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atualidade
A coleção
de gravatas
de Luís Silva
A sua função prática é esconder
a fileira de botões da camisa
mas a função maior é conferir
personalidade a quem a usa.
Introduzida no vestuário
masculino no século XIX, a
gravata transmite um estilo
de vida e de comportamento
que continua na atualidade.
Para Luís Silva, que por força
do seu trabalho de funcionário
público sempre se habituou
a usar gravata no dia a dia, a
peça tornou-se também objeto
de coleção. A gravata com a
foto dos filhos gémeos ocupa
um lugar especial na coleção
de mais de trezentas peças que
Luís Silva foi reunindo ao longo
dos anos.
Como começou a colecionar gravatas e
quantas tem a coleção?
- Utilizo gravata há anos como parte do meu
vestuário de trabalho e sempre tive uma pequena
"obsessão" por este acessório. Com o
passar dos anos, tentei sempre diversificar
as gravatas que usava pelo que, de forma
quase natural, nasceu esta coleção que tem
atualmente 328 gravatas.
Quais são as proveniências das gravatas?
Compra-as? Algumas forem-lhe oferecidas?
- As gravatas são compradas mas muitas são
também oferecidas.
As gravatas exigem cuidados especiais?
- Tal como as minhas outras coleções, tenho
o cuidado de preservá-las em sítios que não
acumulem humidade ou bolores.
É uma coleção dispendiosa?
- Relativamente às minhas outras coleções,
esta é, provavelmente, aquela onde invisto
mais em termos monetários, também devido
ao facto de ser uma peça que utilizo diariamente
e que define a minha imagem.
Tem uma gravata que gosta mais e porquê?
- Sim. É a gravata que tem impressa a fotografia
dos meus filhos gémeos e que me foi
oferecida no Dia do Pai.
Conhece outros colecionadores de gravatas?
- Tenho apenas conhecimento da coleção de
João Carlos Abreu, antigo Secretário Regional
do Turismo.
A gravata continua a ser um acessório de
moda ou caíu em desuso, na sua opinião?
- De uma forma geral, apesar de já não ser
tão utilizada como antigamente, considero
que é um acessório atual. Da minha parte,
continuo a considerá-la um acessório bem
atual e a gostar de usá-la.
Colecionar em tempo de pandemia pode
ser um antídoto contra o stress?
- Sim. No meu caso, posso dizer que ajudou,
na medida em que me manteve ocupado e focado
em algo que não a pandemia. E, vou continuar
a colecionar, é esse o meu desejo. s
Dulcina Branco
D.R.
20 saber setembro 2021