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Edição 2º semestre
Edição 2º semestre
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Quem passa pela Rua Cônego Eugênio Leite, em Pinheiros,<br />
São Paulo, quase não percebe uma água de telhado feita de<br />
tábuas enegrecidas e justapostas, cobrindo a discreta entrada<br />
do restaurante Kotori.<br />
Inaugurado em fevereiro deste ano, o local teve sua<br />
ambientação baseada numa ideia de “imersão no imaginário<br />
cultural do Japão”, nas palavras do arquiteto Guile Amadeu,<br />
um dos autores do projeto. Conjuntos de peças em pinus,<br />
amarradas e encaixadas entre si conforme a técnica japonesa,<br />
são montados como cenários num palco. O washi, papel<br />
especial feito de fibras dos arbustos Kozo, Gampi e Mitsumata,<br />
foi também inspiração para o desenho de alguns elementos<br />
de fechamento do mobiliário do salão, incorporando a ideia de<br />
leveza dessa técnica milenar.<br />
Mas é a luz o outro elemento importante da composição<br />
dos interiores, seja ao valorizar as superfícies desse jogo de<br />
armar, seja se infiltrando através do papel washi, ou mesmo<br />
atendendo à expressa demanda do proprietário e chef<br />
Thiago Bañares, de manter os pratos dos clientes facilmente<br />
fotografáveis, conforme explica o arquiteto Marcos Castilha,<br />
lighting designer desse projeto.<br />
IMERSÃO EM<br />
CENÁRIOS LUMINOSOS<br />
Na página anterior, perfis de LED 4,8 W/m, 2.700 K, IRC > 80<br />
iluminam os painéis inclinados em madeira. Atrás dos sarrafos,<br />
uma barra de LED 800 lm/m, 2.700 K, IRC > 80, dimerizável<br />
ilumina de baixo para cima.<br />
Abaixo, a entrada do estabelecimento.<br />
Texto: Gilberto Franco<br />
Fotos: Rubens Kato<br />
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