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S292[online]

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de produzir arte com signicado e valores. As

obras são mais que peças estéticas, têm que

ter ética e imagética. A escolha foi recaindo

na arte com sentido e de preferência que esteticamente

fosse impactante.

Quando se olha para alguém como o Rui

Sá, que inevitavelmente sempre foi olhado

como empresário de uma família cujo

nome é reconhecido em toda a Região e

fora dela, não se adivinha o “outro” Rui

Sá. Aquele que pinta, que fotografa, que

esculpe. Onde, e de que forma, consegues

encontrar o equilibrio entre os vários Ruis

que existem em ti?

- Participei em muitos eventos e feiras internacionais,

nas quais aproveitava para visitar

os Museus mais próximos. O marketing empresarial,

onde era o principal responsável

pela imagem e design do nosso grupo de empresas.

Sempre gostei de imaginar slogans,

- O primeiro passo foi dado, mostrar algo que

estava há muitos anos para dar à Luz. Dois

anos e meio a construir o espaço MAMMA

também concluído. Agora há um tempo próprio

para crescer e amadurecer para a obra

brotar noutras paragens algures noutros

palcos do planeta. Este tempo de reconhecimento

internacional implica muito trabalho

nomeadamente na divulgação do Museu e

também encontrar os parceiros e os canais

certos para que tal seja uma realidade. A ver

vamos. Sei que não depende só de mim. Vou

estar atento e focado. Neste momento é fundamental

apostar na divulgação do MAMMA.

A sorte dá muito trabalho e há apoios que

são cruciais para alavancar os projectos. O

planeta está repleto de Arte, toneladas de génios,

e muita gente a desejar aparecer. Mas

quando temos algo diferente, e acreditamos

muito no que fazemos, tudo pode acontecer!.

Sempre fui muito

interessado

e curioso

nos detalhes

criativos, nas

diferentes artes,

na simbologia e

nas mensagens

associadas, na

comunicação dos

conceitos

diversão…e partilha dos melhores momentos.

Quando viajo, acumulo muita informação

e guardo quase tudo, o que sinto ser

interessante. Há viagens, em distintas áreas,

que me despertaram para novos conceitos

de arte, muitas vezes em sítios inesperados.

Grandes surpresas! Toda essa informação

naturalmente resultou no enriquecimento

da minha arte. Seria fastidioso enumerar e

descrever toda esse conjunto de influências

que tive o privilégio de usufruir de diferentes

formas.

De que forma a tua veia de artista plástico

molda o teu carácter, o teu dia-a-dia, a

tua forma de olhar o mundo e o teu próximo?

- Continuo a ser uma pessoa simples, humilde

e muito empenhada em concretizar os

meus objectivos. Nada acontece por acaso,

há que transpirar muito para que a inspiração

surja. E mesmo assim, nada é garantido.

Sem disciplina e uma boa gestão de tempo,

muito pouco aparece. Há que estar sempre

desperto para a criatividade e quando menos

esperamos ela surge. Felizmente tenho

um excelente atelier e quase diáriamente estou

lá. Normalmente demoro algum tempo

a pensar e depois executo rápido sem tempo,

sem controlo do tempo, algo complicado

por vezes. Sinto uma felicidade enorme

quando no dia seguinte observo o que produzi...

Outro ponto importante, tem a ver

com a postura em relação dos outros artistas:

compreensão e respeito. Na arte quase

nada é comparável. Há que tentar entender

os critérios os tempos de execução. Por um

lado, o meu olhar está sempre para lá do horizonte,

e por outro, quanto mais viajo, mais

consciência tenho da importância de ter nascido

neste pequeno paraíso: Madeira. Gosto

marcas, conteúdos, desde a marca própria,

folhetos, imagem corporativa, etc. A parte

comunicacional foi também algo que sempre

cultivei. Desde 1987, que sou vice-presidente

do Marítimo, e comecei como Relações Públicas.

O mundo do desporto é desafiante,

enquanto praticante e enquanto dirigente.

O equilíbrio entre as várias faces não é fácil,

pois sempre encarei esta parte das artes,

como mais um hobbie, hobbie esse que foi se

tornando cada vez mais importante. O ideal é

haver uma interação. A parte da gestão emprtesarial

nas artes é deveras importante e

os negócios só têm a ganhar se forem salpicados

com muita criatividade.

Temos por princípio que a terra que habitamos

é sempre pequena para a nossa

genialidade artística. Gostarias de ir mais

longe, ou seja, saltar as fronteiras da ilha

e ir, por exemplo, expor lá fora?

O que é que os visitantes do MAMMA podem

encontrar ao longo da sua visita, que

não deixa de ser ao mesmo tempo uma

viagem através do artista? Ou de braço

dado com o artista. E o que vem acrescentar

o MAMAA ao espólio museológico

regional?

- A oferta artística do MAMMA resulta de um

trabalho de mais de 15 anos e em exclusiva

estreia expositiva. Quer o Museu quer as

Obras quer toda a organização, vulgo curadoria,

é da minha autoria. Para já, é um trabalho

de autor com uma chancela própria.

O estilo dos trabalhos é deveras diversificado

dentro de uma harmonia possível. A

ideia principal, é desafiar os observadores a

pensar sobre algo que é universal diria até,

intemporal, mas que é um tipo de arte total,

que se apresenta nas diferentes formas

de expressão sensorial transportando-nos

6 saber setembro 2021

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