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O recolher obrigatório na capital portuguesa...
Lisboa de solidões
Lisboa cidade minha
Que um dia me viu nascer
Correr pelas suas travessas
Onde aprendi a crescer
Lisboa de tantas vielas
E de bairros apertados
É [agora] silêncio e quietude
Feita de lugares abandonados
Lisboa cidade menina
Que em adulta se tornou
Apaixonando por quem ela passa
E que por ela se deslumbrou
Lisboa que brilha de luz
Feita de praças entristecidas
Que desagua em lágrimas no rio
Que lhe promete outras vidas
Lisboa de fados vadios
E de esquinas prostitutas
Que vive também de noite
Vidas longas, outras curtas
Lisboa de tantos telhados
Que tanta gente vê passar
Que se alimenta da morte
E das vidas que a querem amar
Lisboa, apenas Lisboa,
Lugar de tantas lições
Minha querida cidade
Agora entregue às solidões. ••
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• António Barroso Cruz • Fotos: António Barroso Cruz
Legenda das fotos
11 Entrecampos
12 MAAT
01 Av. da Índia
13 Marquês de Pombal
02 Av. da Liberdade
14 Monsanto
03 Av. da República
15 Museu da Eletricidade
04 Av. da República (túnel) 16 Pr. Luís de Camões
05 Av. das Forças Armadas
06 Av. da Torre de Belém
07 Av. de Berna
17 Restauradores
18 Rossio
19 Rua Augusta
08 Cais do Sodré
20 Rua de São Paulo
09 Campo Pequeno
10 Chiado
21 Rua do Alecrim
22 Terreiro do Paço
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