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Industrial_242Web

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ENTREVISTA Eduardo Leão, presidente da AIMEX avalia o cenário da exportação da madeira nacional<br />

EFICIÊNCIA E<br />

QUALIDADE<br />

INDÚSTRIA APRESENTA SOLUÇÕES<br />

EM SERRARIAS QUALIFICADAS PARA O<br />

DESENVOLVIMENTO DE PROJETOS<br />

EFFICIENCY<br />

AND QUALITY<br />

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SUMÁRIO<br />

INDUSTRIAL<br />

70<br />

2022<br />

44<br />

58<br />

54<br />

MADEIRA<br />

ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />

Abimci 43<br />

ABPM 41<br />

Alca Máquinas 11<br />

Benecke 09<br />

Cipem 27<br />

D6 Móveis 53<br />

Dallabona Máquinas 31<br />

DRV Ferramentas 15<br />

Drytech 29<br />

Engecass 13<br />

ForMóbile 39<br />

GCM Trade 35<br />

Lignum Brasil 63<br />

Linck 05<br />

Lions Machine 33<br />

Mendes Máquinas 02<br />

Mill Indústrias 84<br />

Montana Química 07<br />

MSM Química 21<br />

MSP <strong>Industrial</strong> 83<br />

Nazzareno 23<br />

Omil 19<br />

Prêmio REFERÊNCIA 69<br />

Rotteng 37<br />

Termolegno 25<br />

Vantec 17<br />

SUMÁRIO<br />

06 Editorial<br />

08 Cartas<br />

10 Bastidores<br />

12 Notas<br />

32 Aplicação<br />

34 Frases<br />

36 Entrevista<br />

42 Coluna ABIMCI<br />

44 Principal Eficiência e qualidade<br />

50 Mercado<br />

54 Case<br />

58 Marcenaria<br />

64 Prêmio REFERÊNCIA<br />

70 Madeira Tratada<br />

74 Artigo<br />

80 Agenda<br />

82 Espaço Aberto<br />

04<br />

referenciaindustrial.com.br JULHO 2022


TECNOLOGIA DE PONTA PARA SERRARIAS<br />

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serrarias para corte de toras classificadas por dimensão e não classificadas<br />

Inovação. Qualidade.<br />

Economia.<br />

MADE IN GERMANY


EDITORIAL<br />

SEMPRE<br />

AO SEU LADO<br />

NA CAPA<br />

A Revista da Indústria da Madeira / The Magazine for the Forest Product<br />

www.referenciaindustrial.com.br<br />

ENTREVISTA Eduardo Leão, presidente da AIMEX avalia o cenário da exportação da madeira nacional<br />

EFICIÊNCIA E<br />

QUALIDADE<br />

INDÚSTRIA APRESENTA SOLUÇÕES<br />

EM SERRARIAS QUALIFICADAS PARA O<br />

DESENVOLVIMENTO DE PROJETOS<br />

EFFICIENCY<br />

AND QUALITY<br />

A COMPANY PRESENTS<br />

SOLUTIONS IN SPECIALIZED<br />

SAWMILL EQUIPMENT FOR<br />

PRODUCT DEVELOPMENT<br />

06<br />

Q<br />

uando compramos um produto,<br />

esperamos que além dele cumprir<br />

suas funções básicas, também possa<br />

apresentar durabilidade e qualidade<br />

nessas atividades. Dentro de<br />

uma indústria madeireira, essa expectativa é ainda<br />

maior, porque esses equipamentos têm papel<br />

fundamental para o fluxo diário para as empresas.<br />

Por isso, a Mill Indústrias garante ao vender maquinários<br />

e soluções para serrarias, que os clientes<br />

contem com uma assistência técnica de qualidade<br />

e com atendimento rápido, tendo assim, uma<br />

companhia parceira caminhando ao seu lado.<br />

Nessa edição, o Leitor também irá conferir uma<br />

entrevista sobre a madeira brasileira e como o<br />

mercado internacional tem apetite pela nossa matéria-prima,<br />

além de reportagens especiais sobre<br />

exportação, mercado, marcenaria e muito mais.<br />

Tenha uma excelente leitura!<br />

ALWAYS BY<br />

YOUR SIDE<br />

W<br />

hen we buy a product, we hope<br />

it can fulfill its essential functions<br />

and present durability and quality.<br />

For timber producers, this<br />

expectation is even higher because<br />

this equipment plays a fundamental role in<br />

the daily work of these companies. Therefore, Mill<br />

Indústrias guarantees that, in selling machinery<br />

and solutions for sawmills, customers can count<br />

on quality technical assistance and fast service,<br />

thus having a partner company working alongside<br />

them. In this issue, the reader can also check out<br />

an interview about Brazilian timber and how the<br />

international market has observed it, in addition<br />

to articles on exports, markets, woodworking, and<br />

more. Pleasant reading!<br />

referenciaindustrial.com.br JULHO 2022<br />

NA CAPA DESTE MÊS É ESTAMPADA A<br />

FÁBRICA DA MILL INDÚSTRIAS, EMPRESA<br />

COM SEDE EM LAGES (SC) E REFERÊNCIA<br />

NA COMERCIALIZAÇÃO DE SERRAS,<br />

EQUIPAMENTOS E TÚNEIS DE SECAGEM<br />

AO MERCADO MADEIREIRO<br />

EXPEDIENTE<br />

ANO XXIV - EDIÇÃO 242 - JULHO 2022<br />

Ano XXIV • N°242 •Julho 2022<br />

Diretor Comercial / Commercial Director - Fábio Alexandre Machado<br />

fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />

Diretor Executivo / Executive Director - Pedro Bartoski Jr.<br />

bartoski@revistareferencia.com.br<br />

Redação / Writing<br />

Jorge de Souza<br />

jornalismo@revistareferencia.com.br<br />

Colunista / Columnist<br />

Paulo Pupo<br />

Depto. de Criação / Graphic Design<br />

Fabiana Tokarski / Supervisão<br />

Crislaine Briatori Ferreira<br />

Gabriela Bogoni | Larissa Purkotte<br />

criacao@revistareferencia.com.br<br />

Midias Sociais / Social Media<br />

Cainan Lucas<br />

Depto. Comercial / Sales Departament - Gerson Penkal - Carlos Felde<br />

comercial@revistareferencia.com.br<br />

fone: +55 (41) 3333-1023<br />

Representante Comercial - Dash7 Comunicação - Joseane Cristina Knop<br />

Tradução / Translation - John Wood Moore<br />

Depto. de Assinaturas / Subscription<br />

Cristiane Baduy<br />

assinatura@revistareferencia.com.br<br />

0800 600 2038<br />

ASSINATURAS<br />

0800 600 2038<br />

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GARANTIDA GARANTEED<br />

Veículo filiado a:<br />

A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente, dirigida aos produtores e<br />

consumidores de bens e serviços em madeira, instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos<br />

governamentais, ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente ligados ao<br />

segmento madeireiro. A Revista REFERÊNCIA do Setor <strong>Industrial</strong> Madeireiro não se responsabiliza por<br />

conceitos emitidos em matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais de<br />

responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação, armazenamento de banco<br />

de dados, sob qualquer forma ou meio, dos textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista RE-<br />

FERÊNCIA são terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos direitos autorais,<br />

exceto para fins didáticos.<br />

Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication directed at the producers and<br />

consumers of the good and services of the lumberz industry, research institutions, university students,<br />

governmental agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked to the forest based<br />

segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself responsible for the concepts contained in the material,<br />

articles or columns signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors, themselves. The<br />

use, reproduction, appropriation and databank storage under any form or means of the texts, photographs<br />

and other intellectual property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited without<br />

the written authorization of the holders of the authorial rights.


THE FOREST-BASED SECTOR<br />

WORK FOR THE DEVELOPMENT AND<br />

RECOGNITION OF THE TIMBER<br />

INDUSTRIAL SECTOR<br />

ENTREVISTA - Como a Guerra entre Rússia e Ucrânia vai impactar na economia aqui no Brasil?<br />

CARTAS<br />

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BLOCO<br />

A Revista da Indústria da Madeira / The Magazine for the Forest Product<br />

GUARDIÃ DO SETOR<br />

ASSOCIAÇÃO COMPLETA 50 ANOS DE TRABALHOS<br />

PELO DESENVOLVIMENTO E RECONHECIMENTO<br />

DO SETOR INDUSTRIAL MADEIREIRO<br />

CARTAS<br />

CAPA DA EDIÇÃO 241 DA<br />

PICADOR<br />

SERRA FITA HORIZONTAL<br />

REVISTA REFERÊNCIA INDUSTRIAL, MÊS DE JUNHO DE 2022<br />

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ócio!<br />

MERCADO<br />

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Ano XXIV • N°241 •Junho 2022<br />

TOGETHER FOR<br />

PROGRESS<br />

REPRESENTING EIGHT BUSINESS UNIONS<br />

FROM THE STATE OF MATO GROSSO, FOR<br />

17 YEARS AN ENTITY HAS BEEN SERVING<br />

SECTOR GUARD<br />

ASSOCIATION COMPLETES 50 YEARS OF<br />

CAPA<br />

Por Carlos Pedro Soares,<br />

Chapecó (SC)<br />

Por Marcos Felipe dos Santos,<br />

Cornélio Procópio (PR)<br />

Excelente saber que o Paraná está sendo<br />

referência em fomentar as exportações do setor<br />

madeireiro. O governo tem que ser essa ponte<br />

que leva os produtos para o resto do mundo.<br />

O setor madeireiro no<br />

Brasil é referência quando<br />

se trata de sucesso e<br />

grande parte dessas<br />

conquistas é graças às<br />

entidades que atuam<br />

diariamente em prol de<br />

todas as indústrias.<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação/ Arbol Arts<br />

Foto: divulgação<br />

MADEIRA TRATADA<br />

Por Danilo Fortes,<br />

Juiz de Fora (MG)<br />

MARCENARIA<br />

O Estado deve funcionar<br />

como agente de<br />

promoção da liberdade<br />

econômica às empresas,<br />

gerando receita e<br />

emprego para toda<br />

sociedade.<br />

Por Maria Luisa Stéfani,<br />

Porto Alegre (RS)<br />

Que bela história de vida do Lucas. Saiu<br />

de uma carreira que não dava alegria<br />

para buscar o sonho e hoje construiu um<br />

caminho de sucesso. Inspirador!<br />

08<br />

Leitor, participe de nossas pesquisas online respondendo os<br />

e-mails enviados por nossa equipe de jornalismo.<br />

As melhores respostas serão publicadas em CARTAS. Sua opinião é<br />

fundamental para a Revista REFERÊNCIA INDUSTRIAL.<br />

referenciaindustrial.com.br JULHO 2022<br />

E-mails, críticas e sugestões podem ser enviados para redação ou siga:<br />

jornalismo@revistareferencia.com.br<br />

CURTA NOSSA PÁGINA<br />

Referência <strong>Industrial</strong> Madeira<br />

@referenciamadeira


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monitoramento online<br />

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BASTIDORES<br />

BASTIDORES<br />

VISITA<br />

O REPRESENTANTE COMERCIAL DA REFERÊNCIA INDUSTRIAL,<br />

GERSON PENKAL, ESTEVE RECENTEMENTE VISITANDO A<br />

EMPRESA FLEX MANUTENÇÃO INDUSTRIAL, DO DIRETOR<br />

JOÃO LETCHACOVSKEI. A FLEX É UMA GRANDE PARCEIRA<br />

COMERCIAL DA REVISTA REFERÊNCIA CELULOSE & PAPEL<br />

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ALTA<br />

PARCERIA<br />

A GCM TRADE É A MAIS NOVA PARCEIRA COMERCIAL DA<br />

REFERÊNCIA INDUSTRIAL. O NOSSO DIRETOR COMERCIAL,<br />

FÁBIO MACHADO, ESTEVE VISITANDO A SEDE DA EMPRESA,<br />

DO DIRETOR GUSTAVO MILAZZO E DA COORDENADORA<br />

DE OPERAÇÕES, GISELE SANTOS.<br />

Foto: divulgação<br />

PIB<br />

O PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro deverá<br />

atingir crescimento de 1,8% este ano,<br />

chegando a 1,3% de crescimento em 2023.<br />

A estimativa é do IPEA (Instituto de Pesquisa<br />

Econômica Aplicada), que divulgou, em<br />

junho, a Visão Geral da Conjuntura, análise<br />

trimestral da economia brasileira. Segundo<br />

o instituto, o destaque será para o setor de<br />

serviços, com estimativa de alta de 2,8%,<br />

enquanto os setores de agropecuária e<br />

industrial devem mostrar relativa estabilidade.<br />

Do lado da demanda, a projeção de<br />

crescimento do consumo das famílias ficou<br />

em 1,6% para este ano. Depois da alta de<br />

1% do PIB registrada no primeiro trimestre<br />

de 2022, a maioria dos setores produtivos<br />

apresentou desempenho positivo também<br />

em abril. As previsões do Ipea mostram<br />

que, em maio, o nível de atividade deve<br />

avançar na comparação com o mês anterior<br />

e com ajuste sazonal: 1,2% na indústria,<br />

0,6% no comércio e 0,3% nos serviços.<br />

BAIXA<br />

ECONOMIA CRESCE<br />

MENOS<br />

O IIE-Br (Indicador de Incerteza<br />

da Economia) subiu 0,5<br />

ponto de maio para junho<br />

deste ano, atingindo 116,4<br />

pontos, segundo informou<br />

em junho a FGV (Fundação<br />

Getulio Vargas). Esse Indicador<br />

é composto por dois<br />

componentes: o IIE-Br Mídia,<br />

baseado nas informações<br />

coletadas dos principais<br />

jornais do país; e o IIE-Br<br />

Expectativa, obtido a partir<br />

das expectativas do mercado<br />

financeiro acerca de variáveis<br />

macroeconômicas, como a<br />

taxa de câmbio, a taxa Selic<br />

e o IPCA (Índice de Preços ao<br />

Consumidor Amplo).<br />

10 referenciaindustrial.com.br JULHO 2022


NOTAS<br />

INDÚSTRIA DE<br />

MÁQUINAS<br />

O faturamento da indústria de máquinas e<br />

equipamentos cresceu 3,6% em maio na comparação<br />

com o mesmo mês do ano passado. Segundo<br />

balanço divulgado em junho pela Abimaq<br />

(Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e<br />

Equipamentos), a receita líquida total ficou em R$<br />

28 bilhões. De janeiro a maio deste ano, o setor<br />

acumula queda de 4,1% na receita em relação a<br />

2021.<br />

Na avaliação da Abimaq, o resultado reflete<br />

a sinalização de bom desempenho dos negócios<br />

durante feiras importantes, como a Agrishow, de<br />

tecnologia agrícola, no fim de abril; e a Feimec,<br />

exposição de máquinas e automação industrial no<br />

começo de maio. Na comparação com abril, o faturamento<br />

do setor cresceu 18,6%. A expectativa<br />

da indústria é de crescimento de 3,8% neste ano.<br />

“Desde o mês de janeiro, vínhamos acumulando<br />

quedas, principalmente quando se comparada<br />

com o mesmo mês do ano anterior. Maio foi o<br />

primeiro mês do ano a registrar crescimento interanual.<br />

Esse crescimento se deu pela primeira vez<br />

no mercado doméstico. As exportações já vinham<br />

com crescimento ao longo do ano e, a partir do<br />

segundo trimestre do ano passado, o mês de<br />

maio teve o resultado puxado por vendas tanto no<br />

mercado doméstico quanto nas exportações”, esclarece<br />

a economista da Abimaq, Cristina Zanella.<br />

Os resultados mostram um início de ano mais<br />

fraco no mercado doméstico, mas o segmento<br />

voltou a crescer em maio. Na comparação com<br />

abril, já considerando o ajuste sazonal, houve<br />

aumento de 11,4% no faturamento com vendas<br />

internas. Na comparação com maio de 2021, o<br />

resultado (3,4%) interrompe uma série de seis quedas<br />

consecutivas. No período analisado, houve<br />

forte crescimento na receita de máquinas para uso<br />

industrial e na venda de máquinas para fins agrícolas<br />

e de construção civil.<br />

Quanto às exportações, manteve-se a tendência<br />

de crescimento observada desde o início do<br />

ano, mesmo com uma pequena desvalorização do<br />

dólar em relação ao real. Em maio, houve crescimento<br />

de 33,4% no faturamento com exportações<br />

na comparação com maio de 2021. A expectativa<br />

do setor é que o ganho com as exportações cresça<br />

15% neste ano.<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

12 referenciaindustrial.com.br JULHO 2022


NOTAS<br />

CENÁRIO POSITIVO<br />

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse em junho que, em meio a um cenário global marcado por desaceleração e<br />

recessão, o Brasil vai pelo caminho oposto, com crescimento próximo de 2% em 2022, e de 3% a 4% nos anos seguintes. A afirmação<br />

foi feita durante a abertura do Painel Telebrasil Summit 2022, em Brasília (DF).<br />

Segundo o ministro, estão sendo planejadas medidas visando reduções significativas de tributos que incidem nos setores<br />

industriais, o que deverá compensar a perda de poder aquisitivo dos cidadãos, além de favorecer um novo ciclo de investimentos<br />

no país. No discurso, Guedes descreveu cenários extremamente pessimistas para o exterior e muito otimistas no<br />

âmbito interno. “A inflação começou a subir nos EUA (Estados Unidos da América) e vamos ter de conviver com isso. Os EUA<br />

passaram por um longo ciclo de crescimento que chegou ao fim, enquanto nós, no Brasil, estamos saindo do centro de reabilitação,<br />

iniciando um ciclo de crescimento anual de 3% a 4 %, que será por vários anos, se continuarmos nesse ritmo”, aponta.<br />

“Agora, não se assustem com os problemas lá de fora. Teremos alta de inflação nos EUA e teremos recessão. O barulho<br />

será ensurdecedor. Mas não para a economia brasileira, que é uma das mais fechadas do mundo. Faremos agora a reindustrialização<br />

do Brasil”, acrescentou. O Brasil, acrescentou o ministro, reagiu fulminantemente à crise. “Vamos crescer 1,7%, devendo<br />

quase chegar a 2%, em 2022. Diziam que o mundo ia crescer 5% e reviram. Já estão falando que vai haver recessão. Eles<br />

estão só começando a enfrentar os problemas. Já conseguimos atravessar a onda e vamos crescer, com desemprego e inflação<br />

caindo”, completou.<br />

Guedes lembrou que o Brasil tem grande quantidade de minério, que é exportado para a China, e que o país importa aço<br />

40% mais barato do que o produzido em território nacional. Segundo o ministro, o alto custo para a produção nacional deriva,<br />

entre outros fatores, do alto custo para o transporte de cabotagem, “com seis empresas explorando 200 milhões de pessoas”,<br />

e da alta tributação do setor industrial. “A solução para isso é abrir o mercado. Nossa ideia é, também, acabar com o IPI (Imposto<br />

sobre Produtos <strong>Industrial</strong>izados), porque o IPI desindustrializou o Brasil”, acrescentou, ao lembrar que o governo brasileiro<br />

já reduziu em 35% esse tributo. “Queremos baixar a alíquota para zero”, acrescenta.<br />

Como estava em um evento de empresários das telecomunicações, Guedes usou exemplos do setor para mostrar os efeitos<br />

dessa alta carga tributária para investimentos e para o desenvolvimento de tecnologias.<br />

“Hoje, quase 40% dos custos do setor de telecomunicações é de impostos. Isso, em um setor que mostra a importância da<br />

tecnologia porque a regra, no Brasil, é tributar o que é fácil, como combustíveis, eletricidade e telecomunicações. Isso destrói<br />

o equipamento produtivo do Brasil. Por isso, vamos acabar com os impostos que incidem sobre a indústria”, afirmou o ministro.<br />

Ele destacou que 100% do investimento para quem traz máquinas e equipamentos são dedutíveis.<br />

Diante desse contexto, Guedes prevê que o Brasil vai iniciar um longo ciclo de investimentos, ao contrário do mundo, que<br />

está encerrando um longo ciclo de investimento. “Nossas conversas na Europa, nos EUA, com a OCDE (Organização para a<br />

Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e com o G-20 - grupo formado pelos ministros de finanças e chefes dos bancos<br />

centrais das 19 maiores economias mundiais mais a União Europeia -, nos convenceram de que vem uma avalanche de investimentos<br />

para o Brasil, se continuarmos no caminho em que estamos. A Secretaria de Estado dos EUA tem dito que, daqui para<br />

a frente, uma exigência para investimentos nos países é a de ter logística próxima e ser amigo. É o chamado near shore e o<br />

friend shore”, explica.<br />

O ministro acrescentou, ainda, que não adianta fazer semicondutores em Taiwan. “Com a ruptura de cadeias produtivas, ficou<br />

muito evidente a vulnerabilidade do sistema econômico, porque parou a produção, e as fontes estão muito longe. Tem de<br />

estar perto e ser amigo. E quem é essa economia, que está perto dos EUA e da Europa? É o Brasil.”<br />

De acordo com o ministro, a situação é incontornável, com o Brasil destinado a se tornar a segurança energética da Europa<br />

e a segurança alimentar do mundo. “O mundo percebeu que o Brasil é uma potência energética, além de um enorme<br />

mercado consumidor.” Guedes disse também que o Brasil não pode perder a revolução digital pela qual passa o mundo. “A<br />

covid-19 foi uma aceleração para o futuro. Aí surgiu a importância das telecomunicações, inclusive para a agricultura e para as<br />

telecomunicações”, afirmou. “Não podemos perder a revolução digital, nessa reconfiguração da cadeia produtiva. Semicondutores<br />

podem ser feitos aqui e poderemos entrar em uma nova fase nessa revolução digital.”<br />

Foto: divulgação<br />

14 referenciaindustrial.com.br JULHO 2022


A Serra para<br />

todos os tipos<br />

de madeira!<br />

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<br />

<br />

SERRAS E FACAS INDUSTRIAIS


NOTAS<br />

ECONOMIA<br />

NA LUZ<br />

Os consumidores de energia elétrica terão aumentos menores nas contas de luz. O presidente Jair Bolsonaro sancionou,<br />

sem vetos, a Lei 14.385, publicada em junho no Diário Oficial da União.<br />

Aprovado pela Câmara dos Deputados no início do mês, o texto estabelece a devolução do ICMS (Imposto sobre a Circulação<br />

de Mercadorias e Serviços), imposto estadual, incluído na base de cálculo do PIS (Programa de Integração Social) e<br />

da Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), tributos federais.<br />

A lei alterou as normas da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) para agilizar a devolução dos valores cobrados a<br />

mais no PIS/Cofins. A devolução será feita por meio de aumentos menores nas tarifas de energia.<br />

Em 2017, o STF (Supremo Tribunal Federal) determinou a exclusão do ICMS do preço que serve como base de cálculo<br />

do PIS/Cofins. A corte entendeu que havia dupla tributação (cobrança de um mesmo imposto duas vezes). Em 2021, o STF<br />

definiu o alcance da medida, que deveria ser retroativa a 15 de março de 2017.<br />

Segundo a Câmara dos Deputados e o Senado, a União deveria devolver R$ 60,3 bilhões em créditos de PIS/Cofins às<br />

distribuidoras. Desse total, R$ 12,7 bilhões já foram devolvidos pela Aneel em revisões tarifárias desde 2020, que teriam<br />

impedido as contas de luz de aumentarem, em média, 5% desde então. Ainda há R$ 47,6 bilhões a serem ressarcidos aos<br />

consumidores.<br />

Em nota, a Aneel informou que, desde 2020, tem devolvido os valores relativos à exclusão do ICMS da base de cálculo<br />

do PIS/Cofins. O órgão informou que fará uma revisão extraordinária das tarifas para as companhias que tiveram o reajuste<br />

aprovado sem a restituição do imposto. As demais distribuidoras serão atendidas conforme o calendário de revisões tarifárias<br />

de 2022.<br />

“Ressaltamos que a Aneel já vem realizando esse procedimento desde 2020. Para as distribuidoras que já passaram por<br />

processo tarifário em 2022, a Aneel aprovará uma revisão tarifária extraordinária, nos termos da referida lei. Já para as distribuidoras<br />

que ainda terão seus processos nos próximos meses, o ajuste será realizado nos processos tarifários ordinários<br />

conforme calendário divulgado no site da agência”, destacou o comunicado.<br />

Segundo a Aneel, o reajuste médio de 12,04% para os clientes da Enel, que atende 7,6 milhões de unidades consumidoras<br />

no estado de São Paulo, já inclui a devolução dos créditos de PIS/Cofins. O órgão informou que 8,7% da composição do<br />

índice médio de reajuste, aprovado pela agência reguladora, está relacionado à devolução dos tributos.<br />

Foto: divulgação<br />

16 referenciaindustrial.com.br JULHO 2022


NOTAS<br />

INCENTIVO<br />

O governo do Estado, por meio da Semagro<br />

(Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento<br />

Econômico, Produção e Agricultura Familiar),<br />

concedeu a isenção de ICMS (Imposto sobre<br />

Circulação de Mercadorias e Serviços) no cavaco de<br />

madeira, atendendo a uma reivindicação do setor<br />

de base florestal. Sem a alíquota para operações<br />

internas, a geração de energia por biomassa e a secagem<br />

de grãos em armazéns passarão a ser menos<br />

onerosas.<br />

O diretor-executivo da Reflore-MS (Associação<br />

Sul-Mato-Grossense de Produtores e Consumidores<br />

de Florestas Plantadas), Benedito Mário Lázaro,<br />

disse que esta decisão vem em momento oportuno.<br />

Ele lembrou que se trata de um pleito do setor<br />

florestal já há algum tempo. “Assim teremos mais<br />

competitividade e poderemos atrair novas empresas<br />

que façam essa prestação de serviço”, salientou<br />

Dito Mário, como é conhecido.<br />

De acordo com Moacir Reis, ex-presidente da<br />

Reflore (MS) e hoje coordenador da Câmara Setorial<br />

Consultiva do Programa de Desenvolvimento<br />

Florestal de Mato Grosso do Sul, muitas indústrias<br />

do Estado utilizam o cavaco de madeira para gerar<br />

energia nos fornos. “O uso de cavaco permite um<br />

custo mais eficiente em escala maior. Grandes empresas<br />

e até pequenos secadores hoje, de pequenos<br />

produtores, estão usando o cavaco. A medida<br />

do governo de isentar o ICMS é uma briga nossa<br />

de muitos anos. Isso é um grande avanço do setor<br />

Florestal”, destacou Reis.<br />

A alíquota de ICMS para as operações com<br />

cavaco de madeira — no caso, de eucalipto — era<br />

de 17% e agora não existe mais. A oficialização da<br />

isenção aconteceu em junho, com a publicação<br />

das alterações no decreto nº 9.708/99. O cavaco de<br />

madeira já foi visto como a sobra das toras de eucalipto,<br />

sendo gerado por meio da trituração em picadores<br />

de facas ou martelos, resíduos de serrarias e<br />

ponteiras de árvores. O setor florestal receberá, ao<br />

longo desta década, investimentos na ordem de R$<br />

34 bilhões.<br />

Foto: divulgação<br />

18 referenciaindustrial.com.br JULHO 2022


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NOTAS<br />

AUMENTO NAS EXPORTAÇÕES<br />

Entre janeiro e maio de 2022, as exportações de madeira do Pará cresceram 89% em valor arrecadado e 4%<br />

na quantidade exportada, na comparação com o mesmo período de 2021. A venda internacional de madeira<br />

pelo estado do Pará movimentou cerca de US$ 180 milhões, com mais de 108 mil toneladas de produtos madeireiros<br />

enviados para fora do país.<br />

A alta foi puxada, principalmente, pela exportação de madeira perfilada (pisos, decks, tacos e frisos), que<br />

apresentou aumento de 111%. Este foi, também, o principal produto exportado, representando cerca de 76%<br />

do total movimentado no período. O principal destino dos produtos paraenses continuaram sendo os EUA<br />

(Estados Unidos da América), responsável por cerca de 60% das importações, seguidos da França (16,2%), Dinamarca<br />

(8,13%), Holanda (7,71%) e Bélgica (6%). Os dados são da AIMEX (Associação das Indústrias Exportadoras<br />

de Madeira do Estado do Pará).<br />

Outros produtos que contribuíram para puxar esses dados para cima foram artefatos de madeira para mesa<br />

e cozinha, que cresceu mais de 170% em valor e 180% em quantidade exportada, e painéis de fibras aglomeradas,<br />

os famosos MDFs, que até o ano passado não eram exportados e esse ano já se apresentam como o terceiro<br />

principal produto da pauta de exportação de madeira, movimentando mais de US$ 14 milhões nos cinco<br />

primeiros meses do ano.<br />

Outro fator que pode ser positivo para a produção paraense são mudanças implementadas na produção<br />

florestal europeia, principalmente as realizadas pela Rússia. O país recentemente proibiu a venda de madeira<br />

em tora oriunda de suas florestas e fixou uma taxa sobre a exportação de madeira serrada acima de 10 cm de<br />

espessura.<br />

A proibição da exportação de madeira em tora oriunda de florestas nativas, que a Rússia coloca em prática<br />

agora, já é realidade no Brasil desde 1989, em um pleito encabeçado pela própria AIMEX junto às autoridades.<br />

Hoje, quase a totalidade dos produtos exportados pelo Pará possui um alto valor agregado, como pisos, decks,<br />

portas, janelas, utensílios de cozinha, entre outros. Para isso, foi preciso a indústria fazer o dever de casa e investir<br />

alto em tecnologia e qualificação de mão de obra.<br />

Foto: divulgação<br />

20 referenciaindustrial.com.br JULHO 2022


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NOTAS<br />

INDÚSTRIA MOVELEIRA<br />

Em um período de oscilações econômicas e de estabilização de diversas atividades sociais que impactam na<br />

produção e no consumo no Brasil e no mundo, o setor moveleiro não tem ficado imune às variações de mercado,<br />

tendo demonstrado, no entanto, resiliência no fechamento do primeiro trimestre deste ano.<br />

O volume produzido de móveis em março de 2022 foi de 29,3 milhões de peças. Número que representa um<br />

avanço de 11,5% sobre o mês anterior. Ainda assim, no acumulado de janeiro a março de 2022 sobre igual período<br />

em 2021, quando o mercado moveleiro ainda se mostrava bastante aquecido sob influência do isolamento<br />

social e do Auxílio Emergencial, o recuo é de 28,4%.<br />

Já nos últimos 12 meses, soma-se uma queda acumulada de 13% no montante produzido pelo setor.<br />

O consumo aparente de móveis e colchões no mercado interno foi de 28,1 milhões de peças no mês de março<br />

sobre fevereiro. Resultado que representa um aumento de 11,8% na variação. No acumulado do primeiro trimestre,<br />

como é de se esperar, observa-se queda, desta vez de 29,8%. Nos últimos doze meses foi registrado uma<br />

queda de 14,7% no consumo doméstico de móveis e colchões no Brasil.<br />

A participação dos produtos importados sobre o consumo interno nacional, por sua vez, foi de 2,8% em março<br />

de 2022. Vale pontuar, aliás, que o Brasil importou cerca de US$ 15,8 milhões em móveis e colchões em março de<br />

2022. Uma queda de 0,9% na comparação com fevereiro. Já no mês seguinte, em abril, as importações apresentaram<br />

queda bastante significativa na comparação mês a mês: – 45%, atingindo o montante de US$ 8,7 milhões.<br />

Quando falamos nas exportações de móveis e colchões brasileiros, em contrapartida, no terceiro mês do ano<br />

foram exportados o montante de US$ 71,6 milhões. Crescimento de 3,8% sobre o mês anterior. Em abril, contudo,<br />

houve queda de 7,8% sobre março, atingindo US$ 66 milhões.<br />

Fechando o primeiro trimestre de 2022, ainda, as importações de máquinas para fabricação de móveis apresentaram<br />

queda de 21% no acumulado do ano.<br />

Alguns segmentos, no entanto, apresentaram crescimento expressivo nesse período. São eles:<br />

1. Máquinas para fender, seccionar e desenrolar (+173,8%)<br />

2. Máquinas e ferramentas para madeira (+56,1%)<br />

3. Outros (44,0%)<br />

4. Máquinas para furar ou escatelar (+32,8%)<br />

Mantendo seu compromisso social e econômico, ainda, o volume de emprego na indústria de móveis apresentou<br />

aumento de 0,2% em março, no comparativo com o mês anterior.<br />

No acumulado de janeiro a março de 2022 também houve avanço, +0,8%. O aumento no volume de emprego<br />

nos últimos 12 meses chegou a 4,7%.<br />

A média salarial mensal teve aumento de 1,8% na passagem de fevereiro para março, chegando ao patamar<br />

de R$ 1.577,91.<br />

Foto: divulgação<br />

22 referenciaindustrial.com.br JULHO 2022


NOTAS<br />

DESTAQUE INTERNACIONAL<br />

Reunindo cerca de 400 mil profissionais e entusiastas do design, do mobiliário, da arquitetura, da decoração, das artes e<br />

de outras áreas correlatas oriundos de diversas partes do mundo, a Semana de Design de Milão, na Itália, ocorreu de 06 a 12<br />

de junho de 2022, mas a atuação do Projeto Setorial Brazilian Furniture por lá segue gerando resultados expressivos para a<br />

indústria e o design brasileiro.<br />

Com ações tanto no Salone del Mobile.Milano como no Fuorisalone, a Abimóvel (Associação Brasileira das Indústrias do<br />

Mobiliário), em parceria com a ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), levou 27 empresas<br />

e 48 designers brasileiros para a capital mundial do design neste ano.<br />

Maior evento do setor moveleiro no planeta, a 60ª edição do Salone del Mobile.Milano — o primeiro com o formato<br />

completo após a interrupção de três anos e dois meses devido às restrições da pandemia, que também implicou no adiamento<br />

de abril para junho deste ano — atraiu a visitação de mais de 262 mil profissionais, formadores de opinião e estudantes<br />

ligados ao setor, provindos de 173 países. Nove associados ao Brazilian Furniture expuseram seus lançamentos e<br />

carros-chefes na feira, popularmente conhecida como iSaloni, transportando os visitantes para uma verdadeira vivência pelo<br />

design brasileiro voltado ao morar, enfatizando nossas madeiras e matérias-primas únicas e diversas, bem como, resgatando<br />

o clássico estilo modernista aplicado de forma contemporânea tanto nas peças como na estrutura dos espaços de exposição<br />

de curadoria do escritório Moreira do Valle.<br />

Ressaltando, ainda, que esta foi a primeira vez que uma empresa brasileira, a Ornare, participou de uma edição da Euro-<br />

Cucina, uma das mais aguardadas mostras na programação do iSaloni, dando foco especial ao design e à tecnologia empregados<br />

ao mobiliário e soluções para a cozinha.<br />

Além das empresas já citadas, o Lounge Brazilian Furniture no iSaloni foi ambientado com peças especialmente cedidas<br />

pela Breton, levando ainda mais conforto e sofisticação para o espaço, projetado ao redor de uma árvore simbolizando<br />

nossa brasilidade e riqueza natural. “Oportunizando a exposição do mobiliário brasileiro na Semana de Design de Milão, a<br />

Abimóvel, em conjunto com a ApexBrasil, mais uma vez cumpre seu papel de representar a indústria, o setor moveleiro e o<br />

design nacional, fomentando as exportações e melhorando a visibilidade dos nossos produtos e matérias-primas no exterior”,<br />

ressalta o presidente da entidade, Irineu Munhoz.<br />

Ele complementa: “A indústria brasileira é sustentável, tecnológica e possui design moderno, primoroso e de alta qualidade.<br />

As peças expostas em Milão neste ano sem dúvida comprovam esses critérios, agradando a compradores e visitantes,<br />

e promovendo um intercâmbio não só de negócios, mas também cultural e criativo.”<br />

Com uma recepção bastante satisfatória por parte do público, os resultados dos negócios realizados neste ano abrem<br />

caminho para ações cada vez maiores e mais integradas, não só em Milão, mas em outros grandes HUBs moveleiros e de<br />

design ao redor do mundo. Ao todo, as empresas expositoras associadas ao Brazilian Furniture fizeram cerca de 1713 contatos<br />

de negócios com compradores internacionais de diversos mercados durante a semana, sendo 89% deles contatos inéditos<br />

para essas marcas. Somando, assim, mais de US$ 36,4 milhões em negócios realizados e prospectados. Sendo mais de<br />

US$ 1,38 milhões em negócios imediatos e US$ 35,05 milhões para os próximos 12 meses a partir do evento.<br />

Foto: divulgação<br />

24 referenciaindustrial.com.br JULHO 2022


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NOTAS<br />

Foto: divulgação<br />

REUNIÃO DA INDÚSTRIA<br />

A CNI (Confederação Nacional da Indústria) reuniu mais de 1,5 mil empresários e representantes da indústria para<br />

discutir as bases do Mapa Estratégico da Indústria 2023-2033. De acordo com o presidente da CNI, Robson Braga de<br />

Andrade, a ideia é definir as diretrizes de propostas das políticas públicas e das medidas necessárias para que o Brasil<br />

e suas empresas possam avançar, a partir da avaliação das tendências e das tecnologias que vão transformar os modelos<br />

de produção e de negócios na próxima década. “Entender esses desafios e traçar as estratégias adequadas para<br />

enfrentá-los é imprescindível para garantir o futuro das empresas e o desenvolvimento econômico e social do Brasil”,<br />

explica Robson Andrade.<br />

A reunião ocorreu em junho durante o ENAI (Encontro Nacional da Indústria), o maior e mais importante evento do<br />

setor empresarial e um dia depois do Diálogo da Indústria com os Pré-Candidatos à Presidência da República para as<br />

eleições de 2022. Os dois eventos são organizados pela CNI.<br />

Robson Andrade avalia que a digitalização e as modernas tecnologias proporcionam o aumento da produção, a melhoria<br />

da qualidade dos produtos e a redução de custos dos bens industriais. Além disso, ajudam a fortalecer a conexão<br />

da indústria com os clientes e favorecem os recentes movimentos de retorno das fábricas aos países de origem.<br />

A União Europeia e países como os EUA (Estados Unidos da América), Japão, Coreia do Sul e China passaram a<br />

dar ênfase à políticas voltadas ao fortalecimento da indústria. Diante disso, o presidente da CNI alerta que o Brasil não<br />

pode ignorar essas tendências. “Devemos implementar uma política industrial moderna que, a exemplo do que vem<br />

sendo feito nas economias mais avançadas, promova os ganhos de produtividade, e incentive o desenvolvimento do<br />

setor com base na inovação, na digitalização das atividades e na redução das emissões de gases de efeito estufa”, explica.<br />

Em paralelo, é importante atuar com firmeza para remover entraves que há muitos anos elevam o Custo Brasil e<br />

reduzem a capacidade das empresas brasileiras de enfrentar, em igualdade de condições, os concorrentes estrangeiros.<br />

26 referenciaindustrial.com.br JULHO 2022


CIPEM recebe primeiro selo<br />

de apoiador do Programa<br />

Carbono Neutro MT<br />

Ao encontro do dia em que é celebrado o Dia<br />

Mundial do Meio Ambiente (05.06), o Governo de<br />

Estado, por meio da Secretaria de Estado de Meio<br />

Ambiente – Sema/MT, realizou a entrega dos<br />

primeiros selos do Programa Carbono Neutro MT. A<br />

iniciativa estadual visa, por meio de parcerias com a<br />

iniciativa privada, fomentar o desenvolvimento<br />

sustentável e neutralizar as emissões de carbono até<br />

2035.<br />

Na ocasião, o primeiro selo de Apoiador foi<br />

entregue ao Centro das Indústrias Produtoras e<br />

Exportadoras de Madeira do Estado de Mato<br />

Grosso (CIPEM), ao presidente da Instituição, Rafael<br />

José Mason, atribuindo à entidade notório reconhecimento<br />

diante da contribuição com a criação de<br />

campanhas para disseminação das metas e resultados<br />

relacionados às emissões de carbono, junto aos<br />

sindicatos de sua base e Indústrias associadas, e ao<br />

Estado de Mato Grosso.<br />

Nesse sentido, Mason destacou que a certificação<br />

demonstra diante o cenário nacional e internacional,<br />

o importante papel do segmento florestal para a<br />

promoção da perenidade das florestas nativas e na<br />

redução das emissões dos gases do efeito estufa por<br />

meio do sequestro de carbono.<br />

“Essa parceria deverá promover, por meio da<br />

consolidação do manejo florestal, resultados verdadeiramente<br />

promissores para alcançar esta meta<br />

ousada e necessária”, declarou o dirigente.<br />

De acordo com a secretária da Sema/MT,<br />

Mauren Lazzaretti, outra etapa importante foi<br />

iniciada: a criação de uma plataforma digital para a<br />

adesão e concessão dos selos aos interessados.<br />

“Esta etapa é importante para integrar todos<br />

aqueles que fizerem a adesão, no planejamento do<br />

Estado, para o alcance da meta de redução de 80%<br />

das emissões até 2030 e carbono neutro até 2035”,<br />

explicou Lazzaretti.<br />

A significativa conquista remonta ao movimento<br />

crescente de debates sobre a responsabilidade<br />

social corporativa no mundo, o qual teve início por<br />

volta da década de 1970, período que houve<br />

grande transformação social, política e econômica<br />

nos países promovendo, também, uma nova relação<br />

entre o meio ambiente e desenvolvimento econômico<br />

(FERREIRA; GEROLAMO, 2016).<br />

Com o passar dos anos, a pauta ambiental foi<br />

adquirindo uma nova percepção social, sendo a<br />

Conferência Internacional do Clima Rio-92, inclusive,<br />

um divisor de águas no que tange a construção de<br />

estratégias para prevenção e minimização de danos<br />

ambientais, como a poluição.<br />

Sendo assim, o CIPEM entende que a pauta<br />

ambiental e do carbono integram uma das mais<br />

importantes questões a serem conduzidas no âmbito<br />

governamental bem como corporativo. Por isso,<br />

reitera seu compromisso com a perenidade das<br />

florestas, por meio do Manejo Florestal e deverá<br />

continuar manifestando apoio a iniciativas que,<br />

como o Programa Carbono Neutro MT, visam<br />

fomentar o desenvolvimento sustentável no Estado<br />

de Mato Grosso.<br />

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NOTAS<br />

PRONAMPE<br />

A partir de junho, as micro e pequenas empresas já podem ir ao banco de sua preferência e buscar a linha de crédito<br />

do Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte). A Portaria nº 191, de<br />

29 de junho de 2022, da Secretaria da Receita Federal, com as regras para a concessão do crédito, está publicada na<br />

edição recente do Diário Oficial da União.<br />

De acordo com a Receita Federal, para obter o empréstimo, será necessário que os empresários compartilhem com<br />

a instituição financeira os dados de faturamento de suas empresas. Esse compartilhamento é feito digitalmente, acessando<br />

o e-CAC, disponível no site da Receita, clicando em autorizar o compartilhamento de dados.<br />

Ao concluir o compartilhamento das informações, o empresário estará apto a negociar o empréstimo com o banco.<br />

Mas, “se no momento do compartilhamento de dados, o banco não estiver listado na relação de possíveis destinatários,<br />

o empresário deve entrar em contato com a agência bancária e verificar a previsão de adesão ao sistema”.<br />

O Pronampe foi criado em maio de 2020 para auxiliar financeiramente os pequenos negócios e, ao mesmo tempo,<br />

manter empregos durante a pandemia de covid-19. No ano passado, o Pronampe se tornou uma política pública permanente<br />

do governo federal.<br />

Foto: divulgação<br />

28 referenciaindustrial.com.br JULHO 2022


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NOTAS<br />

BALANÇA COMERCIAL<br />

O encarecimento do preço de vários itens importados, especialmente fertilizantes e petróleo, fez o superávit da balança<br />

comercial encolher em junho. No mês passado, o país exportou US$ 8,814 bilhões a mais do que importou, queda de 15,4%<br />

em relação ao registrado em junho do ano passado. Apesar do recuo, esse é o segundo melhor resultado para o mês desde<br />

o início da série histórica, em 1989, só perdendo para junho de 2021.<br />

No primeiro semestre, a balança comercial acumula superávit de US$ 34,246 bilhões. Isso representa 8,2% a menos que<br />

o registrado de janeiro a junho do ano passado. O saldo é o segundo melhor da história para o período, perdendo apenas<br />

para 2021, quando o superávit tinha fechado o primeiro semestre em US$ 37 bilhões nesse intervalo.<br />

No mês passado, o Brasil vendeu US$ 32,675 bilhões para o exterior e comprou US$ 23,861 bilhões. Tanto as importações<br />

como as exportações bateram recorde em junho, desde o início da série histórica, em 1989. As exportações subiram<br />

15,6% em relação a junho do ano passado, pelo critério da média diária. As importações aumentaram 33,7% na mesma comparação.<br />

O recorde das importações e das exportações, no entanto, deve-se ao aumento dos preços internacionais das mercadorias.<br />

No mês passado, o volume de mercadorias exportadas subiu em média apenas 0,1% na comparação com junho do<br />

ano passado, enquanto os preços aumentaram 14,6%, favorecido pela valorização das commodities, que são bens primários<br />

com cotação internacional.<br />

Nas importações, a quantidade comprada caiu 1,8%, mas os preços médios subiram 34,6%. A alta dos preços foi puxada<br />

principalmente por adubos, fertilizantes, petróleo, carvão e trigo, itens que ficaram mais caros após o início da guerra entre<br />

Rússia e Ucrânia. Ao comparar o setor agropecuário, o aumento nos preços internacionais pesou mais nas exportações. O<br />

volume de mercadorias embarcadas caiu 4,5% em junho na comparação com o mesmo mês de 2021, enquanto o preço<br />

médio subiu 36,2%. Na indústria de transformação, a quantidade subiu 11,6%, com o preço médio aumentando 23,4%. Na<br />

indústria extrativa, que engloba a exportação de minérios e de petróleo, a quantidade exportada caiu 15,9%, enquanto os<br />

preços médios recuaram 10,9% em relação a junho do ano passado.<br />

Os produtos com maior destaque nas exportações agropecuárias foram milho não moído (+1.458,9%), café não torrado<br />

(+76,7%) e soja (+22,7%). Esse crescimento deve-se principalmente aos preços. O destaque negativo foi o algodão, cujas<br />

exportações caíram 10,5% de junho do ano passado a junho deste ano por causa da antecipação de embarques no início do<br />

ano.<br />

Na indústria extrativa, os maiores crescimentos foram registrados nas exportações de carvão, cujo valor se multiplicou<br />

em cerca de 700 vezes em junho na comparação com junho do ano passado. Na indústria de transformação, os maiores crescimentos<br />

ocorreram nas gorduras e óleos vegetais (+154,6%), combustíveis (+124,4%) e farelos de soja e outros alimentos<br />

para animais (+61,5%). Em relação às importações, os maiores crescimentos foram registrados nos seguintes produtos: cevada<br />

não moída (+15.386,3%), frutas e nozes não oleaginosas (+72,5%) e trigo e centeio não moídos (+67,4%), na agropecuária;<br />

carvão não aglomerado (+439,6%) e petróleo bruto (+182,5%), na indústria extrativa; e combustíveis (+82,7%) e adubos ou<br />

fertilizantes químicos processados (+187,5%), válvulas de cátodo (+64,9%) e combustíveis (+47,4%), na indústria de transformação.<br />

O encarecimento das importações fez o governo revisar para baixo a projeção de superávit comercial. Para 2022, o governo<br />

prevê saldo positivo de US$ 81,5 bilhões, contra projeção anterior de US$ 111,6 bilhões. As estimativas são atualizadas<br />

a cada três meses.<br />

Foto: divulgação<br />

30 referenciaindustrial.com.br JULHO 2022


APLICAÇÃO<br />

SALA<br />

A comemorativa<br />

60ª edição do Salão<br />

do Móvel de Milão<br />

exibiu muitas criações<br />

espetaculares e<br />

tendências. Os estofados<br />

estiveram em<br />

sua maioria brancos,<br />

com textura enrugada<br />

e aconchegante<br />

– também foram<br />

vistos bastante sofás<br />

cinzas.<br />

Foto: divulgação<br />

COZINHA<br />

Nas cozinhas, o<br />

grande destaque<br />

foram os ripados,<br />

que apareceu pouco<br />

onde foi criado<br />

inicialmente (nas<br />

salas) e esteve em<br />

demasia utilizado no<br />

espaço de cozinhar<br />

da casa e de diferentes<br />

formas, com<br />

frentes triangulares<br />

e onduladas.<br />

Foto: divulgação<br />

32 referenciaindustrial.com.br JULHO 2022


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“É IGUALMENTE IMPORTANTE QUE A LEGISLAÇÃO TRABALHISTA<br />

ACOMPANHE AS CONSTANTES MUDANÇAS QUE ESTAMOS VIVENDO<br />

E NÃO REPRESENTE UM OBSTÁCULO PARA O ADVENTO DE NOVAS<br />

FORMAS DE PRODUÇÃO E DE TRABALHO”<br />

ROBSON BRAGA DE ANDRADE, PRESIDENTE DA CNI<br />

(CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA)<br />

“O BRASIL ESTÁ<br />

NO INÍCIO DE UM<br />

LONGO CICLO DE<br />

“A GRANDE REVOLUÇÃO DA ENERGIA NO<br />

BRASIL SERÁ A SUPER BATERIA DE NIÓBIO E<br />

GRAFENO, QUE EM POUCOS MINUTOS PODE SER<br />

RECARREGÁVEL, SEM SER SUPERAQUECIDA COMO<br />

A DE LÍTIO”<br />

JAIR BOLSONARO, PRESIDENTE DO BRASIL<br />

CRESCIMENTO. NÃO SE<br />

ASSUSTEM COM O QUE<br />

VEM DE FORA. LÁ FORA<br />

O AMBIENTE AINDA VAI<br />

PIORAR”<br />

PAULO GUEDES,<br />

MINISTRO DA<br />

ECONOMIA<br />

Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil<br />

“TEMOS ALGUMAS MEDIDAS<br />

DESENHADAS PELO GOVERNO QUE<br />

AINDA PRECISAMOS ENTENDER<br />

OS EFEITOS DELAS NO PROCESSO<br />

INFLACIONÁRIO, MAS O BRASIL<br />

FEZ O PROCESSO ANTECIPADO<br />

E ACREDITAMOS QUE NOSSA<br />

FERRAMENTA É CAPAZ E VAI FREAR<br />

O PROCESSO INFLACIONÁRIO”<br />

ROBERTO CAMPOS NETO,<br />

PRESIDENTE DO BANCO CENTRAL<br />

34 referenciaindustrial.com.br JULHO 2022


ENTREVISTA<br />

MADEIRA<br />

INTERNACIONAL<br />

INTERNATIONAL<br />

TIMBER<br />

O<br />

Brasil é um dos principais produtores e exportadores<br />

de madeira do mundo, mas sofre com<br />

diversas variáveis que dificultam o trabalho das<br />

indústrias em colocarem os produtos nos mercados<br />

internacionais. Sejam as avaliações negativas<br />

sobre os cuidados ambientais no Brasil ou dificuldades de logística<br />

junto aos portos, as indústrias têm buscado em meio a<br />

esse cenário aumentar as exportações nacionais de madeira. O<br />

presidente da AIMEX, Eduardo Leão, conversou com a Revista<br />

REFERÊNCIA INDUSTRIAL e avaliou os cenários para a madeira<br />

brasileira no mercado internacional.<br />

ENTREVISTA<br />

B<br />

razil is one of the leading producers and exporters of<br />

timber in the world but suffers from several variables<br />

that hinder the work of companies in placing products<br />

in international markets. Be they negative assessments<br />

of environmental care in Brazil or logistical difficulties<br />

with ports, companies have sought a way to overcome these obstacles<br />

and increase national timber exports amid this scenario.<br />

Eduardo Leão, President of the Association of Timber Exporting<br />

Companies of the State of Pará (Aimex), spoke with REFERÊNCIA<br />

<strong>Industrial</strong> and evaluated the strategies for Brazilian timber in the<br />

international market.<br />

EDUARDO LEÃO<br />

FORMAÇÃO PROFISSIONAL: GRADUADO EM ENGENHARIA,<br />

SANEAMENTO E AMBIENTAL PELA UFPA (UNIVERSIDADE<br />

FEDERAL DO PARÁ), MESTRE EM GEOLOGIA E CIÊNCIAS DA<br />

TERRA PELA UFPA E MBA EM GESTÃO EMPRESARIAL PELA<br />

FUNDAÇÃO DOM CABRAL<br />

CARGO: PRESIDENTE DA AIMEX (ASSOCIAÇÃO DAS<br />

INDÚSTRIAS EXPORTADORAS DE MADEIRA DO ESTADO DO<br />

PARÁ)<br />

Foto: Emanoel Caldeira<br />

PROFESSIONAL EDUCATION: B.SC. IN SANITATION AND<br />

ENVIRONMENTAL ENGINEERING AND M.SC. IN GEOLOGY AND EARTH<br />

SCIENCES, UFPA (FEDERAL UNIVERSITY OF PARÁ) AND MBA IN BUSINESS<br />

ADMINISTRATION, DOM CABRAL FOUNDATION<br />

FUNCTION: PRESIDENT OF THE ASSOCIATION OF TIMBER EXPORTING<br />

COMPANIES OF THE STATE OF PARÁ (AIMEX)<br />

36 referenciaindustrial.com.br JULHO 2022


ENTREVISTA<br />

COMO FOI A SUA PARTICIPAÇÃO NA CAR-<br />

REFOUR INTERNATIONAL DU BOIS, EM ESPE-<br />

CIAL SUA PALESTRA SOBRE MUDANÇAS REGU-<br />

LATÓRIAS E O PAPEL DA AIMEX?<br />

Consideramos que nossa participação foi muito<br />

boa. Foi uma palestra voltada para o público externo,<br />

pedimos aos nossos associados, para convidar e<br />

divulgar entre os seus principais clientes no exterior,<br />

então tivemos clientes dinamarqueses, franceses, ingleses,<br />

entre outros. Teve uma ótima participação e<br />

repercussão. Quando apresentamos as atualizações<br />

regulatórias implementadas pelo IBAMA (Instituto<br />

Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais),<br />

todos ficaram muito impressionados, porque<br />

não imaginavam que no Brasil houvesse um controle<br />

tão rígido e preciso, quanto os previstos pelo<br />

sistema PAU-BRASIL, além de toda essa sinergia de<br />

sistemas que existe entre os sistemas dos órgãos<br />

ambientais, o SISCOMEX (Sistema Integrado de Comércio<br />

Exterior), que é do comércio exterior, entre<br />

outros. Então esses esclarecimentos foram muito<br />

bons, eles ficaram realmente muito impressionados.<br />

COMO AVALIA O CENÁRIO ATUAL DAS EX-<br />

PORTAÇÕES BRASILEIRAS DA MADEIRA BRASI-<br />

LEIRA? COMO O MERCADO INTERNACIONAL<br />

OBSERVA AS EMPRESAS TUPINIQUINS?<br />

O mercado no momento não está muito favorável,<br />

pois o Hemisfério Norte está de recesso.<br />

Somente voltarão às compras, com mercado mais<br />

aquecido, em agosto e setembro, de forma mais<br />

agressiva. Na feira, encontramos muitos clientes<br />

com estoque baixo, mas não vão comprar, porque<br />

agora não é o momento de vender, e até encontramos<br />

alguns clientes com estoque alto, que não precisam<br />

de mercadoria. Hoje, quem está fazendo boas<br />

vendas no Brasil, são as empresas com negócios-<br />

WHAT WAS YOUR PARTICIPATION LIKE IN<br />

CARREFOUR INTERNATIONAL DU BOIS, PARTI-<br />

CULARLY YOUR TALK ON REGULATORY CHAN-<br />

GES AND THE ROLE OF AIMEX?<br />

We considered that our participation was very<br />

reassuring. As the talk was aimed at the outside<br />

public, we asked our members to invite and divulge<br />

the talk among their main clients abroad, so we<br />

had Danish, French, and English customers, among<br />

others. There was significant participation and good<br />

repercussions. When we presented the regulatory<br />

updates implemented by the Brazilian Institute of<br />

the Environment and Natural Resources (Ibama),<br />

everyone was very impressed because they did not<br />

imagine that in Brazil, there were such strict and<br />

precise controls as those provided for by the Pau-<br />

-Brasil system. Additionally, there exists a synergy<br />

of systems between all environmental agencies,<br />

such as that involving foreign trade: the Integrated<br />

System of Foreign Trade (Siscomex), among others.<br />

So, these clarifications were very positive, and the<br />

participants were really very impressed.<br />

HOW DO YOU EVALUATE THE CURRENT<br />

EXPORT SCENARIO FOR BRAZILIAN TIMBER?<br />

HOW DOES THE INTERNATIONAL MARKET SEE<br />

BRAZILIAN COMPANIES?<br />

The market is not very favorable now, as the<br />

Northern Hemisphere is in recession. They will only<br />

return to purchasing more aggressively in a more<br />

heated-up market, probably in August and September.<br />

At the Fair, we found many customers had low<br />

stocks but would not be buying to build up their<br />

inventories because now is not the time for them<br />

to sell. We even saw several customers with high<br />

stocks who did not need merchandise. Today, those<br />

making sales only make spot sales because now<br />

ESSE ANO JÁ COMEÇAMOS A MIL POR HORA,<br />

COM CERTEZA, VAMOS FECHAR ESSE PRIMEIRO<br />

SEMESTRE COM QUASE 100% A MAIS DO QUE FOI<br />

EXPORTADO O ANO PASSADO<br />

38 referenciaindustrial.com.br JULHO 2022


#NoSofá


ENTREVISTA<br />

pontuais, pois agora a estratégia é baixar o preço<br />

para vender. Para quem quer vender e lucrar mais<br />

com a venda, vai ter que esperar à partir de agosto<br />

ou setembro.<br />

ATUALMENTE QUAIS AS PRINCIPAIS DIFI-<br />

CULDADES DAS MADEIREIRAS BRASILEIRAS<br />

EM CONSEGUIRAM EXPORTAR? NO QUE O<br />

PODER PÚBLICO PODE TRABALHAR PARA ME-<br />

LHORAR ESSE CENÁRIO?<br />

Nosso maior gargalo, hoje, continua sendo a<br />

falta de contêiner e navio. O governo tem feito e<br />

está fazendo bem seu trabalho de controle, fiscalização<br />

e emissão das autorizações necessárias. Então,<br />

as autorizações estão saindo rápido e a contento,<br />

com análise de forma técnica e segura, claro. Mas<br />

nos próximos meses é que começa a safra, mesmo.<br />

Estávamos na entressafra, então a partir de julho e<br />

agosto é que os trabalhos começam a se intensificar.<br />

Atualmente, a falta de contêiner e navio é o<br />

nosso maior impeditivo, não só do Brasil, mas do<br />

mercado internacional como um todo.<br />

QUAIS AS EXPECTATIVAS DO SETOR PARA<br />

AS EXPORTAÇÕES MADEIREIRAS DO BRASIL<br />

EM 2022? ALGUMA VARIAÇÃO IMPORTANTE<br />

EM COMPARAÇÃO COM 2021?<br />

Com certeza esse ano será muito melhor do que<br />

o ano passado. Porque, ano passado, perdemos<br />

quase 5 meses, onde praticamente não conseguimos<br />

exportar. O governo estava avaliando e ajustando<br />

algumas questões técnicas internas e travou<br />

todo o processo de exportação. Mas esse ano já<br />

começamos a mil por hora, com certeza, vamos fechar<br />

esse primeiro semestre com quase 100% a mais<br />

do que foi exportado o ano passado, e no segundo<br />

semestre já vai ser muito melhor, porque no último<br />

semestre de 2021 passamos ele quase todo parado.<br />

Claro que o câmbio ano passado estava melhor, os<br />

preços são menores agora, mas o volume desse ano<br />

vai ser muito melhor.<br />

the strategy is to lower the selling price. Those who<br />

want to sell more profitably will have to wait until<br />

August or September.<br />

CURRENTLY, WHAT ARE THE MAIN DIFFI-<br />

CULTIES OF BRAZILIAN FOREST PRODUCERS<br />

IN BEING ABLE TO EXPORT? WHAT CAN THE<br />

GOVERNMENT WORK ON TO IMPROVE THIS<br />

SCENARIO?<br />

Our biggest bottleneck today remains the lack<br />

of containers and ships. The Government has done<br />

its job well and continues to control, supervise, and<br />

issue the necessary authorizations. Thus, the permits<br />

are being issued quickly and to the satisfaction of<br />

the Sector and, of course, with proper technical<br />

and secure analysis. But the harvest begins in the<br />

coming months, so we are now in the off-season,<br />

and work will intensify in July and August. Therefore,<br />

today, the lack of containers and ships is our most<br />

significant impediment in Brazil and worldwide.<br />

WHAT ARE THE SECTOR’S EXPECTATIONS<br />

FOR BRAZIL’S TIMBER EXPORTS IN 2022? ANY<br />

SIGNIFICANT VARIATIONS COMPARED TO<br />

2021?<br />

I’m sure exports this year will be much better<br />

than last year. Because last year, we lost almost<br />

five months, when we could barely export, as the<br />

Government was evaluating and adjusting some<br />

internal technical issues and halted the entire export<br />

process. But this year, we already started at a thousand<br />

per hour, for sure, we will end this first half with<br />

almost 100% more than was exported last year, and<br />

in the second half, it will be much better, because<br />

in the last half of 2021 exports almost all stopped.<br />

Although last year’s exchange rate was better, and<br />

prices were lower, this year’s volume will be much<br />

better.<br />

NOSSO MAIOR GARGALO, HOJE, CONTINUA<br />

SENDO A FALTA DE CONTÊINER E NAVIO.<br />

HOJE, ESSE É O NOSSO MAIOR IMPEDITIVO<br />

40 referenciaindustrial.com.br JULHO 2022


ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PRESERVADORES DE MADEIRA<br />

(11) 3767-4614 | (11) 3714-7738 (11) 98313-2324<br />

info@abpm.com.br madeiratratadaabpm abpm1969 www.abpm.com.br


COLUNA ABIMCI<br />

MADEIRA NA CONSTRUÇÃO CIVIL<br />

MADEIRA PERMITE MAIOR SUSTENTABILIDADE NA CONSTRUÇÃO CIVIL E VEM GANHANDO<br />

ATENÇÃO DO MERCADO<br />

Paulo Pupo<br />

Superintendente da Associação<br />

Brasileira da Indústria de Madeira<br />

Processada Mecanicamente<br />

Contato: abimci@abimci.com.br<br />

E<br />

ssa não é a primeira, muito menos será a<br />

última vez, que o uso da madeira na construção<br />

civil será o tema dessa coluna. Nosso<br />

mercado já tem conhecimento sobre os benefícios<br />

técnicos e ambientais do uso desta<br />

matéria-prima, mas nos últimos anos podemos observar<br />

que a madeira, nas suas mais diversas formas, tem<br />

se tornado mais presente em projetos arquitetônicos e<br />

de interiores.<br />

Globalmente, acompanhamos o posicionamento<br />

de grandes empresas investidoras que têm colocado<br />

a sustentabilidade como um dos principais fatores<br />

analisados na hora da tomada de decisão de aporte<br />

financeiro em outras companhias ou de investimentos<br />

diretos do setor. Esse novo posicionamento está em<br />

consonância com o momento global onde vários movimentos<br />

estão sendo direcionados para a economia de<br />

baixo carbono.<br />

Dentro deste contexto, o impacto ambiental que<br />

os produtos especificados e utilizados nas construções<br />

também passam a ser analisados pelos investidores<br />

imobiliários ao redor do mundo. Essa mudança de<br />

percepção tende a proporcionar oportunidades para<br />

produtos de madeira na construção civil. Felizmente, já<br />

vemos indícios de que os benefícios da madeira estão<br />

despertando o interesse deste mercado. Na última<br />

edição do ENIC (Encontro Nacional da Indústria da<br />

Construção), realizada pela CBIC (Câmara Brasileira da<br />

Indústria da Construção), no mês de junho, a entidade<br />

afirmou que “ciente do potencial do crescimento da<br />

construção em madeira no Brasil nos próximos anos,<br />

irá participar e apoiar debates e projetos relacionados<br />

ao fortalecimento do mercado no país.” Uma declaração<br />

muito positiva de um setor historicamente defensor<br />

do aço e do cimento.<br />

Estes acontecimentos são indícios e posicionamentos<br />

positivos, que exigem do segmento madeireiro,<br />

Foto: divulgação<br />

o contínuo trabalho com responsabilidade ambiental<br />

e provendo soluções técnicas para poder ofertar produtos<br />

conforme as exigências do setor da construção<br />

civil.<br />

Nesse cenário, as normas técnicas se tornam ainda<br />

mais primordiais para a padronização do uso de produtos<br />

na construção civil. Após um intenso trabalho articulado,<br />

realizado nos últimos anos, envolvendo vários<br />

atores, segmentos, universidades, especialistas, o setor<br />

produtivo, entre outros, avançamos na publicação de<br />

importantes normas envolvendo produtos de madeira<br />

como a de portas de madeira, a de madeira serrada,<br />

do compensado e do compensado plastificado, essenciais<br />

para este setor. A expectativa agora é para<br />

a publicação da norma do sistema construtivo wood<br />

frame pela ABNT (Associação Brasileira de Normas<br />

Técnicas), que neste mês, teve seu texto final aprovado<br />

pela CE (Comissão de Estudos) responsável pelo<br />

desenvolvimento da norma. Este sistema construtivo<br />

industrializado, tem como principais objetivos, otimizar<br />

a produção em escala, gerar negócios e ser inserido<br />

no escopo de financiamento oficial do Governo, ações<br />

que certamente contribuirão com a melhoria do déficit<br />

habitacional brasileiro. É uma relação de ganha-ganha<br />

para todos.<br />

As oportunidades estão aí. Devemos aproveitar<br />

este bom momento, unindo esforços e estratégias para<br />

superar as barreiras e dúvidas que ainda existem no<br />

mercado, como em relação a qualidade, durabilidade,<br />

conforto térmico, acústica, formas de garantias, etc.<br />

Temas esses, naturais quando falamos em um novo e<br />

inovador sistema construtivo como o wood frame. A<br />

consolidação e sucesso nesse novo e promissor negócio<br />

depende da ação e agenda positiva de todos.<br />

Você sabia?<br />

Um dos momentos marcantes da<br />

história da Abimci ocorreu durante o<br />

1º Congresso Internacional de Compensado<br />

de Madeira Tropical, realizado<br />

em Manaus (AM), em 1992. Na ocasião,<br />

mais de 150 dirigentes de empresas estiveram<br />

presentes e compartilharam os<br />

sonhos para o futuro da Associação. Entre eles, estavam a normatização<br />

dos produtos e a entrada de empresas de outros<br />

segmentos no quadro associativo.<br />

42 referenciaindustrial.com.br JULHO 2022


PRINCIPAL<br />

44 referenciaindustrial.com.br JULHO 2022


EFICIÊNCIA<br />

E QUALIDADE<br />

EMPRESA OFERECE SOLUÇÕES COMPLETAS EM<br />

SERRARIAS, COM ATENDIMENTO EFICIENTE E<br />

ASSISTÊNCIA TÉCNICA ESPECIALIZADA<br />

EFFICIENCY<br />

AND QUALITY<br />

A COMPANY OFFERS COMPLETE SOLUTIONS<br />

IN SAWMILLS, WITH EFFICIENT SERVICE AND<br />

SPECIALIZED TECHNICAL ASSISTANCE<br />

JULHO 2022 45


PRINCIPAL<br />

ONDE TIVER CLIENTE MILL,<br />

TEM PÓS-VENDA MILL<br />

R<br />

eferência dentro do setor madeireiro desde<br />

1996, a Mill Indústrias oferece soluções completas<br />

para serrarias. A empresa sediada em<br />

Lages (SC), conta atualmente com uma estrutura<br />

de parque fabril com 14 mil m 2 (metros<br />

quadrados) e uma equipe interna qualificada para prestar<br />

atendimento rápido e assistência técnica especializada<br />

aos clientes.<br />

“No campo dos serviços, contamos com uma equipe de<br />

técnicos treinada e desenvolvida dentro da Mill, para atender<br />

às nossas necessidades e a dos clientes com serviços de<br />

manutenção periódicas, preventivas, corretivas, montagem<br />

dos equipamentos, entrega técnica e start up, bem como,<br />

a comercialização de peças originais para reposição. Onde<br />

tiver cliente Mill, tem pós-venda Mill”, explica o gerente<br />

comercial de equipamentos da Mill Indústrias, Arno Murara.<br />

A confiabilidade na marca Mill, acontece também<br />

devido à força da equipe de assistência técnica presente<br />

nos clientes para atender com atenção e segurança os<br />

serviços prestados. Onde além das manutenções, incorpora<br />

também orientação e treinamento em formato prático em<br />

relação à operação para melhor aproveitamento e conservação<br />

das máquinas Mill.<br />

“A Mill sempre está em processo de aperfeiçoamento<br />

dos seus equipamentos e desenvolvimento de novos, para<br />

isso, conta com um corpo técnico com vasta experiência,<br />

que, através das necessidades do mercado, colocam em<br />

prática o seu conhecimento criando máquinas mais seguras,<br />

eficientes e de manutenção simples. A nossa proximidade<br />

com o usuário do equipamento é o que nos habilita a criar<br />

e melhorar nossos produtos”, afirma Arno Murara.<br />

Dessa forma, a empresa também atua como agente do<br />

desenvolvimento do setor madeireiro no Brasil.<br />

ARNO MURARA, GERENTE COMERCIAL DE<br />

EQUIPAMENTOS DA MILL INDÚSTRIAS,<br />

Abenchmark within the Forest Product Sector<br />

since 1996, Mill Indústrias offers complete<br />

solutions for sawmills. The Company based in<br />

Lages, Santa Catarina, currently has a structure<br />

with a 14 thousand square meter factory park<br />

and a qualified internal team to provide fast service and specialized<br />

technical assistance to customers.<br />

“In the services field, we have a team of technicians<br />

trained and developed within Mill to meet our needs and<br />

that of customers with periodic, preventive, and corrective<br />

maintenance services, equipment assembly, technical delivery,<br />

and start-up, as well as the sale of original spare parts.<br />

Furthermore, where you have a Mill customer, there is Mill after-sales,”<br />

explains Arno Murara, Equipment Sales Manager<br />

for Mill Indústrias.<br />

The reliability of the Mill brand is also apparent due to<br />

the strength of the technical assistance team present in the<br />

customers’ facilities to carefully and safely provide the services<br />

required. In addition to maintenance, guidance, and training,<br />

a practical format for the better use and conservation<br />

of Mill machines is incorporated into the operation.<br />

“Mill is always improving its equipment and developing<br />

new ones, so it has a technical staff with extensive experience.<br />

Through the market’s needs, it put into practice its<br />

knowledge by creating safer, more efficient, and more easily<br />

maintained machines. Moreover, our proximity to the user<br />

enables us to create and improve our products,” says Murara.<br />

Thus, the Company also acts as an agent in developing<br />

the Forest Product Sector in Brazil.<br />

46 referenciaindustrial.com.br JULHO 2022


REFERÊNCIA TAMBÉM EM TÚNEIS DE SECAGEM<br />

Além do trabalho desenvolvido em serrarias e equipamentos,<br />

a Mill oferece ao mercado o equipamento Túnel de<br />

Secagem Contínuo, um sistema de secagem com rígidos<br />

processos de controle de qualidade garantindo segurança<br />

e desempenho aos clientes.<br />

O túnel de secagem é um equipamento que entrega<br />

muitas vantagens aos clientes, como: secagem mais<br />

rápida, menos defeitos na madeira durante o processo,<br />

menor consumo de energia elétrica e calorífica para secar<br />

a mesma quantidade de madeira dos demais processos<br />

convencionais, o que permite uma melhor relação entre<br />

custo e benefício em secagem.<br />

Além disso, o equipamento da Mill é construído em<br />

alumínio e dispõe de piso móvel para movimentação da madeira,<br />

o que proporciona grande economia com a redução<br />

do tráfego de empilhadeiras. Com automação completa,<br />

o túnel de secagem produz entre 2 mil e 3 mil m 3 /mês<br />

(metros cúbicos por mês) de madeira, com possibilidade<br />

de secagem simultânea de até três espessuras diferentes.<br />

Outro diferencial do túnel de secagem é que a movimentação<br />

de ar dentro do equipamento é realizada com<br />

exaustores de alta performance, o que assegura maior eficiência<br />

em ventilação, comparado com os ventiladores dos<br />

secadores tradicionais. Por fim, os radiadores, trocadores<br />

de calor, contam com aletas de alumínio para aumentarem<br />

a velocidade das trocas térmicas.<br />

A BENCHMARK IN DRYING TUNNELS<br />

In addition to sawmill and equipment designs, Mill offers<br />

the market the Continuous Drying Tunnel, a wood drying system<br />

with strict quality control processes ensuring safety and<br />

performance for customers.<br />

The drying tunnels offered by the Company deliver<br />

many advantages to customers, such as faster drying, fewer<br />

defects in the wood during the process, and lower electric<br />

and calorific energy consumption to dry the same amount of<br />

wood as other conventional processes, leading to a better<br />

cost-benefit ratio in drying.<br />

In addition, Mill’s equipment is built of aluminum and<br />

has a moving floor for the movement of the wood piles,<br />

providing significant savings in reducing forklift traffic. With<br />

complete automation, the drying tunnels produce between<br />

2 and 3 thousand cubic meters/month of dried wood, with<br />

the possibility of simultaneous drying of up to three different<br />

thicknesses.<br />

Another differential of the drying tunnel is that the air<br />

movement inside the equipment is carried out with high-performance<br />

exhauster hoods, which ensures greater ventilation<br />

efficiency compared to traditional dryer fans. Finally, the<br />

radiators and heat exchangers rely on aluminum fins to increase<br />

the speed of thermal exchange.<br />

JULHO 2022 47


PRINCIPAL<br />

SERRARIAS MODELO<br />

O mercado madeireiro conseguiu superar diversas<br />

adversidades nos últimos anos e em 2021 apresentou números<br />

de crescimento e consolidação. Prova desse sucesso<br />

é que no terceiro trimestre desse ano, 12,6% da população<br />

brasileira contou com a indústria madeireira como fonte<br />

de emprego e renda, segundo números do IBGE (Instituto<br />

Brasileiro de Geografia e Estatística).<br />

“A Mill oferece soluções completas em termos de<br />

serraria, conta com uma equipe completa, totalmente<br />

qualificada para o desenvolvimento dos projetos, desde a<br />

captação de informações no cliente, desenvolvimento de<br />

layouts, construção dos equipamentos e o pós-vendas”,<br />

pontua Arno Murara.<br />

MODEL SAWMILLS<br />

The Forest Product Market has overcome several adversities<br />

in recent years and, in 2021, showed growth and<br />

consolidation figures. Proof of this success is that the Forest<br />

Product Sector in the third quarter of 2021 provided 12.6% of<br />

the Brazilian population with a job and income, according to<br />

figures from the Brazilian Institute of Geography and Statistics<br />

(Ibge).<br />

“Mill offers complete solutions in terms of sawmills and<br />

has a complete and fully qualified team for the development<br />

of projects, from the capture of customer information to the<br />

development of layouts, construction of equipment, and after-sales,”<br />

points out Murara.<br />

QUEREMOS BUSCAR SEMPRE POR<br />

EXCELÊNCIA NO QUE FAZEMOS,<br />

CONTINUAR APRIMORANDO NOSSOS<br />

EQUIPAMENTOS, ENTENDER A NECESSIDADE<br />

DO CLIENTE, DESENVOLVER O MELHOR<br />

PROJETO PARA CADA SITUAÇÃO<br />

ARNO MURARA, GERENTE COMERCIAL DE<br />

EQUIPAMENTOS DA MILL INDÚSTRIAS<br />

48 referenciaindustrial.com.br JULHO 2022


Essa relação próxima aos clientes é um diferencial da<br />

Mill no mercado, com a empresa disposta para auxiliar nas<br />

demandas de ponta a ponta, sempre ouvindo as necessidades<br />

para aplicar ao desenvolvimento do projeto.<br />

“Na engenharia, nossos projetistas priorizam o fluxo da<br />

madeira, produção e principalmente a melhor conversão<br />

de toneladas para metro cúbico ao desenvolverem os<br />

equipamentos. Tudo com muito estudo para fornecer ao<br />

cliente um layout com melhor fluxo e rendimento para a<br />

serraria. Além disso, a Mill busca manter nos processos a<br />

constante melhoria para a fabricação dos equipamentos<br />

com mais eficiência e qualidade”, confirma Arno Murara.<br />

Atualmente as atividades da empresa se concentram<br />

nas regiões sul e sudeste, mas as soluções e serviços da<br />

Mill Indústrias ganharam o mundo e já foram contratados<br />

por companhias da América Latina, Europa, África, Ásia e<br />

Oceania.<br />

“Queremos buscar sempre por excelência no que<br />

fazemos, continuar aprimorando nossos equipamentos,<br />

entender a necessidade do cliente, desenvolver o melhor<br />

projeto para cada situação, manter as entregas com pontualidade<br />

e continuar acompanhando com pós-vendas de<br />

excelência”, finalizou Arno Murara.<br />

This close relationship with customers is a differential of<br />

Mill in the market. In addition, the Company is willing to assist<br />

in end-to-end requirements, always listening to customer<br />

needs when developing the project.<br />

“In engineering, our designers prioritize the wood and<br />

production flow and the best conversion from tons of logs to<br />

cubic meters of wood when developing the equipment. All<br />

with much study to provide the customer with a layout with<br />

better flow and yield for the sawmill. In addition, Mill seeks<br />

to maintain the constant improvement for the manufacture of<br />

equipment with more efficiency and quality,” says Murara.<br />

Currently, the Company’s activities are concentrated in<br />

Brazil’s South and Southeast Regions. Still, Mill Indústrias’ solutions<br />

and services have won over the world and have been<br />

contracted by companies in Latin America, Europe, Africa,<br />

Asia, and Oceania.<br />

“We always want to seek excellence in what we do, continue<br />

improving our equipment, understand the customer’s<br />

need, develop the best project for each situation, keep deliveries<br />

on time, and continue to follow with excellent after-sales,”<br />

concludes Murara.<br />

JULHO 2022 49


MERCADO<br />

FOMENTO<br />

AO SETOR<br />

50 referenciaindustrial.com.br JULHO 2022


INICIATIVA REUNIU 62 EMPRESAS<br />

DO SETOR MOVELEIRO NACIONAL<br />

PARA EXPORTAREM PRODUTOS PARA<br />

REPRESENTANTES DE 11 PAÍSES<br />

Fotos: divulgação<br />

JULHO 2022 51


MERCADO<br />

O<br />

Projeto Comprado Movelpar promoveu,<br />

em maio, interação e o relacionamento,<br />

de forma híbrida (virtual e presencial),<br />

entre indústrias brasileiras de móveis e<br />

compradores internacionais, por meio<br />

de processo de matchmaking e reuniões direcionadas,<br />

promovendo a geração de negócios e as exportações<br />

das indústrias associadas ao projeto.<br />

A última edição do evento reuniu, ao todo, 62<br />

empresas. Entre os compradores estavam empresas<br />

oriundas da Argentina, Bolívia, Chile, China, Colômbia,<br />

Costa Rica, Marrocos, Panamá, Reino Unido, Turquia e<br />

Uruguai.<br />

Acompanhando o calendário da Movelpar Show, as<br />

reuniões presenciais foram realizadas nos dias 18 e 19<br />

de maio de 2022, no Expoara, com a presença de 15<br />

compradores internacionais, que participaram de 299<br />

rodadas. Gerando, assim, mais de US$ 4,3 milhões em<br />

negócios imediatos e US$ 20,1 milhões em expectativas<br />

de negócios para os próximos 12 meses.<br />

Já as rodadas online ocorreram em plataforma<br />

digital nos dias 23 e 24 de maio. Desta vez, com 25<br />

compradores internacionais em 161 rodadas online,<br />

gerando US$ 565 mil em negócios imediatos e mais<br />

US$ 11,9 milhões prospectados. Dessa forma, o Projeto<br />

Comprador Movelpar movimentou mais de US$ 4,8 mi-<br />

lhões durante as rodadas de negócios, com projeções<br />

de mais US$ 32 milhões para os próximos 12 meses.<br />

A próxima edição do Projeto Comprador será realizada<br />

nos dias 19 e 20 de julho, na FIERGS (Federação<br />

das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul), em<br />

Porto Alegre (RS), já as rodadas na modalidade online<br />

ocorrem nos dias 21 e 22 de julho.<br />

O Projeto Comprador Movelpar é uma ação do<br />

Projeto Setorial Brazilian Furniture, iniciativa promovida<br />

pela Abimóvel (Associação Brasileira das Indústrias do<br />

Mobiliário) e pela APEX Brasil (Agência Brasileira de<br />

Promoção de Exportações e Investimentos).<br />

O principal objetivo do projeto é a promoção da<br />

interação e o relacionamento, de forma híbrida (virtual<br />

e presencial), entre indústrias brasileiras de móveis e<br />

compradores internacionais, por meio de processo de<br />

matchmaking e reuniões direcionadas, possibilitando<br />

a geração de negócios e as exportações das indústrias<br />

associadas ao projeto.<br />

A iniciativa conta com a participação de mais de<br />

uma centena de empresas que possuem acesso a informações<br />

de Inteligência Comercial e Competitiva,<br />

Feiras e Missões Internacionais, Projetos Comprador e<br />

Vendedor, Projeto Imagem, Programa de Design Integrado<br />

à Indústria, entre outras inúmeras atividades no<br />

exterior.<br />

Para mais informações sobre o Projeto Comprador<br />

Movelpar e outras iniciativas do Brazilian Furniture,<br />

acesse brazilianfurniture.org.br<br />

52 referenciaindustrial.com.br JULHO 2022


Oportunidade<br />

de Negócio<br />

Tem experiência no setor madeireiro e pensa<br />

em atuar no mercado interno de móveis<br />

fabricados com madeira nativa legal?<br />

Nós temos uma ótima<br />

oportunidade para você!<br />

ALUGAMOS OU VENDEMOS<br />

Linha de fábrica completa<br />

montada com maquinário<br />

Nossa fábrica está localizada em<br />

João Lisboa, no estado do Maranhão.<br />

Contamos com ampla estrutura e<br />

maquinário.<br />

Imperatriz<br />

João Lisboa<br />

Entre em contato conosco e aproveite essa oportunidade de negócio.<br />

(99) 99128-0468 (99) 99977-0300<br />

dimas@d6moveis.com.br<br />

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MOVEIS<br />

´<br />

arte da madeira em sua casa


CASE<br />

AGENTE<br />

DO MERCADO<br />

54 referenciaindustrial.com.br JULHO 2022


EMPRESA ATUA DESDE 2005 COMO<br />

REPRESENTANTE DE FORNECEDORES<br />

E COMPRADORES MUNDIAIS DE<br />

MADEIRAS BRASILEIRAS<br />

Fotos: divulgação<br />

JULHO 2022 55


CASE<br />

até o momento do embarque, atentos a todo o<br />

processo para evitar quaisquer problemas que<br />

possam surgir.<br />

Para auxiliar na promoção e comercialização<br />

de produtos de madeiras brasileiras, a GCM<br />

Trade criou a plataforma Woodflow. Nela são<br />

divulgados vídeos de visitas às fábricas, detalhes<br />

de certificação, tour virtual e outros recursos para<br />

que os clientes possam conhecer melhor os fornecedores.<br />

“Apesar de nosso país ser um grande<br />

exportador de madeira não possuímos uma boa<br />

imagem no exterior. Nosso investimento vai ser<br />

focado em deixar claro para o mundo que aqui<br />

no Brasil temos produtos de altíssima qualidade,<br />

com fábricas extremamente sérias que prezam<br />

pelo cuidado ao meio ambiente e que possuem<br />

total capacidade de atender às mais exigentes<br />

demandas no mercado externo através de ma-<br />

Amadeira é uma das principais commodities<br />

exportadas pelo Brasil.<br />

Para auxiliar as empresas internacionais,<br />

que desejam buscar essas<br />

matérias-primas no país, a GCM<br />

Trade atua desde 2005 como representante de<br />

fornecedores e compradores, além de atuar<br />

também como trader. A GCM Trade compra madeiras<br />

brasileiras e exporta a matéria-prima para<br />

diversos países do mundo, em especial trabalha<br />

com madeiras plantadas de pinus, eucalipto e<br />

teca, além de compensados, madeiras serradas,<br />

cercas, estacas, blocos, lâminas, dentre outros.<br />

Todos os fornecedores da empresa atuam<br />

com destaque no setor madeireiro nacional e a<br />

GCM Trade busca oferecer ao mercado internacional<br />

preços competitivos para essas matérias-<br />

-primas, trabalhando junto aos pedidos do início<br />

56 referenciaindustrial.com.br JULHO 2022


quinários de última geração”, explica o CEO da<br />

GCM Trade e fundador da Woodflow, Gustavo<br />

Milazzo.<br />

Ainda é disponibilizado na plataforma um<br />

local com oferta de produtos, sem contar o sistema<br />

de tracking, que permite ao cliente, após o<br />

cadastro, o acesso a todos os contatos de negociações<br />

inseridos no sistema, com acompanhamento<br />

de cada andamento do pedido via celular<br />

ou computador. Tudo com o objetivo de clarificar<br />

a origem dos produtos, a qualidade da madeira<br />

nacional e a eficácia das indústrias madeireiras<br />

do país para todo o mundo. “Acreditamos muito<br />

que com o avanço da tecnologia poderemos<br />

tornar o processo de exportação em algo simples,<br />

transparente e de muita confiança para o<br />

comprador e vendedor. Nossa plataforma seguirá<br />

avançando para encontrar as soluções mais inovadoras<br />

para promover e comercializar os produtos<br />

brasileiros”, finaliza Gustavo Milazzo.<br />

ACREDITAMOS MUITO<br />

QUE COM O AVANÇO<br />

DA TECNOLOGIA PODEREMOS<br />

TORNAR O PROCESSO DE<br />

EXPORTAÇÃO EM ALGO<br />

SIMPLES, TRANSPARENTE E DE<br />

MUITA CONFIANÇA PARA O<br />

COMPRADOR E VENDEDOR<br />

GUSTAVO MILAZZO, CEO DA GCM TRADE<br />

Mais informações sobre a plataforma Woodflow podem<br />

ser encontradas no site www.woodflow.com.br<br />

JULHO 2022 57


MARCENARIA<br />

Foto: Vietnam Stock Images / Shutterstock.com<br />

58 referenciaindustrial.com.br JULHO 2022


ARTE NA<br />

MADEIRA<br />

XILOGRAVURA É UM DOS SEGMENTOS CULTURAIS MAIS ANTIGOS<br />

DA HUMANIDADE E CONSISTE NA IMPRESSÃO EM MADEIRA<br />

Fotos: divulgação<br />

JULHO 2022 59


MARCENARIA<br />

Axilogravura se caracteriza por um dos<br />

métodos de impressão mais antigos. Essa<br />

técnica se baseia no corte de uma figura<br />

em superfície de madeira que, em seguida,<br />

é coberta de tinta e, assim, impressa<br />

em outro local, como um tecido ou papel.<br />

A história da xilogravura é antiga, já que os seus<br />

primeiros registros datam do século V e aconteceram<br />

na China. Logo, a técnica se expandiu para o Japão,<br />

sendo que, em seu início, o método era usado para<br />

imprimir textos como escrituras budistas.<br />

Na Europa, a história da xilogravura se confunde<br />

com a da comercialização do papel, no século XIV, e<br />

aconteceu, primeiramente, na Alemanha e na França.<br />

Como uma bela resposta ao crescimento dos livros,<br />

as xilogravuras funcionavam de forma simultânea como<br />

um meio popular de ilustrações. Assim, muitos artistas<br />

utilizavam essa técnica para produzir cenas de paisagens,<br />

da Bíblia e de obras famosas. Logo, o método<br />

despontou como uma forma de tornar as peças de<br />

arte mais acessíveis. Em seguida, a arte da xilogravura<br />

entrou em declínio. Isso porque métodos de impressão<br />

mais sofisticados foram desenvolvidos. Sendo assim,<br />

muitos artistas preferiram utilizar placas de metal para<br />

imprimir em vez da madeira. No entanto, vale destacar<br />

que a técnica não desapareceu, pois muitos ainda utilizavam<br />

a xilogravura para reproduzir cartazes e folhetos.<br />

No Japão, em 1700, as xilogravuras eram utilizadas<br />

com o objetivo de elaborar imagens refinadas, em um<br />

estilo de arte conhecido como ukiyo-e. Por meio desse<br />

movimento, cenas do cotidiano e de paisagens eram<br />

NO BRASIL, A<br />

TÉCNICA CHEGOU<br />

COM A VINDA DA FAMÍLIA<br />

REAL PARA O RIO DE<br />

JANEIRO EM 1808<br />

60 referenciaindustrial.com.br JULHO 2022


egistradas com o intuito de mostrar a brevidade da<br />

vida. Assim, com o decorrer do tempo e da história,<br />

a xilogravura encontrou adeptos diversos de épocas<br />

distintas.<br />

Com força, na Europa, a técnica ressurgiu no fim do<br />

século XIX e início do século XX, quando artistas como<br />

Paul Gauguin e Edvard Munch, passaram a utilizar<br />

esse método com o objetivo de levar inovação às suas<br />

obras.<br />

A xilogravura não marcou apenas a Europa e a Ásia.<br />

A técnica também foi o meio utilizado na propagação<br />

da literatura de Cordel.<br />

No Brasil, a técnica chegou com a vinda da Família<br />

Real para o Rio de Janeiro em 1808. Assim, os trabalhos<br />

dos xilogravadores da época se concentravam na<br />

produção de ilustrações para anúncios, livros e, até<br />

mesmo, cartas de baralho.<br />

O primeiro folheto de xilogravura de cordel que<br />

se tem notícia foi produzido por Leandro Gomes de<br />

Barros (1865-1918). Logo, com muita criatividade e<br />

originalidade, as xilogravuras marcaram o cordel, uma<br />

prova disso é que o método é conhecido e famoso<br />

até hoje no nordeste. Ou seja, é um marco cultural de<br />

nosso país.<br />

A HISTÓRIA DA<br />

XILOGRAVURA É<br />

ANTIGA, JÁ QUE OS SEUS<br />

PRIMEIROS REGISTROS DATAM<br />

DO SÉCULO V E ACONTECERAM<br />

NA CHINA<br />

Entre os xilógrafos mais importantes — a maioria<br />

do nordeste — presentes no acervo da Galeria Brasiliana<br />

estão: Abraão Batista, José Costa Leite, J. Borges,<br />

Amaro Francisco, José Lourenço e Gilvan Samico.<br />

XILOGRAVURA EM ETAPAS<br />

A arte da xilogravura é realizada em três etapas.<br />

Trata-se de um processo bastante minucioso, que requer<br />

atenção, habilidade e alto detalhamento.<br />

Utilizando a madeira, o artista esculpe uma figura<br />

com instrumentos com lâminas afiadas, chamados de<br />

JULHO 2022 61


MARCENARIA<br />

goivas. Com elas, os materiais de áreas que não passarão<br />

pelo processo de impressão são removidos. Nessa<br />

etapa é preciso ter muito cuidado ao cortar as linhas,<br />

pois a madeira pode quebrar e a imagem pode ser danificada.<br />

Qualquer erro, o artista terá que retornar ao<br />

início do processo;<br />

Assim, cobre-se com tinta o bloco de madeira entalhada<br />

já criado. Isso é feito por meio de pequenos<br />

rolos. Logo, é preciso muita delicadeza para aplicar a<br />

tinta somente nos espaços que não forem cortados;<br />

Nessa fase, o bloco com tinta é pressionado na<br />

superfície desejada e, assim, a impressão da imagem é<br />

realizada.<br />

COMO UMA BELA<br />

RESPOSTA AO<br />

CRESCIMENTO DOS LIVROS,<br />

AS XILOGRAVURAS<br />

FUNCIONAVAM DE FORMA<br />

SIMULTÂNEA COMO UM<br />

MEIO POPULAR DE<br />

ILUSTRAÇÕES<br />

62 referenciaindustrial.com.br JULHO 2022


PRÊMIO REFERÊNCIA<br />

Fotos: Emanuel Caldeira<br />

MAIOR PREMIAÇÃO DO SETOR FLORESTAL<br />

CELEBRA AS EMPRESAS QUE MAIS SE<br />

DESTACARAM DURANTE O ANO<br />

64 referenciaindustrial.com.br JULHO 2022


JULHO 2022 65


PRÊMIO REFERÊNCIA<br />

O<br />

Prêmio REFERÊNCIA, maior premiação<br />

do setor de base florestal do Brasil,<br />

que é organizado pela REVISTA REFE-<br />

RÊNCIA, já tem sua data marcada. Será<br />

realizado no dia 29 de novembro, à<br />

partir das 19h (horas), no restaurante Porta Romana,<br />

em Curitiba (PR). A Cerimônia deste ano é muito especial,<br />

pois além de ser a vigésima edição do prêmio,<br />

serão também vinte premiados, o dobro em relação<br />

aos outros anos, fazendo menção ao período de realização<br />

do evento.<br />

O Prêmio REFERÊNCIA, foi idealizado por Fabio<br />

Machado e Pedro Bartoski Jr., sócios fundadores da<br />

JOTA Editora, responsável pela publicação das Revistas<br />

REFERÊNCIA FLORESTAL, REFERÊNCIA INDUS-<br />

TRIAL, BIOMAIS, CELULOSE&PAPEL e PRODUTOS<br />

DE MADEIRA. O objetivo do prêmio é valorizar e<br />

celebrar, juntamente com os representantes do setor,<br />

as conquistas do ano vigente. Os vencedores são escolhidos<br />

através de análise detalhada da organização<br />

do evento, que recebe indicações de parceiros, leitores<br />

e especialistas do segmento da madeira.<br />

DESDE A SELEÇÃO DOS<br />

PREMIADOS, O<br />

TRABALHO INTERNO DE<br />

PRODUÇÃO, SELEÇÃO DO LOCAL<br />

DO EVENTO, TEMOS TODO O<br />

TIME COM TOTAL DEDICAÇÃO<br />

PARA FAZER DO PRÊMIO<br />

REFERÊNCIA 2022 UMA NOITE<br />

MEMORÁVEL<br />

FÁBIO MACHADO,<br />

DIRETOR COMERCIAL DA JOTA EDITORA<br />

Os sócios fundadores da JOTA Editora, Pedro Bartoski<br />

Jr., Fabio Machado e a jornalista Mira Graçano, na<br />

apresentação do Prêmio REFERÊNCIA 2021<br />

66 referenciaindustrial.com.br JULHO 2022


Fábio Machado, diretor comercial da JOTA Editora,<br />

destaca que o Prêmio Referência de 2022 está<br />

sendo preparado com muito cuidado e atenção, para<br />

ser a maior edição já realizada. “Desde a seleção dos<br />

premiados, o trabalho interno de produção, seleção<br />

do local do evento, temos todo o time com total<br />

dedicação para fazer do Prêmio Referência 2022 uma<br />

noite memorável”, ressalta Fábio.<br />

O diretor valoriza o trabalho feito nestes 20 anos<br />

e como o esforço iniciado há duas décadas se tornou<br />

um marco dentro do setor de base florestal. “Nosso<br />

objetivo era valorizar o setor e hoje vemos que o reconhecimento<br />

que as empresas recebem pelo trabalho<br />

também é dado para o Prêmio REFERÊNCIA, que<br />

a cada edição tem mais indicados e interessados em<br />

saber quem fez diferença para esse ramo tão importante<br />

da nossa economia”, destaca Fábio.<br />

O diretor comercial é efusivo ao falar sobre a noite<br />

de festa, que será a vigésima edição do Prêmio. “É<br />

uma edição especial para nós da Revista Referência,<br />

pois são 20 anos celebrando o setor de base florestal<br />

e tantas conquistas nessas duas décadas”, completa<br />

Fábio.<br />

É UMA EDIÇÃO<br />

ESPECIAL PARA NÓS<br />

DA REVISTA REFERÊNCIA, POIS<br />

SÃO 20 ANOS CELEBRANDO O<br />

SETOR DE BASE FLORESTAL E<br />

TANTAS CONQUISTAS NESSAS<br />

DUAS DÉCADAS<br />

FÁBIO MACHADO,<br />

DIRETOR COMERCIAL DA JOTA EDITORA<br />

JULHO 2022<br />

67


PRÊMIO REFERÊNCIA<br />

Pedro Bartoski Jr., diretor executivo da JOTA Editora,<br />

celebra o sucesso que o prêmio conquistou ao<br />

longo dos anos e a importância que todo o setor passou<br />

a dar à premiação. “Desde a criação do prêmio<br />

buscávamos estar na vanguarda e trazer para o setor<br />

a valorização que cada um de seus membros merece<br />

e nesse ano, buscamos melhorar ainda mais a experiência<br />

dos participantes do evento”, vislumbra Pedro.<br />

Nesta edição acontecerá novamente o Painel da<br />

Madeira, que foi um grande sucesso em 2021. Na<br />

edição anterior tivemos a presença de Eduardo Leão,<br />

presidente da AIMEX (Associação das Indústrias Exportadoras<br />

de Madeira do Estado do Pará), Álvaro<br />

Scheffer, ex-presidente da APRE (Associação Paranaense<br />

de Base Florestal) e Rafael Mason, presidente<br />

do CIPEM, (Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras<br />

de Madeira do Estado de Mato Grosso). Para<br />

2022 os nomes dos participantes serão revelados em<br />

breve, mas os premiados e demais participantes da<br />

cerimônia podem manter as expectativas elevadas.<br />

Além do evento presencial, a transmissão do prêmio<br />

será feita ao vivo no canal do youtube da Revista<br />

REFERÊNCIA. Em 2021 os números foram surpreendentes<br />

e demonstraram o interesse das pessoas no<br />

setor: foram mais de 40 mil visualizações no vídeo e<br />

picos de mais de 4 mil pessoas assistindo ao prêmio<br />

simultaneamente.<br />

Outra novidade é a abertura do evento para o<br />

público geral. Há um lote limitado de convites para<br />

os interessados que dará direito a participar de toda<br />

a programação da noite: Painel da Madeira, Prêmio<br />

REFERÊNCIA e do jantar que acontecerá logo após<br />

o término da cerimônia, com cardápio de massas<br />

especiais e bebidas não alcoólicas liberadas. Abaixo,<br />

os interessados têm os canais para solicitar mais informações<br />

e também adquirir os ingressos para esta<br />

noite tão especial.<br />

PRÊMIO REFERÊNCIA 2022<br />

Data: 29/11/2022<br />

Horário: 19h (horas)<br />

Local: Restaurante Porta Romana – Curitiba (PR)<br />

Informações e ingressos para o evento:<br />

comercial@revistareferencia.com.br ou<br />

+55 (41) 99968-4617<br />

Os ganhadores do Prêmio REFERÊNCIA 2021<br />

68 referenciaindustrial.com.br JULHO 2022


29 DE NOVEMBRO<br />

ÀS 19 HORAS<br />

E D I Ç Ã O<br />

VEM AÍ!<br />

A N O S<br />

Gostaria de participar do jantar do PRÊMIO REFERÊNCIA 2022?<br />

Compre seu ingresso antecipado pelo whats: (41) 99968-4617 ou<br />

pelo e-mail: comercial@revistareferencia.com.br<br />

Vagas limitadas<br />

Transmissão ao vivo em nosso canal:<br />

@revistareferencia<br />

PATROCINADORES:<br />

ASSOCIAÇÃO DO COMÉRCIO E INDÚSTRIA DE<br />

MADEIRAS E DERIVADOS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO<br />

SERRAS E FACAS INDUSTRIAIS<br />

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revistareferencia.com.br<br />

comercial@revistareferencia.com.br


MADEIRA TRATADA<br />

SUSTENTABILIDADE<br />

NA CONSTRUÇÃO<br />

70 referenciaindustrial.com.br JULHO 2022


USO DE MADEIRA NA CONSTRUÇÃO<br />

CIVIL PERMITE MAIS BENEFÍCIOS<br />

TÉRMICOS, ENERGÉTICOS E ACÚSTICOS<br />

Fotos: divulgação<br />

JULHO 2022 71


MADEIRA TRATADA<br />

O<br />

Brasil caminha a passos largos no<br />

que diz respeito a construções<br />

sustentáveis. Segundo o ranking<br />

mundial elaborado pelo CBC (Green<br />

Building Council Brasil), somos<br />

um dos países com mais obras sustentáveis no<br />

mundo, ficando atrás apenas de nações como a<br />

China, Emirados Árabes e EUA (Estados Unidos<br />

da América).<br />

Com a alta da agenda ESG, sigla em inglês<br />

para práticas ambientais, sociais e de governança,<br />

é notável que executivos e investidores brasileiros<br />

já estão se movimentando e repensando<br />

seus negócios. O momento, então, é de desenvolvimento<br />

de soluções inovadores e sustentáveis,<br />

principalmente no mercado da construção<br />

civil — um dos segmentos que mais impactam o<br />

meio ambiente.<br />

Um estudo do CIB (Conselho Internacional<br />

da Construção), aponta que mais de um terço<br />

dos recursos naturais extraídos no Brasil é para a<br />

indústria da construção e 50% da energia gerada<br />

abastece a operação das edificações. Além disso,<br />

o setor é um dos que mais produzem resíduos<br />

sólidos, líquidos e gasosos, responsável por mais<br />

de 50% dos entulhos, entre construções e demolições.<br />

Diante disso, para uma construção ser<br />

considerada sustentável, todos os seus processos<br />

precisam ser sustentáveis. A madeira, por exemplo,<br />

é um dos materiais mais antigos utilizados na<br />

construção, porém, foi substituída ao longo dos<br />

anos pelo aço e o concreto. Por ser o único material<br />

que é renovável e estruturalmente eficiente<br />

ao mesmo tempo, a madeira sempre esteve presente<br />

em construções nas regiões que enfrentam<br />

estações com temperaturas muito baixas, como<br />

72 referenciaindustrial.com.br JULHO 2022


os EUA e a Rússia. Elas oferecem benefícios térmicos,<br />

energéticos e acústicos, o que garante<br />

além da preservação ambiental, mais conforto e<br />

economia.<br />

Nos países desenvolvidos, há uma série de<br />

incentivos econômicos para construções verdes,<br />

como a Alemanha, que remunera os cidadãos<br />

que produzem um excedente de energia obtida<br />

por placas fotovoltaicas. Embora, nacionalmente<br />

falando, o Brasil ainda não tenha incentivos<br />

suficientes e tão eficientes, há alguns projetos<br />

para redução da carga tributária das construções,<br />

como o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano)<br />

verde, uma espécie de desconto contemplado<br />

no IPTU para obras que implementarem<br />

sistemas ecoeficientes nas suas construções ou<br />

reformas.<br />

O cenário atual da arquitetura sustentável é<br />

mais tecnológico e eficiente, quando comparado<br />

há 20 anos. As novas tecnologias possibilitam o<br />

aproveitamento dos recursos naturais de forma<br />

integral, como as madeiras engenheiradas, desenvolvidas<br />

na Áustria e que ganharam relevância<br />

e atenção mundial nos últimos anos, principalmente<br />

diante da sua versatilidade, modernidade<br />

e resistência.<br />

Hoje, o Brasil ocupa o quinto lugar entre os<br />

países que concentram mais edificações sustentáveis,<br />

de acordo com o estudo divulgado pelo<br />

United States Green Building em 2020. Realidade<br />

mundial, a sustentabilidade é palavra de ordem<br />

para as edificações e demais empreendimentos<br />

imobiliários, tendo em vista a diminuição, sobretudo,<br />

da emissão de gases do efeito estufa,<br />

como o CO 2<br />

(gás carbônico). Sendo assim, fica o<br />

seguinte questionamento: quais são os próximos<br />

passos do Brasil nessa jornada inovadora, disruptiva,<br />

moderna e sustentável da construção civil?<br />

A MADEIRA, POR EXEMPLO, É UM DOS MATERIAIS<br />

MAIS ANTIGOS UTILIZADOS NA CONSTRUÇÃO,<br />

PORÉM, FOI SUBSTITUÍDA AO LONGO DOS ANOS PELO AÇO E<br />

O CONCRETO<br />

JULHO 2022 73


ARTIGO<br />

DESEMPENHO<br />

VEGETATIVO<br />

DE CLONES DE SERINGUEIRA<br />

NA REGIÃO DE SÃO JOSÉ<br />

DO RIO PRETO (SP)<br />

Fotos: divulgação<br />

74 referenciaindustrial.com.br JULHO 2022


MARIA VITÓRIA CECCHETTI GOTTARDI COSTA<br />

DANILA COMELIS BERTOLIN<br />

ADRIANO LUIS SIMONATO<br />

DOUGLAS PRESCILIO DO NASCIMENTO<br />

LUIZ ANTÔNIO PASSARIN<br />

JARBAS GABRIEL COSTA JÚNIOR<br />

PAULO DE SOUZA GONÇALVES<br />

Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano<br />

05, Ed. 10, Vol. 22, pp. 120-132. Outubro de 2020.<br />

JULHO 2022 75


ARTIGO<br />

RESUMO<br />

O<br />

Estado de São Paulo é a região do<br />

Brasil de maior importância no cultivo<br />

da seringueira [Hevea brasiliensis<br />

(Willd. exAdr. de Juss.) Muell. Arg.] e<br />

é na região noroeste a qual vem se<br />

destacando, devido ao clima quente que favorece o<br />

desenvolvimento e a produção desta cultura. Com a<br />

crescente demanda por borracha natural e a intensificação<br />

de novos plantios na região de São Jose<br />

do Rio Preto (SP), noroeste paulista, a utilização de<br />

clones adaptados e altamente produtivos são de<br />

suma importância para o sucesso da exploração do<br />

seringal. O presente trabalho teve por objetivo avaliar<br />

o desempenho de 7 anos de desenvolvimento<br />

vegetativo de dezoito clones de seringueira. A área<br />

experimental foi instalada na Fazenda de Ensino,<br />

Pesquisa e Extensão da Fatec Rio Preto, em São<br />

José do Rio Preto, sob o delineamento de blocos in-<br />

teiramente casualizados com três repetições. Foram<br />

avaliados os seguintes caracteres vegetativos: altura<br />

da planta, número de lançamentos foliares, perímetro<br />

do caule e incremento anual do caule. Dados<br />

das mensurações do período vegetativo mostraram<br />

que os clones PB 311, PB 312, RRIM 911, PB 314 e<br />

RRIM 600 apresentaram os melhores desempenhos<br />

e aos sete anos atingiram um percentual de 46,0%,<br />

43,5%, 43,3%, 41,8% e 41,7% de árvores aptas para<br />

sangria, respectivamente. Os clones PB 326; PB 346,<br />

PB 350, IAC 328 e IAC 330 foram excluídos, durante<br />

as avaliações devido ao fato da maioria das plantas<br />

não terem sobrevivido, fato este que pode estar relacionado<br />

a períodos de pouca incidência de chuvas<br />

ocorridos na região.<br />

Palavras-chave: Heveicultura, seleção de clones,<br />

desempenho de clones, Hevea brasiliensis.<br />

76 referenciaindustrial.com.br JULHO 2022


INTRODUÇÃO<br />

Originária da região amazônica, a seringueira<br />

[Hevea brasiliensis (Willd. exAdr. de Juss.) Muell.<br />

Arg.], vem sendo domesticada pelo homem em<br />

função do látex produzido que é a maior fonte de<br />

borracha natural do mundo, matéria prima utilizada<br />

na fabricação de pneumáticos e em grande número<br />

de manufaturados (GONÇALVES et al., 2002). Desde<br />

a introdução das primeiras sementes de seringueira<br />

no Estado de São Paulo em 1916 e o plantio comercial<br />

desta cultura em 1950, a heveicultura vem<br />

solidificando suas bases no Noroeste Paulista (CATI,<br />

2010). A região noroeste do Estado de São Paulo,<br />

onde o clima quente favorece o desenvolvimento e a<br />

produção da seringueira, responde por mais de 65%<br />

da área plantada no Brasil e São José do Rio Preto<br />

representa 27% deste total (OLIVEIRA e GONÇAL-<br />

VES, 2019).<br />

No Brasil, o cultivo da seringueira está presente<br />

em doze estados: São Paulo, Bahia, Mato Grosso,<br />

Minas Gerais, Goiás, Espírito Santo, Pará, Tocantins,<br />

Mato Grosso do Sul, Paraná, Amazonas e Acre. Este<br />

setor emprega uma pessoa por 4 ha (hectares), sendo<br />

responsável por 80 mil postos de trabalho no país<br />

com mais de 25 mil famílias vivendo do produto da<br />

seringueira (FAMATO, 2016). A borracha natural é<br />

uma importante commodity agrícola, considerada<br />

produto estratégico para a economia global (HEVEA<br />

BRASIL, 2016).<br />

De acordo com a Apabor (2018) a sustentabilidade<br />

ambiental e responsabilidade social são grandes<br />

destaques do produto nacional pelo fato de que<br />

90% da borracha no mundo é produzida em agricultura<br />

familiar em países com zonas rurais com baixo<br />

índice educacional, social e pouca preservação ambiental.<br />

No Brasil, é produzida de forma profissional,<br />

apresentando para o mundo uma borracha natural,<br />

livre de trabalho infantil, sem desmatamento e exploração<br />

de mão de obra.<br />

Segundo Martins et al. (2013), o plantio de novas<br />

áreas, principalmente na região noroeste paulista,<br />

vem crescendo de modo significativo graças ao<br />

desenvolvimento de pesquisa e tecnologia, e do<br />

potencial de geração de renda e emprego. Entretanto,<br />

a maioria das informações disponíveis sobre<br />

o comportamento dos clones recomendados para o<br />

plantio é extrapolada de outras regiões, sendo extremamente<br />

importante a avaliação do comportamento<br />

destes clones em cada região.<br />

A necessidade da recomendação de clones<br />

adaptáveis a diferentes regiões é de fundamental<br />

importância para o sucesso do cultivo da seringueira.<br />

Clones produtivos em determinadas regiões, podem<br />

não serem em outras áreas da mesma região,<br />

devido a diferentes características edafoclimáticas.<br />

O PRESENTE<br />

TRABALHO TEVE<br />

POR OBJETIVO AVALIAR O<br />

DESEMPENHO DE SETE ANOS<br />

DE DESENVOLVIMENTO<br />

VEGETATIVO DE DEZOITO<br />

CLONES DE SERINGUEIRA<br />

Entretanto à medida que a heveicultura vai se expandindo,<br />

aumentam as preocupações referentes ao<br />

comportamento dos clones plantados, necessitando<br />

de pesquisas que possa envolver recomendação de<br />

diferentes clones para as diferentes regiões. Desse<br />

modo, a avaliação de clones para obtenção dos mais<br />

produtivos e adaptados para diferentes regiões de<br />

cultivo de seringueira se faz necessária (GONÇAL-<br />

VES, 1986; GONÇALVES et al., 1993; GONÇALVES et<br />

al., 1998; GONÇALVES, 2002; PEREIRA, 2006; CATI,<br />

2010).<br />

A utilização de clones altamente produtivos e<br />

que reúnam um maior número de caracteres desejados<br />

é de suma importância para o sucesso da exploração<br />

do seringal (GONÇALVES et al., 1993).<br />

Diante do exposto, este trabalho teve por objetivo<br />

avaliar o desempenho vegetativo de clones de<br />

seringueira para futura seleção dos que apresentarem<br />

melhor desenvolvimento e produção para sua<br />

recomendação na região de São José do Rio Preto.<br />

MATERIAL E MÉTODOS<br />

O experimento foi instalado no campo em julho<br />

de 2013, na Fazenda de Ensino, Pesquisa e Extensão<br />

da Fatec Rio Preto, São Jose do Rio Preto, em solo<br />

argissolo vermelho-amarelo, eutrófico típico a moderado,<br />

textura arenosa média. Predomina nessa área<br />

o clima tropical subquente e úmido com temperatura<br />

média anual de 25ºC (graus Celsius). A estação<br />

quente, com temperaturas médias acima de 26,4ºC,<br />

compreende os meses de outubro a março, apresentando<br />

as maiores médias térmicas entre os meses<br />

JULHO 2022 77


ARTIGO<br />

de janeiro a fevereiro. A estação menos quente, com<br />

médias superiores a 21ºC compreende os meses<br />

de abril a setembro e as medias térmicas menores<br />

abrangem os meses de junho e julho. A umidade relativa<br />

do ar anual é cerca de 68% e a estação chuvosa<br />

ocorre nos meses de outubro a março, com 85%<br />

da precipitação total anual e a estação seca, abrange<br />

os meses de abril a setembro, com apenas 15% da<br />

precipitação total anual (REZENDE e RANGA, 2005).<br />

Em campo, o ensaio obedeceu ao delineamento<br />

experimental de blocos inteiramente casualizado,<br />

com dezoito tratamentos, três repetições e oito<br />

plantas por parcela, com duas testemunhas, no espaçamento<br />

de 8m entre linhas de plantio e 2,5m entre<br />

plantas. Foram utilizados os clones: RRIM 713, RRIM<br />

729, RRIM 908, RRIM 911, RRIM 913, PB 233, PB311,<br />

PB 312, PB 314, PB 326, PB 346, PB 350, IAC 328, IAC<br />

330, IAC 56, PC 140 e como testemunha, RRIM 600 e<br />

GT1.<br />

Durante o período do desenvolvimento vegetativo<br />

dos clones, efetuaram-se mensurações anuais de<br />

perímetro do caule a 0,5m acima do calo de enxertia<br />

no primeiro ano e a 1,20m acima do calo de enxertia<br />

começando do segundo ano; incremento anual de<br />

crescimento do caule: obtido pela diferença das avaliações<br />

do perímetro do caule posterior com as anteriores;<br />

altura da planta e número de lançamentos<br />

foliares, realizadas em três mensurações, a primeira<br />

aos seis meses após o plantio, a segunda após um<br />

ano e a terceira após dois anos de plantio.<br />

Na execução do experimento, empregaram-se<br />

todas as práticas culturais convencionais ao cultivo<br />

da seringueira (CATI, 2010).<br />

RESULTADOS E DISCUSSÃO<br />

Dos 18 clones utilizados, cinco: PB 326; PB 346,<br />

PB 350, IAC 328 e IAC 330, foram retirados durante o<br />

desenvolvimento do experimento devido ao fato de<br />

quase todas as plantas não terem sobrevivido. Este<br />

fato pode estar relacionado as mudanças climáticas<br />

observadas na região de São José do Rio Preto, que<br />

desde outubro de 2013, quando o experimento foi<br />

instalado no campo, ocorreram períodos de seca<br />

prolongada, pouca incidência de chuva, em alguns<br />

anos com registro de seca histórica na região. Como<br />

o presente trabalho teve por objetivo avaliar o desempenho<br />

dos clones de seringueira para futura<br />

seleção dos que apresentarem alto potencial de<br />

produção, vigor e caracteres secundários satisfatórios<br />

para sua recomendação, estes clones deveriam<br />

ser utilizados com cautela em locais com as mesmas<br />

condições enfrentadas no trabalho. Segundo Ma-<br />

78 referenciaindustrial.com.br JULHO 2022


cedo et al. (1999), o estabelecimento de espécies<br />

florestais de rápido crescimento no campo é avaliada<br />

nos primeiros períodos após o plantio, por meio da<br />

sua capacidade de sobrevivência, pois é sob estas<br />

condições de campo que geralmente as mudas de<br />

diferentes espécies/clones florestais diferem em suas<br />

expressões fenotípicas de vigor, demonstrando sua<br />

capacidade de adaptação às condições locais.<br />

Os clones com melhor desenvolvimento foram:<br />

PB 311, PB 312, RRIM 911, PB 314, seguido da testemunha<br />

RRIM 600, com 46,03; 43,50; 43,33; 41,80 e<br />

41,68 cm, respectivamente. Estes clones se destacaram<br />

dos demais com as maiores médias do perímetro<br />

do caule, o que sugere uma melhor adaptação as<br />

condições locais de plantio. Lavorenti et al. (1990) em<br />

estudo sobre a relação entre diferentes caracteres de<br />

plantas jovens de seringueira, destacaram o perímetro<br />

do caule como responsável por 36% da variação<br />

da produção, um dos caracteres que juntamente<br />

com espessura de casca, número de anéis de vasos<br />

laticíferos, distância entre anéis, diâmetro dos vasos<br />

laticíferos e índice de tamponamento determinam a<br />

maior produção de látex. O caráter mais importante<br />

que permite um retorno mais rápido do investimento<br />

do heveicultor é o vigor, medido através do perímetro<br />

do caule, que determina a precocidade do clone<br />

(ALEM et al., 2015).<br />

A menor média do perímetro do caule foi observada<br />

nos clones PB 233, RRIM 913 e IAC 56, este<br />

último apresentando baixo desenvolvimento desde<br />

2017.<br />

Com relação ao incremento anual de crescimento<br />

do caule, pode-se observar uma redução dos incrementos<br />

nos anos de 2015 – 2016 e 2017 – 2018. Na<br />

sétima mensuração (2019 – 2020), apenas os clones<br />

RRIM 911, PB 312, PB 233 e RRIM 600 apresentaram<br />

aumento no incremento do caule em comparação<br />

a anterior. Esta redução dos incrementos anuais de<br />

crescimento do caule pode estar relacionada às<br />

mudanças climáticas observadas na região de São<br />

José do Rio Preto, pois desde a implantação do<br />

experimento foram registrados períodos de pouca<br />

incidência de chuva. Gonçalves et al. (1993) em seu<br />

trabalho com análise de desempenho de clones de<br />

seringueira na região de São José do Rio Preto, também<br />

observaram redução dos incrementos anuais do<br />

caule, durante o período de desenvolvimento vegetativo,<br />

devido deficiência hídrica, corroborando com<br />

os dados encontrados no presente trabalho.<br />

Segundo Ortolani et al. (1996) vários elementos<br />

agroclimáticos tais como déficit hídrico, temperatura<br />

e pluviosidade que afetam vários componentes do<br />

crescimento e produção contribuem com uma grande<br />

soma de variabilidades no comportamento dos<br />

clones. Clones tidos como produtivos em algumas<br />

regiões do Brasil podem comportar-se diferentemente<br />

em outras áreas da mesma região, principalmente<br />

aquelas sujeitas a diferentes características edafoclimáticas.<br />

Os clones PB 311, PB 312, RRIM 911, PB 314 e<br />

RRIM 600 alcançaram no sétimo ano 46,0; 43,5; 43,3;<br />

41,8 e 41,7%, respectivamente, a porcentagem mínima<br />

recomendada de 40% de plantas aptas para<br />

sangria, índice aceitável para início da exploração de<br />

um seringal de acordo com a Cati (2010).<br />

O clone RRIM 600 tomado como referência,<br />

por ser o mais plantado no Brasil, segundo Pereira<br />

(1997), e utilizado como testemunha no presente<br />

trabalho, apresentou desenvolvimento intermediário,<br />

fato este observado por Pereira et al. (2001), em<br />

trabalho realizado sobre desempenho de clones de<br />

seringueira sob diferentes sistemas de sangria. Já o<br />

clone GT1, um dos clones mais universais, também<br />

utilizado como testemunha, não apresentou bom<br />

desempenho, fato este também observado em<br />

trabalho realizado por Goncalves et al. (1993) sobre<br />

desempenho de clones de seringueira na região de<br />

São Jose do Rio Preto.<br />

De maneira geral os clones PB 311, PB 312, RRIM<br />

911, PB 314 e RRIM 600 se destacaram dos demais<br />

nas avalições realizadas no período vegetativo. Segundo<br />

Gonçalves et al. (2002) a introdução de clones<br />

de seringueira em uma determinada região, bem<br />

como, o seu desempenho são fundamentais para o<br />

fornecimento de dados científicos, visando recomendações<br />

precisas para o desenvolvimento desejado<br />

da cultura.<br />

CONCLUSÕES<br />

As conclusões do presente trabalho se baseiam<br />

apenas no desempenho da fase vegetativa de clones<br />

de seringueira na região de São Jose do Rio Preto.<br />

Os clones PB 311, PB 312, RRIM 911, PB 314 e<br />

RRIM 600 apresentaram o melhor desempenho no<br />

decorrer do período de avaliação da fase vegetativa,<br />

alcançando mais rapidamente o período de sangria,<br />

permitindo a exploração e o retorno econômico precocemente.<br />

O clone GT 1, utilizado como testemunha,<br />

mostrou baixo desempenho vegetativo.<br />

Os clones PB 326; PB 346, PB 350, IAC 328 e IAC<br />

330, não apresentaram bom desempenho nas variáveis<br />

analisadas no presente trabalho.<br />

Link de acesso: https://www.nucleodo-<br />

conhecimento.com.br/agronomia/clones-<br />

-de-seringueira<br />

JULHO 2022 79


AGENDA<br />

AGENDA<br />

2022<br />

AGOSTO<br />

2 A 4<br />

AGOSTO<br />

16 A 19<br />

NOVEMBRO<br />

16 A 17<br />

MEC SHOW<br />

LOCAL: SERRA (ES)<br />

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EXPOMAC<br />

LOCAL: CURITIBA (PR)<br />

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HDOM SUMMIT<br />

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80 referenciaindustrial.com.br JULHO 2022


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ESPAÇO ABERTO<br />

UM MUNDO INTERCONECTADO:<br />

A EVOLUÇÃO DIGITAL NA<br />

AMÉRICA LATINA<br />

Atransformação digital foi acelerada por<br />

conta da pandemia de Covid-19, o que<br />

provocou mudanças profundas na região<br />

da América Latina. Segundo o relatório<br />

Latin American Digital Transformation Report<br />

2021, a tendência é que a evolução digital alcance<br />

patamares ainda mais altos nos próximos anos e que<br />

tenhamos um amadurecimento do ecossistema. Hoje,<br />

temas como blockchain, inteligência artificial e metaverso<br />

se tornaram pauta de discussões do dia a dia das<br />

empresas.<br />

Com os avanços do 5G, a introdução de infraestruturas<br />

de computação de borda e a implementação de sistemas<br />

na nuvem, tornou-se fundamental investir no aumento<br />

de conectividade e espaço para armazenamento<br />

de dados, assim como na otimização de plataformas<br />

de gerenciamento de data centers. Atualmente, com a<br />

digitalização da economia, todas as novas tecnologias,<br />

como IoT (Internet das Coisas), metaverso, realidade<br />

virtual e aumentada ou Big Data, utilizam um massivo<br />

aumento de dados que precisam ser processados de<br />

forma eficiente. Por isso, os centros de processamento<br />

de dados atuam na economia digital, fornecendo um<br />

lar não apenas para as informações, mas também para<br />

as plataformas e aplicações que se tornaram tão onipresentes<br />

no mundo moderno. Por sua vez, o fio condutor<br />

para o funcionamento contínuo desses sistemas e para a<br />

entrega de conteúdo é a conectividade.<br />

A evolução digital avança a passos largos e promete<br />

se acentuar nos próximos anos, mas ainda há muito a<br />

evoluir. Ainda de acordo com o Latin American Digital<br />

Transformation, onde é medido a velocidade das mudanças<br />

das tecnologias na América Latina, levando em<br />

conta itens como introdução da internet e aplicativos,<br />

aumento do número de empresas de tecnologia e o<br />

PARA A EVOLUÇÃO<br />

DIGITAL REALMENTE<br />

AVANÇAR NA AMÉRICA LATINA<br />

É NECESSÁRIO CONSTRUIR UMA<br />

BASE DIGITAL ROBUSTA<br />

POR<br />

VITOR CARAM<br />

DIRETOR DE<br />

EXPANSÃO LATAM<br />

DA ODATA<br />

crescimento do ecossistema de inovação, o índice cresceu<br />

de 2,3% em 2020 para 3,4% em 2021. É um aumento<br />

considerável para a região, mas ainda longe dos 69,8%<br />

dos EUA (Estados Unidos da América).<br />

Ainda há um longo caminho a percorrer para alcançar<br />

o patamar de nações mais desenvolvidas tecnologicamente.<br />

As empresas brasileiras e latinas ainda<br />

precisam enfrentar alguns desafios, como a escassez de<br />

profissionais de Tecnologia da Informação, por exemplo.<br />

Há um aumento na procura por cursos voltados à tecnologia,<br />

mas o crescimento não é rápido o suficiente para<br />

atender à demanda acelerada.<br />

Já no mercado de data centers, que está no centro<br />

da evolução digitação em regiões como a América Latina,<br />

as infraestruturas já veem um crescimento substancial<br />

para suportar suas demandas de evolução digital. E<br />

isso, por sua vez, tem levado as empresas a optarem por<br />

soluções mais modernas para gerenciar os crescentes<br />

requisitos de dados. Um avanço nesta área é a migração<br />

da infraestrutura de TI, visando a redução de custos e o<br />

aprimoramento de desempenho da operação. Muitas<br />

empresas estão optando por soluções mais versáteis e<br />

escaláveis, como o Colocation e a nuvem.<br />

Entre o data center, a nuvem e a edge computing,<br />

nosso mundo tornou-se verdadeiramente always-on e<br />

interconectado, de forma irreversível. Portanto, companhias<br />

com altos níveis de maturidade digital alcançam<br />

uma vantagem competitiva em diversos indicadores de<br />

desempenho, como crescimento de receita, tempo de<br />

lançamento no mercado, eficiência de custos, qualidade<br />

do produto e satisfação do cliente.<br />

Para a evolução digital realmente avançar na América<br />

Latina é necessário construir uma base digital robusta.<br />

Somente com um mecanismo digital maduro e bem<br />

alinhado, as empresas estarão preparadas para participar<br />

de novos ambientes e de um mundo totalmente<br />

interconectado.<br />

Foto: divulgação<br />

82 referenciaindustrial.com.br JULHO 2022


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especialmente para nossos equipamentos.<br />

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amplificação da frequência. A alta frequência faz a corrente elétrica<br />

circular de forma concentrada na extremidade do condutor, que no<br />

sistema dos nossos equipamentos faz com que a cola vibre, aqueça e,<br />

consequentemente, tenha uma maior velocidade no tempo de secagem.<br />

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