#apolice276
Edição especial com matérias sobre seguro de vida e inovação
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ESPECIAL SEGURO DE VIDA
CARTEIRA
LUIZ MÁRIO RUTOWISCH,
do CCS-RJ
para os beneficiários e a outra vantagem
do seguro de vida resgatável é que a pessoa
pode programar um tempo e quitar
esse seguro, então se a pessoa contrata
hoje para pagar durante 30 anos o seguro,
no final desses 30 anos vai ter reserva
acumulada, tanto pode resgatar como
pode quitar esse seguro vitaliciamente e
a partir dali não precisa pagar mais”, justifica
o executivo.
SINISTROS X PRECIFICAÇÃO
O item “preço” permanece como
fiel da balança para a evolução do seguro
de vida nos últimos anos. Esse fator
não impediu, contudo, a corrida pelas
apólices de vida ao longo da escalada
de sinistros na pandemia da Covid-19,
como destaca o presidente do Clube dos
Corretores de Seguros do Rio de Janeiro
(CCS-RJ), Luiz Mário Rutowisch: “o preço
sempre foi o balizador para o consumo,
porém, com a pandemia, a necessidade
de se ter uma apólice de seguro de vida
aflorou. O consumidor jovem começa a
identificar os benefícios de um seguro de
vida e assim aumentar os índices de consumo
do produto.”
Para Pedro Monteiro segue a mesma
linha, ou seja, o preço é determinante
para a evolução ou não da carteira. “Só
que na contrapartida tivemos nesses
dois últimos anos um aumento considerável
do número de sinistros. A gente
teve, por exemplo, e foi um movimento
interessante porque as seguradoras começaram a colocar carência
para casos de Covid. Para contratar um seguro, a empresa precisava
cumprir 90 dias de carência. As seguradoras não sabiam qual seria
o impacto. No decorrer do tempo — estamos falando de dois anos
cheios, de março de 2020 a março de 2022 —, algumas seguradoras
não conseguiram se manter no mercado, algumas saíram, pararam
com a operação de vida porque não tinham uma carteira que conseguisse
fazer o equilíbrio entre o prêmio e o sinistro. Outras apostaram,
entendendo o seguinte: é um momento pontual. Não sabemos
se vai levar um mês, dois meses, um ano, dois anos, três anos, mas
é pontual. A pandemia é pontual. Em algum momento ela vai parar”,
lembra Monteiro, para quem o volume de sinistros dos últimos
dois anos “atrapalhou bastante” a precificação. “Quem apostou em
uma política de preço competitiva, mesmo com a pandemia, teve
um melhor resultado nesse período. Esse equilíbrio entre preço e sinistro
aconteceu de maneira bem determinante, mas aquelas companhias
que botaram o olho nisso e tentaram buscar o equilíbrio,
agora começam a colher um resultado melhor.”
Os dois fatores, no caso o preço e o elevado índice de sinistro
ao longo da pandemia, se equilibram, segundo Octávio Perrisé, e a
contratação de apólices de vida não deverá recuar: “os analistas já
detectaram uma tendência de crescimento maior ainda nos próximos
anos devido à conscientização da população da necessidade
de proteger, cuidar e amparar seus entes queridos em casos de morte,
invalidez, doenças graves, afastamento profissional temporário,
em especial para quem não tem carteira assinada, os autônomos
ou MEI’s. Devido à variedade de produtos oferecidos pelo mercado,
moldada para estes novos consumidores, e quase todos adaptados
a esta nova realidade de precaução, cuidados e inflação alta, os preços
tornaram-se mais flexíveis e até mais baratos para atender a população
de baixa renda.”
Jayme Torres lembra que a carteira de seguro de vida já crescia
antes mesmo da pandemia. “O preço não foi determinante para
essa evolução até porque se trata de taxa sobre o capital segurado.
O que pode ocorrer é o capital não ser suficiente para satisfazer as
necessidades imediatas dos beneficiários”, deduz Torres.
Para Bernardo Ribeiro, a pandemia fomentou debates sobre
fragilidade e vulnerabilidade que se desdobraram na busca por seguro
de vida. “Aliado a isso, empresas novas (insurtechs) no mercado
questionaram as grandes margens de lucro com que as empresas
operam aqui no Brasil (segunda maior margem de lucro no mundo)
e estão oferecendo seguros mais acessíveis para o cliente final. Com
isso, tivemos a junção desses dois fatores: pessoas mais sensibilizadas
sobre a importância do seguro com ofertas mais acessíveis”, entende
o executivo da Azos.
PARENTES BENEFICIÁRIOS
Afinal, coberturas como doenças graves, incapacidade temporária
e produtos resgatáveis podem contribuir para que os titulares
dos planos também sejam os beneficiários? Rutowisch, do CCS-
-RJ, explica que esses produtos já são de usufruto pessoal e entram
num momento da vida em que o titular mais precisa e, assim, seguir
com seus propósitos. “Entretanto, esse produto ainda não faz parte
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