Revista Analytica Edição 118
Revista Analytica Edição 118 Disponível para leitura. A Revista Analytica é especializada em Controle de Qualidade das Industrias: Farmacêutica, Cosmética, Química, Biotecnologia, Meio Ambiente, Mineração e Petróleo.
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Em Foco Científico<br />
ACELERANDO OS TESTES COM CANNABIS:<br />
COMO AS PLACAS DE FILTRO AUMENTAM O RENDIMENTO<br />
E A PRODUTIVIDADE<br />
Por: Áurea Valadares Folgueras-Flatschart e Elaine Batista de Santana<br />
Instituto de Metrologia, Qualidade e Tecnologia - Inmetro - Duque de Caxias-RJ<br />
34<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Maio 2022<br />
Introdução<br />
Os estados que legalizam as vendas<br />
de cannabis exigem que todos os<br />
produtos de cannabis passem por<br />
testes analíticos antes da compra<br />
pelo público. Essa tendência levou<br />
os serviços de teste de cannabis a se<br />
tornarem uma indústria de US$ 1,1<br />
bilhão nos EUA e deve crescer a uma<br />
taxa anual composta de 15,4% entre<br />
2020 e 2027.1<br />
O principal fator que impulsiona<br />
o crescimento do mercado é o<br />
aumento dos casos de contaminação.<br />
À medida que a venda de produtos<br />
de cannabis medicinal e recreativo<br />
se torna cada vez mais popular, é<br />
essencial que os produtos sejam<br />
testados adequadamente para<br />
garantir um consumo seguro. As<br />
agências reguladoras estabeleceram<br />
limites máximos de quantidade<br />
para solventes residuais, inseticidas,<br />
pesticidas, metais pesados, micróbios<br />
e micotoxinas encontrados em<br />
plantas de cannabis. Nos últimos<br />
anos, os laboratórios adaptaram<br />
uma infinidade de técnicas de testes<br />
analíticos para proteger os consumidores<br />
desses contaminantes perigosos.<br />
À medida que a demanda por<br />
serviços de teste cresce, laboratórios<br />
internos e independentes estão<br />
procurando novas tecnologias que<br />
ofereçam vantagens significativas de<br />
rendimento nos fluxos de trabalho de<br />
teste com cannabis.<br />
Cinco testes comuns feitos com<br />
cannabis<br />
Existem cinco testes comuns que a<br />
maioria dos laboratórios realiza para<br />
garantir que os produtos de cannabis<br />
sejam seguros para consumo.<br />
Teste de potência: este teste<br />
determina a quantidade de CBD e THC<br />
em um determinado produto. O perfil<br />
completo de canabinóides requer<br />
uma etapa de filtragem seguida de<br />
cromatografia líquida de ultra-alta<br />
performance com detecção de arranjo<br />
de diodos (UPLC-DAD). Esse fluxo<br />
de trabalho permite que os analistas<br />
meçam diretamente a quantidade de<br />
ácido canabidiólico em uma amostra.<br />
Teste de pesticidas: Este fluxo de<br />
trabalho de teste normalmente requer<br />
etapas de extração e limpeza para<br />
remover elementos que podem afetar os<br />
resultados do teste. Em seguida, para a<br />
qualificação e quantificação de resíduos<br />
químicos, a amostra é analisada por<br />
cromatografia líquida ou gasosa com<br />
espectrometria de massa em tandem<br />
(LC-MS-MS ou GC-MS-MS).<br />
Teste de metais pesados:<br />
As plantas de cannabis podem<br />
extrair metais pesados do solo<br />
circundante. Laboratórios maiores<br />
usam a análise ICP-MS, que é capaz<br />
de detectar metais em níveis subppb.<br />
O ICP-MS oferece tempos de<br />
execução rápidos, alto rendimento<br />
e sensibilidade superior, ao mesmo<br />
tempo em que produz resultados<br />
precisos e confiáveis.