09.05.2022 Views

Revista Coamo edição Abril de 2022

Revista Coamo edição Abril de 2022

Revista Coamo edição Abril de 2022

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

"É uma normalida<strong>de</strong> maior do que o esperado nesse cenário <strong>de</strong> incertezas"<br />

Rogério Trannin <strong>de</strong> Mello, diretor<br />

Comercial da <strong>Coamo</strong>, participou<br />

do Momento <strong>Coamo</strong>, transmitido<br />

pelo canal da cooperativa<br />

no YouTube, no dia 19 <strong>de</strong> abril. Ele<br />

falou sobre o plantio das lavouras<br />

dos Estados Unidos, os impactos<br />

da guerra e a comercialização dos<br />

principais produtos pelos cooperados<br />

da <strong>Coamo</strong>. O <strong>de</strong>partamento<br />

<strong>de</strong> Agricultura dos Estados Unidos<br />

(USDA, na sigla em inglês), divulgou<br />

o primeiro relatório da safra<br />

americana no dia 18 <strong>de</strong> abril. Os<br />

dados mostraram a soja plantada<br />

em apenas 1% da área, o milho<br />

com 4% e o trigo com 6%. “O frio<br />

não está permitindo o avanço do<br />

plantio”, frisa.<br />

Segundo ele, o conflito<br />

entre a Rússia e a Ucrânia continua<br />

trazendo instabilida<strong>de</strong> para<br />

o agronegócio. Contudo, a situação<br />

está mais próxima da normalida<strong>de</strong><br />

do que o esperado. “Não<br />

sabemos até quando seguirá<br />

essa guerra. Mas, as coisas estão<br />

caminhando. A Rússia continua<br />

exportando trigo e a Ucrânia está<br />

exportando milho. Em relação<br />

aos fertilizantes, existem atualmente<br />

24 navios da Rússia a caminho<br />

do Brasil trazendo quase<br />

700 mil toneladas <strong>de</strong> fertilizantes.<br />

É uma normalida<strong>de</strong> maior do<br />

que a gente imaginava nesse cenário<br />

<strong>de</strong> incertezas”, diz.<br />

Trannin recorda que a<br />

safra <strong>de</strong> verão brasileira teve impactos<br />

<strong>de</strong>vido à falta <strong>de</strong> chuva,<br />

principalmente na região Sul. Já a<br />

Argentina está tendo problemas<br />

com geadas nesse momento final<br />

da colheita da soja. Todas essas<br />

questões, segundo o diretor,<br />

fazem com que o mercado oscile<br />

bastante. “A reação, tanto <strong>de</strong> quem<br />

produz como <strong>de</strong> quem compra, é<br />

muito similar, ou seja, quando os<br />

preços começam a subir há um<br />

recuo do cooperado no ritmo <strong>de</strong><br />

venda e quando eles começam a<br />

cair, tem aquele medo <strong>de</strong> per<strong>de</strong>r<br />

o bon<strong>de</strong>, e há uma intensificação<br />

do volume <strong>de</strong> fixação.”<br />

Histórico - Ele cita que no<br />

começo do ano, a soja abriu a R$<br />

162 a saca, chegando até R$ 200.<br />

Nesse período, o ritmo <strong>de</strong> fixação<br />

foi muito baixo, apesar <strong>de</strong> estar no<br />

período da colheita. Já quando o<br />

preço começou a recuar, caindo<br />

para R$ 190, o volume <strong>de</strong> vendas<br />

aumentou, mais que quintuplicou,<br />

e o preço voltou para a casa dos R$<br />

160. “Chegou uma hora que o mercado<br />

já estava bem <strong>de</strong>svalorizado<br />

e começou a ter um movimento <strong>de</strong><br />

recuperação, e novamente houve<br />

um recuo no ritmo <strong>de</strong> vendas. É<br />

preciso analisar sempre se o preço<br />

historicamente é atraente, pois o<br />

mercado é bastante volátil e uma<br />

queda <strong>de</strong> preço po<strong>de</strong> ocorrer <strong>de</strong><br />

forma rápida.”<br />

Conforme o diretor, as<br />

questões envolvendo os contratos<br />

nos últimos anos <strong>de</strong>ixaram<br />

os cooperados mais apreensivos<br />

e nesta safra está havendo um<br />

atraso na comercialização. “Mesmo<br />

com a quebra na produção<br />

da soja, o volume da comercialização<br />

ainda está baixo.”<br />

Bons preços - Ele cita que<br />

comparando os preços atuais na<br />

condição <strong>de</strong> Chicago em relação<br />

aos últimos <strong>de</strong>z anos, só houve 28<br />

dias nos últimos <strong>de</strong>z anos, on<strong>de</strong> os<br />

preços <strong>de</strong> Chicago estavam acima<br />

<strong>de</strong> U$ 17 por bushel para a soja<br />

e acima <strong>de</strong> U$ 8 o bushel para o<br />

milho. “Estamos em um momento<br />

<strong>de</strong> preços raros, e mesmo assim<br />

há esse receio <strong>de</strong> comercializar a<br />

safra por parte dos cooperados,<br />

em função do que ocorreu nos<br />

últimos anos. É preciso pon<strong>de</strong>rar<br />

porque estamos com preços muito<br />

bons. A venda <strong>de</strong>ve ser sempre<br />

em função do custo <strong>de</strong> produção,<br />

para ter uma boa média e procurar<br />

fazer a média no momento que os<br />

preços estão subindo. Com isso,<br />

gradualmente teremos uma média<br />

melhor.”<br />

Rogério Trannin <strong>de</strong> Mello, diretor Comercial da <strong>Coamo</strong><br />

abril/<strong>2022</strong> revista 39

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!