Florestal_238Web
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ENTREVISTA<br />
Zaid A. Nasser, novo presidente da APRE, revela os planos e desafios para a gestão<br />
PODER QUE TRANSFORMA<br />
TRITURADORA ROBUSTA E POTENTE É<br />
SOLUÇÃO IDEAL PARA LIMPEZA DE ÁREAS<br />
POWER THAT TRANSFORMS<br />
ROBUST AND POWERFUL SHREDDER IS IDEAL<br />
SOLUTION FOR CLEANING AREAS
SUMÁRIO<br />
MARÇO 2022<br />
36<br />
POTÊNCIA,<br />
ROBUSTEZ<br />
E RESULTADO<br />
06 Editorial<br />
08 Cartas<br />
10 Bastidores<br />
12 Notas<br />
22 Coluna Cipem<br />
24 Frases<br />
26 Entrevista<br />
34 Coluna<br />
36 Principal<br />
42 Minuto Floresta<br />
44 Concessões<br />
48 Espécie<br />
50 Economia<br />
54 Artigo<br />
56 Transporte<br />
60 Pesquisa<br />
64 Agenda<br />
66 Espaço Aberto<br />
44<br />
54<br />
ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />
47 ArborGen<br />
07 Bayer<br />
09 BKT<br />
11 Carrocerias Bachiega<br />
15 Corteva<br />
59 D’Antonio Equipamentos<br />
68 Denis Cimaf<br />
02 Dinagro<br />
21 DRV Ferramentas<br />
31 Engeforest<br />
63 Feldermann<br />
29 Francio Soluções Florestais<br />
05 Komatsu Forest<br />
13 Liebherr Brasil<br />
67 Log Max<br />
17 Manos Implementos<br />
43 Mill Indústrias<br />
33 Minusa Forest<br />
19 Rotary-Ax<br />
25 Rotor Equipamentos<br />
53 Show <strong>Florestal</strong><br />
23 Tecmater<br />
35 Watanabe<br />
04 www.referenciaflorestal.com.br
EDITORIAL<br />
De olho nas<br />
oportunidades<br />
O mercado florestal está repleto de oportunidades<br />
e possibilidades para quem está atento às mudanças e<br />
novidades do setor. E não falamos apenas sobre chegar<br />
primeiro, mas chegar melhor e mais preparado para os<br />
desafios constantes que a indústria de base florestal<br />
oferece. Nesta edição, nosso Leitor conhecerá a trituradora<br />
Thor da Watanabe, equipamento ideal para trituração<br />
e limpeza de terrenos para o plantio florestal, conhecerá<br />
um pouco mais sobre a espécie peroba-rosa, sobre as novidades<br />
de transporte ferroviário na Bahia e, ainda, uma<br />
entrevista exclusiva com o Zaid Ahmad Nasser, presidente<br />
do APRE (Associação Paranaense de Empresas de Base<br />
<strong>Florestal</strong>), falando sobre a situação da indústria madeireira<br />
e planos para o futuro.<br />
2<br />
1<br />
Na capa desta edição a<br />
trituradora para limpeza<br />
de área da Watanabe<br />
A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />
www.referenciaflorestal.com.br<br />
Ano XXIV • N°238 • Março 2022<br />
ENTREVISTA<br />
Zaid A. Nasser, novo presidente da APRE, revela os planos e desafios para a gestão<br />
POWER THAT TRANSFORMS<br />
ROBUST AND POWERFUL SHREDDER IS IDEAL<br />
SOLUTION FOR CLEANING AREAS<br />
PODER QUE TRANSFORMA<br />
TRITURADORA ROBUSTA E POTENTE É<br />
SOLUÇÃO IDEAL PARA LIMPEZA DE ÁREAS<br />
Keeping an eye on<br />
opportunities<br />
The forest market is full of opportunities and possibilities<br />
for those aware of the changes and news within the<br />
Sector. And we are not just talking about getting there<br />
first but improving and becoming more prepared for the<br />
constant challenges that the forest-based industry faces.<br />
In this issue, our reader learns about the Watanabe Thor<br />
crusher/shredder, the ideal tool for clearing land and<br />
shredding residues for forest planting. There is also a little<br />
more about peroba-rosa, the news of rail transport in<br />
Bahia, and an exclusive interview with Zaid Ahmad Nasser,<br />
President of APRE (Association of Forest-Based Companies),<br />
talking about the situation of the timber industry<br />
and plans for the future.<br />
Entrevista com<br />
Zaid Ahmad Nasser<br />
Madeira sobre trilhos<br />
3<br />
EXPEDIENTE<br />
ANO XXIV - EDIÇÃO 238 - MARÇO 2022<br />
Diretor Comercial / Commercial Director<br />
Fábio Alexandre Machado<br />
fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />
Diretor Executivo / Executive Director<br />
Pedro Bartoski Jr<br />
bartoski@revistareferencia.com.br<br />
Redação / Writing<br />
Vinicius Santos<br />
jornalismo@revistareferencia.com.br<br />
Colunista<br />
Cipem<br />
Gabriel Dalla Costa Berger<br />
Depto. de Criação / Graphic Design<br />
Fabiana Tokarski - Supervisão<br />
Crislaine Briatori Ferreira<br />
Gabriela Bogoni<br />
Larissa Purkotte<br />
criacao@revistareferencia.com.br<br />
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Cainan Lucas<br />
Tradução / Translation<br />
John Wood Moore<br />
Depto. Comercial / Sales Departament<br />
Gerson Penkal - Carlos Felde<br />
comercial@revistareferencia.com.br<br />
fone: +55 (41) 3333-1023<br />
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Depto. de Assinaturas / Subscription<br />
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A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente,<br />
dirigida aos produtores e consumidores de bens e serviços em madeira,<br />
instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos governamentais,<br />
ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente<br />
ligados ao segmento de base florestal. A Revista REFERÊNCIA do Setor<br />
Industrial Madeireiro não se responsabiliza por conceitos emitidos em<br />
matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais<br />
de responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação,<br />
armazenamento de banco de dados, sob qualquer forma ou meio, dos<br />
textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista REFERÊNCIA são<br />
terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos<br />
direitos autorais, exceto para fins didáticos.<br />
Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication<br />
directed at the producers and consumers of the good and services of the<br />
lumberz industry, research institutions, university students, governmental<br />
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to the forest based segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself<br />
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without the written authorization of the holders of the authorial rights.<br />
06 www.referenciaflorestal.com.br
CARTAS<br />
A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />
ENTREVISTA<br />
Diretora-executiva da ABPMA, fala sobre o futuro do Mogno Africano no Brasil<br />
VERSATILIDADE QUE<br />
TRAZ RESULTADO<br />
SOLUÇÕES PERSONALIZADAS POTENCIALIZAM<br />
O TRANSPORTE FLORESTAL<br />
Capa da Edição 237 da<br />
Revista REFERÊNCIA FLORESTAL,<br />
mês de fevereiro de 2022<br />
www.referenciaflorestal.com.br<br />
Ano XXIV • N°237 • Fevereiro 2022<br />
VERSATILITY THAT<br />
BRINGS RESULTS<br />
CUSTOM SOLUTIONS BOOSTS THE<br />
FOREST TRANSPORTATION<br />
CAPA<br />
Por Carlos Miguel – Bragança Paulista (SP)<br />
O transporte é uma parte do processo florestal muito importante e precisa<br />
de soluções como essa da Manos para garantir o melhor trabalho.<br />
Parabéns a todos!<br />
ENTREVISTA<br />
Por Eliomar Alves – Cuiabá (MT)<br />
Essas madeiras nobres são incríveis e podem ser um aporte<br />
de sucesso e muito rendimento para nosso país. Espero que<br />
consigam grandes resultados para o Brasil.<br />
Foto: Emanoel Caldeira<br />
LEGISLAÇÃO<br />
Por João Ramos – Lebon Régis (SC)<br />
Isso que precisamos, políticos que colaborem com o nosso país e<br />
vejam a importância de nossas riquezas naturais, para podermos<br />
aproveitá-las da melhor forma.<br />
Foto: divulgacão<br />
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CURTA NOSSA PÁGINA<br />
08 www.referenciaflorestal.com.br<br />
Revista Referência <strong>Florestal</strong><br />
@referenciaflorestal<br />
E-mails, críticas e sugestões podem ser<br />
enviados também para redação<br />
jornalismo@revistareferencia.com.br<br />
Mande sua opinião sobre a Revista REFERÊNCIA FLORESTAL<br />
ou a respeito de reportagem produzida pelo veículo.
A LONG WAY<br />
TOGETHER<br />
FS 216<br />
Por mais difíceis que sejam as suas necessidades, FS 216 é o seu melhor aliado para<br />
todas as operações com autocarregadoras e máquinas de arrasto. Este pneu silvicultura<br />
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possíveis danos em qualquer momento.<br />
FS 216 é a resposta da BKT a todas as exigências, mesmo nas condições operacionais<br />
mais críticas.<br />
Chetan Ghodture<br />
Balkrishna Industries Ltd, India<br />
Email: chetang@bkt-tires.com<br />
Mobile: +917021000031
BASTIDORES<br />
Revista<br />
Foto: REFERÊNCIA<br />
EM AÇÃO<br />
Durante a produção da reportagem de capa desta edição,<br />
a Equipe da REFERÊNCIA pode ver de perto todo o poder<br />
da Trituradora Thor da Watanabe. A demonstração foi<br />
realizada ao lado da fábrica, em Castro (PR).<br />
Foto: REFERÊNCIA<br />
CELULOSE & PAPEL<br />
Também estivemos na sede, em visita para produção da<br />
capa da próxima edição da Revista CELULOSE&PAPEL, que<br />
celebra os 20 anos da Metal Service, empresa que fornece<br />
a linha completa de equipamentos para reciclagem e<br />
produção de papéis tissue, papéis cartão e embalagens.<br />
ALTA<br />
MANEJO PARA O SUCESSO<br />
O manejo florestal sustentável no Mato Grosso<br />
tem um grande viés de crescimento para a próxima<br />
década. Já se coloca como o principal motor<br />
da economia de 44 municípios do norte do Estado,<br />
ocupou 4,7 milhões de ha (hectares) em 2021 e<br />
emprega cerca de 90 mil pessoas. O objetivo é<br />
chegar a 6 milhões de ha manejados até 2030,<br />
avanço que poderá ser acelerado com os retornos<br />
financeiros alcançados com o aumento da demanda<br />
e a valorização dos produtos. Atualmente, são<br />
explorados de 200 mil a 350 mil ha por ano nas<br />
áreas de reserva legal das propriedades privadas<br />
de agropecuaristas. No bioma Amazônia, 80% das<br />
fazendas têm que ser preservadas e 20% podem<br />
ser usadas comercialmente para plantio ou criação<br />
de animais.<br />
MARÇO 2022<br />
EFEITO DA PANDEMIA<br />
Segundo dados do MAPA (Ministério da Agricultura,<br />
Pecuária e Abastecimento), as exportações<br />
de produtos florestais do Mato Grosso do Sul<br />
fecharam o ano de 2021 com valor total de US$<br />
1,508 bilhão. O volume produzido foi de 4,149<br />
milhões de t (toneladas), sendo a celulose majoritariamente<br />
responsável por 98,76% das mercadorias,<br />
seguida por papel e madeira com 1,24%.<br />
Em comparação com 2020, o faturamento com as<br />
comercializações foi 10,8% menor, já que no ano<br />
anterior a soma total foi de US$ 1,691 bilhões. O<br />
volume exportado também teve uma queda de<br />
9,39%, com o total 4,579 milhões de t vendidas<br />
no mesmo período.<br />
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NOTAS<br />
Futuro do Inventário <strong>Florestal</strong><br />
O SFB (Serviço <strong>Florestal</strong> Brasileiro) concluiu<br />
o treinamento de novos instrutores do IFN (Inventário<br />
<strong>Florestal</strong> Nacional). O propósito do SFB<br />
é capacitar servidores para instruir as equipes<br />
de campo que darão continuidade às coletas de<br />
dados biofísicos e socioambientais do IFN, a fim<br />
de implementar o Inventário <strong>Florestal</strong> Nacional no<br />
Brasil. O curso, ministrado por instrutores credenciados<br />
na metodologia do IFN, teve a duração de<br />
uma semana, e contou com os módulos teórico<br />
e prático. O coordenador-geral de Inventário e<br />
Informações Florestais, Humberto Mesquita,<br />
destacou a importância da formação de novos<br />
instrutores para o andamento da implementação<br />
do inventário: “Entraremos em um novo ciclo de<br />
coleta de dados do IFN em diversos biomas. Temos<br />
lotes sendo coletados na Amazônia, e planejamos concluir a coleta no Cerrado e avançar na Mata Atlântica e na Caatinga,<br />
além de iniciar a coleta do Pantanal. A inclusão de novos instrutores é essencial para capacitar as equipes que irão percorrer o<br />
Brasil e coletar os dados diretamente das florestas”. Foram abordadas todas as etapas do levantamento de dados do IFN, como<br />
o planejamento do trabalho em campo, as técnicas adequadas de coleta dos dados biofísicos, o armazenamento e destinação<br />
das amostras coletadas, além dos dados socioambientais, levantados por meio de entrevistas com os moradores das proximidades<br />
das florestas. O diretor Pedro Neto ressalta a necessidade de conhecer as florestas para aprimorar a utilização correta<br />
dos recursos florestais: “Produzir informações sobre as nossas florestas é a melhor forma de valorizá-las, de potencializar o seu<br />
uso, além de subsidiar a formulação de políticas que estimulem a utilização sustentável de seus recursos, permitindo a geração<br />
de oportunidades com a manutenção das florestas em pé”.<br />
Foto: divulgação<br />
Grande feira europeia<br />
Foto: REFERÊNCIA<br />
De 2 a 4 de junho de 2022, a principal feira florestal<br />
do mundo, Elmia Wood, será novamente realizada ao sul<br />
de Jönköping, na Suécia. Expositores e visitantes vêm de<br />
muitas partes da Europa para experimentar o evento, que<br />
se concentrará na silvicultura inovadora e sustentável de<br />
amanhã. A feira deste ano terá um tema europeu com<br />
foco em práticas florestais inovadoras e sustentáveis para<br />
o futuro. A feira é um grande ponto de encontro de produtores<br />
florestais, empresários e funcionários florestais<br />
que encontram-se onde as ideias são desenvolvidas, os<br />
contatos são feitos e os negócios são criados. É uma festa<br />
da indústria de classe mundial totalmente construída na<br />
floresta, onde os visitantes podem ver e testar máquinas<br />
florestais, ferramentas e tecnologia inovadora em seu<br />
ambiente natural. Segundo os organizadores, a feira é um<br />
local cheio de oportunidades, para o contato com novas<br />
tecnologias, adquirir conhecimento de forma sustentável<br />
para proteger o valor da floresta.<br />
12 www.referenciaflorestal.com.br
Árvore genealógica:<br />
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NOTAS<br />
Preservação que dá retorno<br />
O IAT (Instituto Água e Terra) do Paraná disponibiliza<br />
uma nova ferramenta online que permite às prefeituras<br />
simularem os repasses de ICMS do Estado para municípios<br />
que preservarem áreas de vegetação através de UCs<br />
(Unidades de Conservação). O repasse é feito através<br />
do chamado ICMS Ecológico, desenvolvido pelo órgão<br />
ambiental estadual. Em 30 anos, o Estado já repassou<br />
R$ 7 bilhões de recursos do ICMS Ecológico e atualmente<br />
262 municípios são contemplados por preservarem<br />
o meio ambiente. Para Patricia Calderari, gerente de<br />
Biodiversidade do IAT , a ferramenta online é interativa<br />
e apresenta cenários de arrecadação municipal em<br />
resposta aos dados das unidades de conservação em<br />
fase de planejamento. “Muitos municípios não sabem os<br />
valores que podem receber pelas unidades de conservação<br />
e nosso objetivo é apresentar essas informações<br />
de forma simples e interativa, subsidiando as ações das<br />
prefeitras pela proteção da natureza”, afirma Patricia. No<br />
simulador de repasses, basta preencher os dados sobre a<br />
categoria da área protegida e seu tamanho em hectares. São mostrados três resultados da simulação, com valores mínimo,<br />
médio e máximo ao ano. “Os valores são mensurados pelas Tábuas de Avaliação, por isso, o IAT se coloca à disposição para<br />
esclarecer qualquer dúvida das administrações municipais”, completa Patricia.<br />
Foto: divulgação<br />
Parceira Federal<br />
Foto: divulgação<br />
O IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos<br />
Naturais Renováveis) e a UFPR (Universidade Federal<br />
do Paraná) assinaram, um Protocolo de Intenções para orientar<br />
e fortalecer o desenho e a execução de políticas públicas<br />
de conservação ambiental e desenvolvimento sustentável<br />
no estado do Paraná. O documento confirma a formação de<br />
um grupo de trabalho, onde haverá a definição das linhas de<br />
ação e das áreas de cooperação e intercâmbio de conhecimento<br />
entre as instituições. Por meio desse acordo, ambas<br />
instituições poderão contribuir para o aperfeiçoamento das<br />
funções de suas áreas-fim. O Protocolo foi assinado pelo reitor<br />
da UFPR, Ricardo Marcelo Fonseca, e pelo superintendente<br />
do Ibama no Paraná, Luiz Antonio Corrêa Lucchesi - que,<br />
na ocasião, representou o presidente do instituto.<br />
14 www.referenciaflorestal.com.br
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, Marcas registradas da Dow AgroSciences, DuPont ou Pioneer e de suas<br />
companhias afiliadas ou de seus respectivos proprietários. ©2020 CORTEVA
NOTAS<br />
Tecnologia contra o desmatamento<br />
Foto: divulgação<br />
Made in Brazil<br />
Lançado pelo governo de Santa Catarina através do IMA (Instituto<br />
do Meio Ambiente) o SIMAD (Sistema Integrado de Monitoramento<br />
e Alertas de Desmatamento) já está atuando de forma<br />
efetiva contra crimes ambientais em Santa Catarina. Recentemente<br />
foi realizada pelo IMA, em conjunto com a Polícia Militar Ambiental,<br />
a primeira operação de combate ao desmatamento com base<br />
nos alertas oriundos do SIMAD. A ação ocorreu em 6 áreas dos<br />
municípios de Angelina, Águas Mornas e São Bonifácio, onde a supressão<br />
de vegetação alertada pelo sistema pode ser identificada.<br />
O presidente do IMA, Daniel Vinicius Netto, enfatiza que a fiscalização<br />
realizada de forma totalmente orientada pelo sistema de<br />
geoprocessamento foi um marco histórico para o IMA. “O sistema<br />
traz mais celeridade na repressão de crimes ambientais e também<br />
permite ao IMA mais autonomia para disparar os alertas a outros<br />
órgãos de fiscalização e reduzir cada vez mais os desmatamentos<br />
ilegais em Santa Catarina”, pontuou Daniel. Já Fábio Castagna da<br />
Silva, diretor de Engenharia e Qualidade Ambiental, explica a importância<br />
da ferramenta no combate aos crimes de desmatamento<br />
ilegal no estado. “O SIMAD foi desenvolvido para atender as necessidades<br />
específicas dos órgãos de fiscalização em Santa Catarina,<br />
reduzindo deslocamentos desnecessários em função de imprecisão<br />
de informações“, descreveu Fábio.<br />
O governo dos EUA (Estados Unidos da América) e o MMA (Ministério<br />
do Meio Ambiente) assinaram, um memorando de entendimento<br />
para o desenvolvimento de soluções de combate à queima<br />
descontrolada em ambientes tropicais brasileiros. Randy Moore,<br />
chefe do Serviço <strong>Florestal</strong> dos EUA, e Joaquim Leite, ministro do<br />
Meio Ambiente, assinaram o memorando. O encarregado de Negócios<br />
da Embaixada e Consulados dos EUA, Douglas Koneff, e o diretor<br />
da USAID no Brasil, Ted Gehr, participaram da cerimônia de assinatura.<br />
Douglas Koneff, comenta que o Ministério do Meio Ambiente<br />
é um parceiro sólido e de longa data, e valorizamos muito nossos<br />
esforços conjuntos nesta área. “Esse memorando ajudará a equipar<br />
e trazer capacidades e tecnologia adicionais para equipes técnicas,<br />
tornando ambas as organizações mais preparadas para realizar ações<br />
de comando e controle na prevenção e gerenciamento de incêndios<br />
florestais”, afirmou Douglas. O memorando apoiará o desenvolvimento<br />
e a aplicação da tecnologia da informação para rastreamento<br />
e gerenciamento de incêndios florestais, além de proporcionar treinamento,<br />
compartilhamento de experiência e conhecimento entre<br />
uma nova geração de cientistas e tecnólogos brasileiros e norte-americanos.<br />
Foto: divulgação<br />
16 www.referenciaflorestal.com.br
NOTAS<br />
Foco certo<br />
Ao comentar o lançamento de um novo eixo do<br />
Programa Floresta +, o ministro do Meio Ambiente,<br />
Joaquim Leite, defendeu que, quando o assunto é<br />
preservação, é preciso tirar o foco apenas das árvores<br />
e colocá-lo em quem cuida das árvores. “É esta a<br />
solução: remunerar quem cuida de floresta”, disse Joaquim.<br />
A proposta da pasta, de acordo com o ministro,<br />
é o pagamento por prestação de serviços ambientais<br />
de quem preserva o meio ambiente. “Temos que criar<br />
o fazendeiro de floresta nativa. Aquele que vai ser remunerado,<br />
bem remunerado, pela atividade de cuidar<br />
de floresta”, reforçou. Leite lembrou que, no caso de<br />
reservas legais e APPs (áreas de preservação permanente),<br />
o Código <strong>Florestal</strong> Brasileiro já prevê benefícios<br />
para quem cuida do meio ambiente. A ideia é expandir<br />
isso para áreas de floresta nativa, onde é possível fazer<br />
o manejo de baixo impacto e garantir a preservação da<br />
biodiversidade.<br />
Foto: divulgação<br />
Florestas mais seguras<br />
Foto: divulgação<br />
O INPE/DETER (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais)<br />
aponta uma redução de 22% nos alertas de desmatamento<br />
em Mato Grosso no último semestre, entre agosto de 2021 e<br />
janeiro de 2022. A comparação é feita com o mesmo período<br />
do ano anterior, com base nos dados preliminares de imagens<br />
de satélite. Já em comparação com o período apuratório<br />
de agosto de 2019 a janeiro de 2020, a redução é de 47%.<br />
Se for mantida esta tendência, aliada aos investimentos e<br />
esforços de combate aos crimes ambientais, esta será uma<br />
das maiores reduções do Estado, avalia o secretário Executivo<br />
da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Alex Marega.<br />
“No mês de dezembro, o desmatamento esteve muito abaixo<br />
da média histórica, na ordem de 10 km². Identificamos que<br />
como no período de chuvas há muitas nuvens, isso atrapalha<br />
a detecção do desmatamento por imagens de satélite, por<br />
isso, o desmatamento de dezembro e de outros meses podem<br />
ser demonstrados nos dados de janeiro”, esclarece Alex.<br />
Os alertas de desmatamento dos últimos seis meses somam<br />
517 km², e no mesmo período do ano anterior, 669km². O<br />
mês de janeiro fechou com alertas de mudança de vegetação<br />
de 146,52 km², de acordo com o dado do DETER, disponível<br />
na Plataforma TerraBrasilis.<br />
18 www.referenciaflorestal.com.br
otaryax<br />
rotaryaxoficial
NOTAS<br />
Foto: divulgação<br />
Investimento alto<br />
O MMA (Ministério do Meio Ambiente) foi responsável pela<br />
gestão de mais de R$ 767 milhões em 2021. O total equivale a<br />
98,5% do orçamento previsto para o ano destinado à pasta e às<br />
suas autarquias, que incluem IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio<br />
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), ICMBio (Instituto<br />
Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) e JBRJ (Jardim<br />
Botânico do Rio de Janeiro), de acordo com informações divulgadas<br />
pelo ministério. Conforme o ministro Joaquim Leite, a maior<br />
parte do valor foi aplicada em tecnologia. “O Ministério do Meio<br />
Ambiente recebeu uma verba suplementar de R$ 270 milhões<br />
em julho e nós conseguimos aplicar isso em inovação de sistema<br />
de informática, trazendo ferramentas de gestão para dentro do<br />
ministério”, destacou Joaquim. IBAMA e ICMBio foram equipados<br />
com câmeras de ação, laptops, viaturas, helicópteros, embarcações,<br />
drones, caminhões-bombeiros e outros bens.<br />
Brigada nacional<br />
A brigada de pronto emprego se apresentou oficialmente<br />
em Brasília (DF). A contratação de novos brigadistas faz parte<br />
de uma ação conjunta do MMA (Ministério do Meio Ambiente),<br />
do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação<br />
da Biodiversidade) para prevenção e combate a incêndios. A<br />
brigada Wellington Peres, nomeada em memória do servidor<br />
do ICMBio, contempla 100 brigadistas, divididos em 14<br />
esquadrões. A brigada estará à disposição para atendimentos<br />
em UCs (Unidades de Conservação) de todo o país, preparada<br />
para atuar em todos os biomas. Na época de incêndios,<br />
o ICMBio precisa deslocar brigadistas entre as unidades de<br />
conservação, sem desguarnecer as unidades de conservação de<br />
origem, sem contar o acionamento de outros parceiros como o<br />
Ibama/PrevFogo e as corporações de bombeiros militares. Esta<br />
iniciativa integra a logística operacional do ICMBio e MMA para<br />
fortalecer a prevenção e combate aos incêndios. Além dos cem<br />
brigadistas nacionais, o ICMBio está em processo de finalização<br />
da contratação de 1,5 mil brigadistas para atuar nas UCs, além<br />
da aquisição e modernização de viaturas e equipamentos de<br />
proteção individual, bem como o aprimoramento técnico dos<br />
brigadistas já contratados e dos especialistas de fogo do órgão.<br />
Foto: divulgação<br />
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inovação – o que resulta em melhoria dos<br />
processos, aperfeiçoamento e desenvolvimento<br />
de novos produtos para suprir as necessidades<br />
do mercado de Biomassa, <strong>Florestal</strong> e Madeireiro.<br />
<br />
<br />
<br />
SERRAS E FACAS INDUSTRIAIS
COLUNA<br />
O jornalismo da<br />
desinformação<br />
A íntima relação entre o<br />
clickbait e a atividade<br />
madeireira<br />
Contudo, ao<br />
ler a matéria<br />
em questão é<br />
possível perceber<br />
que o conteúdo<br />
não atendeu a<br />
polêmica trazida<br />
pelo título<br />
Provavelmente a maioria dos nossos leitores já ouviu falar sobre o termo<br />
clickbait. E aqueles que desconhecem esta palavra, após ler sobre seu<br />
significado, com certeza recordarão de vários momentos em que já foram<br />
fisgados por esse tipo de chamada apelativa utilizada em alguns conteúdos<br />
divulgados na internet.<br />
Exemplificando, você já deve ter visto alguma notícia com um título bastante chamativo<br />
e até mesmo sensacionalista, e depois percebeu que seu conteúdo não era tão<br />
polêmico assim. Isto é clickbait. Em resumo, é uma tática antiética usada na internet<br />
para aumentar o tráfego online em um determinado site, também chamado de caça-clique,<br />
pois o leitor é atraído por um título alarmante utilizado como isca.<br />
Infelizmente os clickbaits estão presentes até mesmo em páginas de jornais, principalmente<br />
quando se tratam de assuntos que estão em alta, ou que tenham maior<br />
relevância para grande parte da população, como é o caso do meio ambiente, e mais<br />
especificamente, da atividade madeireira na floresta Amazônica.<br />
Frequentemente nos deparamos com matérias deturpadas e que prestam um desserviço<br />
à sociedade, maculando a reputação de um importante setor, que é o maior<br />
responsável pela conservação das florestas, graças ao manejo florestal sustentável.<br />
Um exemplo recente desta prática é a matéria publicada no site Folhamax.com, no<br />
dia 10 de fevereiro de 2022, intitulada “Ibama vai ‘afrouxar’ embargo contra madeireiras<br />
em MT”. É claro que ao se deparar com esse título, muitas pessoas ficaram alarmadas,<br />
pois se trata de um tema sensível envolvendo o meio ambiente, e sendo abordado<br />
de forma bastante polêmica. Afinal, como é que um órgão responsável pelo monitoramento<br />
de indústrias madeireiras pretende afrouxar algo relacionado ao exercício de sua<br />
função?<br />
Contudo, ao ler a matéria em questão é possível perceber que o conteúdo não<br />
atendeu a polêmica trazida pelo título, e vamos explicar em seguida. Porém, o objetivo<br />
principal da matéria já foi atingido, pois até que se entenda do que se trata o conteúdo,<br />
o site já atraiu cliques incontáveis, atingindo a audiência desejada.<br />
Vale ressaltar que esta audiência não se traduz em satisfação, pois plataformas<br />
que agem dessa forma acabam perdendo sua credibilidade, afugentando visitantes<br />
e eventuais investidores e anunciantes. Isso sem falar dos possíveis estragos gerados<br />
por aquele grupo de pessoas que repassa as notícias sem ler o conteúdo, baseando-se<br />
somente nos títulos sensacionalistas para reverberar suas crenças e objetivos pessoais<br />
contra determinados nichos.<br />
Retornando para o conteúdo da matéria supracitada, tendo em vista que um dos<br />
principais compromissos do CIPEM, como entidade representativa do Setor de Base<br />
<strong>Florestal</strong> organizado de Mato Grosso, é de desmistificar a imagem da produção madeireira,<br />
baseada em fatos e dados concretos, explicaremos abaixo do que se tratou a<br />
agenda referente aos embargos de madeireiras realizados pelo Ibama em Mato Grosso.<br />
Durante a 3ª Fase da Operação Maravalha, o Ibama efetuou o embargo de dezenas<br />
de indústrias madeireiras com suspeita de movimentações fraudulentas de créditos virtuais<br />
de madeira. Entretanto, juntamente com os empreendimentos apontados como<br />
fantasmas ou que comercializaram créditos ilegalmente, empresas idôneas que comercializaram<br />
poucas cargas de madeira ou que comercializaram apenas resíduos gerados<br />
no processo de produção florestal foram incluídas nesse mesmo rol, sendo também<br />
bloqueadas.<br />
Com a operação, mais de 200 empreendimentos em todo território brasileiro foram<br />
bloqueados sincronicamente e assim permanecem há praticamente 60 dias. Dentre<br />
eles, estão as empresas corretas injustamente bloqueadas, desde a véspera do encerramento<br />
do exercício de 2021, sendo que muitas destas estavam com cargas de madeira<br />
destinadas exclusivamente para efetuar o pagamento de folhas de salário, 13º salário e<br />
férias de seus colaboradores, além dos compromissos habituais com fornecedores.<br />
https://cipem.org.br<br />
22 www.referenciaflorestal.com.br<br />
Esta é uma versão parcial do texto. O conteúdo completo pode ser acessado através do<br />
link: https://cipem.org.br/a-intima-relacao-entre-o-clickbait-e-a-atividade-madeireira-o-<br />
-jornalismo-da-desinformacao/
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Foto: Palácio do Planalto on VisualHunt<br />
Preservamos 63% do nosso<br />
território. E não se encontra<br />
isso em praticamente nenhum<br />
outro país do mundo. Nós nos<br />
preocupamos até mesmo com o<br />
reflorestamento, coisa que não<br />
vejo nos países da Europa como<br />
um todo. Então, essa informação,<br />
essa desinformação passa para<br />
o lado de um ataque à nossa<br />
economia que vem obviamente em<br />
grande parte do agronegócio<br />
Presidente do Brasil, Jair Messias<br />
Bolsonaro, durante visita a Hungria<br />
“As RPPNs (Reservas<br />
Particulares do Patrimônio<br />
Natural) são importantes<br />
instrumentos de conservação<br />
da natureza. São locais que<br />
preservam a biodiversidade<br />
como um todo, cuidando da<br />
fauna e da flora existente no<br />
Estado”<br />
Márcio Nunes, secretário do Desenvolvimento<br />
Sustentável e do Turismo do Paraná sobre a<br />
criação de uma nova serva natural no Estado<br />
“Seremos o grande<br />
protagonista desse<br />
mercado (de carbono), com<br />
praticamente 20 a 25%<br />
das exportações ou das<br />
transações”<br />
Ministro Joaquim Leite, em entrevista ao<br />
programa: Em Pauta, da EBC<br />
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ENTREVISTA<br />
Foto: divulgação<br />
Nova<br />
LIDERANÇA<br />
New leadership<br />
ENTREVISTA<br />
A<br />
APRE (Associação Paranaense de Empresas de<br />
Base <strong>Florestal</strong>) é uma das mais tradicionais do<br />
país, atuando há mais de 50 anos para o fortalecimento<br />
das empresas florestais do Estado. No<br />
biênio 2022-23 quem assume a presidência da associação é<br />
Zaid Ahmad Nasser, empresário com 15 anos de experiência<br />
no mercado florestal que comenta os desafios e metas para a<br />
sua gestão.<br />
Zaid Ahmad<br />
Nasser<br />
T<br />
he State of Paraná Association of Forest-Based<br />
Companies (APRE) is one of the most traditional<br />
in the Country, working for more than 50 years to<br />
strengthen the State’s forest-based companies. In<br />
the biennium 2022-23, who assumes the Association’s presidency<br />
is Zaid Ahmad Nasser, a businessman with 15 years of experience<br />
in the forest market who comments on the challenges<br />
and goals for his management.<br />
FORMAÇÃO/ ACTIVITY:<br />
Zaid é formado pela UFPR (Universidade Federal do Paraná);<br />
pós-graduado em Engenharia e Segurança do Trabalho e<br />
Engenharia de Logística; e possui MBA em Gestão Estratégica<br />
de Empresas pela FGV (Fundação Getúlio Vargas)<br />
Zaid Ahmad Nasser graduated from the Federal University of<br />
Paraná (UFPR), with postgraduate studies in Engineering and<br />
Work Safety and Logistics Engineering, and holds an MBA<br />
in Strategic Business Management from Fundação Getúlio<br />
Vargas (FGV)<br />
26 www.referenciaflorestal.com.br
Todos precisam saber<br />
da importância do setor<br />
florestal para a sociedade<br />
>> Como foi a sua caminhada até a presidência da associação?<br />
Venho atuando como diretor da The Forest Company e<br />
isso fez com que eu conquistasse mais espaço para discussões<br />
relacionadas ao mercado florestal. Desde 2018<br />
atuei de maneira mais efetiva e presencial dentro das<br />
reuniões da APRE. Esse empenho focado na melhoria da<br />
comunicação e nas discussões para desenvolvimento do<br />
setor abriu as portas para esse novo desafio. Por isso os<br />
associados me confiaram a oportunidade de assumir a<br />
presidência da APRE. Para mim foi, sem dúvida nenhuma,<br />
uma surpresa e é também uma responsabilidade<br />
representar uma associação que tem mais de cinquenta<br />
anos de atuação dentro do nosso setor, representa<br />
quarenta e cinco empresas e busca sempre melhorar<br />
resultados.<br />
>> Quais os maiores desafios para o próximo biênio?<br />
Além de grandes, são muitos os desafios. Principalmente<br />
relacionados às questões mais impactantes para o nosso<br />
setor. Posso citar algumas delas, como as questões relacionadas<br />
a autorizações, de licenças, a parte tributária,<br />
onde, por exemplo, temos hoje uma demanda urgente<br />
relacionada ao ITR (Imposto Territorial Rural) que vem<br />
impactando muito as empresas florestais. Vejo também<br />
que precisamos continuar a melhorar o relacionamento<br />
entre os associados, como já era feito na gestão anterior,<br />
pelo ex-presidente Álvaro Scheffer. E, principalmente,<br />
mostrar pra comunidade não florestal o quão impactada<br />
ela é pelo nosso setor no seu dia a dia. É preciso que a<br />
comunidade consiga ver o impacto diário que o setor<br />
oferece.<br />
>> Sua experiência em gestão é um trunfo na administração<br />
da associação?<br />
Sem dúvida. Justamente esse formato de gestão, que venho<br />
atuando no últimos anos, para que eu criasse esse<br />
contato com outras empresas, abrisse oportunidades<br />
de discussões e intermediação de dúvidas e demandas<br />
entre diversas empresas ligadas ao nosso setor. Isso<br />
vai agregar muito na gestão e na administração da associação.<br />
Temos hoje um corpo técnico extremamente<br />
compete e sempre trabalhamos em conjunto, sempre<br />
discutimos assuntos relacionados ao setor de forma<br />
constante.<br />
What was your path to the presidency of the Association?<br />
I was the manager of The Forest Company do Brasil<br />
Participações Ltda. and this has given me space for<br />
discussions related to the forest product markets.<br />
Furthermore, since 2018, I have been very active in<br />
attending APRE meetings in person. This commitment<br />
focused on improving communication and<br />
discussions for the Sector’s development and opened<br />
the door to this new challenge. That is why the members<br />
entrusted me with the opportunity to assume<br />
the presidency of APRE. It was undoubtedly a surprise,<br />
and it is also a responsibility to represent an<br />
association with more than fifty years of experience<br />
within our Sector, representing forty-five companies<br />
and always seeking to improve results.<br />
What are the biggest challenges for this biennium?<br />
There are many small challenges in addition to the<br />
large challenges. But the most important ones are<br />
mainly related to the issues which have a significant<br />
impact on our Sector. I mention some of them, such<br />
as those related to permits, licenses, and taxes.<br />
Under this latter, for example, there is an urgent<br />
topic related to the Rural Territorial Tax (ITR), which<br />
significantly impacts forest companies. I also see<br />
the need to continue to improve the relationship<br />
between members, as was already being done in the<br />
previous administration under former APRE President<br />
Álvaro Scheffer. And above all, we need to show<br />
the non-forest community how our industry impacts<br />
it in its day-to-day life. The community needs to be<br />
able to see the daily impacts of what the industry<br />
offers.<br />
Is your management experience an asset in the<br />
administration of the Association?<br />
Undoubtedly. With this management format, which<br />
I have been working within recent years, I can create<br />
contacts with other companies and develop opportunities<br />
for discussions and intermediation of doubts<br />
and demands between various companies linked to<br />
our Sector. This adds a lot to the management and<br />
administration of the Association. Today, we have an<br />
extremely competent technical staff, and we always<br />
work together and constantly discuss issues related<br />
to the Sector.<br />
What are the plans to improve the Association’s<br />
communication about the Forest-Based Sector?<br />
If we look at how communication was carried out<br />
over the last ten years, not only within our association<br />
but also within the market, it was completely<br />
different from what we are doing today. We will<br />
continue and increase communication through social<br />
networks for this next biennium to leave our bubble<br />
Março 2022<br />
27
ENTREVISTA<br />
>> O que a APRE tem feito para melhorar a comunicação<br />
da associação sobre o setor florestal?<br />
Se olharmos nos últimos 10 anos como a comunicação<br />
era feita, não somente dentro da nossa associação, mas<br />
um mercado como um todo, era totalmente diferente<br />
do que nós estamos vivendo hoje. Para esse próximo<br />
biênio nós vamos continuar e aumentar a comunicação<br />
por redes sociais, para atingir um público que fure a<br />
nossa bolha. É necessário que o público geral conheça<br />
nosso trabalho, para que eles entendam o que e como<br />
fazemos. Todos precisam saber da importância do setor<br />
florestal para a sociedade.<br />
>> Quais são os planos para ampliar o número de associados?<br />
Nos últimos anos vem crescendo o número de associado<br />
e hoje totalizamos quarenta e cinco empresas no<br />
guarda-chuva da APRE. E o mais importante, associados<br />
participativos. Em uma reunião recente tivemos presença<br />
de mais de 80% dos nossos associados. Buscamos<br />
agregar e solucionar demandas que podem ser comuns<br />
e muitas vezes não conseguem ser sanadas dentro de<br />
um de nossos associados, mas com o trabalho conjunto<br />
encontramos a solução. Reforço que isso já era feito na<br />
gestão anterior e manteremos esforços para melhorar<br />
ainda mais essa interação. Acredito que esse próximo biênio<br />
será um período forte para novas associações, que<br />
fortalecerão ainda mais o setor. Além do que já disse,<br />
para os associados, a APRE é uma porta de oportunidades<br />
para resolução de dúvidas e novos negócios. Temos<br />
parcerias com instituições como a EMBRAPA Florestas<br />
(Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) para o<br />
desenvolvimento de pesquisas e trabalhos acadêmicos<br />
que potencializam o trabalho do nosso setor. A APRE<br />
agiliza processos e busca sempre mostrar para seus associados<br />
quais os melhores caminhos para seguir e que<br />
decisões tomar baseado no trabalho sério que colabore<br />
com todos.<br />
>> Como sua gestão irá trabalhar em relação a investimentos<br />
na área de ciência e tecnologia?<br />
Acredito que ciência e tecnologia são importantes para a<br />
sociedade como um todo e não é diferente para a APRE.<br />
As inovações tecnológicas abrem possibilidades de melhoria<br />
de resultados para os produtores, fortalecendo o<br />
setor. Por exemplo, junto com a ACR (Associação Catarinense<br />
de Empresas <strong>Florestal</strong>) e AGEFLOR (Associação<br />
Gaúcha de Empresas Florestais) a APRE participa com<br />
suporte financeiro do FUNCEMA (Fundo Nacional de<br />
Controle da Vespa-Madeira). Nesse programa temos treze<br />
instituições colaborando com o trabalho realizado. No<br />
PCMP (Programa Cooperativo de Melhoramento de Pínus),<br />
desenvolvido junto à EMBRAPA Florestas nós também<br />
temos participação, pois ele impacta praticamente<br />
todas as reflorestadoras do Estado. Além disso, mante-<br />
and reach a more general audience. The general<br />
public must know about our work to understand<br />
what we do, and how. Everyone needs to know the<br />
importance of the Forest-Based Sector to society.<br />
What are the plans to increase the number of members?<br />
And what are the advantages for members?<br />
In recent years, the number of members has been<br />
growing and, today, we have a total of forty-five<br />
companies under the APRE umbrella. And most<br />
importantly, they are participative members. At a<br />
recent meeting, more than 80% of our members<br />
attended. We seek to aggregate and solve demands<br />
by our members that may be common and often<br />
fail to be met by a member alone, but it can be<br />
with the joint action that we find the solution. I<br />
must reinforce that previous management already<br />
carried out this, and we will keep up the efforts<br />
to further improve this interaction. I believe that<br />
this next biennium will be a very fruitful period for<br />
new members and further strengthen the Sector. In<br />
addition to what I said above, for members, APRE is<br />
a gateway to opportunities for problem-solving and<br />
new business. We have established relationships<br />
with institutions such as the Brazilian Agricultural<br />
Research Company - Forests (EMBRAPA) to develop<br />
research and academic work that enhance the<br />
work of our Sector. APRE streamlines processes and<br />
always seeks to show its members the best methods<br />
to use and take decisions based on serious work that<br />
collaborates with everyone.<br />
How will your management work about investments<br />
in science and technology?<br />
I believe science and technology are essential to all<br />
of society, and it is no different for APRE. Technological<br />
innovations open up possibilities for improving<br />
results for producers, strengthening the Sector. For<br />
example, together with the State of Santa Catarina<br />
Association of Forest-Based Companies (ACR) and<br />
the State of Rio Grande do Sul Association of Forest-Based<br />
Companies (AGEFLOR), APRE participates<br />
with financial support from the National Wood Wasp<br />
Control Fund (FUNCEMA). For this year’s program,<br />
we have thirteen institutions collaborating with the<br />
work being done. We also participate in the Cooperative<br />
Program for Pine Improvement (PCMP), carried<br />
out with EMBRAPA Florestas, because it impacts all<br />
state reforestations. In addition, we keep in touch<br />
with the universities and count on an excellent faculty<br />
at the Federal University of Paraná (UFPR) when<br />
the subject is forest engineering.<br />
How will APRE expand Forest Management in the<br />
State?<br />
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e das projeções financeiras futuras.<br />
GESTÃO OPERACIONAL:<br />
Orientando o produtor na organização das<br />
operações florestais e na alocação dos recursos.<br />
Pedro Francio Filho @pedrofranciofilho +55 (43) 9 9912-3931<br />
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ENTREVISTA<br />
mos contato com a universidade e contamos com um<br />
corpo docente excelente na UFPR (Universidade Federal<br />
do Paraná) quando o assunto é engenharia florestal.<br />
>> Como a APRE fará pra expandir o manejo florestal<br />
no Paraná?<br />
Esse é um assunto muito importante e precisa receber<br />
cada dia mais atenção. Quando falamos em floresta<br />
plantada, precisamos enxergar o todo que engloba a<br />
atividade. Por exemplo, para cada hectare de reflorestamento,<br />
temos quase sempre pelo menos um ou mais<br />
hectares de preservação sob a responsabilidade de nossos<br />
associados. Nesse sentido, que buscamos também<br />
apresentar como o trabalho de preservação faz bem<br />
para a comunidade próxima a nossa atividade. Uma operação<br />
florestal abre estradas, leva eletricidade, emprego<br />
e qualidade de vida para várias localidades que estariam<br />
quase isoladas sem o florestal. O que queremos é mostrar<br />
a possibilidade de gerar conforto ambiental e social<br />
para as comunidades, explorando de maneira saudável<br />
uma área que já é preservada e protegida. Podemos<br />
assim, levar os investimentos necessários de tecnologia<br />
e conhecimento para que a comunidade que já está nessas<br />
áreas possa usufruir dos bens da floresta.<br />
>> A APRE trabalha com ênfase em relação ao código<br />
florestal e cumprimento da legislação. Como sua gestão<br />
irá abordar essas questões?<br />
Continuaremos mantendo as discussões para melhoria<br />
de técnicas de plantio e exploração, para minimizar impactos<br />
relacionados à nossa atividade e encontrar um<br />
ponto de benefício mútuo para todas as partes. Precisamos<br />
discutir e trazer uma nova visão sobre a legislação<br />
florestal. O entendimento que há vinte ou trinta anos<br />
atrás fazia sentido é muito diferente do que vemos hoje.<br />
Precisamos mostrar o quanto o desenvolvimento de<br />
projetos florestais podem ser benéficos, econômicos e<br />
sociais para as comunidades próximas a esses projetos.<br />
A sociedade civil se beneficia conjuntamente ao nosso<br />
trabalho. Então esse olhar mais atual pra legislação,<br />
como é discutido por nossos pares dentro da associação<br />
precisa ser levado para fora da APRE, reforçando a importância<br />
da comunicação para quem não é do meio.<br />
>> Qual sua visão em relação a exportação de madeira<br />
no Paraná?<br />
Estamos em viés de crescimento e tem ainda mais<br />
espaço para crescer. Tivemos um grande aumento de<br />
demanda de alguns setores nos últimos dois anos e no<br />
mesmo período quem não cresceu, se estabilizou, demonstrando<br />
a força do setor. O Paraná é um dos Estados<br />
que possui a maior diversidade de produtos florestais do<br />
país, considerando toda a cadeia florestal como madeira<br />
serrada, painéis, celulose, papel, fármacos e afins. O<br />
setor florestal do Estado é um forte parceiro de outras<br />
This is a crucial subject and needs to receive more<br />
attention every day. When we talk about the planted<br />
forest, we need to see the whole that encompasses<br />
the activity. For example, for each hectare of reforestation<br />
under the responsibility of our members,<br />
there is almost always at least one hectare, or more,<br />
of forest preservation. In this sense, we also seek to<br />
present that the preservation work is good for the<br />
community nearby our activity. A forest operation<br />
opens roads, brings in electricity, creates employment,<br />
and improves the quality of life to the various<br />
localities that almost always would continue being<br />
isolated without the forest. We want and show the<br />
possibility of generating environmental and social<br />
comfort for communities, exploring an area that is<br />
already preserved and protected healthily. Thus, we<br />
can make the necessary investments of technology<br />
and knowledge so that the community in these areas<br />
can take advantage of the forest’s assets.<br />
APRE works on emphasizing the Forest Code and<br />
complying with legislation. How will your management<br />
deal with these issues?<br />
NASSER: We continue holding discussions to improve<br />
planting and harvesting techniques, minimize impacts<br />
related to our activity, and find a mutual benefit<br />
point for all parties. We need to discuss and bring<br />
a new vision on forest legislation. The understanding<br />
that what was legislated 20 or 30 years ago made<br />
Seja na madeira<br />
serrada ou no mercado<br />
de papel e celulose,<br />
faremos nossa parte<br />
para colaborar com a<br />
economia e a proteção<br />
do meio ambiente<br />
30 www.referenciaflorestal.com.br
ENTREVISTA<br />
grandes bases indústrias que precisam dos insumos<br />
que nós produzimos. Dentro deste panorama, queremos<br />
continuar como líderes de exportação de madeira<br />
serrada e trabalhar para expandir em outros produtos.<br />
O Paraná representa em torno de 16% do florestal do<br />
país e por isso nos esforçaremos para nos mantermos<br />
competitivos e vemos com bons olhos o futuro do setor,<br />
justamente pelos fortes investimentos que estamos fazendo<br />
para o aumento da cadeia produtiva florestal que<br />
gera estabilidade por um longo prazo. A crescente da<br />
indústria irá necessitar de produção de matéria-prima<br />
por mais dez, doze ou quinze anos e temos capacidade<br />
para atender essas demandas. Seja na madeira serrada<br />
ou no mercado de papel e celulose, faremos nossa parte<br />
para colaborar com a economia e a proteção do meio<br />
ambiente.<br />
>> Quais os pontos mais importantes para o fortalecimento<br />
do setor de base florestal no Estado?<br />
Existem alguns pontos chave que são importantes frisar.<br />
Novamente citando, é preciso ampliar a comunicação<br />
do setor madeireiro e florestal dentro da sociedade.<br />
Precisamos tirar esse peso que há sobre o setor de<br />
que reflorestadoras são empresas que atacam reservas<br />
legais ou coisas do gênero, pois essa não é a realidade.<br />
Demonstrar também o impacto que nosso setor tem no<br />
cotidiano, por exemplo com embalagens de papel que<br />
estão substituindo as de plástico. Mostrar também a importância<br />
do desembaraço de questões tributárias que<br />
desonerem a folha do nosso setor. Isso restringe a possibilidade<br />
de novos investimentos e ampliação de plantas<br />
produtivas. É importante sempre ressaltar que florestas<br />
plantadas são florestas criadas para fins comerciais que<br />
gerem benefício para toda a sociedade.<br />
Uma operação florestal<br />
abre estradas, leva<br />
eletricidade, emprego e<br />
qualidade de vida para<br />
várias localidades que<br />
estariam quase isoladas<br />
sem o florestal<br />
sense, but what we see today is very different. We<br />
need to show how much the development of forest<br />
projects can be beneficial economically and socially<br />
for the communities nearby these projects. Civil society<br />
benefits from our work. So, as discussed by our<br />
peers within the Association, a more contemporary<br />
look at legislation needs to be a priority for t APRE,<br />
reinforcing the importance of communication with<br />
those not in the business.<br />
What is your view regarding timber exports from<br />
the State of Paraná?<br />
We have growth bias and have much more room<br />
to grow. We had a significant increase in demand<br />
from some segments in the last two years and, in<br />
the same period, those who did not grow stabilized,<br />
demonstrating the strength of the Sector. Paraná is<br />
one of the states that produce the most significant<br />
diversity of forest products in the Country, considering<br />
the entire forest chain: lumber, wood panels,<br />
pulp, paper, pharmaceuticals, and such. The State’s<br />
Forest-Based Sector has a strong relationship with<br />
other large industrial bases that need the inputs for<br />
their productive activities. Within this venue, we<br />
want to continue as lumber export leaders and work<br />
to expand on other products. Our State represents<br />
around 16% of the Country’s forest-based operations.<br />
So, we strive to remain competitive and look to<br />
the Sector’s future precisely because of the significant<br />
investments to increase the forest production<br />
chain that generates stability for the long term.<br />
The growing Industrial Sector needs raw material<br />
production and, for another ten, twelve, or fifteen<br />
years, we have the capacity to meet these demands.<br />
Whether in the lumber or pulp and paper market, we<br />
will do our part to collaborate with the economy and<br />
environmental protection.<br />
What do you consider are the most critical points<br />
for strengthening the Forest-Based Sector in the<br />
State?<br />
It is essential to emphasize some key points. It is necessary<br />
to expand the communication within society<br />
about the Forest-Based Sector. We need to show the<br />
vital role the Sector plays where reforestation companies<br />
are considered companies that destroy legal<br />
reserves and similar things, which is not the reality.<br />
Also, we need to demonstrate the impact that our<br />
Sector has on everyday life, such as paper packaging<br />
replacing plastic. Also show the importance of tax<br />
issues that exonerate our Sector’s payroll, which<br />
has restricted the possibility of new investments<br />
and expansion of production factories. Finally, it is<br />
always important to emphasize that planted forests<br />
are forests for commercial purposes that generate<br />
benefit for the whole society.<br />
32 www.referenciaflorestal.com.br
COLUNA<br />
A nova NR31 e as<br />
condições de trabalho<br />
no meio rural<br />
Gabriel Dalla Costa Berger<br />
Eng. <strong>Florestal</strong> e Seg. do Trabalho<br />
Ms. em Manejo <strong>Florestal</strong><br />
gabrielberger.com.br<br />
gabriel@gabrielberger.com.br<br />
Foto: divulgação<br />
Em vigor desde outubro passado, ela trata ergonomia,<br />
saúde e segurança de atividades rurais<br />
Anova versão da Norma Regulamentadora nº 31 entrou<br />
em vigor em outubro passado. Ela trata sobre<br />
a ergonomia, saúde e segurança de atividades rurais,<br />
tendo implicação direta nas condições de trabalho<br />
de silvicultura, exploração e manejo florestal.<br />
Seu objetivo é estabelecer requisitos a serem praticados pela<br />
empresa rural, através do planejamento e o desenvolvimento de<br />
uma atividade com foco na prevenção de acidentes e doenças<br />
ocupacionais. Dessa forma busca-se garantir segurança, saúde e<br />
higiene ao trabalhador durante a sua atividade laboral, ao mesmo<br />
tempo promove ao trabalhador o seu desvinculamento do<br />
trabalho quando o mesmo está em período de descanso, ou seja,<br />
fora do horário de trabalho.<br />
De maneira geral estabelece quais são as obrigatoriedades<br />
do empregador rural e o seu empregado sobre aspectos relacionados<br />
ao local de trabalho, uso de máquinas e equipamentos,<br />
segurança, saúde, ergonomia, conforto e medidas de prevenção.<br />
A nova norma teve grandes avanços. Estabelece a obrigatoriedade<br />
do PGRTR (Programa de Gerenciamento de Riscos no<br />
Trabalho Rural), SESTR (Serviço Especializado em Segurança e<br />
Saúde no Trabalho Rural) e CIPATR (Comissão Interna de Prevenção<br />
de Acidentes do Trabalho Rural.<br />
Estabelece também sobre quais são os treinamentos obrigatórios<br />
que o empregador rural ou equiparado deve promover ao<br />
trabalhador (tabela 1).<br />
Treinamento<br />
Motosserra e motopoda<br />
Roçadeira costal motorizada<br />
e derriçadeira<br />
Máquinas estacionárias<br />
Máquinas autopropelidas<br />
e implementos<br />
Supervisores de entrada<br />
Vigias e trabalhadores<br />
autorizados<br />
Trabalho em altura<br />
Agrotóxicos, aditivos,<br />
adjuvantes e produtos afins<br />
34 www.referenciaflorestal.com.br<br />
Carga horária<br />
mínima<br />
(horas/aula)<br />
16<br />
4<br />
-<br />
24<br />
40<br />
16<br />
8<br />
20<br />
Modalidade<br />
Presencial ou semipresencial<br />
Presencial ou semipresencial<br />
Teoria e prática<br />
Teórica e prática<br />
(mínimo de 12 horas)<br />
Teoria e prática<br />
Teoria e prática<br />
Presencial ou semipresencial,<br />
teoria e prática<br />
Presencial ou semipresencial<br />
Ao término dos treinamentos ou capacitações, deve ser emitido<br />
certificado para a comprovação da realização do mesmo.<br />
Um dos treinamentos mais importantes e que envolvem um<br />
maior risco para o trabalhador e a atividade (cultura) é o manejo<br />
de agrotóxico e afins.<br />
Os equipamentos utilizados na aplicação devem ser limpos<br />
e passar por manutenções periódicas. A empresa rural deve ter<br />
um local específico para a guarda e o armazenamento dos agrotóxicos,<br />
impedindo que pessoas não autorizadas possam mexer e<br />
se houver algum vazamento não ocorra a contaminação ao meio<br />
ambiente. É obrigatório ao trabalhador fazer uso dos EPIs durante<br />
a manipulação dos agrotóxicos. Infelizmente, ainda encontramos<br />
resistência quanto ao uso em parte dos trabalhadores,<br />
não só no uso de agrotóxico, aqui podemos citar a motosserra<br />
também. A legislação diz que não podem ser comercializados<br />
produtos que não estejam registrados e autorizados para o uso.<br />
Diz ainda que os produtos só podem ser manipulados por trabalhadores<br />
com idade superior a 18 anos, até o limite de 60 anos,<br />
sendo proibida a manipulação por gestantes.<br />
A norma também trata sobre a ergonomia, seja em atividade<br />
manual ou no uso de máquinas. Essas máquinas devem ter os<br />
dispositivos de segurança em perfeitas condições de uso, para<br />
evitar o contato de partes do corpo do operador em partes móveis<br />
das máquinas.<br />
No caso de máquinas agrícolas, trator por exemplo, só devem<br />
ser utilizadas aqueles que possuem proteção do operador<br />
em caso de tombamento e cinto de segurança. Já as máquinas e<br />
equipamentos estacionários, que possuem plataformas de trabalho<br />
só podem ser utilizadas se possuírem escadas e dispositivo<br />
contra quedas. As máquinas devem possuir buzina, sinal luminoso,<br />
sinaleira, farol ou qualquer dispositivo que chame a atenção.<br />
É proibido pegar carona em máquinas.<br />
Quanto aos silos é obrigatório a prevenção dos riscos de<br />
explosões, incêndios, acidentes mecânicos e asfixia. Não deve<br />
ser permitida a entrada de pessoas no silo sem meios seguros de<br />
saída ou resgate. Em espaço confinado o trabalhador deve fazer<br />
uso do oxímetro para controle do oxigênio.<br />
E por último o empregador rural deve disponibilizar para o<br />
trabalhador uma área de vivência que deve conter, banheiro em<br />
condições de ser utilizado, local para refeição adequado com<br />
uma mínima infraestrutura, alojamento em condições, cozinha<br />
e lavanderia. A nova NR31 estabelece uma relação mais profissional<br />
entre o empregador e empregado. Relação baseada em<br />
condições que favoreça um ambiente seguro, garantindo que o<br />
empregado se sinta bem, confiante e confortável para a execução<br />
de suas tarefas diárias.
THOR<br />
ROBUSTEZ E EFICIÊNCIA<br />
Equipamento dedicado à trituração de tocos, raízes,<br />
galhadas e pedras. Solução ideal para limpeza do solo e<br />
preparação para o replantio.<br />
Rodovia Pr 151, 281,6 | Distrito Industrial - CEP 84.165-700<br />
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PRINCIPAL<br />
Potência, robustez<br />
E RESULTADO<br />
Fotos: Emanoel Caldeira<br />
Equipamento dedicado à trituração<br />
de tocos, raízes, galhadas e pedras<br />
é a solução ideal para limpeza do<br />
solo e preparação para o replantio<br />
36 www.referenciaflorestal.com.br
P<br />
lantio, crescimento, desbaste e corte podem ser<br />
tratados como os principais marcos do ciclo de produção<br />
florestal, mas entre o final e o início de um<br />
novo ciclo há muito trabalho a ser feito. Após o corte<br />
das árvores permanecem na área plantada tocos,<br />
galhos, folhas e outros resíduos da árvore que atrapalham o novo<br />
plantio. A fim de solucionar esta situação, a Watanabe Indústria<br />
e Comércio de Máquinas lançou a linha de trituradoras Thor.<br />
Sediada em Castro (PR), a Watanabe é uma empresa familiar<br />
com mais de meio século de atuação no setor agropecuário de<br />
equipamentos, que vão desde a preparação do solo, até a colheita.<br />
A experiência adquirida nestes mais de 50 anos veio através das<br />
soluções criadas para inúmeros clientes, pautadas na inovação e<br />
mentalidade empreendedora, partes da metodologia de trabalho<br />
da empresa. Não é a primeira investida da Watanabe no setor<br />
florestal. O lançamento de um rebaixador de tocos alguns anos<br />
atrás, serviu de inspiração para essa nova empreitada.<br />
Milton Watanabe, diretor da empresa, explica que a trituradora<br />
Thor é um equipamento robusto, com alta potência e<br />
projetado para executar o trabalho com máxima eficiência. “A<br />
Thor foi desenvolvida originalmente para triturar pedras, o que<br />
exige muito do equipamento. Vimos a possibilidade de adaptação<br />
para o setor florestal com objetivo de alto rendimento na limpeza<br />
de área”, destaca Milton.<br />
UMA GIGANTE NO DESEMPENHO<br />
A trituradora com nome de deus nórdico, devido aos martelos<br />
usados para a trituração de pedras, vai muito além do tamanho.<br />
Cada detalhe foi projetado para atingir os melhores resultados.<br />
Milton Watanabe informa que o conjunto de transmissão utilizado<br />
na máquina, composto pelo cardan, caixa de transmissão<br />
e transmissão foram escolhidos a dedo para esse equipamento.<br />
“Todos eles foram projetados para trabalhar com potência máxima<br />
de 250 cavalos que levam o rotor a 1000rpm (Rotações Por<br />
Minuto)”, ressalta Milton.<br />
O cardan utilizado na Thor é importado e foi desenvolvido<br />
para atender exclusivamente um equipamento deste porte, visto<br />
que não se encontra similar nacional para a peça. Seu formato<br />
em estrelado, com estriamento bem acentuado, garante maior<br />
capacidade de torque para o movimento do rotor, e dotado<br />
também de pino fusível que se rompe por qualquer sobrecarga.<br />
Uma grande quantidade de peças de reposição está disponível<br />
a pronta entrega.<br />
A caixa de transmissão com tecnologia europeia, antes importada<br />
da Itália, é atualmente produzida no Brasil. Essa caixa<br />
de transmissão trabalha com giro livre, portanto, quando o<br />
equipamento é desligado o rotor continua girando apenas com<br />
a inercia do próprio movimento, restringindo a possiblidade de<br />
danos por paradas bruscas. As engrenagens são cortadas conforme<br />
tecnologia Gleason sistema Coniflex que garantem engrenamento<br />
silencioso e altamente resistente. São utilizados aços<br />
ligados especiais e com tratamento térmico por cementação. Já<br />
a transmissão propriamente dita, trabalha com polias e correias<br />
Predator, da Gates Corporation, de alta resistência, que garantem<br />
maior durabilidade e rendimento ao trabalho. Dessa maneira,<br />
todo o conjunto de transmissão, que engloba engrenagens mais<br />
suaves, cardans e transmissão por correias, diminuem o calor<br />
gerado pelo atrito e amplia a vida útil da Thor.<br />
Power, robustness,<br />
and results<br />
Equipment dedicated to the shredding of<br />
stumps, roots, branches, and stones is<br />
the ideal solution for land clearing and soil<br />
preparation for replanting<br />
P<br />
lanting, growing, thinning, and felling can be<br />
treated as the main tasks in the forest production<br />
cycle, but between the end and the beginning of<br />
a new cycle there is much work to be done. After<br />
felling the trees, stumps, branches, leaves and other<br />
residues remain in the planted area that hinder new plantings.<br />
In order to solve this situation, Watanabe Indústria e Comércio<br />
de Maquinas developed the Thor crusher/grinder.<br />
Headquartered in Castro-PR, Watanabe is a family business<br />
with more than half a century of experience in the Agricultural<br />
Equipment Sector, with products ranging from soil preparation<br />
to harvest. The experience gained over these more than 50 years<br />
came through the solutions created for countless customers,<br />
based on innovation and entrepreneurial mentality, components<br />
of the Company’s work mentality. It’s not Watanabe’s first entry<br />
into the Forestry Sector. The launch of a stump grinder a few<br />
years ago served as the inspiration for this new product.<br />
Milton Watanabe, Managing Director of the Company,<br />
explains that the Thor crusher/grinder is robust, with extraordinary<br />
power and designed to perform the work with maximum<br />
efficiency. “Thor was originally developed to crush stones, which<br />
requires extremely robust equipment. We saw the possibility<br />
of adaptation to the Forestry Sector with the objective of high<br />
performance in the clearing of an area,” highlights the Watanabe<br />
Director.<br />
A GIANT IN PERFORMANCE<br />
The crusher/grinder named after the Norse god, due to the<br />
hammers used for crushing stones, goes far beyond size. Every<br />
detail is designed to achieve the best results. Director Watanabe<br />
states that the transmission line used in the machine, consisting<br />
of the drive shaft, transmission box, and transmission were handpicked<br />
for this equipment. “They’re all designed to work at a<br />
maximum of 250 horsepower from a one thousand rpm power<br />
take-off,” points out the Watanabe Director.<br />
The drive shaft used in Thor is imported since there is not<br />
similar piece produced domestically and was developed to<br />
exclusively serve equipment of this size. Its star shape, with<br />
well-accented striations, ensures greater torque capacity for<br />
rotor movement, and also equipped with fuse pin that breaks<br />
with any overload. A large number of spare parts is available<br />
for prompt delivery.<br />
The transmission box with European technology, previously<br />
Março 2022<br />
37
PRINCIPAL<br />
O rotor da Thor é elemento chave para a eficiência da máquina.<br />
Diego Neumann, coordenador de projetos da Watanabe,<br />
reforça a importância da escolha de um material mais pesado para<br />
a peça. “A parede do rotor tem 35 mm (milímetros) de espessura,<br />
o que amplia a sua massa e devido a inércia, facilita muito o<br />
trabalho da máquina”, aponta Diego. O rotor está apoiado em<br />
mancais de rolamentos autocompensadores, facilitando o giro<br />
do sistema. Esse rotor tão espesso e pesado, aliado ao sistema<br />
de giro livre, compensam o esforço exigido do motor do trator e<br />
colaboram com o processo de trabalho final da Thor. Acoplado<br />
ao rotor, estão as ferramentas de trituração, metal duro para o<br />
caso de pedras e aço-liga especial para o caso de madeira. Seu<br />
maior diferencial é que em caso de dano ou desgaste, podem ser<br />
facilmente giradas utilizando a outra face ou trocadas por peças<br />
novas, para que a Thor pare o mínimo possível.<br />
Toda a estrutura interna da Thor tem soldas em elétrodo duro,<br />
que deixam o equipamento muito mais resistente a impactos e<br />
a abrasão. As áreas mais suscetíveis a danos da Thor são feitas<br />
com placas de metal mais resistentes e contam com revestimento<br />
antiabrasivo, que pode ser reforçado e trocado quando danificado.<br />
Diego resume algumas das características da Thor de forma direta.<br />
“É a robustez com objetivo”, completa Diego.<br />
PARA MAIS 50 ANOS<br />
A Watanabe tem em uma das paredes da fábrica dez regras<br />
que ditam a forma de trabalho da empresa, que focam no desempenho<br />
e na entrega dos melhores resultados de todos os<br />
setores. Seja na engenharia, no comercial ou na indústria, todos<br />
os funcionários têm como objetivo atingir o resultado mais<br />
importante: a satisfação do cliente. Viviane Biesek, assistente<br />
comercial da Watanabe, enfatiza todo o cuidado que a empresa<br />
tem com seus clientes. “Todo equipamento que vendemos passa<br />
por uma entrega técnica, mantemos contato constante com os<br />
compradores e oferecemos garantia de todas as máquinas que<br />
produzimos”, afirma Viviane.<br />
imported from Italy, is currently produced in Brazil. This transmission<br />
box works with free spin; therefore, when the equipment<br />
is turned off the rotor continues to rotate only with the inertia<br />
of the movement itself, restricting the possibility of damage by<br />
sudden stops. The gears are cut according to Gleason Coniflex<br />
system technology which ensure quiet and highly resistant<br />
gearing. Special steel alloys are used and heat treated by cementation.<br />
The transmission itself, on the other hand, works with<br />
high-strength Predator pulleys and belts from the Gates Corporation<br />
that ensure greater durability and performance while in<br />
operation. In this way, the entire transmission line encompassing<br />
smoother gears, drive shaft, and belt transmission reduces the<br />
heat generated by friction thus extending the Thor useful life.<br />
The Thor rotor is a key element for machine efficiency. Diego<br />
Neumann, Design Coordinator for Watanabe, reinforces the<br />
importance of choosing a heavier material for the part. “The<br />
rotor wall is 35 mm thick, which increases its mass and, due<br />
to inertia, greatly facilitates the work of the machine,” Design<br />
Coordinator Neumann points out. The rotor is supported by<br />
self-compensating bearings, leading to better system rotation.<br />
This thick and heavy rotor, combined with the free spin system,<br />
compensates for the required effort of the tractor engine and<br />
collaborates with Thor’s final process goal. Coupled to the rotor<br />
are the grinding tools, hard metal for stones and special alloy<br />
steel for forest residues. Its biggest differential is that in case of<br />
damage or wear, they can be easily turn using the other face<br />
or replaced with new parts, so that the Thor is down as little<br />
as possible.<br />
The entire Thor internal structure has hard electrode welds,<br />
which make the equipment much more resistant to impact and<br />
abrasion. The most damageable areas are made with stronger<br />
metal plates and feature anti-abrasive coating, which can be<br />
reinforced and replaced when damaged. Design Coordinator<br />
Neumann sums up some of Thor’s features directly. “It is robustness<br />
with a goal,” he says.<br />
38 www.referenciaflorestal.com.br
Esse cuidado com os clientes, sejam revendedores de máquinas<br />
ou clientes finais, é visto nas palavras de Lauro Roberto de<br />
Oliveira, proprietário da Amagril Máquinas, em Palmas (TO). O<br />
empresário que trabalha há mais de 10 anos com equipamentos<br />
da empresa valoriza elementos que vão além da competência do<br />
pessoal e performance dos funcionários. “Temos acesso a todos<br />
os níveis da empresa, do motorista ao diretor. E sabemos que<br />
eles têm como grande objetivo a satisfação de seus clientes”,<br />
exalta Lauro.<br />
Da mesma forma, José Leão, sócio administrativo da Multi<br />
Tratores de Porangatu (GO), que trabalha há quase um ano com a<br />
Watanabe, se diz muito satisfeito com o pós-venda oferecido pela<br />
empresa. “Todos são muito prestativos, pontuais e se colocam<br />
a nossa disposição para solucionar qualquer situação”, expõe<br />
José. O empresário comenta também sobre o ganho de tempo e<br />
produtividade dos equipamentos Watanabe. “A Thor consegue<br />
limpar 3 ha (hectares) de terreno por hora, facilitando muito nosso<br />
trabalho. É uma máquina robusta, com acabamento excelente e<br />
alto rendimento no trabalho”, discorre José.<br />
Roberto Libardi produtor rural de Paraíso (TO), trabalha há<br />
8 anos com a Watanabe e valoriza como a empresa é aberta a<br />
opiniões dos produtores para melhorias das máquinas. “Tem<br />
equipamentos que eles vendem com mudanças que sugeri”,<br />
frisa Roberto.<br />
Joaquim, produtor rural de Crixás do Tocantins (TO), conta<br />
FOR ANOTHER 50 YEARS<br />
Watanabe has a factory wall with the ten rules that dictate<br />
the way the Company works, rules which focus on the performance<br />
and delivery of the best results by all sectors within<br />
the Company, whether in engineering, sales, or industrial. All<br />
employees aim to achieve the most important result: customer<br />
satisfaction. Viviane Biesek, Sales Assistant for Watanabe,<br />
emphasizes the care the Company takes with its customers.<br />
“Every piece of equipment we sell goes through a pre-delivery<br />
technical inspection, we keep in constant contact with buyers<br />
and offer a warranty on all the machines we produce,” states<br />
Sales Assistant Biesek.<br />
Customer care, whether with machine dealers or end customers,<br />
is seen in the words of Lauro Roberto de Oliveira, Owner<br />
of Amagril Máquinas in Palmas-TO. The businessman, who has<br />
been working for more than 10 years with Watanabe equipment,<br />
values the elements that go beyond the competence of the staff<br />
and performance of employees. “We have access to all levels<br />
of Watanabe, from drivers to the Managing Director. And we<br />
know that they have as their greatest goal the satisfaction of<br />
their customers,” praises Oliveira.<br />
José Leão, Managing Partner of Multi Tratores in Porangatu-GO,<br />
who has been working with Watanabe for almost<br />
a year, says he is very pleased with the after-sales offered by<br />
Watanabe. “Everyone is very helpful and punctual, and is at<br />
Março 2022<br />
39
PRINCIPAL<br />
Vimos a possibilidade de<br />
adaptação para o setor<br />
florestal com objetivo de alto<br />
rendimento na limpeza de<br />
área<br />
Milton Watanabe<br />
que trabalha há 3 anos com equipamentos da Watanabe, vê no<br />
profissionalismo e cuidado com os clientes o maior diferencial da<br />
empresa. “Quando precisei o próprio Milton Watanabe veio até a<br />
fazenda para conhecer a minha necessidade e oferecer a solução<br />
que melhor se adequava”, comenta Joaquim. O produtor, que<br />
convenceu todos os seus vizinhos a comprarem equipamentos da<br />
Watanabe não mede elogios para falar da marca. “É uma empresa<br />
diferenciada do restante e tem muito mercado para conquistar”,<br />
enaltece Joaquim.<br />
A Watanabe busca novas soluções e investe em todos os<br />
setores para atingir resultados ainda melhores. No início deste<br />
ano investiram em um novo torno universal de grande porte, para<br />
otimizar a produção das peças de seus equipamentos. Também recentemente,<br />
fizeram uma adaptação nas máquinas, adicionando<br />
um tubo importado, para que o manual de instruções da máquina<br />
esteja sempre disponível para o operador. Viviane Biesek, informa<br />
que essa novidade tem como objetivo evitar danos e trazer<br />
soluções rápidas para que as máquinas parem o mínimo possível.<br />
our disposal to solve any situation,” says the Managing Partner.<br />
The businessman goes on to comment on the time gain and<br />
productivity of the Watanabe equipment. “The Thor can clean<br />
up to 3 hectares of land per hour, making our work very easy. It<br />
is a robust machine, with excellent finish and high performance<br />
at work,” says Managing Partner Leão.<br />
Roberto Libardi, an agricultural producer from Paraíso-TO,<br />
has worked for eight years with Watanabe and values how the<br />
Company is open to opinions for improvements of the machines.<br />
“There is even equipment they sell with changes that I have<br />
suggested,” says the Agricultural Producer.<br />
Joaquim, an agricultural producer from Crixás in Tocantins-<br />
-TO, says he has been working with Watanabe equipment for<br />
three years, and sees professionalism and customer care as the<br />
Company’s biggest differential. “When I needed Milton Watanabe<br />
himself, he came to the farm to get to know my needs and<br />
offer the best suited solution,” says the Agricultural Producer.<br />
The Producer, who convinced all his neighbors to buy equipment<br />
from Watanabe does not mince words about the brand. “It is a<br />
Company differentiated from the rest and has a lot of market<br />
yet to conquer,” exalts the Agricultural Producer.<br />
Watanabe seeks out new solutions and invests in all Company<br />
sectors to achieve even better results. Earlier this year,<br />
they invested in a new large universal lathe, to optimize the<br />
production of parts for their equipment. Also recently, they<br />
made an adaptation in the machines, adding an imported tube,<br />
so that the machine instruction manual is always available to<br />
the operator. Sales Assistant Biesek states that this novelty<br />
aims to avoid damage and bring quick solutions for minimum<br />
machine downtime. “Often the instruction manual was with<br />
40 www.referenciaflorestal.com.br
“Muitas vezes o manual de instruções ficava com o responsável<br />
pela compra, dentro do escritório, e quem mais precisava não<br />
tinha as informações ao seu alcance”, relata Viviane sobre os<br />
pequenos detalhes que fazem a diferença<br />
Milton Watanabe salienta que a empresa trabalha com foco<br />
no futuro, e já faz investimentos que passam pelas práticas de ESG<br />
(Ambiente, Social e Governança, em inglês). A primeira decisão<br />
tomada foi a instalação de painéis solares para a alimentação<br />
energética da fábrica e também de um grupo gerador, para cobrir<br />
quedas de energia. “Durante o dia funcionamos 100% com<br />
energia solar e estamos protegidos contra qualquer situação que<br />
pode interromper a fabricação das máquinas”, comemora Milton.<br />
O diretor destaca que nos anos de 2020 e 2021, apesar da pandemia,<br />
a empresa teve um grande salto, devido ao crescimento<br />
da exportação de commodities. “Isso não traz comodidade para<br />
o trabalho, mas sim novas oportunidades e possibilidades, como<br />
os novos equipamentos que estamos desenvolvendo e chegarão<br />
ao mercado ainda este ano”, detalha Milton.<br />
No setor florestal a Watanabe vê na grande demanda trazida<br />
pelo desenvolvimento do setor uma possibilidade de expandir<br />
suas atividades. “Já temos a Thor, dedicada a trituração de galhadas<br />
e tocos, e logo teremos novos equipamentos para suprir<br />
as necessidades que venham a surgir no mercado florestal”,<br />
planeja Milton.<br />
the person responsible for the purchase, inside the office, and<br />
those who needed it most did not have the information at their<br />
fingertips,” says the Sales Assistant of the small details that<br />
make the difference.<br />
Watanabe Managing Director points out that the Company<br />
works with a focus on the future, and is already making investments<br />
in ESG practices (Environment, Social, and Governance).<br />
The first decision was to install solar panels for the plant’s power<br />
supply and also a generator set to cover power outages. “During<br />
the day we operate 100% with solar energy and are protected<br />
against any situation that can disrupt the manufacture of the<br />
machines,” the Director celebrates.<br />
The Watanabe Managing Director goes on to point out that<br />
in the years 2020 and 2021, despite the Pandemic, the Company<br />
had a leap in sales due to the growth of commodity exports.<br />
“This does not make work easier, but offers new opportunities<br />
and possibilities, such as the new equipment we are developing<br />
that will reach the market later this year,” the Director details.<br />
In the Forestry Sector, Watanabe sees a possibility to expand<br />
its activities from the greatly increased demand caused by the<br />
development of the Sector. “We already have the Thor, dedicated<br />
to the grinding of branches and stumps, and soon we will have a<br />
new equipment line to meet all the needs that arise in the forest<br />
market,” plans the Watanabe Managing Director.<br />
Março 2022<br />
41
MINUTO FLORESTA<br />
Olhando<br />
DE CIMA<br />
Fotos: divulgação<br />
Utilização de drones melhora<br />
a captação de dados e otimiza<br />
resultados na avaliação de<br />
florestas plantadas<br />
Apandemia abriu portas para inovação e a<br />
Bayer aproveitou essa oportunidade para se<br />
reinventar. Grande parte do que era feito presencialmente,<br />
através de um grande trabalho<br />
de adaptação, passou a ser feito de maneira<br />
remota. A diminuição da interação direta chegou como um<br />
grande desafio a ser superado. Nesse contexto, a digitalização<br />
das atividades se aliou a utilização das melhores tecnologias<br />
que a empresa tinha em suas mãos.<br />
Especificamente, citamos os drones, ou VANTs (Veículos<br />
Aéreos Não Tripulados) para a verificação e captação de dados<br />
dos plantios florestais. Gabriela Mantovani, gerente de<br />
contas da Bayer, explica que a captação dessas informações<br />
através do sistema eletrônico foi chave para aumentar ainda<br />
mais a confiança nas informações fornecidas pela empresa.<br />
“Precisávamos trazer as informações do campo de maneira<br />
íntegra e imparcial, e as avaliações com drones se encaixaram<br />
perfeitamente nessa necessidade”, destaca Gabriela.<br />
A gerente comenta que essas novas tecnologias deram<br />
para a Bayer a oportunidade perfeita para mostrar para os<br />
seus clientes o quadro geral de suas atividades de maneira<br />
muito mais próxima da realidade. “Muito mais do que uma<br />
planilha em uma apresentação, trazemos agora detalhes e<br />
dados de cada talhão avaliado de maneira individual”, ressalta<br />
Gabriela. Segundo a Gabriela, isso valoriza ainda mais<br />
o trabalho da Bayer, mostrando para os clientes a confiança<br />
que a empresa tem em seus produtos e serviços oferecidos.<br />
“Temos segurança ainda maior em tudo que fazemos e<br />
podemos demonstrar isso para nossos parceiros”, completa<br />
Gabriela.<br />
Para a realização do trabalho, a Bayer firmou em 2020<br />
uma parceira com a Spectrum, empresa de geotecnologia,<br />
que desenvolve ferramentas computacionais para avaliação<br />
qualitativa de culturas agroflorestais, por intermédio de<br />
imagens aéreas coletadas via drone e/ou satélite. Rômulo<br />
Souza, CEO da Spectrum, comenta sobre o trabalho realizado<br />
junto à Bayer. “A Bayer comercializa defensivos químicos<br />
para controle de plantas daninhas e nada melhor do que<br />
uma visão ampla e detalhada da área tratada para demonstrar<br />
a eficiência de seus produtos”, aponta Rômulo.<br />
Para essa parceria, a Spectrum customizou seus algoritmos<br />
para identificação de plantas daninhas em diferentes<br />
fazes de desenvolvimento da cultura. Dessa maneira, o sistema<br />
é capaz de avaliar as taxas de infestação em diferentes<br />
fases de desenvolvimento da cultura, como por exemplo:<br />
avaliação de emergência de plântulas; porcentagem de controle<br />
ao longo de um determinado período, isto é, dias no<br />
limpo; controle de plantas na linha e entrelinha de plantio e<br />
dessecação inicial, dentre outras aplicações disponíveis para<br />
a Bayer. Toda a informação gerada é obtida por intermédio<br />
de algoritmos de classificação. Com o nível de automação<br />
alcançado, o sistema pode atender múltiplas demandas do<br />
setor florestal de forma automatizada e escalável.<br />
Os resultados obtidos quando utilizado o sistema de<br />
drones cobrem demandas de curto e longo prazo. O primeiro<br />
dos resultados está ligado a redução de riscos ergonômicos<br />
e de saúde e segurança do trabalho devido ao baixo emprego<br />
de mão de obra no campo. Além dele, o cliente tem<br />
maior precisão das informações, maior agilidade de entrega,<br />
tanto na coleta quanto no processamento dos dados e mais<br />
facilidade de monitoramento e gerenciamento de grandes<br />
áreas com menor demanda de recursos.<br />
Para Caique Medauar, Promotor de Marketing da Bayer,<br />
a grande virada dessa nova era digital que chegou no campo<br />
tem ligação direta com o bem que ele considera mais importante<br />
na produção florestal. “O valor da informação aumentou<br />
significativamente”, afirma Caique. Nesse campo, Caique<br />
elenca três pontos que essa nova era digital que chegou ao<br />
campo trouxeram para os produtores. “Através da coleta de<br />
dados temos melhoria na tomada de decisão, otimização<br />
dos processos e uma verdadeira transformação digital do<br />
trabalho no campo. Com esses novos processos, conseguimos<br />
avaliar cada árvore de maneira individual e apresentar<br />
esses dados para nossos clientes”, ressalta Caique.<br />
42 www.referenciaflorestal.com.br
CONCESSÕES<br />
Oportunidades<br />
NA REGIÃO SUL<br />
44 www.referenciaflorestal.com.br
Com apoio do BNDES, SFB inicia consulta<br />
pública sobre concessões de florestas<br />
no Paraná e Santa Catarina<br />
Foto: divulgação<br />
Março 2022<br />
45
CONCESSÕES<br />
C<br />
om apoio do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento<br />
Econômico e Social), o SFB<br />
(Serviço <strong>Florestal</strong> Brasileiro) lançou Consulta<br />
Pública de Proposta de Edital de Licitação para<br />
Concessão <strong>Florestal</strong> de Florestas Nacionais<br />
da Região Sul do Brasil. Até o dia 27 de março de 2022, os<br />
interessados poderão encaminhar dúvidas e contribuir com<br />
sugestões para o processo por meio do site divulgado no site<br />
do SFB. Todo cidadão pode participar da consulta pública,<br />
que tem como objetivo auxiliar a administração pública no<br />
processo de tomada de decisão e colher informações sobre<br />
expectativas e sugestões da população quanto às concessões<br />
florestais. A licitação está prevista para ocorrer no terceiro<br />
trimestre de 2022.<br />
Estas são as primeiras concessões florestais da Região Sul<br />
do Brasil. A FLONA (Floresta Nacional) de Chapecó está localizada<br />
nos municípios de Chapecó e Guatambu, e a Flona de<br />
Três Barras, no município do mesmo nome, ambas em Santa<br />
Catarina. A Flona de Irati está situada em Fernandes Pinheiro<br />
e Teixeira Soares, no Paraná. Os estudos técnicos e econômicos<br />
foram conduzidos por consultorias especializadas contratadas<br />
e lideradas pelo BNDES.<br />
A proposta de edital em consulta é um novo modelo de<br />
concessão florestal que contribuirá com a restauração do<br />
bioma Mata Atlântica, por meio da substituição de porções<br />
de plantios atuais com espécies exóticas por espécies nativas,<br />
seja para a produção comercial, seja para a recomposição da<br />
cobertura florestal.<br />
Estão previstos investimentos da ordem de R$ 285 milhões<br />
a serem aplicados na operação florestal e na cadeia da<br />
restauração durante os 35 anos de vigência do contrato, o que<br />
colaborará para dinamizar a economia da região, gerando empregos<br />
e renda para a população no entorno destas florestas.<br />
Pedro Bruno Barros de Souza, superintendente de Área<br />
de Governo e Relacionamento Institucional do Banco, afirma<br />
que o BNDES contribui com a sua experiência técnica de<br />
estruturação e implementação de projetos de concessão de<br />
outros setores da economia e de concessões florestais voltadas<br />
ao manejo florestal sustentável. Para o superintendente,<br />
o modelo proposto ao projeto estimula o desenvolvimento<br />
socioeconômico das regiões, propiciando a geração de conhecimento<br />
e informações sobre a utilização dos recursos florestais<br />
com potencial de mercado. “Esse modelo promove a<br />
recuperação florestal e auxilia na proteção da biodiversidade”,<br />
ressalta Pedro.<br />
As diretrizes técnicas das concessões da FLONA serão de<br />
colheita de produtos florestais madeireiros e não madeireiros<br />
com o menor impacto ambiental possível e a substituição dos<br />
plantios de espécies exóticas existentes por plantios de espécies<br />
nativas para fins comerciais, bem como o estabelecimento<br />
de áreas de restauração da vegetação nativa desta região<br />
da Mata Atlântica.<br />
Paulo Henrique Marostegan e Carneiro, diretor de concessão<br />
florestal e Monitoramento do SFB, explica que a<br />
concessão de florestas públicas, que contribui para a geração<br />
de diversos benefícios econômicos, sociais e ambientais, é diferente<br />
de uma privatização. “Parte da Flona é concedida para<br />
que seja realizada o manejo, mas ela continua sendo uma<br />
floresta pública”, destaca Paulo. Há também o fator social<br />
que está sempre aliado ao ambiental na criação deste planejamento.<br />
“O processo de consulta é muito importante para o<br />
processo, porque é por meio dele que alinhamos as propostas<br />
de implementação de políticas públicas voltadas à produção<br />
e à conservação das florestas com os anseios da população<br />
local”, completa Paulo.<br />
Das três FLONAS, a que tem maior área total é a de Três<br />
Barras, com 4,3 mil ha (hectares), sendo 2.686 ha sujeitos à<br />
concessão florestal. A Flona de Irati tem área de 3,8 mil ha,<br />
dos quais, 3.018 ha estarão sob concessão. Já a Flona de Chapecó<br />
terá 1.041 ha para concessão dos seus 1.600 ha totais.<br />
A concessão das FLONAS do Sul será exclusivamente sobre<br />
as áreas de manejo de florestas plantadas de pinus, araucária<br />
e eucalipto, podendo incluir a zona de recuperação de<br />
Flonas específicas (Irati e Chapecó). Nas três florestas, o pinus<br />
corresponde a cerca de 70% da área com plantio, seguido<br />
pela araucária, com quase 30%, e o eucalipto, que representa<br />
apenas 0,4%.<br />
O projeto de concessão das FLONAS do Sul faz parte de<br />
uma parceria entre o MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária<br />
e Abastecimento), por meio do SFB, e o BNDES para a<br />
prática do manejo florestal e silvicultura de espécies nativas<br />
para exploração de produtos madeireiros, não madeireiros<br />
e serviços nas três Florestas Nacionais. As concessões visam<br />
assegurar a restauração e a conservação das florestas públicas<br />
por meio de parcerias público-privadas, promovendo a<br />
conservação e geração de benefícios sociais, ambientais e<br />
econômicos. A estruturação do processo está sendo auxiliada<br />
pelo consórcio FGV-STCP-Manesco, contratado por meio de<br />
concorrência pública para a elaboração dos estudos e serviços<br />
técnicos.<br />
Esse modelo promove a<br />
recuperação florestal e<br />
auxilia na proteção da<br />
biodiversidade<br />
46 www.referenciaflorestal.com.br
LÍDER NO DESENVOLVIMENTO<br />
E PRODUÇÃO DE MUDAS PARA<br />
A INDÚSTRIA FLORESTAL<br />
EUCALIPTO<br />
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48 www.referenciaflorestal.com.br
PEROBA-ROSA<br />
Árvore de ciclo longo, madeira de alta<br />
qualidade e perfeita para o mercado moveleiro<br />
Fotos: divulgação<br />
A<br />
peroba-rosa (Aspidosperma<br />
polyneuron) é uma espécie de<br />
árvore de grande porte nativa do<br />
Brasil. A espécie está presente em<br />
boa parte do território brasileiro,<br />
sendo encontrada do Paraná até o estado de<br />
Rondônia e até mesmo na Bahia. A peroba-rosa<br />
ou peroba comum, pode atingir até 30 metros<br />
de altura e demora de 40 a 50 anos para atingir o<br />
tamanho ideal para o corte. Sua madeira é uma<br />
das mais nobres do mercado, sendo utilizada principalmente<br />
no mercado de móveis e arquitetura<br />
de alto padrão.<br />
Seu crescimento é considerado lento e quando<br />
adulta produz até 140m³ (metros cúbicos) de<br />
madeira por hectare. A longa espera pelo corte é<br />
compensada pelo alto valor de mercado. A madeira<br />
produzida pela peroba-rosa é de alta densidade<br />
e sua exploração fez com que fosse colocada em<br />
listas de proteção ambiental. Ela tem como característica<br />
destacável a baixa oxidação quando<br />
está em contato com metais, o que a torna ideal<br />
para o mercado naval. Em contrapartida, é pouco<br />
resistente a insetos e fungos, comprometendo sua<br />
durabilidade quando está em contato com o solo.<br />
O investimento na peroba-rosa é de longo prazo,<br />
mas o produto final compensa a espera. Sua<br />
madeira tem cerne róseo após o corte e depois<br />
ganha um tom amarelo-rosado. Ela tem natureza<br />
mais fosca, cheiro imperceptível e textura fina. Ela<br />
exige o tratamento para que sua durabilidade seja<br />
aumentada para usos externos, seja para decoração<br />
ou construção civil.<br />
Para o setor moveleiro ela entrega as características<br />
ideais para seu manuseio: resistência e<br />
fácil serragem ou torneamento. Seja para móveis<br />
rústicos ou finos, os resultados obtidos em móveis<br />
de peroba são altamente rentáveis e com o tratamento<br />
correto, multiplicam o valor da madeira de<br />
maneira exponencial.<br />
A peroba-rosa também é utilizada no setor de<br />
decoração ou mesmo de estruturas para a construção<br />
civil, que exigem material com alta durabilidade.<br />
Podem ser feitas portas, pisos, escadas,<br />
madeiramento para telhado, vigas de sustentação<br />
e muito mais com a peroba-rosa. É uma madeira<br />
nobre, que dura por gerações se bem conservada.<br />
O investimento na perobarosa<br />
é de longo prazo, mas<br />
o produto final compensa<br />
a espera<br />
Março 2022<br />
49
ECONOMIA<br />
BRASIL<br />
EM BUSCA<br />
DO TOPO<br />
50 www.referenciaflorestal.com.br
Joaquim Leite, Ministro do Meio<br />
Ambiente, afirma que o país pode<br />
se tornar uma potência no mercado<br />
de carbono<br />
Fotos: divulgação<br />
D<br />
iante de um potencial cada vez maior de<br />
lucros com créditos de carbono, o ministro<br />
do Meio Ambiente, Joaquim Leite, explicou<br />
durante entrevista ao Brasil em Pauta,<br />
da EBC (Empresa Brasil de Comunicação),<br />
como o Brasil está se preparando para atrair os olhos de<br />
outros países nesse comercial. Para Joaquim, o Brasil tem<br />
diferenciais que o colocam à frente de outros países quando<br />
o assunto é o mercado de carbono.<br />
A principal qualidade brasileira, segundo o ministro,<br />
é a diversidade de produtos a serem comercializados,<br />
que vão desde créditos de vegetação nativa, de energia<br />
renovável, de redução de emissões de aterros sanitários,<br />
especialmente do metano, até atividades de agricultura e<br />
indústria de baixo carbono.<br />
Ao explicar o mercado de carbono, Leite deu o exemplo<br />
de como uma granja de aves e suínos poderá contribuir<br />
para a redução de emissões de gases de efeito estufa, ao<br />
mesmo tempo que economiza na sua linha de produção.<br />
O metano produzido pelos resíduos dos animais, que iria<br />
para a atmosfera, pode ser purificado e se transformar em<br />
um combustível limpo. Assim, é possível substituir óleo<br />
diesel por biometano em tratores e veículos pesados.<br />
Março 2022<br />
51
ECONOMIA<br />
Outro diferencial do Brasil, de acordo com Leite, é que<br />
o governo vai criar uma regra mínima para emissão de crédito<br />
de carbono no país. A ideia é que os projetos tenham<br />
contrapartidas para proteção da biodiversidade, bem<br />
como atividades de desenvolvimento de comunidades locais,<br />
gerando renda e emprego, por exemplo.<br />
MERCADO NACIONAL<br />
Segundo o ministro, tanto o Ministério do Meio Ambiente<br />
quanto o Ministério da Economia e o Banco Central<br />
estão desenhando como vai funcionar esse tipo de comércio<br />
no Brasil. “Hoje, nós temos que nos preparar para<br />
termos uma estrutura de mercado nacional para poder<br />
atender as exigências internacionais”, pontuou Joaquim.<br />
Atualmente, o Brasil conta com o mercado voluntário<br />
de carbono, que atende à demanda por créditos de empresas<br />
ou pessoas físicas que decidem reduzir as emissões<br />
de gases de suas atividades econômicas de forma voluntária.<br />
“Estamos estruturando o mercado nacional.<br />
Estamos desenhando acordos setoriais para definir a<br />
melhor forma para a exportação de crédito”, complementou<br />
o ministro.<br />
Após a criação do mercado global, o mercado voluntário<br />
no Brasil está bastante relevante, com alta da demanda<br />
e dos preços. “Falta crédito de carbono de floresta nativa<br />
para suprir a demanda das empresas que têm interesse<br />
em compensar suas emissões e não conseguem reduzir na<br />
velocidade que todos queriam”, ressaltou Joaquim.<br />
COP26<br />
Em novembro do ano passado, o governo brasileiro<br />
participou da 26ª edição da COP (Conferência das Nações<br />
Unidas sobre Mudanças Climáticas, em inglês), em Glasgow,<br />
na Escócia, onde anunciou a meta de reduzir em<br />
50% as emissões de carbono até 2030. “A participação do<br />
Governo Federal e dos empresários durante a conferência<br />
do clima foi muito importante para mostrar um Brasil que<br />
é parte da solução desse desafio climático de redução de<br />
emissões”, afirmou Joaquim.<br />
Ele acrescentou que o governo apresentou mais de<br />
cem casos de projetos de sustentabilidade e de economia<br />
verde durante o evento. “Não é só se comprometer, é agir.<br />
O Brasil mostrou que é um país que faz, que tem atividades<br />
sustentáveis”, reiterou o ministro.<br />
Joaquim Leite destacou a importância da criação da<br />
Secretaria da Amazônia e Serviços Ambientais e da modalidade<br />
do programa Floresta+, chamado de Floresta+ Carbono.<br />
A iniciativa busca recompensar quem reduz emissões.<br />
“O objetivo é reconhecer e remunerar a atividade de quem<br />
cuida de floresta utilizando carbono como principal indicador,<br />
indicador de desempenho de projeto”, explicou Leite.<br />
O ministro também lembrou que o presidente Jair Bolsonaro<br />
sancionou em 2021 a Política Nacional de Pagamento<br />
por Serviços Ambientais.<br />
Não é só se<br />
comprometer, é agir.<br />
O Brasil mostrou que<br />
é um país que faz,<br />
que tem atividades<br />
sustentáveis<br />
52 www.referenciaflorestal.com.br
info@malinovski.com.br<br />
www.showflorestal.com.br<br />
Organização:<br />
Apoio Master:<br />
+55 (41) 9 9924-3993<br />
+55 (41) 3049-7888
ARTIGO<br />
Por que é necessário fazer o<br />
planejamento financeiro dos<br />
POVOAMENTOS<br />
FLORESTAIS?<br />
Vitor Augusto Cordeiro Milagres<br />
Engenheiro <strong>Florestal</strong> | Mestre em Engenharia <strong>Florestal</strong><br />
Francio Soluções Florestais<br />
Fotos: Francio Soluções Florestais<br />
O<br />
silvicultor brasileiro tem acompanhado apreensivo o<br />
aumento no preço de insumos. Os fertilizantes mais<br />
que dobraram de um ano para o outro, além do aumento<br />
no preço de herbicidas, custos operacionais,<br />
entre outros. Estes fatores proporcionaram um elevado<br />
custo de implantação e manutenção florestal comparado com<br />
os anos anteriores. Por isso, precisamos usar a engenharia de forma<br />
inteligente, integrada e técnica, para aumentar a produtividade sem<br />
aumentar os custos de produção, e um controle eficiente dessas informações<br />
é fundamental para o sucesso do empreendimento florestal.<br />
Levando-se em conta que um povoamento florestal geralmente<br />
apresenta retornos financeiros mais consideráveis a partir do sexto<br />
ano, quando se inicia os cortes (desbastes ou rasos), demonstra-se<br />
a significativa atenção que se deve dar ao planejamento financeiro<br />
florestal e ao fluxo de caixa do negócio. Assim, a sustentabilidade<br />
das empresas florestais em um mercado cada vez mais competitivo,<br />
sujeita-se cada vez mais a um gerenciamento competente e hábil,<br />
proporcionando a valorização dos ganhos financeiros do empreendimento.<br />
54 www.referenciaflorestal.com.br
INVESTIMENTO<br />
ENTRE AS VANTAGENS EM SE CALCULAR O FLUXO<br />
DE CAIXA PODEMOS CITAR:<br />
32%<br />
60%<br />
• Controlar entradas e saídas do capital financeiro;<br />
• Ter controle de pagamentos, despesas e dívidas,<br />
evitando juros altos por contas atrasadas;<br />
Insumos<br />
8%<br />
Mão de obra<br />
Operações<br />
• Prevenir perdas financeiras por mudanças no cenário<br />
econômico e/ou sinistros florestais (desvalorização no<br />
preço da madeira, aumento no preço de insumos,<br />
incidência de pragas e doenças, incêndios);<br />
RESUMO<br />
27% 23%<br />
• Sincronização entre as melhores recomendações<br />
técnicas com o nível tecnológico que o produtor opta<br />
por ter, avaliando se os recursos financeiros são<br />
suficientes ou se há necessidade de buscar<br />
financiamento;<br />
• Criação de cenários de investimentos,<br />
proporcionando a empresa a tomar decisões<br />
coerentes e sustentáveis;<br />
Investimento (custos)<br />
50%<br />
Receita Bruta<br />
Receita Líquida<br />
• Avaliar de forma precisa, o investimento realizado,<br />
com o potencial produtivo de cada região, regime de<br />
manejo e resultados de curto, médio e longo prazo,<br />
além de uma programação adequada da regulação<br />
florestal planejada para o abastecimento na indústria.<br />
IMPORTÂNCIA DO FLUXO DE CAIXA PARA<br />
O SILVICULTOR<br />
O planejamento financeiro é um importante procedimento<br />
para definição de metas econômicas de curto, médio e longo prazo<br />
favorecendo na tomada de decisões assertivas para o negócio florestal.<br />
Uma das ferramentas que orienta o produtor em seu controle<br />
financeiro é o fluxo de caixa.<br />
O fluxo de caixa auxilia na movimentação e alocação de recursos<br />
financeiros. Nele são registrados as entradas e saídas de dinheiro, tais<br />
como, gastos com insumos, mão de obra e operações (mecanizadas<br />
e manuais). Em outras palavras, ele avalia o desempenho financeiro<br />
da empresa. Além de proporcionar a correta análise do investimento<br />
atual, o fluxo de caixa possibilita projetar as finanças futuras,<br />
auxiliando o silvicultor a obter controles de pagamentos, dívidas e<br />
receitas, deixando-o preparado para eventuais imprevistos e consequentemente,<br />
deixando-o mais competitivo no mercado florestal.<br />
Sabemos que para muitos produtores florestais há falta<br />
de informação sobre os melhores tratos silviculturais e o<br />
manejo adequado do povoamento florestal, o que dizer<br />
então dos custos de produção e rendimento dos plantios.<br />
Na maioria dos casos, o planejamento financeiro e fluxo<br />
de caixa dos produtores florestais são deixados de lado<br />
ou negligenciados devido à complexidade de montar uma<br />
planilha completa, porém simples de utilizar no dia a dia.<br />
Planilhas de apoio facilitam a gestão da produção florestal e<br />
proporcionam às empresas uma estabilidade financeira cada<br />
vez maior e mais eficiente.<br />
R$35.000,00<br />
Corte<br />
raso<br />
R$30.000,00<br />
R$25.000,00<br />
R$20.000,00<br />
R$15.000,00<br />
R$10.000,00<br />
R$5.000,00<br />
1º Desbaste<br />
2º Desbaste<br />
R$0,00<br />
- R$5.000,00<br />
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15<br />
- R$10.000,00<br />
Fluxo de caixa<br />
Fluxo de caixa acumulado<br />
Março 2022<br />
55
TRANSPORTE<br />
Madeira<br />
SOBRE TRILHOS<br />
Fotos: divulgação<br />
56 www.referenciaflorestal.com.br
A FIOL (Ferrovia de Integração Oeste-Leste)<br />
recebe grandes investimentos para escoar<br />
madeira e celulose produzidos na Bahia<br />
Março 2022<br />
57
TRANSPORTE<br />
N<br />
a Bahia, o setor de florestas plantadas é<br />
um dos que mais tem contribuído para a<br />
desconcentração do desenvolvimento econômico<br />
do estado, levando ao interior mais<br />
empregos qualificados, renda, impostos e<br />
contribuições ambientais de elevada significância. Nossa<br />
visão é de que o emprego no interior, nas mais distantes e<br />
carentes regiões do Estado, vale o dobro, pois gera oportunidades<br />
antes não existentes em municípios que mais<br />
precisam.<br />
Com esta visão é que o setor vem acompanhando com<br />
especial interesse os processos em torno da FIOL (Ferrovia<br />
de Integração Oeste-Leste). A mais recente conquista para<br />
o setor madeireiro do estado é a concessão de parte da<br />
FIOL entre o porto de Ilhéus e Caetité, na Bahia. Chamado<br />
de FIOL 1, o trecho de 537 Km (quilômetros) de extensão<br />
foi arrematado pela BAMIN (Bahia Mineração), do Grupo<br />
ERG(Eurasian Resources Group).<br />
A FIOL foi arrematada em leilão do MINFRA (Ministério<br />
da Infraestrutura). Para concluir a construção da ferrovia,<br />
o investimento da BAMIN será de R$ 3,3 bilhões, sendo<br />
R$ 1,6 bilhão em obras civis e R$ 1,7 bilhão em material<br />
rodante, como vagões e locomotivas. A subconcessão tem<br />
a duração de 35 anos, sendo cinco para construção e 30<br />
anos para exploração. Quando concluída, a FIOL terá capacidade<br />
para movimentar 60 milhões de toneladas por ano,<br />
com o BAMIN utilizando apenas um terço desse potencial.<br />
Dois terços dessa capacidade estarão disponíveis para<br />
todos os demais setores, como o florestal, que precisarem<br />
escoar seus produtos e receber insumos, máquinas e implementos.<br />
Eduardo Ledsham, CEO da BAMIN, valoriza o trabalho<br />
realizado e acredita que a FIOL será peça essencial no desenvolvimento<br />
da economia baiana. “O estado da Bahia<br />
ocupará uma nova e importante dimensão na economia<br />
nacional, gerando riquezas, distribuição de renda e elevando<br />
a qualidade de vida de sua população”, afirma Eduardo.<br />
Esta notícia foi recebida com grande ânimo por todo setor<br />
econômico empresarial baiano, pois a ferrovia irá estabelecer<br />
alternativas mais econômicas para os fluxos de carga<br />
de longa distância; favorecer a multimodalidade; interligar<br />
a malha ferroviária brasileira, com sua futura conexão com<br />
outras ferrovias, como a FCA (Ferrovia Centro-Atlântica),<br />
a FICO (Ferrovia de Integração Centro-Oeste), e a ferrovia<br />
norte-sul; incentivar e viabilizar investimentos que irão<br />
incrementar a produção e induzir a processos produtivos<br />
modernos ao longo dessa infraestrutura implantada.<br />
A FIOL, em suas três etapas, cortará a Bahia de Oeste à<br />
Leste, conectando-se à ferrovia norte/sul (Goiás) ao novo<br />
porto de Ilhéus. Na sua primeira fase, o trajeto passa perto<br />
de Jequié/Maracás, região de Vitória da Conquista, e o<br />
polo de grãos e fibras do estado, em Barreiras/Luís Eduardo<br />
Magalhães.<br />
Para aproveitar esta oportunidade os setores econômicos<br />
já presentes nas regiões próximas a ferrovia já<br />
estão planejando como estimular e desenvolver todos os<br />
possíveis polos integrados de desenvolvimento agroindustriais,<br />
minerais, entre outros, ao longo da ferrovia. Esse<br />
planejamento é o que viabilizará a utilização de áreas com<br />
diferentes climas, altitudes, índices de pluviometria e tipos<br />
de solo. São muitos hectares disponíveis, hoje com pouca<br />
utilização, a preços competitivos.<br />
Além disso, a FIOL, e as outras ferrovias citadas, servirão<br />
para levar ainda mais investimentos para o interior do<br />
estado, que contribui diretamente com o desenvolvimento<br />
do interior. Por ela serão transportadas muitas das riquezas<br />
produzidas no estado nas áreas minerais, florestais<br />
(madeireiros e não madeireiros) e agrícolas. Além disso,<br />
se fará melhor o escoamento da produção do agronegócio<br />
baiano diminuindo seus custos.<br />
A FIOL é chave para trazer novos investimentos para<br />
o setor empresarial e também tributos para o governo<br />
da Bahia e municípios adjacentes, além de possibilitar a<br />
geração de novos empregos diretos e indiretos. Quando<br />
concluída, a FIOL vai cruzar cerca de 40 municípios,<br />
criando um novo ciclo no desenvolvimento e crescimento<br />
econômico da Bahia com o surgimento de novos polos<br />
agroindustriais autônomos que passarão a contar com a<br />
58 www.referenciaflorestal.com.br
infraestrutura mais eficiente de logística.<br />
Portanto, desde já vislumbra-se imensas possibilidades,<br />
cujo devido e competente aproveitamento depende<br />
de planejamento e ações coordenadas entre os governos,<br />
setores produtivos, academia e comunidades do entorno<br />
da ferrovia. A retomada das obras da FIOL está prevista<br />
para o segundo semestre de 2022 segundo o contrato da<br />
BAMIN. São previstos a instalação de mais de 30 pátios<br />
de carga ao longo da rota, criando oportunidades para os<br />
produtores regionais, potencializando as cadeias produtivas<br />
instaladas ao longo do caminho. O MINFRA estima<br />
a geração de 55 mil empregos diretos e indiretos com a<br />
construção da ferrovia, em cinco anos.<br />
DO TRILHO AO MAR<br />
A conclusão do trecho 1 da FIOL em Ilhéus, o Porto Sul<br />
que está sendo construído em parceria com o governo do<br />
estado se tornará um grande centro para as exportações.<br />
Sendo o ponto final de escoamento da produção entre a<br />
região produtora e seus compradores. Será um porto de<br />
águas profundas e deve ser o primeiro do nordeste a receber<br />
navios com capacidade de até 220 mil t (toneladas).<br />
Suas obras tem cronograma de terminar em 2026, mesmo<br />
ano de conclusão da FIOL, construído até 2026, concluído<br />
ao mesmo tempo em que a FIOL.<br />
O Estado da Bahia ocupará uma<br />
nova e importante dimensão<br />
na economia nacional, gerando<br />
riquezas, distribuição de renda<br />
e elevando a qualidade de vida<br />
de sua população<br />
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padrão do cabeçote;<br />
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Março 2022<br />
59
PESQUISA<br />
ESTIMAÇÃO DA ALTURA<br />
DE PLANTIOS FLORESTAIS DE<br />
EUCALIPTO POR REGRESSÃO E<br />
REDES NEURAIS ARTIFICIAIS<br />
60 www.referenciaflorestal.com.br
MATHEUS TEIXEIRA MARTINS<br />
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA,<br />
SÃO GABRIEL (RS)<br />
GABRIEL PAES MARANGON<br />
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA,<br />
SÃO GABRIEL (RS)<br />
EMANUEL ARNONI COSTA<br />
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA,<br />
MONTE CARMELO (MG)<br />
BRUNA DENARDIN DA SILVEIRA<br />
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA,<br />
SÃO GABRIEL (RS)<br />
RAFAEL CUBAS<br />
UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA,<br />
CANOINHAS (SC)<br />
JEAN PIERRE CAVALLI<br />
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA,<br />
SANTA MARIA (RS)<br />
Fotos: divulgação<br />
Março 2022<br />
61
PESQUISA<br />
RESUMO<br />
Amodelagem estatística na predição de alturas<br />
de árvores em florestas plantadas é uma<br />
forma de reduzir o tempo e custo do levantamento<br />
de dados do inventário florestal.<br />
Nesse sentido, o presente estudo teve como<br />
objetivo estimar a altura de árvores de Eucalyptus grandis<br />
W. Hill através de modelos de regressão (MR) e RNA<br />
(Redes Neurais Artificiais). Para isso, foram utilizados 713<br />
pares de dados de altura e diâmetro de árvores individuais<br />
medidas no inventário florestal, sendo que 70% dos dados<br />
foram utilizados para o ajuste dos modelos de regressão<br />
e treino das RNA e 30% utilizados para validação das<br />
técnicas. Foram ajustados cinco modelos hipsométricos<br />
tradicionais, cinco modelos em função da variável dap e da<br />
variável idade na forma aritmética, quadrática, logarítmica,<br />
inversa e raiz quadrada, totalizando vinte e cinco novos<br />
modelos e, por fim, foram treinadas cinco redes neurais<br />
do tipo Multilayer Perceptron. As técnicas foram avaliadas<br />
estatisticamente através da correlação (rYY), RQME (Raiz<br />
Quadrada do Quadrado Médio do Erro) e análise gráfica<br />
de resíduos. Tanto no treino como na validação as RNA<br />
obtiveram melhores resultados estatísticos, na validação<br />
a melhor RNA obteve rYY de 0,941 e RQME de 1,238 m. O<br />
modelo de regressão de relação h/d obteve rYY de 0,928 e<br />
RQME de 1,373m (metros). O modelo de regressão com inserção<br />
da variável idade apresentou rYY de 0,936 e RQME<br />
de 1,289m. Ambas as técnicas poderiam ser utilizadas para<br />
estimar a altura das árvores de Eucalyptus grandis, porém<br />
as RNA são mais acuradas.<br />
PALAVRAS-CHAVE: Aprendizado de máquinas, Inteligência<br />
artificial, Mensuração florestal<br />
As estimativas de estoques<br />
de crescimento e de colheita<br />
são importantes elementos do<br />
manejo florestal<br />
INTRODUÇÃO<br />
A quantificação do estoque volumétrico é realizada por<br />
meio de inventários florestais contínuos ou temporários.<br />
Ambos consistem basicamente na medição de amostras<br />
representativas da população, denominadas de unidades<br />
amostrais, também conhecidas como parcelas. As estimativas<br />
de estoques de crescimento e de colheita são<br />
importantes elementos do manejo florestal, uma vez que<br />
fornecem informações quantitativas dos povoamentos,<br />
auxiliando na definição de planos de manejo (Binoti et al.,<br />
2013). Existem muitos modelos para estimação da altura<br />
total de árvores, muitos deles podendo ser utilizados em<br />
várias espécies. A mensuração da altura de árvores é de<br />
grande importância nos inventários florestais, apresentando<br />
um custo significativo, sendo assim, torna-se necessário<br />
a realização de estudos voltados à modelagem, aos procedimentos<br />
e equipamentos utilizados para mensuração<br />
(Vendruscolo et al., 2017). Além das técnicas de modelagem<br />
por regressão o aprendizado de máquinas está se<br />
destacando no meio florestal, devido a sua capacidade de<br />
gerar estimativas mais acuradas que as equações obtidas<br />
com os modelos. Na mensuração florestal, as RNA é uma<br />
62 www.referenciaflorestal.com.br
das técnicas de aprendizado de máquinas que estão sendo<br />
estudadas e ganhando espaço nesse meio, tais como: Binoti<br />
et al. (2013) que utilizaram RNA para estimar a altura<br />
de povoamentos equiâneos de Eucalyptus sp.; Vendruscolo<br />
et al. (2017) estimaram altura de árvores de Tectona grandis<br />
L.f.; Mendonça et al. (2018) estimaram altura de árvores<br />
de ipê felpudo utilizando RNA; Martins et al. (2019a)<br />
estimaram altura de árvores de Parapiptadenia rigida<br />
(Benth.) Brenan com uso de RNA; entre outros. Uma RNA<br />
consiste em múltiplas unidades de processamento simples,<br />
denominados neurônios artificiais, que estão conectados<br />
entre si e organizados em camadas, formando um sistema<br />
computacional paralelo para executar uma determinada<br />
tarefa (Bullinaria, 2014). Estes fornecem estimações<br />
precisas, tornando o alcance dos resultados relacionados<br />
à dendrometria florestal mais célere, menos onerosa e<br />
dispendiosa economicamente, além de ser menos laboriosa<br />
(Ferreira et al., 2014). Objetivou-se com este trabalho<br />
comparar modelos de regressão e redes neurais artificiais<br />
para estimar a altura de árvores de Eucalyptus grandis de<br />
povoamentos florestais presentes em duas mesorregiões<br />
do Estado do Rio Grande do Sul.<br />
MATERIAL E MÉTODOS<br />
Caracterização e localização da área do estudo. Os<br />
dados foram coletados em povoamentos florestais de<br />
Eucalyptus grandis, localizados no estado do Rio Grande<br />
do Sul, nos municípios de Santa Cruz do Sul, Lajeado,<br />
Estrela e Cachoeira do Sul, pertencentes a mesorregião<br />
centro oriental Rio-grandense, além dos municípios de<br />
Montenegro, Gramado, Canela, Porto Alegre, Osório e Camaquã,<br />
pertencentes a mesorregião metropolitana. Essas<br />
mesorregiões, as quais os povoamentos estão inseridos,<br />
possuem clima, segundo a classificação de Köppen, do tipo<br />
Cfa, com temperatura anual média de 17,9oC e a precipitação<br />
média anual de 1826,0 mm (Alvares et al., 2013). Os<br />
solos das mesorregiões avaliadas são argilosos, profundos,<br />
de coloração avermelhada em toda sua extensão do perfil,<br />
bem drenados e derivados de siltitos finos (Lemos et<br />
al.,1973).<br />
Essa é uma versão parcial deste artigo. A versão<br />
completa pode ser acessada neste link: https://revistas.ufpr.<br />
br/biofix/article/view/68839/39833<br />
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Março 2022<br />
63
AGENDA<br />
AGENDA2022<br />
Dúbai Woodshow<br />
Data: 15 a 17<br />
Local: Dubai (EAU)<br />
www.woodshowglobal.com/dubai<br />
Expoforest 2022<br />
Data: 6 a 10<br />
Local: Santa Cruz de la Sierra (Bolívia)<br />
https://fexpocruz.com.bo/expoforest<br />
MARÇO<br />
2022<br />
ABRIL<br />
2022<br />
ABR<br />
2022<br />
EXPOFOREST 2022<br />
Feira especializada em produtos e recursos da biodiversidade<br />
florestal e da indústria madeireira. De 6 a 10 de<br />
abril de 2022, onde será estabelecido um espaço focado<br />
em promover a reativação produtiva e econômica do<br />
setor florestal. Serão mais de 40 expositores de todas<br />
as áreas do setor de base florestal da Bolívia em um<br />
só lugar. É a oportunidade de gerar o encontro entre<br />
os setores produtivos da indústria florestal, florestal e<br />
madeireira.<br />
Imagem: reprodução Imagem: reprodução<br />
Forst Live<br />
Data: 29/04 a 1/05<br />
Local: Offenburg (Alemanha)<br />
www.forst-live.de/en<br />
ABRIL<br />
2022<br />
ABR<br />
2022<br />
FORST LIVE<br />
A FORSTlive é uma das principais feiras de demonstração<br />
internacional para silvicultura, tecnologia e energias<br />
renováveis. Em 2019, edição mais recente do evento, mais<br />
de 400 expositores de 15 países apresentaram uma gama<br />
detalhada de produtos e ofertas com inúmeros desenvolvimentos<br />
e inovações. Tanto para a apresentação de produtos<br />
como para demonstrações de máquinas, o recinto de<br />
exposições ao ar livre com 46 mil m2 (metros quadrados)<br />
oferece as condições ideais, assim como a Baden-Arena de<br />
6 mil m2, onde fabricantes e comerciantes expõem tudo<br />
sobre o tema das energias renováveis.<br />
64 www.referenciaflorestal.com.br
AGENDA2022<br />
ABRIL<br />
2022<br />
Wood Taiwan<br />
Data: 28/04 a 12/05<br />
Local: Taipei (Taiwan)<br />
www.woodtaiwan.com/en/index.html<br />
MAIO<br />
2022<br />
ASSINE AS PRINCIPAIS<br />
REVISTAS DO SETOR<br />
E FIQUE POR DENTRO<br />
DAS NOVIDADES!<br />
Show <strong>Florestal</strong><br />
Data: 24 a 26<br />
Local: Três Lagoas (MS)<br />
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INFORMAÇÃO<br />
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FLORESTAL<br />
INDUSTRIAL<br />
PRODUTOS<br />
BIOMAIS<br />
JUNHO<br />
2022<br />
CELULOSE<br />
WoodEX for Africa 2022<br />
Data: 7 a 9<br />
Local: Joanesburgo (África do Sul)<br />
www.woodexforafrica.com<br />
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ESPAÇO ABERTO<br />
Crise energética<br />
E ESG<br />
Por Luiz Marcatti e Herbert Steinberg,<br />
respectivamente, sócio e presidente<br />
e sócio, fundador e presidente do<br />
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o quadro geral com clareza<br />
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diante de um ambiente<br />
hostil<br />
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O<br />
s intensos debates sobre o desenvolvimento sustentável<br />
têm impulsionado as sociedades, as empresas, as organizações<br />
e os governos a pensarem em ações realmente<br />
efetivas para se alcançar esse objetivo. Os desafios têm<br />
escala global, e, como tal, envolvem tentativas de acordos<br />
e alinhamentos das economias quanto ao uso de recursos naturais, com as<br />
esperadas resistências de algumas partes. De qualquer maneira, a agenda<br />
tem avançado, com uma visível mudança de comportamento das empresas,<br />
que a cada dia mais adotam diretrizes ESG (Ambiental, Social e Governança,<br />
em inglês), para responder às exigências de investidores e consumidores.<br />
Ocorre que as transformações de fato significativas dependem de uma<br />
mudança estrutural, que inclui a substituição gradativa dos combustíveis<br />
fósseis por energia obtida de fontes limpas.<br />
É nesse contexto internacional de descarbonização, que o Brasil agora<br />
se vê, pela terceira vez neste século, inseguro para garantir o pleno abastecimento<br />
de energia para a população e para as empresas. Não falta competência<br />
técnica dos operadores do sistema elétrico nacional - herança do<br />
aprimoramento de novas tecnologias desenvolvidas nas últimas décadas -,<br />
e o país também conta com avanços no monitoramento das redes, melhor<br />
gerenciamento remoto e um eficiente sistema de supervisão e controle. A<br />
excessiva dependência brasileira da matriz hídrica para a geração de energia<br />
elétrica faz com que a maioria das ações contra crises de abastecimento<br />
seja pontual. Não por acaso, é comum que as preocupações girem em<br />
torno das previsões climáticas. A despeito dos avanços na geração e na distribuição<br />
de energia, sabe-se que dar atenção apenas a problemas sazonais<br />
não é uma boa estratégia no enfrentamento de situações como uma crise<br />
aguda de curto prazo de temas de mais amplo alcance, como mudanças<br />
climáticas, transição energética e descarbonização.<br />
Algumas preocupações devem entrar no radar dos conselhos de administração<br />
e das instâncias corporativas encarregadas do direcionamento<br />
estratégico das empresas. Na avaliação dele, torna-se cada vez mais importante<br />
antecipar prováveis demandas que surgirão no âmbito da transição<br />
energética para novas fontes. Os desdobramentos de acordos como o da<br />
COP 26, recentemente encerrada, e as tensões entre os estados nacionais<br />
são uma demonstração de que os problemas são multifacetados, o que exige<br />
respostas. Esse é um dos motivos pelos quais as empresas devem estar<br />
preparadas em termos de governança. É bastante provável que, nessa nova<br />
dinâmica global, seja necessário cumprir regras estabelecidas por organismos<br />
multilaterais e em meio a um cenário de tensões geopolíticas.<br />
A dimensão social do ESG tem uma inevitável correlação com o desenvolvimento<br />
sustentável. Diante da velocidade vertiginosa das transformações<br />
em curso no mundo, as empresas têm o desafio da requalificação e<br />
recolocação de capital humano, que impacta também na empregabilidade,<br />
renda e saúde - no S, portanto. No Brasil, se não é possível ignorar os problemas<br />
e incertezas das próximas décadas, tampouco se deve desconsiderar<br />
o que pode ser feito agora.<br />
Do ponto de vista do fornecimento de energia elétrica, o Brasil deve<br />
adotar variadas fontes e soluções durante a transição - como o biocombustível<br />
- e se aproveitar do crescimento exponencial das novas tecnologias,<br />
que abrem espaço para hidrogênio verde e produção de energia eólica e<br />
solar. A diversificação significa uma geração distribuída de menor porte e<br />
descentralizada. Essa estratégia não resolve todos os problemas, mas reforça<br />
o portfólio, incentiva a inovação e a ruptura tecnológica necessárias à<br />
formação de alternativas descarbonificadas.
Novo sistema de medição de<br />
comprimento ainda mais preciso;<br />
Novo projeto de chassis, mais<br />
robusto, maior durabilidade;<br />
Novos cilindros das facas de<br />
desgalhe;<br />
Pinos substituíveis do Link,<br />
simplificando sua manutenção;<br />
Novo acesso ao ponto para<br />
lubrificação, mais segurança na<br />
manutenção;<br />
Nova geometria da caixa da serra,<br />
que propicia um ciclo de corte mais<br />
rápido com menor lasque da<br />
madeira;<br />
Anéis trava ajustáveis no conjunto<br />
de medição do diâmetro, que<br />
estendem a durabilidade dos<br />
componentes.<br />
Serviço: (41) 2102-2881<br />
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Peças: (41) 2102-2881<br />
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