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ARTIGO<br />
moradores. A reciclagem foi desenvolvida como solução<br />
para o problema, pois, além de dar emprego a muitas famílias,<br />
resolveu, em parte, a produção descontrolada de lixo,<br />
diminuindo, assim, os impactos causados pelo lixo. Quanto<br />
ao restante do lixo, ou seja, aquele que não tem mais como<br />
reutilizar é despejado em uma grande caçamba e, depois,<br />
levado para cidade de Sabará (MG), onde existe um aterro<br />
bem estruturado.<br />
Com os recursos e cuidados necessários na captação e<br />
queima de gás, tratamento de chorume e demais cuidados<br />
necessários, visando, dessa forma, acabar com a infestação<br />
de animais e urubus no local, é possível obter resultados<br />
bastante satisfatórios, porém, cabe a mudança de postura.<br />
Foi um grande avanço, pois, no passado, o lixo era depositado<br />
à céu aberto, trazendo transtornos para os moradores<br />
próximos ao lixão e, assim, muitas doenças eram transmitidas<br />
às pessoas que procuravam materiais no lixo. Tratando-<br />
-se de soluções para preservar o meio ambiente, é preciso<br />
colocar em pauta dois fatores. De um lado está a natureza,<br />
localizada onde sempre esteve. Do outro, o homem, que,<br />
por sua vez, busca e cria novas tecnologias, utilizando, para<br />
isso, recursos que, na maioria das vezes, agridem e destroem<br />
o meio ambiente.<br />
No tocante à criação de instrumentos legais, a Constituição<br />
Federal determina, em seu artigo 23, inciso VI, que cabe<br />
à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios a<br />
competência concorrente para “proteger o meio ambiente<br />
e combater a poluição em qualquer de suas formas”. Essa<br />
possibilidade decorre da concretização do denominado<br />
federalismo cooperativo refletido no parágrafo único do art.<br />
23, que prevê que uma lei complementar fixe normas para a<br />
cooperação entre União, Estados, Distrito Federal e municípios,<br />
visando equilíbrio de desenvolvimento e bem-estar em<br />
âmbito nacional (Cervi, 2009, s/p).<br />
E, na busca de seus ideais, esquecem que sem preservação<br />
não existe natureza e sem natureza não tem sobrevivência.<br />
Há que se concordar com Dias (2003) quando infere que<br />
a falta de planejamento adequado na utilização dos recursos<br />
naturais acarretará, à médio prazo, o esgotamento desses<br />
recursos, que, em muitas das vezes, são irrecuperáveis ou<br />
são recompostos em um espaço de tempo muito longo.<br />
4. O CRESCIMENTO POPULACIONAL E A SUA<br />
RELAÇÃO COM O MEIO AMBIENTE<br />
A busca pela sobrevivência está cada vez mais disputada<br />
entre homens e natureza, e, nessa busca desenfreada, é<br />
comum encontrar vários rastros de destruição deixados pelo<br />
ser humano. Não adianta lembrar e falar sobre Protocolo de<br />
Kyoto, Eco-92 e de demais instituições que tratam do assunto<br />
de preservação ambiental se não colocarem em prática<br />
tudo que foi tratado. As fábricas continuam poluindo, as florestas<br />
estão sendo destruídas, os rios poluídos com o despejo<br />
de esgotos, além de resíduos tóxicos das grandes fábricas,<br />
sem contar o lixo hospitalar que ainda causa transtorno no<br />
manejo e descarte. A aceleração do crescimento populacional<br />
tem contribuído muito com o estrago da natureza. Todo<br />
os anos são colocadas grandes frotas de veículos nas ruas<br />
e, apesar da fiscalização, o grau de poluição emitidos pelas<br />
descargas dos veículos ainda é muito preocupante.<br />
Nesse contexto, visualiza-se, ainda hoje, que a poluição<br />
emitida na atmosfera é contínua e faz com que os hospitais<br />
fiquem lotados e as pessoas doentes em razão de problemas<br />
respiratórios, sendo que os mais prejudicados são as<br />
crianças e os idosos. A qualidade de vida está cada vez pior,<br />
principalmente nas grandes cidades, onde existe uma quantidade<br />
maior de veículos nas ruas e fábricas poluidoras. Não<br />
é preciso ir muito longe para vislumbrar o que o ser humano<br />
tem feito para destruir o meio ambiente. No nosso bairro,<br />
nas ruas de nossa cidade e mesmo na vizinhança ao lado<br />
vemos a ignorância do ser humano à respeito do assunto. É<br />
necessário, urgentemente, implantar a educação ambiental<br />
no currículo escolar, de forma obrigatória, com pessoas capacitadas<br />
para instruir as crianças à respeito da importância<br />
e os cuidados que se deve ter para com o meio ambiente.<br />
Deve-se orientar e educar desde cedo, pois esse é o<br />
recurso mais eficiente. Não devemos esperar que essas<br />
crianças se tornem adultos para que se comprometam com<br />
o meio. Aprender a respeitar a natureza é uma tarefa que<br />
deve ser ensinada em casa, nas empresas e nas escolas. Muito<br />
se houve falar na destruição da floresta amazônica com o<br />
desmatamento, incêndios, etc. Contudo, esquecemos que a<br />
educação ambiental começa dentro de nossas residências,<br />
quando orientamos a família e aplicamos medidas cabíveis<br />
quanto ao descarte de nosso lixo, usando a reciclagem e fazendo<br />
o uso consciente da água e energia elétrica, evitando<br />
desperdícios desnecessários. A maior parte das águas potáveis<br />
que consumimos vem dos rios (Paiva, 2011). Além do<br />
lixo que vai parar no leito de um rio depois de fortes chuvas,<br />
existe, também, a contaminação pelo esgoto não tratado<br />
das residências e indústrias.<br />
Não podemos esquecer que a distribuição irregular da<br />
população vem afetando muito a condição climática, pois<br />
a densidade demográfica tem aumentado cada vez mais<br />
na região sudeste e litorânea, motivo pelo qual essa região<br />
concentra maior crescimento populacional cujos impactos<br />
ambientais são maiores.<br />
CONSIDERAÇÕES FINAIS<br />
De acordo com tudo que foi exposto na pesquisa<br />
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