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Florestal_238Web

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ENTREVISTA<br />

Zaid A. Nasser, novo presidente da APRE, revela os planos e desafios para a gestão<br />

PODER QUE TRANSFORMA<br />

TRITURADORA ROBUSTA E POTENTE É<br />

SOLUÇÃO IDEAL PARA LIMPEZA DE ÁREAS<br />

POWER THAT TRANSFORMS<br />

ROBUST AND POWERFUL SHREDDER IS IDEAL<br />

SOLUTION FOR CLEANING AREAS


SUMÁRIO<br />

MARÇO 2022<br />

36<br />

POTÊNCIA,<br />

ROBUSTEZ<br />

E RESULTADO<br />

06 Editorial<br />

08 Cartas<br />

10 Bastidores<br />

12 Notas<br />

22 Coluna Cipem<br />

24 Frases<br />

26 Entrevista<br />

34 Coluna<br />

36 Principal<br />

42 Minuto Floresta<br />

44 Concessões<br />

48 Espécie<br />

50 Economia<br />

54 Artigo<br />

56 Transporte<br />

60 Pesquisa<br />

64 Agenda<br />

66 Espaço Aberto<br />

44<br />

54<br />

ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />

47 ArborGen<br />

07 Bayer<br />

09 BKT<br />

11 Carrocerias Bachiega<br />

15 Corteva<br />

59 D’Antonio Equipamentos<br />

68 Denis Cimaf<br />

02 Dinagro<br />

21 DRV Ferramentas<br />

31 Engeforest<br />

63 Feldermann<br />

29 Francio Soluções Florestais<br />

05 Komatsu Forest<br />

13 Liebherr Brasil<br />

67 Log Max<br />

17 Manos Implementos<br />

43 Mill Indústrias<br />

33 Minusa Forest<br />

19 Rotary-Ax<br />

25 Rotor Equipamentos<br />

53 Show <strong>Florestal</strong><br />

23 Tecmater<br />

35 Watanabe<br />

04 www.referenciaflorestal.com.br


EDITORIAL<br />

De olho nas<br />

oportunidades<br />

O mercado florestal está repleto de oportunidades<br />

e possibilidades para quem está atento às mudanças e<br />

novidades do setor. E não falamos apenas sobre chegar<br />

primeiro, mas chegar melhor e mais preparado para os<br />

desafios constantes que a indústria de base florestal<br />

oferece. Nesta edição, nosso Leitor conhecerá a trituradora<br />

Thor da Watanabe, equipamento ideal para trituração<br />

e limpeza de terrenos para o plantio florestal, conhecerá<br />

um pouco mais sobre a espécie peroba-rosa, sobre as novidades<br />

de transporte ferroviário na Bahia e, ainda, uma<br />

entrevista exclusiva com o Zaid Ahmad Nasser, presidente<br />

do APRE (Associação Paranaense de Empresas de Base<br />

<strong>Florestal</strong>), falando sobre a situação da indústria madeireira<br />

e planos para o futuro.<br />

2<br />

1<br />

Na capa desta edição a<br />

trituradora para limpeza<br />

de área da Watanabe<br />

A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />

www.referenciaflorestal.com.br<br />

Ano XXIV • N°238 • Março 2022<br />

ENTREVISTA<br />

Zaid A. Nasser, novo presidente da APRE, revela os planos e desafios para a gestão<br />

POWER THAT TRANSFORMS<br />

ROBUST AND POWERFUL SHREDDER IS IDEAL<br />

SOLUTION FOR CLEANING AREAS<br />

PODER QUE TRANSFORMA<br />

TRITURADORA ROBUSTA E POTENTE É<br />

SOLUÇÃO IDEAL PARA LIMPEZA DE ÁREAS<br />

Keeping an eye on<br />

opportunities<br />

The forest market is full of opportunities and possibilities<br />

for those aware of the changes and news within the<br />

Sector. And we are not just talking about getting there<br />

first but improving and becoming more prepared for the<br />

constant challenges that the forest-based industry faces.<br />

In this issue, our reader learns about the Watanabe Thor<br />

crusher/shredder, the ideal tool for clearing land and<br />

shredding residues for forest planting. There is also a little<br />

more about peroba-rosa, the news of rail transport in<br />

Bahia, and an exclusive interview with Zaid Ahmad Nasser,<br />

President of APRE (Association of Forest-Based Companies),<br />

talking about the situation of the timber industry<br />

and plans for the future.<br />

Entrevista com<br />

Zaid Ahmad Nasser<br />

Madeira sobre trilhos<br />

3<br />

EXPEDIENTE<br />

ANO XXIV - EDIÇÃO 238 - MARÇO 2022<br />

Diretor Comercial / Commercial Director<br />

Fábio Alexandre Machado<br />

fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />

Diretor Executivo / Executive Director<br />

Pedro Bartoski Jr<br />

bartoski@revistareferencia.com.br<br />

Redação / Writing<br />

Vinicius Santos<br />

jornalismo@revistareferencia.com.br<br />

Colunista<br />

Cipem<br />

Gabriel Dalla Costa Berger<br />

Depto. de Criação / Graphic Design<br />

Fabiana Tokarski - Supervisão<br />

Crislaine Briatori Ferreira<br />

Gabriela Bogoni<br />

Larissa Purkotte<br />

criacao@revistareferencia.com.br<br />

Midias Sociais / Social Media<br />

Cainan Lucas<br />

Tradução / Translation<br />

John Wood Moore<br />

Depto. Comercial / Sales Departament<br />

Gerson Penkal - Carlos Felde<br />

comercial@revistareferencia.com.br<br />

fone: +55 (41) 3333-1023<br />

Representante Comercial<br />

Dash7 Comunicação - Joseane Cristina<br />

Knop<br />

Depto. de Assinaturas / Subscription<br />

Pedro Moura<br />

assinatura@revistareferencia.com.br<br />

0800 600 2038<br />

ASSINATURAS<br />

0800 600 2038<br />

Periodicidade Advertising<br />

GARANTIDA GARANTEED<br />

Veículo filiado a:<br />

A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente,<br />

dirigida aos produtores e consumidores de bens e serviços em madeira,<br />

instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos governamentais,<br />

ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente<br />

ligados ao segmento de base florestal. A Revista REFERÊNCIA do Setor<br />

Industrial Madeireiro não se responsabiliza por conceitos emitidos em<br />

matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais<br />

de responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação,<br />

armazenamento de banco de dados, sob qualquer forma ou meio, dos<br />

textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista REFERÊNCIA são<br />

terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos<br />

direitos autorais, exceto para fins didáticos.<br />

Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication<br />

directed at the producers and consumers of the good and services of the<br />

lumberz industry, research institutions, university students, governmental<br />

agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked<br />

to the forest based segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself<br />

responsible for the concepts contained in the material, articles or columns<br />

signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors,<br />

themselves. The use, reproduction, appropriation and databank storage<br />

under any form or means of the texts, photographs and other intellectual<br />

property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited<br />

without the written authorization of the holders of the authorial rights.<br />

06 www.referenciaflorestal.com.br


CARTAS<br />

A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />

ENTREVISTA<br />

Diretora-executiva da ABPMA, fala sobre o futuro do Mogno Africano no Brasil<br />

VERSATILIDADE QUE<br />

TRAZ RESULTADO<br />

SOLUÇÕES PERSONALIZADAS POTENCIALIZAM<br />

O TRANSPORTE FLORESTAL<br />

Capa da Edição 237 da<br />

Revista REFERÊNCIA FLORESTAL,<br />

mês de fevereiro de 2022<br />

www.referenciaflorestal.com.br<br />

Ano XXIV • N°237 • Fevereiro 2022<br />

VERSATILITY THAT<br />

BRINGS RESULTS<br />

CUSTOM SOLUTIONS BOOSTS THE<br />

FOREST TRANSPORTATION<br />

CAPA<br />

Por Carlos Miguel – Bragança Paulista (SP)<br />

O transporte é uma parte do processo florestal muito importante e precisa<br />

de soluções como essa da Manos para garantir o melhor trabalho.<br />

Parabéns a todos!<br />

ENTREVISTA<br />

Por Eliomar Alves – Cuiabá (MT)<br />

Essas madeiras nobres são incríveis e podem ser um aporte<br />

de sucesso e muito rendimento para nosso país. Espero que<br />

consigam grandes resultados para o Brasil.<br />

Foto: Emanoel Caldeira<br />

LEGISLAÇÃO<br />

Por João Ramos – Lebon Régis (SC)<br />

Isso que precisamos, políticos que colaborem com o nosso país e<br />

vejam a importância de nossas riquezas naturais, para podermos<br />

aproveitá-las da melhor forma.<br />

Foto: divulgacão<br />

ACOMPANHE AS PUBLICAÇÕES DA REVISTA TAMBÉM EM NOSSAS REDES SOCIAIS<br />

CURTA NOSSA PÁGINA<br />

08 www.referenciaflorestal.com.br<br />

Revista Referência <strong>Florestal</strong><br />

@referenciaflorestal<br />

E-mails, críticas e sugestões podem ser<br />

enviados também para redação<br />

jornalismo@revistareferencia.com.br<br />

Mande sua opinião sobre a Revista REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

ou a respeito de reportagem produzida pelo veículo.


A LONG WAY<br />

TOGETHER<br />

FS 216<br />

Por mais difíceis que sejam as suas necessidades, FS 216 é o seu melhor aliado para<br />

todas as operações com autocarregadoras e máquinas de arrasto. Este pneu silvicultura<br />

com cintos em aramida tem um desenho robusto das barras com angulação otimizada<br />

e mais larga, para potencializar a performance no campo da tração. FS 216 proporciona<br />

uma resistência excelente aos cortes e aos rasgos, bem como a máxima proteção contra<br />

possíveis danos em qualquer momento.<br />

FS 216 é a resposta da BKT a todas as exigências, mesmo nas condições operacionais<br />

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Chetan Ghodture<br />

Balkrishna Industries Ltd, India<br />

Email: chetang@bkt-tires.com<br />

Mobile: +917021000031


BASTIDORES<br />

Revista<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

EM AÇÃO<br />

Durante a produção da reportagem de capa desta edição,<br />

a Equipe da REFERÊNCIA pode ver de perto todo o poder<br />

da Trituradora Thor da Watanabe. A demonstração foi<br />

realizada ao lado da fábrica, em Castro (PR).<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

CELULOSE & PAPEL<br />

Também estivemos na sede, em visita para produção da<br />

capa da próxima edição da Revista CELULOSE&PAPEL, que<br />

celebra os 20 anos da Metal Service, empresa que fornece<br />

a linha completa de equipamentos para reciclagem e<br />

produção de papéis tissue, papéis cartão e embalagens.<br />

ALTA<br />

MANEJO PARA O SUCESSO<br />

O manejo florestal sustentável no Mato Grosso<br />

tem um grande viés de crescimento para a próxima<br />

década. Já se coloca como o principal motor<br />

da economia de 44 municípios do norte do Estado,<br />

ocupou 4,7 milhões de ha (hectares) em 2021 e<br />

emprega cerca de 90 mil pessoas. O objetivo é<br />

chegar a 6 milhões de ha manejados até 2030,<br />

avanço que poderá ser acelerado com os retornos<br />

financeiros alcançados com o aumento da demanda<br />

e a valorização dos produtos. Atualmente, são<br />

explorados de 200 mil a 350 mil ha por ano nas<br />

áreas de reserva legal das propriedades privadas<br />

de agropecuaristas. No bioma Amazônia, 80% das<br />

fazendas têm que ser preservadas e 20% podem<br />

ser usadas comercialmente para plantio ou criação<br />

de animais.<br />

MARÇO 2022<br />

EFEITO DA PANDEMIA<br />

Segundo dados do MAPA (Ministério da Agricultura,<br />

Pecuária e Abastecimento), as exportações<br />

de produtos florestais do Mato Grosso do Sul<br />

fecharam o ano de 2021 com valor total de US$<br />

1,508 bilhão. O volume produzido foi de 4,149<br />

milhões de t (toneladas), sendo a celulose majoritariamente<br />

responsável por 98,76% das mercadorias,<br />

seguida por papel e madeira com 1,24%.<br />

Em comparação com 2020, o faturamento com as<br />

comercializações foi 10,8% menor, já que no ano<br />

anterior a soma total foi de US$ 1,691 bilhões. O<br />

volume exportado também teve uma queda de<br />

9,39%, com o total 4,579 milhões de t vendidas<br />

no mesmo período.<br />

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NOTAS<br />

Futuro do Inventário <strong>Florestal</strong><br />

O SFB (Serviço <strong>Florestal</strong> Brasileiro) concluiu<br />

o treinamento de novos instrutores do IFN (Inventário<br />

<strong>Florestal</strong> Nacional). O propósito do SFB<br />

é capacitar servidores para instruir as equipes<br />

de campo que darão continuidade às coletas de<br />

dados biofísicos e socioambientais do IFN, a fim<br />

de implementar o Inventário <strong>Florestal</strong> Nacional no<br />

Brasil. O curso, ministrado por instrutores credenciados<br />

na metodologia do IFN, teve a duração de<br />

uma semana, e contou com os módulos teórico<br />

e prático. O coordenador-geral de Inventário e<br />

Informações Florestais, Humberto Mesquita,<br />

destacou a importância da formação de novos<br />

instrutores para o andamento da implementação<br />

do inventário: “Entraremos em um novo ciclo de<br />

coleta de dados do IFN em diversos biomas. Temos<br />

lotes sendo coletados na Amazônia, e planejamos concluir a coleta no Cerrado e avançar na Mata Atlântica e na Caatinga,<br />

além de iniciar a coleta do Pantanal. A inclusão de novos instrutores é essencial para capacitar as equipes que irão percorrer o<br />

Brasil e coletar os dados diretamente das florestas”. Foram abordadas todas as etapas do levantamento de dados do IFN, como<br />

o planejamento do trabalho em campo, as técnicas adequadas de coleta dos dados biofísicos, o armazenamento e destinação<br />

das amostras coletadas, além dos dados socioambientais, levantados por meio de entrevistas com os moradores das proximidades<br />

das florestas. O diretor Pedro Neto ressalta a necessidade de conhecer as florestas para aprimorar a utilização correta<br />

dos recursos florestais: “Produzir informações sobre as nossas florestas é a melhor forma de valorizá-las, de potencializar o seu<br />

uso, além de subsidiar a formulação de políticas que estimulem a utilização sustentável de seus recursos, permitindo a geração<br />

de oportunidades com a manutenção das florestas em pé”.<br />

Foto: divulgação<br />

Grande feira europeia<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

De 2 a 4 de junho de 2022, a principal feira florestal<br />

do mundo, Elmia Wood, será novamente realizada ao sul<br />

de Jönköping, na Suécia. Expositores e visitantes vêm de<br />

muitas partes da Europa para experimentar o evento, que<br />

se concentrará na silvicultura inovadora e sustentável de<br />

amanhã. A feira deste ano terá um tema europeu com<br />

foco em práticas florestais inovadoras e sustentáveis para<br />

o futuro. A feira é um grande ponto de encontro de produtores<br />

florestais, empresários e funcionários florestais<br />

que encontram-se onde as ideias são desenvolvidas, os<br />

contatos são feitos e os negócios são criados. É uma festa<br />

da indústria de classe mundial totalmente construída na<br />

floresta, onde os visitantes podem ver e testar máquinas<br />

florestais, ferramentas e tecnologia inovadora em seu<br />

ambiente natural. Segundo os organizadores, a feira é um<br />

local cheio de oportunidades, para o contato com novas<br />

tecnologias, adquirir conhecimento de forma sustentável<br />

para proteger o valor da floresta.<br />

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NOTAS<br />

Preservação que dá retorno<br />

O IAT (Instituto Água e Terra) do Paraná disponibiliza<br />

uma nova ferramenta online que permite às prefeituras<br />

simularem os repasses de ICMS do Estado para municípios<br />

que preservarem áreas de vegetação através de UCs<br />

(Unidades de Conservação). O repasse é feito através<br />

do chamado ICMS Ecológico, desenvolvido pelo órgão<br />

ambiental estadual. Em 30 anos, o Estado já repassou<br />

R$ 7 bilhões de recursos do ICMS Ecológico e atualmente<br />

262 municípios são contemplados por preservarem<br />

o meio ambiente. Para Patricia Calderari, gerente de<br />

Biodiversidade do IAT , a ferramenta online é interativa<br />

e apresenta cenários de arrecadação municipal em<br />

resposta aos dados das unidades de conservação em<br />

fase de planejamento. “Muitos municípios não sabem os<br />

valores que podem receber pelas unidades de conservação<br />

e nosso objetivo é apresentar essas informações<br />

de forma simples e interativa, subsidiando as ações das<br />

prefeitras pela proteção da natureza”, afirma Patricia. No<br />

simulador de repasses, basta preencher os dados sobre a<br />

categoria da área protegida e seu tamanho em hectares. São mostrados três resultados da simulação, com valores mínimo,<br />

médio e máximo ao ano. “Os valores são mensurados pelas Tábuas de Avaliação, por isso, o IAT se coloca à disposição para<br />

esclarecer qualquer dúvida das administrações municipais”, completa Patricia.<br />

Foto: divulgação<br />

Parceira Federal<br />

Foto: divulgação<br />

O IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos<br />

Naturais Renováveis) e a UFPR (Universidade Federal<br />

do Paraná) assinaram, um Protocolo de Intenções para orientar<br />

e fortalecer o desenho e a execução de políticas públicas<br />

de conservação ambiental e desenvolvimento sustentável<br />

no estado do Paraná. O documento confirma a formação de<br />

um grupo de trabalho, onde haverá a definição das linhas de<br />

ação e das áreas de cooperação e intercâmbio de conhecimento<br />

entre as instituições. Por meio desse acordo, ambas<br />

instituições poderão contribuir para o aperfeiçoamento das<br />

funções de suas áreas-fim. O Protocolo foi assinado pelo reitor<br />

da UFPR, Ricardo Marcelo Fonseca, e pelo superintendente<br />

do Ibama no Paraná, Luiz Antonio Corrêa Lucchesi - que,<br />

na ocasião, representou o presidente do instituto.<br />

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, Marcas registradas da Dow AgroSciences, DuPont ou Pioneer e de suas<br />

companhias afiliadas ou de seus respectivos proprietários. ©2020 CORTEVA


NOTAS<br />

Tecnologia contra o desmatamento<br />

Foto: divulgação<br />

Made in Brazil<br />

Lançado pelo governo de Santa Catarina através do IMA (Instituto<br />

do Meio Ambiente) o SIMAD (Sistema Integrado de Monitoramento<br />

e Alertas de Desmatamento) já está atuando de forma<br />

efetiva contra crimes ambientais em Santa Catarina. Recentemente<br />

foi realizada pelo IMA, em conjunto com a Polícia Militar Ambiental,<br />

a primeira operação de combate ao desmatamento com base<br />

nos alertas oriundos do SIMAD. A ação ocorreu em 6 áreas dos<br />

municípios de Angelina, Águas Mornas e São Bonifácio, onde a supressão<br />

de vegetação alertada pelo sistema pode ser identificada.<br />

O presidente do IMA, Daniel Vinicius Netto, enfatiza que a fiscalização<br />

realizada de forma totalmente orientada pelo sistema de<br />

geoprocessamento foi um marco histórico para o IMA. “O sistema<br />

traz mais celeridade na repressão de crimes ambientais e também<br />

permite ao IMA mais autonomia para disparar os alertas a outros<br />

órgãos de fiscalização e reduzir cada vez mais os desmatamentos<br />

ilegais em Santa Catarina”, pontuou Daniel. Já Fábio Castagna da<br />

Silva, diretor de Engenharia e Qualidade Ambiental, explica a importância<br />

da ferramenta no combate aos crimes de desmatamento<br />

ilegal no estado. “O SIMAD foi desenvolvido para atender as necessidades<br />

específicas dos órgãos de fiscalização em Santa Catarina,<br />

reduzindo deslocamentos desnecessários em função de imprecisão<br />

de informações“, descreveu Fábio.<br />

O governo dos EUA (Estados Unidos da América) e o MMA (Ministério<br />

do Meio Ambiente) assinaram, um memorando de entendimento<br />

para o desenvolvimento de soluções de combate à queima<br />

descontrolada em ambientes tropicais brasileiros. Randy Moore,<br />

chefe do Serviço <strong>Florestal</strong> dos EUA, e Joaquim Leite, ministro do<br />

Meio Ambiente, assinaram o memorando. O encarregado de Negócios<br />

da Embaixada e Consulados dos EUA, Douglas Koneff, e o diretor<br />

da USAID no Brasil, Ted Gehr, participaram da cerimônia de assinatura.<br />

Douglas Koneff, comenta que o Ministério do Meio Ambiente<br />

é um parceiro sólido e de longa data, e valorizamos muito nossos<br />

esforços conjuntos nesta área. “Esse memorando ajudará a equipar<br />

e trazer capacidades e tecnologia adicionais para equipes técnicas,<br />

tornando ambas as organizações mais preparadas para realizar ações<br />

de comando e controle na prevenção e gerenciamento de incêndios<br />

florestais”, afirmou Douglas. O memorando apoiará o desenvolvimento<br />

e a aplicação da tecnologia da informação para rastreamento<br />

e gerenciamento de incêndios florestais, além de proporcionar treinamento,<br />

compartilhamento de experiência e conhecimento entre<br />

uma nova geração de cientistas e tecnólogos brasileiros e norte-americanos.<br />

Foto: divulgação<br />

16 www.referenciaflorestal.com.br


NOTAS<br />

Foco certo<br />

Ao comentar o lançamento de um novo eixo do<br />

Programa Floresta +, o ministro do Meio Ambiente,<br />

Joaquim Leite, defendeu que, quando o assunto é<br />

preservação, é preciso tirar o foco apenas das árvores<br />

e colocá-lo em quem cuida das árvores. “É esta a<br />

solução: remunerar quem cuida de floresta”, disse Joaquim.<br />

A proposta da pasta, de acordo com o ministro,<br />

é o pagamento por prestação de serviços ambientais<br />

de quem preserva o meio ambiente. “Temos que criar<br />

o fazendeiro de floresta nativa. Aquele que vai ser remunerado,<br />

bem remunerado, pela atividade de cuidar<br />

de floresta”, reforçou. Leite lembrou que, no caso de<br />

reservas legais e APPs (áreas de preservação permanente),<br />

o Código <strong>Florestal</strong> Brasileiro já prevê benefícios<br />

para quem cuida do meio ambiente. A ideia é expandir<br />

isso para áreas de floresta nativa, onde é possível fazer<br />

o manejo de baixo impacto e garantir a preservação da<br />

biodiversidade.<br />

Foto: divulgação<br />

Florestas mais seguras<br />

Foto: divulgação<br />

O INPE/DETER (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais)<br />

aponta uma redução de 22% nos alertas de desmatamento<br />

em Mato Grosso no último semestre, entre agosto de 2021 e<br />

janeiro de 2022. A comparação é feita com o mesmo período<br />

do ano anterior, com base nos dados preliminares de imagens<br />

de satélite. Já em comparação com o período apuratório<br />

de agosto de 2019 a janeiro de 2020, a redução é de 47%.<br />

Se for mantida esta tendência, aliada aos investimentos e<br />

esforços de combate aos crimes ambientais, esta será uma<br />

das maiores reduções do Estado, avalia o secretário Executivo<br />

da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Alex Marega.<br />

“No mês de dezembro, o desmatamento esteve muito abaixo<br />

da média histórica, na ordem de 10 km². Identificamos que<br />

como no período de chuvas há muitas nuvens, isso atrapalha<br />

a detecção do desmatamento por imagens de satélite, por<br />

isso, o desmatamento de dezembro e de outros meses podem<br />

ser demonstrados nos dados de janeiro”, esclarece Alex.<br />

Os alertas de desmatamento dos últimos seis meses somam<br />

517 km², e no mesmo período do ano anterior, 669km². O<br />

mês de janeiro fechou com alertas de mudança de vegetação<br />

de 146,52 km², de acordo com o dado do DETER, disponível<br />

na Plataforma TerraBrasilis.<br />

18 www.referenciaflorestal.com.br


otaryax<br />

rotaryaxoficial


NOTAS<br />

Foto: divulgação<br />

Investimento alto<br />

O MMA (Ministério do Meio Ambiente) foi responsável pela<br />

gestão de mais de R$ 767 milhões em 2021. O total equivale a<br />

98,5% do orçamento previsto para o ano destinado à pasta e às<br />

suas autarquias, que incluem IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio<br />

Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), ICMBio (Instituto<br />

Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) e JBRJ (Jardim<br />

Botânico do Rio de Janeiro), de acordo com informações divulgadas<br />

pelo ministério. Conforme o ministro Joaquim Leite, a maior<br />

parte do valor foi aplicada em tecnologia. “O Ministério do Meio<br />

Ambiente recebeu uma verba suplementar de R$ 270 milhões<br />

em julho e nós conseguimos aplicar isso em inovação de sistema<br />

de informática, trazendo ferramentas de gestão para dentro do<br />

ministério”, destacou Joaquim. IBAMA e ICMBio foram equipados<br />

com câmeras de ação, laptops, viaturas, helicópteros, embarcações,<br />

drones, caminhões-bombeiros e outros bens.<br />

Brigada nacional<br />

A brigada de pronto emprego se apresentou oficialmente<br />

em Brasília (DF). A contratação de novos brigadistas faz parte<br />

de uma ação conjunta do MMA (Ministério do Meio Ambiente),<br />

do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação<br />

da Biodiversidade) para prevenção e combate a incêndios. A<br />

brigada Wellington Peres, nomeada em memória do servidor<br />

do ICMBio, contempla 100 brigadistas, divididos em 14<br />

esquadrões. A brigada estará à disposição para atendimentos<br />

em UCs (Unidades de Conservação) de todo o país, preparada<br />

para atuar em todos os biomas. Na época de incêndios,<br />

o ICMBio precisa deslocar brigadistas entre as unidades de<br />

conservação, sem desguarnecer as unidades de conservação de<br />

origem, sem contar o acionamento de outros parceiros como o<br />

Ibama/PrevFogo e as corporações de bombeiros militares. Esta<br />

iniciativa integra a logística operacional do ICMBio e MMA para<br />

fortalecer a prevenção e combate aos incêndios. Além dos cem<br />

brigadistas nacionais, o ICMBio está em processo de finalização<br />

da contratação de 1,5 mil brigadistas para atuar nas UCs, além<br />

da aquisição e modernização de viaturas e equipamentos de<br />

proteção individual, bem como o aprimoramento técnico dos<br />

brigadistas já contratados e dos especialistas de fogo do órgão.<br />

Foto: divulgação<br />

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PRODUTIVIDADE!<br />

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Durabilidade Produtividade Economia<br />

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inovação – o que resulta em melhoria dos<br />

processos, aperfeiçoamento e desenvolvimento<br />

de novos produtos para suprir as necessidades<br />

do mercado de Biomassa, <strong>Florestal</strong> e Madeireiro.<br />

<br />

<br />

<br />

SERRAS E FACAS INDUSTRIAIS


COLUNA<br />

O jornalismo da<br />

desinformação<br />

A íntima relação entre o<br />

clickbait e a atividade<br />

madeireira<br />

Contudo, ao<br />

ler a matéria<br />

em questão é<br />

possível perceber<br />

que o conteúdo<br />

não atendeu a<br />

polêmica trazida<br />

pelo título<br />

Provavelmente a maioria dos nossos leitores já ouviu falar sobre o termo<br />

clickbait. E aqueles que desconhecem esta palavra, após ler sobre seu<br />

significado, com certeza recordarão de vários momentos em que já foram<br />

fisgados por esse tipo de chamada apelativa utilizada em alguns conteúdos<br />

divulgados na internet.<br />

Exemplificando, você já deve ter visto alguma notícia com um título bastante chamativo<br />

e até mesmo sensacionalista, e depois percebeu que seu conteúdo não era tão<br />

polêmico assim. Isto é clickbait. Em resumo, é uma tática antiética usada na internet<br />

para aumentar o tráfego online em um determinado site, também chamado de caça-clique,<br />

pois o leitor é atraído por um título alarmante utilizado como isca.<br />

Infelizmente os clickbaits estão presentes até mesmo em páginas de jornais, principalmente<br />

quando se tratam de assuntos que estão em alta, ou que tenham maior<br />

relevância para grande parte da população, como é o caso do meio ambiente, e mais<br />

especificamente, da atividade madeireira na floresta Amazônica.<br />

Frequentemente nos deparamos com matérias deturpadas e que prestam um desserviço<br />

à sociedade, maculando a reputação de um importante setor, que é o maior<br />

responsável pela conservação das florestas, graças ao manejo florestal sustentável.<br />

Um exemplo recente desta prática é a matéria publicada no site Folhamax.com, no<br />

dia 10 de fevereiro de 2022, intitulada “Ibama vai ‘afrouxar’ embargo contra madeireiras<br />

em MT”. É claro que ao se deparar com esse título, muitas pessoas ficaram alarmadas,<br />

pois se trata de um tema sensível envolvendo o meio ambiente, e sendo abordado<br />

de forma bastante polêmica. Afinal, como é que um órgão responsável pelo monitoramento<br />

de indústrias madeireiras pretende afrouxar algo relacionado ao exercício de sua<br />

função?<br />

Contudo, ao ler a matéria em questão é possível perceber que o conteúdo não<br />

atendeu a polêmica trazida pelo título, e vamos explicar em seguida. Porém, o objetivo<br />

principal da matéria já foi atingido, pois até que se entenda do que se trata o conteúdo,<br />

o site já atraiu cliques incontáveis, atingindo a audiência desejada.<br />

Vale ressaltar que esta audiência não se traduz em satisfação, pois plataformas<br />

que agem dessa forma acabam perdendo sua credibilidade, afugentando visitantes<br />

e eventuais investidores e anunciantes. Isso sem falar dos possíveis estragos gerados<br />

por aquele grupo de pessoas que repassa as notícias sem ler o conteúdo, baseando-se<br />

somente nos títulos sensacionalistas para reverberar suas crenças e objetivos pessoais<br />

contra determinados nichos.<br />

Retornando para o conteúdo da matéria supracitada, tendo em vista que um dos<br />

principais compromissos do CIPEM, como entidade representativa do Setor de Base<br />

<strong>Florestal</strong> organizado de Mato Grosso, é de desmistificar a imagem da produção madeireira,<br />

baseada em fatos e dados concretos, explicaremos abaixo do que se tratou a<br />

agenda referente aos embargos de madeireiras realizados pelo Ibama em Mato Grosso.<br />

Durante a 3ª Fase da Operação Maravalha, o Ibama efetuou o embargo de dezenas<br />

de indústrias madeireiras com suspeita de movimentações fraudulentas de créditos virtuais<br />

de madeira. Entretanto, juntamente com os empreendimentos apontados como<br />

fantasmas ou que comercializaram créditos ilegalmente, empresas idôneas que comercializaram<br />

poucas cargas de madeira ou que comercializaram apenas resíduos gerados<br />

no processo de produção florestal foram incluídas nesse mesmo rol, sendo também<br />

bloqueadas.<br />

Com a operação, mais de 200 empreendimentos em todo território brasileiro foram<br />

bloqueados sincronicamente e assim permanecem há praticamente 60 dias. Dentre<br />

eles, estão as empresas corretas injustamente bloqueadas, desde a véspera do encerramento<br />

do exercício de 2021, sendo que muitas destas estavam com cargas de madeira<br />

destinadas exclusivamente para efetuar o pagamento de folhas de salário, 13º salário e<br />

férias de seus colaboradores, além dos compromissos habituais com fornecedores.<br />

https://cipem.org.br<br />

22 www.referenciaflorestal.com.br<br />

Esta é uma versão parcial do texto. O conteúdo completo pode ser acessado através do<br />

link: https://cipem.org.br/a-intima-relacao-entre-o-clickbait-e-a-atividade-madeireira-o-<br />

-jornalismo-da-desinformacao/


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FRASES<br />

Foto: Palácio do Planalto on VisualHunt<br />

Preservamos 63% do nosso<br />

território. E não se encontra<br />

isso em praticamente nenhum<br />

outro país do mundo. Nós nos<br />

preocupamos até mesmo com o<br />

reflorestamento, coisa que não<br />

vejo nos países da Europa como<br />

um todo. Então, essa informação,<br />

essa desinformação passa para<br />

o lado de um ataque à nossa<br />

economia que vem obviamente em<br />

grande parte do agronegócio<br />

Presidente do Brasil, Jair Messias<br />

Bolsonaro, durante visita a Hungria<br />

“As RPPNs (Reservas<br />

Particulares do Patrimônio<br />

Natural) são importantes<br />

instrumentos de conservação<br />

da natureza. São locais que<br />

preservam a biodiversidade<br />

como um todo, cuidando da<br />

fauna e da flora existente no<br />

Estado”<br />

Márcio Nunes, secretário do Desenvolvimento<br />

Sustentável e do Turismo do Paraná sobre a<br />

criação de uma nova serva natural no Estado<br />

“Seremos o grande<br />

protagonista desse<br />

mercado (de carbono), com<br />

praticamente 20 a 25%<br />

das exportações ou das<br />

transações”<br />

Ministro Joaquim Leite, em entrevista ao<br />

programa: Em Pauta, da EBC<br />

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ENTREVISTA<br />

Foto: divulgação<br />

Nova<br />

LIDERANÇA<br />

New leadership<br />

ENTREVISTA<br />

A<br />

APRE (Associação Paranaense de Empresas de<br />

Base <strong>Florestal</strong>) é uma das mais tradicionais do<br />

país, atuando há mais de 50 anos para o fortalecimento<br />

das empresas florestais do Estado. No<br />

biênio 2022-23 quem assume a presidência da associação é<br />

Zaid Ahmad Nasser, empresário com 15 anos de experiência<br />

no mercado florestal que comenta os desafios e metas para a<br />

sua gestão.<br />

Zaid Ahmad<br />

Nasser<br />

T<br />

he State of Paraná Association of Forest-Based<br />

Companies (APRE) is one of the most traditional<br />

in the Country, working for more than 50 years to<br />

strengthen the State’s forest-based companies. In<br />

the biennium 2022-23, who assumes the Association’s presidency<br />

is Zaid Ahmad Nasser, a businessman with 15 years of experience<br />

in the forest market who comments on the challenges<br />

and goals for his management.<br />

FORMAÇÃO/ ACTIVITY:<br />

Zaid é formado pela UFPR (Universidade Federal do Paraná);<br />

pós-graduado em Engenharia e Segurança do Trabalho e<br />

Engenharia de Logística; e possui MBA em Gestão Estratégica<br />

de Empresas pela FGV (Fundação Getúlio Vargas)<br />

Zaid Ahmad Nasser graduated from the Federal University of<br />

Paraná (UFPR), with postgraduate studies in Engineering and<br />

Work Safety and Logistics Engineering, and holds an MBA<br />

in Strategic Business Management from Fundação Getúlio<br />

Vargas (FGV)<br />

26 www.referenciaflorestal.com.br


Todos precisam saber<br />

da importância do setor<br />

florestal para a sociedade<br />

>> Como foi a sua caminhada até a presidência da associação?<br />

Venho atuando como diretor da The Forest Company e<br />

isso fez com que eu conquistasse mais espaço para discussões<br />

relacionadas ao mercado florestal. Desde 2018<br />

atuei de maneira mais efetiva e presencial dentro das<br />

reuniões da APRE. Esse empenho focado na melhoria da<br />

comunicação e nas discussões para desenvolvimento do<br />

setor abriu as portas para esse novo desafio. Por isso os<br />

associados me confiaram a oportunidade de assumir a<br />

presidência da APRE. Para mim foi, sem dúvida nenhuma,<br />

uma surpresa e é também uma responsabilidade<br />

representar uma associação que tem mais de cinquenta<br />

anos de atuação dentro do nosso setor, representa<br />

quarenta e cinco empresas e busca sempre melhorar<br />

resultados.<br />

>> Quais os maiores desafios para o próximo biênio?<br />

Além de grandes, são muitos os desafios. Principalmente<br />

relacionados às questões mais impactantes para o nosso<br />

setor. Posso citar algumas delas, como as questões relacionadas<br />

a autorizações, de licenças, a parte tributária,<br />

onde, por exemplo, temos hoje uma demanda urgente<br />

relacionada ao ITR (Imposto Territorial Rural) que vem<br />

impactando muito as empresas florestais. Vejo também<br />

que precisamos continuar a melhorar o relacionamento<br />

entre os associados, como já era feito na gestão anterior,<br />

pelo ex-presidente Álvaro Scheffer. E, principalmente,<br />

mostrar pra comunidade não florestal o quão impactada<br />

ela é pelo nosso setor no seu dia a dia. É preciso que a<br />

comunidade consiga ver o impacto diário que o setor<br />

oferece.<br />

>> Sua experiência em gestão é um trunfo na administração<br />

da associação?<br />

Sem dúvida. Justamente esse formato de gestão, que venho<br />

atuando no últimos anos, para que eu criasse esse<br />

contato com outras empresas, abrisse oportunidades<br />

de discussões e intermediação de dúvidas e demandas<br />

entre diversas empresas ligadas ao nosso setor. Isso<br />

vai agregar muito na gestão e na administração da associação.<br />

Temos hoje um corpo técnico extremamente<br />

compete e sempre trabalhamos em conjunto, sempre<br />

discutimos assuntos relacionados ao setor de forma<br />

constante.<br />

What was your path to the presidency of the Association?<br />

I was the manager of The Forest Company do Brasil<br />

Participações Ltda. and this has given me space for<br />

discussions related to the forest product markets.<br />

Furthermore, since 2018, I have been very active in<br />

attending APRE meetings in person. This commitment<br />

focused on improving communication and<br />

discussions for the Sector’s development and opened<br />

the door to this new challenge. That is why the members<br />

entrusted me with the opportunity to assume<br />

the presidency of APRE. It was undoubtedly a surprise,<br />

and it is also a responsibility to represent an<br />

association with more than fifty years of experience<br />

within our Sector, representing forty-five companies<br />

and always seeking to improve results.<br />

What are the biggest challenges for this biennium?<br />

There are many small challenges in addition to the<br />

large challenges. But the most important ones are<br />

mainly related to the issues which have a significant<br />

impact on our Sector. I mention some of them, such<br />

as those related to permits, licenses, and taxes.<br />

Under this latter, for example, there is an urgent<br />

topic related to the Rural Territorial Tax (ITR), which<br />

significantly impacts forest companies. I also see<br />

the need to continue to improve the relationship<br />

between members, as was already being done in the<br />

previous administration under former APRE President<br />

Álvaro Scheffer. And above all, we need to show<br />

the non-forest community how our industry impacts<br />

it in its day-to-day life. The community needs to be<br />

able to see the daily impacts of what the industry<br />

offers.<br />

Is your management experience an asset in the<br />

administration of the Association?<br />

Undoubtedly. With this management format, which<br />

I have been working within recent years, I can create<br />

contacts with other companies and develop opportunities<br />

for discussions and intermediation of doubts<br />

and demands between various companies linked to<br />

our Sector. This adds a lot to the management and<br />

administration of the Association. Today, we have an<br />

extremely competent technical staff, and we always<br />

work together and constantly discuss issues related<br />

to the Sector.<br />

What are the plans to improve the Association’s<br />

communication about the Forest-Based Sector?<br />

If we look at how communication was carried out<br />

over the last ten years, not only within our association<br />

but also within the market, it was completely<br />

different from what we are doing today. We will<br />

continue and increase communication through social<br />

networks for this next biennium to leave our bubble<br />

Março 2022<br />

27


ENTREVISTA<br />

>> O que a APRE tem feito para melhorar a comunicação<br />

da associação sobre o setor florestal?<br />

Se olharmos nos últimos 10 anos como a comunicação<br />

era feita, não somente dentro da nossa associação, mas<br />

um mercado como um todo, era totalmente diferente<br />

do que nós estamos vivendo hoje. Para esse próximo<br />

biênio nós vamos continuar e aumentar a comunicação<br />

por redes sociais, para atingir um público que fure a<br />

nossa bolha. É necessário que o público geral conheça<br />

nosso trabalho, para que eles entendam o que e como<br />

fazemos. Todos precisam saber da importância do setor<br />

florestal para a sociedade.<br />

>> Quais são os planos para ampliar o número de associados?<br />

Nos últimos anos vem crescendo o número de associado<br />

e hoje totalizamos quarenta e cinco empresas no<br />

guarda-chuva da APRE. E o mais importante, associados<br />

participativos. Em uma reunião recente tivemos presença<br />

de mais de 80% dos nossos associados. Buscamos<br />

agregar e solucionar demandas que podem ser comuns<br />

e muitas vezes não conseguem ser sanadas dentro de<br />

um de nossos associados, mas com o trabalho conjunto<br />

encontramos a solução. Reforço que isso já era feito na<br />

gestão anterior e manteremos esforços para melhorar<br />

ainda mais essa interação. Acredito que esse próximo biênio<br />

será um período forte para novas associações, que<br />

fortalecerão ainda mais o setor. Além do que já disse,<br />

para os associados, a APRE é uma porta de oportunidades<br />

para resolução de dúvidas e novos negócios. Temos<br />

parcerias com instituições como a EMBRAPA Florestas<br />

(Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) para o<br />

desenvolvimento de pesquisas e trabalhos acadêmicos<br />

que potencializam o trabalho do nosso setor. A APRE<br />

agiliza processos e busca sempre mostrar para seus associados<br />

quais os melhores caminhos para seguir e que<br />

decisões tomar baseado no trabalho sério que colabore<br />

com todos.<br />

>> Como sua gestão irá trabalhar em relação a investimentos<br />

na área de ciência e tecnologia?<br />

Acredito que ciência e tecnologia são importantes para a<br />

sociedade como um todo e não é diferente para a APRE.<br />

As inovações tecnológicas abrem possibilidades de melhoria<br />

de resultados para os produtores, fortalecendo o<br />

setor. Por exemplo, junto com a ACR (Associação Catarinense<br />

de Empresas <strong>Florestal</strong>) e AGEFLOR (Associação<br />

Gaúcha de Empresas Florestais) a APRE participa com<br />

suporte financeiro do FUNCEMA (Fundo Nacional de<br />

Controle da Vespa-Madeira). Nesse programa temos treze<br />

instituições colaborando com o trabalho realizado. No<br />

PCMP (Programa Cooperativo de Melhoramento de Pínus),<br />

desenvolvido junto à EMBRAPA Florestas nós também<br />

temos participação, pois ele impacta praticamente<br />

todas as reflorestadoras do Estado. Além disso, mante-<br />

and reach a more general audience. The general<br />

public must know about our work to understand<br />

what we do, and how. Everyone needs to know the<br />

importance of the Forest-Based Sector to society.<br />

What are the plans to increase the number of members?<br />

And what are the advantages for members?<br />

In recent years, the number of members has been<br />

growing and, today, we have a total of forty-five<br />

companies under the APRE umbrella. And most<br />

importantly, they are participative members. At a<br />

recent meeting, more than 80% of our members<br />

attended. We seek to aggregate and solve demands<br />

by our members that may be common and often<br />

fail to be met by a member alone, but it can be<br />

with the joint action that we find the solution. I<br />

must reinforce that previous management already<br />

carried out this, and we will keep up the efforts<br />

to further improve this interaction. I believe that<br />

this next biennium will be a very fruitful period for<br />

new members and further strengthen the Sector. In<br />

addition to what I said above, for members, APRE is<br />

a gateway to opportunities for problem-solving and<br />

new business. We have established relationships<br />

with institutions such as the Brazilian Agricultural<br />

Research Company - Forests (EMBRAPA) to develop<br />

research and academic work that enhance the<br />

work of our Sector. APRE streamlines processes and<br />

always seeks to show its members the best methods<br />

to use and take decisions based on serious work that<br />

collaborates with everyone.<br />

How will your management work about investments<br />

in science and technology?<br />

I believe science and technology are essential to all<br />

of society, and it is no different for APRE. Technological<br />

innovations open up possibilities for improving<br />

results for producers, strengthening the Sector. For<br />

example, together with the State of Santa Catarina<br />

Association of Forest-Based Companies (ACR) and<br />

the State of Rio Grande do Sul Association of Forest-Based<br />

Companies (AGEFLOR), APRE participates<br />

with financial support from the National Wood Wasp<br />

Control Fund (FUNCEMA). For this year’s program,<br />

we have thirteen institutions collaborating with the<br />

work being done. We also participate in the Cooperative<br />

Program for Pine Improvement (PCMP), carried<br />

out with EMBRAPA Florestas, because it impacts all<br />

state reforestations. In addition, we keep in touch<br />

with the universities and count on an excellent faculty<br />

at the Federal University of Paraná (UFPR) when<br />

the subject is forest engineering.<br />

How will APRE expand Forest Management in the<br />

State?<br />

28 www.referenciaflorestal.com.br


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PLANEJAMENTO FLORESTAL:<br />

Gestão operacional e financeira utilizando<br />

uma planilha simples, prática e completa.<br />

CONTROLE FINANCEIRO:<br />

Auxiliando a análise do investimento atual<br />

e das projeções financeiras futuras.<br />

GESTÃO OPERACIONAL:<br />

Orientando o produtor na organização das<br />

operações florestais e na alocação dos recursos.<br />

Pedro Francio Filho @pedrofranciofilho +55 (43) 9 9912-3931<br />

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ENTREVISTA<br />

mos contato com a universidade e contamos com um<br />

corpo docente excelente na UFPR (Universidade Federal<br />

do Paraná) quando o assunto é engenharia florestal.<br />

>> Como a APRE fará pra expandir o manejo florestal<br />

no Paraná?<br />

Esse é um assunto muito importante e precisa receber<br />

cada dia mais atenção. Quando falamos em floresta<br />

plantada, precisamos enxergar o todo que engloba a<br />

atividade. Por exemplo, para cada hectare de reflorestamento,<br />

temos quase sempre pelo menos um ou mais<br />

hectares de preservação sob a responsabilidade de nossos<br />

associados. Nesse sentido, que buscamos também<br />

apresentar como o trabalho de preservação faz bem<br />

para a comunidade próxima a nossa atividade. Uma operação<br />

florestal abre estradas, leva eletricidade, emprego<br />

e qualidade de vida para várias localidades que estariam<br />

quase isoladas sem o florestal. O que queremos é mostrar<br />

a possibilidade de gerar conforto ambiental e social<br />

para as comunidades, explorando de maneira saudável<br />

uma área que já é preservada e protegida. Podemos<br />

assim, levar os investimentos necessários de tecnologia<br />

e conhecimento para que a comunidade que já está nessas<br />

áreas possa usufruir dos bens da floresta.<br />

>> A APRE trabalha com ênfase em relação ao código<br />

florestal e cumprimento da legislação. Como sua gestão<br />

irá abordar essas questões?<br />

Continuaremos mantendo as discussões para melhoria<br />

de técnicas de plantio e exploração, para minimizar impactos<br />

relacionados à nossa atividade e encontrar um<br />

ponto de benefício mútuo para todas as partes. Precisamos<br />

discutir e trazer uma nova visão sobre a legislação<br />

florestal. O entendimento que há vinte ou trinta anos<br />

atrás fazia sentido é muito diferente do que vemos hoje.<br />

Precisamos mostrar o quanto o desenvolvimento de<br />

projetos florestais podem ser benéficos, econômicos e<br />

sociais para as comunidades próximas a esses projetos.<br />

A sociedade civil se beneficia conjuntamente ao nosso<br />

trabalho. Então esse olhar mais atual pra legislação,<br />

como é discutido por nossos pares dentro da associação<br />

precisa ser levado para fora da APRE, reforçando a importância<br />

da comunicação para quem não é do meio.<br />

>> Qual sua visão em relação a exportação de madeira<br />

no Paraná?<br />

Estamos em viés de crescimento e tem ainda mais<br />

espaço para crescer. Tivemos um grande aumento de<br />

demanda de alguns setores nos últimos dois anos e no<br />

mesmo período quem não cresceu, se estabilizou, demonstrando<br />

a força do setor. O Paraná é um dos Estados<br />

que possui a maior diversidade de produtos florestais do<br />

país, considerando toda a cadeia florestal como madeira<br />

serrada, painéis, celulose, papel, fármacos e afins. O<br />

setor florestal do Estado é um forte parceiro de outras<br />

This is a crucial subject and needs to receive more<br />

attention every day. When we talk about the planted<br />

forest, we need to see the whole that encompasses<br />

the activity. For example, for each hectare of reforestation<br />

under the responsibility of our members,<br />

there is almost always at least one hectare, or more,<br />

of forest preservation. In this sense, we also seek to<br />

present that the preservation work is good for the<br />

community nearby our activity. A forest operation<br />

opens roads, brings in electricity, creates employment,<br />

and improves the quality of life to the various<br />

localities that almost always would continue being<br />

isolated without the forest. We want and show the<br />

possibility of generating environmental and social<br />

comfort for communities, exploring an area that is<br />

already preserved and protected healthily. Thus, we<br />

can make the necessary investments of technology<br />

and knowledge so that the community in these areas<br />

can take advantage of the forest’s assets.<br />

APRE works on emphasizing the Forest Code and<br />

complying with legislation. How will your management<br />

deal with these issues?<br />

NASSER: We continue holding discussions to improve<br />

planting and harvesting techniques, minimize impacts<br />

related to our activity, and find a mutual benefit<br />

point for all parties. We need to discuss and bring<br />

a new vision on forest legislation. The understanding<br />

that what was legislated 20 or 30 years ago made<br />

Seja na madeira<br />

serrada ou no mercado<br />

de papel e celulose,<br />

faremos nossa parte<br />

para colaborar com a<br />

economia e a proteção<br />

do meio ambiente<br />

30 www.referenciaflorestal.com.br


ENTREVISTA<br />

grandes bases indústrias que precisam dos insumos<br />

que nós produzimos. Dentro deste panorama, queremos<br />

continuar como líderes de exportação de madeira<br />

serrada e trabalhar para expandir em outros produtos.<br />

O Paraná representa em torno de 16% do florestal do<br />

país e por isso nos esforçaremos para nos mantermos<br />

competitivos e vemos com bons olhos o futuro do setor,<br />

justamente pelos fortes investimentos que estamos fazendo<br />

para o aumento da cadeia produtiva florestal que<br />

gera estabilidade por um longo prazo. A crescente da<br />

indústria irá necessitar de produção de matéria-prima<br />

por mais dez, doze ou quinze anos e temos capacidade<br />

para atender essas demandas. Seja na madeira serrada<br />

ou no mercado de papel e celulose, faremos nossa parte<br />

para colaborar com a economia e a proteção do meio<br />

ambiente.<br />

>> Quais os pontos mais importantes para o fortalecimento<br />

do setor de base florestal no Estado?<br />

Existem alguns pontos chave que são importantes frisar.<br />

Novamente citando, é preciso ampliar a comunicação<br />

do setor madeireiro e florestal dentro da sociedade.<br />

Precisamos tirar esse peso que há sobre o setor de<br />

que reflorestadoras são empresas que atacam reservas<br />

legais ou coisas do gênero, pois essa não é a realidade.<br />

Demonstrar também o impacto que nosso setor tem no<br />

cotidiano, por exemplo com embalagens de papel que<br />

estão substituindo as de plástico. Mostrar também a importância<br />

do desembaraço de questões tributárias que<br />

desonerem a folha do nosso setor. Isso restringe a possibilidade<br />

de novos investimentos e ampliação de plantas<br />

produtivas. É importante sempre ressaltar que florestas<br />

plantadas são florestas criadas para fins comerciais que<br />

gerem benefício para toda a sociedade.<br />

Uma operação florestal<br />

abre estradas, leva<br />

eletricidade, emprego e<br />

qualidade de vida para<br />

várias localidades que<br />

estariam quase isoladas<br />

sem o florestal<br />

sense, but what we see today is very different. We<br />

need to show how much the development of forest<br />

projects can be beneficial economically and socially<br />

for the communities nearby these projects. Civil society<br />

benefits from our work. So, as discussed by our<br />

peers within the Association, a more contemporary<br />

look at legislation needs to be a priority for t APRE,<br />

reinforcing the importance of communication with<br />

those not in the business.<br />

What is your view regarding timber exports from<br />

the State of Paraná?<br />

We have growth bias and have much more room<br />

to grow. We had a significant increase in demand<br />

from some segments in the last two years and, in<br />

the same period, those who did not grow stabilized,<br />

demonstrating the strength of the Sector. Paraná is<br />

one of the states that produce the most significant<br />

diversity of forest products in the Country, considering<br />

the entire forest chain: lumber, wood panels,<br />

pulp, paper, pharmaceuticals, and such. The State’s<br />

Forest-Based Sector has a strong relationship with<br />

other large industrial bases that need the inputs for<br />

their productive activities. Within this venue, we<br />

want to continue as lumber export leaders and work<br />

to expand on other products. Our State represents<br />

around 16% of the Country’s forest-based operations.<br />

So, we strive to remain competitive and look to<br />

the Sector’s future precisely because of the significant<br />

investments to increase the forest production<br />

chain that generates stability for the long term.<br />

The growing Industrial Sector needs raw material<br />

production and, for another ten, twelve, or fifteen<br />

years, we have the capacity to meet these demands.<br />

Whether in the lumber or pulp and paper market, we<br />

will do our part to collaborate with the economy and<br />

environmental protection.<br />

What do you consider are the most critical points<br />

for strengthening the Forest-Based Sector in the<br />

State?<br />

It is essential to emphasize some key points. It is necessary<br />

to expand the communication within society<br />

about the Forest-Based Sector. We need to show the<br />

vital role the Sector plays where reforestation companies<br />

are considered companies that destroy legal<br />

reserves and similar things, which is not the reality.<br />

Also, we need to demonstrate the impact that our<br />

Sector has on everyday life, such as paper packaging<br />

replacing plastic. Also show the importance of tax<br />

issues that exonerate our Sector’s payroll, which<br />

has restricted the possibility of new investments<br />

and expansion of production factories. Finally, it is<br />

always important to emphasize that planted forests<br />

are forests for commercial purposes that generate<br />

benefit for the whole society.<br />

32 www.referenciaflorestal.com.br


COLUNA<br />

A nova NR31 e as<br />

condições de trabalho<br />

no meio rural<br />

Gabriel Dalla Costa Berger<br />

Eng. <strong>Florestal</strong> e Seg. do Trabalho<br />

Ms. em Manejo <strong>Florestal</strong><br />

gabrielberger.com.br<br />

gabriel@gabrielberger.com.br<br />

Foto: divulgação<br />

Em vigor desde outubro passado, ela trata ergonomia,<br />

saúde e segurança de atividades rurais<br />

Anova versão da Norma Regulamentadora nº 31 entrou<br />

em vigor em outubro passado. Ela trata sobre<br />

a ergonomia, saúde e segurança de atividades rurais,<br />

tendo implicação direta nas condições de trabalho<br />

de silvicultura, exploração e manejo florestal.<br />

Seu objetivo é estabelecer requisitos a serem praticados pela<br />

empresa rural, através do planejamento e o desenvolvimento de<br />

uma atividade com foco na prevenção de acidentes e doenças<br />

ocupacionais. Dessa forma busca-se garantir segurança, saúde e<br />

higiene ao trabalhador durante a sua atividade laboral, ao mesmo<br />

tempo promove ao trabalhador o seu desvinculamento do<br />

trabalho quando o mesmo está em período de descanso, ou seja,<br />

fora do horário de trabalho.<br />

De maneira geral estabelece quais são as obrigatoriedades<br />

do empregador rural e o seu empregado sobre aspectos relacionados<br />

ao local de trabalho, uso de máquinas e equipamentos,<br />

segurança, saúde, ergonomia, conforto e medidas de prevenção.<br />

A nova norma teve grandes avanços. Estabelece a obrigatoriedade<br />

do PGRTR (Programa de Gerenciamento de Riscos no<br />

Trabalho Rural), SESTR (Serviço Especializado em Segurança e<br />

Saúde no Trabalho Rural) e CIPATR (Comissão Interna de Prevenção<br />

de Acidentes do Trabalho Rural.<br />

Estabelece também sobre quais são os treinamentos obrigatórios<br />

que o empregador rural ou equiparado deve promover ao<br />

trabalhador (tabela 1).<br />

Treinamento<br />

Motosserra e motopoda<br />

Roçadeira costal motorizada<br />

e derriçadeira<br />

Máquinas estacionárias<br />

Máquinas autopropelidas<br />

e implementos<br />

Supervisores de entrada<br />

Vigias e trabalhadores<br />

autorizados<br />

Trabalho em altura<br />

Agrotóxicos, aditivos,<br />

adjuvantes e produtos afins<br />

34 www.referenciaflorestal.com.br<br />

Carga horária<br />

mínima<br />

(horas/aula)<br />

16<br />

4<br />

-<br />

24<br />

40<br />

16<br />

8<br />

20<br />

Modalidade<br />

Presencial ou semipresencial<br />

Presencial ou semipresencial<br />

Teoria e prática<br />

Teórica e prática<br />

(mínimo de 12 horas)<br />

Teoria e prática<br />

Teoria e prática<br />

Presencial ou semipresencial,<br />

teoria e prática<br />

Presencial ou semipresencial<br />

Ao término dos treinamentos ou capacitações, deve ser emitido<br />

certificado para a comprovação da realização do mesmo.<br />

Um dos treinamentos mais importantes e que envolvem um<br />

maior risco para o trabalhador e a atividade (cultura) é o manejo<br />

de agrotóxico e afins.<br />

Os equipamentos utilizados na aplicação devem ser limpos<br />

e passar por manutenções periódicas. A empresa rural deve ter<br />

um local específico para a guarda e o armazenamento dos agrotóxicos,<br />

impedindo que pessoas não autorizadas possam mexer e<br />

se houver algum vazamento não ocorra a contaminação ao meio<br />

ambiente. É obrigatório ao trabalhador fazer uso dos EPIs durante<br />

a manipulação dos agrotóxicos. Infelizmente, ainda encontramos<br />

resistência quanto ao uso em parte dos trabalhadores,<br />

não só no uso de agrotóxico, aqui podemos citar a motosserra<br />

também. A legislação diz que não podem ser comercializados<br />

produtos que não estejam registrados e autorizados para o uso.<br />

Diz ainda que os produtos só podem ser manipulados por trabalhadores<br />

com idade superior a 18 anos, até o limite de 60 anos,<br />

sendo proibida a manipulação por gestantes.<br />

A norma também trata sobre a ergonomia, seja em atividade<br />

manual ou no uso de máquinas. Essas máquinas devem ter os<br />

dispositivos de segurança em perfeitas condições de uso, para<br />

evitar o contato de partes do corpo do operador em partes móveis<br />

das máquinas.<br />

No caso de máquinas agrícolas, trator por exemplo, só devem<br />

ser utilizadas aqueles que possuem proteção do operador<br />

em caso de tombamento e cinto de segurança. Já as máquinas e<br />

equipamentos estacionários, que possuem plataformas de trabalho<br />

só podem ser utilizadas se possuírem escadas e dispositivo<br />

contra quedas. As máquinas devem possuir buzina, sinal luminoso,<br />

sinaleira, farol ou qualquer dispositivo que chame a atenção.<br />

É proibido pegar carona em máquinas.<br />

Quanto aos silos é obrigatório a prevenção dos riscos de<br />

explosões, incêndios, acidentes mecânicos e asfixia. Não deve<br />

ser permitida a entrada de pessoas no silo sem meios seguros de<br />

saída ou resgate. Em espaço confinado o trabalhador deve fazer<br />

uso do oxímetro para controle do oxigênio.<br />

E por último o empregador rural deve disponibilizar para o<br />

trabalhador uma área de vivência que deve conter, banheiro em<br />

condições de ser utilizado, local para refeição adequado com<br />

uma mínima infraestrutura, alojamento em condições, cozinha<br />

e lavanderia. A nova NR31 estabelece uma relação mais profissional<br />

entre o empregador e empregado. Relação baseada em<br />

condições que favoreça um ambiente seguro, garantindo que o<br />

empregado se sinta bem, confiante e confortável para a execução<br />

de suas tarefas diárias.


THOR<br />

ROBUSTEZ E EFICIÊNCIA<br />

Equipamento dedicado à trituração de tocos, raízes,<br />

galhadas e pedras. Solução ideal para limpeza do solo e<br />

preparação para o replantio.<br />

Rodovia Pr 151, 281,6 | Distrito Industrial - CEP 84.165-700<br />

| Castro - PR | Brasil<br />

42. 3125-5000 | 42. 99982-0687 | atendimento@watanabe.com.br<br />

www.watanabe.com.br


PRINCIPAL<br />

Potência, robustez<br />

E RESULTADO<br />

Fotos: Emanoel Caldeira<br />

Equipamento dedicado à trituração<br />

de tocos, raízes, galhadas e pedras<br />

é a solução ideal para limpeza do<br />

solo e preparação para o replantio<br />

36 www.referenciaflorestal.com.br


P<br />

lantio, crescimento, desbaste e corte podem ser<br />

tratados como os principais marcos do ciclo de produção<br />

florestal, mas entre o final e o início de um<br />

novo ciclo há muito trabalho a ser feito. Após o corte<br />

das árvores permanecem na área plantada tocos,<br />

galhos, folhas e outros resíduos da árvore que atrapalham o novo<br />

plantio. A fim de solucionar esta situação, a Watanabe Indústria<br />

e Comércio de Máquinas lançou a linha de trituradoras Thor.<br />

Sediada em Castro (PR), a Watanabe é uma empresa familiar<br />

com mais de meio século de atuação no setor agropecuário de<br />

equipamentos, que vão desde a preparação do solo, até a colheita.<br />

A experiência adquirida nestes mais de 50 anos veio através das<br />

soluções criadas para inúmeros clientes, pautadas na inovação e<br />

mentalidade empreendedora, partes da metodologia de trabalho<br />

da empresa. Não é a primeira investida da Watanabe no setor<br />

florestal. O lançamento de um rebaixador de tocos alguns anos<br />

atrás, serviu de inspiração para essa nova empreitada.<br />

Milton Watanabe, diretor da empresa, explica que a trituradora<br />

Thor é um equipamento robusto, com alta potência e<br />

projetado para executar o trabalho com máxima eficiência. “A<br />

Thor foi desenvolvida originalmente para triturar pedras, o que<br />

exige muito do equipamento. Vimos a possibilidade de adaptação<br />

para o setor florestal com objetivo de alto rendimento na limpeza<br />

de área”, destaca Milton.<br />

UMA GIGANTE NO DESEMPENHO<br />

A trituradora com nome de deus nórdico, devido aos martelos<br />

usados para a trituração de pedras, vai muito além do tamanho.<br />

Cada detalhe foi projetado para atingir os melhores resultados.<br />

Milton Watanabe informa que o conjunto de transmissão utilizado<br />

na máquina, composto pelo cardan, caixa de transmissão<br />

e transmissão foram escolhidos a dedo para esse equipamento.<br />

“Todos eles foram projetados para trabalhar com potência máxima<br />

de 250 cavalos que levam o rotor a 1000rpm (Rotações Por<br />

Minuto)”, ressalta Milton.<br />

O cardan utilizado na Thor é importado e foi desenvolvido<br />

para atender exclusivamente um equipamento deste porte, visto<br />

que não se encontra similar nacional para a peça. Seu formato<br />

em estrelado, com estriamento bem acentuado, garante maior<br />

capacidade de torque para o movimento do rotor, e dotado<br />

também de pino fusível que se rompe por qualquer sobrecarga.<br />

Uma grande quantidade de peças de reposição está disponível<br />

a pronta entrega.<br />

A caixa de transmissão com tecnologia europeia, antes importada<br />

da Itália, é atualmente produzida no Brasil. Essa caixa<br />

de transmissão trabalha com giro livre, portanto, quando o<br />

equipamento é desligado o rotor continua girando apenas com<br />

a inercia do próprio movimento, restringindo a possiblidade de<br />

danos por paradas bruscas. As engrenagens são cortadas conforme<br />

tecnologia Gleason sistema Coniflex que garantem engrenamento<br />

silencioso e altamente resistente. São utilizados aços<br />

ligados especiais e com tratamento térmico por cementação. Já<br />

a transmissão propriamente dita, trabalha com polias e correias<br />

Predator, da Gates Corporation, de alta resistência, que garantem<br />

maior durabilidade e rendimento ao trabalho. Dessa maneira,<br />

todo o conjunto de transmissão, que engloba engrenagens mais<br />

suaves, cardans e transmissão por correias, diminuem o calor<br />

gerado pelo atrito e amplia a vida útil da Thor.<br />

Power, robustness,<br />

and results<br />

Equipment dedicated to the shredding of<br />

stumps, roots, branches, and stones is<br />

the ideal solution for land clearing and soil<br />

preparation for replanting<br />

P<br />

lanting, growing, thinning, and felling can be<br />

treated as the main tasks in the forest production<br />

cycle, but between the end and the beginning of<br />

a new cycle there is much work to be done. After<br />

felling the trees, stumps, branches, leaves and other<br />

residues remain in the planted area that hinder new plantings.<br />

In order to solve this situation, Watanabe Indústria e Comércio<br />

de Maquinas developed the Thor crusher/grinder.<br />

Headquartered in Castro-PR, Watanabe is a family business<br />

with more than half a century of experience in the Agricultural<br />

Equipment Sector, with products ranging from soil preparation<br />

to harvest. The experience gained over these more than 50 years<br />

came through the solutions created for countless customers,<br />

based on innovation and entrepreneurial mentality, components<br />

of the Company’s work mentality. It’s not Watanabe’s first entry<br />

into the Forestry Sector. The launch of a stump grinder a few<br />

years ago served as the inspiration for this new product.<br />

Milton Watanabe, Managing Director of the Company,<br />

explains that the Thor crusher/grinder is robust, with extraordinary<br />

power and designed to perform the work with maximum<br />

efficiency. “Thor was originally developed to crush stones, which<br />

requires extremely robust equipment. We saw the possibility<br />

of adaptation to the Forestry Sector with the objective of high<br />

performance in the clearing of an area,” highlights the Watanabe<br />

Director.<br />

A GIANT IN PERFORMANCE<br />

The crusher/grinder named after the Norse god, due to the<br />

hammers used for crushing stones, goes far beyond size. Every<br />

detail is designed to achieve the best results. Director Watanabe<br />

states that the transmission line used in the machine, consisting<br />

of the drive shaft, transmission box, and transmission were handpicked<br />

for this equipment. “They’re all designed to work at a<br />

maximum of 250 horsepower from a one thousand rpm power<br />

take-off,” points out the Watanabe Director.<br />

The drive shaft used in Thor is imported since there is not<br />

similar piece produced domestically and was developed to<br />

exclusively serve equipment of this size. Its star shape, with<br />

well-accented striations, ensures greater torque capacity for<br />

rotor movement, and also equipped with fuse pin that breaks<br />

with any overload. A large number of spare parts is available<br />

for prompt delivery.<br />

The transmission box with European technology, previously<br />

Março 2022<br />

37


PRINCIPAL<br />

O rotor da Thor é elemento chave para a eficiência da máquina.<br />

Diego Neumann, coordenador de projetos da Watanabe,<br />

reforça a importância da escolha de um material mais pesado para<br />

a peça. “A parede do rotor tem 35 mm (milímetros) de espessura,<br />

o que amplia a sua massa e devido a inércia, facilita muito o<br />

trabalho da máquina”, aponta Diego. O rotor está apoiado em<br />

mancais de rolamentos autocompensadores, facilitando o giro<br />

do sistema. Esse rotor tão espesso e pesado, aliado ao sistema<br />

de giro livre, compensam o esforço exigido do motor do trator e<br />

colaboram com o processo de trabalho final da Thor. Acoplado<br />

ao rotor, estão as ferramentas de trituração, metal duro para o<br />

caso de pedras e aço-liga especial para o caso de madeira. Seu<br />

maior diferencial é que em caso de dano ou desgaste, podem ser<br />

facilmente giradas utilizando a outra face ou trocadas por peças<br />

novas, para que a Thor pare o mínimo possível.<br />

Toda a estrutura interna da Thor tem soldas em elétrodo duro,<br />

que deixam o equipamento muito mais resistente a impactos e<br />

a abrasão. As áreas mais suscetíveis a danos da Thor são feitas<br />

com placas de metal mais resistentes e contam com revestimento<br />

antiabrasivo, que pode ser reforçado e trocado quando danificado.<br />

Diego resume algumas das características da Thor de forma direta.<br />

“É a robustez com objetivo”, completa Diego.<br />

PARA MAIS 50 ANOS<br />

A Watanabe tem em uma das paredes da fábrica dez regras<br />

que ditam a forma de trabalho da empresa, que focam no desempenho<br />

e na entrega dos melhores resultados de todos os<br />

setores. Seja na engenharia, no comercial ou na indústria, todos<br />

os funcionários têm como objetivo atingir o resultado mais<br />

importante: a satisfação do cliente. Viviane Biesek, assistente<br />

comercial da Watanabe, enfatiza todo o cuidado que a empresa<br />

tem com seus clientes. “Todo equipamento que vendemos passa<br />

por uma entrega técnica, mantemos contato constante com os<br />

compradores e oferecemos garantia de todas as máquinas que<br />

produzimos”, afirma Viviane.<br />

imported from Italy, is currently produced in Brazil. This transmission<br />

box works with free spin; therefore, when the equipment<br />

is turned off the rotor continues to rotate only with the inertia<br />

of the movement itself, restricting the possibility of damage by<br />

sudden stops. The gears are cut according to Gleason Coniflex<br />

system technology which ensure quiet and highly resistant<br />

gearing. Special steel alloys are used and heat treated by cementation.<br />

The transmission itself, on the other hand, works with<br />

high-strength Predator pulleys and belts from the Gates Corporation<br />

that ensure greater durability and performance while in<br />

operation. In this way, the entire transmission line encompassing<br />

smoother gears, drive shaft, and belt transmission reduces the<br />

heat generated by friction thus extending the Thor useful life.<br />

The Thor rotor is a key element for machine efficiency. Diego<br />

Neumann, Design Coordinator for Watanabe, reinforces the<br />

importance of choosing a heavier material for the part. “The<br />

rotor wall is 35 mm thick, which increases its mass and, due<br />

to inertia, greatly facilitates the work of the machine,” Design<br />

Coordinator Neumann points out. The rotor is supported by<br />

self-compensating bearings, leading to better system rotation.<br />

This thick and heavy rotor, combined with the free spin system,<br />

compensates for the required effort of the tractor engine and<br />

collaborates with Thor’s final process goal. Coupled to the rotor<br />

are the grinding tools, hard metal for stones and special alloy<br />

steel for forest residues. Its biggest differential is that in case of<br />

damage or wear, they can be easily turn using the other face<br />

or replaced with new parts, so that the Thor is down as little<br />

as possible.<br />

The entire Thor internal structure has hard electrode welds,<br />

which make the equipment much more resistant to impact and<br />

abrasion. The most damageable areas are made with stronger<br />

metal plates and feature anti-abrasive coating, which can be<br />

reinforced and replaced when damaged. Design Coordinator<br />

Neumann sums up some of Thor’s features directly. “It is robustness<br />

with a goal,” he says.<br />

38 www.referenciaflorestal.com.br


Esse cuidado com os clientes, sejam revendedores de máquinas<br />

ou clientes finais, é visto nas palavras de Lauro Roberto de<br />

Oliveira, proprietário da Amagril Máquinas, em Palmas (TO). O<br />

empresário que trabalha há mais de 10 anos com equipamentos<br />

da empresa valoriza elementos que vão além da competência do<br />

pessoal e performance dos funcionários. “Temos acesso a todos<br />

os níveis da empresa, do motorista ao diretor. E sabemos que<br />

eles têm como grande objetivo a satisfação de seus clientes”,<br />

exalta Lauro.<br />

Da mesma forma, José Leão, sócio administrativo da Multi<br />

Tratores de Porangatu (GO), que trabalha há quase um ano com a<br />

Watanabe, se diz muito satisfeito com o pós-venda oferecido pela<br />

empresa. “Todos são muito prestativos, pontuais e se colocam<br />

a nossa disposição para solucionar qualquer situação”, expõe<br />

José. O empresário comenta também sobre o ganho de tempo e<br />

produtividade dos equipamentos Watanabe. “A Thor consegue<br />

limpar 3 ha (hectares) de terreno por hora, facilitando muito nosso<br />

trabalho. É uma máquina robusta, com acabamento excelente e<br />

alto rendimento no trabalho”, discorre José.<br />

Roberto Libardi produtor rural de Paraíso (TO), trabalha há<br />

8 anos com a Watanabe e valoriza como a empresa é aberta a<br />

opiniões dos produtores para melhorias das máquinas. “Tem<br />

equipamentos que eles vendem com mudanças que sugeri”,<br />

frisa Roberto.<br />

Joaquim, produtor rural de Crixás do Tocantins (TO), conta<br />

FOR ANOTHER 50 YEARS<br />

Watanabe has a factory wall with the ten rules that dictate<br />

the way the Company works, rules which focus on the performance<br />

and delivery of the best results by all sectors within<br />

the Company, whether in engineering, sales, or industrial. All<br />

employees aim to achieve the most important result: customer<br />

satisfaction. Viviane Biesek, Sales Assistant for Watanabe,<br />

emphasizes the care the Company takes with its customers.<br />

“Every piece of equipment we sell goes through a pre-delivery<br />

technical inspection, we keep in constant contact with buyers<br />

and offer a warranty on all the machines we produce,” states<br />

Sales Assistant Biesek.<br />

Customer care, whether with machine dealers or end customers,<br />

is seen in the words of Lauro Roberto de Oliveira, Owner<br />

of Amagril Máquinas in Palmas-TO. The businessman, who has<br />

been working for more than 10 years with Watanabe equipment,<br />

values the elements that go beyond the competence of the staff<br />

and performance of employees. “We have access to all levels<br />

of Watanabe, from drivers to the Managing Director. And we<br />

know that they have as their greatest goal the satisfaction of<br />

their customers,” praises Oliveira.<br />

José Leão, Managing Partner of Multi Tratores in Porangatu-GO,<br />

who has been working with Watanabe for almost<br />

a year, says he is very pleased with the after-sales offered by<br />

Watanabe. “Everyone is very helpful and punctual, and is at<br />

Março 2022<br />

39


PRINCIPAL<br />

Vimos a possibilidade de<br />

adaptação para o setor<br />

florestal com objetivo de alto<br />

rendimento na limpeza de<br />

área<br />

Milton Watanabe<br />

que trabalha há 3 anos com equipamentos da Watanabe, vê no<br />

profissionalismo e cuidado com os clientes o maior diferencial da<br />

empresa. “Quando precisei o próprio Milton Watanabe veio até a<br />

fazenda para conhecer a minha necessidade e oferecer a solução<br />

que melhor se adequava”, comenta Joaquim. O produtor, que<br />

convenceu todos os seus vizinhos a comprarem equipamentos da<br />

Watanabe não mede elogios para falar da marca. “É uma empresa<br />

diferenciada do restante e tem muito mercado para conquistar”,<br />

enaltece Joaquim.<br />

A Watanabe busca novas soluções e investe em todos os<br />

setores para atingir resultados ainda melhores. No início deste<br />

ano investiram em um novo torno universal de grande porte, para<br />

otimizar a produção das peças de seus equipamentos. Também recentemente,<br />

fizeram uma adaptação nas máquinas, adicionando<br />

um tubo importado, para que o manual de instruções da máquina<br />

esteja sempre disponível para o operador. Viviane Biesek, informa<br />

que essa novidade tem como objetivo evitar danos e trazer<br />

soluções rápidas para que as máquinas parem o mínimo possível.<br />

our disposal to solve any situation,” says the Managing Partner.<br />

The businessman goes on to comment on the time gain and<br />

productivity of the Watanabe equipment. “The Thor can clean<br />

up to 3 hectares of land per hour, making our work very easy. It<br />

is a robust machine, with excellent finish and high performance<br />

at work,” says Managing Partner Leão.<br />

Roberto Libardi, an agricultural producer from Paraíso-TO,<br />

has worked for eight years with Watanabe and values how the<br />

Company is open to opinions for improvements of the machines.<br />

“There is even equipment they sell with changes that I have<br />

suggested,” says the Agricultural Producer.<br />

Joaquim, an agricultural producer from Crixás in Tocantins-<br />

-TO, says he has been working with Watanabe equipment for<br />

three years, and sees professionalism and customer care as the<br />

Company’s biggest differential. “When I needed Milton Watanabe<br />

himself, he came to the farm to get to know my needs and<br />

offer the best suited solution,” says the Agricultural Producer.<br />

The Producer, who convinced all his neighbors to buy equipment<br />

from Watanabe does not mince words about the brand. “It is a<br />

Company differentiated from the rest and has a lot of market<br />

yet to conquer,” exalts the Agricultural Producer.<br />

Watanabe seeks out new solutions and invests in all Company<br />

sectors to achieve even better results. Earlier this year,<br />

they invested in a new large universal lathe, to optimize the<br />

production of parts for their equipment. Also recently, they<br />

made an adaptation in the machines, adding an imported tube,<br />

so that the machine instruction manual is always available to<br />

the operator. Sales Assistant Biesek states that this novelty<br />

aims to avoid damage and bring quick solutions for minimum<br />

machine downtime. “Often the instruction manual was with<br />

40 www.referenciaflorestal.com.br


“Muitas vezes o manual de instruções ficava com o responsável<br />

pela compra, dentro do escritório, e quem mais precisava não<br />

tinha as informações ao seu alcance”, relata Viviane sobre os<br />

pequenos detalhes que fazem a diferença<br />

Milton Watanabe salienta que a empresa trabalha com foco<br />

no futuro, e já faz investimentos que passam pelas práticas de ESG<br />

(Ambiente, Social e Governança, em inglês). A primeira decisão<br />

tomada foi a instalação de painéis solares para a alimentação<br />

energética da fábrica e também de um grupo gerador, para cobrir<br />

quedas de energia. “Durante o dia funcionamos 100% com<br />

energia solar e estamos protegidos contra qualquer situação que<br />

pode interromper a fabricação das máquinas”, comemora Milton.<br />

O diretor destaca que nos anos de 2020 e 2021, apesar da pandemia,<br />

a empresa teve um grande salto, devido ao crescimento<br />

da exportação de commodities. “Isso não traz comodidade para<br />

o trabalho, mas sim novas oportunidades e possibilidades, como<br />

os novos equipamentos que estamos desenvolvendo e chegarão<br />

ao mercado ainda este ano”, detalha Milton.<br />

No setor florestal a Watanabe vê na grande demanda trazida<br />

pelo desenvolvimento do setor uma possibilidade de expandir<br />

suas atividades. “Já temos a Thor, dedicada a trituração de galhadas<br />

e tocos, e logo teremos novos equipamentos para suprir<br />

as necessidades que venham a surgir no mercado florestal”,<br />

planeja Milton.<br />

the person responsible for the purchase, inside the office, and<br />

those who needed it most did not have the information at their<br />

fingertips,” says the Sales Assistant of the small details that<br />

make the difference.<br />

Watanabe Managing Director points out that the Company<br />

works with a focus on the future, and is already making investments<br />

in ESG practices (Environment, Social, and Governance).<br />

The first decision was to install solar panels for the plant’s power<br />

supply and also a generator set to cover power outages. “During<br />

the day we operate 100% with solar energy and are protected<br />

against any situation that can disrupt the manufacture of the<br />

machines,” the Director celebrates.<br />

The Watanabe Managing Director goes on to point out that<br />

in the years 2020 and 2021, despite the Pandemic, the Company<br />

had a leap in sales due to the growth of commodity exports.<br />

“This does not make work easier, but offers new opportunities<br />

and possibilities, such as the new equipment we are developing<br />

that will reach the market later this year,” the Director details.<br />

In the Forestry Sector, Watanabe sees a possibility to expand<br />

its activities from the greatly increased demand caused by the<br />

development of the Sector. “We already have the Thor, dedicated<br />

to the grinding of branches and stumps, and soon we will have a<br />

new equipment line to meet all the needs that arise in the forest<br />

market,” plans the Watanabe Managing Director.<br />

Março 2022<br />

41


MINUTO FLORESTA<br />

Olhando<br />

DE CIMA<br />

Fotos: divulgação<br />

Utilização de drones melhora<br />

a captação de dados e otimiza<br />

resultados na avaliação de<br />

florestas plantadas<br />

Apandemia abriu portas para inovação e a<br />

Bayer aproveitou essa oportunidade para se<br />

reinventar. Grande parte do que era feito presencialmente,<br />

através de um grande trabalho<br />

de adaptação, passou a ser feito de maneira<br />

remota. A diminuição da interação direta chegou como um<br />

grande desafio a ser superado. Nesse contexto, a digitalização<br />

das atividades se aliou a utilização das melhores tecnologias<br />

que a empresa tinha em suas mãos.<br />

Especificamente, citamos os drones, ou VANTs (Veículos<br />

Aéreos Não Tripulados) para a verificação e captação de dados<br />

dos plantios florestais. Gabriela Mantovani, gerente de<br />

contas da Bayer, explica que a captação dessas informações<br />

através do sistema eletrônico foi chave para aumentar ainda<br />

mais a confiança nas informações fornecidas pela empresa.<br />

“Precisávamos trazer as informações do campo de maneira<br />

íntegra e imparcial, e as avaliações com drones se encaixaram<br />

perfeitamente nessa necessidade”, destaca Gabriela.<br />

A gerente comenta que essas novas tecnologias deram<br />

para a Bayer a oportunidade perfeita para mostrar para os<br />

seus clientes o quadro geral de suas atividades de maneira<br />

muito mais próxima da realidade. “Muito mais do que uma<br />

planilha em uma apresentação, trazemos agora detalhes e<br />

dados de cada talhão avaliado de maneira individual”, ressalta<br />

Gabriela. Segundo a Gabriela, isso valoriza ainda mais<br />

o trabalho da Bayer, mostrando para os clientes a confiança<br />

que a empresa tem em seus produtos e serviços oferecidos.<br />

“Temos segurança ainda maior em tudo que fazemos e<br />

podemos demonstrar isso para nossos parceiros”, completa<br />

Gabriela.<br />

Para a realização do trabalho, a Bayer firmou em 2020<br />

uma parceira com a Spectrum, empresa de geotecnologia,<br />

que desenvolve ferramentas computacionais para avaliação<br />

qualitativa de culturas agroflorestais, por intermédio de<br />

imagens aéreas coletadas via drone e/ou satélite. Rômulo<br />

Souza, CEO da Spectrum, comenta sobre o trabalho realizado<br />

junto à Bayer. “A Bayer comercializa defensivos químicos<br />

para controle de plantas daninhas e nada melhor do que<br />

uma visão ampla e detalhada da área tratada para demonstrar<br />

a eficiência de seus produtos”, aponta Rômulo.<br />

Para essa parceria, a Spectrum customizou seus algoritmos<br />

para identificação de plantas daninhas em diferentes<br />

fazes de desenvolvimento da cultura. Dessa maneira, o sistema<br />

é capaz de avaliar as taxas de infestação em diferentes<br />

fases de desenvolvimento da cultura, como por exemplo:<br />

avaliação de emergência de plântulas; porcentagem de controle<br />

ao longo de um determinado período, isto é, dias no<br />

limpo; controle de plantas na linha e entrelinha de plantio e<br />

dessecação inicial, dentre outras aplicações disponíveis para<br />

a Bayer. Toda a informação gerada é obtida por intermédio<br />

de algoritmos de classificação. Com o nível de automação<br />

alcançado, o sistema pode atender múltiplas demandas do<br />

setor florestal de forma automatizada e escalável.<br />

Os resultados obtidos quando utilizado o sistema de<br />

drones cobrem demandas de curto e longo prazo. O primeiro<br />

dos resultados está ligado a redução de riscos ergonômicos<br />

e de saúde e segurança do trabalho devido ao baixo emprego<br />

de mão de obra no campo. Além dele, o cliente tem<br />

maior precisão das informações, maior agilidade de entrega,<br />

tanto na coleta quanto no processamento dos dados e mais<br />

facilidade de monitoramento e gerenciamento de grandes<br />

áreas com menor demanda de recursos.<br />

Para Caique Medauar, Promotor de Marketing da Bayer,<br />

a grande virada dessa nova era digital que chegou no campo<br />

tem ligação direta com o bem que ele considera mais importante<br />

na produção florestal. “O valor da informação aumentou<br />

significativamente”, afirma Caique. Nesse campo, Caique<br />

elenca três pontos que essa nova era digital que chegou ao<br />

campo trouxeram para os produtores. “Através da coleta de<br />

dados temos melhoria na tomada de decisão, otimização<br />

dos processos e uma verdadeira transformação digital do<br />

trabalho no campo. Com esses novos processos, conseguimos<br />

avaliar cada árvore de maneira individual e apresentar<br />

esses dados para nossos clientes”, ressalta Caique.<br />

42 www.referenciaflorestal.com.br


CONCESSÕES<br />

Oportunidades<br />

NA REGIÃO SUL<br />

44 www.referenciaflorestal.com.br


Com apoio do BNDES, SFB inicia consulta<br />

pública sobre concessões de florestas<br />

no Paraná e Santa Catarina<br />

Foto: divulgação<br />

Março 2022<br />

45


CONCESSÕES<br />

C<br />

om apoio do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento<br />

Econômico e Social), o SFB<br />

(Serviço <strong>Florestal</strong> Brasileiro) lançou Consulta<br />

Pública de Proposta de Edital de Licitação para<br />

Concessão <strong>Florestal</strong> de Florestas Nacionais<br />

da Região Sul do Brasil. Até o dia 27 de março de 2022, os<br />

interessados poderão encaminhar dúvidas e contribuir com<br />

sugestões para o processo por meio do site divulgado no site<br />

do SFB. Todo cidadão pode participar da consulta pública,<br />

que tem como objetivo auxiliar a administração pública no<br />

processo de tomada de decisão e colher informações sobre<br />

expectativas e sugestões da população quanto às concessões<br />

florestais. A licitação está prevista para ocorrer no terceiro<br />

trimestre de 2022.<br />

Estas são as primeiras concessões florestais da Região Sul<br />

do Brasil. A FLONA (Floresta Nacional) de Chapecó está localizada<br />

nos municípios de Chapecó e Guatambu, e a Flona de<br />

Três Barras, no município do mesmo nome, ambas em Santa<br />

Catarina. A Flona de Irati está situada em Fernandes Pinheiro<br />

e Teixeira Soares, no Paraná. Os estudos técnicos e econômicos<br />

foram conduzidos por consultorias especializadas contratadas<br />

e lideradas pelo BNDES.<br />

A proposta de edital em consulta é um novo modelo de<br />

concessão florestal que contribuirá com a restauração do<br />

bioma Mata Atlântica, por meio da substituição de porções<br />

de plantios atuais com espécies exóticas por espécies nativas,<br />

seja para a produção comercial, seja para a recomposição da<br />

cobertura florestal.<br />

Estão previstos investimentos da ordem de R$ 285 milhões<br />

a serem aplicados na operação florestal e na cadeia da<br />

restauração durante os 35 anos de vigência do contrato, o que<br />

colaborará para dinamizar a economia da região, gerando empregos<br />

e renda para a população no entorno destas florestas.<br />

Pedro Bruno Barros de Souza, superintendente de Área<br />

de Governo e Relacionamento Institucional do Banco, afirma<br />

que o BNDES contribui com a sua experiência técnica de<br />

estruturação e implementação de projetos de concessão de<br />

outros setores da economia e de concessões florestais voltadas<br />

ao manejo florestal sustentável. Para o superintendente,<br />

o modelo proposto ao projeto estimula o desenvolvimento<br />

socioeconômico das regiões, propiciando a geração de conhecimento<br />

e informações sobre a utilização dos recursos florestais<br />

com potencial de mercado. “Esse modelo promove a<br />

recuperação florestal e auxilia na proteção da biodiversidade”,<br />

ressalta Pedro.<br />

As diretrizes técnicas das concessões da FLONA serão de<br />

colheita de produtos florestais madeireiros e não madeireiros<br />

com o menor impacto ambiental possível e a substituição dos<br />

plantios de espécies exóticas existentes por plantios de espécies<br />

nativas para fins comerciais, bem como o estabelecimento<br />

de áreas de restauração da vegetação nativa desta região<br />

da Mata Atlântica.<br />

Paulo Henrique Marostegan e Carneiro, diretor de concessão<br />

florestal e Monitoramento do SFB, explica que a<br />

concessão de florestas públicas, que contribui para a geração<br />

de diversos benefícios econômicos, sociais e ambientais, é diferente<br />

de uma privatização. “Parte da Flona é concedida para<br />

que seja realizada o manejo, mas ela continua sendo uma<br />

floresta pública”, destaca Paulo. Há também o fator social<br />

que está sempre aliado ao ambiental na criação deste planejamento.<br />

“O processo de consulta é muito importante para o<br />

processo, porque é por meio dele que alinhamos as propostas<br />

de implementação de políticas públicas voltadas à produção<br />

e à conservação das florestas com os anseios da população<br />

local”, completa Paulo.<br />

Das três FLONAS, a que tem maior área total é a de Três<br />

Barras, com 4,3 mil ha (hectares), sendo 2.686 ha sujeitos à<br />

concessão florestal. A Flona de Irati tem área de 3,8 mil ha,<br />

dos quais, 3.018 ha estarão sob concessão. Já a Flona de Chapecó<br />

terá 1.041 ha para concessão dos seus 1.600 ha totais.<br />

A concessão das FLONAS do Sul será exclusivamente sobre<br />

as áreas de manejo de florestas plantadas de pinus, araucária<br />

e eucalipto, podendo incluir a zona de recuperação de<br />

Flonas específicas (Irati e Chapecó). Nas três florestas, o pinus<br />

corresponde a cerca de 70% da área com plantio, seguido<br />

pela araucária, com quase 30%, e o eucalipto, que representa<br />

apenas 0,4%.<br />

O projeto de concessão das FLONAS do Sul faz parte de<br />

uma parceria entre o MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária<br />

e Abastecimento), por meio do SFB, e o BNDES para a<br />

prática do manejo florestal e silvicultura de espécies nativas<br />

para exploração de produtos madeireiros, não madeireiros<br />

e serviços nas três Florestas Nacionais. As concessões visam<br />

assegurar a restauração e a conservação das florestas públicas<br />

por meio de parcerias público-privadas, promovendo a<br />

conservação e geração de benefícios sociais, ambientais e<br />

econômicos. A estruturação do processo está sendo auxiliada<br />

pelo consórcio FGV-STCP-Manesco, contratado por meio de<br />

concorrência pública para a elaboração dos estudos e serviços<br />

técnicos.<br />

Esse modelo promove a<br />

recuperação florestal e<br />

auxilia na proteção da<br />

biodiversidade<br />

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LÍDER NO DESENVOLVIMENTO<br />

E PRODUÇÃO DE MUDAS PARA<br />

A INDÚSTRIA FLORESTAL<br />

EUCALIPTO<br />

GENÉTICA<br />

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ESPÉCIES<br />

48 www.referenciaflorestal.com.br


PEROBA-ROSA<br />

Árvore de ciclo longo, madeira de alta<br />

qualidade e perfeita para o mercado moveleiro<br />

Fotos: divulgação<br />

A<br />

peroba-rosa (Aspidosperma<br />

polyneuron) é uma espécie de<br />

árvore de grande porte nativa do<br />

Brasil. A espécie está presente em<br />

boa parte do território brasileiro,<br />

sendo encontrada do Paraná até o estado de<br />

Rondônia e até mesmo na Bahia. A peroba-rosa<br />

ou peroba comum, pode atingir até 30 metros<br />

de altura e demora de 40 a 50 anos para atingir o<br />

tamanho ideal para o corte. Sua madeira é uma<br />

das mais nobres do mercado, sendo utilizada principalmente<br />

no mercado de móveis e arquitetura<br />

de alto padrão.<br />

Seu crescimento é considerado lento e quando<br />

adulta produz até 140m³ (metros cúbicos) de<br />

madeira por hectare. A longa espera pelo corte é<br />

compensada pelo alto valor de mercado. A madeira<br />

produzida pela peroba-rosa é de alta densidade<br />

e sua exploração fez com que fosse colocada em<br />

listas de proteção ambiental. Ela tem como característica<br />

destacável a baixa oxidação quando<br />

está em contato com metais, o que a torna ideal<br />

para o mercado naval. Em contrapartida, é pouco<br />

resistente a insetos e fungos, comprometendo sua<br />

durabilidade quando está em contato com o solo.<br />

O investimento na peroba-rosa é de longo prazo,<br />

mas o produto final compensa a espera. Sua<br />

madeira tem cerne róseo após o corte e depois<br />

ganha um tom amarelo-rosado. Ela tem natureza<br />

mais fosca, cheiro imperceptível e textura fina. Ela<br />

exige o tratamento para que sua durabilidade seja<br />

aumentada para usos externos, seja para decoração<br />

ou construção civil.<br />

Para o setor moveleiro ela entrega as características<br />

ideais para seu manuseio: resistência e<br />

fácil serragem ou torneamento. Seja para móveis<br />

rústicos ou finos, os resultados obtidos em móveis<br />

de peroba são altamente rentáveis e com o tratamento<br />

correto, multiplicam o valor da madeira de<br />

maneira exponencial.<br />

A peroba-rosa também é utilizada no setor de<br />

decoração ou mesmo de estruturas para a construção<br />

civil, que exigem material com alta durabilidade.<br />

Podem ser feitas portas, pisos, escadas,<br />

madeiramento para telhado, vigas de sustentação<br />

e muito mais com a peroba-rosa. É uma madeira<br />

nobre, que dura por gerações se bem conservada.<br />

O investimento na perobarosa<br />

é de longo prazo, mas<br />

o produto final compensa<br />

a espera<br />

Março 2022<br />

49


ECONOMIA<br />

BRASIL<br />

EM BUSCA<br />

DO TOPO<br />

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Joaquim Leite, Ministro do Meio<br />

Ambiente, afirma que o país pode<br />

se tornar uma potência no mercado<br />

de carbono<br />

Fotos: divulgação<br />

D<br />

iante de um potencial cada vez maior de<br />

lucros com créditos de carbono, o ministro<br />

do Meio Ambiente, Joaquim Leite, explicou<br />

durante entrevista ao Brasil em Pauta,<br />

da EBC (Empresa Brasil de Comunicação),<br />

como o Brasil está se preparando para atrair os olhos de<br />

outros países nesse comercial. Para Joaquim, o Brasil tem<br />

diferenciais que o colocam à frente de outros países quando<br />

o assunto é o mercado de carbono.<br />

A principal qualidade brasileira, segundo o ministro,<br />

é a diversidade de produtos a serem comercializados,<br />

que vão desde créditos de vegetação nativa, de energia<br />

renovável, de redução de emissões de aterros sanitários,<br />

especialmente do metano, até atividades de agricultura e<br />

indústria de baixo carbono.<br />

Ao explicar o mercado de carbono, Leite deu o exemplo<br />

de como uma granja de aves e suínos poderá contribuir<br />

para a redução de emissões de gases de efeito estufa, ao<br />

mesmo tempo que economiza na sua linha de produção.<br />

O metano produzido pelos resíduos dos animais, que iria<br />

para a atmosfera, pode ser purificado e se transformar em<br />

um combustível limpo. Assim, é possível substituir óleo<br />

diesel por biometano em tratores e veículos pesados.<br />

Março 2022<br />

51


ECONOMIA<br />

Outro diferencial do Brasil, de acordo com Leite, é que<br />

o governo vai criar uma regra mínima para emissão de crédito<br />

de carbono no país. A ideia é que os projetos tenham<br />

contrapartidas para proteção da biodiversidade, bem<br />

como atividades de desenvolvimento de comunidades locais,<br />

gerando renda e emprego, por exemplo.<br />

MERCADO NACIONAL<br />

Segundo o ministro, tanto o Ministério do Meio Ambiente<br />

quanto o Ministério da Economia e o Banco Central<br />

estão desenhando como vai funcionar esse tipo de comércio<br />

no Brasil. “Hoje, nós temos que nos preparar para<br />

termos uma estrutura de mercado nacional para poder<br />

atender as exigências internacionais”, pontuou Joaquim.<br />

Atualmente, o Brasil conta com o mercado voluntário<br />

de carbono, que atende à demanda por créditos de empresas<br />

ou pessoas físicas que decidem reduzir as emissões<br />

de gases de suas atividades econômicas de forma voluntária.<br />

“Estamos estruturando o mercado nacional.<br />

Estamos desenhando acordos setoriais para definir a<br />

melhor forma para a exportação de crédito”, complementou<br />

o ministro.<br />

Após a criação do mercado global, o mercado voluntário<br />

no Brasil está bastante relevante, com alta da demanda<br />

e dos preços. “Falta crédito de carbono de floresta nativa<br />

para suprir a demanda das empresas que têm interesse<br />

em compensar suas emissões e não conseguem reduzir na<br />

velocidade que todos queriam”, ressaltou Joaquim.<br />

COP26<br />

Em novembro do ano passado, o governo brasileiro<br />

participou da 26ª edição da COP (Conferência das Nações<br />

Unidas sobre Mudanças Climáticas, em inglês), em Glasgow,<br />

na Escócia, onde anunciou a meta de reduzir em<br />

50% as emissões de carbono até 2030. “A participação do<br />

Governo Federal e dos empresários durante a conferência<br />

do clima foi muito importante para mostrar um Brasil que<br />

é parte da solução desse desafio climático de redução de<br />

emissões”, afirmou Joaquim.<br />

Ele acrescentou que o governo apresentou mais de<br />

cem casos de projetos de sustentabilidade e de economia<br />

verde durante o evento. “Não é só se comprometer, é agir.<br />

O Brasil mostrou que é um país que faz, que tem atividades<br />

sustentáveis”, reiterou o ministro.<br />

Joaquim Leite destacou a importância da criação da<br />

Secretaria da Amazônia e Serviços Ambientais e da modalidade<br />

do programa Floresta+, chamado de Floresta+ Carbono.<br />

A iniciativa busca recompensar quem reduz emissões.<br />

“O objetivo é reconhecer e remunerar a atividade de quem<br />

cuida de floresta utilizando carbono como principal indicador,<br />

indicador de desempenho de projeto”, explicou Leite.<br />

O ministro também lembrou que o presidente Jair Bolsonaro<br />

sancionou em 2021 a Política Nacional de Pagamento<br />

por Serviços Ambientais.<br />

Não é só se<br />

comprometer, é agir.<br />

O Brasil mostrou que<br />

é um país que faz,<br />

que tem atividades<br />

sustentáveis<br />

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www.showflorestal.com.br<br />

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ARTIGO<br />

Por que é necessário fazer o<br />

planejamento financeiro dos<br />

POVOAMENTOS<br />

FLORESTAIS?<br />

Vitor Augusto Cordeiro Milagres<br />

Engenheiro <strong>Florestal</strong> | Mestre em Engenharia <strong>Florestal</strong><br />

Francio Soluções Florestais<br />

Fotos: Francio Soluções Florestais<br />

O<br />

silvicultor brasileiro tem acompanhado apreensivo o<br />

aumento no preço de insumos. Os fertilizantes mais<br />

que dobraram de um ano para o outro, além do aumento<br />

no preço de herbicidas, custos operacionais,<br />

entre outros. Estes fatores proporcionaram um elevado<br />

custo de implantação e manutenção florestal comparado com<br />

os anos anteriores. Por isso, precisamos usar a engenharia de forma<br />

inteligente, integrada e técnica, para aumentar a produtividade sem<br />

aumentar os custos de produção, e um controle eficiente dessas informações<br />

é fundamental para o sucesso do empreendimento florestal.<br />

Levando-se em conta que um povoamento florestal geralmente<br />

apresenta retornos financeiros mais consideráveis a partir do sexto<br />

ano, quando se inicia os cortes (desbastes ou rasos), demonstra-se<br />

a significativa atenção que se deve dar ao planejamento financeiro<br />

florestal e ao fluxo de caixa do negócio. Assim, a sustentabilidade<br />

das empresas florestais em um mercado cada vez mais competitivo,<br />

sujeita-se cada vez mais a um gerenciamento competente e hábil,<br />

proporcionando a valorização dos ganhos financeiros do empreendimento.<br />

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INVESTIMENTO<br />

ENTRE AS VANTAGENS EM SE CALCULAR O FLUXO<br />

DE CAIXA PODEMOS CITAR:<br />

32%<br />

60%<br />

• Controlar entradas e saídas do capital financeiro;<br />

• Ter controle de pagamentos, despesas e dívidas,<br />

evitando juros altos por contas atrasadas;<br />

Insumos<br />

8%<br />

Mão de obra<br />

Operações<br />

• Prevenir perdas financeiras por mudanças no cenário<br />

econômico e/ou sinistros florestais (desvalorização no<br />

preço da madeira, aumento no preço de insumos,<br />

incidência de pragas e doenças, incêndios);<br />

RESUMO<br />

27% 23%<br />

• Sincronização entre as melhores recomendações<br />

técnicas com o nível tecnológico que o produtor opta<br />

por ter, avaliando se os recursos financeiros são<br />

suficientes ou se há necessidade de buscar<br />

financiamento;<br />

• Criação de cenários de investimentos,<br />

proporcionando a empresa a tomar decisões<br />

coerentes e sustentáveis;<br />

Investimento (custos)<br />

50%<br />

Receita Bruta<br />

Receita Líquida<br />

• Avaliar de forma precisa, o investimento realizado,<br />

com o potencial produtivo de cada região, regime de<br />

manejo e resultados de curto, médio e longo prazo,<br />

além de uma programação adequada da regulação<br />

florestal planejada para o abastecimento na indústria.<br />

IMPORTÂNCIA DO FLUXO DE CAIXA PARA<br />

O SILVICULTOR<br />

O planejamento financeiro é um importante procedimento<br />

para definição de metas econômicas de curto, médio e longo prazo<br />

favorecendo na tomada de decisões assertivas para o negócio florestal.<br />

Uma das ferramentas que orienta o produtor em seu controle<br />

financeiro é o fluxo de caixa.<br />

O fluxo de caixa auxilia na movimentação e alocação de recursos<br />

financeiros. Nele são registrados as entradas e saídas de dinheiro, tais<br />

como, gastos com insumos, mão de obra e operações (mecanizadas<br />

e manuais). Em outras palavras, ele avalia o desempenho financeiro<br />

da empresa. Além de proporcionar a correta análise do investimento<br />

atual, o fluxo de caixa possibilita projetar as finanças futuras,<br />

auxiliando o silvicultor a obter controles de pagamentos, dívidas e<br />

receitas, deixando-o preparado para eventuais imprevistos e consequentemente,<br />

deixando-o mais competitivo no mercado florestal.<br />

Sabemos que para muitos produtores florestais há falta<br />

de informação sobre os melhores tratos silviculturais e o<br />

manejo adequado do povoamento florestal, o que dizer<br />

então dos custos de produção e rendimento dos plantios.<br />

Na maioria dos casos, o planejamento financeiro e fluxo<br />

de caixa dos produtores florestais são deixados de lado<br />

ou negligenciados devido à complexidade de montar uma<br />

planilha completa, porém simples de utilizar no dia a dia.<br />

Planilhas de apoio facilitam a gestão da produção florestal e<br />

proporcionam às empresas uma estabilidade financeira cada<br />

vez maior e mais eficiente.<br />

R$35.000,00<br />

Corte<br />

raso<br />

R$30.000,00<br />

R$25.000,00<br />

R$20.000,00<br />

R$15.000,00<br />

R$10.000,00<br />

R$5.000,00<br />

1º Desbaste<br />

2º Desbaste<br />

R$0,00<br />

- R$5.000,00<br />

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15<br />

- R$10.000,00<br />

Fluxo de caixa<br />

Fluxo de caixa acumulado<br />

Março 2022<br />

55


TRANSPORTE<br />

Madeira<br />

SOBRE TRILHOS<br />

Fotos: divulgação<br />

56 www.referenciaflorestal.com.br


A FIOL (Ferrovia de Integração Oeste-Leste)<br />

recebe grandes investimentos para escoar<br />

madeira e celulose produzidos na Bahia<br />

Março 2022<br />

57


TRANSPORTE<br />

N<br />

a Bahia, o setor de florestas plantadas é<br />

um dos que mais tem contribuído para a<br />

desconcentração do desenvolvimento econômico<br />

do estado, levando ao interior mais<br />

empregos qualificados, renda, impostos e<br />

contribuições ambientais de elevada significância. Nossa<br />

visão é de que o emprego no interior, nas mais distantes e<br />

carentes regiões do Estado, vale o dobro, pois gera oportunidades<br />

antes não existentes em municípios que mais<br />

precisam.<br />

Com esta visão é que o setor vem acompanhando com<br />

especial interesse os processos em torno da FIOL (Ferrovia<br />

de Integração Oeste-Leste). A mais recente conquista para<br />

o setor madeireiro do estado é a concessão de parte da<br />

FIOL entre o porto de Ilhéus e Caetité, na Bahia. Chamado<br />

de FIOL 1, o trecho de 537 Km (quilômetros) de extensão<br />

foi arrematado pela BAMIN (Bahia Mineração), do Grupo<br />

ERG(Eurasian Resources Group).<br />

A FIOL foi arrematada em leilão do MINFRA (Ministério<br />

da Infraestrutura). Para concluir a construção da ferrovia,<br />

o investimento da BAMIN será de R$ 3,3 bilhões, sendo<br />

R$ 1,6 bilhão em obras civis e R$ 1,7 bilhão em material<br />

rodante, como vagões e locomotivas. A subconcessão tem<br />

a duração de 35 anos, sendo cinco para construção e 30<br />

anos para exploração. Quando concluída, a FIOL terá capacidade<br />

para movimentar 60 milhões de toneladas por ano,<br />

com o BAMIN utilizando apenas um terço desse potencial.<br />

Dois terços dessa capacidade estarão disponíveis para<br />

todos os demais setores, como o florestal, que precisarem<br />

escoar seus produtos e receber insumos, máquinas e implementos.<br />

Eduardo Ledsham, CEO da BAMIN, valoriza o trabalho<br />

realizado e acredita que a FIOL será peça essencial no desenvolvimento<br />

da economia baiana. “O estado da Bahia<br />

ocupará uma nova e importante dimensão na economia<br />

nacional, gerando riquezas, distribuição de renda e elevando<br />

a qualidade de vida de sua população”, afirma Eduardo.<br />

Esta notícia foi recebida com grande ânimo por todo setor<br />

econômico empresarial baiano, pois a ferrovia irá estabelecer<br />

alternativas mais econômicas para os fluxos de carga<br />

de longa distância; favorecer a multimodalidade; interligar<br />

a malha ferroviária brasileira, com sua futura conexão com<br />

outras ferrovias, como a FCA (Ferrovia Centro-Atlântica),<br />

a FICO (Ferrovia de Integração Centro-Oeste), e a ferrovia<br />

norte-sul; incentivar e viabilizar investimentos que irão<br />

incrementar a produção e induzir a processos produtivos<br />

modernos ao longo dessa infraestrutura implantada.<br />

A FIOL, em suas três etapas, cortará a Bahia de Oeste à<br />

Leste, conectando-se à ferrovia norte/sul (Goiás) ao novo<br />

porto de Ilhéus. Na sua primeira fase, o trajeto passa perto<br />

de Jequié/Maracás, região de Vitória da Conquista, e o<br />

polo de grãos e fibras do estado, em Barreiras/Luís Eduardo<br />

Magalhães.<br />

Para aproveitar esta oportunidade os setores econômicos<br />

já presentes nas regiões próximas a ferrovia já<br />

estão planejando como estimular e desenvolver todos os<br />

possíveis polos integrados de desenvolvimento agroindustriais,<br />

minerais, entre outros, ao longo da ferrovia. Esse<br />

planejamento é o que viabilizará a utilização de áreas com<br />

diferentes climas, altitudes, índices de pluviometria e tipos<br />

de solo. São muitos hectares disponíveis, hoje com pouca<br />

utilização, a preços competitivos.<br />

Além disso, a FIOL, e as outras ferrovias citadas, servirão<br />

para levar ainda mais investimentos para o interior do<br />

estado, que contribui diretamente com o desenvolvimento<br />

do interior. Por ela serão transportadas muitas das riquezas<br />

produzidas no estado nas áreas minerais, florestais<br />

(madeireiros e não madeireiros) e agrícolas. Além disso,<br />

se fará melhor o escoamento da produção do agronegócio<br />

baiano diminuindo seus custos.<br />

A FIOL é chave para trazer novos investimentos para<br />

o setor empresarial e também tributos para o governo<br />

da Bahia e municípios adjacentes, além de possibilitar a<br />

geração de novos empregos diretos e indiretos. Quando<br />

concluída, a FIOL vai cruzar cerca de 40 municípios,<br />

criando um novo ciclo no desenvolvimento e crescimento<br />

econômico da Bahia com o surgimento de novos polos<br />

agroindustriais autônomos que passarão a contar com a<br />

58 www.referenciaflorestal.com.br


infraestrutura mais eficiente de logística.<br />

Portanto, desde já vislumbra-se imensas possibilidades,<br />

cujo devido e competente aproveitamento depende<br />

de planejamento e ações coordenadas entre os governos,<br />

setores produtivos, academia e comunidades do entorno<br />

da ferrovia. A retomada das obras da FIOL está prevista<br />

para o segundo semestre de 2022 segundo o contrato da<br />

BAMIN. São previstos a instalação de mais de 30 pátios<br />

de carga ao longo da rota, criando oportunidades para os<br />

produtores regionais, potencializando as cadeias produtivas<br />

instaladas ao longo do caminho. O MINFRA estima<br />

a geração de 55 mil empregos diretos e indiretos com a<br />

construção da ferrovia, em cinco anos.<br />

DO TRILHO AO MAR<br />

A conclusão do trecho 1 da FIOL em Ilhéus, o Porto Sul<br />

que está sendo construído em parceria com o governo do<br />

estado se tornará um grande centro para as exportações.<br />

Sendo o ponto final de escoamento da produção entre a<br />

região produtora e seus compradores. Será um porto de<br />

águas profundas e deve ser o primeiro do nordeste a receber<br />

navios com capacidade de até 220 mil t (toneladas).<br />

Suas obras tem cronograma de terminar em 2026, mesmo<br />

ano de conclusão da FIOL, construído até 2026, concluído<br />

ao mesmo tempo em que a FIOL.<br />

O Estado da Bahia ocupará uma<br />

nova e importante dimensão<br />

na economia nacional, gerando<br />

riquezas, distribuição de renda<br />

e elevando a qualidade de vida<br />

de sua população<br />

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conforme modelo ou amostra,<br />

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diâmetro externo do disco;<br />

Caldeiraria<br />

• Diâmetro externo e encaixe<br />

central de acordo com<br />

padrão do cabeçote;<br />

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Detalhe de encaixe para<br />

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Março 2022<br />

59


PESQUISA<br />

ESTIMAÇÃO DA ALTURA<br />

DE PLANTIOS FLORESTAIS DE<br />

EUCALIPTO POR REGRESSÃO E<br />

REDES NEURAIS ARTIFICIAIS<br />

60 www.referenciaflorestal.com.br


MATHEUS TEIXEIRA MARTINS<br />

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA,<br />

SÃO GABRIEL (RS)<br />

GABRIEL PAES MARANGON<br />

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA,<br />

SÃO GABRIEL (RS)<br />

EMANUEL ARNONI COSTA<br />

UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA,<br />

MONTE CARMELO (MG)<br />

BRUNA DENARDIN DA SILVEIRA<br />

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA,<br />

SÃO GABRIEL (RS)<br />

RAFAEL CUBAS<br />

UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA,<br />

CANOINHAS (SC)<br />

JEAN PIERRE CAVALLI<br />

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA,<br />

SANTA MARIA (RS)<br />

Fotos: divulgação<br />

Março 2022<br />

61


PESQUISA<br />

RESUMO<br />

Amodelagem estatística na predição de alturas<br />

de árvores em florestas plantadas é uma<br />

forma de reduzir o tempo e custo do levantamento<br />

de dados do inventário florestal.<br />

Nesse sentido, o presente estudo teve como<br />

objetivo estimar a altura de árvores de Eucalyptus grandis<br />

W. Hill através de modelos de regressão (MR) e RNA<br />

(Redes Neurais Artificiais). Para isso, foram utilizados 713<br />

pares de dados de altura e diâmetro de árvores individuais<br />

medidas no inventário florestal, sendo que 70% dos dados<br />

foram utilizados para o ajuste dos modelos de regressão<br />

e treino das RNA e 30% utilizados para validação das<br />

técnicas. Foram ajustados cinco modelos hipsométricos<br />

tradicionais, cinco modelos em função da variável dap e da<br />

variável idade na forma aritmética, quadrática, logarítmica,<br />

inversa e raiz quadrada, totalizando vinte e cinco novos<br />

modelos e, por fim, foram treinadas cinco redes neurais<br />

do tipo Multilayer Perceptron. As técnicas foram avaliadas<br />

estatisticamente através da correlação (rYY), RQME (Raiz<br />

Quadrada do Quadrado Médio do Erro) e análise gráfica<br />

de resíduos. Tanto no treino como na validação as RNA<br />

obtiveram melhores resultados estatísticos, na validação<br />

a melhor RNA obteve rYY de 0,941 e RQME de 1,238 m. O<br />

modelo de regressão de relação h/d obteve rYY de 0,928 e<br />

RQME de 1,373m (metros). O modelo de regressão com inserção<br />

da variável idade apresentou rYY de 0,936 e RQME<br />

de 1,289m. Ambas as técnicas poderiam ser utilizadas para<br />

estimar a altura das árvores de Eucalyptus grandis, porém<br />

as RNA são mais acuradas.<br />

PALAVRAS-CHAVE: Aprendizado de máquinas, Inteligência<br />

artificial, Mensuração florestal<br />

As estimativas de estoques<br />

de crescimento e de colheita<br />

são importantes elementos do<br />

manejo florestal<br />

INTRODUÇÃO<br />

A quantificação do estoque volumétrico é realizada por<br />

meio de inventários florestais contínuos ou temporários.<br />

Ambos consistem basicamente na medição de amostras<br />

representativas da população, denominadas de unidades<br />

amostrais, também conhecidas como parcelas. As estimativas<br />

de estoques de crescimento e de colheita são<br />

importantes elementos do manejo florestal, uma vez que<br />

fornecem informações quantitativas dos povoamentos,<br />

auxiliando na definição de planos de manejo (Binoti et al.,<br />

2013). Existem muitos modelos para estimação da altura<br />

total de árvores, muitos deles podendo ser utilizados em<br />

várias espécies. A mensuração da altura de árvores é de<br />

grande importância nos inventários florestais, apresentando<br />

um custo significativo, sendo assim, torna-se necessário<br />

a realização de estudos voltados à modelagem, aos procedimentos<br />

e equipamentos utilizados para mensuração<br />

(Vendruscolo et al., 2017). Além das técnicas de modelagem<br />

por regressão o aprendizado de máquinas está se<br />

destacando no meio florestal, devido a sua capacidade de<br />

gerar estimativas mais acuradas que as equações obtidas<br />

com os modelos. Na mensuração florestal, as RNA é uma<br />

62 www.referenciaflorestal.com.br


das técnicas de aprendizado de máquinas que estão sendo<br />

estudadas e ganhando espaço nesse meio, tais como: Binoti<br />

et al. (2013) que utilizaram RNA para estimar a altura<br />

de povoamentos equiâneos de Eucalyptus sp.; Vendruscolo<br />

et al. (2017) estimaram altura de árvores de Tectona grandis<br />

L.f.; Mendonça et al. (2018) estimaram altura de árvores<br />

de ipê felpudo utilizando RNA; Martins et al. (2019a)<br />

estimaram altura de árvores de Parapiptadenia rigida<br />

(Benth.) Brenan com uso de RNA; entre outros. Uma RNA<br />

consiste em múltiplas unidades de processamento simples,<br />

denominados neurônios artificiais, que estão conectados<br />

entre si e organizados em camadas, formando um sistema<br />

computacional paralelo para executar uma determinada<br />

tarefa (Bullinaria, 2014). Estes fornecem estimações<br />

precisas, tornando o alcance dos resultados relacionados<br />

à dendrometria florestal mais célere, menos onerosa e<br />

dispendiosa economicamente, além de ser menos laboriosa<br />

(Ferreira et al., 2014). Objetivou-se com este trabalho<br />

comparar modelos de regressão e redes neurais artificiais<br />

para estimar a altura de árvores de Eucalyptus grandis de<br />

povoamentos florestais presentes em duas mesorregiões<br />

do Estado do Rio Grande do Sul.<br />

MATERIAL E MÉTODOS<br />

Caracterização e localização da área do estudo. Os<br />

dados foram coletados em povoamentos florestais de<br />

Eucalyptus grandis, localizados no estado do Rio Grande<br />

do Sul, nos municípios de Santa Cruz do Sul, Lajeado,<br />

Estrela e Cachoeira do Sul, pertencentes a mesorregião<br />

centro oriental Rio-grandense, além dos municípios de<br />

Montenegro, Gramado, Canela, Porto Alegre, Osório e Camaquã,<br />

pertencentes a mesorregião metropolitana. Essas<br />

mesorregiões, as quais os povoamentos estão inseridos,<br />

possuem clima, segundo a classificação de Köppen, do tipo<br />

Cfa, com temperatura anual média de 17,9oC e a precipitação<br />

média anual de 1826,0 mm (Alvares et al., 2013). Os<br />

solos das mesorregiões avaliadas são argilosos, profundos,<br />

de coloração avermelhada em toda sua extensão do perfil,<br />

bem drenados e derivados de siltitos finos (Lemos et<br />

al.,1973).<br />

Essa é uma versão parcial deste artigo. A versão<br />

completa pode ser acessada neste link: https://revistas.ufpr.<br />

br/biofix/article/view/68839/39833<br />

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Março 2022<br />

63


AGENDA<br />

AGENDA2022<br />

Dúbai Woodshow<br />

Data: 15 a 17<br />

Local: Dubai (EAU)<br />

www.woodshowglobal.com/dubai<br />

Expoforest 2022<br />

Data: 6 a 10<br />

Local: Santa Cruz de la Sierra (Bolívia)<br />

https://fexpocruz.com.bo/expoforest<br />

MARÇO<br />

2022<br />

ABRIL<br />

2022<br />

ABR<br />

2022<br />

EXPOFOREST 2022<br />

Feira especializada em produtos e recursos da biodiversidade<br />

florestal e da indústria madeireira. De 6 a 10 de<br />

abril de 2022, onde será estabelecido um espaço focado<br />

em promover a reativação produtiva e econômica do<br />

setor florestal. Serão mais de 40 expositores de todas<br />

as áreas do setor de base florestal da Bolívia em um<br />

só lugar. É a oportunidade de gerar o encontro entre<br />

os setores produtivos da indústria florestal, florestal e<br />

madeireira.<br />

Imagem: reprodução Imagem: reprodução<br />

Forst Live<br />

Data: 29/04 a 1/05<br />

Local: Offenburg (Alemanha)<br />

www.forst-live.de/en<br />

ABRIL<br />

2022<br />

ABR<br />

2022<br />

FORST LIVE<br />

A FORSTlive é uma das principais feiras de demonstração<br />

internacional para silvicultura, tecnologia e energias<br />

renováveis. Em 2019, edição mais recente do evento, mais<br />

de 400 expositores de 15 países apresentaram uma gama<br />

detalhada de produtos e ofertas com inúmeros desenvolvimentos<br />

e inovações. Tanto para a apresentação de produtos<br />

como para demonstrações de máquinas, o recinto de<br />

exposições ao ar livre com 46 mil m2 (metros quadrados)<br />

oferece as condições ideais, assim como a Baden-Arena de<br />

6 mil m2, onde fabricantes e comerciantes expõem tudo<br />

sobre o tema das energias renováveis.<br />

64 www.referenciaflorestal.com.br


AGENDA2022<br />

ABRIL<br />

2022<br />

Wood Taiwan<br />

Data: 28/04 a 12/05<br />

Local: Taipei (Taiwan)<br />

www.woodtaiwan.com/en/index.html<br />

MAIO<br />

2022<br />

ASSINE AS PRINCIPAIS<br />

REVISTAS DO SETOR<br />

E FIQUE POR DENTRO<br />

DAS NOVIDADES!<br />

Show <strong>Florestal</strong><br />

Data: 24 a 26<br />

Local: Três Lagoas (MS)<br />

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INFORMAÇÃO<br />

A ALMA DO NEGÓCIO!<br />

FLORESTAL<br />

INDUSTRIAL<br />

PRODUTOS<br />

BIOMAIS<br />

JUNHO<br />

2022<br />

CELULOSE<br />

WoodEX for Africa 2022<br />

Data: 7 a 9<br />

Local: Joanesburgo (África do Sul)<br />

www.woodexforafrica.com<br />

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Março 2022<br />

65


Foto: divulgação<br />

ESPAÇO ABERTO<br />

Crise energética<br />

E ESG<br />

Por Luiz Marcatti e Herbert Steinberg,<br />

respectivamente, sócio e presidente<br />

e sócio, fundador e presidente do<br />

conselho da MESA Corporate Governance<br />

Buscar soluções e analisar<br />

o quadro geral com clareza<br />

é chave para o sucesso<br />

diante de um ambiente<br />

hostil<br />

66 www.referenciaflorestal.com.br<br />

O<br />

s intensos debates sobre o desenvolvimento sustentável<br />

têm impulsionado as sociedades, as empresas, as organizações<br />

e os governos a pensarem em ações realmente<br />

efetivas para se alcançar esse objetivo. Os desafios têm<br />

escala global, e, como tal, envolvem tentativas de acordos<br />

e alinhamentos das economias quanto ao uso de recursos naturais, com as<br />

esperadas resistências de algumas partes. De qualquer maneira, a agenda<br />

tem avançado, com uma visível mudança de comportamento das empresas,<br />

que a cada dia mais adotam diretrizes ESG (Ambiental, Social e Governança,<br />

em inglês), para responder às exigências de investidores e consumidores.<br />

Ocorre que as transformações de fato significativas dependem de uma<br />

mudança estrutural, que inclui a substituição gradativa dos combustíveis<br />

fósseis por energia obtida de fontes limpas.<br />

É nesse contexto internacional de descarbonização, que o Brasil agora<br />

se vê, pela terceira vez neste século, inseguro para garantir o pleno abastecimento<br />

de energia para a população e para as empresas. Não falta competência<br />

técnica dos operadores do sistema elétrico nacional - herança do<br />

aprimoramento de novas tecnologias desenvolvidas nas últimas décadas -,<br />

e o país também conta com avanços no monitoramento das redes, melhor<br />

gerenciamento remoto e um eficiente sistema de supervisão e controle. A<br />

excessiva dependência brasileira da matriz hídrica para a geração de energia<br />

elétrica faz com que a maioria das ações contra crises de abastecimento<br />

seja pontual. Não por acaso, é comum que as preocupações girem em<br />

torno das previsões climáticas. A despeito dos avanços na geração e na distribuição<br />

de energia, sabe-se que dar atenção apenas a problemas sazonais<br />

não é uma boa estratégia no enfrentamento de situações como uma crise<br />

aguda de curto prazo de temas de mais amplo alcance, como mudanças<br />

climáticas, transição energética e descarbonização.<br />

Algumas preocupações devem entrar no radar dos conselhos de administração<br />

e das instâncias corporativas encarregadas do direcionamento<br />

estratégico das empresas. Na avaliação dele, torna-se cada vez mais importante<br />

antecipar prováveis demandas que surgirão no âmbito da transição<br />

energética para novas fontes. Os desdobramentos de acordos como o da<br />

COP 26, recentemente encerrada, e as tensões entre os estados nacionais<br />

são uma demonstração de que os problemas são multifacetados, o que exige<br />

respostas. Esse é um dos motivos pelos quais as empresas devem estar<br />

preparadas em termos de governança. É bastante provável que, nessa nova<br />

dinâmica global, seja necessário cumprir regras estabelecidas por organismos<br />

multilaterais e em meio a um cenário de tensões geopolíticas.<br />

A dimensão social do ESG tem uma inevitável correlação com o desenvolvimento<br />

sustentável. Diante da velocidade vertiginosa das transformações<br />

em curso no mundo, as empresas têm o desafio da requalificação e<br />

recolocação de capital humano, que impacta também na empregabilidade,<br />

renda e saúde - no S, portanto. No Brasil, se não é possível ignorar os problemas<br />

e incertezas das próximas décadas, tampouco se deve desconsiderar<br />

o que pode ser feito agora.<br />

Do ponto de vista do fornecimento de energia elétrica, o Brasil deve<br />

adotar variadas fontes e soluções durante a transição - como o biocombustível<br />

- e se aproveitar do crescimento exponencial das novas tecnologias,<br />

que abrem espaço para hidrogênio verde e produção de energia eólica e<br />

solar. A diversificação significa uma geração distribuída de menor porte e<br />

descentralizada. Essa estratégia não resolve todos os problemas, mas reforça<br />

o portfólio, incentiva a inovação e a ruptura tecnológica necessárias à<br />

formação de alternativas descarbonificadas.


Novo sistema de medição de<br />

comprimento ainda mais preciso;<br />

Novo projeto de chassis, mais<br />

robusto, maior durabilidade;<br />

Novos cilindros das facas de<br />

desgalhe;<br />

Pinos substituíveis do Link,<br />

simplificando sua manutenção;<br />

Novo acesso ao ponto para<br />

lubrificação, mais segurança na<br />

manutenção;<br />

Nova geometria da caixa da serra,<br />

que propicia um ciclo de corte mais<br />

rápido com menor lasque da<br />

madeira;<br />

Anéis trava ajustáveis no conjunto<br />

de medição do diâmetro, que<br />

estendem a durabilidade dos<br />

componentes.<br />

Serviço: (41) 2102-2881<br />

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