NOTAS DE AULA - PONTES II - PARTE I R01
Apresenta os diversos carregamentos a serem considerados no projeto das pontes.
Apresenta os diversos carregamentos a serem considerados no projeto das pontes.
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No caso de pontes ferroviárias com mais de uma linha, considera-se a força longitudinal em
apenas duas delas: numa considera-se a força de frenagem e na outra a força de aceleração ou
metade da força de frenagem, adotando-se a maior delas. Estas forças são consideradas
atuando no mesmo sentido, nas duas linhas que correspondem à situação mais desfavorável
para o dimensionamento.
2.3.5. Variação de temperatura
Considerando que existe uma superfície exposta (parte superior) à ação solar direta, a distribuição de
temperatura ao longo da altura da seção transversal das pontes apresenta a forma indicada na figura.
Figura 2.13 - Distribuição da temperatura ao longo da altura da superestrutura de uma ponte.
Esta distribuição de temperatura pode ser decomposta em três parcelas: variação uniforme, variação
linear (gradiente de temperatura) e uma parcela correspondente à temperatura igual nas faces opostas,
variando no interior da seção. As deformações correspondentes a estas parcelas estão mostradas na Fig.
2.14.
Figura 2.14 - Decomposição da variação de temperatura e deformações correspondentes.
A variação uniforme de temperatura tentará produzir uma variação de comprimento e o gradiente térmico
tentará produzir um encurvamento ao longo do comprimento da ponte. Já a última parcela irá produzir
tensões internas, uma vez que as seções permanecem planas, sem, contudo, acarretar deslocamento
algum.
Importante destacar que a variação da temperatura pode acarretar esforços na direção transversal ao
eixo da ponte. Para uma seção celular, os momentos fletores devidos a uma variação uniforme de
temperatura e a um gradiente térmico na laje do tabuleiro estão mostrados na figura a seguir.
Figura 2.15 - Momentos fletores em seção celular devidos à variação de temperatura na laje do
tabuleiro
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