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Robert B. Chisholm Jr. - Introdução aos Profetas

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Isaías S47 j

Senhor, seu verdadeiro rei (v. 20-21). Apropriadamente, o Senhor é chamado

de “o Santo de Israel”, um título que indica sua soberania (1.4; 6.3), e “Deus

Forte”, um lembrete da força que revelou quando “os feriu” (v. 20). Infelizmente,

apenas um remanescente participaria da reconciliação com Deus,

pois a população de Israel seria reduzida a um décimo pelo juízo (v. 22-23).

O título “Deus Forte” só aparece aqui (v. 21) e em Isaías 9.6, em que

é um dos epítetos do rei davídico que estava por vir. É possível que Isaías

10.20-21 mostre os israelitas retomando a Deus (“o Santo de Israel”) e ao

rei dravídico (“o Deus Forte”), como em Oseias 3.5. No entanto, o rei davídico

não é mencionado no contexto imediato do versículo 21 (veja o cap.

11, contudo). O versículo anterior menciona Israel dependente do “Senhor,

o Santo de Israel”. Então, é provável que o título “Deus Forte” se refira também

ao Senhor. Dois títulos semelhantes se referindo a Deus aparecem em

Deuteronômio 10.17 e Neemias 9.32 (“o grande, poderoso e terrível Deus”)

e em Jeremias 32.18 (“o grande, o poderoso Deus”).

Duas vezes nos versículos 21 -22 aparece a afirmação “o remanescente

retomará”. A afirmação ecoa e ressoa o nome simbólico do filho de Isaías,

Shear-Jasube, que acompanhou o profeta no encontro inicial com o rei Acaz

(Is 7.3). Nessa ocasião, Isaías tentou encorajar o rei assegurando-lhe que o

Senhor era capaz de libertá-lo dos invasores sírios e israelitas. O nome de

Shear-Jasube, que significa “um remanescente retomará”, provavelmente

tinha conotação positiva naquele tempo, talvez sugerindo que a maioria dos

inimigos invasores seria derrotada e que somente um remanescente voltaria

para casa. Isaías 10.21-22 mostra que a profecia inerente ao nome de Shear-

-Jasube foi descoberta quando o juízo de Deus reduziu a nação de Israel,

uma vez grandiosa, a apenas um resto. Mesmo assim, há boas-novas aqui

também. Eventualmente um restante retomaria para Deus e se reuniria com

Judá sob o mando do rei davídico idealizado (veja o cap. 11).

Depois de parar de descrever a reconciliação de Israel com Deus, o

profeta se volta a seu tema principal: a morte da Assíria (v. 24, veja os v.

5-19). Dirigindo-se ao povo de Jerusalém em nome do Senhor, ele assegura

que seu rei guerreiro, divino, forte, iria protegê-los da ameaça assíria.

Embora o Senhor tivesse usado os assírios para punir seu povo (v.

24), sua ira contra Judá se transferiria em breve para a Assíria (v. 25). Ele

feriria os assírios (v. 26) e libertaria Judá do govemo opressor e pesado

da Assíria (v. 27).

Ele derrotaria os assírios, assim como tinha aniquilado os midianitas

nos dias de Gideão (v. 26a). A referência à “pedra de Orebe” relembra o

incidente registrado em Juizes 7.25. Ao final da vitória de Gideão sobre

os midianitas, os efraímitas capturaram e decapitaram o general Orebe em

uma rocha que depois ganhou o nome do inimigo executado.

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