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desporto

Francisco Castro

o Mafarrico

do Motocross

Chama-se Francisco de Castro, vive

no concelho de Santa Cruz e é um

piloto que começa a dar nas vistas

no motociclismo regional. O Francisco,

que corre com o número de competição

#137, começou na modalidade há quase dez

anos, impulsionado pelo seu pai e treinador

Renato Castro, também ele piloto de motocross,

e que sempre o acompanhou nestas

andanças. Com apenas 17 anos acabados de

fazer, o piloto que corre atualmente com as

cores da União Desportiva de Santana, teve

um percurso ascendente no motocross, modalidade

onde já compete no escalão máximo

de séniores categoria MX1 (motos de 450

cc). Uma categoria onde pilotos mais experientes

não intimidam o jovem piloto que já

se mostrou capaz de arrancar sempre em

primeiro na grelha em todas as mangas de

MX1 e Elite disputadas na única prova que

decorreu este ano. Mas tudo começou há

muitos anos onde, com uma moto4, Francisco

Castro, então carinhosamente conhecido

pelo “Mafarrico”, integrava uma classe de

infantis, fruto também da aposta de Renato

Castro na criação de uma escola de formação

de pilotos de motociclismo denominada

“37RC Moto School”, e que foi responsável

pelo aparecimento de outros jovens pilotos.

Em 2014, o “Mafarrico” afastou-se do motocross

e regressou apenas em 2018 nos juvenis

com uma 80 cc emprestada. Este regresso

foi feito com muito empenho e dedicação,

o que acabou por dar resultados, já que o

piloto venceu nesse mesmo ano a classe de

juvenis, sendo assim campeão regional dessa

categoria em 2018. Em 2019, ainda juvenil

na modalidade, muda para a classe sénior de

mx2 com uma Suzuki RMZ 125 CC, onde apesar

de mostrar bom andamento, a falta de

experiência revelou-se madrasta. Algumas

quedas, resultado do contacto com outros

pilotos, condicionaram o bom andamento

que vinha a demonstrar. Naturalmente que,

2020 fez as modalidades pararem por completo,

fruto das restrições impostas pela CO-

VID-19. Apesar de não haver competição, a

paragem permitiu ao Francisco Castro experimentar

a RMZ 450cc do pai. A experiência

foi boa e isso permitiu o jovem piloto chegar

ao ponto competitivo que está neste momento,

competindo assim na categoria rainha

do Motocross regional. Na primeira prova

de 2021, além dos brilhantes arranques

efetuados e que já referimos anteriormente,

o piloto da U. D. Santana, classificou-se no final

das três mangas disputadas no 3º posto

entre os rookies (estreantes), 7º lugar entre

as MX1 e 8 º lugar na Elite num total de 16

pilotos presentes. O motociclismo ocupa na

vida do piloto um lugar muito especial e isso

tem sido demonstrado com a forma como

abraçou o desporto. Mas, apesar das motas

serem uma paixão presente no seu dia a dia,

os estudos nunca ficam em segundo plano,

já que o jovem piloto continua a demonstrar

bom aproveitamento escolar, condição imposta

pelos pais para a continuidade da prática

desportiva. O motociclismo acaba assim

por ser uma paixão do piloto. Lamenta, contudo,

a falta de apoios para poder ir mais longe.

Francisco Castro lamenta a forma como

as entidades governamentais olham para os

pilotos desta modalidade, impedindo assim

os pilotos de poderem fazer estágios fora da

Madeira ou participar noutros campeonatos

fora da Ilha. “Participar numa corrida no continente

implica gastos com viagens, transporte

da mota e dos equipamentos, alojamento,

alimentação, aluguer de carrinha, portagens,

combustíveis, inscrições, seguros e tantos

outros gastos, mas os apoios são insuficientes”,

desabafa o piloto que gostava de continuar

a evoluir a sua técnica para poder vir a

ser uma referência no futuro do motocross

regional, desejo que o jovem piloto ambiciona

alcançar. “A modalidade é cara devido

ao custo da mota, dos equipamentos, dos

combustíveis e da manutenção da mota. Era

importante haver mais ajuda e mais apoios

para este desporto”, conclui. Também ao nível

das empresas, os apoios não são fáceis

de receber, e se não fosse o apoio de alguns

clubes desportivos e de algumas empresas,

que reconhecem o potencial do piloto, muito

dificilmente seriam alcançados os resultados

referidos. Depois dos arranques da última

prova, o “Mafarrico” foi promovido a “Bala”

e é um piloto que reúne a simpatia e cari-

18 saber setembro 2021

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