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ACTUALIDADE SOCIAL MADEIRENSE Nº198 Mensal • Fevereiro 2021
‘Migrantes do Espaço’ com Menção Honrosa
Evento
Avança a vacinação Covid
Cuca
Roseta
Funchal
Município Amigo do Desporto
'Música com
Esperança'
no Funchal
Retratos da pandemia
Lugares vazios
Nº198 Mensal
Fevereiro 2021 • €2,50
PUB
MADEIRENSE Nº197 Mensal • Janeiro 2021
“Aprendi com os
melhores”
João Canada
Neve nas montanhas madeirenses
www.sabermadeira.pt Revista Saber Madeira saber.fiesta.madeira sabermadeira@yahoo.com 291 911 300
www.REVISTAFIESTA.pt
Revista fiesta
••
Sumário
24 46
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Comercial de Lisboa
Sede: Centro Comercial Sol Mar, Sala 303,
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9500 - 769 Ponta Delgada Açores
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Edgar R. de Aguiar
Sede do Editor
Edgar R. de Aguiar
Parque Empresarial Zona Oeste - PEZO
Lote 7, 9304-006 Câmara de Lobos
Director
Edgar Rodrigues de Aguiar
Redação
Dulcina Branco Miguens
Secretária de Redação
Maria Camacho
Depart. Imagem
O Liberal
04 Artista plástico, professor,
curador, autor e colaborador em
revistas da especialidade, tem um
percurso nas artes plásticas
distinguido com prémios.
Diogo Goes explica como tem sido
este caminho na entrevista em jeito
de balanço aos 15 anos da carreira
artística.
07 Visita à nova Ala Covid do
Hospital Dr. Nélio Mendonça
08 Filme de animação ‘Migrantes
do Espaço’ com destaque internacional
10 Exposição de Filipa Venâncio
na Capela da Boa Viagem
12 Dia dos Namorados 2021 em
tempo de pandemia
14 Nos Copos Cocktail Bar
celebrou Dia dos Namorados
16 Cuca Roseta trouxe ao Funchal
‘Música com Esperança’
17 Vacinação Covid no Centro de
Vacinação do Madeira Tecnopólo
www.revistafiesta.pt
18 Galardão ‘Bandeira Verde Eco
XXI’ para o Funchal
19 Funchal reconhecido com
‘Município Amigo do Desporto’
20 Retratos da Pandemia ‘Lisboa
de Solidões’
24 ‘The Super Kicks’: o novo
projeto musical de Michael Teixeira
26 ‘Biosfera Roller Skate’ Funchal
30 ‘Biosfera Roller Skate’ Faial
34 ‘Um Navio chamado Funchal’
36 ‘Lugares Vazios’
37 Agenda Cultural da Madeira
– Fevereiro 2021
41 Fiesta!Aconteceu
Marcelo nos 85 anos do RCF
42 Fiesta!Lifestyle
Cidade do Quebeque
43 Fiesta!7Arte
Cinema em crise
44 Fiesta!Décor
Peças que dão as boas vindas
45 Cocktail Olim: ‘Blue Sky’
46 Momentos DDiArte
‘In the army’
Design Gráfico
O Liberal
Departamento Comercial
O Liberal
Serviço de Assinaturas
Luísa Agrela
Estatuto Editorial
••
Administração, Redação,
Secretariado, Publicidade,
Composição e Impressão
Edifício ‘O Liberal’,
Parque Empresarial Zona Oeste
PEZO, Lote 7,
9304-006 Câmara de Lobos
Madeira / Portugal
Telefones: 291 911 300
Email: preimpressao@oliberal.pt
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ISSN 0873-7290
Registado no Instituto da Comunicação
Social com o nº 124584
Membro da Associação da Imprensa
Não Diária - Sócio P-881
Tiragem
10.000 exemplares
[Nova Ortografia]
Fiesta!
Fiesta!
É uma revista mensal de informação
geral que dá, principalmente
através da imagem,
uma ampla cobertura
dos mais importantes e significativos
acontecimentos
regionais, com especial incidência
para os eventos
festivos, espetáculos e às
pessoas, não esquecendo temáticas
que, embora saindo
do âmbito regional, sejam
de interesse geral, nomeadamente
para os conterrâneos
espalhados pelo mundo;
Fiesta!
Fiesta!
É um projeto jornalístico e dirige-se
essencialmente aos
quadros médios e de topo,
gestores, empresários, professores,
estudantes, técnicos
superiores, profissionais
liberais, comerciantes, industriais,
marketing e recursos
humanos;
Identifica-se com os valores
da autonomia, da democracia
pluralista e solidária,
defendendo o pluralismo de
opinião, sem prejuízo de poder
assumir as suas próprias
posições;
Mais do que a mera descrição
dos factos, tenta descortinar
as razões por detrás dos
acontecimentos, antecipando
tendências, oportunidades
informativas;
Fiesta!
Fiesta!
Fiesta!
Pauta-se pelo princípio de
que os factos e as opiniões
devem ser claramente separadas:
os primeiros são intocáveis
e as segundas são livres;
Como iniciativa privada, tem
como objetivo o resultado,
pois só assim assegura a sua
independência editorial;
Através dos seus acionistas,
direção, jornalistas e fotógrafos,
rege-se, no exercício
da sua atividade, pelo cumprimento
rigoroso das normas
éticas e deontológicas
do jornalismo.
_______ •
_______
FOTO CAPA Cuca Roseta
D.R. (Direitos reservados)
3
Diogo Goes
“Adoro desafios,
não os recuso”
• Dulcina Branco
• Fotos: D.R. (direitos reservados)
4
Assinalou, em outubro de 2020, quinze anos de percurso
nas artes, momento este que foi aproveitado para fazer um
balanço à carreira e às artes e que resultou nesta entrevista.
Diogo Goes é professor do ensino superior no Instituto
Superior de Administração e Línguas, onde leciona História
da Arte e História de Portugal na Licenciatura de Turismo.
Licenciado em Artes Plásticas - Pintura pela Faculdade
de Belas Artes da Universidade do Porto, tem formação
avançada em gestão e financiamento de organizações e
projetos culturais, em metodologias de investigação e nas
áreas da pedagogia. Como artista plástico, realizou mais
de cinquenta exposições individuais e participou em mais
de duas centenas de exposições colectivas em todo o país
e estrangeiro, tendo participado em bienais em Milão,
Génova, Salvador da Bahia e São Paulo. Em Portugal,
participou nas bienais de Gaia e Cerveira entre outras.
Recebeu prémios e bolsas.
“Preocupa-me o facto
de, a arte estar de novo
confrontada com fenómenos
de censura moral
e ideológica
e novas “iconoclastias””
É artista plástico, professor, curador,
autor de artigos científicos...
A eleger uma área, qual é aquela
que sente que é mais a sua ‘praia’?
- Esta é uma pergunta difícil de responder...Em
jeito de provocação,
respondo que talvez prefira olhar o
mar, que abraça todas as (minhas)
praias e pela sua imensidão, envolve
o orbe, possibilitando todos
os sonhos, todas as viagens todas
as partilhas. Mais do que me realizar
profissionalmente, é importante
para mim realizar-me como
ser humano, que deve deixar rasto,
contribuindo para o progresso da
sociedade e da comunidade onde
se insere. Ser professor talvez seja
a vocação mais bonita e gratificante,
porque quando partilho conhecimento,
recebo mais do que aquilo
que sou capaz de dar. Acredito
que, os meus alunos são os melhores
alunos do mundo e tento motivá-los
nesse sentido da realização
pessoal e na busca da felicidade. O
desenvolvimento da tolerância, do
respeito pela diferença é uma tarefa
das expressões artísticas e das
humanidades. Ser professor é para
mim, simultaneamente uma vocação
e uma oportunidade de partilha
e talvez seja por isso, a minha
escolha. No entanto, devo realçar
que ser artista plástico e curador
são outras formas de partilha
e, por isso, de aproximação às pessoas.
Porque tantas vezes, a generalidade
das pessoas estão distantes
do sistema das artes e inteligibilidade
das obras e das narrativas. Confesso
que, apesar das inúmeras exposições
em que participo todos os
anos e da velocidade com que trabalho,
falta-me cada vez mais tempo
para pintar tanto como queria.
Sentimento de dever e compromisso
é a motivação para continuar a
pintar, errar e superar-me continuamente.
Acredito que devo dar
provas, continuamente, pois estas
servem, acima de tudo, para me
questionar sobre a qualidade do
que faço. A aproximação da arte às
pessoas e a captação de novos públicos,
nomeadamente para a arte
contemporânea, é um desafio
maior porque obriga a de sistematizar
preconceitos do sistema da arte
e estabelecer novas relações e narrativas
que aproximem as pessoas.
Ter a capacidade de acrescentar algo
à história da arte ou conseguir
que a arte possibilite a mudança de
mentalidades, é um desafio para
várias gerações. E cabe a todos os
artistas e curadores e profissionais
das artes desempenhar essa tarefa,
apesar de todas as dificuldades. É
portanto, um desafio e quem me
conhece, sabe que adoro desafios,
não os recuso. É como em Shakespeare:
“enfrento qualquer tempestade”.
A destacar um momento ‘alto’ da
sua carreira, esse momento seria...
- Talvez ainda não tenham sido
muitos os “momentos altos” no
meu percurso mas tentei que cada
um deles fosse baste significativo
na minha aprendizagem quotidiana.
É sempre difícil escolher, mas
talvez deva destacar as boas recordações
da minha estreia na Fundação
Serralves e as minhas exposições
no estrangeiro, nas bienais em
Salvador da Bahia, São Paulo, Milão
e em Portugal em Gaia e Cerveira.
Definir momentos altos implica
desenvolver muito trabalho,
aprimorá-lo e ter a humildade de
aprender com grandes Mestres e
excelentes professores. Tenho desenvolvido,
com muitos deles, uma
amizade genuína, que me faz lembrar
continuamente o que é essencial
na vida e que não devo entronizar
os sucessos do passado, mas
continuar a trabalhar para o futuro,
tentando fazer sempre melhor.
O que gostaria de vir a concretizar
e que ainda não concretizou?
- Falta-me tanto... Prefiro deixar
a vida acontecer em vez de projetar
ambições, porque poderei estar
a confundi-las com sonhos. E posso
correr o risco de não concretizá-
-los. Acredito que o essencial é ten-
5
tar ser feliz em cada momento e
deixar o melhor de mim aos outros,
àqueles que amo. Admito, no entanto,
que tenho objetivos e esses
passam sempre pela imperativa necessidade
de aprender mais e atualizar
o meu discurso estético ou artístico.
Desse modo, gostaria muito
de prosseguir com a investigação,
que tenho vindo a desenvolver e
continuar minha formação académica.
No plano da minha realização
artística, são tantos os museus,
de todo o mundo, que gostaria de
expor ou desenvolver projetos de
curadoria. Se é certo que expor é
sempre uma forma de reconhecimento,
pelos espectadores, por outro
lado é fundamentalmente uma
forma de partilha com outros. Um
autor ao expor, expõe-se e dá a sua
visão crítica sobre o estado da sociedade
e do mundo, possibilitando
tantas vezes, aos outros a esperança
de sonhar. Gosto de um livro
de André Comte-Sponville, intitulado
«A Felicidade, desesperadamente»
que fala do facto de estarmos
separados da felicidade pela
nossa própria incapacidade de nos
libertarmos da nossa esperança
ou dos nossos sonhos e ambições.
Acredito que a felicidade acontece
agora, por isso luto por todos os dias
por essa felicidade e tentar fazer os
outros mais felizes.
Como vê as artes na atualidade?
- A arte contemporânea é profundamente
auto-referencial à própria
história da arte. Daí que os artistas
que se confrontam com a dificuldade
de conseguir acrescentar algo
“novo” ao já criado anteriormente.
Toda a arte depois de Marcel Duchamp
e Piero Manzoni, não só é
auto-referencial é também identitária,
interdisciplinar e “intermedial”.
Se por um lado arte assume a
estratégia de auto-legitimação, negando
a sua própria condição, por
outro lado possibilita a desconstrução
de mitos e conceitos pré-estabelecidos.
A crise contemporânea
é consequência não só da decadência
das políticas e económicas
das últimas décadas, mas também
uma crise cultural. A cultura e a arte
tem vindo a ser sucessivamente
instrumentalizada como ferramenta
de controlo pelas elites económicas
ou pelos decisores políticos,
fazendo uso de estratégias de sedução
mediática e de alienação coletiva,
para que as sociedades contemporâneas
sejam cada vez mais
acríticas e despolitizadas. A arte em
vez de estar comprometida com o
progresso da humidade e ser um
importante instrumento na realização
de uma verdadeira democracia
cultural, tem vindo a corroborar
as estratégias de mercado que
levaram ao estado a que chegámos.
A cultura do entretenimento
e a globalização cultural contribuíram
para a perda dos sentimentos
de pertença identitária de uma comunidade
e substituiu o lugar cívico
de participação política, pelo lugar
de distração e lazer hedonista,
contribuindo para a “estupidificação
coletiva”. Contribuindo para
acentuar o distanciamento das pessoas,
em relação à arte. A crise nos
múltiplos setores artísticos e culturais,
com diferentes especificidades,
foi acentuada com a atual
situação pandémica. Mas a pandemia
não serve de justificação por si,
importa denunciar o subfinanciamento
público das instituições culturais
e de ensino, desde há décadas.
Preocupa-me o facto, da arte
estar de novo confrontada com fenómenos
de censura moral e ideológica
e novas “iconoclastias”. Parafraseando
Heinrich Hein, numa
sociedade “onde se queimam livros,
acabam queimando homens”.
Mas como disse o Professor Onésimo
Teotónio de Almeida, “quando
faltar a esperança. estaremos todos
lixados!” ••
6
Miguel Albuquerque visitou espaço do Hospital Dr. Nélio Mendonça
Nova Ala Covid
O
presidente do Governo
Regional, Miguel Albuquerque,
acompanhado
dos responsáveis da Saúde e jornalistas,
visitou a nova unidade
de internamento covid-19 criada
no hospital central do Funchal.
Este espaço permitiu aumentar a
capacidade de resposta para mais
de uma centena de camas. A nova
área de internamento tem 10 enfermarias
e capacidade para 12 camas
e está dotada de controlo de
pressão, rede de gases medicinais
adaptada e capacidade de instalação
de ventiladores. O Governo
Regional disponibilizou os hospitais
regionais para receber doentes
nacionais com covid-19, o que
veio a verificar-se com a deslocação
de três doentes de Portugal
continental. ••
• Dulcina Branco • Fotos: D.R. (direitos reservados)
7
Filme de animação ‘Migrantes do Espaço’ conquista júri internacional
Menção honrosa e festival americano
D
epois de, em dezembro
passado ter sido galardoado
com uma menção honrosa
no Festival de Cinema Juvenil
‘Stone Flower’- festival russo que
procura selecionar, de entre os milhares
de trabalhos recebidos, as
melhores curtas-metragens juvenis
do mundo, eis que o filme de animação
‘Migrantes do Espaço’, da
atividade de Cinema de Animação
dos Cursos Livres do Conservatório
- Escola Profissional de Artes da
Madeira, voltou a destacar-se, desta
feita ao ser selecionado para o
festival americano NAFCo Winter
Film Festival. Este festival é organizado
pela Northern Appalachian
Film Collective (NAFCo),
uma corporação sem fins lucrativos
sediada em Dubois, no estado
da Pensilvânia, que se dedica a
promover o cinema e as artes na região
dos Apalaches do Norte através
de um conjunto de eventos tais
como festivais, oficinas de formação
e encontros de cineastas. Devido
às contingências causadas pela
pandemia, a quinta edição deste
festival decorreu no modo online,
através do Canal ‘Northern Appalachian
Film Collective’ do Youtube,
entre 26 e 28 de fevereiro, tendo
um total de 24 horas de filmes
em exibição durante aquele período.
Segundo dados da organização,
foram submetidos 1806 filmes
a este festival, de entre os quais foram
selecionados cerca de 270,
contando a lista com apenas 2 portugueses.
‘Migrantes do Espaço’
resulta do projeto anual do Curso
Livre de Cinema de Animação
e a sua pré-produção iniciou-se no
início do ano letivo de 2019/2020,
quando ninguém ainda ouvira falar
de Covid-19. Estávamos em
setembro, uma jovem ativista do
ambiente discursara nas Nações
Unidas e milhares de jovens desfilavam
pelas capitais de todo o
mundo em protesto contra a falta
de medidas dos dirigentes mundiais
face às evidentes alterações
climáticas. Um outro problema era
noticiado recorrentemente nos noticiários:
as grandes vagas de migração
que ocorriam por todo o mundo.
Foram esses os acontecimentos
que inspiraram este grupo de alunos
a criar esta curta-metragem de
animação. Neste filme, uma grave
crise ambiental irá colocar a existência
da raça humana no planeta
terra em risco, o que provocará
um êxodo migratório pelo espaço
em busca de um lar que a aceite.
Mas esta é uma realidade que continuará
a ser negada até que os humanos
realmente despertem para
ela. O filme contou com a participação
de 21 alunos na realização
do argumento, guião, storyboard,
gráficos, animação, som e edição:
Afonso Vasconcelos, Alex Gomes,
Alexandra Esteireiro, Clara Trindade,
Bento Ramos, Diana Nogueira,
Diogo Barbosa, Diogo Silva, Eric
Gomes, Helena Teles, Javier Correia,
João Silva, Lourenço Freitas,
Lucas Waddell, Margarida Teles,
Martim Jardim, Ricardo Rojas, Rodrigo
Pereira, Salvador Marques,
Tiago Nascimento, Tomás Neves.
As vozes são de Alexandra Esteireiro,
Helena Teles e Rodrigo Pereira
e a animação 3D de João Almeida.
A atividade de Cinema de
Animação, criada em 2015, é uma
das ofertas dos Cursos Livres em
Artes do Conservatório. Desenvolve,
desde o ano da sua implementação,
curtas-metragens de animação
que já marcaram presença em
10 festivais nacionais e internacionais.
O responsável por esta atividade,
desde a sua criação, é o professor
João Pedro Pereira. ••
• Dulcina Branco
• Fotos: gentilmente cedidas por Gabinete
de Comunicação, Edições e
Formação (Filipa Moreira da Silva)
8
9
Patente ao público na Capela da Boa Viagem até 2 de abril de 2021
Exposição ‘Casa da Capela’
P
ode ser visitada até ao final
do mês de março, na Capela
da Boa Viagem, na zona
histórica da cidade do Funchal
(Santa Maria Maior) a ‘Casa
da Capela’, projeto expositivo da
conceituada artista plástica Filipa
Venâncio. A exposição representa,
segundo a sua autora, “ambiências
mobiladas e repletas de
quadros, pianos e vasos com plantas,
provenientes dessas geografias
longínquas – Villa Albergoni
(região da Lombardia) inusitadas
e improváveis pela aproximação
espaciotemporal são convocadas
num exercício de desmultiplicação
de referências, para uma reconfiguração
do interior da capela
da Boa Viagem, na pintura. Peças
de arte sacra deslocadas encontram
aqui o seu repouso (…). Estes
trabalhos evocam, igualmente,
o tratamento do espaço ensaiado
na exposição Andar Modelo
(2009) na Fortaleza de São Tiago
(…) em articulação mais ou menos
concertada com as pinturas.
A narratividade, a revisitação e a
ironia, aliadas a processos combinados
de apropriação e de descontextualização
continuam a se afirmar
como meios de eleição, no
território de investigação e de criação
poético/imaginária, onde me
movo às vezes e onde se consubstancia
e se desenvolve o exercício
da pintura”. A vereadora Madalena
Nunes e a responsável do Museu
Henrique e Francisco Franco,
Esmeralda Lourenço, entre outras
individualidades, marcaram
presença na abertura da presente
exposição de Filipa Venâncio.
Licenciada em Artes Plásticas, a
artista plástica concilia a atividade
de pintura com a de docência
desde 1988. Expõe regularmente
desde 1987. Filipa Venâncio participou
em inúmeras exposições coletivas
e conta com 13 exposições
individuais. É autora de vários textos
sobre o trabalho de diferentes
artistas. ••
• Dulcina Branco • Fotos: D.R. (direitos reservados)
10
11
Dia dos Namorados e a lenda de São Valentim
Amor em tempo de pandemia
“O facto de não podermos estar
fisicamente próximos tem
alterado muitos padrões”, diz
a psicóloga Sónia Ferreira a quem
pedimos para falar do amor em
tempo de pandemia. Psicóloga e
‘Coach’ com duas décadas de psicologia
clínica e no ‘Coach’ mais
de quatro, nos últimos meses Sónia
Ferreira decidiu empreender
pelo universo online com a criação
de um programa destinado a
potenciar as competências base
que está acessível em soniacamposferreira.com/free
. “A forma de
amar, a sua essência no sentimento
será a mesma, mas o formato
mudou bastante. Do amor romântico
ao amor fraternal ou a qualquer
tipo de amor, muita coisa
mudou. O facto de não podermos
estar fisicamente próximos tem alterado
muitos padrões. Os amores
vividos à distância, ou através
do ecrã do telemóvel, fazem lembrar
os namoros de janela de antigamente”,
explica a psicóloga que
adianta que “a questão é que nessa
altura, aquele era o padrão e a
regra, por isso era natural e aceite.
Mas agora as regras mudaram repentinamente
o que causou atribulações.
E não apenas na distância,
mas, no campo oposto surgiu
a presença constante, algo a que
não estavamos habituados. Com
toda a família em casa e sem espaço
para a individualidade, cresce
a impaciência. A forma de amar
tornou-se em algo mais presente
no digital, menos físico, menos
palpável, mais distante. Um
pouco como os amores à distância
ou em tempo de guerra. Não
quer dizer que sejam menos intensos
ou genuínos, são apenas vividos
de uma outra forma. Somos
animais de hábitos e tendemos a
regressar àquilo que conhecemos.
Até porque existe uma imensa sede
de normalidade e da presença
física. Mas a forma de viver o
amor não é estática, por isso é possível
que surjam alguma diferenças
na forma de estar presente. Para
várias pessoas, este momento é
validação da possibilidade de ser
mais autónomo e independente,
em relação ao outro. Isso permite
que pessoas que estejam em cidades
ou países diferente possam
manter relações amorosas profundas
e duradouras mesmo neste formato
à distância”. Sónia Ferreira
acredita, no entanto, que será possível
regressar ao padrão anterior
ao tempo da pandemia. “Estou
certa que iremos assistir a algumas
mudanças, mas também ao retorno
daquilo que era o padrão pré-
-pandemia”. Este ano e apesar da
pandemia, a data não foi esquecida
mas foi vivida de forma diferente.
O Dia dos Namorados, ou dia
de São Valentim, celebra-se a 14
de fevereiro. Existem diferentes
versões da lenda de São Valentim
e de como este mártir romano se
tornou o patrono dos namorados.
Uma refere que, no século III, o
bispo Valentim contrariou as ordens
do Imperador Cláudio II de
proibir temporariamente a celebração
de casamentos. Essa desobediência
fez com que Valentim
fosse preso e condenado à morte.
Segundo a lenda, a filha do seu
carcereiro, que era cega, terá pedido
para o visitar no cárcere e,
mal se aproximou dele, recuperou
a visão. Ambos se apaixonaram
um pelo outro. Numa carta
escrita à sua amada, o bispo ter-se-
-á despedido com a expressão “do
seu Valentim”, que ainda é usada
na língua inglesa (“valentine“) para
designar namorado. ••
• Dulcina Branco
• Fotos: Cícero Castro e Fábio Brito
(Câmara Municipal Porto Santo)
12
13
Dia dos Namorados ‘Nos Copos Cocktail Bar’
Celebrar o amor e a amizade
O
amor e a amizade podem
ser antídotos contra a pandemia
e nada melhor que
celebrar estes importantes valores
com a família e amigos. Num ambiente
familiar, o Nos Copos Cocktail
Bar - espaço situado na
zona hoteleira do Funchal (Lido),
elaborou uma ementa especial
para aquele que foi o seu primeiro
Dia dos Namorados com
um menu a cargo do Chef Duarte
Oliveira. Para entrada, ‘Uma secreta
paixão’, já o prato principal
foi ‘Enamorados’ e na sobremesa
‘Mimos e Miminhos’. Tudo elaborado
e apresentado com muito
amor e carinho, claro está. Foi
ainda servido um conjunto de cocktails
alusivo à data, experiência
esta que, segundo os responsáveis
do espaço de restauração é
para ter continuidade no próximo
ano. ••
• Dulcina Branco • Fotos: gentilmente cedidas por Associação Barmen Madeira
14
15
Mini-concerto da fadista decorreu no Hospital Dr. Nélio Mendonça
‘Música com Esperança’
D
epois de ter passado por
oito cidades portuguesas,
o Funchal foi o último
ponto de atuação do projeto
‘Música com Esperança’ da fadista
Cuca Roseta. O mini concerto
– a fadista apresentou três fados
– aconteceu no Hospital Dr. Nélio
Mendonça e teve como objetivo
homenagear os profissionais
da saúde desta unidade hospitalar.
Filha de médicos, Cuca Roseta
considerou a iniciativa uma
forma de dar ânimo aos que estão
na linha da frente no combate à
covid-19. A chuva obrigou a que
o espetáculo se realizasse no interior
do hospital e sem a presença
dos profissionais da saúde. Cuca
Roseta, cujo nome de nascimento
é Maria Isabel Rebelo Couto
Cruz Roseta, nascida em Lisboa
há 40 anos, começou a cantar
no coro da igreja dos Salesianos
de São João do Estoril onde teve
por coleta Tiago Bettencourt,
com quem fundaria em 2001 os
Toranja. Após participar com sucesso
num concurso de fadistas,
deixa os Toranja, em 2005, para
se dedicar ao fado. Tem vários
projetos musicais com diversos
artistas nacionais e internacionais.
É casada com o preparador
físico João Lapa, pais da pequena
Benedita. ••
• Dulcina Branco • Fotos: D.R.
16
Instalação no Madeira Tecnopolo recebeu visita do Presidente do Governo
Centro de Vacinação Covid
O
s utentes do concelho do
Funchal continuam a ser
vacinados contra a CO-
VID-19 no Madeira Tecnopolo.
Cerca de um milhar de pessoas foram
já vacinados no centro de vacinação
que aqui foi montado no
dia 8 de fevereiro. Os utentes elegíveis
para a vacinação são cidadãos
com idade igual ou superior
a 80 anos e outros têm idade entre
os 75 e os 79 anos com patologia,
definida nos critérios do Plano
Regional de Vacinação contra
a COVID-19. O número de pessoas
vacinadas representam cerca
de 10% da população residente
com os escalões etários mencionados.
O Presidente do Governo
Regional, o secretário regional de
Saúde e Proteção Civil, Pedro Ramos,
acompanhado pelo diretor
regional da Saúde, Herberto Jesus,
visitaram o centro de vacinação
e agradeceram o trabalho desenvolvido
pelos profissionais de
saúde na montagem deste Centro
de Vacinação COVID-19. ••
• Dulcina Branco • Fotos: D.R. (direitos reservados).
17
Galardão da Associação Bandeira Azul da Europa
Bandeira Verde ECO XXI
A
Vice-Presidente Idalina Perestrelo,
do pelouro do Ambiente
na Câmara Municipal
do Funchal, e a Vereadora
com o pelouro da Educação, Madalena
Nunes, hastearam a Bandeira
Verde ECO XXI, um galardão
da Associação Bandeira Azul
da Europa que premeia as práticas
ambientais de excelência. Esta foi
a sexta vez consecutiva que o município
do Funchal recebeu este
galardão ao qual se candidou pela
primeira vez em 2015, sendo o
único na Região a recebê-lo até ao
momento. ••
• Dulcina Branco • Fotos: André Gonçalves [C.M. Funchal)
18
Distinção foi atribuída pela Associação Portuguesa de Gestão do Desporto
Funchal ‘Município Amigo do Desporto’
P
elo quinto ano consecutivo,
o Funchal foi distinguido
como ‘Município Amigo
do Desporto’. A distinção, da
Associação Portuguesa de Gestão
do Desporto, premiou o município
nas áreas Organização desportiva,
Instalações desportivas,
Eventos desportivos, Programas
desportivos, Estratégias de sustentabilidade
ecológica, Desporto
solidário, Parcerias, Realidade
Desportiva, Legislação e Marketing
e Inovação. O Funchal recebeu
também o prémio ‘Intervenção
Covid-19 do Ano 2020’
devido às boas práticas desportivas
durante a pandemia. “Este
prémio é o reconhecimento
de todo o trabalho de boas práticas
que tem sido desenvolvido ao
longo dos últimos anos pelo Município
do Funchal, um trabalho
que realizamos em parceria com
as associações, clubes e atletas da
nossa cidade, com vista a assegurar
que a prática desportiva chegue
a todos os funchalenses e a
vincar a importância da atividade
física na melhoria da qualidade
de vida”, disse Dina Letra,
vereadora na Câmara Municipal
do Funchal em representação do
executivo municipal. ••
• Dulcina Branco • Fotos: André Gonçalves (Câmara Municipal do Funchal)
PUB
AF_Reconquista_rodapé_265x50.pdf 1 19/11/2020 18:14
APP
19
O recolher obrigatório na capital portuguesa...
Lisboa de solidões
Lisboa cidade minha
Que um dia me viu nascer
Correr pelas suas travessas
Onde aprendi a crescer
Lisboa de tantas vielas
E de bairros apertados
É [agora] silêncio e quietude
Feita de lugares abandonados
Lisboa cidade menina
Que em adulta se tornou
Apaixonando por quem ela passa
E que por ela se deslumbrou
Lisboa que brilha de luz
Feita de praças entristecidas
Que desagua em lágrimas no rio
Que lhe promete outras vidas
Lisboa de fados vadios
E de esquinas prostitutas
Que vive também de noite
Vidas longas, outras curtas
Lisboa de tantos telhados
Que tanta gente vê passar
Que se alimenta da morte
E das vidas que a querem amar
Lisboa, apenas Lisboa,
Lugar de tantas lições
Minha querida cidade
Agora entregue às solidões. ••
10
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• António Barroso Cruz • Fotos: António Barroso Cruz
Legenda das fotos
11 Entrecampos
12 MAAT
01 Av. da Índia
13 Marquês de Pombal
02 Av. da Liberdade
14 Monsanto
03 Av. da República
15 Museu da Eletricidade
04 Av. da República (túnel) 16 Pr. Luís de Camões
05 Av. das Forças Armadas
06 Av. da Torre de Belém
07 Av. de Berna
17 Restauradores
18 Rossio
19 Rua Augusta
08 Cais do Sodré
20 Rua de São Paulo
09 Campo Pequeno
10 Chiado
21 Rua do Alecrim
22 Terreiro do Paço
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Lisboa de solidões
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“Não seguimos regras no que toca à música”
Michael Teixeira – The Super Kicks
‘The Super Kicks’ é a mais recente
incursão de Michael Teixeira
no mundo da música. Com o músico
londrino Dan, a dupla lançou
em janeiro deste ano cinco temas,
tendo em ‘Walk Me Home’ o single
de avanço, “a primeira de muitas
que se seguirão”, diz o músico
nesta entrevista à qual nos respondeu
via email. A viver na Califórnia,
o produtor musical filho de
pais madeirenses, afirmou-se cedo
na ‘dance music’ internacional
produzindo e colaborando
para importantes artistas. Desde
tenra idade que se destacou como
um talento musical; demonstrou-
-o, tocando vários instrumentos
como guitarra, baixo, piano, bateria
e instrumentos tradicionais
portugueses. Em 2016, conquistou
o galardão da categoria ‘Dance’,
com o tema “I Keep Coming
(part. Dustin Paul)” no International
Portuguese Music Awards –
Prémios Internacionais da Música
Portuguesa.
• Dulcina Branco
• Fotos: gentilmente cedidas por Michael Teixeira
Em que consiste este novo ‘The
Super Kicks’?
- É constituído por mim e pelo
meu amigo Dan que vive na cidade
de Londres. Conhecemo-nos
da música há alguns anos e achamos
que formamos uma boa equipa.
Trocámos ideias e criámos um
projeto único, apesar de vivermos
em diferentes cidades: eu na Califórnia
e o Dan em Londres. O nosso
projeto pode ser acompanhado
nas plataformas musicais e nas redes
sociais Instagram@thesuperkicksofficial,
Twitter@thesuperkicks
e Youtube@thesuperkicks. Temos
5 novas canções prontas para lançar.
“Walk me Home “ é a primeira
de muitas que se seguirão. Podem
ouvi-las no nosso instagram:
@thesuperkicksofficial, Twitter @
thesuperkicks e nosso Youtube @
thesuperkicks. Os nossos estilos e
educação diferentes resulta num
projeto único. Conseguimos juntar
estilos diferentes num único
projeto e aí está The Super Kicks.
O que tem de diferente este projeto
de outros que criou?
- Tem tudo, a começar pelo estilo
e educação de cada um. Somos
diferentes e então isto faz com que
o nosso som se torne único e diferente
também. De resto, não seguimos
regras no que toca à música.
Fazemos o que gostamos.
A futuros produtores musicais, o
que diria?
- Que sejam equilibrados, tenham
outros interesses para além da música,
não pensem demasiado e divirtam-se
a fazer/criar música. A
maior parte da informação que
precisam para serem produtores
respeitados está a um clique de
distância.
Vive na Califórnia e tem raízes
familiares na Madeira. Como é
viver nos Estados Unidos e do
que sente falta da Madeira?
- Sinto falta da paz e da tranquilidade.
A Califórnia é muito agitada,
o que até certo ponto foi
bom – e é! - para a minha carreira
musical. Sou muito trabalhador
e ambicioso (sonhador), então viver
aqui tem sido bom para o meu
trabalho. Viver na Califórnia é estar
exposto a várias culturas e estilos
diferentes. Aprendo muito vivendo
aqui.
Qual é a experiência que, sem tê-
-la vivido, não seria o artista que
é hoje e que fez com que fosse
para a música?
- A nossa jornada molda-nos de
forma a sermos todos diferentes
e únicos... Todos temos expe-
24
riências únicas e como tal, somos seres únicos e
diferentes. No meu caso, o facto de ter ido pela
música acho que teve muito a ver com a minha infância
e os verões que, em criança, desfrutava em
família na Madeira. Tinha vários familiares que tocavam
instrumentos musicais e isso fascinou-me.
Se não fosse músico, seria...
- A música não é a minha única ocupação. Tenho
uma empresa com o meu irmão e, para ser honesto,
é uma coisas mais gratificantes da minha vida.
Faz com que tenha sucesso no mundo da música
e seja bem-sucedido noutras áreas, também. Gosto
de carros, conviver, aprender, viajar...Acho importante
aproveitar tudo o que a vida dá. Muitos
músicos ficam obcecados pela música e ignoram
aspetos belos da vida. A ideia é não pensar demasiado
e divertir-se. ••
25
Edição de 2021 já tem data agendada para os dias 11 e 12 de junho
Biosfera Roller Skate no Funchal
O
evento de 2021 – a nona
edição - tem já cartaz
e data de realização nos
dias 11 e 12 de junho, entretanto,
recordamos a 8.ª edição deste
torneio internacional de Patinagem
de Velocidade que decorreu
nos dias 23 e 24 de outubro no Patinódromo
da Madeira na Foz da
Ribeira do Faial e na Avenida do
Mar e das Comunidades Madeirenses.
A prova foi uma organização
do Governo Regional através
da Direção Regional do Desporto
e do Clube Desportivo e Recreativo
Santanense com as devidas
autorizações da Federação Patinagem
Portugal e da World Skate
Europa. Em ano de pandemia,
a organização determinou novas
regras para que o evento decorresse
em segurança, conforme disse
o Diretor Regional do Desporto,
David Gomes, na apresentação
da prova. “A Região Autónoma da
Madeira representa hoje uma célula
de segurança que dá garantias
para que seja palco de eventos
com esta relevância internacional.
Enquanto nesta altura quer a
nível nacional, mas também um
pouco pelo mundo fora, se cancelam
eventos, na Região Autónoma
da Madeira, o Governo Regional
criou as condições necessárias
para que se continuar a promover
competições, e isto distingue-nos
dos demais, contribuindo assim
para a tão desejada retoma económica
da região. O turismo ativo é
uma área muito expressiva e cada
vez mais importante na recuperação
do turismo regional”. O ‘Biofera
Roller Skake’ contou nesta 8.ª
edição com a presença de 193 participantes,
oriundos de 13 países,
França, Cuba, Bélgica, Italia, Espanha,
Paises Baixos, Alemanha,
Chile, Eslovénia, Colúmbia além
da comitiva Portuguesa. ••
• Dulcina Branco • Fotos: Cícero Castro
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Biosfera Roller Skate no Funchal
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Patinódromo na Foz da Ribeira do Faial foi um dos locais do torneio internacional
Biosfera Roller Skate no Faial
O
Patinódromo da Madeira
na Foz da Ribeira do Faial
foi, a par do Funchal, um
dos locais escolhidos para a realização
deste torneio internacional
de patinagem de velocidade.
A prova decorreu, recorde-se, nos
dias 23 e 24 de outubro de 2020.
A edição deste ano, a nona, tem
data agendada para os dias 11 e 12
de junho. “O Biosfera Roller Skate
é um Torneio Internacional de
Patinagem de Velocidade que se
realiza na ilha da Madeira, evento
de final de época onde os atletas
da modalidade podem associar a
adrenalina da competição com a
descoberta dos locais fantásticos
da nossa ilha da Madeira” destaca
a organização - Governo Regional
através da Direção Regional
do Desporto e Clube Desportivo
e Recreativo Santanense. Desta
forma, a prova decorreu no patinódromo
da Madeira na Foz da
Ribeira do Faial (Santana) com
a participação de 193 atletas inscritos
das mais variadas nacionalidades,
desde os escalões infantis
aos seniors, oriundos de 13 países:
França, Cuba, Bélgica, Italia, Espanha,
Paises Baixos, Alemanha,
Chile, Eslovénia, Colúmbia além
da comitiva Portuguesa. O diretor
regional de Desporto, David Gomes,
representou o Governo Regional
no encerramento da prova.
••
• Dulcina Branco • Fotos: Cícero Castro
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Biosfera Roller Skate no Faial
33
Milionários americanos compram paquete em leilão
Um navio chamado Funchal
O
Navio Funchal comemora
este ano 60 anos. E, celebrando
esta nobre idade,
esteve na eminência de ser leiloado
e vendido para ferro velho, o
que felizmente acabou por não
acontecer. Os atuais proprietários
do Funchal são um grupo de milionários,
baseados na Califórnia,
e que pretendem preservar um navio
que é único, sendo uma preciosidade
quando analisado à luz da
arquitetura naval. Pretendem agora
retirá-lo de Lisboa, repará-lo e
definir aquilo que será o futuro do
navio, havendo para já garantias
que não será desmantelado e que
irá manter o nome da nossa Cidade
do Funchal. O navio Funchal
foi lançado à água a 10 de fevereiro
de 1961, na Dinamarca, por encomenda
da Empresa Insulana de
Navegação, com projeto de Rogério
de Oliveira. Foi o maior navio
de passageiros construído até então
daquele estaleiro e tinha como
função ligar Lisboa às ilhas da Madeira,
Açores e Canárias, realizando
mensalmente duas viagens no
itinerário Lisboa, Funchal, Tenerife,
Funchal, Lisboa, seguindo-
-se na viagem seguinte os Açores
via Funchal. Integrava uma importante
frota de navios de passageiros
portugueses, constituída por
mais de vinte unidades, entre as
quais o N/T Infante Dom Henrique,
N/T Santa Maria, N/T Vera
Cruz e N/T Príncipe Perfeito, os
quatro maiores paquetes portugueses
abatidos em 1977. O Funchal
serviu de iate presidencial a Américo
Tomás em 1972 quando foram
transportados os restos mortais de
Pedro IV de Portugal para o Brasil,
sob escolta militar. (…) Terminou
o seu último cruzeiro em Lisboa,
já com registo na Madeira e bandeira
Portuguesa, a 16 de setembro
de 2010 (…). Efetuou o seu último
cruzeiro ao serviço da Portuscale
Cruises de 28 de dezembro de
2014 a 2 de janeiro, curiosamente
para assistir ao magistral fogo de
artifício na baía da cidade que lhe
deu o nome, encontrando-se desde
essa data imobilizado no porto
de Lisboa (…). O Funchal volta
novamente a ser leiloado, tendo
em 29 de janeiro sido vendido, desta
vez em Londres, a um grupo de
investidores norte americano com
o intuito de o preservar. As evidencias
sugerem que o navio ficou assim
salvo de terminar a sua vida como
sucata. ••
• Nélio Olim (com a colaboração de Paulo M. Farinha)
• Fotos: Paulo M. Farinha, CEN, DR
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Lugares de Lisboa em tempo de pandemia...
Lugares vazios
Almas escondidas, resguardadas do bicho cada vez mais virulento.
Sons humanos abafados pelo vazio de movimento(s).
O rio que passa sem estórias presentes para contar. Talvez passadas. Certamente
futuras, quando as gentes a ele voltarem e o olharem com o amor de sempre.
As cidades continuam a descontinuar pessoas pela crueldade da doença.
As cidades continuam obrigadas aos gestos interrompidos pelo susto da pandemia.
Os objectos abandonados, como se fossem brinquedos de que nos cansámos.
Os espaços parecem mais amplos.
Os espaços parecem mais tristes.
Os espaços curvam-se sobre si mesmos. Parados.
Na verdade os espaços respiram melhor. Mais desafogadamente.
E depois o silêncio. Que esmaga.
E a solidão dos raros. Que dói. ••
• António Barroso Cruz • Fotos: António Barroso Cruz
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Agenda cultural da Madeira - fevereiro 2021
Exposições
Foto: pxhere.com
• Dulcina Branco • Fotos: D.R. (direitos reservados)
Foto Projeto Educativo Municipal – C.Municipal
“BLUE LIGHT”
Fevereiro - Salão Nobre do Teatro Municipal Baltazar Dias
De Silvestre Pestana
A mais recente obra deste artista, com recurso a néon, apresenta uma
visão ampla perante diversas forças que experienciamos na atualidade,
tanto no campo da ecologia, como no campo político e social.
Com a participação do músico e designer de som Pedro Pestana.
37
Agenda cultural da Madeira
fevereiro 2021
Foto All About Portugal
Foto Lifecooler
“20 ANOS DEPOIS”
Fevereiro - MUDAS.Museu de Arte Contemporânea da Madeira
De Ana Vidigal
Este projeto reúne pintura, objetos e instalação e marca o regresso desta
conceituada artista plástica à região, vinte anos após a sua última exposição
na Madeira. Sobre Ana Vidigal refira-se que é formada em pintura
pela Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa (1984). Bolseira da Fundação
Calouste Gulbenkian (1985/1987). Também foi pintora residente
do Museu de Arte Contemporânea – Fortaleza de São Tiago, Funchal
(1998/1999). Em 1995 e em 2002 foi convidada pelo Metropolitano de
Lisboa para a execução de painéis de azulejos para as estações de Alvalade
e de Alfornelos (construída), respetivamente. Galardoada com vários
prémios, está representada em enumeras coleções públicas e privadas.
COLETIVA “O VENTRE DOS SONHOS”
Até 20 março - galeria.a.
Cine Teatro St. António Teatro Municipal Baltazar Dias
Curadoria: Paulo Sérgio BEJu
O projeto de maniFESTAção surge num momento de comemoração
dos 45 anos da Companhia ATEF. Aos artistas convidados,
solicita-se um modo de “Representação”, um testemunho, uma
maniFESTAção singular. O projeto de maniFESTAção define-
-se pelo mote: Isto (a obra), sou eu… esta é a minha Arte, culminando
numa exposição coletiva: “O Ventre dos Sonhos.
Serviço Educativo | Apoio à galeria.a:
Visitas Guiadas/Reservas: 933 369 136
2ª a 6ª feira | 10h00 às 13h00 | 15h00 às 18h00 | 19h00 às 21h00
Grupos | com marcação prévia
Foto Exit Artists
Foto Galeria dos Prazeres
“PELA PAISAGEM DIVIDIDA, RETALHADA”
Até 21 de março - Galeria dos Prazeres, Igreja Paroquial,
Casa de Chá e Herbário
Coletiva de artes plásticas, um projeto que se desenvolve pela galeria
dos Prazeres, igreja paroquial, casa de chá e herbário com
o objetivo de celebrar os 20 anos da Quinta Pedagógica dos Prazeres.
O projeto da Quinta Pedagógica é feito de gente dedicada,
atenta aos ciclos da natureza e aos saberes rurais, onde a ancestralidade
se revela e conserva.
“DAR A PALAVRA”
Até 15 de abril - Galeria Espaçomar
Escola Básica e Secundária Gonçalves Zarco
Da artista Teresa Jardim
Nesta mostra, a artista procura através da criação ‘Dar a Palavra’ dar voz
à poesia enquanto exercício de partilha. Da fotografia ao desenho, da
imagem à palavra, num exercício de movimento contínuo. Nesse lugar
um pouco acima do chão, através do espaço pleno da memória. A artista
apela a uma criação enquanto interrogação do real. Uma metáfora
do tempo, ou seja, uma construção poética permanentemente inacabada.
A realidade tornada visível através da palavra, enchendo o espaço
como se tratasse de matéria orgânica, materializando e desmaterializando
um jogo de assimetrias plenas. Exibindo dessa forma a palavra, tornando-a
legível.
38
Foto RTP
“WHOSE MASKS”
Até 30 de junho - Quinta Magnólia – Centro Cultural
Coletiva de Luís Almeida, Rodrigo Canhão e Run Jiang, cujos
trabalhos são apresentados pela primeira vez na Madeira.
Trata-se de uma expoosição de pintura que confronta linguagens,
figurações e procedimentos pictóricos diversos em que são
apresentadas abordagens diversas ao elemento que serve de ponto
de partida para esta exposição: a máscara. Do artista Luís Almeida,
são desenhos a tinta preta sobre folha de papel de algodão
cheias de energia e poder; de Rodrigo Canhão chegam personagens
saídas das séries de ficção com uma base de ironia e provocação,
enquanto Ru Jiang traz-nos as pinturas das suas personagens
“Cat Woman”.
AF_Correio Ribatejo_252x174.pdf 1 19/11/2020 17:50
Foto Wikipédia
“DEPOIS DE COLOMBO”
Até 15 de agosto - Sala de exposições temporárias da Casa Colombo
– Museu do Porto Santo
Mostra constituída por 64 ampliações fotográficas das obras do escultor
Ricardo Veloza, com destaque para o busto de Cristóvão Colombo,
a primeira escultura pública, de grandes dimensões, criada por Ricardo
Veloza, em 1989, para o Porto Santo. Para além das ampliações fotográficas
das obras do escultor, oportunidade para observar o gesso de Brum
do Canto e duas maquetas da obra não executada “a vida dos carreiros”.
Na Ilha do Porto Santo, é possível encontrar várias obras do escultor, desde
um baixo-relevo de 1996, numa unidade hoteleira, em traquito e ouro;
busto de bronze de 2002, de Francisco Rodrigues Jardim, médico no
Porto Santo e que deu nome ao Centro de Saúde; o busto de Jorge Brum
do Canto, de 1995.
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Agenda cultural da Madeira
fevereiro 2021
Foto VisitMadeira
“NA ROTA DA URZELA”
Até 5 de abril - Núcleo Histórico de Santo Amaro – Torre do
Capitão
De Manuela Jardim
O Núcleo Histórico de Santo Amaro, Torre do Capitão, tem patente
a exposição “Na Rota da Urzela (através dos Panos). A urzela,
líquen verde-acinzentado muito comum nas serras da ilha,
era utilizado na tinturaria para a produção da cor violeta e do vermelho-púrpura.
No século XV, os portugueses, ao estabelecerem
os primeiros contactos comerciais com os povos africanos, cedo
perceberam a importância que os panos tinham naquelas sociedades,
nos rituais de vida e de morte, o que levou a que investissem
no comércio do algodão e das plantas tintureiras. Da Madeira,
tal como dos Açores e de Cabo Verde, seguiram grandes
quantidades de urzela. Os panos passaram assim a funcionar como
moeda de troca nas relações comerciais em África e entre esta
e a Europa.
Foto All About Portugal
“OS FIOS DE DEITAR LENHA”
Até 22 de abril - Sala de exposições temporárias do Museu Etnográfico
da Madeira
Na freguesia de Ponta Delgada, mais precisamente nos sítios das três
Lombadas, ainda se utilizam os cabos, popularmente designados por fios
de deitar lenha, como meio de fazer deslocar a carga nas serras (lenha,
feiteira e mato-bardo), suspensa em ganchos de ferro, em locais distantes
e de difícil acesso. Outrora, estes fios eram utilizados em grande número,
sobretudo nas freguesias da costa norte, nomeadamente Ponta Delgada,
Boaventura, São Vicente e Seixal, onde predomina uma orografia
montanhosa e muito acidentada, o que impossibilitava a utilização
da corsa e do carro chião, meios de transporte de carga, utilizados em
freguesias com uma orografia mais plana. Associadas a esta atividade, estavam
ligadas várias profissões, já extintas, algumas delas, entretanto, recuperadas.
O mestre de deitar (montar) o fio, o ferreiro que confecionava
os ganchos de ferro, feitos a partir de molas de carro ou aros de pipas e
o mestre de soldar fios, que enxertava o fio, no cimo da serra, com o auxílio
de um pequeno fole de ferreiro. Nesta exposição, abordamos a composição
e o modo de funcionamento destes engenhos, e as profissões associadas
a esta atividade.
“CESTARIA EM PALHA DE TRIGO”
Até 4 de julho - Átrio do Museu Etnográfico da Madeira
Com o objetivo de proporcionar uma maior rotatividade das coleções, o
museu dá continuidade ao projeto denominado “Acesso às Coleções em
Reserva”, sendo apresentada, semestralmente uma nova temática. Prende-se
com esta exposição divulgar uma tradição ancestral, subjacente
a um saber-fazer que faz parte do nosso património cultural material e
imaterial e que representa a herança cultural de gerações passadas. Durante
quase todo o séc.XX, o cultivo do trigo foi uma das maiores produções
agrícolas e, numa época de escassos recursos, o aproveitamento da
palha de trigo surgiu, quase naturalmente, para confecionar objetos utilitários
e decorativos, atividade desenvolvida por alguns artesões locais.
Neste semestre, o museu dá a conhecer o processo de produção de cestaria
em palha de trigo. Esta tradição, fortemente enraizada na freguesia
da Ponta do Pargo, manteve-se, no século XX, pelas mãos de dois artesãos
locais, Felisbela Ezaura de Sousa, residente no sítio do Salão de
Baixo e Manuel Gonçalves, mais conhecido por Manuel Gino, residente
no sítio do Serrado. A palha de trigo, utilizada tradicionalmente, na
nossa ilha para cobrir as casas, era aproveitada, nesta freguesia, como
matéria-prima, para a confeção de cestaria, nomeadamente os chamados
balaios, utilizados antigamente no transporte de água e alimentos
e, ainda, para transportar o pão e o bacalhau, aquando das romarias aos
arraiais do Loreto, Ponta Delgada e Monte. Utilizando as mesmas técnicas
da cestaria em palha de trigo, os artesões também utilizavam hastes
de São José, o nome popular atribuído à planta Watsonia borbonica
(Pourr) Goldblatt., uma planta herbácea, bolbosa, muito abundante na
freguesia da Ponta do Pargo. Tendo esta arte se extinguido há mais de
vinte anos, o Museu Etnográfico da Madeira, em parceria com a Casa
do Povo da Ponta do Pargo, lançou o desafio a Madalena Andrade, para
recuperar esta tradição. Esta artífice havia aprendido a confecionar este
tipo de cestaria há mais de vinte anos, nos cursos orientados por Felisbela
Ezaura de Sousa, que tiveram lugar na Casa do Povo, mas não lhe
tinha dado continuidade. Tendo aceite o desafio, a artesã recuperou esta
tradição, pretendendo agora, transmitir o seu saber-fazer, de forma a
perpetuar esta arte.
40
Fiesta! Aconteceu
Marcelo nos 85 anos
do Rotary Club do Funchal
Em dezembro de 2018, o Presidente da República, Marcelo Rebelo
de Sousa, marcava presença no jantar comemorativo dos 85
anos do Rotary Club do Funchal. O evento decorreu no hotel
Meliã Madeira, unidade hoteleira que nos últimos anos tem vindo a
acolher os eventos realizados pelo Rotary do Funchal que é atualmente
presidido por Edgar de Aguiar, o qual viria a substituir na direção o arquiteto
João Paredes. Diversas individualidades madeirenses marcaram
presença no momento comemorativo que homenageou o mais alto representante
da República Portuguesa. ••
• Dulcina Branco
• Foto: O.L.C. (Cícero Castro)
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Fiesta! Lifestyle
Cidade do Quebeque
Uma cidade diferente, a mais francesa das cidades canadenses, implícita
de charme, de bom gosto, de detalhes europeus que a
aculturação francesa deixou e que tão bem é preservada até aos
nossos dias. Das obras mais emblemáticas da cidade é o Castelo de Frontenac,
que hoje alberga o melhor hotel da cidade. Único no seu género,
é um dos pontos altos de uma visita à cidade do Quebeque. ••
• Texto & Fotos: António Cruz, autor e viajante
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Fiesta! Sé7ima Arte
Cinema em crise
• Dulcina Branco
• Fonte: www.publico.pt/2021/02/11/culturaipsilon
• Foto: afaplan
Se as salas de cinema vinham a sentir dificuldades nos últimos anos
por falta de público, essa situação agravou-se com a pandemia a
partir de 2020, ano esse que, de acordo com a Associação Portuguesa
do Cinema e do Audiovisual, foi um dos piores anos de sempre
para as salas portuguesas. “Não haverá muitos negócios que cumulativamente
tenham perdido tanto como nós, ou seja, mais de 75% da receita
total”, diz Paulo Aguiar, presidente da APEC. Entre 300 a 400 pessoas
terão ficado sem trabalho com a redução e o fecho temporário das
salas de cinema em Portugal desde o começo da pandemia, situação que
vigora também em 2021. Segundo a APEC, entre 1500 a 1600 pessoas
trabalham directa ou indirectamente no sector da exibição cinematográfica,
mas a redução de actividade das salas de cinema e os dois períodos
de encerramento temporário levaram a que “entre 300 a 400 pessoas
possam ter deixado este negócio”. “Onde existiam possibilidades de
não manter determinados contratos de trabalho, por exemplo, a termo,
obviamente não foram renovados”, diz Paulo Aguiar. Dados do Instituto
do Cinema e Audiovisual (ICA), indicam que, em 2020, os cinemas
portugueses sofreram uma quebra de 75% em audiência e receitas face a
2019, ou seja, tiveram menos 11,7 milhões de espectadores e facturaram
menos 62,7 milhões de euros. Em novembro, a Associação Portuguesa
de Defesa de Obras Audiovisuais (FEVIP) alertava que mais de metade
das salas de cinema poderia encerrar atividade se não houvesse mecanismos
para apoiar o setor. Ainda assim, o exibidor não descarta uma redução
de 40 a 50% do mercado da exibição, que conta actualmente com
561 salas de cinema em Portugal, segundo dados do ICA divulgados em
janeiro de 2021. No que toca à exibição cinematográfica, o primeiro período
de confinamento ocorreu entre Março e Junho de 2020, mês em
que as salas de cinema reabriram de forma progressiva e com restrições
de lotação. No final de 2020, com as medidas de recolher obrigatório decretadas,
os exibidores tiveram de suprimir as sessões nocturnas, que representam
cerca de 40% da receita diária. O mesmo aconteceu com as
sessões de fim-de-semana à tarde e à noite, período que significa 60% do
total da receita semanal. “Depois, a proibição de consumo de produtos
dentro de sala [como pipocas e bebidas] foi o ponto final na possibilidade
de qualquer operador ter capacidade financeira razoável para poder
operar”, diz Paulo Aguiar, acrescentando que a APEC tem tido audiências
com os partidos com assento parlamentar e com o secretário de Estado
do Cinema, Audiovisual e Media, Nuno Artur Silva, para “conversar
sobre as dificuldades do sector”. Não obstante os apoios transversais
provenientes da área da Economia, Paulo Aguiar lamenta que não haja
apoios específicos da tutela. A APEC representa 90% das empresas exibidoras
de cinema em Portugal. ••
43
Fiesta! Décor
Peças que dão as boas vindas
N
um hall de entrada, corredor ou na sala de estar, as consolas
são peças-chave de decoração. Para pousar a carteira e as chaves
quando se chega a casa, para colocar molduras, jarras com
flores ou até uma vela perfumada, as consolas são peças que não podem
faltar e que conferem um toque moderno a qualquer espaço. Em
madeira de carvalho, pinho ou vidro temperado, não faltam opções.
Seja com gavetas, prateleiras ou módulos de arrumação, aposte numa
consola e torne a sua casa mais cómoda e moderna. ••
• Dulcina Branco
• Fonte & Fotos: Tânia Tadeu [taniatadeu@taylor365.pt] Dora Sousa [dorasousa@redoute.pt]
44
Cocktail
‘Blue
Sky’
AMadeira apresenta excelentes
espaços, belíssimos
e de grande qualidade, alguns
distinguidos internacionalmente,
para a degustação de cocktails
e bebidas diversas. Da
‘Madeira Wine’ passando pelos
bares da zona histórica da cidade
do Funchal, de hotéis e espaços
da zona hoteleira, e outros espalhados
pela região e em Porto
Santo, a Madeira tem fama internacional
também pela oferta superior
dos espaços e profissionais
que neles trabalham. É exemplo
disto a Associação Barmen Madeira
que congrega dos melhores profissionais
portugueses reconhecidos
internacionalmente com
prémios e distinções. ••
• Produção: Fernando Olim
• Foto: D.R.
Composição
• 50 ml de licor Blue Curaçau
• 50 ml de Tequila
• Sumo de Lima
• Xarope de açúcar
Preparação
Shaker com gelo
Servido em copo médio
Decoração
Decorado com banana da Madeira.
categoria
Classe short Drink
Drink aperitivo
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“In the Army”
– Foto realizada no estúdio DDiArte com o modelo Ricardo Cecílio.
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