36 revista julho/<strong>2021</strong>
plano safra Ocepar lista pontos favoráveis e <strong>de</strong> preocupação para as cooperativas Se, <strong>de</strong> um lado, houve avanços no Plano Safra <strong>2021</strong>/22, a começar pelo aumento <strong>de</strong> recursos em R$ 14,9 bilhões em relação ao plano anterior, entre outros tópicos, há também pontos que merecem atenção, como o aumento das taxas <strong>de</strong> juros que, no geral, sofreram alta média <strong>de</strong> 1 ponto percentual em relação ao plano anterior. Destacam-se neste quesito os programas Mo<strong>de</strong>rinfra/Proirriga e Mo<strong>de</strong>ragro, com aumento <strong>de</strong> 1,5 ponto percentual. Demais produtores também tiveram aumento <strong>de</strong> 1,5 ponto percentual no custeio. E tem ainda a questão do volume <strong>de</strong> recursos para investimentos com taxas <strong>de</strong> juros livres, que subiram <strong>de</strong> R$ 5,13 bilhões para R$ 16,66 bilhões, uma variação <strong>de</strong> 224,8%, segundo análise da Gerência <strong>de</strong> Desenvolvimento Técnico (Getec) da Ocepar. A Getec aponta ainda que o montante <strong>de</strong> recursos do Pro<strong>de</strong>coop foi mantido em R$ 1,65 bilhão, ao passo que as cooperativas pediram R$ 3,5 bilhões valor necessário para aten<strong>de</strong>r a <strong>de</strong>manda do setor, além do que havia necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aumento nos limites <strong>de</strong> crédito por cooperativa. Isso também não foi contemplado no atual plano safra. Ainda aponta como mais um ponto <strong>de</strong> atenção a redução <strong>de</strong> 40,9% no montante <strong>de</strong> recursos <strong>de</strong>stinados à comercialização, que caíram <strong>de</strong> R$ 2,37 bilhões para R$ 1,4 bilhão. O gerente <strong>de</strong> Desenvolvimento Técnico da Ocepar, Flávio Turra, lembrou ainda que há outros itens do Plano Safra <strong>2021</strong>/22 que chamam a atenção do setor, como a questão do seguro rural, que, no plano que está se encerrando, estava previsto em R$ 1,3 bilhão, mas, com a aprovação do Orçamento da União, caiu para R$ 976 milhões. O valor anunciado para o novo período é <strong>de</strong> R$ 1 bilhão. “Preocupa também a parte dos limites <strong>de</strong> financiamento, que não foram alterados: ficou R$ 1,5 milhão para médio produtor e R$ 3 milhões para <strong>de</strong>mais produtores.” Para o milho, como havia saído antes por meio <strong>de</strong> uma resolução com o intuito <strong>de</strong> incentivar o plantio do cereal, houve aumento para o médio produtor <strong>de</strong> R$ 1,5 milhão para R$ 1.750 milhão e, para os <strong>de</strong>mais, <strong>de</strong> R$ 3 milhões para R$ 4 milhões. Quanto aos investimentos, Turra lembrou que, com aumento <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 28%, o montante para essa finalida<strong>de</strong> passou <strong>de</strong> R$ 57 bilhões para R$ 73 bilhões, valor que, em sua avaliação, é sustentado pelo aumento dos recursos para a equalização das taxas <strong>de</strong> juros, uma vez que, no plano anterior, era <strong>de</strong> R$ 11,5 bilhões e agora são R$ 13 bilhões, com aumento <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 13%. Por outro lado, ele <strong>de</strong>stacou a alta das taxas <strong>de</strong> juros para investimentos, como para o custeio da agricultura familiar, que aumentou 0,25% ponto percentual a até a 1,5% para alguns programas importantes, como o Mo<strong>de</strong>ragro, que passou <strong>de</strong> 6% para 7,5%. Fonte: Sistema Ocepar CREDICOAMO A Credicoamo oferece aos associados todos as modalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> financiamentos, custeio, comercialização, investimentos e seguro agrícola. Cooperado, procure a sua agência para mais informações. julho/<strong>2021</strong> revista 37