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NOTAS DE AULA - PONTES II - PARTE I R01

Apresenta os diversos carregamentos a serem considerados no projeto das pontes.

Apresenta os diversos carregamentos a serem considerados no projeto das pontes.

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c) No caso de obra situada em ramal, pátio ou terminal privados, o trem-tipo a ser adotado no projeto

estrutural pode ser diferente dos especificados na NBR 7189(1985), a critério de seus proprietários, mas

nunca inferior ao trem-tipo da via de acesso correspondente;

d) No caso de obra situada dentro de área de processo industrial, o trem-tipo a ser adotado deve ser

especificado pelos proprietários das indústrias.

Em função das cargas efetivas das composições e mais recentemente com o cancelamento da NBR 7189

os responsáveis pelas vias passaram a adotar as cargas móveis recomendadas por manuais

internacionais como os da American Railway Engineering Maintenance of Way Association (AREMA 11),

como por exemplo, os trens-tipo ferroviários da série COOPER E. Para transporte de minério de ferro

pode-se utilizar o veículo COOPER E-80, mostrado na Figura 2.10.

Figura 2.10 – Trem tipo ferroviário COOPER E-80.

2.3.1.5. Observação importante sobre o efeito dinâmico das cargas móveis

Usualmente no estudo das estruturas supõe-se que as cargas sejam aplicadas de maneira que sua

intensidade cresça gradualmente desde zero até o valor total, no entanto as cargas móveis reais nas

pontes são aplicadas bruscamente.

Além disso, a simples consideração de cargas estáticas não corresponderia à realidade em virtude das

oscilações provocadas pelos veículos, especialmente pelos trens, e causadas pela existência de

excêntricos nas rodas, pela ação das molas, pelas juntas dos trilhos ou por irregularidades da pista de

rolamento nas pontes rodoviárias, pela força centrífuga causada pela deformação da ponte sob a ação

das cargas (efeito Willis-Zimmermann), etc.

A análise de todos estes efeitos deve ser feita pela teoria da Dinâmica das Estruturas, e resulta bastante

trabalhosa. Em conseqüência, usualmente, leva-se em conta na prática, o efeito dinâmico das cargas

móveis de maneira global, dando a elas um acréscimo pela multiplicação pelos coeficientes de impacto ou

coeficientes de amplificação dinâmica e considerando-as como se fossem aplicadas estaticamente.

Nos elementos estruturais de obras ferroviárias o coeficiente de impacto recomendado pela

NBR 7189 está dado pela seguinte expressão:

Onde L é o comprimento de cada vão teórico do elemento carregado, qualquer que seja o

sistema estrutural, em metros.

Importante ressaltar que de acordo com a NBR 7187 (2003), não deve ser considerado o

impacto na determinação do empuxo de terra provocado pelas cargas móveis, no cálculo de

fundações e nos passeios das pontes rodoviárias.

2.3.2. Força centrífuga

A força centrífuga se manifesta nas pontes em curva, aplicada pelo veículo ao tabuleiro através do atrito

das rodas com o pavimento ou, em pontes ferroviárias, aplicada pelo friso das rodas ao trilho e,

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