
PCR, PCT, aumento de transaminases,<br />
de marcadores hepáticos, pancreáticos,<br />
renais e cardíacos, além de apresentar<br />
combinações de parâmetros como novos<br />
índices ou marcadores de severidade<br />
e mortalidade.<br />
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2020;31(5):674-679.<br />
ARTIGO CIENTÍFICO I<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020<br />
0 37
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ARTIGO CIENTÍFICO II<br />
INSTRUÇÕES PARA COLETA DE<br />
EXAMES LABORATORIAIS<br />
CONTRIBUEM OU NÃO PARA O ADEQUADO PREPARO DOS PACIENTES?<br />
* Imagem ilustrativa<br />
Autores:<br />
Andreia Paula Lopes de Almeida;<br />
Janilce Carvalho Negreiros;<br />
Kelen Cristina da Silva.<br />
Sociedade Educacional de Santa Catarina – SOCIESC<br />
Unidade Florianópolis<br />
Graduação em Biomedicina<br />
Resumo<br />
A fase pré analítica tem o maior índice de erros no processo<br />
de análises clínicas. O objetivo deste estudo foi<br />
investigar se as instruções para coleta de exames laboratoriais<br />
contribuem ou não para o adequado preparo dos<br />
pacientes e identificar as suas principais dificuldades. A<br />
pesquisa foi realizada na cidade de Florianópolis e região<br />
entre os meses de abril e maio de 2020. Foram selecionados<br />
47 pacientes que responderam a um questionário<br />
online contendo 17 perguntas sobre o perfil dos participantes;<br />
72,3% eram do sexo feminino e 27,7% do sexo<br />
masculino com faixa etária entre 20 e 65 anos. O estudo<br />
identificou possíveis melhorias na linguagem das instruções<br />
bem como intensificar as informações sobre o jejum<br />
e outros interferentes.<br />
Palavras-Chave: Instruções; Coleta; Questionário;<br />
Pacientes.<br />
Abstract<br />
The pre-analytical phase has the highest error rate in<br />
the clinical analysis process. The aim of this study was<br />
to investigate how instructions for collecting laboratory<br />
tests contributed or not to the proper preparation of patients<br />
and identification of main difficulties. A survey<br />
was carried out in the city of Florianópolis and in the<br />
region between the months of April and May 2020. 47<br />
patients were selected who answered an online questionnaire,<br />
including 17 questions. Regarding the profile<br />
of the participants, 72.3% were female and 27.7%<br />
male, aged between 20 and 65 years. The study identified<br />
possible improvements in the language of the<br />
instructions as well as intensifying information about<br />
fasting and other interferences.<br />
Keywords: Instructions; Collect; Questionnaire,<br />
Patients.<br />
0 40<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020
Introdução<br />
Segundo GUIMARÃES et al. (2011) os<br />
laboratórios de medicina diagnóstica<br />
auxiliam nas decisões médicas frente<br />
aos pacientes. Por essa razão os médicos<br />
e pacientes necessitam ter confiança<br />
e segurança nos laudos fornecidos<br />
pelos laboratórios clínicos. Porém, a<br />
fase do laboratório conhecida como<br />
pré-analítica, vem sendo apontada por<br />
diferentes estudos, como a grande responsável<br />
pelos erros laboratoriais.<br />
Nela estão inclusos a indicação do exame,<br />
redação da solicitação, transmissão<br />
de eventuais instruções de preparo do<br />
paciente, avaliação do atendimento às<br />
condições prévias, procedimentos de<br />
coleta, acondicionamento, preservação<br />
e transporte da amostra biológica até o<br />
momento em que o exame seja, efetivamente,<br />
realizado. SOCIEDADE BRASILEIRA<br />
DE PATOLOGIA CLÍNICA (2010). A principal<br />
razão para a alta frequência de erros nesta<br />
fase do processo está na dificuldade de<br />
controlar as variáveis pré-analíticas e em<br />
realizar melhoria nos processos, pois diversas<br />
variáveis encontram-se no preparo<br />
do paciente e no momento da coleta e<br />
identificação de amostras biológicas. Em<br />
relação ao processo de preparo do paciente<br />
a RDC 302 (2005) declara que o laboratório<br />
clínico e o posto de coleta laboratorial<br />
devem disponibilizar ao paciente ou responsável,<br />
instruções escritas e ou verbais,<br />
em linguagem acessível, orientando sobre<br />
o preparo e coleta de amostras tendo<br />
como objetivo o entendimento do paciente.<br />
Revisões literárias relataram que de<br />
uma forma ideal, o paciente deveria contatar<br />
o laboratório clínico, onde receberia<br />
informações adicionais e precisas, com<br />
alguns detalhes como - o melhor horário<br />
para a coleta e a necessidade da retirada<br />
de frascos próprios para a coleta domiciliar<br />
de algum material. De acordo com a SBPC<br />
o paciente, absolutamente, não é um<br />
agente neutro neste contexto, influenciando<br />
de forma significativa a qualidade<br />
do atendimento que lhe é prestado. Dessa<br />
forma, é preciso alguma atenção no sentido<br />
de se assegurar que ele compreendeu<br />
as instruções ministradas e que dispõe de<br />
meios para segui-las. Algumas vezes, não<br />
é tarefa fácil obter informações críticas,<br />
omitidas voluntariamente ou involuntariamente<br />
pelo paciente.<br />
ARTIGO CIENTÍFICO II<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020<br />
0 41
Autores: Andreia Paula Lopes de Almeida; Janilce Carvalho Negreiros;<br />
Kelen Cristina da Silva.<br />
ARTIGO CIENTÍFICO II<br />
Diante disso, o presente estudo visa<br />
se inteirar da posição atual do paciente<br />
em relação as instruções, identificando<br />
os pontos a ser melhorados, de forma<br />
que possa agregar de maneira positiva<br />
no processo de minimização dos erros<br />
da fase pré analítica.<br />
Objetivos<br />
Objetivo Geral<br />
Constatar se os pacientes seguem<br />
adequadamente as orientações dos<br />
laboratórios clínicos para a realização<br />
de exames laboratoriais.<br />
Objetivos Específicos<br />
Identificar se os pacientes realizam a<br />
leitura das instruções de coleta;<br />
Verificar se os pacientes interpretam<br />
adequadamente as instruções de coleta;<br />
Constatar se os pacientes esclarecem as<br />
dúvidas pertinentes as instruções de coleta;<br />
Comprovar se os pacientes seguem integralmente<br />
as instruções;<br />
Verificar se os pacientes utilizam a internet<br />
, material impresso ou outra fonte de<br />
pesquisa sobre as instruções dos exames;<br />
Métodos<br />
Aspectos Éticos da Investigação<br />
O presente estudo respeitou as diretrizes<br />
e critérios estabelecidos na Resolução<br />
466/12 do Conselho Nacional<br />
de Saúde (CNS), segundo os preceitos<br />
éticos estabelecidos no que se refere<br />
a zelar pela legitimidade das informações,<br />
privacidade e sigilo das informações,<br />
quando necessárias, tornando os<br />
resultados desta pesquisa públicos.<br />
Através de um formulário eletrônico foi<br />
apresentado à pesquisa aos participantes,<br />
seguido de uma explicação completa<br />
e detalhada sobre todos os aspectos que<br />
envolvem a pesquisa: objetivo, natureza,<br />
benefícios e riscos implicados.<br />
Os participantes estavam livres para retirar-se<br />
do trabalho a qualquer momento<br />
que julgassem necessário. Para proteção<br />
legal e demonstração de consensualidade<br />
dos participantes na pesquisa foi assinado<br />
o Termo de Consentimento Livre<br />
e Esclarecido (TCLE) (vide Apêndice B).<br />
Tipo de Delineamento<br />
A pesquisa deste trabalho, de acordo<br />
com os objetivos do mesmo e a abordagem,<br />
foi classificada como descritiva<br />
e quantitativa, indicando o percentual<br />
sobre a opinião dos participantes.<br />
Cenário da Pesquisa<br />
A pesquisa foi realizada com a participação<br />
de moradores de Florianópolis/<br />
SC e região, com a faixa etária entre 20<br />
a 65 anos de idade, no período de abril<br />
a maio de 2020.<br />
Coleta de Dados<br />
A coleta de dados foi realizada por<br />
meio de um formulário eletrônico tabulado<br />
no Google Forms e o acesso<br />
foi disponibilizado via e-mail. Para<br />
preenchimento do formulário, todos<br />
os participantes aceitaram eletronicamente<br />
o TCLE. O formulário estava<br />
disponível conforme o cronograma e<br />
foi indisponibilizado ao iniciar a análise<br />
dos dados.<br />
O formulário solicitou aos participantes<br />
dados pessoais, patológicos, hábitos<br />
de vida e também a opinião sobre<br />
situações que acontecem no dia a dia<br />
quando realizam exames laboratoriais.<br />
Todas as perguntas tinham preenchimento<br />
obrigatório. Caso o participante<br />
não soubesse ou não desejasse responder<br />
alguma das perguntas, havia uma<br />
orientação para explicitar tal desinformação<br />
ou desejo.<br />
Para encaminhar o formulário de<br />
coleta de dados, foi solicitado acesso<br />
aos e-mails dos participantes. Essa<br />
informação foi mantida em sigilo e utilizada<br />
apenas para os fins descritos na<br />
pesquisa.<br />
Análise dos Dados<br />
Por meio do formulário do Google os<br />
dados coletados geraram uma planilha<br />
em Excel que representou o banco de<br />
dados da pesquisa. Com objetivo de<br />
conhecer os dados coletados, foi utilizada<br />
a estatística descritiva e quantitativa<br />
de acordo com as variáveis categóricas,<br />
utilizando frequências simples e<br />
relativa.<br />
Resultados<br />
A pesquisa online obteve 47 participações,<br />
sendo 72,3% do sexo feminino<br />
com faixa etária acima de 50 anos<br />
(Tabela 1), predominantemente com<br />
ensino superior completo (36,2%) e<br />
com companheiro (a). O material impresso<br />
com instruções para exames<br />
laboratoriais, fornecido pela maioria<br />
dos Laboratórios de Análises Clínicas<br />
0 42<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020
é o mais indicado segundo 57,4%<br />
dos participantes, seguido da consulta<br />
via internet (Gráfico 1); Sendo que<br />
29,8% acreditam que as informações,<br />
em algumas situações, não são apresentadas<br />
de maneira esclarecedora e<br />
que ilustrações e desenhos auxiliam<br />
no entendimento (93,6%). Quando<br />
indagados sobre seguir rigorosamente<br />
as instruções de coleta, 100% do grupo<br />
participante concorda sobre a importância,<br />
completando ainda, que em<br />
caso de dúvidas todos procuram maiores<br />
informações antes de realizarem<br />
os exames; 55,3% principalmente em<br />
exames que apresentam regras sobre<br />
jejum, como a ingestão de água, que<br />
para 51,1% dos participantes interfere<br />
nos resultados de exames laboratoriais.<br />
Somente 4,3% realizam em cada seis<br />
meses check ups ou exames de rotina,<br />
19,1% possuem alguma doença<br />
crônica ou aguda e 91,5% não possui<br />
alergia alimentar ou medicamentosa<br />
(Tabela 2). Todos os participantes com<br />
o hábito de fumar confirmaram aderir<br />
à orientação de abstinência em casos<br />
de exames que a solicitam. Ao serem<br />
questionados sobre quando a orientação<br />
não é seguida integralmente para a<br />
realização do exame solicitado: 80,9%<br />
afirmam comunicar ao laboratório;<br />
10,6% às vezes e 8,5% não comunicam<br />
o ocorrido.<br />
Discussão<br />
As instruções de coleta tem grande<br />
influência no resultado dos exames.<br />
De acordo com As Recomendações da<br />
Sociedade Brasileira de Patologia Clí-<br />
Gráfico 1 - Sobre a preferência entre os meios de instruções oferecidos para a realização<br />
de exames laboratoriais<br />
Tabela 1 - Características da Amostra<br />
Tabela 2 - Dados Patológicos<br />
nica, para Coleta de Sangue venoso,<br />
os médicos desempenham um papel<br />
importante nas orientações de preparo<br />
aos exames no momento da solicitação,<br />
informando ao paciente sobre a<br />
eventual necessidade de preparo como<br />
o jejum, dieta específica, interrupção<br />
do uso de alguma medicação, uso do<br />
álcool e fumo, bem como a prática da<br />
atividade física.<br />
O paciente tem o dever de buscar<br />
esclarecimentos caso haja dúvidas<br />
nas orientações pois ele é um agente<br />
ARTIGO CIENTÍFICO II<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020<br />
0 43
Autores: Andreia Paula Lopes de Almeida; Janilce Carvalho Negreiros;<br />
Kelen Cristina da Silva.<br />
ARTIGO CIENTÍFICO II<br />
influenciador no resultado do exame.<br />
O laboratório deveria se certificar<br />
de que o paciente compreendeu as<br />
instruções recomendadas. Os laboratórios<br />
fornecem as instruções impressas,<br />
sendo essa a preferência de<br />
57,4% dos pacientes entrevistados.<br />
A Sociedade Brasileira de Patologia<br />
Clínica, no livro de recomendações<br />
para exames de sangue, salienta que<br />
as instruções devem ser transmitidas<br />
de forma verbal ou escrita em<br />
linguagem simples para que haja a<br />
compreensão do paciente.<br />
As instruções de coleta disponíveis na<br />
internet tem a preferência de 33,3%<br />
dos entrevistados sendo um recurso<br />
moderno que pode auxiliar se as fontes<br />
de procura forem confiáveis. Vale<br />
ressaltar que 29,8% afirma que em algumas<br />
situações as instruções não são<br />
apresentadas de maneira esclarecedora.<br />
Ainda sobre esta questão 93,6%<br />
declara que as ilustrações e desenhos<br />
contribuiriam no entendimento das<br />
instruções.<br />
Na fase pré analítica há algumas condições<br />
de variações que podem interferir<br />
na exatidão dos resultados, por isso<br />
é importante que se conheça, controle<br />
e se evite essas interferências. (Fatores<br />
pré Analíticos e Interferentes em ensaios<br />
laboratoriais, SBPC). Neste item<br />
55,3% afirma buscar esclarecimentos<br />
em caso de dúvidas em exames que<br />
apresentam regras sobre jejum, como<br />
a ingestão de água, que para 51,1%<br />
dos participantes interfere nos resultados<br />
de exames laboratoriais. Quando a<br />
orientação não é seguida integralmente,<br />
80,9% comunicam ao laboratório;<br />
10,6% às vezes e 8,5% não comunicam<br />
o ocorrido.<br />
De forma habitual o jejum é solicitado<br />
nos exame de sangue. O período<br />
indicado é de 8 horas, podendo<br />
ser reduzido a 4 horas na maioria dos<br />
exames e em casos especiais sendo<br />
em crianças de baixa idade, se reduz<br />
a uma ou duas horas. Realizar um<br />
exame após uma refeição pode alterar<br />
a turbidez do soro, o que pode interferir<br />
em algumas metodologias. O<br />
jejum prolongado acima de 16 horas<br />
deve ser evitado. (Recomendações<br />
da Sociedade Brasileira de Patologia<br />
Clínica para Coleta de Sangue<br />
Venoso, página 4). Nos exames para<br />
diagnóstico do diabetes é necessário<br />
jejum de 8 horas. Para o perfil lipídico<br />
é de 12 horas devido a dosagem<br />
de triglicerídeos.<br />
Em relação a água, 51,1% dos<br />
entrevistados acredita que há inteferência<br />
no jejum, enquanto que<br />
48,9% não concorda (Gráfico 2).<br />
A água, de acordo com o Instituto<br />
de Análises Clínicas de Santos, não<br />
interfere no jejum para exames de<br />
sangue, inclusive é recomendada,<br />
pois hidrata enchendo as veias facilitando<br />
a punção sanguínea. A água<br />
deve ser tomada pura e de forma<br />
moderada. Já em exames de urina<br />
não deve ser ingerida pois pode<br />
ocorrer a diluição da amostra.<br />
Sobre os dados patológicos, 80,9%<br />
não possui doenças crônicas ou agudas<br />
enquanto 19,1% possui. Não foi questionado<br />
quanto ao uso de medicamentos<br />
contínuos. Em alguns exames eles<br />
devem ser interrompidos ou informado<br />
sobre o uso ao laboratorista pois podem<br />
causar variações nos resultados dos exames.<br />
Eles podem causar efeitos fisiológicos<br />
na indução e inibição de enzimas,<br />
pode haver competição metabólica, e a<br />
própria ação farmacológica. Do ponto de<br />
vista da análise da amostra os medicamentos<br />
podem causar reações cruzadas.<br />
O uso do cigarro no dia da coleta<br />
pode interferir no resultado de alguns<br />
exames. Sobre os entrevistados, 100%<br />
relata suspender o uso quando solicitado<br />
nas instruções. Entretanto no<br />
artigo escrito por Ramos Ludimila et<br />
al; intitulado: “Avaliação de variáveis<br />
pré-analíticas em exames laboratoriais<br />
de pacientes atendidos no Laboratório<br />
Central de Vitória da Conquista, Bahia,<br />
Brasil” foi constatado que 84,2% dos<br />
pacientes fumaram no dia da coleta ou<br />
no dia anterior. No exame foi identificado<br />
o possível aumento de eritrócitos<br />
em pacientes tabagistas. Isso se deve<br />
a afinidade do monóxido de carbono<br />
e a hemoglobina, desta forma o organismo<br />
produz mais eritróxitos para<br />
aumentar os sítios de ligação entre o<br />
oxigênio. De acordo com SBPC o uso do<br />
cigarro pode elevar a concentração de<br />
leucócitos, o nível de adrenalina, aldosterona,<br />
antígeno carcinoembriônico,<br />
cortisol bem como reduzir a concentração<br />
de colesterol bom, o HDL.<br />
0 44<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020
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Autores: Andreia Paula Lopes de Almeida; Janilce Carvalho Negreiros;<br />
Kelen Cristina da Silva.<br />
ARTIGO CIENTÍFICO II<br />
A pesquisa demonstrou que 100%<br />
dos entrevistados acreditam na importância<br />
de seguir corretamente as orientações<br />
de coleta. Em caso de dúvidas<br />
55,3% busca esclarecimentos antes de<br />
realizar os exames. As instruções de coleta<br />
interferem na exatidão dos resultados<br />
dos exames. O preparo adequado<br />
dos pacientes pode contribuir na qualidade<br />
da gestão pré analítica. Esse preparo<br />
depende dos médicos que podem<br />
intruir os pacientes na hora da consulta,<br />
da equipe de profissionais que trabalha<br />
nos laboratórios que oriente e esclareça<br />
as posíveis dúvidas,e principalmente,<br />
depende do paciente.<br />
Gráfico 2 - Interferência da ingestão de água<br />
Por fim, 80,9% responderam que<br />
informam o laboratório quando não<br />
cumprem as instruções de coleta, enquanto<br />
que 10,6% informam as vezes<br />
e 8,5% não informam. (Gráfico 3). Para<br />
que haja o preparo adequado para a<br />
coleta, o paciente precisa entender as<br />
orientações, questionar se houver dúvidas,<br />
informar caso não tenha seguido<br />
alguma instrução. As variações nas<br />
condições de coleta como o jejum, o<br />
uso de fármacos, o cigarro, o álcool e a<br />
prática de atividade física são classificados<br />
como possíveis interferentes nos<br />
resultados dos exames. Para a obtenção<br />
de um diagnóstico correto, esses<br />
interferentes precisam ser repassados<br />
nas instruções. Desta forma é possível<br />
perceber como a participação ativa do<br />
paciente influencia diretamente nos resultados<br />
laboratoriais, que começa inclusive<br />
no momento em que ele recebe<br />
do médico a requisição de exames.<br />
Gráfico 3 - Comunicação ao laboratório sobre quando as orientações não<br />
são seguidas integralmente<br />
Conclusão<br />
Em seu conjunto os dados analisados<br />
informam que 100% dos entrevistados<br />
consideram importante seguir rigorosamente<br />
as instruções de coleta,<br />
57,3% prefere o material impresso e<br />
29,8% considera que as instruções não<br />
são apresentadas de maneira clara. Essa<br />
opinião é de grande valia e responde de<br />
forma parcial nossa questão de estudo<br />
sobre a contribuição das instruções de<br />
coleta no preparo adequado dos pacientes.<br />
De acordo com os entrevistados, elas<br />
facilitariam o entendimento se fossem<br />
0 46<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020
Autores: Andreia Paula Lopes de Almeida; Janilce Carvalho Negreiros;<br />
Kelen Cristina da Silva.<br />
ARTIGO CIENTÍFICO II<br />
apresentadas de forma mais simples e<br />
clara, inclusive com ilustrações e desenhos<br />
conforme a opinião de 93,6%.<br />
Em relação aos interferentes, o jejum<br />
ainda é um fator que gera dúvidas aos<br />
entrevistados, principalmente na possível<br />
ingestão de água; Para 51,1% a<br />
ingestão de água interfere nos resultados<br />
de exames laboratoriais que necessitam<br />
de jejum, sendo na verdade,<br />
de acordo com a literatura, prejudicial<br />
apenas quando ingerida em grandes<br />
quantidades antes do exame de sangue,<br />
interferindo somente nos exames<br />
de urina devido a diluição dos<br />
componentes.<br />
Uma boa forma de se tentar evitar erros<br />
na fase pré-analítica, é aplicar nas<br />
instruções juntamente com ilustrações<br />
as variáveis que interferem nos exames,<br />
como no caso do cigarro, álcool, fármacos<br />
e a água. Para o preparo adequado<br />
no momento da coleta, ressaltamos<br />
que o laboratório deve contar sempre<br />
com uma equipe treinada e atualizada<br />
sobre todas as instruções dos exames,<br />
esclarecendo também, possíveis dúvidas<br />
através do chat no site do próprio<br />
laboratório ou telefone.<br />
Sendo assim, concluímos que medidas<br />
adotadas para reduzir ou evitar as<br />
inexatidões laboratoriais nesta etapa,<br />
são de suma importância. Os laboratórios<br />
clínicos devem ter cuidados especiais<br />
para garantir um preparo correto<br />
do paciente, podendo e devendo contar<br />
com a colaboração de toda a equipe<br />
e também de médicos e seus auxiliares,<br />
para explicar ao paciente todo o<br />
procedimento correto de cada exame<br />
solicitado, logo o paciente bem informado,<br />
costuma ser mais colaborativo e<br />
consciente em relação a qualquer procedimento<br />
que necessite passar.<br />
Referências Bibliográficas<br />
ABNT AMN ISSO/TS 22367:2009. Laboratório Clínico.<br />
Redução do erro através da gestão de riscos<br />
e melhoria contínua (ISSO/TS 22367-2008,IDT).<br />
Acesso em 20/06/2020. ANDRÍOLO ADEMAR; ET<br />
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patologia 2º edição. Medicina laboratorial para<br />
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em: http://www.sbpc. Org.br/upload/<br />
conteudo/320090814145042.pdf Acesso em<br />
07/06/2020. CLINICAL AND LABORATORY STAN-<br />
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Guideline. CLSI/\NCCLS document C31-A2 Vol.21,<br />
N10. Wayne, PA USA;NCCLS, 2001. COSTA, Vivaldo<br />
Gomes. Principais paramêtros biológicos avaliados<br />
em erros na fase préanalítica de laboratórios<br />
clínicos: revisão sistemática. J Brasil Med Lab.<br />
v 48, n 3. p 163-168. Junho 2012. FLEURY. Exames<br />
laboratoriais e a Importância dos Cuidados<br />
pré-analíticos. Disponível<br />
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ARTIGO CIENTÍFICO III<br />
AVALIAÇÃO DOS ISOLADOS DE<br />
STAPHYLOCOCCUS COAGULASE NEGATIVA<br />
EM AMOSTRAS DE HEMOCULTURA.<br />
* Imagem ilustrativa<br />
Autores: Bruno de Souza Mayer 1 ,<br />
Carolina Mallmann Wallauer de Mattos 2<br />
1 - Mestrando do programa de pós-graduação em ciências da saúde da universidade<br />
federal de ciências da saúde de Porto Alegre – UFCSPA<br />
2 – Mestre em Biologia Celular e Molecular, Professora da Universidade Luterana<br />
do Brasil – ULBRA - Canoas<br />
Resumo<br />
Introdução: Estafilococos coagulase negativa (ECN) estão entre os<br />
microrganismos mais frequentemente isolados no laboratório de microbiologia.<br />
Entretanto, seu significado clínico em muitas situações<br />
é difícil de estabelecer, uma vez que podem ser comensais inofensivos<br />
ou patógenos invasores. ECN tem sido considerado, usualmente,<br />
como contaminantes; entretanto, as infecções graves associadas aos<br />
ECN não são um fenômeno novo. Objetivo: Este trabalho teve como<br />
objetivo avaliar os isolados de Staphylococcus coagulase negativa em<br />
amostras de hemoculturas dos pacientes atendidos em um hospital<br />
de Canoas no período entre julho de 2018 a julho de 2019. Método:<br />
Os pacientes foram classificados em dois grupos, contaminantes e<br />
significantes com base nos critérios: tempo de positividade das hemoculturas<br />
e crescimento de ECN em amostras pareadas. Resultados:<br />
Das 249 hemoculturas, 22 amostras oriundas de 17 pacientes,<br />
apresentaram crescimento de ECN e foram classificadas conforme<br />
a metodologia. Verificou-se que 5 pacientes (29,6%) foram considerados<br />
como significantes e 12 (70,4%) foram classificados como<br />
contaminantes. Discussão: ECN são os principais contaminantes encontrados<br />
em hemoculturas, porém este gênero bacteriano também<br />
foi relatado como segundo maior causador de bacteremia. O diagnóstico<br />
de bacteremia causada por ECN não possui um único critério<br />
ou um único parâmetro para realizar esta diferenciação. Conclusão:<br />
Este estudo mostrou que os ECN são microrganismos extremamente<br />
importantes e relevantes, por serem os mais encontrados em hemoculturas<br />
bem como por possuírem uma difícil interpretação quando<br />
detectados nestas amostras.<br />
Palavras-Chave: Staphylococcus coagulase-negativa; hemocultura; Bacteremia.<br />
Abstract<br />
Introduction: Coagulase negative staphylococci (CoNS) are<br />
among the most frequently isolated microorganisms in the<br />
microbiology laboratory. However, their clinical significance<br />
in many situations is difficult to establish as they may be<br />
harmless commensals or invasive pathogens. CoNS have<br />
usually been considered as contaminants; however, severe<br />
CoNS-associated infections are not a new phenomenon.<br />
Objective: This study aims to evaluate coagulase-negative<br />
Staphylococcus isolates in blood cultures and classified<br />
into two groups (contaminants and significant). Method:<br />
Patients were classified into two groups, contaminants and<br />
significant based on time of positive blood cultures in line<br />
with the results of multiple blood cultures. Results: Of the<br />
249 blood cultures, 22 from 17 patients presented growth<br />
of CoNS and were classified according to the methodology.<br />
Therefore, 5 patients (29.6%) were considered significant<br />
and 12 (70.4%) were classified as contaminants. Discussion:<br />
CoNS are the main contaminants found in blood cultures,<br />
but this bacterial genus has also been reported as the<br />
second major cause of bacteremia. The diagnosis of bacteremia<br />
caused by CoNS does not have a single criterion or<br />
parameter to perform this differentiation. Conclusion: This<br />
study showed that CoNS are extremely important and relevant<br />
microorganisms, because they are the most found<br />
in blood cultures and have a difficult interpretation when<br />
detected in these samples.<br />
Keywords: Coagulase negative staphylococci; Blood culture; Bacteremia.<br />
0 50<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020
Introdução<br />
Os estafilococos coagulase negativa<br />
(ECN) são a causa mais<br />
comum de infecção nosocomial,<br />
responsáveis por 30% a 40%<br />
dessas infecções (Rupp, 2004).<br />
Além das infecções mais comuns,<br />
ENC podem causar bacteremia<br />
termo que designa a presença de<br />
microrganismos viáveis na corrente<br />
sanguínea. É um fenômeno<br />
de grande relevância diagnóstica,<br />
pois frequentemente está associado<br />
a um aumento considerável<br />
nas taxas de morbidade e<br />
mortalidade, além de representar<br />
uma das mais significativas<br />
complicações no processo infeccioso,<br />
o que torna a hemocultura<br />
um exame de importante valor<br />
preditivo de infecção (Cunha &<br />
Linardi, 2013).<br />
As condições que predispõem<br />
um paciente ao quadro de bacteremia<br />
incluem a idade, doenças<br />
de base, medicamentos (corticoides,<br />
quimioterápicos, drogas citotóxicas)<br />
e alguns procedimentos<br />
médicos invasivos (cateteres<br />
e procedimentos endoscópicos).<br />
O risco é maior nas faixas etárias<br />
extremas e nos pacientes portadores<br />
de doenças hematológicas,<br />
neoplasias, diabetes mellitus,<br />
insuficiência renal em diálise,<br />
cirrose, imunodepressão e grandes<br />
queimaduras. Alguns procedimentos<br />
cirúrgicos são também<br />
predisponentes, particularmente<br />
os do trato geniturinário e gastrointestinal<br />
(Weinstein et al.,<br />
1997). A maioria das infecções da<br />
corrente sanguínea estão associadas<br />
ao uso de cateter intravascular<br />
(Hanna & Raad, 2005) porém<br />
as infecções de prótese valvar<br />
(IPV) são as mais temidas devido<br />
ao difícil tratamento (Ortega-<br />
-Peña et al., 2019).<br />
A endocardite de prótese valvar,<br />
apesar de incomum, é frequentemente<br />
causada por ECN. Indivíduos<br />
diagnosticados com EPV causada<br />
por ECN compreendem de<br />
15% a 40% dos casos deste tipo<br />
de infecção (Lalani et al., 2006;<br />
Wang et al., 2007). Infecções relacionadas<br />
ao marca-passo cardíaco<br />
ocorrem com uma incidência<br />
de 0,13% a 19,9% e o principal<br />
agente causador é o S. epidermidis<br />
que representa pelo menos<br />
25% destas infecções (Boyce,<br />
2004; Gandelman et al., 2007;<br />
Archer & Climo, 2005). Infecção<br />
de próteses ortopédicas tem<br />
como causa mais comum os ECN<br />
(Rupp, 1998; Gentry, 1997), onde<br />
estes microrganismos são geralmente<br />
inoculados no momento<br />
da cirurgia (Brause, 2005). Nas<br />
infecções da articulação protética<br />
são geralmente encontrados<br />
S. epidermidis ou S. lugdunensis,<br />
podendo ainda ser encontrado<br />
outro ECN (Boyce, 2004; Lentino,<br />
2004).<br />
A bacteremia pode ser detectada<br />
pela realização de uma cultura,<br />
a partir de amostras de sangue<br />
(hemocultura) (Koneman, Allen,<br />
& Janda, 2001). Este exame visa<br />
a detecção de microrganismos<br />
viáveis na corrente sanguínea.<br />
A interpretação de hemoculturas<br />
positivas para os ECN é particularmente<br />
difícil devido ao fato<br />
desses microrganismos colonizarem<br />
a pele e as membranas mucosas<br />
como comensais, e poder<br />
contaminar tais amostras durante<br />
a coleta de sangue (Cunha et<br />
al., 2002). O isolamento de ECN<br />
é muito frequente e o clínico encontra<br />
dificuldades para diferenciar<br />
entre uma bacteremia verdadeira<br />
ou contaminação pelo ECN<br />
habitante da pele (Góngora-Rubio<br />
et al., 1997).<br />
ARTIGO CIENTÍFICO III<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020<br />
0 51
Autores: Bruno de Souza Mayer 1 ,<br />
Carolina Mallmann Wallauer de Mattos2<br />
ARTIGO CIENTÍFICO III<br />
é essencial para a classificação<br />
apropriada de bacteremia (Richter<br />
et al., 2002).<br />
Os critérios laboratoriais sugeridos<br />
para bacteremia verdadeira<br />
incluem crescimento dentro de<br />
48 horas e em múltiplas hemoculturas<br />
positivas para o mesmo<br />
organismo (Figura 1) (Richter et<br />
al., 2002). Assim, o diagnóstico<br />
de bacteremia tem sido feito com<br />
base nos dados clínicos dos pacientes<br />
e no isolamento de microrganismos<br />
idênticos em duas ou<br />
mais hemoculturas (Cunha et al.,<br />
2002), observando se o mesmo<br />
organismo é isolado de hemoculturas<br />
obtidas de mais de um sítio<br />
de coleta (Richter et al., 2002).<br />
Figura 1 - Fluxograma de<br />
identificação laboratorial de<br />
contaminantes.<br />
Fonte: Adaptado de<br />
Minimizing the Workup of<br />
Blood Culture Contaminants:<br />
Implementation and<br />
Evaluation of a Laboratory-<br />
Based Algorithm.<br />
Uma possível fonte de contaminação<br />
advém do uso de cateteres<br />
intravasculares. Tais dispositivos<br />
são utilizados para monitoramento<br />
hemodinâmico, realização de<br />
hemodiálise, nutrição parenteral,<br />
administração de hemoderivados e<br />
medicamentos (Fortun, 2005; Lobo<br />
et al., 2005; Mesiano & Hamann,<br />
2007). Estima-se que nos EUA<br />
ocorram de 200 a 400 mil infecções<br />
da corrente sanguínea por ano e a<br />
maioria está relacionada com o uso<br />
de acessos intravasculares (Crump<br />
& Collignon, 2000; Mermel et al.,<br />
2001; Worthington & Elliott, 2005).<br />
Em contraste, um prolongado<br />
tempo antes da positividade, o<br />
crescimento polimicrobiano dos<br />
organismos da pele ou o crescimento<br />
durante o tratamento com<br />
antibióticos sugerem contaminação.<br />
Desta forma, recomendaram<br />
que a adição de diretrizes clínicas<br />
O recurso mais utilizado para o<br />
diagnóstico de infecção sanguínea<br />
relacionada a acessos intravasculares<br />
e ao uso de cateter é a<br />
utilização de equipamentos automatizados<br />
no processamento das<br />
hemoculturas. Analisando o tempo<br />
de positividade das amostras<br />
coletadas de sangue periférico e<br />
sangue de cateter venoso central,<br />
coletadas com intervalo máximo<br />
de 15 minutos e que contenham o<br />
mesmo volume. Se verificada uma<br />
diferença maior do que 120 minutos<br />
entre o tempo de positividade<br />
das duas amostras, interpreta-se<br />
como uma possível infecção da<br />
corrente sanguínea relacionada<br />
ao uso de cateter, isso só é valido<br />
se o microrganismo encontrado<br />
em ambas amostras for o mesmo<br />
(Corrêa et al., 2012).<br />
O principal objetivo deste trabalho<br />
foi demonstrar a importância deste<br />
microrganismo bem como avaliar os<br />
isolados em amostras de hemoculturas<br />
frente aos critérios utilizados para<br />
diferenciar infecção de contaminação<br />
em amostras positivas para ECN.<br />
0 52<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020
Autores: Bruno de Souza Mayer 1 ,<br />
Carolina Mallmann Wallauer de Mattos2<br />
ARTIGO CIENTÍFICO III<br />
Métodos<br />
O presente trabalho é um estudo<br />
transversal, de caráter retrospectivo<br />
com abordagem qualitativa. Os dados<br />
foram coletados dos pacientes em um<br />
hospital de Canoas, no Rio Grande do<br />
Sul, através de acesso ao caderno de registros<br />
do Laboratório de Microbiologia<br />
e dos dados do sistema de gerenciamento<br />
laboratorial do referido Hospital,<br />
entre julho de 2018 a julho de 2019.<br />
Foram incluídos no estudo todos os<br />
isolados de pacientes que apresentaram<br />
resultado de hemocultura positivo<br />
com presença das seguintes espécies de<br />
Staphylococcus coagulase negativa: Staphylococcus<br />
epidermidis, Staphylococcus<br />
haemolyticus, Staphylococcus saprophyticus,<br />
Staphylococcus lugnensis,<br />
Staphylococcus hominis, Staphylococcus<br />
warneri, Staphylococcus simulans, Staphylococcus<br />
capitis, Staphylococcus auricularis,<br />
Staphylococcus cohnii e outros.<br />
Foram considerados resultados significativos<br />
aqueles que apresentaram<br />
pelo menos duas hemoculturas positivas<br />
para o mesmo microrganismo (Staphylococcus<br />
coagulase negativa), dentro<br />
de 48 horas a partir da incubação.<br />
E foram considerados contaminantes<br />
aqueles que apresentaram apenas uma<br />
das hemoculturas positivas.<br />
O presente projeto foi elaborado de<br />
acordo com as diretrizes e normas<br />
regulamentadoras e apresentado ao<br />
Comitê de Ética em Pesquisa em Seres<br />
Humanos da Universidade Luterana do<br />
Brasil, Canoas/RS. Projeto aprovado sob<br />
protocolo: 3.577.984.<br />
Resultados<br />
No total foram analisadas 249 hemoculturas<br />
e dentre as 39 amostras<br />
positivas os ECN foram detectados<br />
em 56,50% das hemoculturas, seguidos<br />
por Bacilos Gram-negativos<br />
(35,90%) e Staphylococcus aureus<br />
(7,70%) (figura 2).<br />
Das 249 hemoculturas, 22 que<br />
foram oriundas de 17 pacientes,<br />
apresentaram crescimento de<br />
ECN e foram classificadas conforme<br />
a metodologia. Portanto<br />
5 pacientes (29,6%) foram<br />
considerados significativos e<br />
12 (70,4%) foram classificados<br />
como contaminantes.<br />
Os critérios de diferenciação<br />
foram utilizados neste trabalho<br />
para classificar os pacientes em<br />
seus respectivos grupos (Tabela<br />
1). É possível verificar que todos<br />
os pacientes com infecção<br />
verdadeira tiveram múltiplas<br />
amostras de hemocultura positivas<br />
para ECN com tempo de<br />
positividade inferior a 48 horas<br />
de incubação.<br />
Os dados foram fornecidos por um hospital<br />
de Canoas, no Rio Grande do Sul e arquivados<br />
em planilhas no software Excel.<br />
Os resultados positivos foram classificados<br />
em significativos (provável infecção no<br />
paciente) e contaminantes (provável contaminação<br />
da amostra), de acordo com<br />
critérios previamente estabelecidos na<br />
literatura (Richter et al., 2002).<br />
Figura 2 - Perfil de microrganismos identificados nas hemoculturas.<br />
0 54<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020
Autores: Bruno de Souza Mayer 1 ,<br />
Carolina Mallmann Wallauer de Mattos2<br />
ARTIGO CIENTÍFICO III<br />
Dentre os contaminantes 75%<br />
das hemoculturas foram positivas<br />
dentro do tempo de 48 horas de<br />
incubação, porém todas apresentaram<br />
apenas 1 hemocultura positiva<br />
para ECN.<br />
Tabela 1 - Classificação dos isolados de ECN nas hemoculturas<br />
Discussão<br />
No presente trabalho observou-<br />
-se que os ECN se mostraram os<br />
microrganismos mais detectados<br />
em hemoculturas, representando<br />
56,5% das amostras analisadas.<br />
Um estudo realizado por<br />
Alves e colaboradores (2012) em<br />
São José dos Campos-SP apresentou<br />
os dados de prevalência<br />
de bactérias em hemoculturas,<br />
sendo o Staphylococcus epidermidis<br />
o microrganismo mais prevalente,<br />
encontrado em 45,5%<br />
das amostras analisadas. Além<br />
disso, outros estudos realizados<br />
em diferentes locais do mundo<br />
apontam os ECN como os microrganismos<br />
com maior prevalência<br />
em hemoculturas (Teline Scheffer<br />
Dallacorte, Teixeira, Peder,<br />
& Silva, 2016; Karakullukçu et<br />
al., 2016; Beekmann, Diekema &<br />
Doern, 2005).<br />
O tempo de positividade das múltiplas amostras positivas<br />
para o mesmo microrganismo nos 5 pacientes classificados<br />
como significantes são apresentados na Tabela 2.<br />
Tabela 2 - Tempos de Positividades das amostras pareadas (significantes)<br />
Foi possível verificar que 80% dos pacientes classificados<br />
com infecção verdadeira são do sexo feminino. Quanto à origem<br />
do paciente é possível notar que 80% dos considerados<br />
significantes foram admitidos na emergência do hospital e<br />
20% (1) estava na UTI (tabela 3).<br />
Tabela 3 - Características da amostra<br />
0 56<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020
Autores: Bruno de Souza Mayer 1 ,<br />
Carolina Mallmann Wallauer de Mattos2<br />
ARTIGO CIENTÍFICO III<br />
De acordo com a literatura 85%<br />
dos isolados de ECN são classificados<br />
como contaminação (Karakullukçu<br />
et al., 2016). Bacteremia<br />
verdadeira tem sido reportada<br />
em 10 a 30% dos relatos publicados<br />
(Beekmann, Diekema & Doern,<br />
2005). Este trabalho também<br />
demonstrou que os isolados de<br />
ECN em sua grande maioria são<br />
contaminantes, baseado na metodologia<br />
29,6% dos pacientes<br />
foram identificados com infecção<br />
verdadeira (significantes) e 70,4%<br />
como contaminantes. No estudo<br />
de Sidhu e colaborados (2016)<br />
realizado no Irã com metodologia<br />
semelhante à utilizada neste trabalho,<br />
foram analisadas 3.503 hemoculturas<br />
sendo 307 isolados de<br />
ECN. Os autores mostraram que os<br />
isolados reportados como significantes<br />
somam 24,1% dos casos,<br />
contaminações somam 69,0% o<br />
restante das hemoculturas 6,9%<br />
foram indeterminados. Outro<br />
estudo realizado por Beekmann<br />
e colabores (2005) na cidade de<br />
Chicago nos Estados Unidos, classificou<br />
em significantes e contaminantes<br />
405 hemoculturas positivas<br />
para ECN, sendo 22% destas<br />
consideradas significantes e 78%<br />
contaminantes.<br />
Entretanto, a interpretação de<br />
bacteremia causada por ECN não<br />
possui um único critério ou um<br />
único parâmetro para realizar esta<br />
diferenciação (Karakullukçu et. al.,<br />
2016). Há uma clara dificuldade em<br />
determinar a importância clínica<br />
dos isolados de ECN em hemoculturas<br />
na rotina do laboratório (Sidhu,<br />
Malhotra, Devi, & Tuli, 2016).<br />
Os pesquisadores não conseguiram<br />
determinar com precisão o significado<br />
clínico em quase um quinto<br />
dos pacientes (Al-Mazroea, 2009),<br />
por isso, é importante que os médicos<br />
mencionem os dados clínicos<br />
detalhados e a história relevante do<br />
paciente no formulário de solicitação<br />
de exame para que o microbiologista<br />
possa correlacionar os resultados<br />
da cultura com os achados<br />
clínicos antes da liberação dos laudos<br />
tanto da identificação quanto<br />
do antibiograma (Sidhu, Malhotra,<br />
Devi & Tuli, 2016).<br />
Há diversas metodologias para diferenciar<br />
contaminantes e significantes.<br />
Por exemplo, Moriolca e colaboradores<br />
(2018) levaram em conta apenas<br />
o tempo de positividade e múltiplas<br />
amostras de hemocultura para distinguir<br />
bacteremia de contaminação em<br />
pacientes com câncer no Japão. Na<br />
Universidade de Istambul na Turquia,<br />
Karakullukçu e colaborares (2016)<br />
utilizaram, além do tempo de positividade,<br />
sintomas clínicos como febre,<br />
calafrios ou hipotensão relatados para<br />
auxiliar no diagnóstico de bacteremia.<br />
García-Vázquez e colaboradores (2013)<br />
utilizaram além dos dados clínicos e<br />
tempo de positividade, o resultado do<br />
antibiograma das amostras pareadas<br />
de hemocultura para garantir que o<br />
microrganismo detectado em ambas<br />
amostras foi o mesmo com base no<br />
perfil encontrado.<br />
Foi evidenciado que as bactérias estafilococos<br />
coagulase-negativa são<br />
os principais contaminantes encontrados<br />
em hemoculturas, porém este<br />
gênero bacteriano também foi relatado<br />
como segundo maior causador<br />
de bacteremia (Beekmann, Diekema<br />
& Doern, 2005). Desta forma, alguns<br />
autores demonstram a importância<br />
de se realizar um diagnóstico molecular<br />
para realizar a diferenciação<br />
entre infecção e contaminação.<br />
Contudo, nem todos os laboratórios<br />
de diagnóstico possuem estrutura<br />
adequada ou procedimentos para realizar<br />
tal classificação, o que ressalta<br />
a importância de se padronizar estes<br />
métodos (Sidhu, Malhotra, Devi &<br />
Tuli, 2016).<br />
0 58<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020
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Autores: Bruno de Souza Mayer 1 ,<br />
Carolina Mallmann Wallauer de Mattos2<br />
ARTIGO CIENTÍFICO III<br />
Conflito de Interesse<br />
Os autores declaram não haver nenhum<br />
tipo de conflito de interesse<br />
no desenvolvimento do estudo.<br />
Conclusão<br />
Este estudo mostrou que os ECN<br />
apresentam relevância, por serem os<br />
mais encontrados em hemoculturas<br />
bem como por possuírem uma difícil<br />
interpretação quando detectados nestas<br />
amostras. O que reforça o quanto<br />
é necessária a adoção de critérios para<br />
realizar a interpretação dos casos de<br />
crescimento destes microrganismos. É<br />
importante ressaltar a necessidade da<br />
coleta de múltiplas amostras quando<br />
o exame de hemocultura é solicitado,<br />
procedimento este que em muitos locais<br />
não é adotado, impossibilitando<br />
assim, a diferenciação entre contaminantes<br />
e patógenos.<br />
Como não existe um critério padronizado<br />
para diferenciar infecção<br />
de contaminação, sugere-se que a<br />
combinação de diversas metodologias<br />
seja utilizada e que o laboratório<br />
avalie qual metodologia de diferenciação<br />
se ajusta melhor a sua rotina,<br />
confeccionando um procedimento<br />
operacional padrão com o esquema<br />
detalhado para auxiliar o microbiologista<br />
nesta diferenciação.<br />
Hospitais são ambientes insalubres e<br />
as técnicas de assepsia e de esterilização<br />
são de extrema importância para<br />
reduzir os riscos de contaminação e<br />
infecção dos pacientes. É possível minimizar<br />
o número de contaminações<br />
das amostras de hemocultura, com a<br />
adoção de procedimentos básicos de<br />
higiene, a assepsia correta do paciente<br />
no momento da coleta, bem como<br />
a assepsia do frasco de hemocultura e<br />
desta forma evitar os transtornos causados<br />
por estas contaminações.<br />
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Elliott, T. S. (2005). Diagnosis of central venous catheter related infection in<br />
adult patients. Journal of Infection, 51(4), 267-280.<br />
0 60<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020
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No Brasil, a Insuficiência cardíaca (IC) afeta mais de dois milhões<br />
de pessoas, com 240.000 novos casos diagnosticados por ano (1) .<br />
O peptídeo natriurético do tipo B (BNP) e a fração N -terminal<br />
(NT-proBNP) são biomarcadores padrão na IC, sendo considerado<br />
pelas diretrizes da American College of Cardiology como classe I,<br />
quando há dúvida no diagnóstico.<br />
A dosagem do BNP e NT-ProBNP sérico oferece uma medida<br />
não-invasiva e objetiva para a avalição de pacientes sob risco<br />
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and treatment of acute and chronic heart failure: The Task Force for the diagnosis<br />
and treatment of acute and chronic heart failure of the European Society of<br />
Cardiology (ESC). Developed with the special contribution of the Heart Failure<br />
Association (HFA) of the ESC Eur Hear J., 18 (2016), pp. 1-85<br />
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A Sociedade Brasileira de Análises<br />
Clínicas (SBAC) publicou no site em<br />
23 de setembro de 2020 às 10:17<br />
am, o seu posicionamento contra as<br />
Consultas Públicas da ANVISA 911<br />
e 912 (Revisão da RDC 302/2005),<br />
conforme a seguir: “A SBAC, após<br />
criteriosa avaliação, se posiciona<br />
contra a CP 912. A proposta representa<br />
uma desvalorização dos<br />
Laboratórios Clínicos, instituição<br />
reconhecida internacionalmente<br />
como o centro da realização de exames<br />
laboratoriais, desrespeita os<br />
profissionais que se especializaram<br />
e se dedicam integralmente à esta<br />
atividade e representa uma grave<br />
ameaça à segurança dos pacientes,<br />
pois fragiliza o controle sanitário<br />
e a garantia da qualidade. A SBAC<br />
também é contrária a CP 911, que<br />
não define os limites na aferição de<br />
parâmetros fisiológicos e bioquímicos<br />
possibilitando a realização de<br />
uma infinidade de procedimento<br />
laboratoriais sem conhecimento<br />
científico e capacitação profissional<br />
necessárias. Os textos das CP 911 e<br />
912 podem prejudicar gravemente<br />
a qualidade da assistência laboratorial.<br />
A sociedade tem o direito de<br />
receber um atendimento de qualidade<br />
em todos os locais onde um<br />
serviço é oferecido e não pode ter<br />
o ônus de avaliar onde a qualidade<br />
é maior ou menor. Somente a integração<br />
e vinculação ao laboratório<br />
podem garantir uma prestação de<br />
serviços em análises clínicas com a<br />
qualidade exigida pela população.”<br />
Pessoalmente concordo integralmente<br />
com este posicionamento<br />
em defesa da saúde pública e dos<br />
laboratórios clínicos. Um espírito de<br />
justiça, a lógica e o bom senso alicerçam<br />
tal posição. Contudo, nunca<br />
ouvi dizer que este mundo é justo!<br />
Interesses econômicos, sede de poder,<br />
egoísmo e seus vícios, orgulho,<br />
prepotência, arrogância, inveja, vaidade<br />
e correlatos, ditam as regras<br />
subjacentes à retórica legal, bonita,<br />
dos povos ditos civilizados (De fato,<br />
somos?). Então, resta lutar, não<br />
existe espaço para a omissão por<br />
parte da comunidade das análises<br />
clínicas. Ou agimos agora, ou choramos<br />
depois. Ah, e não tem para<br />
quem reclamar! “Ai dos vencidos<br />
– Breno, General Gaulês”, ou seja,<br />
perdedor não tem direito, só obrigação.<br />
Transcrevo a seguir, parte<br />
das reflexões que fiz com gestores<br />
laboratoriais do Brasil e, constam do<br />
quinto livro que escrevi: PROGELAB<br />
– Programa Nacional para Profissionalização<br />
da Gestão Laboratorial<br />
– Gestão Econômica Aplicada para<br />
Laboratórios Clínicos. Inovações<br />
disruptivas sobre o tema. “O mercado<br />
mudou, as relações comerciais<br />
estão globalizadas, todo tipo de<br />
intercâmbio acontece de forma célere,<br />
trazendo junto à concorrência<br />
internacional até as nossas portas.<br />
Os compradores estão reunidos em<br />
grandes conglomerados, portanto,<br />
com a força do coletivo, impondo<br />
os preços dos nossos produtos (informações/exames/laudos).<br />
Não se<br />
trata do mundo ser ou não justo. De<br />
nada adianta a postura das lamentações.<br />
Não podemos colocar o futuro<br />
dos nossos laboratórios clínicos somente<br />
na mão dos outros e adotar o<br />
papel de “vítimas” do destino. Precisamos<br />
fazer a nossa parte, sermos<br />
proativos, fazer acontecer, sermos<br />
os sujeitos das nossas ações que<br />
busquem a rentabilidade, a produtividade,<br />
enfim, a competitividade<br />
das organizações pelas quais somos<br />
responsáveis. Não existe alternativa:<br />
a decisão para um futuro inteligente<br />
passa em transformar uma gestão<br />
empírica em profissional.<br />
Atualmente, a velocidade de produção<br />
e disseminação das informações<br />
é prodigiosa. Estamos conectados<br />
em múltiplos canais, sejam eles de<br />
voz, texto e imagem, dos mais di-<br />
0 62<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020
versos meios de transmissão, telefone,<br />
rádio, televisão, internet, em<br />
inúmeros aplicativos, redes sociais,<br />
profissionais etc. Enfim, tudo se<br />
propaga, seja de bom ou ruim! Uma<br />
coisa ninguém pode reclamar: falta<br />
de oportunidade para a conscientização<br />
do que ocorre localmente ou<br />
no mundo, em qualquer área do saber<br />
humano.<br />
Em decorrência disto, pessoalmente,<br />
tomo conhecimento diário do<br />
pensamento e posicionamento, de<br />
uma forma geral, dos gestores laboratoriais,<br />
principalmente daqueles<br />
que operam os pequenos e médios<br />
laboratórios clínicos no Brasil. As<br />
manifestações normalmente convergem<br />
e, sobretudo, se repetem,<br />
exaustivamente para os seguintes<br />
tópicos:<br />
Situação econômica e financeira<br />
ruim, fato que aumenta<br />
o risco de insolvência destas<br />
organizações. Isto atualmente<br />
delimita o problema comum<br />
dos gestores laboratoriais.<br />
Culpados que invariavelmente<br />
são citados como responsáveis:<br />
- Compradores dos produtos (Convênios<br />
etc.).<br />
- Médicos assistentes que demandam<br />
os produtos (Serviços e exames<br />
laboratoriais).<br />
- Laboratórios de apoio.<br />
- Governos (Federal, estadual e municipal).<br />
- Fornecedores de insumos.<br />
- Colegas de profissão (Empresários<br />
na área das análises clínicas).<br />
- Capital externo (Investidores estrangeiros).<br />
O que posso dizer sobre estes tópicos?<br />
Quanto ao número 1, temos<br />
uma constatação real, tangível e<br />
inquestionável, com raras exceções,<br />
seria negar uma evidência. Este tópico<br />
define o problema. Entretanto,<br />
com relação aos demais tópicos, se<br />
me permitem, vou externar minha<br />
opinião pessoal, por decorrência,<br />
sujeita às falhas inerentes ao ser hu-<br />
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mano e a minha própria ignorância,<br />
mas é o que penso. Todavia, com<br />
muita vontade de mudar perante<br />
a novas argumentações. Sabemos<br />
que a verdade pertence ao saber coletivo<br />
e muda de forma permanente<br />
com a realidade objetiva dos fatos e<br />
o saber da ciência. Dito isto, passo a<br />
comentar os tópicos citados.<br />
Culpar os clientes (Convênios),<br />
ainda que atores intermediários<br />
com o usuário final, é culpar a “razão<br />
de existir” das organizações<br />
humanas e, dentre estas, os laboratórios<br />
clínicos, cuja missão é fornecer<br />
serviços e produzir informações<br />
(laudos/exames) para os clientes!<br />
Cliente, em qualquer negócio, é<br />
solução, não problema. Enquanto<br />
houver clientes, haverá esperança.<br />
Sem eles, não existirá o negócio.<br />
Os médicos que solicitam os<br />
exames estão praticamente no<br />
mesmo nível de importância dos<br />
pacientes. Pois, é através do médico<br />
que, tendo como uma das fontes de informação<br />
os exames, poderá elaborar o<br />
diagnóstico para a solução do problema<br />
do cliente. Sem o médico assistente,<br />
praticamente, não existiria o laboratório,<br />
portanto, este será parte importante<br />
da solução, não a causa de problemas!<br />
Se ocorrem direcionamentos ou falta<br />
disto, preferências e exigências feitas<br />
pelos médicos, estas serão oportunidades<br />
de melhorias para os competentes.<br />
Ou será que os médicos colocam condicionantes<br />
ilegais, antiéticas, desonestas<br />
ou desleais? E, somente para você?<br />
Atualmente, face a logística e<br />
principalmente a multiplicidade<br />
e complexidade da tecnologia<br />
que avança a taxas crescentes,<br />
não mais é possível existir um laboratório<br />
que não seja apoiado por outros,<br />
em qualquer parte do planeta. Então,<br />
torna-se inútil “declarar guerra” aos<br />
laboratórios de apoio, pois eles são<br />
uma exigência para o sistema global<br />
funcionar. O “cluster” das análises clínicas<br />
não pode operar com eficiência<br />
sem o conceito do “apoio”. São como<br />
os “impostos”, não há o que discutir<br />
sobre se devem ou não existir, contudo,<br />
pode e se deve debater suas<br />
formas de atuação. Finalmente, hoje<br />
vejo eles mais como solução do que<br />
como problema. Provavelmente, sem<br />
eles, a grande maioria dos pequenos<br />
e médios laboratórios já poderiam ter<br />
se encaminhado para a insolvência, ou<br />
pelo menos, buscado uma solução radical<br />
(?) para resolver como produzir<br />
os exames complexos exigidos pelo<br />
mercado cada vez mais tecnológico,<br />
e sem dispor de recursos financeiros<br />
para tal desafio.<br />
O Governo é o maior comprador<br />
de exames, portanto, seguramente<br />
um dos maiores<br />
clientes, e como já vimos, cliente<br />
é solução, não problema. Ainda, o<br />
Governo detém o poder de regular<br />
legalmente o funcionamento de<br />
todo o sistema. Finalmente, estipula<br />
os impostos. Com um “stakeholder”<br />
desta magnitude, em alguns pontos<br />
devemos acatar (onde houver poder<br />
de polícia), em outros se unir (greves<br />
localizadas em comunidades<br />
com poucos prestadores, por exemplo),<br />
em outros influenciar via Sociedades<br />
Científicas (regulação técnica),<br />
bem como em outros sermos<br />
mais competitivos, fazendo mais<br />
com menos, mantendo a qualidade<br />
exigida legalmente. Finalmente,<br />
quando isto não for possível, deixar<br />
de atender! Ninguém, nenhum<br />
laboratório que se preza, pode se<br />
submeter a viver de um só cliente!<br />
Os fornecedores de insumos fazem<br />
parte do mesmo mercado<br />
competitivo que os laboratórios<br />
estão inseridos, portanto,<br />
faça com que eles sejam parte da<br />
solução e não do problema. Tenha<br />
competência gerencial, a gestão<br />
tem que ser profissional, não existe<br />
mais espaço para o amadorismo no<br />
universo das análises clínicas!<br />
Os colegas de profissão e empreendedores<br />
nada mais são do<br />
que um elemento indispensável<br />
no mercado, sem eles, não existiria<br />
o próprio mercado, lugar onde<br />
todos nós atuamos! Seria a utopia<br />
de ter um único fornecedor ou um<br />
0 64<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020
GESTÃO LABORATORIAL<br />
grupo com dois tipos de fornecedores:<br />
os que reclamam dos colegas e<br />
os que são os “espertos”, egoístas,<br />
antiéticos e desleais, que aviltam os<br />
preços, complicam licitações, enfim,<br />
semeiam a discórdia e fomentam a<br />
desunião da classe, e por aí vai. Pois<br />
bem, se isto for verdade, porque não<br />
se unem, pelo menos, os do grupo<br />
que quer a união, que são éticos? Ou<br />
será que em todas as cidades só têm<br />
um destes, divididos de tal forma que<br />
não existe a possibilidade geográfica<br />
da união? Ou será que existe a predominância<br />
implacável dos “maus<br />
colegas”, por decorrência, marcando<br />
inevitavelmente a classe dos proprietários<br />
de laboratórios clínicos, como<br />
aética, com indivíduos carentes de<br />
uma boa moral?<br />
O capital externo veio para<br />
ficar. O mundo globalizado é caracterizado<br />
exatamente por isto:<br />
intercâmbio de riquezas de toda a<br />
espécie (commodities, investimentos<br />
financeiros, conhecimento, seres<br />
humanos, cultura...). Ele traz consigo<br />
a concorrência internacional à<br />
nossa porta, acompanhada de ameaças,<br />
mas também de oportunidades.<br />
Sejamos gestores profissionais,<br />
competentes, para aproveitá-las! A<br />
concorrência é competitiva, aguerrida<br />
e disputa com ferocidade toda<br />
e qualquer fatia do mercado. Não há<br />
espaço para “choro”, lamentação ou<br />
reclamação, só existe um objetivo:<br />
sobreviver e lucrar! Não adianta argumentar<br />
que isto não é justo, aliás,<br />
não existe para quem reclamar.<br />
Portanto, conclamo os colegas gestores<br />
de laboratórios clínicos: vamos<br />
mudar a percepção das causas do<br />
problema (que, sem dúvidas, existe)<br />
e das soluções! Basta de reclamações.<br />
Ao invés de buscar as causas<br />
somente no ambiente externo, colocar<br />
a culpa do problema nos outros,<br />
bem como esperar que terceiros<br />
apresentem soluções, vamos voltar<br />
nossa atenção para dentro dos nossos<br />
laboratórios, para as nossas atitudes<br />
gerenciais, o que de fato estamos<br />
fazendo além de protestar? Que<br />
ações gerenciais estamos adotando<br />
para aumentar a produtividade, reduzir<br />
riscos, incrementar competitividade<br />
e lucros? Você está avaliando<br />
a competitividade do seu laboratório?<br />
Quantificando os custos de produção?<br />
Metrificando a rentabilidade<br />
de exames, clientes, equipamentos<br />
e setores da produção? Calculando o<br />
momento certo para a terceirização<br />
mais rentável? Você está se comparando<br />
(processo de benchmarking)<br />
com os seus concorrentes para saber<br />
onde está pior e deve melhorar?<br />
E como melhorar? E quanto esperar<br />
de retorno? E ainda, o laboratório é<br />
um negócio viável considerando as<br />
características da região onde opera?<br />
Caso tenha uma única resposta<br />
negativa, poderá não estar controlando<br />
adequadamente os processos<br />
da sua organização, ainda que hoje<br />
esteja lucrando bem! A solução para<br />
todas estas questões, virá somente<br />
com gestão profissional.<br />
No meu trabalho já vi de tudo em<br />
gestão. Apreendi com os meus<br />
clientes muito! Mas quem sabe<br />
controlar os seus processos, quem<br />
faz gestão profissional, não está<br />
mal neste País. Nem sempre um ticket<br />
médio alto assegura sucesso e,<br />
muitas vezes um ticket médio mais<br />
baixo produz melhores resultados<br />
financeiros, mantendo a qualidade<br />
legal dos exames. Para isto acontecer,<br />
tem que ser gestor profissional,<br />
não tem mais espaço para<br />
amadorismo. A luta é por centavos.<br />
Os laboratórios clínicos são uma alternativa<br />
de investimento (além de<br />
uma paixão!), portanto, como todos<br />
os investimentos, têm que ser geridos<br />
com cuidado, por profissionais.<br />
Você faria uma cirurgia nos olhos<br />
com um carpinteiro? Um implante<br />
dentário com um ferreiro? É óbvio<br />
que não. Então, por que não tratar<br />
do seu investimento com profissionalismo?<br />
Não quer que ele prospere?<br />
Quem não sabe calcular a sua<br />
competitividade e avaliar o seu risco<br />
de insolvência, não sabe se localizar<br />
no "Mapa da concorrência mundial".<br />
0 66<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020
GESTÃO LABORATORIAL<br />
E quem não sabe onde anda, está<br />
perdido! Simples assim, quem não<br />
resolve os problemas estruturais<br />
(internos), não pode simplesmente<br />
jogar a culpa nos agentes externos<br />
(conjunturais). Quem não mensura<br />
e compara os seus processos, não<br />
gerencia, portanto, fica ao sabor<br />
dos ventos (externos ao barco), não<br />
ajusta as suas velas, não comanda<br />
o leme. Qual a consequência? Vai<br />
para onde o vento levar. O capitão<br />
do navio passa a ser os agentes<br />
externos, o comandante não sabe<br />
onde ir e o leme está quebrado.<br />
Quem quiser sobreviver vai ter que<br />
se capacitar ou reavaliar a ética. É<br />
o mercado impondo suas leis naturais<br />
ou "artificializadas", mas<br />
determinantes. Não é justo? Não.<br />
Tem para quem reclamar? Não.<br />
O cidadão mais honesto, decente,<br />
sábio, humilde e caridoso que<br />
existiu no mundo, foi vilipendiado,<br />
torturado e crucificado!! Foi isto<br />
justo? Não. Reclamou? Não. Então<br />
quem somos nós para reclamar<br />
de justiça?! Vamos arregaçar as<br />
mangas, nos capacitar, trabalhar,<br />
trabalhar, trabalhar..., pois sendo<br />
leão ou gazela, temos que correr<br />
para sobreviver! “A vida é luta renhida,<br />
que aos fracos abate, e aos<br />
fortes, só faz exaltar.” (Canção do<br />
Tamoio – Gonçalves Dias). Todos,<br />
simplesmente, todos temos que lutar,<br />
não há escolha para o sucesso<br />
honesto!”.<br />
Estamos fazendo a nossa parte,<br />
buscando deixar um legado ao<br />
universo das análises clínicas do<br />
País, por isto, voltamos ao título<br />
deste artigo: VOCÊ QUER LUCROS<br />
MAIORES QUE A CONCORRÊNCIA?<br />
Nós temos a solução! Unidos Consultoria<br />
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não só a sobrevivência, mas os lucros<br />
no presente e no futuro. Não<br />
há alternativa honesta possível a<br />
não ser gestão baseada em evidências<br />
científicas. É o que oferecemos<br />
aos nossos clientes: gestão profissional<br />
para um futuro perene! Esperando<br />
termos contribuído para<br />
os negócios na área das análises<br />
clínicas, nos despedimos até a próxima<br />
edição da revista NewsLab.<br />
Boa sorte e sucesso!<br />
Humberto Façanha<br />
Tel.: 51-99841-5153<br />
E-mail: humberto@unidosconsultoria.com.br<br />
Site: www.unidosconsultoria.com.br<br />
*Humberto Façanha da Costa Filho<br />
Professor e Engenheiro, atualmente é articulista e consultor financeiro<br />
da SBAC, professor do Centro de Ensino e Pesquisa em Análises Clínicas<br />
(CEPAC) da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC) e professor<br />
do Instituto Cenecista de Ensino Superior de Santo Ângelo (IESA), curso<br />
de Pós-Graduação em Análises Clínicas.<br />
0 68<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020
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21 estados brasileiros<br />
e no Distrito Federal.<br />
O mundo mudou. A pandemia<br />
global de Covid-19 acelerou a<br />
demanda por tecnologia laboratorial<br />
e desafiou a capacidade de<br />
diagnóstico clínico, já que a dinâmica<br />
da resposta de produção de<br />
anticorpos durante os diferentes<br />
estágios da infecção varia bastante<br />
de um indivíduo para outro e ainda<br />
não está totalmente estabelecida.<br />
Em meio a este cenário sem precedentes,<br />
a Erba Diagnostics Brazil se<br />
0 70<br />
adaptou e, passado o momento<br />
mais crítico, está ampliando sua<br />
atuação para todas as regiões do<br />
Brasil. A empresa, que chegou ao<br />
país em 2018 com o objetivo de<br />
ofertar preços e condições acessíveis<br />
- e com significativos ganhos<br />
de produtividade - a todos os elos<br />
da cadeia de valores do negócio de<br />
IVD, é ancorada pelo Grupo Erba<br />
Mannheim, que há quatro décadas<br />
está presente em mais de 100<br />
países. Com estrutura de Pesquisa<br />
e Desenvolvimento na Europa, Ásia<br />
e EUA, a Erba mantém uma ampla<br />
rede de distribuição e de representantes,<br />
oferecendo assessoria<br />
técnica e científica, aliada ao atendimento<br />
personalizado de sua<br />
equipe comercial durante todo o<br />
processo de venda, instalações e<br />
manutenções.<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020
CONFIANÇA NA TESTAGEM<br />
DE COVID-19<br />
MATÉRIA DE CAPA<br />
Kits Erbalisa COVID-19 IgG/IgM:<br />
alta sensibilidade e especificidade<br />
Ciente de que a disponibilização de testes confiáveis<br />
é determinante na luta contra o coronavírus, a Erba lançou<br />
rapidamente no Brasil o ErbaLisa COVID-19 IgG/IgM:<br />
• Teste com metodologia ELISA (Enzyme-Linked<br />
Immunosorbent Assay) de alta sensibilidade e<br />
especificidade.<br />
• Proteína recombinante S2, Spike - grande<br />
diferencial do produto = o que há de mais<br />
moderno em reação sorológica.<br />
• Opções de execução manual ou automatizada =<br />
avaliação abrangente e precisa dos anticorpos.<br />
SOLUÇÕES<br />
INTEGRADAS<br />
Fabricante da maioria absoluta de<br />
toda as linhas de equipamentos,<br />
reagentes e soluções que comercializa,<br />
a Erba garante uma perfeita<br />
sincronia e otimização do desempenho<br />
entre todas as suas soluções,<br />
com alta estabilidade e baixa<br />
incidência de manutenções. Com<br />
software amigável, todas as linhas<br />
de equipamentos possuem a<br />
mesma plataforma operacional de<br />
software, facilitando a capacitação<br />
dos operadores e contribuindo para<br />
a simplificação da rotina laboratorial.<br />
Neste ano de 2020, a Erba Brasil<br />
comemora a oficialização dos registros<br />
de todo o seu portfólio para<br />
comercialização no Brasil, com<br />
soluções completas para laboratórios<br />
presentes em todo o território<br />
nacional.<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020 0<br />
71
MATÉRIA DE CAPA<br />
BIOQUÍMICA COM EXATIDÃO<br />
XL 640<br />
A linha XL (XL180, XL200, XL640 e XL1000) utiliza um sistema<br />
integrado com reagentes em frascos dedicados, que já estão<br />
prontos para uso e com o número exato de testes, em vez de<br />
virem contabilizados por mililitros de reagentes. Isso garante a<br />
redução dos custos dos testes, pois não sofrem variações<br />
decorrentes de desperdícios, manipulações ou produtividade.<br />
• 400 testes fotométricos/hora e 640 testes/hora com ISE;<br />
• 72 cubetas de vidro duro reutilizáveis;<br />
• 80 posições para amostras, soluções em branco, padrões,<br />
calibradores, controles e soluções ISE.<br />
SIMPLICIDADE NA HEMATOLOGIA<br />
A linha ELITE da Erba (incluindo os H360 e H560) é toda desenvolvida entre a Inglaterra, República Tcheca e<br />
França, contando com tecnologia avançada em todas as suas etapas de produção.<br />
ELITE 580<br />
• Diferencial de 5 partes com 29 parâmetros com parâmetros de pesquisa avançada: ALY%, LIC%, ALY#, LIC#, NRBC%, NRBC#;<br />
• 1 gráfico 3D + 3 gráficos 2D de dispersão + 3 histogramas;<br />
• Autoloader para 60 amostras;<br />
• 80 testes por hora;<br />
• Gestão de reagentes por RFID.<br />
0 72<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020
COAGULAÇÃO FUNCIONAL<br />
ECL 760<br />
MATÉRIA DE CAPA<br />
Com uma gama de analisadores de coagulação<br />
semiautomáticos (de 1 e 4 canais) e totalmente automatizados (7<br />
canais), as linhas ECL105, ECL412 e ECL760 da Erba disponibiliza<br />
soluções completas e funcionais para as rotinas de hemostasia,<br />
redefinindo os produtos existentes no mercado.<br />
• 72 cubetas;<br />
• 2 prateleiras de cubetas;<br />
• 7 canais de medição independentes;<br />
• 60 testes/h (PT);<br />
• 40 testes/h (modo misto).<br />
URINÁLISE ESPECIALIZADA<br />
As soluções LAURA (Lachema Urinalysis Analyser) atendem a qualquer tamanho de laboratório, sendo<br />
automatizadas (LAURA XL) e semiautomatizadas (LAURA e LAURA SMART) para triagem eficaz durante o exame de<br />
rotina e monitoramento do tratamento.<br />
LAURA XL<br />
• Analisador automático de urinálise química e sedimentoscópia;<br />
• Velocidade - apenas química: 180 testes por hora / apenas sedimentos: 140 testes por hora / híbrido: 140 testes por hora;<br />
• Capacidade de carregamento de amostras: 120 amostras (10 tubos x 12 prateleiras);<br />
• Parâmetros - análise química: 10 parâmetros / sedimentoscópia: 16 parâmetros / categorias manuais: 20 parâmetros;<br />
• Sedimentação por gravidade em cuveta côncava sem necessidade de centrifugação;<br />
• Baixo custo do exame por utilizar apenas duas soluções de limpeza.<br />
Acesse o QR Code e saiba mais<br />
sobre os equipamentos Erba!<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020 0<br />
73
MATÉRIA DE CAPA<br />
NOVIDADES ERBA<br />
Além da qualidade Erba já disponível no mercado brasileiro, a partir de 2021 os laboratórios poderão<br />
contar com lançamentos inovadores, a custos acessíveis, como:<br />
EC 90: FACILIDADE NA ROTINA DE ÍONS SELETIVOS<br />
• Parâmetros: Na+, K+, Ca++, Cl-;<br />
• Tecnologia: eletroquímica em um cartucho de biossenssor<br />
de filme espesso;<br />
• Velocidade: 100 amostras/hora;<br />
• Tempo de análise: 35seg;<br />
• Volume de amostra 35 μl;<br />
• Conectividade avançada e análise com apenas um clique;<br />
• Consumíveis “tudo em um”, do tipo plug and play.<br />
HB-VARIO: TECNOLOGIA HPCL PADRÃO OURO<br />
• Resultados do teste de HbA1c em 3,5 minutos com<br />
sinalização de HbA2 / HbF;<br />
• Carregador de rack de 10 posições, identificação positiva<br />
por leitor de código de barras interno;<br />
• Sem interferência de lipemia ou icterícia, pode ocorrer em amostras<br />
de pacientes sem jejum;<br />
• Nenhuma preparação de amostra necessária;<br />
Tecnologia CLE única, que permite a eliminação completa da fração<br />
lábil de glicohemoglobina.<br />
ELAN 30: COMPACTO E COMPLETO<br />
• Até seis testes diferentes podem ser realizados<br />
ao mesmo tempo;<br />
• 240 posições de micropoços – equivalente a 2 ½ placas de<br />
micropoços de ELISA;<br />
• 59 posições de amostra (Amostra + Pré-diluição);<br />
• Incubadora e agitadora com temperatura ambiente embutida;<br />
• Lavagem automatizada de poços realizada em volumes e ciclos<br />
personalizados;<br />
• Leitor de ELISA integrado: opção de leitura de comprimento de onda<br />
único ou duplo para processamento completo de ELISA;<br />
0 74<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020
5 PERGUNTAS PARA<br />
TARCÍSIO VILHENA FILHO,<br />
GENERAL COUNTRY<br />
MANAGER DA ERBA<br />
DIAGNOSTICS BRAZIL<br />
1. Quais foram os principais desafios<br />
enfrentados por laboratórios de<br />
análises clínicas diante da forma como<br />
a pandemia do coronavírus se desenvolveu<br />
no Brasil?<br />
A redução abrupta do volume de<br />
testes dos laboratórios, forçando alguns<br />
a desligarem parte de seus equipamentos<br />
ou até a encerrarem suas atividades,<br />
mesmo que temporariamente.<br />
2. Com mais de 5 milhões de casos<br />
de Covid-19 confirmados no Brasil e<br />
apenas 6,3% da população brasileira<br />
tendo sido testada (dados IBGE), a<br />
testagem em larga escala continua<br />
sendo um pilar fundamental do controle<br />
da pandemia. Como os laboratórios<br />
devem se preparar para atender essa<br />
demanda?<br />
Grande parte da população brasileira<br />
não terá acesso à testagem, principalmente<br />
porque o governo não se aparelhou<br />
devidamente ou não adquiriu<br />
número necessário de testes para<br />
aplicar na população. Como forma de<br />
identificar e separar o número da população<br />
já infectada e não infectada, a<br />
melhor estratégia é a aplicação de<br />
testes sorológicos com alta especificidade<br />
e sensibilidade. Os diversos laboratórios<br />
de todo o país poderiam ser um elo<br />
de conexão entre a população e os<br />
governos regionais ou municipais, ao<br />
oferecerem tais testes.<br />
A metodologia Elisa, conhecidamente<br />
mais eficaz que os testes rápidos, mais<br />
barata e de fácil aplicação pelos laboratórios,<br />
poderia ser amplamente utilizada<br />
se houvesse uma boa articulação entre<br />
os setores público e privado. Os laboratórios<br />
de menor porte distribuídos por<br />
todo o país teriam capacidade e capilaridade<br />
muito mais ampla para a testagem<br />
da população brasileira, se ofertassem<br />
amplamente a metodologia ELISA.<br />
3. Agora que a fase aguda da Covid-<br />
-19 tem dado sinais de que está<br />
passando, os laboratórios terão um<br />
papel importante em relação à saúde<br />
da população. Concorda que o momento<br />
será de buscas por exames clínicos?<br />
Definitivamente! A busca pelos<br />
exames se dará não somente por essa<br />
necessidade de testagem ou identificação<br />
daqueles que já se infectaram como<br />
também pela forte demanda que foi<br />
reprimida no período do isolamento.<br />
Sejam pelos testes de rotina que não<br />
foram realizados, pelas consultas que<br />
foram postergadas e pelas cirurgias<br />
eletivas que também foram adiadas.<br />
Além disso, a população já infectada<br />
deverá passar por uma maior rotina de<br />
testes clínicos para avaliação de possíveis<br />
sequelas causadas pela doença.<br />
4. Qual o papel dos Laboratórios de<br />
análises clínicas em relação ao atual<br />
cenário de valorização crescente da<br />
medicina baseada em evidência? E<br />
neste sentido, qual a importância do<br />
investimento em novas tecnologias?<br />
Se comparado à evolução do número<br />
de exames solicitados pelos médicos<br />
nas últimas duas décadas por cada<br />
paciente consultado, é notório o crescimento.<br />
Isso significa que os testes<br />
diagnósticos são cada vez mais utilizados<br />
para embasar a medicação ou os<br />
cuidados do paciente. Além dos testes<br />
para diagnosticar doenças ou problemas<br />
associados à saúde, a tecnologia<br />
está permitindo que o diagnóstico<br />
também seja aplicado para a finalidade<br />
preditiva. Hoje, é enorme a quantidade<br />
de marcadores que já conseguem predizer<br />
a pré-disposição do indivíduo em<br />
desenvolver uma doença ou até mesmo<br />
de auxiliar no medicamento que será<br />
mais eficaz no tratamento de uma<br />
doença, em função das características<br />
de cada indivíduo.<br />
5. 2021 nem chegou e já está carregado<br />
de expectativas. Qual a sua<br />
leitura do que podemos esperar do<br />
próximo ano?<br />
O próximo ano ainda deverá ser<br />
afetado pela Covid, até que haja uma<br />
vacina mais definitiva. Basta olharmos<br />
para Europa e Ásia para entendermos<br />
que o Brasil também passará pela 2ª ou<br />
3ª onda. No entanto, não resta dúvidas<br />
que 2021 será um ano muito melhor que<br />
2020. Mas ainda temos que nos precaver<br />
para podermos ter uma previsão<br />
minimamente assertiva para 2021.<br />
www.erbabrasil.com.br<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020 0 75
MINUTO LABORATÓRIO<br />
COMO SE TORNAR UM GIGANTE?<br />
Por Fábia Bezerra<br />
Na área Laboratorial, o que mais encontramos<br />
atualmente, são laboratórios tradicionais<br />
sendo comprados por outros, ainda<br />
maiores. E por que isso tem acontecido?<br />
Muito simples: mudou-se o olhar.<br />
Não que os laboratórios antigos não pensassem<br />
no bem estar dos pacientes (hoje,<br />
chamados de clientes) mas, o atendimento<br />
bairrista e tradicional dos pequenos<br />
não mais comportava às necessidades<br />
cada vez maiores desses clientes, que antes<br />
iam a um laboratório e só coletavam<br />
alguns exames, se precisassem de algo<br />
mais complexo - de imagem por exemplo,<br />
não tinham outra alternativa que não<br />
fosse procurar outro serviço.<br />
Foi então, que os visionários que hoje<br />
chamamos de Gigantes da área Laboratorial<br />
deram um salto, ao investirem em<br />
um tipo de acolhimento em que o cliente<br />
passou a fazer todos os procedimentos<br />
de laboratório e imagem, em apenas<br />
um único local. Nasceram aí, os Centros<br />
de Diagnóstico. Eis o segredo do melhor<br />
modelo de fidelização.<br />
Antigamente, os investimentos eram<br />
quase 100% no atendimento por produção,<br />
credenciamentos e em automação –<br />
e posso falar com propriedade, pois estou<br />
na área desde o início da década de 1990.<br />
De alguns anos para cá, vejo que o cenário<br />
das Análises Clínicas passou a equilibrar<br />
melhor a visão lucrativa e o quanto<br />
esta, está ligada a satisfação do cliente e<br />
a Gestão da Qualidade em todas as pontas<br />
do processo.<br />
À partir desta percepção, alguns Laboratórios<br />
se destacaram tanto que se<br />
transformaram em verdadeiras potências.<br />
Quem investiu em qualidade de<br />
atendimento diferenciado ao cliente<br />
que vai desde as informações corretas<br />
passadas pelo call center à liberação de<br />
um resultado seguro e no prazo, bem<br />
como se moldou às Normas dos Programas<br />
de Qualidade, cada vez mais<br />
rígidos do país, descobriu a chave para<br />
o sucesso. Estes Laboratórios se tornaram<br />
marcas e estas, adquiriram know<br />
how suficiente para expandir em todo<br />
território nacional.<br />
É o caso do Sistema Hapvida, que hoje<br />
se posiciona como um dos maiores sistemas<br />
de saúde suplementar do Brasil,<br />
com cerca de 6,4 milhões de clientes,<br />
conta com mais de 30 mil colaboradores<br />
diretos envolvidos na operação,<br />
mais de 15 mil médicos, mais de 15 mil<br />
dentistas e está presente em todas as<br />
regiões do país, gerando emprego e<br />
renda para a sociedade.<br />
Também fazem parte do sistema, as operadoras<br />
do Grupo São Francisco e RN Saúde,<br />
além da operadora Hapvida.<br />
Os números superlativos mostram o sucesso<br />
de uma estratégia baseada na gestão<br />
direta da operação e nos constantes<br />
investimentos: atualmente são 40 hospitais,<br />
184 clínicas médicas, 41 prontos<br />
atendimentos, 174 centros de diagnóstico<br />
por imagem e coleta laboratorial.<br />
A operadora que inaugura este mês, na<br />
cidade de Recife –PE, um dos maiores<br />
centros técnicos em análises clínicas do<br />
Brasil, começou com o olhar visionário<br />
de seu fundador, o médico oncologista<br />
Cândido Pinheiro de Lima, que desde<br />
a da década de 70 já possuía um olhar<br />
voltado para o acolhimento das pessoas,<br />
para que tivessem acesso a uma saúde<br />
inteligente. Fundou primeiramente o<br />
Hospital Antônio Prudente, que passou<br />
a ser referência na cidade de Fortaleza<br />
no Ceará, em seguida, ele entendeu que,<br />
mais que um hospital, as pessoas precisavam<br />
ter condições de acesso ao modelo<br />
de acolhimento que seu sistema hospitalar<br />
oferecia, nasceu então, o plano de<br />
saúde Hapvida, que se revelou um divisor<br />
de águas na vida de quem buscava por<br />
atendimento diferenciado, centralizado e<br />
a um custo justo.<br />
Fábia Bezerra<br />
Biomédica, com mais de 20 anos na área Laboratorial.<br />
Consultora e Auditora na Empresa Suzimara & Sarahyba Consultoria.<br />
Email: contato@suzimaraesarahyba.com.br<br />
0 76<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020
RADAR CIENTÍFICO<br />
O DESEMPENHO CLÍNICO DO ENSAIO<br />
SARS-COV-2 TOTAL: O VALOR DO TESTE<br />
DE ANTICORPOS PARA SARS-COV-2<br />
Introdução<br />
Identificar a infecção por SARS-CoV-2 requer testes<br />
diagnósticos. O PCR (Reação em Cadeia de Polimerase -<br />
material genético RNA) e testes baseados em antígenos<br />
confirmam a infecção presente, enquanto os testes de<br />
anticorpos indicam uma resposta imune ao vírus. É importante<br />
ressaltar que uma porcentagem significativa<br />
de infecções pode passar despercebida, por razões que<br />
incluem a falta de sintomas, baixa excreção viral e, em<br />
alguns países, atrasos na realização dos testes. Uma combinação<br />
de PCR e o teste de anticorpos pode melhorar o<br />
valor preditivo positivo (VPP) para a COVID-19, principalmente<br />
em pacientes sintomáticos.1<br />
O teste de anticorpos é essencial para a vigilância<br />
da população (prevalência de não diagnosticados<br />
com a infecção), como um indicador para a potencial<br />
imunidade ou a resposta bem-sucedida à vacina<br />
(se os resultados do ensaio se correlacionam com a<br />
neutralização), e para a identificação de potenciais<br />
doadores de plasma convalescente. Por fim, um teste<br />
de anticorpos de alta qualidade e confiável será fundamental<br />
para a retomada com segurança em níveis<br />
sustentáveis da atividade econômica e da reabertura<br />
da sociedade. A arquitetura do ensaio e as características<br />
analíticas dos testes de anticorpos para SARS-<br />
-CoV-2 são considerações importantes na escolha de<br />
um teste de anticorpos.<br />
Tipos de testes de anticorpos<br />
Quando um indivíduo é infectado<br />
pelo SARS-CoV-2, anticorpos<br />
se desenvolverão em diferentes<br />
estágios da infecção. Os testes<br />
de anticorpos totais SARS-CoV-2<br />
detectam dois anticorpos simultaneamente<br />
(IgM e IgG) que se<br />
formam durante a resposta imune<br />
à infecção inicial. Os testes de<br />
anticorpo IgG para SARS-CoV-2<br />
detecta, especificamente, os anticorpos<br />
IgG que persistem e são<br />
a base da resposta imune a longo<br />
prazo dos indivíduos.<br />
A combinação dos ensaios de anticorpos<br />
Ensaio de Anticorpos SAR-<br />
S-CoV-2 Total e o Ensaio de Anticorpos<br />
SARS-CoV-2 IgG fornece uma<br />
visão mais completa da sorologia<br />
de um paciente ao longo de seus<br />
cuidados contínuos.<br />
O ensaio COV2T detecta IgM e os<br />
anticorpos IgG de longa duração.<br />
Este teste pode indicar infecção<br />
recente ou passada em pacientes<br />
e é indicado para detectar uma<br />
resposta imune precoce. O ensaio<br />
COV2G permite aos médicos detectar<br />
especificamente o nível de<br />
anticorpos IgG no sangue de um<br />
paciente e avaliar as mudanças<br />
relativas ao longo do tempo. Este<br />
teste é mais apropriado para um<br />
estágio posterior da doença ou<br />
uma infecção passada, e fornece<br />
aos médicos um valor de IgG<br />
basal que pode ser utilizado para<br />
rastrear a duração a longo prazo<br />
da resposta imune do indivíduo. A<br />
comparação dos resultados numéricos<br />
ajudará a determinar como<br />
a resposta imune se desenvolve e<br />
persiste ao longo do tempo.<br />
0 78<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020
OnSite Rapid Test<br />
Teste rápido de anticorpos IgG<br />
e IgM para SARS-CoV-2<br />
Qualidade Confiabilidade Fluxo de Trabalho<br />
• Sensibilidade de 96.9%;<br />
• Especificidade de 99.4%;<br />
• Um dos testes rápidos de<br />
melhor desempenho disponíveis<br />
para SARS-CoV-2 - verificado por<br />
teste interno;<br />
• Estudo interno da Noklus<br />
demonstrou que o ensaio da<br />
CTK se encontra entre os 3 mais<br />
relevantes do mercado.<br />
• Empresa de renome mundial;<br />
• Produção em larga escala;<br />
• Grande experiência em<br />
produção de testes rápidos.<br />
• Fácil de usar;<br />
• Amostra de fácil coleta –<br />
Punção da ponta do dedo;<br />
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leitura visual;<br />
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RADAR CIENTÍFICO<br />
Estudo da Universidade de Leipzig:<br />
Comparação da sensibilidade do diagnóstico<br />
de testes de anticorpos baseados<br />
em nucleoproteína e glicoproteína<br />
do SARS-CoV-22<br />
A Universidade de Leipzig avaliou a<br />
sensibilidade de sete ensaios de sorologia<br />
para SARS-CoV-2 comercialmente<br />
disponíveis. Amostras de soro foram<br />
obtidas de 57 pacientes com resultados<br />
de PCR positivos, a maioria dos quais<br />
teve a doença de forma leve a moderada<br />
(nenhum em estado grave ou que<br />
necessitou de cuidados hospitalares).<br />
Em 16 pacientes foram coletadas duas<br />
amostras, 25 amostras de sangue foram<br />
coletadas 2 a 3 vezes após um resultado<br />
de PCR positivo e 48 amostras de sangue<br />
foram retiradas após 4 semanas de<br />
um resultado de PCR positivo.<br />
Conforme a Tabela 1, o Ensaio Siemens<br />
Healthineers Atellica® IM SAR-<br />
S-CoV-2 Total (COV2T) mostrou uma<br />
sensibilidade diagnóstica de 80,0%<br />
(95% CI 59,3–93,2) para amostras de<br />
soro coletada de 2–3 semanas após<br />
o resultado positivo do PCR (n = 25),<br />
100% (95% CI 92,8–100) para amostras<br />
de sangue coletadas com mais de<br />
4 semanas após o resultado positivo de<br />
PCR (n = 48) e uma sensibilidade global<br />
de 93,2% (95% CI 84,8–97,8) para<br />
todas as amostras testadas no estudo.<br />
Em todos os cenários, a sensibilidade<br />
do Ensaio Atellica IM COV2T foi igual ou<br />
maior a dos outros métodos testados.<br />
Estudo de sorologia do SARS-CoV-2<br />
da Public Health England (PHE)3<br />
Tabela 1. Diagnóstico de sensibilidade de sete testes de anticorpos baseados em nucleoproteína e<br />
glicoproteína para SARS-CoV-2.<br />
cos de sensibilidade (≥98% em casos<br />
confirmados por PCR coletados ≥20<br />
dias após o aparecimento dos primeiros<br />
sintomas) e especificidade (≥98%<br />
em amostras coletadas >6 meses antes<br />
da identificação dos primeiros casos<br />
de infecção por SARS-CoV-2) com<br />
base no Perfil de Produto Alvo (TPP)<br />
da Agência Regulatória de Medicamentos<br />
e Produtos de Saúde (MHRA)<br />
do Reino Unido para “imunoensaios<br />
enzimáticos” para SARS-CoV-2. A avaliação<br />
foi conduzida pela PHE (Porton<br />
Down) e pela Universidade de Oxford<br />
e pelo NHS Foundation Trust do Hospital<br />
Universitário de Oxford em Maio<br />
e Junho de 2020. Este estudo foi o<br />
primeiro a avaliar os ensaios comerciais<br />
automatizados de sorologia para<br />
SARS-CoV-2 em um conjunto grande e<br />
bem caracterizado de amostras (aproximadamente<br />
1500).<br />
A sensibilidade foi avaliada em 536<br />
amostras positivas para infecção por<br />
SARS-CoV-2 em ≥20 dias após o<br />
início dos sintomas. A especificidade<br />
foi avaliada em 994 amostras pré<br />
pandêmicas (2015–2018) de adultos<br />
saudáveis.<br />
Conforme mostrado na Tabela 2,<br />
o Ensaio SARS-CoV-2 Total (COV2T)<br />
Siemens Healthineers Atellica IM<br />
mostrou especificidade de 99,9%<br />
(95% CI 99,4–100) e sensibilidade<br />
de 98,1% (95% CI 96,6–99,1).<br />
Em todos os casos, a especificidade<br />
e sensibilidade do Ensaio COV2T<br />
Atellica IM foram iguais ou superiores<br />
aos outros métodos testados<br />
e foi o único método, entre os quatro<br />
testados, a atender os critérios<br />
MHRA para especificidade e sensibilidade.<br />
Tabela 2. Especificidade e sensibilidade clínicas de quatro ensaios comerciais para SARS-CoV-2.<br />
Este estudo comparou quatro imunoensaios<br />
para SARS-CoV-2 comercialmente<br />
disponíveis para critérios clíni-<br />
0 80<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020
RADAR CIENTÍFICO<br />
Análise de reatividade cruzada<br />
do Hospital St. Jansdal<br />
A potencial reatividade cruzada<br />
de amostras de pacientes sem<br />
SARS-CoV-2 com outras cepas de<br />
coronavírus (falso positivo) é uma<br />
preocupação para os laboratórios.<br />
Este laboratório na Holanda testou<br />
o Ensaio SARS-CoV-2 Total (CO-<br />
V2T) Atellica IM com amostras de<br />
três pacientes com potenciais reações<br />
cruzadas com outros dois coronavírus<br />
(OC43, NL63), confirmados<br />
por PCR. Conforme mostrado<br />
na Tabela 3, nenhuma reatividade<br />
cruzada foi observada para o Ensaio<br />
COV2T Atellica IM.<br />
Hospital Universitário de Tübingen:<br />
Avaliação de três<br />
testes de anticorpos para<br />
SARS-CoV-2 totalmente automatizados4<br />
O Hospital Universitário de Tübingen<br />
na Alemanha examinou<br />
a especificidade e sensibilidade<br />
dos ensaios para SARS-CoV-2. As<br />
amostras de soro foram obtidas de<br />
58 pacientes com resultado do PCR<br />
positivo para SARS-CoV-2. Também<br />
foram avaliadas 123 amostras<br />
negativas, incluindo 88 coletadas<br />
antes de dezembro de 2019.<br />
Conforme mostrado na Tabela 4,<br />
o Ensaio SARS-CoV-2 Total (CO-<br />
V2T) no sistema ADVIA Centaur®<br />
XPT mostrou uma especificidade<br />
de 100% para as 123 amostras negativas<br />
para SARS-CoV-2.<br />
Tabela 3. Análise de reatividade cruzada do coronavírus.<br />
A sensibilidade foi de 56,5%<br />
para as amostras de soro coletadas<br />
entre 0 a 6 dias após o resultado<br />
positivo do PCR (n = 23), foi de<br />
90,3% para amostras coletadas<br />
entre 7 e 13 dias após o resultado<br />
positivo do PCR (n = 31), e 97,0%<br />
para amostras coletadas com mais<br />
de 14 dias após o resultado positivo<br />
do PCR (n = 132). Em todos os<br />
casos, exceto um, a sensibilidade<br />
do ensaio COV2T ADVIA Centaur<br />
foi igual ou superior aos outros<br />
métodos testados.<br />
Este laboratório também testou<br />
o potencial de reatividade cruzada<br />
dos três ensaios com amostras<br />
de três pacientes que haviam tido<br />
infecções com outros coronavírus<br />
(HKU-1, NL63, e 229E) confirmadas<br />
por PCR. Os resultados dos testes<br />
não demonstraram reatividade cruzada<br />
nos três ensaios.<br />
Centro Médico Universitário de<br />
Hamburg-Eppendorf: Avaliação<br />
clínica de cinco ensaios sorológicos<br />
automatizados para SAR-<br />
S-CoV-2 em coorte de pacientes<br />
hospitalizados com COVID-19 5<br />
O Centro Médico Universitário<br />
de Hamburg-Eppendorf na Alemanha<br />
avaliou a especificidade<br />
e sensibilidade de cinco ensaios<br />
para SARS-CoV-2. As amostras de<br />
soro ou plasma foram obtidas de<br />
75 pacientes com resultado de PCR<br />
positivo para SARS-CoV-2 e 320<br />
amostras pré-pandêmicas, obtidas<br />
em março de 2017, também foram<br />
analisadas. Como mostrado na Tabela<br />
5, o Ensaio SARS-CoV-2 Total<br />
(COV2T) da Siemens Healthineers<br />
no Analisador Atellica IM mostrou<br />
uma especificidade de 100% (CI<br />
98,8–100%) para as 320 amostras<br />
controles. A sensibilidade foi<br />
de 35,1% (CI 21,8–51,2%) para<br />
as amostras coletadas entre 1 e 10<br />
dias após o início dos sintomas (n<br />
= 37) e 73,7% (CI 58,0–85,0%)<br />
para amostras coletadas acima de<br />
10 dias após o início dos sintomas<br />
(n = 38).<br />
Tabela 4. Especificidade e sensibilidade de três testes de anticorpos para<br />
SARS-Cov-2 totalmente automatizados.<br />
0 82<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020
Tabela 5. Especificidade e sensibilidade de cinco ensaios sorológicos para SARS-CoV-2 automatizados.<br />
Análise de reatividade cruzada<br />
do Hospital de Northwest<br />
Este laboratório na Holanda<br />
avaliou o potencial de reação<br />
cruzada do Ensaio SARS-CoV-2<br />
Total (COV2T) da Siemens Healthineers<br />
no sistema ADVIA<br />
Tabela 6. Análise de reatividade cruzada de coronavírus.<br />
Centaur® XPT com amostras de<br />
três pacientes que haviam tido<br />
infecções com outro coronavírus<br />
(OC43) e confirmado por PCR.<br />
Conforme mostrado na Tabela 6,<br />
nenhuma reatividade cruzada foi<br />
observada para o ensaio COV2T<br />
no ADVIA Centaur.<br />
Referências:<br />
1. Kai-Wang To K, et al. Temporal profiles of viral<br />
load in posterior oropharyngeal saliva samples<br />
and serum antibody responses during infection by<br />
SARS-CoV-2: an observational cohort study. Lancet<br />
Infect Dis. 2020;20:565-74.<br />
2. Schnurra C, Reiners N, Biemann R, Kaiser T,<br />
Trawinski H, Jassoy C. Comparison of the diagnostic<br />
sensitivity of SARS-CoV-2 nucleoprotein and glycoprotein-based<br />
antibody tests. Journal of Clinical<br />
Virology. 2020. doi: https://doi.org/10.1016/j.<br />
jcv.2020.104544<br />
3. Evaluation of sensitivity and specificity of<br />
four commercially available SARS-CoV-2 antibody<br />
immunoassays. Public Health England. 2020<br />
Jul. GW-1386<br />
4. Hörber S, et al. Evaluation of three fully-automated<br />
SARS-CoV-2 antibody tests. Clin Chem Lab Med.<br />
2020. https://doi.org/10.1515/cclm-2020-0975<br />
5. Pflüger LS, et al. Clinical evaluation of five different<br />
automated SARS-CoV-2 serology assays in<br />
a cohort of hospitalized COVID-19 patients. Journal<br />
of Clinical Virology. 2020;130:104549.<br />
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<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020<br />
0 83
RADAR CIENTÍFICO II<br />
EXAME FREELITE ® - PADRÃO OURO<br />
E EXCELÊNCIA NA QUANTIFICAÇÃO DE<br />
CADEIAS LEVES LIVRES<br />
Departamento Científico - Grupo Binding Site do Brasil<br />
O exame para quantificação<br />
de cadeias leves livres no soro,<br />
Freelite®, mudou o paradigma<br />
do diagnóstico e do tratamento<br />
de pacientes com transtornos de<br />
célula B. Como resultado de mais<br />
de 3.000 publicações comprovando<br />
a utilidade clínica do Freelite®, os<br />
testes foram reconhecidos pelo<br />
Grupo Internacional de Trabalho<br />
sobre Mieloma e incorporado em<br />
suas diretrizes 1,2 .<br />
O Freelite® é um imunoensaio<br />
específico e sensível para a determinação<br />
de cadeias leves livres<br />
kappa e lambda no soro. Os anticorpos<br />
policlonais do teste, reagem<br />
apenas com as formas livres<br />
das cadeias leves (reconhecimento<br />
dos epítopos nas superfíceis<br />
expostas) proporcionando uma<br />
medição quantitativa de κ e λ livres<br />
no soro conforme figura1 abaixo.<br />
Figura 1. Reagentes do Freelite específicos para cadeias leves<br />
livres kappa e lambda ligam-se aos epítopos nas suferfícies<br />
expostas de cada cadeia.<br />
O exame Freelite® é aprovado<br />
pelo FDA com intervalos de referência<br />
para Kappa Livre (κ),<br />
Lambda Livre (λ) e a razão κ/λ<br />
que foram validados em estudos<br />
clínicos em diversos trabalhos 3-11 .<br />
Figura 2. Intervalos de referência normais validados<br />
para o Freelite®.<br />
Importante: a Binding Site desenvolveu os reagentes do Freelite®<br />
específicos para quantificação das cadeias leves livres no soro, urina e líquor<br />
que devem ser utilizados de acordo com recomendação clínica, condições<br />
específicas e instruções de uso dos produtos, já que para líquor e urina os<br />
intervalos de referência são diferentes dos utilizados para soro.<br />
Conforme mencionado, a quantificação<br />
das cadeias leves livres em soro é<br />
recomendada pelas diretrizes do<br />
Grupo Internacional de Trabalho sobre<br />
Mieloma (International Myeloma<br />
Working Group - IMWG)2 para o diagnóstico<br />
e monitoramento do Mieloma<br />
Múltiplo. As recomendações atualizadas<br />
definem que a razão entre a cadeia<br />
envolvida e não envolvida deve ser ≥<br />
100 (valores baseados na utilização do<br />
Freelite®), e que a mesma é considerada<br />
como um dos biomarcadores do<br />
painel de exames 2 .<br />
Isto significa que se um paciente<br />
apresenta células clonais na medula<br />
óssea ≥10% (comprovada por biópsia,<br />
por exemplo) e a cadeia leve livre<br />
produzida pelo tumor (envolvida) de ≥<br />
100 mg/L e a razão entre a envolvida/<br />
não envolvida é ≥ 100 o médico será<br />
capaz de estar alerta às condições deste<br />
paciente ou até mesmo diagnosticar o<br />
Mieloma Múltiplo, mesmo na ausência<br />
de outros sinais ou sintomas, como os<br />
critérios de CRAB por exemplo (hipercalcemia,<br />
anemia, doença renal, lesões<br />
ósseas). Esse novo conceito é denominado<br />
de “eventos definitórios do mieloma”<br />
(SLIM do inglês), onde poderá ser<br />
utilizada: razão do Freelite® ≥ 100<br />
ou mais de uma lesão focal na ressonância<br />
magnética ou mais de 60% de<br />
células plasmáticas na medula óssea).<br />
É importante salientar que os estudos<br />
demonstraram a utilização da razão do<br />
Freelite® ≥ 100 como biomarcador nos<br />
pacientes estudados, mas cada caso deve<br />
ser discutido e avaliado de acordo com as<br />
recomendações dos médicos responsáveis.<br />
0 84<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020
RADAR CIENTÍFICO II<br />
Figura 3. Freelite® considerado como biomarcador<br />
(evento definitório Mieloma) pelo IMWG.<br />
Sabe-se que a alta concentração de<br />
cadeia leve livre monoclonal no soro<br />
está associada à proliferação maligna<br />
de células plasmáticas na maioria das<br />
Gamopatias Monoclonais, sendo assim,<br />
a razão de cadeias leves livres<br />
no soro (κ/λ) é um indicador sólido<br />
de monoclonalidade (doença).<br />
A produção de uma das cadeias leves<br />
livres alterada sobre a outra será refletida<br />
em uma razão κ/λ anormal (<<br />
0,26 ou > 1,65). Este parâmetro, utilizado<br />
como um marcador tumoral, é<br />
extremamente valioso para diferenciar<br />
e indicar patologias monoclonais das<br />
patologias com elevações policlonais<br />
das cadeias leves livres como disfunção<br />
renal, infecções, imunodeficiências etc.<br />
A sensibilidade do Freelite® no<br />
soro faz com que seja possível quantificar<br />
κ e λ livre em concentrações muito<br />
baixas (até mesmo abaixo do intervalo<br />
normal no soro – figura 4), mesmo<br />
quando os níveis de proteínas monoclonais<br />
são indetectáveis pelos métodos<br />
tradicionais do painel de exames, como<br />
a eletroforese de proteínas e a imunofixação.<br />
A sensiblidade do Freelite® se<br />
deve ao fato de este ser uma ensaio policlonal,<br />
permitindo um reconhecimento<br />
amplo da grande variedade de epítopos<br />
encontrados nas cadeias leves livres κ e<br />
λ, uma vez que estas são altamente polimórficas.<br />
Dessa forma, para o diagnóstico<br />
e o monitoramento dos pacientes<br />
seja mais efetivo, o ensaio para detecção<br />
de cadeias leves livres no soro deve ser<br />
capaz de reconhecer as mais variadas<br />
formas destas proteínas.<br />
Isto significa que o Mieloma Múltiplo<br />
pode ser detectado precocemente,<br />
com uma maior confiabilidade,<br />
e uma maior qualidade<br />
de vida pode ser proporcionada<br />
aos pacientes com a utilização do<br />
Freelite®.<br />
Freelite é ~10 vezes mais sensível que a IFSu<br />
Figura 4. Sensibilidade do Freelite é superior aos<br />
métodos eletroforéticos tradicionais.<br />
EFPs: eletroforese de proteínas no soro<br />
EZC: eletroforese por zona de capilaridade<br />
IFSs: Imunofixação no soro<br />
EFPu: eletroforese de proteínas na urina<br />
IFSu: imunofixação na urina<br />
A especificidade do Freelite® (reação<br />
ocorre apenas com as formas livres<br />
de κ e λ) possibilita a determinação exata<br />
e confiável de proteínas monoclonais<br />
em comparação com a determinação de<br />
cadeias totais κ e λ (chamado de ensaio<br />
de cadeia leve ou cadeia leve total). Ao<br />
contrário do Freelite®, os ensaios de cadeia<br />
leve total não distinguem as quantidades<br />
de cadeias leves livres dentro da<br />
grande concentração de cadeias leves<br />
ligadas às cadeias pesadas (como parte<br />
da estrutura das imunoglobulinas), podendo<br />
levar à uma má interpretação dos<br />
resultados. Para evitar que isso ocorra,<br />
peça Freelite® pelo nome.<br />
A quantificação das cadeias leves<br />
livres no soro é muito útil ainda para<br />
o monitoramento dos pacientes<br />
em tratamento. A alta sensibilidade<br />
do Freelite® e a meia-vida curta das<br />
cadeias leves livres faz com que seja<br />
possível um rastreamento preciso<br />
e com detecção precoce de recaída,<br />
possibilitando ainda uma avaliação<br />
confiável da doença residual. A<br />
utilização do Freelite® também<br />
nesta fase de monitoramento faz com<br />
que os médicos saibam exatamente a<br />
quantidade de cadeias leves livres que<br />
está sendo produzida pelo paciente e<br />
proporciona confiança para alterações<br />
no protocolo de tratamento (como a<br />
mudança de quimioterápicos), caso<br />
seja necessário.<br />
Para auxiliar ainda mais no monitoramento<br />
preciso dos pacientes,<br />
o Freelite® pode ser utilizado<br />
em conjunto com o exame Hevylite®,<br />
que também já foi descrito<br />
nas diretrizes internacionais,<br />
como único teste também baseado<br />
em anticorpos policlonais,<br />
para medição precisa das imunoglobulinas<br />
intactas 12 .<br />
O Hevylite® permite a identificação<br />
individual de diferentes tipos de cadeia<br />
leve de cada classe de imunoglobulina,<br />
isto é, IgGκ, IgGλ, IgAκ, IgAλ,<br />
IgMκ e IgM; e as moléculas são avaliadas<br />
em pares, como por exemplo:<br />
IgGκ/IgGλ para fornecer os valores de<br />
cada par de cadeia leve/pesada.<br />
A utilização do Hevylite® tem diversas<br />
vantagens, como no auxílio à eliminação<br />
da subjetividade no momento da<br />
0 86<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020
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interpretação dos resultados de eletroforese<br />
e imunofixação, pacientes com<br />
baixas concentrações de proteína monoclonal<br />
podem ser identificados precisamente<br />
com Hevylite®, já que a sensibilidade<br />
da eletroforese é limitada, e ele<br />
pode ainda auxiliar na identificação da<br />
doença residual e uma indicação precoce<br />
da recidiva 13-19 . O Freelite® e o Hevylite®<br />
são biomarcadores independentes, mas<br />
que quando utilizados em conjunto proporcionam<br />
melhor monitoramento.<br />
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anticorpos policlonais:<br />
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(>90% dos laboratórios) e 100% dos<br />
Hospitais Membros do NCCN (National<br />
Comprehensive Cancer Network) utilizam<br />
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• Que pode ser utilizado em conjunto<br />
com Hevylite®<br />
O Freelite® NÃO deve ser comparado<br />
a nenhum ensaio para quantificação<br />
de cadeias leves, pois ele possui características<br />
técnicas únicas. Dessa forma,<br />
outras marcas de exames não são intercambiávies<br />
com Freelite®.<br />
Para informações sobre comparativos<br />
e informações técnicas do produto, faça<br />
contato com a nossa equipe de especialistas.<br />
da América (DASA), Grupo Fleury, Diagnósticos<br />
do Brasil (DB), Hospital de Clínicas<br />
de São Paulo (DLC-USP), Hospital<br />
de Amor de Barretos, Instituto Nacional<br />
do Câncer-RJ, Hospital Clementino Fraga<br />
Filho- UFRJ, Hospital Albert Einstein, a+<br />
Medicina Diagnóstica, Sérgio Franco Medicina<br />
Diagnóstica entre outros. Em outros<br />
países o Freelite® é também referência,<br />
sendo utilizado pelos principais grupos de<br />
medicina diagnóstica como: Clínica Mayo,<br />
Quest, Labcorp, ARUP, Synlab etc.<br />
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• Sensibilidade, especificidade, precisão,<br />
eficiência para liberação segura<br />
dos resultados;<br />
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liberação dos resultados;<br />
• Custo-efetividade comprovados: o<br />
kit já vem com calibradores e controles<br />
incluídos, facilitando o seu uso e<br />
conferindo a segurança necessária ao<br />
resultado;<br />
• Detecção automática de excesso de<br />
antígeno, situação muito frequente<br />
em amostras de pacientes com Mieloma<br />
Múltiplo;<br />
• Intervalo de referência amplo (0.6 –<br />
139.000mg/L);<br />
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final, sem interferências manuais<br />
garantindo maior confiança aos resultados;<br />
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em todo território nacional.<br />
Freelite® é marca registrado do Grupo<br />
The Binding Site Ltda (Birmingham,<br />
Reino Unido) em certos países.<br />
Referências<br />
1. Dispenzieri A, et al. International Myeloma Working Group guidelines<br />
for serum-free light chain analysis in multiple myeloma and<br />
related disorders. Leukemia 2009; 23:215-224. 2. Rajkumar SV, et al.<br />
International Myeloma Working Group updated criteria for the diagnosis<br />
of multiple myeloma. Lancet Oncol 2014; 15:e538-48. 3. Hutchison<br />
CA, et al. Diagnostic accuracy of monoclonal antibody based<br />
serum immunoglobulin free light chain immunoassays in myeloma<br />
cast nephropathy. BMC Clin Pathol 2012;12:12 4. Katzmann J, et al.<br />
Serum Reference Intervals and Diagnostic Ranges for Free _ and Free<br />
_ Immunoglobulin LightChains: Relative Sensitivity for Detection of<br />
Monoclonal Light Chains. Clinical Chemistry 48:9 1437–1444 (2002)<br />
5. Jenner, E. Serum free light chains in clinical laboratory diagnostics.<br />
Clinica Chimica Acta 427 (2014) 15–20 6. Bradwell AR, et al.<br />
Serum test for assessment of patients with Bence Jones myeloma.<br />
Lancet 2003;361:489-491 7. Drayson MT, et al. Prospective study of<br />
serum FLC and other M-protein assays: when and how to measure<br />
response? Clin Lymphoma Myeloma 2009;9:A346a 8. Harding SJ,<br />
et al. Serum free light chain immunoassay as an adjunct to serum<br />
protein electrophoresis and immunofixation electrophoresis in the<br />
detection of multiple myeloma and other B-cell malignancies. Clin<br />
Chem Lab Med 2009;47:302-304 9. Hutchison CA, et al. Serum free<br />
light chain measurement aids the diagnosis of myeloma in patients<br />
with severe renal failure. BMC Nephrol 2008;9:11 10. Lee WS, et al.<br />
Serum Free Light Chains in Neoplastic Monoclonal Gammopathies:<br />
Relative Under-Detection of Lambda Dominant Kappa/Lambda<br />
Ratio, and Underproduction of Free Lambda Light Chains, as Compared<br />
to Kappa Light Chains, in Patients With Neoplastic Monoclonal<br />
Gammopathies. J Clin Med Res. 2018;10(7):562-569 11. Palladini G,<br />
et al. Presentation and outcome with second-line treatment in AL<br />
amyloidosis previously sensitive to nontransplant therapies. Blood<br />
FEBRUARY 2018 | VOLUME 131, NUMBER 5 525 12. Kumar S, et<br />
al. Lancet Oncol 2016; 17(8):e328-e346 13. Katzmann JA, Clark R,<br />
Sanders E, Landers JP, Kyle RA. Prospective study of serum protein<br />
capillary zone electrophoresis and immunotyping of monoclonal<br />
proteins by immunosubtraction. Am J Clin Pathol 1998;110:503-9<br />
14. Katzmann JA, Willrich MA, Kohlhagen MC, Kyle RA, Murray DL,<br />
Snyder MR et al. Monitoring IgA multiple myeloma: Immunoglobulin<br />
Heavy/Light Chain Assays. Clin Chem 2015;61:360-7 15. Ludwig<br />
H, Milosavljevic D, Zojer N, Faint JM, Bradwell AR, Hubl W, Harding<br />
SJ. Immunoglobulin heavy/light chain ratios improve paraprotein<br />
detection and monitoring, identify residual disease and correlate<br />
with survival in multiple myeloma patients. Leukemia 2013;27:213-<br />
9 16. Bhutani M, Costello R, Korde N, Manasanch E, Kwok M, Tageja<br />
N et al. Serum heavy-light chains (HLC) and free light chains (FLC)<br />
as predictors for early CR in newly diagnosed myeloma patients<br />
treated with Carfilzomib, Lenalidomide, and Dexamethasone (CRd).<br />
Blood 2013;122:762a 17. 4. Michallet M, Chapuis Cellier C, Lombard<br />
C, Sobh M, Dejoie T, Caillon H, et al. Responses assigned using heavy+light<br />
chain assessments have better clinical correlation with<br />
outcome than those using current IMWG criteria for multiple myeloma.<br />
Blood 2016;128:3245a 18. 5. Jabor A, Kubicek Z, Komrskova<br />
J, Secnik P, Jr., Vackova T, Vymetalik J, Franekova J. Within-subject<br />
biological variation of pairs of heavy/light immunoglobulin IgM<br />
chains (HLC IgM kappa and lambda) is low and requires monitoring:<br />
A comparison with HLC IgA, HLC IgG, and free light immunoglobulin<br />
chains (FLC) in healthy subjects. Clin Chim Acta 2018;486:311-2 19.<br />
Heavy/light chain assay in the monitoring of multiple myeloma. Ting<br />
HY, Sthaneshwar P, Bee PC, Shanmugam H, Lim M.Pathology. 2019<br />
Aug;51(5):507-511.<br />
O instrumento adequado para detecção<br />
das cadeias leves livres utilizando o<br />
Freelite® está amplamente disponível<br />
em diversos laboratórios e hospitais no<br />
Brasil como por exemplo: Diagnósticos<br />
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<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020
PUBLIEDITORIAL<br />
LEI GERAL DE PROTEÇÃO DE DADOS - LGPD<br />
Projeto de Lei da Câmara nº 53/2018<br />
O Projeto de Lei nº 4.060/2012 foi incorporado ao Projeto<br />
de Lei da Câmara (PLC) nº 53/2018 que foi convertido<br />
na Lei Ordinária nº 13.709/2018, a Lei Geral de<br />
Proteção de Dados (LGPD), tendo sua vigência para o dia<br />
16 de agosto de 2020.<br />
A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD Brasil) é uma<br />
lei para garantir mais segurança e controle aos processos<br />
de tratamento de dados pessoais.<br />
Dispõe sobre o tratamento de dados pessoais, inclusive<br />
nos meios digitais, por pessoa natural ou por pessoa<br />
jurídica de direito público ou privado, com o objetivo de<br />
proteger os direitos fundamentais de liberdade e de privacidade<br />
e o livre desenvolvimento da personalidade da<br />
pessoa natural.<br />
Histórico<br />
Observando o crescimento exacerbado da transferência<br />
e utilização de dados pessoais, bem como para<br />
melhoria das relações comerciais existentes entre os demais<br />
países, foi observada a necessidade de estabelecer<br />
normas para disciplinar tais relações – especialmente<br />
para dar proteção à individualidade e a privacidade das<br />
pessoas, sem impedir a livre iniciativa comercial e de<br />
comunicação. Assim, em 2012, pelo Projeto de Lei nº<br />
4.060/2012, ocorreu a primeira manifestação de criação<br />
da LGPD no Brasil.<br />
Para as empresas conseguirem realizar a devida utilização<br />
dos dados pessoais deverão estar inteiradas sobre as formas<br />
de tratamento, as bases legais e os princípios reguladores da<br />
LGPD.<br />
A disciplina da proteção de dados pessoais tem como<br />
fundamentos: o respeito à privacidade; a autodeterminação<br />
informativa; a liberdade de expressão, de informação, de comunicação<br />
e de opinião; a inviolabilidade da intimidade, da<br />
honra e da imagem; o desenvolvimento econômico e tecnológico<br />
e a inovação; a livre iniciativa, a livre concorrência<br />
e a defesa do consumidor; e os direitos humanos, o livre desenvolvimento<br />
da personalidade, a dignidade e o exercício<br />
da cidadania pelas pessoas naturais.<br />
Esta Lei aplica-se a qualquer operação de tratamento realizada<br />
por pessoa natural ou por pessoa jurídica de direito público<br />
ou privado, independentemente do meio, do país de sua<br />
sede ou do país onde estejam localizados os dados, desde que<br />
a operação de tratamento seja realizada no território nacional.<br />
Como se dá o tratamento de dados pessoais?<br />
Pelo Art. 5º Para os fins desta Lei, considera-se:<br />
I - dado pessoal: informação relacionada a pessoa natural<br />
identificada ou identificável;<br />
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<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020
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PUBLIEDITORIAL<br />
II - dado pessoal sensível: dado pessoal sobre origem racial<br />
ou étnica, convicção religiosa, opinião política, filiação a sindicato<br />
ou a organização de caráter religioso, filosófico ou político,<br />
dado referente à saúde ou à vida sexual, dado genético ou biométrico,<br />
quando vinculado a uma pessoa natural; (...)<br />
X - tratamento: toda operação realizada com dados<br />
pessoais, como as que se referem a coleta, produção,<br />
recepção, classificação, utilização, acesso, reprodução,<br />
transmissão, distribuição, processamento, arquivamento,<br />
armazenamento, eliminação, avaliação ou controle<br />
da informação, modificação, comunicação, transferência,<br />
difusão ou extração; (...)<br />
Fazendo o mapeamento das formas como ocorrerá o tratamento,<br />
bem como quais os dados vão compor a cadeia e<br />
alinhando o objetivo da operação de dados é que se tem o<br />
início do procedimento de tratamento dos dados pessoais.<br />
A finalização do tratamento dos dados pessoais encontra-se:<br />
1. no momento em se atingir a finalidade do dado;<br />
2. na comunicação do titular, inclusive no exercício de seu direito<br />
de revogação do consentimento conforme disposto no<br />
§ 5º do art. 8º da LGPD, resguardado o interesse público; ou<br />
3. na determinação da autoridade nacional, quando houver<br />
violação ao disposto na Lei, sendo, assim, realizada a sua<br />
eliminação, salvo nos casos previstos em lei.<br />
1. Conscientizar toda a empresa, uma vez que a LGPD não<br />
é uma legislação para o setor de Informática, mas engloba<br />
todos dentro da corporação.<br />
2. Realizar um diagnóstico tanto de segurança dos sistemas<br />
informatizados assim como análises de diagnósticos das<br />
políticas de segurança, privacidade, consentimento de coleta<br />
e tratamento de dados, governança de TI, processos de<br />
negócios em relação ao tratamento e privacidade de dados,<br />
sendo, posteriormente, emitido um relatório com as recomendações<br />
de adequações.<br />
3. Implementar e adequar as questões que foram levantadas<br />
pelo relatório de Análise, Diagnóstico e Recomendações.<br />
4. Manter o monitoramento das ações implementadas.<br />
Para mais informações seguem links de Podcats<br />
sobre a LGPD:<br />
https://open.spotify.com/episode/4xpnTQOIxf2OkgOpZZS-<br />
VbV?si=5uWKvi1IQcmyGJbw9NbbgQ<br />
https://open.spotify.com/episode/7Locr3riJ73Tio2Cassd-<br />
1c?si=M-TAwaGKT4aSZvdgp2JN2Q<br />
https://open.spotify.com/episode/48eqoHTUGmk2Ucj-<br />
DCTZE55?si=MyHfsa8ZQEqP6_C53jeS1w<br />
O processo de adequação e Conformidade a Lei Geral<br />
de Proteção de Dados precisa seguir alguns passos:<br />
Setor de Tecnologia da Informação – TI Lab Rede<br />
Fontes<br />
1. Brasil. LEI Nº 13.709, DE 14 DE AGOSTO DE 2018. Lei Geral de Proteção<br />
de Dados Pessoais. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-<br />
2018/2018/lei/L13709.htm Consulta em 19/02/2020<br />
2. Entendendo melhor a LGPD Brasil. Disponível em https://triplait.com/entendendo-a-lgpd-brasil/<br />
Consulta em 19/02/2020<br />
3. Lei Geral de Proteção de Dados Brasileira. Disponível em https://www.<br />
moorebrasil.com.br/blog/lei-geral-de-protecao-de-dados-brasileira-lgpd/<br />
Consulta em 19/02/2020<br />
0 92<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020
OS AVANÇOS DO USO DE<br />
MEIOS DE CONTRASTE EM EXAMES DE IMAGEM<br />
Por: Bruna Garbugio Dutra, Carlos J. Silva<br />
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM<br />
Os meios de contraste são amplamente<br />
utilizados em exames de<br />
imagem para aumentar a qualidade<br />
da imagem, facilitar a detecção<br />
e avaliação de lesões, bem como<br />
no auxílio diagnóstico de diversas<br />
desordens, uma vez que eles apresentam<br />
a capacidade de aumentar<br />
o realce entre os tecidos. Atualmente,<br />
os meios de contraste podem ser<br />
utilizados em tomografia computadorizada,<br />
ressonância magnética,<br />
ultrassonografia, medicina nuclear<br />
e radiografia convencional.<br />
A incorporação dos meios de contraste<br />
na rotina radiológica data dos<br />
meados de 1950 e, desde então, o<br />
seu uso vem crescendo e cada vez<br />
mais sendo utilizado em serviços<br />
de imagem. Os mais amplamente<br />
utilizados na prática clínica são os<br />
meios de contraste iodado e à base<br />
de gadolínio, usados rotineiramente<br />
na tomografia computadorizada<br />
e ressonância magnética, respectivamente.<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020<br />
Em 2019, cerca de US$ 5,23 bilhões<br />
foram gastos no mercado<br />
mundial com meios de contraste<br />
iodado e à base de gadolínio e<br />
estima-se que em 2020 esse valor<br />
seja de US$ 5,4 bilhões. Além disso,<br />
há uma estimativa que, entre<br />
os anos de 2020 a 2027, a taxa de<br />
crescimento seja de cerca de 3,6%<br />
ao ano, chegando à marca de US$<br />
6,9 bilhões em 2027. É interessante<br />
mencionar também que os meios<br />
de contraste iodado representaram<br />
uma parcela substancial no mercado<br />
mundial em 2019, totalizando<br />
67,2% das vendas.<br />
O crescente uso dos meios de contraste<br />
pode ser explicado por alguns<br />
fatores. Avanços na tecnologia e em<br />
pesquisas permitiram o desenvolvimento<br />
de meios de contraste com<br />
osmolalidade mais próximas a do<br />
plasma, com manutenção ou melhora<br />
da qualidade da contrastação,<br />
menor toxicidade e menor risco de<br />
reação adversa e, consequentemente,<br />
maior segurança ao paciente.<br />
Além disso, o crescente aumento de<br />
doenças crônicas e envelhecimento<br />
da população permitiu um aumento<br />
da realização de exames de imagem<br />
diagnósticos, de rastreio e/ou<br />
estadiamento. Outro fator também<br />
importante para se levar em consideração<br />
é a própria expansão e<br />
crescimento das empresas produtoras<br />
de meios de contraste.<br />
Como mencionado previamente,<br />
parte dos avanços na tecnologia e<br />
pesquisa de meios de contraste teve<br />
como objetivo o aumento do seu perfil<br />
de segurança. Sabe-se que, assim<br />
como qualquer outra medicação, os<br />
meios de contraste não são isentos<br />
de riscos e utilizar-se de tecnologia<br />
para o aprimoramento dos mesmos<br />
é essencial. Uma das mudanças no<br />
uso dos meios de contraste em estudos<br />
de imagem foi a substituição<br />
progressiva do uso de meios de contraste<br />
iodado de alta osmolalidade<br />
pelos de baixa osmolalidade. Além<br />
0 93
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM<br />
disso, o uso da via intravenosa passou<br />
a ser cada vez mais utilizada em<br />
estudos de imagem contrastados,<br />
como em tomografia computado-<br />
superestimado no passado. Estudos<br />
primordiais utilizaram-se de meios<br />
de contraste iodado de alta osmolalidade<br />
e com via de administração<br />
concentrações. Além disso, a inteligência<br />
artificial também tem sido<br />
utilizada para aumentar o realce<br />
entre os tecidos utilizando-se de<br />
rizada. Tanto os meios de contraste<br />
intra-arterial, os quais estão asso-<br />
uma dose reduzida do meio de con-<br />
de baixa osmolalidade quanto a sua<br />
ciados a um maior risco de toxici-<br />
traste, porém sem reduzir a quali-<br />
administração intravenosa apresen-<br />
dade. Além disso, a grande maioria<br />
dade da imagem. As pesquisas são<br />
tam uma menor incidência de rea-<br />
dos estudos não era randomizado,<br />
interessantes e promissoras, porém<br />
ções adversas quando comparados<br />
não apresentava grupo controle ou<br />
são estudos preliminares que ne-<br />
àqueles de alta osmolalidade e por<br />
populações uniformes, dificultando<br />
cessitam de mais dados e muitos<br />
via intra-arterial.<br />
a avaliação do real papel do meio de<br />
desafios precisam ser ultrapassados<br />
contraste nessa fisiopatogenia, uma<br />
para que a inteligência artificial seja<br />
Vale ressaltar que as reações aos<br />
vez que fatores de confusão, como<br />
implementada na prática clínica.<br />
meios de contraste não são comuns<br />
as comorbidades dos pacientes, po-<br />
e, quando ocorrem, na maioria das<br />
vezes, é do tipo leve ou moderada.<br />
Toxicidade direta a órgãos, como a<br />
lesão renal aguda, bem como reações<br />
adversas semelhantes a alergias,<br />
depósito tecidual e fibrose<br />
sistêmica nefrogênica (ambas relacionadas<br />
ao gadolínio) são alguns<br />
dos eventos adversos que podem<br />
ser reportados com o uso do meio<br />
de contraste. Além de as reações<br />
adversas não serem comuns, parte<br />
do risco atribuído ao contraste foi<br />
deriam influenciar os resultados.<br />
Assim como a inteligência artificial<br />
avança no mercado da saúde,<br />
estudos recentes vêm desenvolvendo<br />
algoritmos que permitem<br />
otimizar os exames de imagem<br />
contrastados. Publicações recentes<br />
utilizam-se da inteligência artificial<br />
para comparar o realce de diferentes<br />
tipos de contraste, verificando<br />
se há diferenças no padrão e intensidade<br />
de realce com diferentes<br />
Referências:<br />
1. ACR Manual on Contrast Media. American College<br />
of Radiology. 2020. Disponível em: https://<br />
www.acr.org/-/media/ACR/Files/Clinical-Resources/Contrast_Media.pdf;<br />
2. Contrast Media<br />
Market Size, Share & Trends Analysis Report By<br />
Product Type (Iodinated, Gadolinium-based), By<br />
Application (Neurological, Cancer, CVDs), By Modality<br />
(MRI, X-ray/CT), And Segment Forecasts,<br />
2020 – 2027. Publicado em Fev 2020. Disponível<br />
em: https://www.grandviewresearch.com/indus-<br />
try-analysis/contrast-media-contrast-agents-<br />
-market; 3. Dutra, BG e Tufik, B. Meios de contraste:<br />
Conceitos e diretrizes. Sociedade Paulista de<br />
Radiologia 2020. ISBN: 978-85-7808-505-6. 4.<br />
Gong, E. et al. Deep learning enables reduced gadolinium<br />
dose for contrast-enhanced brain MRI.<br />
J Magn Reson Imaging. 2018, 48(2):330-340. 5.<br />
Mc Collough CH e Leng S. Use of artificial intelligence<br />
in computed tomography dose optimization.<br />
2020. Doi: 10.1177/0146645320940827.<br />
Dra. Bruna Garbugio Dutra,<br />
Neurorradiologista do Grupo Fleury<br />
Neurorradiologista do Grupo Fleury e da Santa Casa de<br />
São Paulo, é também aluna de doutorado na Santa Casa<br />
de São Paulo.<br />
Carlos J. Silva,<br />
Coordenador dos setores de Neurorradiologia e de Imagem em<br />
Cabeça e Pescoço do Grupo Fleury<br />
Com doutorado pela Santa Casa de São Paulo, é coordenador dos setores<br />
de Neurorradiologia e de Imagem em Cabeça e Pescoço do Grupo Fleury e,<br />
também, médico assistente e coordenador dos setores de Neurorradiologia e<br />
de Imagem em Cabeça e Pescoço do ICESP-HCFMUSP.<br />
0 94<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020
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ENGENHARIA CLÍNICA<br />
GESTÃO DE EQUIPAMENTOS<br />
LABORATORIAIS<br />
Por: Ailton Flavio Moreira Junior<br />
Gestão de qualidade e inteligente de<br />
parque tecnológico é quando levamos<br />
em consideração todas as variáveis<br />
que nos fazem diminuir o desperdício,<br />
maximizar lucros e aumentar a disponibilidade<br />
e produtividade.<br />
Os Laboratórios de análises clínicas<br />
possuem enorme complexidade e é<br />
uma das áreas da saúde que produz<br />
a maior quantidade de parâmetros<br />
para auxiliar no diagnóstico e consequentemente<br />
salvando e melhorando<br />
a qualidade de vida das pessoas.<br />
Quando vemos os grandes players<br />
executando milhões de exames<br />
mensalmente percebemos a grandiosidade<br />
e a complexidade desse<br />
mundo chamado laboratório.<br />
Com o congelamento das tabelas de<br />
pagamento dos exames e por muitas<br />
vezes a redução dos valores pagos e<br />
alteração nas formas de negociação<br />
e modalidades de pagamento, estamos<br />
vivenciado cada vez mais a reinvenção<br />
e a luta diária desse segmento<br />
tão importante, afinal, são milhões de<br />
exames realizados diariamente pelos<br />
laboratórios distribuídos pelo Brasil, e<br />
em estudos de entidades como SBPC/<br />
ML entre outras, estima-se que mais de<br />
70% das condutas médicas dependem<br />
de resultados de exames laboratoriais.<br />
Para que essa conta feche, uma<br />
gestão eficiente e especializada do<br />
parque tecnológico, se faz cada vez<br />
mais necessária.<br />
Quando empresas especializadas,<br />
competentes e continuamente atualizadas<br />
assumem essa responsabilidade<br />
junto ao laboratório o resultado<br />
é: SUCESSO.<br />
Sucesso em todos os itens citados<br />
anteriormente, como: Aumento de<br />
produtividade, melhora da qualidade,<br />
diminuição de retrabalho, aumento<br />
de disponibilidade dos equipamentos,<br />
diminuição de desperdícios, aumento<br />
da segurança dos operadores, entre<br />
outros inúmeros benefícios.<br />
Hoje, após 20 anos atuando nesse<br />
seguimento, posso afirmar que todos<br />
esses benefícios citados , somados a<br />
fatores que vem desde a aquisição<br />
0 96<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020
FirstLab apresenta<br />
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ENGENHARIA CLÍNICA<br />
orientada de um equipamento, seguido<br />
de corretos procedimentos de<br />
instalação avaliação de local e requisitos<br />
de instalação podem evitar des-<br />
tecnológico é antigo e desgastado, há<br />
gastos com manutenções corretivas<br />
em excesso. Quando o parque está<br />
Subdimensionado, os equipamentos<br />
um time-line de 5 a 8 anos nos quais<br />
trabalhamos o payback, dimensionamento,<br />
disponibilidade e os custos<br />
inerentes ao tempo de uso e vida<br />
perdícios muitas vezes incalculáveis.<br />
trabalham no limite e estão passi-<br />
útil dos equipamentos.<br />
veis de quebras constantes e atraso<br />
Temos uma crescente de empresas<br />
de rotina, além de fatalmente termos<br />
Então, quando tratamos de manu-<br />
de engenharia clínica no mercado,<br />
um interferência direta na qualidade<br />
tenção não estamos falando so-<br />
mas, quando vamos a fundo, pouquís-<br />
dos exames o que gera inúmeras re-<br />
mente do reparo de um equipamen-<br />
simas empresas são especializadas<br />
petições, calibrações, controles, entre<br />
to que apresenta algum problema, e<br />
em laboratório de análises clínicas, o<br />
outros, “puro desperdício“<br />
sim desde o inicio do dia de trabalho<br />
que vem a corroborar com a idéia de<br />
onde o operador inicia sua rotina<br />
que as empresas só fazem manuten-<br />
Aprofundando um pouco mais nas<br />
de limpeza, análise de controles de<br />
ção e consertam equipamentos.<br />
manutenções propriamente ditas,<br />
qualidade e liberação para inicio da<br />
entendemos que elas ocorrem por<br />
rotina de produção.<br />
Para podermos ir mais a fundo e<br />
diversos motivos: Corretivas plane-<br />
contribuirmos com o sucesso dos<br />
jadas ou não, preventivas, alteração<br />
Para termos uma rotina amigável<br />
laboratórios, precisamos conhecer e<br />
de local, aquisição, instalação, trei-<br />
e crescente, é necessário estudar e<br />
viver o dia-a-dia deles.<br />
namento, produção e substituição<br />
planejar todos os fluxos e isso pode<br />
seriam alguns exemplos.<br />
ser facilitado quando o laboratório<br />
Quando há um parque superesti-<br />
conta com a parceria de uma empre-<br />
mado o laboratório paga um custo<br />
Particularmente sempre que orien-<br />
sa de engenharia clínica capacitada e<br />
alto pela ociosidade, se esse parque<br />
tamos um cliente, traçamos juntos<br />
focada em gestão.<br />
Ailton Flavio Moreira Junior<br />
CEO – AC Labor<br />
Engenheiro Eletricista/Eletrônico<br />
Esp. Eng. Clínica – Pelo Albert Einstein<br />
MBA – Gestão Empresarial FGV<br />
0 98<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020
EXAME LABORATORIAL?<br />
É NO LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS!<br />
LADY NEWS<br />
A história das análises clínicas<br />
é permeada por muita luta e<br />
busca por excelência. O constante<br />
investimento em processos,<br />
pessoas, estrutura e tecnologia tem<br />
o objetivo de garantir a qualidade<br />
dos exames laboratoriais e, por<br />
consequência, a segurança do<br />
paciente.<br />
No Brasil, a medicina laboratorial<br />
era inicialmente realizada apenas<br />
por médicos patologistas. Com o<br />
passar dos anos, os farmacêuticos<br />
assumiram grande parte do<br />
segmento, e mais recentemente,<br />
biomédicos e biólogos passaram<br />
a atuar em laboratórios clínicos.<br />
A mais antiga faculdade de<br />
Farmácia do Brasil, pertencente<br />
à Universidade Federal de Ouro<br />
Preto, foi fundada em 1839 e, após<br />
algumas décadas, com a criação<br />
dos laboratórios de química e<br />
toxicologia, deu início às análises<br />
clínicas. São mais de cem anos em<br />
processo de evolução.<br />
Embora a determinação de<br />
glicose na urina, por meio do<br />
uso de reagente de Benedict<br />
para evidenciação de açucares<br />
redutores, seja considerada como<br />
um dos primeiros exames de<br />
análises clínicas da modernidade,<br />
as amostras biológicas são objetos<br />
de análise desde a Antiguidade. Na<br />
Grécia, Hipócrates e seus pupilos<br />
analisavam a urina de pacientes<br />
em busca de associações com suas<br />
condições de saúde.<br />
Hoje muita coisa mudou. Com<br />
o avanço da tecnologia inúmeros<br />
equipamentos e reagentes são<br />
desenvolvidos todos os anos<br />
fazendo com que o setor de<br />
diagnóstico in vitro não pare de<br />
crescer. Junto com o crescimento do<br />
segmento, é imprescindível o foco na<br />
qualidade e no controle de todos os<br />
processos envolvidos, identificando<br />
falhas que possam vir a ocorrer e<br />
garantindo que o resultado final<br />
seja exato. Exames cada vez mais<br />
sensíveis e específicos, resultando<br />
em diagnósticos mais exatos, são<br />
exigidos pelos médicos e pela<br />
população. Mais do que nunca,<br />
a população tem se mostrado<br />
consciente da importância dos<br />
exames laboratoriais no diagnóstico<br />
precoce e prevenção de doenças. A<br />
máxima de que “é melhor prevenir,<br />
do que remediar” nunca esteve<br />
tão em moda. Aproximadamente<br />
70% das decisões clínicas e<br />
90% dos critérios de cura de<br />
enfermidades ou alta hospitalar<br />
são confirmados através de exames<br />
laboratoriais. Somado a isso, a área<br />
laboratorial, embora represente<br />
pouco mais de 3% dos gastos em<br />
saúde, é de extrema relevância<br />
para os resultados econômicos da<br />
assistência à saúde pública.<br />
O resultado do exame laboratorial<br />
é reflexo das etapas pré-analítica,<br />
analítica e pós-analítica, todas<br />
demandantes de rigoroso controle<br />
de qualidade. Há décadas, os<br />
laboratórios são regulamentados<br />
por diversas leis e resoluções que<br />
asseguram que seus processos<br />
sejam de alta qualidade,<br />
minimizando qualquer risco à<br />
segurança do paciente. Portanto,<br />
os laboratórios de análises clínicas<br />
são os únicos estabelecimentos<br />
preparados para garantir que o<br />
produto final de seu objeto social,<br />
os exames laboratoriais, seja de<br />
excelência.<br />
O analista clínico (farmacêutico,<br />
médico patologista, biomédico e,<br />
em alguns estados, biólogos) é o<br />
profissional legalmente habilitado,<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020<br />
0 99
LADY NEWS<br />
capacitado e especializado em<br />
analisar amostras biológicas e atuar<br />
em laboratórios de análises clínicas.<br />
realizados em laboratórios de análises<br />
clínicas, por analistas clínicos,<br />
fornecem soluções. Estas habilidades<br />
Os Programas de Acreditação foram<br />
criados visando a padronização de<br />
cada uma das atividades envolvidas<br />
Não se trata de um “fazedor de testes”<br />
tornam o analista clínico o único<br />
desde o atendimento ao paciente<br />
ou “furador de dedos”. As análises<br />
profissional capacitado para realizar<br />
até a liberação do laudo, garantindo<br />
clínicas compreendem a realização<br />
a interpretação laboratorial de forma<br />
a qualidade do exame laboratorial.<br />
com maestria de todas as etapas que<br />
global.<br />
O Departamento de Inspeção e<br />
envolvem um exame laboratorial,<br />
Credenciamento da Qualidade<br />
desde o o acolhimento do paciente,<br />
A preocupação com a qualidade<br />
(DICQ), da SBAC, e o Programa<br />
entendimento sobre fatores de<br />
dos processos laboratoriais e a<br />
de Acreditação de Laboratórios<br />
interferência analítica, variabilidade<br />
exatidão dos resultados dos exames<br />
Clínicos (PALC), da SBPC/ML são<br />
biológica intra e interpessoal,<br />
é a base das análises clínicas. Tanto<br />
dois importantes Programas de<br />
princípios e fundamentos<br />
que as duas principais sociedades<br />
Acreditação, com atuação nacional<br />
de metodologias analíticas,<br />
científicas da área laboratorial,<br />
e internacional. Além disso, ambas<br />
conhecimento teórico e prático sobre<br />
Sociedade Brasileira de Análises<br />
as sociedades científicas oferecem<br />
dezenas de áreas da sáude, até a<br />
Clínicas (SBAC) e Sociedade<br />
programas de proficiência para o<br />
entrega do laudo. O analista clínico<br />
Brasileira de Patologia Clínica e<br />
controle externo da qualidade dos<br />
é o único profissional capaz de<br />
Medicina Laboratorial (SBPC/ML),<br />
exames laboratoriais: o Programa<br />
realizar a fase pré-analítica, analítica<br />
se dedicam a ofertar ferramentas<br />
Nacional de Controle de Qualidade<br />
e pós-analítica de forma sublime,<br />
para a gestão do desempenho do<br />
– PNCQ, da SBAC, e o Programa<br />
identificando nos processos qualquer<br />
laboratório em relação aos seus<br />
de Excelência para Laboratórios<br />
indício de falha ou incompatibilidade.<br />
processos analíticos (Programas de<br />
Médicos – PELM, da SBPC/ML.<br />
Os exames realizados por estes<br />
Proficiência) e inspeção, auditorias,<br />
profissionais não servem apenas<br />
credenciamento e acreditação do<br />
Novas tecnologias e novos modelos<br />
para rastreamento de condições<br />
sistema da qualidade do laboratório<br />
se apresentam diariamente em<br />
patológicas; os exames laboratoriais<br />
clínico (Programas de Acreditação).<br />
nossas vidas. E, assim como a vida,<br />
Claudia Gonçalves<br />
Farmacêutica Bioquímica, pós graduada em Análises Clínicas, sócia proprietária do Laboratório Biocenter<br />
- Itamarandiba, Minas Gerais<br />
Ofacana e apaixonada por análises clínicas<br />
0 102<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020
a área laboratorial e os analistas<br />
clínicos evoluem constantemente e<br />
absorvem estas novas tecnologias.<br />
A RDC 302/2005, que até o presente<br />
momento regulamenta o setor, está<br />
sob consulta pública – CP 912 (http://<br />
na CP 912. A missão da OFAC é<br />
promover educação continuada<br />
nas diversas áreas laboratoriais,<br />
LADY NEWS<br />
A atualização do conhecimento<br />
antigo.anvisa.gov.br/consultas-<br />
valorizando a qualidade do exame.<br />
acerca das novas tecnologias de<br />
publicas#/visualizar/432092),<br />
cujo<br />
A tecnologia, por mais avançada,<br />
diagnostico, novas patologias,<br />
texto desprestigia os laboratórios,<br />
necessita da experiência do analista/<br />
novas interações medicamentosas e<br />
além de desrespeitar os profissionais<br />
operador, da responsabilidade<br />
alimentares, e novos processos para<br />
analistas clínicos, colocando a<br />
técnica pelos processos e da garantia<br />
garantir a qualidade e a segurança<br />
sociedade em risco. A OFAC –<br />
da qualidade.<br />
do cliente/paciente é interminável.<br />
Organização Feminina de Análises<br />
Entretanto, a aplicação do novo na<br />
Clínicas, defende a necessidade<br />
O laboratório não existe sem o<br />
área laboratorial nunca deve ocorrer<br />
de preservação da qualidade dos<br />
analista. E exame laboratorial com<br />
em detrimento da qualidade e da<br />
exames laboratoriais e, por isso, é<br />
qualidade? É só no Laboratório de<br />
segurança do paciente.<br />
contra o texto proposto pela ANVISA<br />
Análises Clínicas!<br />
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CITOLOGIA<br />
A CITOLOGIA E AS<br />
LESÕES MAMÁRIAS<br />
Prof. Dra. Lisiane Cervieri Mezzomo<br />
O outubro rosa é um movimento<br />
internacional criado na da década<br />
de 1990 com o objetivo de promover<br />
a conscientização para o controle<br />
do câncer de mama. Entre as ações<br />
estão o compartilhamento de informações<br />
e promoção da conscientização<br />
sobre a doença com o objetivo<br />
de proporcionar maior acesso aos<br />
serviços de diagnóstico e tratamento<br />
e contribuir desta forma para a redução<br />
da mortalidade. O câncer de<br />
mama permanece como o tipo de<br />
câncer mais comum entre as mulheres<br />
em todo o mundo.<br />
A carcinogênese mamária esporádica<br />
ou hereditária, decorre do dano<br />
genético em uma célula que leva a<br />
inativação de genes supressores tumorais<br />
ou a ativação de proto-oncogenes.<br />
A promoção é basicamente<br />
hormonal, destacando-se o papel<br />
dos esteróides sexuais, que atuam<br />
mediante a interação com proteínas<br />
receptoras intranucleares. Na fase de<br />
progressão, as células malignas per-<br />
dem a adesão e produzem enzimas<br />
proteolíticas, invadem a membrana<br />
basal e o estroma e podem embolizar<br />
através dos canais linfáticos.<br />
É consenso que a análise microscópica<br />
das lesões de mama é crucial<br />
para a decisão terapêutica. A análise<br />
das células que compõem os<br />
nódulos tem um papel importante<br />
na avaliação das lesões mamárias,<br />
especialmente quando integrada<br />
em um ambiente multidisciplinar.<br />
A coleta da amostra por punção<br />
aspirativa por agulha fina é guiada<br />
por técnicas de imagem e tem alta<br />
sensibilidade e especificidade para<br />
lesões palpáveis, um bom custo-<br />
-benefício e capacidade de invasão<br />
mínima. Além disso, pode ser<br />
considerada uma técnica precisa e<br />
confiável em muitos casos de lesões<br />
mamárias, desde que correlacionada<br />
com achados clínicos e radiológicos<br />
e quando executada por profissional<br />
experiente. Entre as limitações<br />
do método estão a incapacidade de<br />
discriminar carcinomas in situ de invasivos,<br />
o diagnóstico não definitivo<br />
para lesões limítrofes e uma maior<br />
taxa de resultados insatisfatórios em<br />
comparação com a biópsia. Assim, a<br />
citológia é um exame presuntivo, em<br />
virtude das limitações da técnica.<br />
Por outro lado a avaliação citológica<br />
do derrame papilar é um método estabelecido<br />
auxiliar no diagnóstico de<br />
carcinoma mamário, apesar da baixa<br />
celularidade em muitos casos, com<br />
conseqüente redução da sensibilidade<br />
diagnóstica. É um exame inicial,<br />
simples e não invasivo e deve ser<br />
realizado nos casos de descarga papilar<br />
espontânea, preferencialmente<br />
na faixa etária de maior incidência<br />
de câncer de mama.<br />
O sucesso da citologia mamária, assim<br />
como a citologia de outros sítios<br />
biológicos é altamente dependente<br />
da preparação adequada de esfregaços<br />
citológicos, e para isso, tanto<br />
a citologia líquida como a citologia<br />
convencional podem ser empregadas.<br />
Prof. Dra. Lisiane Cervieri Mezzomo<br />
Possui graduação em Farmácia com ênfase em Análises Clínicas e especialização Lato Sensu em Citologia Clínica . Fez Mestrado em Patologia Geral<br />
e Experimental e Doutorado em Patologia - Biomarcadores pelo Programa de Pós Graduação em Patologia da Universidade Federal de Ciências<br />
da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), na área de marcadores moleculares e imunohistoquímicos para o câncer. Atualmente atua como professor<br />
do curso de Especialização em Citopatologia Diagnóstica da Universidade Feevale, e como Pesquisador Pós-Doutor em projetos da Universidade<br />
Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). É assessor da Controllab na área de Citologia/Citopatologia e Medicina Laboratorial.<br />
0 104<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020
BIOSSEGURANÇA<br />
BIOSSEGURANÇA NA PREVENÇÃO<br />
DE CONTAMINAÇÃO FÚNGICA EM AUTOMÓVEIS<br />
Por: Jorge Luiz Silva Araújo-Filho, Gleiciere Maia Silva.<br />
Dependendo da cidade em que<br />
moramos, podemos passar várias<br />
horas nos veículos e com isso abrigar<br />
inúmeros microrganismos em<br />
nossos carros, sobretudo de etiologia<br />
fúngica. Vários estudos são<br />
unânimes em afirmar que esses<br />
agentes podem causar desde infecções<br />
gastrointestinais a processos<br />
alérgicos.<br />
Quanto maior o nível de sujidade<br />
maior o quadro de contaminação<br />
fúngica. Dentre os agentes fúngicos<br />
mais frequentes, destacamos:<br />
Aspergillus spp, Fusarium spp e<br />
Peniccilium spp, que podem ocasionar<br />
micoses de pele, cabelos e<br />
unhas a problemas respiratórios<br />
incluindo quadros de rinite e sinusite<br />
alérgica. A cada 24 horas a<br />
quantidade de fungos podem dobrar<br />
de população em virtude do<br />
ambiente quente e abafado proporcionado<br />
pelo carro. Por isso, é<br />
recomendado uma limpeza diária<br />
caso verifique sujidade.<br />
Dentre as medidas de Biossegurança<br />
para prevenção de contaminação<br />
fúngica nos veículos a primeira<br />
delas é:<br />
1) Confira todo o interior do seu<br />
veículo: Observe todos os cantos<br />
desde os bancos aos tapetes com o<br />
intuito de procurar bolores ou sinais<br />
de mofo nos estofados. É importante<br />
também atentar-se a presença<br />
de umidade no veículo. Caso encontre<br />
sinais de mofo, escove com<br />
solução de hipoclorito de sódio na<br />
proporção de 1:2 diluída em água,<br />
ou produtos desinfetantes com eficácia<br />
contra fungos e use luvas para<br />
evitar contaminações nas mãos.<br />
2) Recomenda-se deixar janelas<br />
abertas sempre que possível<br />
para que o sol penetre no interior<br />
do veículo para retirar umidade<br />
do mesmo.<br />
3) Espalhe um pouco de bicarbonato<br />
de sódio embaixo de tapetes,<br />
uma vez que auxilia na absorção<br />
da umidade e diminuição do crescimento<br />
fúngico.<br />
4) Mantenha o veículo sempre<br />
limpo e evite comer dentro do<br />
carro: restos de comidas favorece<br />
o crescimento de bactérias e fungos.<br />
Mantenha o hábito de aspirar<br />
o veículo com frequência e sempre<br />
observe a presença de comidas.<br />
5) Realize manutenções no sistema<br />
de ar condicionado; melhore<br />
a qualidade do ar dentro do carro.<br />
O mofo vai voltar caso o ar<br />
0 106<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020
BIOSSEGURANÇA<br />
do veículo seja de má qualidade,<br />
portanto, cuide da umidade, da<br />
facilita a disseminação em todo o<br />
ambiente do carro. Por essa razão<br />
Nesse momento em que estamos<br />
atravessando, os cuidados<br />
ventilação e da remoção do ar<br />
contaminado. É recomendado<br />
uma limpeza dos filtros a cada<br />
12 meses ou antes a depender<br />
do uso do ar condicionado.<br />
uma limpeza com aspirador de pó<br />
a cada 7 dias diminui consideravelmente<br />
a quantidade de microrganismo<br />
no carro. E o uso do álcool<br />
em gel para desinfecção das mãos<br />
de biossegurança devem extrapolar<br />
os ambientes de atenção à<br />
saúde e também ser praticados<br />
em nossas casas.<br />
antes e depois de usar o veículo<br />
6) Despreze o lixo do carro diariamente.<br />
torna-se imprescindível.<br />
Estamos à disposição para<br />
contribuir com informações e<br />
Alguns estudos sobre contami-<br />
Diante desse contexto, medidas de<br />
esclarecer suas dúvidas, é só<br />
nação em ambientes internos dos<br />
prevenção a contaminação fúngica<br />
mandar uma mensagem para<br />
carros verificaram que os volantes<br />
são os instrumentos que mais possuem<br />
microrganismos, seguidos<br />
das lixeiras normalmente próximas<br />
ao câmbio. O ato de higienizar<br />
são importantes quando nos referimos<br />
a microrganismos frequentes<br />
encontrados dentro de veículos e<br />
tais medidas favorece a diminuição<br />
da proliferação fúngica, que por sua<br />
nós nas redes sociais:<br />
Prof. Jorge Luiz<br />
(@dr.biosseguranca) e<br />
Profa. Gleiciere Maia<br />
as mãos com frequência diminui a<br />
vez podem causar doenças sobretu-<br />
(@profa.gleicieremaia).<br />
quantidade de fungos encontra-<br />
do em pacientes imunocomprome-<br />
dos. Os fungos liberam esporos e<br />
tidos, crianças e idosos.<br />
Abraços!<br />
Jorge Luiz Silva Araújo-Filho<br />
(@dr.biossegurança)<br />
Biólogo, Mestre em Patologia, Doutor em Biotecnologia;<br />
Palestrante e Consultor em Biossegurança.<br />
Contato: jorgearaujofilho@gmail.com<br />
Te.: (81) 9.9796-5514<br />
Gleiciere Maia Silva<br />
(@profa.gleicieremaia )<br />
Biomédica, Especialista em Micologia, Mestre em Biologia<br />
de Fungos e Doutoranda em Medicina Tropical.<br />
0 108<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020
ARMAZENAGEM EM CÂMARA FRIA<br />
LOGÍSTICA LABORATORIAL<br />
A câmara fria é uma ferramenta projetada<br />
para otimizar o armazenamento<br />
de produtos por meio de sua refrigeração.<br />
Com a baixa temperatura, ela assegura<br />
a eficiência e qualidade dos processos<br />
de armazenagem de produtos.<br />
É uma área de armazenagem especial<br />
para produtos, materiais ou insumos<br />
que necessitam de uma conservação<br />
maior, seja para preservar a qualidade<br />
e suas características.<br />
Quando comparado ao freezer e congelador,<br />
a câmara fria tem a expressiva<br />
vantagem de permitir o armazenamento<br />
eficiente e na temperatura adequada<br />
de grandes volumes de produtos.<br />
Outra vantagem de se utilizar esse<br />
equipamento é a precisão do controle<br />
de temperatura. Via de regra, as oscilações<br />
de sistemas manuais e a falta<br />
de controle adequado da temperatura<br />
podem prejudicar o armazenamento e<br />
durabilidade dos produtos, o que não<br />
ocorre em uma câmara fria.<br />
Buscando inovação e uma solução integrada,<br />
a Prime Storage, empresa do<br />
Grupo Prime Cargo, possui a armazenagem<br />
refrigerada de produtos para a<br />
área da saúde, com uma câmara fria de<br />
1800 m³, 50 posições paletes e 1100<br />
posições prateleiras para armazenagem<br />
de produtos refrigerados de 2ºC<br />
a 8°C, localizada na Matriz em Barueri,<br />
São Paulo.<br />
Contando com uma antecâmara climatizada,<br />
com sistema de monitoramento<br />
online de temperatura, alarme sonoro<br />
e luminoso de abertura de porta, permitem<br />
um controle mais eficiente da<br />
temperatura 24 horas por dia, 7 dias<br />
por semana.<br />
Os produtos termolábeis são recepcionados<br />
na antecâmara onde é realizada<br />
a conferência dos produtos e<br />
a verificação de temperatura, posteriormente<br />
os produtos são encaminhados<br />
para a área de armazenagem<br />
dentro da câmara fria a disposição<br />
até que seja solicitada a separação<br />
por parte do cliente.<br />
A nossa câmara fria possui uma área<br />
para recebimento, armazenagem, expedição<br />
e não conformidade.<br />
Nossa estrutura está qualificada e os<br />
relatórios de qualificação são disponibilizados<br />
aos nossos clientes. Estamos<br />
prontos para lhe atender!<br />
Em breve nova estrutura de armazenagem<br />
em câmara fria na nossa filial<br />
Duque de Caxias, Rio de Janeiro.<br />
Entre em contato para saber mais:<br />
E-mail: comercial@primecargo.com.br<br />
Tel.: 0800 591 4110<br />
Tel.: 11 4280-9110 | 11 97335-4472<br />
Acesse:www.grupoprimecargo.com.br<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020<br />
0 109
LABORATÓRIO EM DESTAQUE<br />
GRUPO ALLIAR APRESENTA LUCRO<br />
DE R$ 3.3 MILHÕES EM SETEMBRO<br />
Segundo a companhia, resultado aponta a retomada do crescimento após o impacto da pandemia nos últimos meses<br />
O Grupo Alliar, terceira maior rede de<br />
laboratórios do país, voltou a registrar<br />
bons resultados no mês de setembro.<br />
Após forte impacto da pandemia no setor<br />
de saúde, a empresa conquistou um lucro<br />
líquido de R$ 3.3 milhões no período. De<br />
acordo com o presidente do Grupo Alliar,<br />
Sami Foguel, o mês de outubro também<br />
foi de aumento de receita, o que reforça a<br />
retomada do crescimento, impulsionado<br />
pelos segmentos de análises clínicas,<br />
canais remotos e pela healthtech iDr.<br />
“Queremos reforçar a importância<br />
do terceiro trimestre de 2020, que foi<br />
marcado pela volta ao crescimento<br />
e lucratividade a partir do mês de<br />
setembro. Tivemos recordes na iDr,<br />
em análises clínicas, no segmento<br />
particular, além da forte normalização<br />
dos exames de imagem e da crescente<br />
digitalização da companhia. Outubro foi<br />
mais um mês consecutivo de aumento<br />
de receita, o que demonstra consistência<br />
de execução em nossos projetos de<br />
crescimento e eficiência”, comemora.<br />
Segundo Foguel, o setor de análises<br />
clínicas reportou recorde de receita no<br />
terceiro trimestre de 2020, no valor de<br />
R$56.7 milhões, o que representa um<br />
crescimento de 44.2% em comparação<br />
ao ano anterior. O executivo destaca a<br />
representatividade deste negócio, que<br />
teve participação de 20% na receita<br />
versus a média história de 13%.<br />
Os canais remotos, ou seja, iniciativas<br />
como atendimento domiciliar e<br />
exames feitos no sistema drive-thru,<br />
foram responsáveis por 7.5% da<br />
receita consolidada da Alliar no terceiro<br />
trimestre. Foguel aponta que mais<br />
de 340 mil exames foram realizados<br />
através desses canais, um crescimento<br />
de 40% em relação ao segundo<br />
trimestre de 2020.<br />
“É importante lembrar que os canais<br />
de atendimento remoto são iniciativas<br />
novas e que, em um curto período<br />
de tempo, atingiram um patamar<br />
expressivo do faturamento, o que<br />
comprova nossa capacidade de agir<br />
rapidamente frente às mudanças do<br />
mercado e de atender clientes em<br />
domicílio de forma consistente e em<br />
escala. Por mais um trimestre, os novos<br />
canais superam o faturamento da maior<br />
unidade de atendimento presencial de<br />
toda rede Alliar”, explica.<br />
* Imagem ilustrativa<br />
A healthtech Inteligência Diagnóstica<br />
Remota (iDr), vertical B2B do Grupo,<br />
também foi destaque no trimestre e<br />
atingiu recorde histórico de faturamento,<br />
com uma evolução de 50% em relação<br />
ao mesmo período do ano anterior e<br />
um aumento de 30% em comparação<br />
ao segundo trimestre de 2020. O<br />
presidente da companhia afirma que a<br />
iDr já é responsável por 1% da receita<br />
da Alliar e possui taxas importantes<br />
de crescimento já contratadas para os<br />
próximos trimestres.<br />
“Assim, iDr já se consolida como uma<br />
das maiores healthtechs do Brasil,<br />
tanto em receita quanto em taxa de<br />
crescimento. Já estamos presentes em<br />
mais de 20 municípios em 10 estados,<br />
provendo soluções tecnológicas para<br />
clínicas e hospitais parceiros. Apesar do<br />
crescimento robusto, nosso entendimento<br />
é que isso é apenas o início de um projeto<br />
muito maior”, completa.<br />
0 110<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020
newprov.com.br<br />
LANÇAMENTO<br />
PRODUTO EXCLUSIVO<br />
A NEWPROV POSSUI UMA LINHA COMPLETA DE<br />
PLACAS PRONTAS PARA USO.<br />
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ltados em até 24 horas.<br />
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ia.<br />
A Newprov – Produtos para Laboratórios apresenta uma evolução nas colorações<br />
hematológicas tradicionais, Leishman e Wright rápidos, mantendo a<br />
qualidade, mas em um tempo bastante reduzido.<br />
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Uma coloração padrão tradicional em 4 minutos, com o diferencial de o corante<br />
vir acompanhado de uma solução tampão pH 6,8, que garante o desempenho<br />
perfeito do produto.<br />
Newprov – De Microbiologistas para Microbiologistas<br />
TESTE E COMPROVE<br />
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PRODUTOS PARA LABORATÓRIO
INFORME DE MERCADO<br />
INFORMES DE MERCADO<br />
Esta Seção é um espaço publicitário dedicado para a divulgação e ou explanação<br />
dos produtos e lançamentos do setor.<br />
Área exclusiva para colaboradores anunciantes.<br />
Mais informações: comercial@newslab.com.br<br />
Sangue Oculto (FOB) - Teste Rápido Ebram<br />
O câncer se configura como um dos<br />
principais problemas de saúde pública<br />
em todo o mundo, estimando-se<br />
14,1 milhões de novos casos<br />
por ano. O câncer gastrointestinal é<br />
um dos mais prevalentes entre as<br />
populações, pois abrange tumores<br />
que atingem desde a boca até outros<br />
órgãos, como o esôfago, estômago,<br />
intestinos delgado e grosso,<br />
vesícula biliar, fígado, pâncreas e<br />
reto. Dentre estes, os tumores mais<br />
frequentes são o de estômago, intestinos,<br />
cólon e reto.<br />
Nos estágios iniciais, problemas<br />
gastrointestinais, como câncer de<br />
cólon, úlceras, pólipos, colite e diverticulite,<br />
podem não apresentar<br />
sintomas visíveis, apenas a presença<br />
de sangue oculto nas fezes<br />
que, se detectado precocemente,<br />
aumenta significativamente a possibilidade<br />
de cura.<br />
A Sociedade Brasileira de Coloproctologia<br />
juntamente com o Instituto<br />
Nacional de Câncer, o Colégio Brasileiro<br />
dos Cirurgiões e outras so-<br />
ciedades médicas recomendam que<br />
indivíduos de baixo risco, a partir<br />
de 50 anos, realizem, anualmente,<br />
a pesquisa de sangue oculto nas<br />
fezes e, em caso de resultados positivos<br />
ou a cada cinco anos, a retossigmoidoscopia<br />
ou colonoscopia.<br />
O teste rápido Sangue Oculto<br />
(FOB) da Ebram é consiste em um<br />
imunoensaio cromatográfico, que<br />
detecta qualitativamente, níveis<br />
baixos de sangue oculto nas fezes,<br />
possuindo uma sensibilidade<br />
de 40 ng/mL. De acordo com o<br />
padrão internacional esta é a menor<br />
sensibilidade indicada para<br />
triagem de pacientes com suspeita<br />
de câncer colorretal, devido a<br />
sua capacidade de evitar resultados<br />
falso positivos, provenientes<br />
de fissuras presentes em pessoas<br />
saudáveis, e de evitar resultados<br />
falso negativos, pois existe a possibilidade<br />
do teste com sensibilidade<br />
superior à 40 ng/mL não<br />
indicar a presença de sangue nas<br />
fezes no momento da realização<br />
do exame.<br />
Algumas vantagens do kit<br />
Ebram são:<br />
• Menor risco de resultados falso<br />
positivos ou falso negativos;<br />
• Não exige restrições de dieta antes<br />
do teste;<br />
• Fácil interpretação;<br />
• Custo reduzido em relação a retossigmoidoscopia<br />
ou colonoscopia;<br />
• Resultado rápido e seguro;<br />
• Não invasivo.<br />
Para informações comerciais<br />
sobre o produto Teste Rápido<br />
Sangue Oculto (FOB) entre em<br />
contato com o departamento de<br />
vendas da Ebram.<br />
www.ebram.com<br />
0 112<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020
Soluções Completas para o Laboratório de Biologia Molecular<br />
– Biomédica<br />
KITS DISPONÍVEIS PARA CO-<br />
VID-19<br />
“SARS-CoV2 (N1 + N2) – Diretrizes<br />
do protocolo CDC EUA. Controle interno<br />
endógeno (gene RNase P humano).”<br />
INFORME DE MERCADO<br />
“SARS-CoV2 (ORF1ab + N) – Diretrizes<br />
do CDC China. Controle interno exógeno.”<br />
“SARS-CoV2, FLU & RSV – Multiplex<br />
para SARS-CoV2, influenza A/B e RSV<br />
A/B. Controle interno endógeno (gene<br />
RNase P humano).”<br />
A Biomedica, empresa que atua no<br />
segmento médico desde 1996, traz<br />
novas soluções para combater o novo<br />
coronavírus, ampliando seu portfólio<br />
de produtos de biologia molecular para<br />
auxiliar na detecção e identificação do<br />
vírus SARS-CoV-2.<br />
O diagnóstico molecular está crescendo<br />
cada vez mais como importante<br />
ferramenta para auxiliar o diagnóstico<br />
de diversas patologias, como doenças<br />
infecciosas, doenças hereditárias e tumores,<br />
sempre com elevada eficácia e<br />
segurança.<br />
Novas parcerias estabelecidas com<br />
fabricantes internacionais de produtos<br />
e insumos voltados à alta tecnologia<br />
e inovação ampliou as soluções para o<br />
diagnóstico molecular, visando facilitar<br />
a rotina dos laboratórios brasileiros.<br />
Os testes de PCR REAL TIME VIASU-<br />
RE para SARS-CoV-2, da fabricante<br />
CerTest Biotec, são práticos e acessíveis.<br />
Os kits possuem reagentes liofilizados,<br />
prontos para uso e já dentro<br />
dos tubos da PCR. Os kits detectam e<br />
identificam o novo coronavírus (SAR-<br />
S-CoV-2, 2019) em amostras clínicas<br />
de pacientes com sinais e sintomas de<br />
infecção respiratória. O RNA extraído<br />
das amostras é amplificado usando<br />
RT-PCR e detectado usando sondas<br />
específicas para SARS-CoV-2, conforme<br />
protocolos dos Centros de Controle<br />
e Prevenção de Doenças.<br />
Sobre a Biomedica<br />
A Biomedica, uma empresa comprometida<br />
com o segmento da saúde<br />
há mais de 23 anos, oferece equipamentos<br />
e suprimentos de alta tecnologia<br />
e inovação visando proporcionar<br />
a melhoria da qualidade de vida<br />
e saúde da população. Atenta às tendências<br />
do futuro, atua no segmento<br />
de diagnóstico molecular e biologia<br />
molecular há mais de 4 anos, com<br />
ênfase no diagnóstico rápido de doenças<br />
infecciosas e oncologia.<br />
Venha nos conhecer!<br />
www.biomedica.com.br<br />
Para mais informações sobre nosso<br />
portfólio, contate-nos:<br />
contato@biomedica.com.br<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020<br />
0 113
INFORME DE MERCADO<br />
Um Ano Desafiador para o Diagnósticos do Brasil<br />
Dois mil e vinte traz sentimento de orgulho para equipe do DB<br />
Há nove anos no mercado, o grupo<br />
Diagnósticos do Brasil já enfrentou<br />
alguns obstáculos. Desde sua inauguração<br />
foram muitos desafios, todos<br />
superados com muito trabalho e<br />
dedicação, o que fez o grupo alcançar<br />
marcas históricas. A cada ano, o<br />
DB mostra ao mercado números que<br />
impressionam e, mesmo em pouco<br />
tempo, o laboratório, que é exclusivo<br />
de apoio, já alcançou a liderança no<br />
mercado nacional em seu segmento.<br />
Agora, dois mil e vinte trouxe um<br />
desafio ainda maior: a Covid-19.<br />
Apesar das incertezas da pandemia,<br />
o momento veio acompanhado de<br />
enormes desafios, mas que ajudaram<br />
a reafirmar o propósito do laboratório:<br />
cuidar da saúde das pessoas.<br />
A chegada do novo coronavírus abalou<br />
as estruturas do país e afetou muitos<br />
mercados, trazendo mais uma crise<br />
ao Brasil. Para o setor laboratorial o<br />
impacto foi ainda maior. A área sofreu<br />
drasticamente com o comprometimento<br />
da logística, devido as medidas<br />
de segurança adotadas pelo país como<br />
fechamento de fronteiras e malha aérea<br />
extremamente reduzida dificultando o<br />
transporte de amostras. Além disso,<br />
outro grande problema foi a falta de insumos,<br />
em sua grande maioria importados<br />
e tudo isso aliado a uma busca<br />
desesperada por novos exames para o<br />
diagnóstico da Covid-19.<br />
Ainda havia problemas pontuais<br />
inerentes ao processo, como: falta de<br />
mão de obra para suprir a demanda;<br />
organização dos colaboradores para<br />
o sistema home office; manutenção<br />
contínua de maquinários, que não<br />
deixavam de funcionar nunca; entre<br />
outras pequenas adversidades. Tudo<br />
de forma simultânea e sem que o<br />
laboratório parasse de funcionar e<br />
deixasse de atender a qualquer outro<br />
exame. Os ajustes rápidos e eficazes<br />
só foram possíveis porque o DB possui<br />
uma estrutura sólida, com planos<br />
de contingência eficientes para momentos<br />
de crise.<br />
Apesar dos ocorridos, o objetivo principal,<br />
que era atender a todos, em nível<br />
nacional e colaborar com a situação<br />
em que o país se encontrava, foi sendo<br />
alcançado. “Em uma pandemia, o que<br />
não pode faltar são exames laboratoriais<br />
para controle de infectados. Na<br />
0 114<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020
teoria, é a primeira e mais importante<br />
ação a ser tomada. Mas na prática<br />
é bem diferente,” diz Tobias Martins,<br />
diretor comercial do DB. “O nosso valor<br />
principal é salvar vidas, temos um<br />
compromisso com o nosso país, e no<br />
meio de uma crise mundial, foi preciso<br />
repensar várias estratégias pra não parar,<br />
não é só fazer exames, é uma estrutura<br />
gigante que garante que a qualidade<br />
e o acesso aos testes cheguem a<br />
todos no menor prazo possível. Foi preciso<br />
se reinventar a cada dia, para isso<br />
contamos com a expertise dos nossos<br />
profissionais, que se dedicaram muito<br />
nesse período”, complementa.<br />
Os exames para detecção da Covid-19<br />
passaram, rapidamente, a ser a prioridade<br />
do laboratório, que, realizava<br />
diferentes tipos de testes, de acordo<br />
com a necessidade do mercado. São<br />
tecnologias como a RT-PCR, realizada<br />
na sede dedicada à exames genéticos,<br />
o DB Molecular, localizado na grande<br />
São Paulo. Os testes são capazes de detectar<br />
o RNA do vírus ativo, e é usado<br />
para diagnóstico de quadros agudos.<br />
Outros exames utilizam metodologias<br />
como a de ELISA, quimiluminescência<br />
e eletroquimioluminescência, capazes<br />
de identificar os anticorpos do vírus.<br />
Estes possuem uma janela um pouco<br />
mais larga para detecção, porém,<br />
sua usabilidade é aplicada no controle<br />
epidemiológico e em casos de pessoas<br />
que contraíram a doenças e foram assintomáticas.<br />
Além dos exames para a detecção do<br />
vírus, o laboratório destaca também os<br />
exames que colaboram com o diagnóstico<br />
da doença, como a dosagem<br />
de troponina, interleucina-6, d-dímero<br />
e procalcitonina, e que podem proporcionar<br />
um tratamento mais adequado<br />
aos pacientes.<br />
Em meio a todos os conflitos que o<br />
ano de dois mil e vinte trouxe, no fim<br />
do mês de setembro o laboratório atingiu<br />
mais um recorde, agora o de nove<br />
milhões de exames processados, mais<br />
um número que marca a história do DB.<br />
Mas nesse ano, bater o próprio recorde<br />
ganha um significado maior. “Cada<br />
recorde que alcançamos foi muito celebrado<br />
por todos nós. Era a resposta<br />
dos nossos clientes ao nosso serviço,<br />
algo que construímos com excelência<br />
ao longo dos anos. Mas esse ano foi<br />
diferente, não conseguimos comemorar<br />
nosso recorde. O sentimento foi outro,<br />
até mais gratificante, foi de muito<br />
orgulho por todos que se dedicaram<br />
ininterruptamente para alcançar o que<br />
tanto valorizamos, o nosso maior objetivo:<br />
salvar vidas,” finaliza Tobias.<br />
O DB atende mais de cinco mil clientes<br />
em todo Brasil com três sedes de<br />
análises clínicas, e mais três sedes especializadas,<br />
o DB Molecular, DB Patologia<br />
e DB Toxicológico, juntas possuem<br />
uma capacidade para 15 milhões de<br />
exames por mês e está a frente em<br />
inovações tecnológicas e pesquisas,<br />
trazendo sempre o que há de melhor<br />
e mais moderno para os clientes. O DB<br />
cresceu, durante esses anos, alinhado<br />
sempre ao propósito de contribuir<br />
com a sociedade, conservando a forte<br />
parceria com os clientes e mantendo o<br />
padrão de excelência nas análises.<br />
INFORME DE MERCADO<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020<br />
0 115
INFORME DE MERCADO<br />
Acesso remoto aos analisadores CellaVision:<br />
Telepatologia acessível a todos<br />
Muitos profissionais de laboratório<br />
que trabalham na área da hematologia<br />
já conhecem ou utilizam a tecnologia<br />
CellaVision para a realização da<br />
contagem diferencial automatizada<br />
de leucócitos. O equipamento faz<br />
a leitura das lâminas e fornece<br />
ao analista uma pré-classificação<br />
dos leucócitos, bem como a précaracterização<br />
dos eritrócitos através<br />
da análise morfológica conduzida por<br />
inteligência artificial.<br />
Nos últimos quinze anos a morfologia<br />
celular digital tem se tornado uma<br />
realidade na maioria dos laboratórios<br />
de grande volume de amostras. Nestas<br />
instituições, é muito comum o acesso<br />
remoto aos analisadores CellaVision,<br />
onde um ou mais analistas acessam<br />
remotamente as imagens das<br />
células dos pacientes que tiveram<br />
suas amostras selecionadas para a<br />
contagem diferencial. Este acesso<br />
remoto permite que colaboradores<br />
revisem amostras processadas em<br />
outro local, por exemplo, em um<br />
laboratório satélite, um hospital<br />
afastado dos grandes centros ou outro<br />
laboratório afiliado.<br />
A tecnologia CellaVision, antes<br />
disponível apenas para laboratórios<br />
de grande volume de amostras, agora<br />
está ao alcance de laboratórios de<br />
todos os portes. Durante a última<br />
edição do AACC, maior evento<br />
de análises clínicas do mundo, a<br />
CellaVision apresentou um novo<br />
equipamento de pequeno porte, o<br />
DC-1 - ideal para laboratórios com<br />
pequeno volume de amostras. O novo<br />
modelo processa uma lâmina por vez<br />
e possui todas as funcionalidades<br />
dos equipamentos CellaVision<br />
maiores. Desta forma, laboratórios<br />
pequenos também poderão contar<br />
com os recursos CellaVision, o que<br />
inclui o acesso remoto, permitindo a<br />
colaboração de analistas localizados<br />
em outros centros diagnósticos.<br />
Especialistas em morfologia poderão<br />
opinar ou até mesmo assinar<br />
casos processados em laboratórios<br />
afastados. A telepatologia aumenta<br />
a precisão dos exames e a atuação<br />
dos especialistas em morfologia<br />
celular. É notável a redução do tempo<br />
de entrega dos resultados (TAT), o<br />
incremento da acurácia diagnóstica<br />
e da produtividade e, sobretudo, da<br />
consistência, uma vez que o processo<br />
de contagem diferencial se torna<br />
padronizado.<br />
Saiba mais em www.cellavision.com<br />
Contato: Wagner Miyaura - Market<br />
Support Manager, South America<br />
wagner.miyaura@cellavision.com<br />
0 116<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020
Este é o próximo<br />
grande acontecimento<br />
em hematologia.<br />
INFORME DE MERCADO<br />
Apresentamos o CellaVision ® DC-1<br />
Um novo analisador CellaVision que processa uma lâmina por vez, permitindo laboratórios<br />
de pequeno porte implementarem as melhores práticas em morfologia digital para contagens<br />
diferenciais em sangue periférico. Mesmo compacto, apresenta o mesmo conjunto de vantagens<br />
na implementação operacional e clínica dos nossos analisadores maiores.<br />
Saiba mais em www.cellavision.com/its-here<br />
O CellaVision DC-1 não se encontra disponível em todos os mercados<br />
MM-128-08 2019-03-18<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020<br />
0 117
INFORME DE MERCADO<br />
C<br />
M<br />
Y<br />
CM<br />
MY<br />
CY<br />
CMY<br />
K<br />
Bunzl Saúde apresenta novos produtos ao mercado<br />
Cateter 26G Solidor: Modelo de<br />
cateter simples, 26 G, desenvolvido<br />
especialmente para os neonatos,<br />
bebês e idosos. Estes pacientes<br />
possuem em comum o acesso venoso<br />
bem fino, por isso o cateter 26<br />
G será um excelente produto para a<br />
terapia venosa, contribuindo para<br />
um atendimento mais humano.<br />
Atenta às necessidades do mercado,<br />
a Bunzl Saúde apresenta ao<br />
mercado seus recentes lançamentos,<br />
reforçando o compromisso com<br />
a saúde e ampliando o portfólio de<br />
dispositivos médico-hospitalares.<br />
Máscaras Cirúrgicas Adulto/ Infantil<br />
Labor Import: Dispositivo<br />
com tripla camada de proteção e<br />
com 98% de Eficiência de Filtragem<br />
Bacteriológica (BFE), ideal para<br />
conter a contaminação por inalação<br />
de gotículas ou outros fluidos corpóreos.<br />
Sondas de Aspiração com Válvula<br />
Solidor: Dispositivo essencial<br />
para ser utilizado em conjunto com<br />
os Tubos Endotraqueais Solidor,<br />
Tubos de Traqueostomia Solidor e<br />
Máscara Laríngea Solidor, devido à<br />
necessidade de aspiração constante<br />
de secreções.<br />
Máscara Laríngea Solidor: Dispositivo<br />
de respiração supraglótica<br />
das vias aéreas, podendo ser um intermediário<br />
entre a Máscara Facial<br />
e o Tubo Endotraqueal Solidor, dispensando<br />
o uso do laringoscópio.<br />
Saiba mais, acesse o Portal<br />
Bunzl Saúde e descubra!<br />
www.bunzlsaude.com.br/descubra<br />
bunzlsaude.com.br<br />
(11) 3652-2525<br />
portal@bunzlsaude.com.br<br />
/bunzlsaude<br />
0 118<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020
Parceria entre a Diagnóstica Cremer e Newprov traz inovação e<br />
qualidade para o mercado laboratorial.<br />
INFORME DE MERCADO<br />
Na Diagnóstica Cremer não poupamos<br />
esforços quando o assunto<br />
é buscar novidades e inovação para<br />
auxiliar laboratórios de todo o Brasil.<br />
É por isso que fechamos parceria<br />
com a Newprov, empresa paranaense<br />
que atua no mercado desde 1993,<br />
produzindo e distribuindo produtos<br />
para laboratórios de análises clínicas<br />
e controle de qualidade.<br />
Entre os principais produtos está<br />
o GLUC UP – Teste oral de sobrecarga<br />
à glicose que contém quantidade<br />
exata dos açúcares, utiliza<br />
de dextrose de grau farmacêutico<br />
e produção dedicada, podendo ser<br />
adquirido nos sabores limão (sem<br />
corantes), laranja e abacaxi (com<br />
corantes alimentícios). O LACT<br />
UP – Teste de intolerância à lactose<br />
contém quantidade exata de<br />
lactose, utiliza de lactose de grau<br />
farmacêutico, possui produção<br />
dedicada e sabores variados. As<br />
tampas do GLUC UP e LACT UP são<br />
de cores diferentes para facilitar<br />
a identificação dos produtos, um<br />
grande diferencial da marca.<br />
O HEMOPROV I é um meio de cultura<br />
de alta qualidade pronto para<br />
uso, contém SPS como agente anticoagulante<br />
e longa validade (720<br />
dias após fabricação). Além disso,<br />
possui frascos adulto e pediátrico<br />
para melhor adequação da proporção<br />
meio de cultura x volume de<br />
sangue (1:10).<br />
Nosso propósito como Grupo<br />
Mafra conversa com o objetivo da<br />
Newprov, que é oferecer aos clientes<br />
produtos de qualidade que<br />
contribuam para um diagnóstico<br />
seguro, de excelência e também<br />
em controle de qualidade industrial<br />
e laboratorial, gerando sempre<br />
confiança.<br />
Quer saber mais sobre essa grande<br />
novidade?<br />
Entre em contato com a nossa<br />
Central de Atendimento pelo 0800<br />
ou WhatsApp.<br />
Telefone: 0800 729 3090<br />
WhatsApp: (47) 99264-1667<br />
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<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020<br />
0 119
INFORME DE MERCADO<br />
Uso do marcador D-Dímero no diagnóstico de trombose em mulheres<br />
O marcador D-Dímero indica a formação<br />
de coágulos sanguíneos no<br />
organismo e é um importante teste<br />
complementar para diagnóstico de<br />
diversas doenças, inclusive COVID-19.<br />
Mas a sua principal utilização se dá na<br />
triagem e diagnóstico de pacientes<br />
com trombose. Pesquisas apontam<br />
que mulheres de 20 a 40 anos são<br />
as mais afetadas pela condição, pois<br />
estão mais expostas aos fatores de<br />
risco da doença. Desta forma, o teste<br />
D-Dímero é utilizado como uma das<br />
ferramentas para acompanhamento<br />
da saúde da mulher.<br />
D-dímero: o que é?<br />
O corpo humano possui um sistema<br />
de coagulação que permite estancar<br />
sangramentos de forma rápida e<br />
eficaz. Em caso de lesões, o fibrinogênio,<br />
uma proteína necessária para<br />
que as plaquetas se juntem e deem<br />
início ao processo de coagulação, é<br />
ativado. No processo de coagulação,<br />
ele se converte em fibrina. Quando<br />
a lesão é curada, outro elemento, a<br />
plasmina, digere a fibrina do coágulo<br />
(também chamado de trombo).<br />
Desse processo de degradação do<br />
coágulo, são liberados na corrente<br />
sanguínea alguns fragmentos, entre<br />
eles, o D-Dímero.<br />
Todo o processo de coagulação, assim<br />
como a liberação dos elementos<br />
bioquímicos relacionados, são normais<br />
ao organismo e importantes para seu<br />
funcionamento correto. Entretanto, distúrbios<br />
genéticos ou hábitos não saudáveis<br />
podem desencadear a produção<br />
de coágulos onde não há sangramentos.<br />
Sendo assim, a quantificação do<br />
D-Dímero no organismo pode auxiliar<br />
no diagnóstico de distúrbios relacionados<br />
à coagulação sanguínea.<br />
A formação de coágulos sanguíneos<br />
no organismo também é conhecida<br />
por tromboembolismo venoso<br />
(TEV). O termo inclui as condições<br />
Trombose Venosa Profunda (TVP) ou<br />
Embolia Pulmonar (EP).<br />
Importante apontar que níveis elevados<br />
de D-Dímero no organismo são<br />
comuns após cirurgias, traumas ou<br />
infecções. Entretanto, também podem<br />
indicar Trombose Venosa Profunda ou<br />
Embolia Pulmonar. Cabe ao profissional<br />
de saúde avaliar resultado do exame<br />
junto a outros fatores.<br />
Quantificação do D-Dímero e<br />
saúde da mulher<br />
A trombose é uma doença que pode<br />
atingir homens e mulheres. Entretanto,<br />
segundo o Ministério da Saúde, a condição<br />
tem maior incidência nas mulheres,<br />
considerando indivíduos de 20 a<br />
40 anos. Isso porque pessoas do sexo<br />
feminino, principalmente nessa faixa<br />
etária, têm maior exposição a alguns<br />
fatores de risco, como anticoncepcionais,<br />
gestações e reposição hormonal.<br />
Mulheres em idade reprodutiva que<br />
fazem uso de método contraceptivo<br />
como estrogênio podem ter risco aumentado<br />
de três a seis vezes. Durante<br />
a gestação, o risco de trombose aumenta<br />
seis vezes. No período até 40<br />
dias pós-parto, o risco pode ser 15<br />
vezes maior. Tendo em vista estes fatores,<br />
a quantificação do D-Dímero se<br />
torna uma importante ferramenta no<br />
processo de acompanhamento para<br />
mulheres com elevados fatores de<br />
risco. Busca-se, desta forma, diagnosticar<br />
o tromboembolismo venoso de<br />
forma antecipada, evitando que a doença<br />
avance e tenha riscos agravados.<br />
O tromboembolismo venoso pode<br />
ser completamente assintomático, assim<br />
como pode apresentar sintomas<br />
como inchaço, dor ou sensibilidade nos<br />
membros inferiores, pele vermelha ou<br />
arroxeada, aumento da temperatura e<br />
rigidez no local. É importante ressaltar<br />
0 120<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020
INFORME DE MERCADO<br />
que somente o médico tem condições<br />
de avaliar a necessidade do exame, assim<br />
como analisar o resultado junto de<br />
histórico clínico e exame físico.<br />
O teste D-Dímero com resultado positivo<br />
(acima dos valores de referência),<br />
sugere a presença de trombose ou embolia<br />
no organismo. Neste caso, o médico<br />
deve seguir com outros exames,<br />
como Doppler, ressonância magnética<br />
ou venografia, para confirmação do<br />
diagnóstico. Se negativo, ou seja, com<br />
quantidade dentro do indicado nas referências,<br />
praticamente se exclui a presença<br />
de TEV. Sendo assim, o marcador<br />
D-Dímero é considerado um excelente<br />
mecanismo no diagnóstico de TEV,<br />
mas, principalmente, em sua exclusão.<br />
Uso de anticoncepcional e trombose<br />
O anticoncepcional oral é hoje um<br />
dos métodos contraceptivos mais<br />
utilizados pelas mulheres. Ele possui<br />
em sua composição estrogênio e progesterona,<br />
dois hormônios sintéticos.<br />
A ação das pílulas acontece por meio<br />
da inibição da ovulação. Elas também<br />
alteram as características do endométrio<br />
e do muco cervical. Apesar<br />
das pílulas anticoncepcionais de hoje<br />
conterem doses hormonais bem mais<br />
baixas que as das comercializadas<br />
décadas atrás, mantém-se entre os<br />
seus efeitos adversos o maior risco de<br />
tromboembolismo venoso.<br />
Segundo o artigo A relação entre o<br />
uso de anticoncepcionais orais e a ocorrência<br />
de trombose, “Essa relação pode<br />
ser explicada devido aos estrógenos e<br />
progestágenos diminuírem a capacidade<br />
de coagulação sanguínea e aumentarem<br />
a capacidade pró-coagulante<br />
da cascata de coagulação, interferindo<br />
assim na hemostasia, por esse motivo<br />
é aconselhável que as usuárias desses<br />
medicamentos tenham acompanhamento<br />
de um médico especialista.”<br />
Ainda segundo o artigo, antes de<br />
iniciar o uso de anticoncepcionais<br />
orais, é necessário que a paciente procure<br />
por um médico especialista, que<br />
poderá diagnosticar trombofilias (doenças<br />
do sangue que predispõem à<br />
trombose) ou predisposições genéticas.<br />
“Para eliminar-se por completo as<br />
suspeitas, o médico ainda pode solicitar<br />
exames laboratoriais como: hemograma<br />
completo, coagulograma, testes<br />
de proteína C ativada, anticorpos<br />
antifosfolipídios, dosagem sanguínea<br />
do dímero D, anticoagulante lúpico,<br />
anticardiolipina IgG e IgM, e testes de<br />
deficiência da proteína C e da proteína<br />
S e da antitrombina.”<br />
Segundo a Agência Nacional de Vigilância<br />
Sanitária (Anvisa), deve ser<br />
realizada pesquisa clínica e histórico<br />
da paciente para melhor definição<br />
do anticoncepcional a ser utilizado.<br />
O órgão ainda reforça que os benefícios<br />
superam os efeitos colaterais.<br />
“Até o momento, os benefícios dos<br />
anticoncepcionais na prevenção da<br />
gravidez continuam a superar seus<br />
riscos. Além disso, os riscos de eventos<br />
como trombose envolvendo todos<br />
os contraceptivos orais combinados é<br />
conhecidamente pequeno.”<br />
Marcador D-dímero Point of<br />
Care (POC)<br />
De maneira geral, somente a trombose<br />
venosa profunda atinge 60 em<br />
cada 100 mil habitantes no Brasil<br />
por ano. Complicações por trombose<br />
– que incluem a embolia pulmonar<br />
– podem levar à morte súbita. Desta<br />
forma, o marcador D-Dímero Point of<br />
Care é uma útil ferramenta para pronto-atendimentos,<br />
pois agiliza o processo<br />
de diagnóstico, possibilitando<br />
à equipe médica iniciar o tratamento<br />
e procedimentos rapidamente, diminuindo<br />
os riscos de morte de pacientes.<br />
Além disso, é também um teste<br />
complementar para diversas comorbidades,<br />
inclusive COVID-19.<br />
Utilizado em conjunto com o Finecare<br />
FIA Meter, o marcador D-Dímero da<br />
Celer Biotecnologia determina quantitativamente<br />
a presença do fragmento<br />
em amostras de plasma ou sangue total.<br />
Para sua realização, são necessários entre<br />
10 e 15 microlitros de amostra apenas. O<br />
teste é realizado através do método imunoensaio<br />
por fluorescência e a reação<br />
0 122<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020
acontece em cinco minutos. O resultado<br />
deve ser avaliado por um profissional<br />
capacitado, junto à análise de histórico e<br />
exame clínico do paciente.<br />
Segundo Roberto Alves de Souza,<br />
engenheiro de produtos da Celer Biotecnologia,<br />
na prática, o avanço do<br />
teste se dá no método de executar o<br />
diagnóstico. “A versão que está presente<br />
no mercado precisa de solução<br />
para manuseio de amostra. O novo<br />
produto não tem esta etapa. A amostra<br />
é colocada diretamente no cacete<br />
de teste”, explica. Dessa forma, a realização<br />
do teste acontece em menor<br />
tempo, o que reforça sua utilidade<br />
para pronto-atendimentos.<br />
Para saber mais sobre o Celer Finecare<br />
D-Dímero Quantitativo e o Finecare<br />
FIA Meter, acesse o link. Você também<br />
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Referências:<br />
https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/<br />
noticias-anvisa/2016/anticoncepcional-<br />
-so-com-prescricao-medica; https://www.<br />
febrasgo.org.br/media/k2/attachments/04-TROMBOEMBOLISMO_VENOSO_E_<br />
CONTRACEPTIVOS_HORMONAIS_COM-<br />
BINADOS.pdf; http://bvsms.saude.gov.br/<br />
dicas-em-saude/2959-trombose; https://<br />
www.mastereditora.com.br/periodico/20190905_224655.pdf;<br />
https://www.<br />
scielo.br/pdf/abc/2011nahead/aop01211.<br />
pdf; http://www.sbpc.org.br/upload/congressos/2_Doencas_tromboembolicas.pdf<br />
https://emedicine.medscape.com/article/<br />
300901-overview; https://emedicine.medscape.com/article/1911303-overview<br />
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INFORME DE MERCADO<br />
VIDA BIOTECNOLOGIA CONFIRMA A EXPANSÃO PARA 2020<br />
A empresa que neste ano completa<br />
10 anos de mercado, vem se destacando<br />
com imponência na fabricação de<br />
todos os reagentes para química clínica,<br />
hematologia, látex e testes-rápidos.<br />
A Vida Biotecnologia confirma a<br />
expansão de sua estrutura ainda<br />
para 2020. Em uma área de aproximadamente<br />
2500 m² a empresa<br />
visa ampliar seus horizontes, além<br />
de trazer conforto e bem-estar a<br />
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<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020<br />
0 123
INFORME DE MERCADO<br />
QuantiFERON-TB Gold Plus fornece uma detecção altamente<br />
acurada da infecção latente por tuberculose em pessoas vivendo com HIV<br />
01 de dezembro - Dia Mundial de Luta<br />
contra a Aids<br />
Há mais de 30 anos, a Assembleia Geral<br />
da ONU e a Organização Mundial da Saúde<br />
(OMS) instituíram o dia 1º de dezembro como<br />
o Dia Mundial de Luta contra a Aids, com o<br />
intuito de unir forças ao redor do mundo<br />
sobre a conscientização da Síndrome da<br />
Imunodeficiência Adquirida.<br />
Apesar dos avanços nos esquemas de tratamento<br />
e diagnóstico da Aids, ela continua sendo um dos<br />
maiores problemas da saúde pública mundial,<br />
sendo a responsável por 770 mil óbitos devido<br />
complicações da doença só em 2018.<br />
A tuberculose está entre as principais causas<br />
de morte entre as pessoas vivendo com<br />
HIV, sendo responsável por uma em cada<br />
três mortes relacionadas a Aids. Estima-se<br />
que 49% das pessoas que vivem com HIV<br />
e tuberculose desconhecem seu estado de<br />
coinfecção e, portanto, não estão recebendo<br />
os cuidados necessários.<br />
• Uma pessoa com infecção latente da<br />
tuberculose não tratada e com infecção por<br />
HIV tem maior probabilidade de desenvolver<br />
TB ativa durante a vida em comparação à<br />
pessoas não infectadas pelo HIV<br />
• Entre as pessoas com TB latente, a infecção<br />
por HIV é o fator de risco mais forte para<br />
progressão para TB doença<br />
Em 2018, as recomendações da OMS<br />
incluíram a testagem sistemática da<br />
tuberculose latente e o tratamento para todas<br />
as pessoas vivendo com HIV. Estudos indicam<br />
que o QuantiFERON-TB Gold Plus (QFT-<br />
Plus), teste IGRA líder de mercado, permite a<br />
detecção acurada da infecção latente por TB<br />
em pacientes imunocomprometidos.<br />
O QuantiFERON-TB Gold Plus é um teste<br />
laboratorial que analisa a resposta do sistema<br />
imune ao Mycobacterium tuberculosis (bacilo<br />
da tuberculose - MTB) através da produção<br />
de interferon-gama pelas das células T CD4<br />
e T CD8 em resposta a proteínas de antígeno<br />
específicas do MTB. Mesmo em alguns cenários<br />
onde a resposta por células T CD4 podem<br />
estar suprimidas nos pacientes HIV, o QFT-<br />
Plus permite a identificação da tuberculose<br />
latente por prover informações mais completas<br />
sobre a resposta imune do paciente através da<br />
quantificação de interferon-gama produzido<br />
pelas células T CD8.<br />
O teste QuantiFERON-TB Gold Plus foi<br />
recentemente incorporado ao SUS1 como um<br />
aliado no cuidado do paciente HIV.<br />
Saiba mais sobre o teste QuantiFERON-<br />
TB Gold Plus em: https://www.quantiferon.<br />
com/products/quantiferon-tb-gold-plusqft-plus/patients-living-with-hiv/<br />
O teste QuantiFERON-TB Gold Plus<br />
destina-se para diagnóstico in vitro e<br />
está registrado na Anvisa:<br />
QuantiFERON Plus Tubes: Registro na<br />
Anvisa 10322250068<br />
QuantiFERON TB Gold Plus: 10322250071<br />
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http://conitec.gov.br/images/Consultas/<br />
Relatorios/2020/20201113_Relatorio_de_<br />
Recomendacao_573_IGRA.pdf<br />
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0 124<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020
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permite realizar análises em ambientes<br />
laboratoriais e hospitalares.<br />
O sistema é automático e pode-se<br />
utilizar amostras de sangue total arterial<br />
ou venoso, coletadas em heparina lítica<br />
ou heparina balanceada com cálcio,<br />
incluindo gasometria capilar.<br />
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o sistema utiliza apenas 140 µL de<br />
amostra e os resultados são obtidos<br />
em 48 segundos, após a aspiração da<br />
amostra. A bateria tem autonomia para<br />
50 testes contínuos.<br />
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parâmetros medidos (pH, pCO2, pO2,<br />
Na+, K+, Ca++, Cl-, Glu, Lac e Hct) e<br />
24 parâmetros calculados.<br />
• Cartuchos individuais e de uso<br />
único que possuem microssensores<br />
para determinação dos parâmetros<br />
por potenciometria, amperometria e<br />
condutimetria.<br />
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com tecnologia inovadora de controle<br />
de líquidos, a amostra fica confinada no<br />
cartucho e não entra em contato com o<br />
sistema operacional interno.<br />
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cada amostra, três níveis de controle de<br />
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<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020<br />
0 125
INFORME DE MERCADO<br />
Índice de Mentzer e RDWI no Celltac G: Parâmetros para Diferenciação<br />
da Anemia Ferropriva e Talassemia em casos de anemia microcítica<br />
O diagnóstico diferencial das anemias<br />
microcíticas é complexo e a sua investigação<br />
laboratorial tem um custo alto.<br />
O uso de índices ou parâmetros para<br />
racionalizar a abordagem diagnóstica<br />
tem sido proposto para contornar essa<br />
problemática.<br />
Para auxiliar na identificação da causa<br />
da anemia microcítica, foi descrito em<br />
1973 por William C. Mentzer, o Índice<br />
de Mentzer, sendo útil na diferenciação<br />
da anemia ferropriva de beta-talassemia.<br />
O índice é gerado a partir dos<br />
resultados de um hemograma, sendo<br />
utilizados os parâmetros:<br />
• VCM - Volume corpuscular médio<br />
(em fL)<br />
• RBC - Contagem global de eritrócitos<br />
(RBC, em milhões por microlitro).<br />
Existe um valor de corte para o Índice<br />
de Mentzer, sendo que valores abaixo<br />
deste é dito ser mais provável a beta<br />
talassemia e acima anemia ferropriva.<br />
Para entender a utilização deste índice<br />
o princípio é o seguinte:<br />
Na deficiência de ferro, a produção<br />
de eritrócitos na medula está diminuída.<br />
Estes eritrócitos por sua vez são<br />
pequenos (microcíticos), de modo que<br />
a contagem de ambos parâmetros serão<br />
baixos e como resultado, o índice<br />
será maior do que o valor de corte. Por<br />
outro lado, nos casos de talassemias,<br />
a anemia microcítica é resultante de<br />
um erro na síntese de cadeias globínicas<br />
com consequente diminuição<br />
da hemoglobina, sendo a produção<br />
dos eritrócitos em quantidade normal<br />
mas são mais frágeis e menores com<br />
volume corpuscular médio baixo (microcítica),<br />
de modo que o índice será<br />
menor que o valor de corte. Além do<br />
Índice de Mentzer, o equipamento Celltac<br />
G (MEK-9100) da Nihon Kohden<br />
tem um parâmetro adicional, o RDWI.<br />
Este parâmetro é utilizado em conjunto<br />
com o Índice de Mentzer e aumenta<br />
significativamente a sensibilidade<br />
e especificidade na diferenciação da<br />
anemia ferropriva e beta talassemia e<br />
consequentemente o diagnóstico final.<br />
Estes índices são úteis na orientação<br />
ao médico e sem custo adicional, direcionando<br />
ao melhor diagnóstico e a<br />
melhor tratativa por parte da equipe<br />
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0 126<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020
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<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020<br />
0 127
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e / ou morfologias.<br />
• Identificação incorreta de células.<br />
• Relatórios com desempenho individual<br />
pontuação.<br />
• Fácil de usar<br />
É elaborado um relatório individual da<br />
classificação que mostra<br />
• Um índice da sensibilidade média das<br />
células corretamente classificadas em<br />
relação à referência.<br />
• Uma classificação imediata de TP, TN,<br />
FP, FN e os cálculos associados da relação<br />
sensibilidade e precisão<br />
• Imagens de células que não combinam<br />
com a classificação de referência.<br />
• As observações do leitor e do gerente.<br />
• As ações corretivas associadas.<br />
Benefícios<br />
• Padronização da leitura manual das<br />
lâminas ao microscópio.<br />
• Aumentando a confiabilidade dos resultados<br />
finais.<br />
• Ajudar novos técnicos a melhorar seu<br />
nível e se tornarem confiantes.<br />
• Ajudando Técnicos experientes a<br />
manter seu nível.<br />
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(11) 2923-5400<br />
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<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020
INFORME DE MERCADO<br />
Pointcare® M4: Analisador Bioquímico - Química Seca<br />
O analisador é um espectrofotômetro<br />
portátil. O sistema óptico consiste em<br />
uma lâmpada estroboscópica de arco<br />
de xenônio e um divisor/detector de<br />
feixe capaz de ler nove comprimentos<br />
de onda. Um aquecedor mantém o disco<br />
a 37 ± 0,2°C durante a reação.<br />
O disco de reagente é desenvolvido<br />
com base na tecnologia microfluídica.<br />
É um consumível de 8 cm de diâmetro<br />
contendo todos os diluentes e reagentes<br />
secos necessários para realizar um<br />
painel de testes. O disco contém 30<br />
cubetas que serão preenchidas com<br />
plasma diluído ou diluente.<br />
As cubetas têm diferentes caminhos<br />
para acomodar diferentes sensibilidades<br />
de reagente e concentrações de<br />
analito. Grânulos de reagente liofilizados<br />
pré-medidos para cada produto<br />
químico no painel são colocados nas<br />
cuvetas no momento da fabricação.<br />
Para realizar um painel de testes,<br />
o operador aplica cerca de 100μl de<br />
sangue total, soro ou plasma diretamente<br />
em um disco. Usando forças<br />
centrífugas e capilares, o disco mede<br />
a quantidade necessária de sangue,<br />
separa os glóbulos vermelhos, mede<br />
o plasma, mede o diluente, mistura<br />
os fluidos, distribui o fluido para<br />
as cubetas de reação e mistura os<br />
reagentes e o plasma diluído nas<br />
cubetas. O analisador monitora as<br />
reações simultaneamente usando<br />
nove comprimentos de onda, calcula<br />
os resultados a partir dos dados de<br />
absorbância e relata os resultados na<br />
tela e em uma impressora térmica de<br />
rolo de fita conveniente.<br />
O sistema Pointcare® M4 fornece<br />
resultados precisos, rápidos e confiáveis<br />
e destina-se ao uso profissional<br />
em um ambiente de laboratório<br />
clínico ou em locais de ponto de<br />
atendimento.<br />
Operação fácil e segura, três etapas<br />
simples para desempenho rápido e<br />
eficiente. O Pointcare® M4 foi projetado<br />
para simplificar seu fluxo de<br />
trabalho com facilidade de uso, flexibilidade<br />
e rendimento.<br />
1 - Adicione a amostra e diluente 2 – Insira o Disco 3 – Leia os resultados<br />
O Pointcare® M4 pode ser amplamente<br />
utilizado em cuidados primários,<br />
emergência, UTI, unidades médicas<br />
móveis, pediatria, oncologia, hospitais,<br />
governo, pesquisa e outros. Prestar<br />
atendimento em tempo real para aumentar<br />
a satisfação do paciente.<br />
Os cuidadores podem realizar um<br />
painel completo de até 13 testes químicos<br />
no local entre 8 a 12 minutos.<br />
Registrado na Anvisa:<br />
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0 130<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020
Saúde da Mulher: Quais as conquistas e o que pode melhorar?<br />
A mulher brasileira tem programas<br />
e protocolos de saúde pública<br />
que abrangem temas como o pré-<br />
-natal, puerpério, planejamento<br />
reprodutivo. Contudo, ainda há<br />
muito que ser feito nas questões<br />
relacionadas à violência doméstica<br />
e sexual, além da prevenção e<br />
tratamento dos cânceres que mais<br />
acometem a população feminina.<br />
Para se ter uma ideia, a estimativa<br />
do Instituto Nacional do Câncer<br />
(INCA) para o número de mulheres<br />
com câncer de mama no Brasil subiu<br />
de 59 mil casos em 2019 para<br />
66 mil casos em 2020.<br />
Isso mostra que mais mulheres<br />
estão ficando doentes e que há a<br />
necessidade de realizar programas<br />
de prevenção e diagnóstico precoce<br />
de doenças graves, sejam estas<br />
de origem oncótica ou infecciosa,<br />
como é o caso das infecções sexualmente<br />
transmissíveis (IST).<br />
O diagnóstico molecular representa<br />
uma grande evolução na<br />
área de diagnósticos, pois este<br />
permite a detecção simultânea de<br />
diversos microrganismos diferentes,<br />
dentre eles vírus, bactérias e<br />
protozoários, que estão relacionados<br />
a várias doenças infeciosas<br />
importantes, que causam infertilidade,<br />
parto prematuro, malformação<br />
fetal e lesões que se não tratadas<br />
levam ao desenvolvimento do<br />
câncer. Nesse caso, o diagnóstico é<br />
rápido, preciso e específico e pode<br />
ser realizado com apenas uma única<br />
amostra coletada da paciente.<br />
Também é possível rastrear<br />
mutações genéticas relacionadas<br />
à trombofilia, distúrbio<br />
da cascata de coagulação que<br />
causa infertilidade, abortos recorrentes,<br />
trombose e doenças<br />
cardiovasculares.<br />
Mobius Life Science<br />
Mobiuslife.com.br<br />
Instagram: @mobiuslifescience<br />
INFORME DE MERCADO<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020<br />
0 131
INFORME DE MERCADO<br />
Importância do teste rápido na retomada das atividades presenciais<br />
Os testes rápidos, que apresentam<br />
resultados em dez minutos e<br />
são feitos com coleta de volume<br />
ínfimo de sangue da ponta dos dedos,<br />
contribuem para o retorno aos<br />
escritórios mitigando riscos para a<br />
saúde dos profissionais. Permitem,<br />
também, a adequação, com custos<br />
reduzidos, às normas definidas pelo<br />
Estado, não exigem complexas estruturas<br />
laboratoriais para sua aplicação<br />
e criam uma rede de proteção<br />
na sociedade.<br />
Anna Luiza Szuster *<br />
No paulatino movimento de retomada<br />
das atividades presenciais<br />
e retorno de crescente número de<br />
profissionais aos escritórios, fábricas<br />
e empresas de prestação de<br />
serviços, todos os cuidados devem<br />
ser adotados para se evitar uma segunda<br />
onda de contágio pelo novo<br />
coronavírus, como se observa em<br />
alguns países da Europa, por exemplo.<br />
Precisamos considerar que no<br />
Brasil, embora se verifique estabilidade<br />
e tendência de queda, ainda<br />
são elevados os números de contaminação<br />
e óbitos diários.<br />
Assim, nunca é demais reforçar a<br />
obrigatoriedade do uso de máscaras<br />
nas ruas, nos transportes e nos<br />
escritórios, distanciamento entre<br />
as pessoas nos espaços públicos e<br />
locais de trabalho, disponibilização<br />
de álcool em gel e horários de fun-<br />
cionamento dos estabelecimentos<br />
condizentes com as normas e protocolos<br />
das autoridades de saúde<br />
de cada cidade. Tudo isso é crucial.<br />
Dentre as regras anunciadas para<br />
a reabertura econômica, também<br />
está a testagem em massa dos colaboradores.<br />
Nesse sentido, empresas<br />
e pessoas têm um grande aliado, o<br />
teste rápido, que permite identificar<br />
a existência de anticorpos contra o<br />
novo coronavírus, indicando se o<br />
indivíduo já desenvolveu imunidade<br />
e, por consequência, se pode retomar<br />
suas atividades laborais praticamente<br />
sem riscos de transmitir<br />
ou contrair a doença.<br />
Somos todos – pessoas físicas e<br />
jurídicas - responsáveis por preservar<br />
nossa saúde, de nossos familiares,<br />
dos funcionários, dos colegas<br />
de trabalho e de todos com os quais<br />
convivemos. Assim, em paralelo<br />
aos testes, máscaras, álcool em gel,<br />
higiene e distanciamento social, é<br />
decisivo exercitarmos a vacina da<br />
consciência e da cidadania.<br />
*Anna Luiza Szuster, farmacêutica<br />
graduada pela Universidade Federal<br />
do Rio de Janeiro e Pós Graduada em<br />
Comércio Exterior pela Fundação Getúlio<br />
Vargas, é Diretora de Relações<br />
Internacionais da MedLevensohn.<br />
Para maiores informações, entre em<br />
contato através do<br />
e-mail faleconosco@lumiradx.com<br />
ou (11) 5185- 8181.<br />
0 132<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020
SE A GENTE FALAR QUE É<br />
UM EXAME NO DEDO E NÃO<br />
NA PRÓSTATA, PROMETE<br />
NÃO SAIR CORRENDO?<br />
Seu Laboratório não pode e não deve trabalhar com<br />
produtos de segunda linha. Afinal, testar com qualidade<br />
e precisão é uma obrigação.<br />
Aproveite este Novembro Azul para ter o melhor teste<br />
rápido para PSA do país. Afinal, quando se trata de<br />
MedTeste MedLevensohn, é qualidade garantida.<br />
*Preço sujeito a alteração, sem aviso prévio. Imagens meramente ilustrativas. Consulte nossa Central de Atendimento ou o seu Representante Comercial para obter descontos especiais.<br />
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JUNTO À ANVISA<br />
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OU CONSULTE O SEU REPRESENTANTE
INFORME DE MERCADO<br />
SARSTEDT, seu Parceiro Global na Medicina e Ciência<br />
Em Terras Brasileiras<br />
Com a notável crescente do mercado<br />
de saúde brasileiro, o ano de 2018<br />
marcou o início da produção local de<br />
tubos de transporte de amostras<br />
biológicas, com a primeira unidade<br />
fabril SARSTEDT da América Latina,<br />
localizada no município de Porto Feliz,<br />
interior paulista.<br />
Presente no Brasil há mais de duas<br />
décadas, o Grupo SARSTEDT é uma<br />
empresa global, de origem e sede<br />
oficial na Alemanha, mais especificamente<br />
na cidade de Nümbrecht.<br />
Com 15 unidades fabris e 34 subsidiárias<br />
espalhadas por todo o mundo,<br />
nosso trabalho é compartilhar<br />
com o mercado de Medicina e Ciência,<br />
soluções inovadoras que não só<br />
otimizem a logística pré e pós-analítica,<br />
como também tragam as últimas<br />
e indispensáveis atualizações<br />
para a área, colaborando assim para<br />
os melhores resultados em projetos<br />
de alta performance de diversos setores,<br />
como:<br />
Laboratórios diagnósticos, pesquisa<br />
científica, saúde animal/medicina<br />
veterinária, hospitais e Bancos de<br />
sangue.<br />
Versatilidade na Atuação<br />
Carro-chefe entre nossos produtos<br />
e de fabricação no Brasil, o S-Monovette®<br />
proporciona uma experiência<br />
exclusiva na coleta de amostras biológicas<br />
de forma fechada, ágil e com<br />
total segurança, já que conta com<br />
técnica híbrida de coleta no mesmo<br />
dispositivo.<br />
A redução de interferentes na<br />
qualidade destas amostras também<br />
é trunfo do nosso produto.<br />
Usufruindo da metodologia de<br />
coleta por aspiração, esta técnica<br />
reduz de forma importante a hemólise,<br />
além de diminuir a coagulação<br />
sanguínea. Dessa forma,<br />
os indicadores de produtividade<br />
e qualidade laboratorial são positivamente<br />
influenciados, o que<br />
otimiza os diferentes processos<br />
envolvidos em análises clínicas.<br />
Mais de R$90 milhões foram investidos<br />
na construção da nova planta,<br />
a fim de atuar no abastecimento<br />
do setor que envolve mais de 6 mil<br />
hospitais e milhares de laboratórios<br />
clínicos, os quais tiveram suas atividades<br />
intensificadas desde o início<br />
da pandemia da COVID-19.<br />
O processo de nacionalização de<br />
parte da produção visa não só atender<br />
a demanda local, mas também<br />
otimizar o fornecimento de produtos<br />
que priorizam a qualidade, tanto de<br />
matéria prima, quanto de atendimento.<br />
Além disso, priorizamos o<br />
controle e agilidade nesta produção<br />
e somos capazes de suprir demandas<br />
atípicas e planejar ações futuras com<br />
mais assertividade e autonomia.<br />
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0 134<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020
Firstlab Investe em Produção Própria de Placas de Petri<br />
INFORME DE MERCADO<br />
A Firstlab nasceu com o propósito<br />
de oferecer os melhores produtos<br />
dedicados a área de Análises<br />
Clínicas para a realização de exames<br />
laboratoriais com excelência.<br />
Por isso sempre investimos em<br />
alta performance, segurança e<br />
inovação em nossa linha de produção,<br />
prezando pela sustentabilidade<br />
com a redução do uso de<br />
matéria-prima, mas sempre controlando<br />
cada etapa do processo<br />
para garantir a satisfação de nossos<br />
clientes.<br />
Recentemente viabilizamos a<br />
produção própria de toda a linha<br />
de placas de petri. Os modelos<br />
contemplados são: 60x15mm,<br />
90x15mm, 90x15mm com divisão<br />
e o mais novo modelo, 140x15mm.<br />
“Nossas placas seguem rígidos<br />
padrões de qualidade por isso<br />
possuem a superfície mais lisa<br />
quando comparadas com algumas<br />
encontradas no mercado. Isso é<br />
um diferencial importante na hora<br />
de dispensar o meio de cultura,<br />
além de fazer uma melhor leitura<br />
dos microrganismos. Outro ponto<br />
positivo é a menor variação de tamanho<br />
entre elas, um ponto chave<br />
para as necessidades industriais,<br />
a automação. Além de garantir o<br />
melhor custo-benefício aos nossos<br />
clientes.” Explica Adriano Provessi<br />
responsável pelo setor produtivo<br />
da Firstlab.<br />
Com alta capacidade de produção,<br />
as placas de petri Firstlab são<br />
fabricadas em poliestireno de alta<br />
transparência e posteriormente<br />
esterilizadas por radiação ionizante.<br />
Assim garantimos os melhores<br />
produtos aos nossos clientes.<br />
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<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020<br />
0 135
INFORME DE MERCADO<br />
MIASTENIA GRAVIS<br />
Miastenia gravis (miastenia gra-<br />
res do que em homens (razão 3:2)<br />
cíficos e sensíveis e produzem o<br />
vis pseudoparalítica, MG) é uma<br />
e pode se manifestar em qualquer<br />
melhor e mais confiável resultado<br />
doença autoimune generalizada<br />
fase da vida com dois picos, sen-<br />
em diagnóstico para MG e para<br />
caracterizada pela ruptura nas<br />
do que na mulher o primeiro pico<br />
monitorar o decorrer da doença.<br />
placas terminais motoras dos<br />
ocorre entre a segunda e a tercei-<br />
músculos estriados com prejuízo<br />
ra década, e no homem entre a<br />
O ensaio de anti-repectores da<br />
no sinal de transmissão neuro-<br />
sexta e oitava década.<br />
acetilcolina ELISA apresenta alta<br />
muscular.<br />
sensibilidade e especicificade,<br />
Na MG, autoanticorpos contra<br />
contribuindo<br />
substancialmente<br />
O quadro clínico é caracteri-<br />
acetilcolina das placas motoras<br />
para o sorodiagnóstico de mias-<br />
zado por fraqueza de um ou vá-<br />
causam uma disfunção da trans-<br />
tenia gravis (MG), além de um<br />
rios músculos esqueléticos que<br />
missão de dados neuromuscular,<br />
essencial auxílio para o diagnós-<br />
podem ocorrer durante períodos<br />
levando a uma fraqueza dos mús-<br />
tico final de miastenia gravis.<br />
de atividade, mas também em<br />
culos vitais, podendo ser fatal. Se<br />
períodos de descanso e sem uma<br />
for diagnosticado em fase inicial,<br />
A terapia para MG geralmente é li-<br />
razão particular, simetricamente<br />
o tratamento é possível.<br />
mitada ao tratamento com imunos-<br />
ou assimetricamente e com mu-<br />
supressores e inibidores da acetil-<br />
dança de gravidade. Em torno de<br />
Vários testes sorológicos estão<br />
colinesterase para melhorar o sinal<br />
50% dos casos, MG primeiro se<br />
disponíveis para o diagnóstico de<br />
de transmissão neuromuscular.<br />
manifesta nos olhos, pálpebras<br />
miastenia gravis. Inicialmente,<br />
e/ou músculos externos do olho<br />
um teste inibidor da acetilcolina<br />
(ptosis), porém outros grupos<br />
pode ser realizado. Se o resultado<br />
musculares podem ser afetados<br />
do teste está no intervalo normal,<br />
na fase inicial da doença.<br />
autoanticorpos contra acetilcolina<br />
devem ser investigados, atra-<br />
No mundo todo, a prevalência<br />
vés dos testes Anti- receptores de<br />
de MG é entre 100 e 700 casos por<br />
1 milhão habitantes. A MG ocorre<br />
mais frequentemente em mulhe-<br />
acetilcolina ELISA e Anti-receptores<br />
de acetilcolina RIA. Esses testes<br />
são métodos altamente espe-<br />
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0 136<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020
INFORME DE MERCADO<br />
Análise de Talassemias Com Celltac RDW-SD:<br />
Um parâmetro potencial para identificação de anemias.<br />
A Talassemia, também denominada<br />
como Anemia do Mediterrâneo devido<br />
a maioria dos casos descobertos inicialmente<br />
serem habitantes próximos ao Mar<br />
do Mediterrâneo, é um tipo de hemoglobinopatia<br />
quantitativa, hereditária, decorrentes<br />
de mutações nos genes das globinas<br />
que promovem redução ou ausência<br />
de síntese de uma ou mais das cadeias de<br />
globina, formadoras da hemoglobina. O<br />
resultado dessas alterações moleculares<br />
ocasiona desequilíbrio na produção das<br />
cadeias tendo como maior consequência<br />
a eritropoese ineficaz.<br />
anemia ferropriva, sendo que esta última<br />
é um estado, no qual há redução<br />
da quantidade total de ferro corporal e<br />
o fornecimento de ferro é insuficiente<br />
para atingir as necessidades de diferentes<br />
tecidos, incluindo, principalmente,<br />
as necessidades para a formação de hemoglobina<br />
e dos glóbulos vermelhos.<br />
Devido a essa similaridade, especialmente<br />
no hemograma, há a necessidade<br />
de uma rápida identificação diagnóstica,<br />
pois isso auxiliará o médico<br />
no melhor manejo do paciente. Assim<br />
como todos os analisadores hematológicos<br />
da Nihon Kohden, o Celltac ES<br />
(MEK-7300) da Nihon Kohden possui o<br />
parâmetro RDW-SD, um parâmetro eficaz<br />
que aliado ao uso de duas agulhas<br />
distribui a amostra em suas respectivas<br />
câmaras, reduzindo o arraste - Carry<br />
Over-, e tornando seus resultados mais<br />
precisos. Verificamos a eficácia do parâmetro<br />
RDW-SD do Celltac ES (MEK-<br />
7300) como um parâmetro potencial<br />
para identificação de anemia, comparando<br />
contagens de células sanguíneas<br />
relacionadas com RBC e histogramas<br />
para talassemia e anemia ferropriva.<br />
Então, encontramos diferença significativa<br />
no RDW-SD de pacientes com<br />
talassemia e anemia ferropriva enquanto<br />
o RDW-CV e histogramas não<br />
mostram diferenças significativas.<br />
Para o rastreio de talassemia, o RDW-<br />
-SD do Celltac ES (MEK-7300) efetivamente<br />
fornece dados eficazes para um<br />
diagnóstico preciso do médico, como<br />
mostrado na imagem:<br />
A Talassemia é classificada como<br />
anemia hipocrômica microcítica, tendo<br />
essa característica muito similar à<br />
Opte pela segurança do seu laboratório!<br />
Opte por equipamentos hematológicos Celltac da Nihon Kohden!<br />
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<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020
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INFORME DE MERCADO<br />
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e extensa preparação de amostras?<br />
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Na pesquisa biomédica e até mesmo<br />
em alguns ensaios de diagnóstico clínico,<br />
muitos dos principais reagentes<br />
usados são moléculas biológicas, que<br />
tendem a se degradar com o manuseio<br />
e o armazenamento.<br />
Entendemos que a preparação de<br />
coquetéis consome tempo, além de<br />
ser um processo repetitivo e difícil de<br />
automatizar. Na Beckman Coulter Life<br />
Sciences, desenvolvemos um método<br />
único para secar reagentes, mais estável<br />
do que o processo de liofilização e<br />
que dispensa os passos de ressuspensão.<br />
Nós chamamos essa tecnologia de<br />
Inovações DURA:<br />
• Dried: processo de secagem que<br />
permite manter o reagente em temperatura<br />
ambiente, sem a necessidade de<br />
refrigeração.<br />
• Unitized: os painéis de anticorpos<br />
são fornecidos em um coquetel de uso<br />
único. O reagente está pronto para a<br />
adição da amostra.<br />
• Reagent: é possível combinar diferentes<br />
reagentes, criando um coquetel<br />
de anticorpos. Possibilidade de incluir<br />
beads para contagem absoluta no<br />
mesmo tubo.<br />
• Assays: a tecnologia é usada em<br />
nossos ensaios de citometria de fluxo<br />
prontos para uso, apoiados por nosso<br />
sistema de fabricação de qualidade.<br />
Nossa linha de reagentes secos DU-<br />
RAClone inclui combinações otimizadas<br />
de anticorpos para a identificação<br />
e caracterização de células do sistema<br />
imunológico humano.<br />
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0 140<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020
As Melhores Centrífugas só na Labor Line!<br />
INFORME DE MERCADO<br />
A indústria Labor Line, inaugurada em<br />
1999, surgiu para atender a escassez de<br />
centrífugas, o mercado nacional apenas<br />
continha modelos de centrífugas ultrapassadas,<br />
barulhentas que exigiam<br />
constantes manutenções. Enquanto os<br />
importados, oriundos de qualquer país,<br />
não possuíam peças a pronta entrega.<br />
Além desses fatores, a insatisfação dos<br />
clientes relacionava-se também à variação<br />
cambial do Dólar e do Euro, que<br />
tornava a manutenção dos equipamentos<br />
economicamente inviável.<br />
Produzimos vários modelos, dos quais<br />
nossos clientes se identificam e realizam<br />
criteriosas rotinas diárias de centrifugação<br />
sabendo que estão operando<br />
equipamentos 100% nacionais e com<br />
total qualidade. Suprimos as necessidades<br />
dos laboratórios e profissionais<br />
cada vez mais exigentes, nos baseando<br />
nos moldes europeus de durabilidade,<br />
confiabilidade e segurança.<br />
Em tempos de pandemia, a Labor Line<br />
faz a diferença inovando e contribuindo<br />
para que os profissionais da linha de<br />
frente tenham o melhor em equipamentos<br />
na hora de realizar os exames,<br />
estamos trabalhando para que você,<br />
que possui clínica veterinária ou consultório<br />
dental, possa ter centrífugas<br />
totalmente dedicada e personalizada<br />
para atender você!<br />
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<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020<br />
0 141
INFORME DE MERCADO<br />
BNP e de NT-ProBNP mLabs® - Eficiência e rapidez na avaliação e<br />
monitoramento da Insuficiência cardíaca<br />
A insuficiência cardíaca (IC) é uma<br />
síndrome clínica a qual frequentemente<br />
representa a etapa final de diferentes<br />
cardiopatias, se tornando um<br />
grave problema de saúde pública.<br />
Segundo dados do DATASUS, estima-se<br />
que a prevalência de IC supere<br />
os 6 milhões de pessoas afetadas<br />
no Brasil, resultando em mais de<br />
300.000 internações por ano, o que<br />
corresponde a um terço das internações<br />
por doenças cardíacas, com<br />
índice aproximado de 8% de taxa de<br />
mortalidade hospitalar.<br />
Os peptídeos natriuréticos do<br />
tipo B (BNP) e a fração N-terminal<br />
(NT-ProBNP) são biomarcadores<br />
padrão na insuficiência cardíaca,<br />
os quais atuam na regulação da<br />
pressão arterial, sendo liberados na<br />
circulação em resposta ao aumento<br />
da pressão cardíaca.<br />
Numerosos estudos demonstraram<br />
que elevações nos níveis de BNP e de<br />
NT-ProBNP circulantes são encontradas<br />
nas fases mais precoces da IC, e<br />
seus níveis permanecem elevados a<br />
medida em que a IC avança.<br />
A dosagem do BNP e NT-ProBNP<br />
circulante oferece uma medida não-<br />
-invasiva e objetiva para a avalição de<br />
pacientes sob risco de IC.<br />
A LumiraDx disponibiliza em seu<br />
portfólio os kits de BNP e NT-ProBNP<br />
a serem utilizados no Analisador Multiparâmetros<br />
Mlabs®, instrumento<br />
Point of Care que permite a execução<br />
do teste de forma remota, proporcionando<br />
a diminuição do tempo de resposta,<br />
melhorias no processo de triagem,<br />
conduta terapêutica específica,<br />
sem a utilização de solução tampão<br />
e reagente auxiliares possibilitando a<br />
utilização mais eficiente dos recursos<br />
médico-hospitalares.<br />
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0 142<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020
Como a Bioquímica Monoreagente pode reduzir custos e evitar<br />
desperdícios.<br />
INFORME DE MERCADO<br />
Ainda é comum encontrar no mercado<br />
alguns reagentes que requerem<br />
a preparação de um reagente<br />
de trabalho para execução do teste.<br />
Creatinina e Magnésio, estão entre<br />
os mais críticos nessa preparação<br />
pois a estabilidade desses reagentes<br />
é muito curta e exigem muito<br />
controle do operador para garantir<br />
a precisão dos resultados. Isso<br />
ocorre devido à característica técnica<br />
dos reagentes que compõem<br />
sua formulação, que reagem com o<br />
ar atmosférico e são sensíveis a variações<br />
de temperatura, perdendo<br />
sua estabilidade rapidamente. Isso<br />
se torna um alto custo para o laboratório<br />
que precisa descartar esses<br />
reagentes frequentemente.<br />
Diferentemente do que é encontrado<br />
no mercado, a creatinina<br />
ref. 110 e o magnésio ref. 115<br />
chegam ao mercado no formato<br />
monoreagente, para solucionar<br />
esses problemas e reduzir os<br />
custos de operação e descarte.<br />
Os reagentes são estáveis,<br />
mesmo após aberto, até a validade<br />
do kit que pode chegar a<br />
15 meses. Muitos equipamentos<br />
automáticos, possuem posições<br />
limitadas para reagentes, caracterizando<br />
mais uma vantagem<br />
da utilização do monoreagente<br />
que ocupa apenas uma posição,<br />
liberando mais espaço na badeja<br />
para a execução de mais testes<br />
simultaneamente.<br />
Aproveite essa novidade e reduza<br />
custos!!!<br />
Benefícios dos produtos Mono<br />
Reagentes<br />
Reagente pronto para o uso;<br />
Aproveitamento total do reagente<br />
sem desperdiçar;<br />
Estabilidade até a validade do kit;<br />
Reduz o espaço utilizado na bandeja<br />
de reagentes;<br />
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<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020<br />
0 143
INFORME DE MERCADO<br />
Saiba o que muda na realização de exames de PSA quando a coleta é<br />
realizada com tubo de sorologia com gel<br />
A escolha do tubo de coleta de sangue facilita a rotina na realização de um dos exames mais comuns<br />
para a detecção do câncer de próstata.<br />
Além do conhecido exame de toque,<br />
outra forma de diagnosticar o câncer de<br />
próstata é o exame PSA que, por meio<br />
da coleta de sangue, identifica os níveis<br />
de Antígenos Prostáticos Específicos no<br />
sangue do paciente. Apesar de não ser o<br />
exame determinante para o diagnóstico,<br />
considerando que outros fatores podem<br />
levar a variações dos níveis de PSA<br />
no organismo, o exame, que é menos<br />
invasivo, é importante para direcionar o<br />
médico sobre a necessidade de solicitar<br />
outros exames complementares como<br />
ressonância magnética e biópsia.<br />
Hoje no Brasil, além do PSA total e o<br />
PSA livre, os laboratórios também analisam<br />
o PHI (Índice de Saúde da Próstata,<br />
em português), que avalia a concentração<br />
de uma terceira molécula da<br />
família P2PSA, mais frequentemente<br />
associada a presença de tumor maligno<br />
e, desta forma, aumenta a precisão<br />
do exame e diminui consideravelmente<br />
a ocorrência de biópsias desnecessárias<br />
nos pacientes.<br />
O monitoramento dos níveis de PSA<br />
também é realizado em pacientes diagnosticados,<br />
para o acompanhamento<br />
da doença. Segundo o INCA (Instituto<br />
Nacional de Câncer), “pacientes com<br />
doença classificada como de baixo risco<br />
(de acordo com níveis de PSA, estadiamento<br />
clínico e escore histopatológico<br />
de Gleason) é possível fazer apenas o<br />
monitoramento periódico do caso, sem<br />
precisar de tratamento imediato. Essa<br />
estratégia, chamada vigilância ativa,<br />
envolve a realização periódica dos<br />
exames de PSA e toque retal, além de<br />
biópsias conforme indicação médica.”<br />
Tendo em vista a importância do<br />
PSA para o diagnóstico e acompanhamento<br />
da doença, que é o tipo<br />
de câncer mais comum e o segundo<br />
que leva a mais óbitos no Brasil entre<br />
os homens (INCA), além de auxiliar<br />
no diagnóstico de outras alterações<br />
na próstata como Prostatite e Hiperplasia<br />
benigna da Próstata, a escolha<br />
do material a ser utilizado para o processo<br />
da coleta da amostra de sangue<br />
para a realização do exame faz toda a<br />
diferença na rotina dos laboratórios e<br />
no resultado final.<br />
A Greiner Bio-One é referência mundial<br />
em sistemas para coleta de sangue<br />
e, dentre os vários produtos do seu portfólio,<br />
os Tubos de Sorologia VACUET-<br />
TE® com gel separador são a escolha<br />
ideal para os exames de PSA.<br />
O gel separador proporciona uma<br />
barreira eficiente entre o coágulo e<br />
o soro após a centrifugação. Permite<br />
que a amostra seja transportada<br />
com maior estabilidade, sem necessidade<br />
de manipulação, garantindo<br />
sua qualidade, maior eficiência no<br />
processo e menor custo, além da segurança<br />
na rastreabilidade. Estudos<br />
mostram que tubos com gel não devem<br />
ser recentrifugados, pois pode<br />
alterar os resultados.<br />
Referências<br />
CBDL. Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial:<br />
Disponível em: .<br />
Hermes Pardini. Disponível em: .<br />
INCA: Instituto Nacional de Câncer. Câncer de Próstata.<br />
Disponível em: .<br />
INCA: Instituto Nacional de Câncer. Estatísticas de Câncer.<br />
Disponível em: < https://www.inca.gov.br/numeros-<br />
-de-cancer>.<br />
Veja Saúde. Novo exame de sangue para câncer de próstata<br />
promete mais eficácia. 2020. Disponível em: .<br />
Veja Saúde. O que é o exame de PSA para câncer de próstata.<br />
2019. Disponível em: .<br />
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0 144<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020
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TUBO DE SOROLOGIA VACUETTE ®<br />
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Ideal para PSA, um dos principais exames para diagnóstico e acompanhamento de<br />
câncer de próstata, o Tubo de Sorologia VACUETTE ® com gel separador<br />
proporciona uma barreira eficiente entre o coágulo e o soro após a centrifugação.<br />
Permite a estabilidade da amostra e o transporte do tubo primário sem a<br />
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além da segurança na rastreabilidade.<br />
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INFORME DE MERCADO<br />
Erytra Eflexis® - Melhorando a eficiência no Laboratório de<br />
Imuno-hematologia<br />
Existem muitos laboratórios de<br />
Imuno-hematologia de médio porte<br />
que estão crescendo e deverão<br />
suportar cargas de trabalho mais<br />
altas, mas continuam a usar a mesma<br />
tecnologia que tinham até agora.<br />
Isso implica que eles ainda executam<br />
alguns processos manualmente, o<br />
que requer grande parte do tempo<br />
gasto dos colaboradores. Portanto,<br />
esses laboratórios precisam de soluções<br />
inovadoras que facilitem tarefas<br />
rotineiras e permitam que ganhem<br />
tempo para que possam investir na<br />
realização de outros procedimentos.<br />
A Grifols, que tem uma história de<br />
mais de 100 anos de compromisso<br />
no campo das descobertas científicas<br />
e no desenvolvimento de soluções<br />
inovadoras na área de diagnóstico e<br />
medicina transfusional, é a empresa<br />
que lhe fornecerá a ferramenta ideal<br />
para responder a essa necessidade.<br />
Dentro do portfólio de produtos, a<br />
Grifols possui equipamentos para<br />
laboratórios de Imuno-hematologia<br />
de diversos tamanhos e volumes de<br />
carga de trabalho, e foram projetados<br />
para se adaptar a diversos fluxos<br />
de trabalho e facilitar o dia-a-dia<br />
dos usuários.<br />
No caso dos laboratórios de Imuno-<br />
-hematologia de médio porte, a solução<br />
da Grifols é o Erytra Eflexis®, um<br />
analisador de cartão de médio porte<br />
com tecnologia DG Gel que proporciona<br />
maior eficiência, flexibilidade e<br />
autonomia ao seu laboratório. É uma<br />
plataforma totalmente automatizada<br />
com grande capacidade de amostras,<br />
que emite resultados em menos tempo<br />
do que as plataformas anteriores e<br />
funciona de forma autônoma por até<br />
7 horas, permitindo que seus colaboradores<br />
se dediquem a outras tarefas.<br />
Com sua flexibilidade os componentes<br />
podem ser carregados continuamente,<br />
facilitando o uso devido à sua tela<br />
sensível ao toque e software intuitivo.<br />
res ganham tempo para lidar com<br />
outros processos e atividades. Finalmente,<br />
graças ao seu design inteligente<br />
e compacto, ele se encaixará<br />
perfeitamente no espaço disponível<br />
em laboratório.<br />
Em suma, Erytra Eflexis® é a solução<br />
que tornará a rotina do seu<br />
laboratório mais eficiente e fácil.<br />
Erytra Eflexis® é a porta de entrada<br />
do seu laboratório de Imuno-hematologia<br />
de médio porte para a automação.<br />
Ele permitirá que você cresça<br />
e analise mais amostras em menos<br />
tempo, enquanto seus colaborado-<br />
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imunohemato.brasil@grifols.com<br />
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0 146<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020
Um ano de transformações impactantes<br />
o início de Março, tínhamos uma<br />
missão para nossa população. A<br />
NEOLAB focou na preparação e<br />
reinvenção estratégica para o ano<br />
difícil que estava por vir e manteve<br />
um grande objetivo: IMPACTAR<br />
NOSSA SOCIEDADE através dos<br />
valores morais e como conduzimos<br />
a comercialização absolutamente<br />
limpa e justa dos produtos<br />
Diante de todas as dificuldades<br />
enfrentadas neste ano de 2020,<br />
um cenário econômico absolutamente<br />
incerto, dúvidas e diversas<br />
importados e distribuídos pela<br />
empresa. Sabíamos das incertezas<br />
do país, porém tínhamos<br />
a certeza de que poderíamos e<br />
desconfianças políticas, dólar contribuímos muito para todo o<br />
oscilando exageradamente em Brasil no mercado de diagnóstico,<br />
patamares jamais atingidos, empresas<br />
que fecharam, enfim, um<br />
ano muito conturbado causado<br />
pela pandemia do Novo Coronavirus,<br />
o grande desafio da NEOLAB<br />
principalmente no combate à Covid-19,<br />
viabilizando os principais<br />
insumos de diagnóstico com valores<br />
plausíveis e justos. Também<br />
tínhamos a missão de fazermos<br />
NÃO foi se manter no mercado! campanhas de doações, onde<br />
Criamos uma filosofia otimista<br />
dentro da nossa empresa. Desde<br />
contribuímos muito nesse quesito<br />
humanitário.<br />
Conquistamos grandes clientes e<br />
parceiros, e estamos nos preparando<br />
com grandes mudanças para um<br />
nova era que está por vir.<br />
Por fim, estamos terminando um<br />
ano difícil, em que temos orgulho<br />
e muita gratidão pelo imenso reconhecimento<br />
da NEOLAB e grande<br />
impacto e contribuição para nossa<br />
sociedade. Trabalhamos incessantemente<br />
para afirmar que a atuação<br />
da NEOLAB no mercado nacional<br />
deixa um grande legado positivo,<br />
onde nossa premissa obrigatória e<br />
irrefutável sempre foi e sempre será<br />
a confiança dos parceiros comerciais<br />
e da sociedade.<br />
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INFORME DE MERCADO<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020<br />
0 147
INFORME DE MERCADO<br />
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Implante um Sistema de Gestão da<br />
Qualidade com o Curso PNCQ Gestor<br />
em videoaulas, em 8 módulos:<br />
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Rapidez e Agilidade para Extração de RNA de SARS-CoV-2<br />
com o novo equipamento NE-32 da MGI<br />
Na MGI Tech Co., Ltd (MGI) temos<br />
sempre a melhor solução para o workflow<br />
de detecção do Novo Coronavirus<br />
(SARS-CoV-2). Seguindo a tendência<br />
da MGI sempre estar a frente com<br />
seus produtos inovadores, lançamos o<br />
MGISP-NE32, nossa mais recente plataforma<br />
automatizada para extração<br />
de RNA na detecção de SARS-CoV-2. O<br />
MGISP-NE32 utiliza o método de hastes<br />
magnéticas para extração de ácidos<br />
nucléicos, contando com a flexibilidade<br />
para extração 16 ou 32 amostras em<br />
um workflow de 9 minutos totais. Essa<br />
característica é alcançada devido seu<br />
sistema de ajuste a diferentes módulos<br />
de extração e otimização de reagentes.<br />
A eficiência da extração também é outro<br />
ponto essencial, onde internamente<br />
o termo-bloco garante a manutenção<br />
adequada de temperatura durante todos<br />
os passos no workflow de extração.<br />
Além de contar com essas duas características<br />
muito importantes de flexibilidade<br />
e eficiência, o MGISP-NE32 conta<br />
com um sistema de segurança para<br />
descontaminação através de lâmpada<br />
UV. Adicionalmente, placas e ponteiras<br />
são compartimentalizadas de maneira<br />
individualizada, evitando assim contaminação<br />
cruzada e contato do usuário<br />
com a amostra biológica. Estudos<br />
comparativos demonstraram excelente<br />
reprodutibilidade comparando nossa<br />
plataforma com outros equipamentos<br />
automatizados de extração, sem qualquer<br />
variação quando comparados os<br />
valores de Ct durante a detecção por<br />
PCR em tempo real.<br />
Fernando Colbari Amaral<br />
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0 148<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020
INFORME DE MERCADO<br />
Avanço da filtragem no ponto de uso<br />
A ELGA removeu o requisito de que seus sistemas fossem equipados com dispositivos de<br />
tratamento no ponto de uso para atingir as especificações de RNase e DNase. Essa alteração<br />
foi feita à luz de anos de experiência para reduzir ainda mais os requisitos de manutenção<br />
e os custos de operação de nossos produtos para os usuários e reduzir o impacto ambiental<br />
de nossos produtos.<br />
RNase e DNase: características e<br />
significância<br />
Os ácidos nucléicos, DNA e RNA, são<br />
os mais importantes de todas as biomoléculas<br />
e são de particular interesse<br />
em muitas técnicas analíticas; Como são<br />
encontrados em todas as células vivas,<br />
o estudo dessas moléculas tem uma<br />
aplicação muito ampla, mas pode ser<br />
propenso a interferências por ácidos nucléicos<br />
de outras fontes que não o alvo.<br />
Além disso, as células vivas usam<br />
enzimas (DNase e RNase) para catalisar<br />
a quebra dos polímeros de ácidos<br />
nucleicos em várias funções, incluindo<br />
a reutilização ou reparo. Essas enzimas<br />
também são onipresentes e podem ser<br />
uma preocupação maior nas técnicas<br />
de análise genética aplicadas em uma<br />
ampla variedade de trabalhos de laboratório.<br />
Em tais análises, muitas vezes<br />
uma pequena quantidade de ácido<br />
nucleico de 'modelo' é copiada ou am-<br />
plificada muitas vezes para gerar uma<br />
quantidade muito maior que é adequada<br />
para caracterização. Claramente, se<br />
o material do gabarito for danificado<br />
por atividade enzimática, serão criadas<br />
cópias desse material danificado, e a<br />
caracterização poderá se tornar impossível<br />
e o teste será arruinado.<br />
Uma via para a introdução da contaminação<br />
por DNase e RNase é a água usada<br />
como meio; é necessário garantir que<br />
essa água não contenha essas enzimas.<br />
Felizmente, as características dessas<br />
moléculas significam que elas podem<br />
ser removidas da água de alimentação<br />
usando tecnologias de tratamento<br />
de água como osmose reversa ou uma<br />
combinação de irradiação com luz ultravioleta<br />
e troca de íons. Com um bom<br />
projeto do sistema, essas enzimas podem<br />
ser removidas e possíveis re-contaminações<br />
subseqüentes eliminadas.<br />
Avançando na filtragem no ponto<br />
de uso<br />
Com a crescente necessidade de evitar<br />
a contaminação da água do laboratório<br />
pela presença de nucleases, os fabricantes<br />
de equipamentos de purificação<br />
introduziram etapas adicionais de tratamento<br />
no ponto de dispensação para<br />
evitar esses possíveis problemas de<br />
contaminação da água; porém, esses<br />
acréscimos incorrem em custos adicionais<br />
para os usuários e podem influenciar<br />
na pureza orgânica, inorgânica e<br />
microbiológica da água.<br />
O teste a seguir foi realizado para demonstrar<br />
a liberação de impureza desses<br />
filtros no ponto de uso:<br />
Água ultrapura (resistividade 18,2<br />
MΩ.cm, TOC
área superficial, onde o comprometimento<br />
da pureza da água foi prolongado<br />
e ocorreu novamente em usos repetidos<br />
subsequentes do filtro de teste.<br />
Além disso, os filtros de ponto de uso<br />
podem apresentar microvolumes água<br />
estagnada após monitores de qualidade<br />
e outras tecnologias de purificação.<br />
Eles são vulneráveis à contaminação<br />
por parte dos usuários, um local potencial<br />
para proliferação bacteriana e um<br />
ponto crítico no design do sistema de<br />
purificação.<br />
Com um bom design de equipamento,<br />
não é necessário tratamento<br />
adicional no ponto de uso, pois essas<br />
enzimas são removidas ou inativadas<br />
pelas tecnologias anteriores. Através de<br />
anos de experiência e trabalho de teste,<br />
a ELGA comprovou o design e a robustez<br />
de seus purificadores para atingir<br />
as especificações de água para DNase<br />
e RNase sem a necessidade de etapas<br />
adicionais de tratamento no ponto de<br />
dispensação.<br />
Remoção e Inativação de DNase<br />
e RNase<br />
Osmose Reversa (OR)<br />
DNase e RNase são moléculas orgânicas<br />
à base de proteínas com tamanhos na<br />
região de 30.000 e 15.000 Da, respectivamente.<br />
Essas moléculas extremamente<br />
grandes não passam pela membrana dos<br />
módulos de OR utilizados nos sistemas<br />
ELGA de purificação de água laboratorial<br />
. Esses sistemas de osmose normalmente<br />
têm um limite de peso molecular<br />
(MWCO) a
INFORME DE MERCADO<br />
Como as nucleases recebidas não<br />
passam pela membrana de osmose,<br />
é provável que qualquer RNase e<br />
DNase presente na água de um purificador<br />
de água de laboratório se origine<br />
das bactérias contidas nele. As<br />
bactérias sempre estarão presentes<br />
em algum grau, mas em um purificador<br />
ELGA bem projetado, mantido<br />
e fornecendo água ultrapura,<br />
pode-se esperar um TVC (traduzido<br />
do inglês, contagem total viável) da<br />
água final em
Num momento de tantos desafios econômicos e sem reajuste na<br />
tabela de serviços, como otimizar seus ganhos com economia na rotina?<br />
A J.R.Ehlke apresenta o equipamento mais econômico da categoria – BS-240<br />
INFORME DE MERCADO<br />
Buscando otimizar as pequenas<br />
rotinas, foi lançado o equipamento<br />
de bioquímica com o menor consumo<br />
de reagentes do mercado,<br />
chegando a uma economia de 50%<br />
do volume de reagentes. O BS-240<br />
tem dimensões e custo reduzidos,<br />
feito para laboratórios de diagnóstico<br />
com orçamentos enxutos e que<br />
procuram automatizar ao máximo a<br />
rotina de bioquímica. Com o conceito<br />
de tecnologia de amostragem<br />
inteligente, o teste de hemoglobina<br />
glicada tem a sua etapa de preparação<br />
de hemólise totalmente automatizada<br />
no equipamento. Com<br />
o leitor de código de barras interno<br />
permite o trabalho com reagentes<br />
de bioquímica dedicados além de<br />
propiciar agilidade na interface do<br />
sistema ao LIS do laboratório. O sistema<br />
de ensaio da Mindray passou<br />
o CAP por 6 anos consecutivos.<br />
O BS-240 tem velocidade de processamento<br />
de até 200 testes por<br />
hora (podendo chegar a 400 testes/<br />
hora com ISE - opcional). Possui um<br />
inovador sistema de carregamento<br />
flexível de reagentes e amostras<br />
com a possibilidade de até 80 posições<br />
de amostras e até 80 posições<br />
de reagentes (40 fixas + 40<br />
móveis). O sistema de refrigeração<br />
assegura maior integridade dos<br />
reagentes diminuindo os eventos<br />
de calibração decorrente da degradação<br />
do reagente. O sistema<br />
de limpeza da sonda em cascata,<br />
e o sistema de lavagem automático<br />
melhorado das cubetas garante<br />
menor arraste e baixo consumo de<br />
água. Para maiores informações,<br />
nos contate e solicite informações.<br />
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consultar-nos.<br />
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<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020<br />
0 153
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DISTRIBUIDOR: LISA LOGÍSTICA INTEGRADA SULAMERICANA S/A (CNPJ: 08.248.539/<br />
FARMACÊUTICO RESPONSÁVEL:Roberta Kamilla dos Santos – CRF-ES 2449<br />
O teste rápido antígeno BIOCREDIT<br />
COVID-19 Ag faz a detecção do vírus<br />
no organismo em até 8 minutos. É<br />
indicado para detectar o vírus/doença<br />
em pessoas que apresentam os<br />
sintomas de Covid-19 ou assintomáticos<br />
que podem também transmitir<br />
a doença, equivalendo assim ao teste<br />
de RT-PCR mas com a vantagem de<br />
não precisar de equipamentos, pessoas<br />
altamente especializadas e com<br />
resultado imediato.<br />
O kit Biocredit não precisa de refrigeração<br />
e tem validade de 02 anos.<br />
O teste detecta o antígeno viral, ou<br />
seja, uma proteína do vírus presente<br />
na capa de proteína.<br />
A sensibilidade e a acurácia do BIO-<br />
CREDIT COVID-19 Ag equivalem às<br />
do teste por RT-PCR. Ele detecta o<br />
indivíduo portador do vírus no organismo<br />
no momento da coleta do material<br />
biológico, de forma a indicar os<br />
possíveis transmissores da doença,<br />
permitindo seu isolamento, tratamento<br />
e contenção da Covid-19.<br />
Mantemos estoque no Brasil<br />
para pronta-entrega.<br />
Tel.: +55 (11) 9 9932-5292<br />
Tel.: +55 (11) 3016-4500<br />
0 154<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020
Vida Biotecnologia sempre a frente! Teste Rápido Covid-19 Antígeno<br />
INFORME DE MERCADO<br />
A Vida Biotecnologia que neste<br />
ano completa 10 anos no mercado<br />
de reagentes laboratoriais vem<br />
se destacando pela competência<br />
e pioneirismo de seus gestores.<br />
como a competência e pioneirismo<br />
tem sido marca registrada desta<br />
empresa, acompanhamos agora<br />
o lançamento do Teste Rápido Covid-19<br />
Antígeno.<br />
O teste é ideal para pessoas<br />
assintomáticas ou sintomáticas.<br />
Sua amostragem é de Swab<br />
nasofaringe com resultados entre<br />
10 a 15 minutos.<br />
No início de 2020 em plena recessão<br />
divulgamos aqui seus planos<br />
consolidados de expansão, incluindo<br />
sua nova e moderna sede. E<br />
Um teste inovador que consiste na<br />
detecção do vírus logo na fase inicial<br />
da infecção (detecção próxima ao<br />
terceiro dia).<br />
Para maiores informações entre em<br />
contato diretamente com a Central de<br />
Vendas da Vida Biotecnologia no<br />
Tel.: (31) 3466-3351.<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020<br />
0 155
INFORME DE MERCADO<br />
Corantes Papanicolaou Renylab fabricados com matérias-primas de<br />
alta qualidade, resultando em uma coloração nítida e harmônica.<br />
O exame de Papanicolau, conhecido<br />
também como Colpocitologia Oncótica,<br />
Citologia Cervical ou Preventivo, tem<br />
como objetivo realizar o diagnóstico precoce<br />
de lesões ou alterações citológicas<br />
que podem ocasionar o câncer do colo<br />
do útero, sendo a principal estratégia<br />
para a detecção precoce dessas alterações.<br />
Esse deve ser realizado anualmente<br />
por todas as mulheres, que tem ou já<br />
tiveram algum contato sexual.<br />
A observação microscópica tem<br />
como objetivo verificar as células para<br />
identificar anormalidades, alterações<br />
morfológicas ou nucleares. O exame<br />
é realizado através de uma coleta das<br />
células endocervicais e ectocervicais,<br />
onde as amostras são colocadas em<br />
uma lâmina, fixadas e coradas com<br />
uma combinação de corantes o EA-36,<br />
OG-06 (Orange G) e a Hematoxilina de<br />
Harris. Após a coloração, as células são<br />
inspecionadas microscopicamente.<br />
Resultante da combinação de diversos<br />
corantes, o EA-36 exerce uma<br />
coloração policromática no citoplasma<br />
das células, a Eosina cora o citoplasma<br />
das células superficiais, nucléolos, mucina<br />
endocervical e cílios, dando um<br />
tom róseo a esses componentes, já o<br />
verde luz atua sobre células escamosas<br />
parabasais e intermediárias, células<br />
colunares e histiócitos conferindo uma<br />
tonalidade verde azulada.<br />
O Orange G (OG-06) é um corante<br />
monocromático ácido com capacidade<br />
de corar hemácias e as células queratinizadas<br />
dando a essas células uma<br />
tonalidade laranja.<br />
A Hematoxilina de Harris tem afinidade<br />
por componentes celulares ácidos,<br />
aos quais confere uma coloração violeta.<br />
A Hematoxilina colore intensamente<br />
os núcleos das células auxiliando na<br />
visualização de alterações nucleares.<br />
A citopatologia analisa as células individualizadas,<br />
descamadas, expelidas<br />
ou retiradas da superfície de órgãos de<br />
diferentes partes do organismo. Como<br />
os materiais biológicos apresentam<br />
diferentes características, devido ás<br />
distintas formas de organização e composição,<br />
a coleta do material destinado<br />
à análise citológica constitui uma etapa<br />
fundamental nesse processo. Há métodos<br />
específicos para coleta de materiais<br />
distintos. Além disso, nessa fase, são<br />
definidos os tipos de procedimentos<br />
mais adequados à análise dos preparados<br />
citológicos.<br />
O método Papanicolaou abrange<br />
cinco etapas:<br />
• Hidratação: esta etapa requer a reposição<br />
gradual da agua das células por<br />
meio de banhos alcoólicos de concentrações<br />
decrescentes até a água destilada.<br />
• Coloração nuclear: as células hidratadas<br />
podem agora receber um corante<br />
aquoso para corar os núcleos (hematoxilina<br />
de Harris).<br />
• Desidratação: para receber corantes alcoólicos<br />
citoplasmáticos, devemos agora<br />
retirar a água das células com banhos<br />
alcoólicos de concentrações crescentes.<br />
• Coloração citoplasmática: nesta etapa,<br />
o citoplasma das células é corado pelos<br />
corantes Orange G e EA-65, de modo a<br />
diferenciar com diversas tonalidades o<br />
citoplasma das células de acordo com a<br />
sua maturidade e metabolismo.<br />
• Desidratação, clarificação e selagem:<br />
a água agora deve ser retirada com<br />
concentrações alcoólicas crescentes,<br />
clarificadas e seladas com meios permanentes<br />
hidrofóbicos.<br />
A qualidade da coloração citológica<br />
está diretamente relacionada às características<br />
tintoriais dos corantes, ao<br />
processamento da amostra (espessura<br />
dos esfregaços) e à fixação. Esses cuidados<br />
devem ser observados para se<br />
evitar artefatos e dificuldade de análise<br />
do material.<br />
Para mais informações,<br />
Entre em contato conosco!<br />
Tel.: +55 32 3331-4489<br />
Tel.: +55 32 3333-0379<br />
Whatsapp : +55 32 98419-8588<br />
E-mail: sac@renylab.ind.br<br />
www.renylab.ind.br<br />
0 156<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020
Kolplast lança Swab com fabricação 100% nacional!<br />
INFORME DE MERCADO<br />
A Kolplast, empresa 100% brasileira e<br />
que tem em seu DNA encontrar soluções<br />
inovadoras para o mercado da saúde,<br />
lançou em 2020 uma linha de swabs para<br />
coleta de material biológico, objetivando<br />
suprir a escassez, pois o produto é utilizado<br />
para testes de RT-PCR COVID-19.<br />
O Swab Kolplast é produzido através<br />
de uma tecnologia em que a cabeça<br />
do swab é revestida com microcerdas<br />
de nylon, o que proporciona eficiência<br />
na coleta e melhor eluição do material<br />
coletado. Diferente dos swabs normalmente<br />
disponíveis no mercado, o modelo<br />
para coleta nasal possui haste flexível<br />
e diâmetro adequado para acessar<br />
a região da nasofaringe, minimizando<br />
o desconforto do paciente.<br />
Outro diferencial é que, tanto o modelo<br />
nasal quanto o oral possuem pontos<br />
de quebra, para que a cabeça do swab<br />
possa ser mais facilmente dispensada<br />
dentro do tubo com meio de preservação<br />
para transporte até o laboratório.<br />
Os swabs são vendidos individualmente<br />
ou em kits com diferentes meios<br />
de transporte.<br />
Saiba mais em: www.materiais.kolplast.<br />
com.br/swab-conjunto-coleta-kolplast<br />
Grupo Kolplast<br />
Tel.: 11 4961 0900<br />
E-mail: vendas@kolplast.com.br<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020<br />
0 157
INFORME DE MERCADO<br />
Papel do exame Freelite®<br />
no diagnóstico da Esclerose Múltipla<br />
O produto Freelite® já muito conhecido,<br />
utilizado e com importância clínica<br />
já demonstrada em mais de 3.000<br />
publicações científicas, é o único kit comercial<br />
recomendado pelas Diretrizes<br />
Internacionais e Brasileiras para a dosagem<br />
de Cadeias Leves Livres (CLLs)<br />
Kappa (κ) e Lambda (λ) em soro. Mais<br />
especificamente, os anticorpos policlonais<br />
do teste, reagem apenas com<br />
as formas livres das cadeias leves<br />
proporcionando uma medição quantitativa<br />
de κ e λ livres no soro, cujo<br />
resultado pode ser utilizado para diagnóstico,<br />
monitoramento e prognóstico<br />
de pacientes com Mieloma Múltiplo e<br />
outras Gamopatias Monoclonais.<br />
Recentemente, a detecção e quantificação<br />
de cadeias leves livres no<br />
líquor tem sido extensivamente estudada<br />
e a importância clínica do exame<br />
tem sido demonstrada também no<br />
diagnóstico de doenças do Sistema<br />
Nervoso Central, como na Esclerose<br />
Múltipla (EM).<br />
Com isso, a Binding Site desenvolveu<br />
o exame Freelite® Mx específico<br />
para amostras de líquor,<br />
que pode auxiliar para o entendimento<br />
de algumas questões inerentes<br />
relacionadas a outros métodos já<br />
utilizados e contribuir para o diagnóstico<br />
preciso.<br />
Sempre pensando em manter a educação<br />
científica alinhada à tecnologia<br />
disponível, a Binding Site em parceria<br />
com alguns neurologistas, disponibiliza<br />
um dos artigos escritos pelos mesmos,<br />
após revisão da literatura, que fala sobre<br />
a utilização do Freelite® Mx em pacientes<br />
com Esclerose Múltipla e qual o<br />
benefício da realização do exame.<br />
https://esclerosemultipla.com.<br />
br/2020/07/05/um-novo-teste-pro-<br />
missor-no-diagnostico-da-esclerose-<br />
-multipla/<br />
Para informações mais específicas sobre<br />
o Freelite® Mx ou sobre os outros exames<br />
que a Binding Site oferece contate<br />
a equipe pelo info@bindingsite.com.br<br />
info@bindingsite.com.br<br />
www.bindingsite.com.br<br />
www.freelite.com.br<br />
0 158<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020
PATOCORDEL<br />
PATHOCORDEL: CARA DE ANJO<br />
Caso raro de um menino<br />
Por três vezes operado<br />
De um tumor na mandíbula<br />
Com diagnóstico errado<br />
No corpo mandibular<br />
Há lesão bilateral<br />
Com desalinho dos dentes<br />
E expansão cortical<br />
A revisão da lâmina<br />
Pro diagnóstico final<br />
Foi pedida pelo Mário<br />
Um Senhor profissional<br />
Querubismo era o caso<br />
Na lâmina se pôde ver<br />
Tumor de células gigantes<br />
Não podia mesmo ser<br />
Tal doença não se opera<br />
Pois não tem indicação<br />
O garoto teve alta<br />
Conservando a dentição<br />
Entende-se por querubim<br />
Em sentido figurado<br />
Criança linda ou anjinho<br />
Do hebraico originado<br />
Doença de serafins<br />
Assim o destino quis<br />
“Vamos pra casa meu anjo”<br />
Disse a mãe toda feliz!<br />
(A propósito de um caso<br />
de querubismo que foi confundido<br />
e tratado como tumor<br />
de células gigantes em<br />
criança de 6 anos.)<br />
José de Souza Andrade-Filho*<br />
* Patologista no Hospital Felício Rocho-BH; membro da<br />
Academia Mineira de Medicina e Professor de Patologia<br />
da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais.<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Out/Nov 2020<br />
0 159
01 DIA<br />
NA PRAIA<br />
Enquanto você tirou um dia<br />
de descanso na praia,<br />
recebemos mais de<br />
102.300 tubos<br />
de amostras.<br />
MAIS DE<br />
26.000<br />
M 2 DE ÁREA<br />
PRODUTIVA<br />
MAIS DE<br />
1.700<br />
COLABORADORES<br />
CAPACIDADE DE<br />
15<br />
MILHÕES<br />
DE EXAMES<br />
MENSAIS<br />
MAIS DE<br />
180.000<br />
KM PERCORRIDOS<br />
POR DIA PELA<br />
NOSSA LOGÍSTICA<br />
Soluções completas para o seu laboratório<br />
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