6 CAPA A disciplina e o impacto de Cesar Cielo DETENTOR DE UM FEITO HISTÓRICO NOS JOGOS OLÍMPICOS DE PEQUIM, EM 2008, O NADADOR SEGUE TREINANDO E DEIXA SEU LEGADO EM PROJETOS SOCIAIS POR RODRIGO GRILO CESAR AUGUSTO CIELO FILHO é um cidadão do mundo. De Santa Bárbara d’Oeste, no interior de São Paulo, onde nasceu, mudou-se para a capital paulista aos 16 anos para evoluir dentro do habitat que escolheu para vencer na vida: a piscina. Deu super certo. Ainda hoje, ele é o único da história da natação nacional a conquistar uma medalha de ouro olímpica, feito registrado nos Jogos de Pequim, em 2008. Na competição, o atleta venceu a prova dos 50m livres, a mais rápida da modalidade, ao atravessar a piscina depois de 34 braçadas sem respirar, em 20s30 – recorde olímpico até hoje. Antes dessa conquista, Cielo viveu em Auburn, no estado norte-americano do Alabama, onde passou a estudar e refinar a sua técnica nas raias. Hoje, aos 34 anos, Cesão, como é chamado por amigos principalmente do interior, trocou São Paulo por Itajaí. Na cidade catarinense, ele segue treinando – as competições estão suspensas por causa da pandemia – como atleta da equipe Nadar/ Marcílio Dias. E ainda não decidiu se irá tentar o índice para representar o Brasil nos Jogos de Tóquio, neste ano. Dono de outras duas medalhas de bronze, uma em Pequim-2008 e outra Londres-2012, ele não abandonou o esporte de alto rendimento, mas seu foco, atualmente, é no terceiro setor e no desenvolvimento da natação brasileira. Há onze anos à frente do instituto que leva seu nome, ele estimula, por meio do projeto Novos Cielos, a natação entre crianças e adolescentes. Casado com a modelo Kelly Gisch e pai de Thomas, 5 anos, fala a seguir das suas apostas para a Olimpíada de Tóquio, assume não estar pronto para se aposentar do esporte e confessa não ter apego às medalhas conquistadas.
7 FOTO GUTO GONÇALVES