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ENTREVISTA<br />

Markus Brütsch, CEO da Precious Woods, fala sobre o mercado de madeiras nobres<br />

TRABALHO INTENSIVO<br />

CABEÇOTE TRITURADOR OFERECE VERSATILIDADE<br />

E EFICIÊNCIA NA LIMPEZA DE ÁREAS<br />

INTENSIVE WORK<br />

MULCHER HEAD OFFERS VERSATILITY<br />

AND EFFICIENCY IN CLEARING AREAS


SUMÁRIO<br />

AGOSTO 2022<br />

46<br />

TRABALHO<br />

PESADO<br />

06 Editorial<br />

08 Cartas<br />

10 Bastidores<br />

12 Notas<br />

25 Coluna Cipem<br />

26 Dia na Floresta<br />

32 Frases<br />

34 Entrevista<br />

44 Coluna<br />

46 Principal<br />

52 Anuário<br />

56 Preservação<br />

60 Transporte<br />

66 Incêndio<br />

72 Congresso<br />

76 Pesquisa<br />

80 Agenda<br />

82 Espaço Aberto<br />

60<br />

66<br />

ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />

35 Agroceres<br />

05 Bayer<br />

09 BKT<br />

13 Carrocerias Bachiega<br />

55 Codornada <strong>Florestal</strong><br />

79 D’Antonio Equipamentos<br />

84 Denis Cimaf<br />

02 Dinagro<br />

17 DRV Ferramentas<br />

39 Engeforest<br />

59 Expoforest<br />

37 Francio Soluções Florestais<br />

69 Guarany<br />

45 Himev<br />

65 J de Souza<br />

07 Komatsu Forest<br />

71 Lion Equipamentos<br />

83 Log Max<br />

19 Manos Implementos<br />

43 Mill Indústrias<br />

41 Planflora<br />

24 Prêmio REFERÊNCIA<br />

11 Rotary-Ax<br />

33 Rotor Equipamentos<br />

23 Tecmater<br />

15 Unibrás<br />

21 Vantec<br />

31 Watanabe<br />

04 www.referenciaflorestal.com.br


EDITORIAL<br />

Sempre floresta<br />

A riqueza das florestas brasileiras, sejam nativas ou plantadas,<br />

é incalculável. Do manejo sustentável ao reflorestamento,<br />

o Brasil tem crescido e mostrado ao mundo seu potencial dentro<br />

do setor. O país tem tecnologia e profissionais que podem<br />

suprir as necessidades em toda a indústria de base florestal<br />

com qualidade e eficiência. Nós cuidamos da natureza, produzimos<br />

em alto volume e estamos cada dia mais prontos para uma<br />

economia verde e sustentável. Nessa edição o leitor conhecerá<br />

a trituradora HPH da Himev e todo seu poder para limpeza de<br />

áreas, saberá como foi o Dia na Floresta do CIPEM, um plano<br />

geral sobre escolha de máquinas florestais, as informações<br />

sobre uma campanha de combate a incêndios florestais e uma<br />

entrevista com o CEO da Precious Woods, Markus Brütsch,<br />

falando sobre perspectivas e planejamentos da maior empresa<br />

de manejo sustentável do mundo. Ótima leitura!<br />

2<br />

1<br />

Na capa desta edição o<br />

cabeçote HPH da Himev, ideal<br />

para limpeza de pré-plantio<br />

A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />

www.referenciaflorestal.com.br<br />

Ano XXIV • Nº243 • Agosto 2022<br />

ENTREVISTA<br />

Markus Brütsch, CEO da Precious Woods, fala sobre o mercado de madeiras nobres<br />

TRABALHO INTENSIVO<br />

CABEÇOTE TRITURADOR OFERECE VERSATILIDADE<br />

E EFICIÊNCIA NA LIMPEZA DE ÁREAS<br />

INTENSIVE WORK<br />

MULCHER HEAD OFFERS VERSATILITY<br />

AND EFFICIENCY IN CLEARING AREAS<br />

THE FOREST FOREVER<br />

The richness of Brazilian forests, whether native or planted,<br />

is invaluable. From sustainable management to reforestation,<br />

Brazil has grown and shown the world its potential within the<br />

Sector. The Country has technology and professionals who can<br />

meet the needs of the forest-based industry with quality and<br />

efficiency. We take care of nature, produce in high volume, and<br />

are increasingly ready for a green and sustainable economy. In<br />

this issue, the reader will get to know Himev’s HPH mulcher and<br />

all its power to clear areas, how Cipem’s Forest Day went, an<br />

overall plan on choosing forest machines, information on forest<br />

fire fighting campaigns, and an interview with Markus Brütsch,<br />

Chief Executive Officer of Precious Woods, talking about the<br />

perspectives and plans of the largest sustainable forest management<br />

company in the world. Pleasant reading!<br />

Entrevista com<br />

Markus Brütsch<br />

Dia na Floresta do CIPEM<br />

3<br />

EXPEDIENTE<br />

ANO XXIV - EDIÇÃO 243 - AGOSTO 2022<br />

Diretor Comercial / Commercial Director<br />

Fábio Alexandre Machado<br />

fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />

Diretor Executivo / Executive Director<br />

Pedro Bartoski Jr<br />

bartoski@revistareferencia.com.br<br />

Redação / Writing<br />

Vinicius Santos<br />

jornalismo@revistareferencia.com.br<br />

Colunista<br />

Cipem<br />

Gabriel Dalla Costa Berger<br />

Depto. de Criação / Graphic Design<br />

Fabiana Tokarski - Supervisão<br />

Crislaine Briatori Ferreira<br />

Gabriela Bogoni<br />

Larissa Purkotte<br />

criacao@revistareferencia.com.br<br />

Midias Sociais / Social Media<br />

Cainan Lucas<br />

Tradução / Translation<br />

John Wood Moore<br />

Depto. Comercial / Sales Departament<br />

Gerson Penkal - Carlos Felde<br />

comercial@revistareferencia.com.br<br />

fone: +55 (41) 3333-1023<br />

Representante Comercial<br />

Dash7 Comunicação - Joseane Cristina<br />

Knop<br />

Depto. de Assinaturas / Subscription<br />

Cristiane Baduy<br />

assinatura@revistareferencia.com.br<br />

0800 600 2038<br />

ASSINATURAS<br />

0800 600 2038<br />

Periodicidade Advertising<br />

GARANTIDA GARANTEED<br />

Veículo filiado a:<br />

A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente,<br />

dirigida aos produtores e consumidores de bens e serviços em madeira,<br />

instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos governamentais,<br />

ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente<br />

ligados ao segmento de base florestal. A Revista REFERÊNCIA do Setor<br />

Industrial Madeireiro não se responsabiliza por conceitos emitidos em<br />

matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais<br />

de responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação,<br />

armazenamento de banco de dados, sob qualquer forma ou meio, dos<br />

textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista REFERÊNCIA são<br />

terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos<br />

direitos autorais, exceto para fins didáticos.<br />

Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication<br />

directed at the producers and consumers of the good and services of the<br />

lumberz industry, research institutions, university students, governmental<br />

agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked<br />

to the forest based segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself<br />

responsible for the concepts contained in the material, articles or columns<br />

signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors,<br />

themselves. The use, reproduction, appropriation and databank storage<br />

under any form or means of the texts, photographs and other intellectual<br />

property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited<br />

without the written authorization of the holders of the authorial rights.<br />

06 www.referenciaflorestal.com.br


CARTAS<br />

A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />

ENTREVISTA Luiz Augusto Alves, presidente da AGEFLOR valoriza o crescimento do setor no Estado<br />

EXCELÊNCIA EM PROTEÇÃO<br />

EQUIPAMENTOS DE COMBATE A INCÊNDIOS<br />

OFERECEM MAIOR DESEMPENHO E ECONOMIA<br />

Capa da Edição 242 da<br />

Revista REFERÊNCIA FLORESTAL,<br />

mês de julho de 2022<br />

www.referenciaflorestal.com.br<br />

Ano XXIV • N°242 • Julho 2022<br />

EXCELLENCE IN PROTECTION<br />

FIREFIGHTING EQUIPMENT OFFERS<br />

BETTER PERFORMANCE AND SAVINGS<br />

CAPA<br />

Por Marcus Costa, Contagem (MG)<br />

O trabalho da Equilíbrio é super importante, porque por mais que se previna e<br />

tome todos os cuidados, estar pronto para uma eventualidade é sempre bom.<br />

ENTREVISTA<br />

Foto: divulgação<br />

Por André Bueno, Itapeva (SP)<br />

Muito importante o trabalho feito pela associação no Rio Grande do Sul,<br />

é um Estado que vem se mostrando forte no setor madeireiro.<br />

INTERNACIONAL<br />

Por Sandra Moreira, Lebon Régis (SC)<br />

O conhecimento brasileiro sobre florestas é grande. Muito bom ver que<br />

podemos levar o que sabemos e como fazemos esse trabalho para o restante<br />

do mundo.<br />

Foto: divulgacão<br />

ACOMPANHE AS PUBLICAÇÕES DA REVISTA TAMBÉM EM NOSSAS REDES SOCIAIS<br />

CURTA NOSSA PÁGINA<br />

08 www.referenciaflorestal.com.br<br />

Revista Referência <strong>Florestal</strong><br />

@referenciaflorestal<br />

E-mails, críticas e sugestões podem ser<br />

enviados também para redação<br />

jornalismo@revistareferencia.com.br<br />

Mande sua opinião sobre a Revista REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

ou a respeito de reportagem produzida pelo veículo.


A LONG WAY<br />

TOGETHER<br />

FS 216<br />

Por mais difíceis que sejam as suas necessidades, FS 216 é o seu melhor aliado para<br />

todas as operações com autocarregadoras e máquinas de arrasto. Este pneu silvicultura<br />

com cintos em aramida tem um desenho robusto das barras com angulação otimizada<br />

e mais larga, para potencializar a performance no campo da tração. FS 216 proporciona<br />

uma resistência excelente aos cortes e aos rasgos, bem como a máxima proteção contra<br />

possíveis danos em qualquer momento.<br />

FS 216 é a resposta da BKT a todas as exigências, mesmo nas condições operacionais<br />

mais críticas.<br />

Chetan Ghodture<br />

Balkrishna Industries Ltd, India<br />

Email: chetang@bkt-tires.com<br />

Mobile: +917021000031


BASTIDORES<br />

Revista<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

SHOW FLORESTAL<br />

Ainda lembrando a Show <strong>Florestal</strong>, o diretor<br />

comercial da Revista REFERÊNCIA, Fábio Machado<br />

e o diretor da Alamo Group, Tomas Jones.<br />

VISITA<br />

O diretor comercial da REFERÊNCIA<br />

FLORESTAL, Fábio Machado, recebeu na JOTA<br />

EDITORA a visita da Tecmater, representado<br />

por Dewry Juliano e Gabriel Marchiori.<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

ALTA<br />

ALÍVIO PARA O TRANSPORTE<br />

O Ministério da Cidadania decidiu antecipar o pagamento<br />

do auxílio para a compra de combustível.<br />

Os caminhoneiros autônomos inscritos na Agência<br />

Nacional de Transportes Terrestres até o dia 31 de<br />

maio vão receber as parcelas de julho e agosto,<br />

totalizando R$ 2 mil. Os demais pagamentos até<br />

dezembro, no entanto, serão feitos depois do dia 20<br />

de cada mês. O MT (Ministério do Trabalho) deverá<br />

publicar uma portaria para informar como o dinheiro<br />

será transferido. Caberá às prefeituras enviarem<br />

para o governo federal o cadastro de taxistas, que<br />

também receberão um auxílio ainda sem valor<br />

definido. Esse auxílio será uma mão na roda para<br />

os caminhoneiros, que são responsáveis por boa<br />

parte do escoamento da produção de commodities<br />

e outros produtos no Brasil.<br />

AGOSTO 2022<br />

PESQUISAS MANIPULADAS<br />

Ao contrário do que se vê nas ruas, as pesquisas eleitorais<br />

apontam a vitória da oposição na próxima eleição. Mesmo<br />

que o candidato que já governou o país não tenha<br />

aparições públicas, as pesquisas têm colocado o petista<br />

como principal candidato à eleição ainda no primeiro turno.<br />

A realidade é que o atual governo é quem tem liberdade<br />

de estar no meio do povo e levar multidões para as<br />

ruas. Em 2018 as pesquisas seguiram as mesmas técnicas<br />

de manipulação de opinião pública, levando ao descrédito<br />

as metodologias, uma vez que o candidato derrotado<br />

no último pleito era dado como certo vencedor. Caso<br />

não haja nenhuma manipulação de urna, Bolsonaro (PL)<br />

vai sair vencedor. Basta acompanhar as manifestações<br />

populares e fazer a contagem dos participantes, que<br />

comprova o contrário das pesquisas.<br />

BAIXA<br />

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a marca do corte florestal!<br />

A Rotary-Ax atende o setor florestal, especializada em produtos<br />

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espécies do gênero Pinus e Eucalipto. produtos fabricados 100%<br />

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NOTAS<br />

Mapeamento da produção<br />

O IMEA (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária) autor do “Mapeamento da Produção Silvicultural em<br />

Mato Grosso”, lançado em julho, identificou as principais espécies de florestas cultivadas no Estado, tendo como destaque<br />

o eucalipto e a teca. O estudo foi encomendado pela AREFLORESTA (Associação de Reflorestadores de Mato Grosso)<br />

e pelo SENAR-MT (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural). O estudo mapeou a produção, traçou o perfil dos produtores<br />

rurais, identificou os principais gargalos e desafios enfrentados na silvicultura do Estado. O objetivo do trabalho é<br />

auxiliar o produtor rural na tomada de decisão, em políticas públicas e ações estratégicas para a atividade. Segundo a<br />

coordenadora de desenvolvimento regional do IMEA, Vanessa Gasch, esse material foi importante para identificarmos as<br />

dificuldades e oportunidades do setor da silvicultura em Mato Grosso, como por exemplo, a necessidade de adoção de<br />

práticas de manejo mais eficientes, tanto na teca quanto no eucalipto, além de trazer dados sobre a oferta de biomassa<br />

disponível no Estado. “Identificamos que dos 129,26 mil hectares plantados de eucalipto, 57% já foram comercializados<br />

em Mato Grosso”, informou Vanessa. O eucalipto tem grande potencial para atender a demanda crescente de biomassa<br />

para as atividades já consolidadas, bem como, das novas agroindústrias, principalmente as de etanol de milho que tem<br />

se instalado em Mato Grosso. A construção e ampliação dessas usinas de etanol de milho vem pautando esse novo ciclo<br />

de desenvolvimento. A maior concentração de plantios de eucaliptos está no sudeste e oeste do Estado. Mato Grosso é o<br />

segundo maior produtor de teca do país, com uma área de aproximadamente 68,1 mil hectares, segundo levantamento<br />

do IMEA feito em 2019. Os plantios de teca estão mais concentrados nas regiões oeste e norte de Mato Grosso.<br />

Fotos: divulgação<br />

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NOTAS<br />

Paraná na<br />

frente<br />

Dos 500 municípios brasileiros que melhor<br />

internalizaram os ODS (Objetivos de Desenvolvimento<br />

Sustentável) da ONU (Organização das<br />

Nações Unidas), 43 são do Paraná, quase 10% do<br />

total. Os dados foram divulgados pelo IDSC (Índice<br />

de Desenvolvimento Sustentável das Cidades),<br />

ferramenta do Instituto Cidades Sustentáveis. As<br />

cidades estão classificadas por uma pontuação que<br />

mede o progresso total para o cumprimento dos 17<br />

ODS, que varia de 0 a 100, e o limite máximo indica<br />

um desempenho excelente no cumprimento das<br />

metas. O Brasil foi o primeiro país do mundo a mapear<br />

o nível de engajamento das suas cidades nos<br />

ODS, que avaliam, entre outras coisas, educação,<br />

saúde, preservação do meio ambiente e combate<br />

à violência.<br />

A cidade com maior destaque na implementação<br />

dos ODS foi São Jorge do Ivaí, no Noroeste do<br />

Estado, ocupando a 29ª posição no ranking, com<br />

62,23 pontos. As ações mais efetivas foram realizadas<br />

nos quesitos Vida na Água, com pontuação<br />

máxima; Água Limpa e Saneamento (91,57); e Paz,<br />

Justiça e Instituições Eficazes (82,65).<br />

Maringá (60,21), no noroeste, e Londrina<br />

(59,90), no norte, obtiveram a maior pontuação no<br />

quesito Vida na Água com 92,6 e 87,33 respectivamente.<br />

Cascavel, (58,27), no oeste, se destacou<br />

na Ação Contra a Mudança Global do Clima, com<br />

89,42. Municípios menores como Serranópolis do<br />

Iguaçu e Vera Cruz do Oeste, ambos na região oeste,<br />

estão no ranking com alta pontuação em áreas<br />

como Consumo e Produção Responsáveis, com<br />

84,01 no primeiro e 95,81 no segundo, respectivamente.<br />

Os ODS compõem a Agenda 2030 – uma<br />

agenda de desenvolvimento proposta pela ONU<br />

em 2015 para guiar boas práticas dos países para<br />

os próximos 15 anos. Ela integra 17 objetivos,<br />

entre eles a erradicação da pobreza, igualdade de<br />

gênero, energia renovável, educação de qualidade<br />

e crescimento econômico. A proposta é que<br />

sociedade, empresas e governo atuem juntos para<br />

cumprir os objetivos.<br />

Foto: divulgação<br />

14 www.referenciaflorestal.com.br


NOTAS<br />

Investimento à vista<br />

Foto: divulgação<br />

O Governo Federal lançou o Plano Safra 2022/2023, com R$ 340,88 bilhões para apoiar a produção agropecuária<br />

nacional até junho do próximo ano. O valor reflete um aumento de 36% em relação ao Plano anterior. Do total de recursos<br />

disponibilizados, R$ 246,28 bilhões serão destinados ao custeio e comercialização, uma alta de 39% em relação<br />

ao ano anterior. Outros R$ 94,6 bilhões serão para investimentos (+29%). Os recursos com juros controlados somam<br />

R$ 195,7 bilhões (alta de 18%) e com juros livres R$ 145,18 bilhões (alta de 69%). O montante de recursos equalizados<br />

cresceu 31%, chegando a R$ 115,8 bilhões na próxima safra. A melhoria do acesso do produtor ao crédito rural foi assegurada<br />

não só pelo aumento nas disponibilidades de recursos, mas também pelo estabelecimento de taxas de juros<br />

compatíveis com a atividade rural e em níveis favorecidos, comparativamente às taxas livres de mercado. Com a taxa<br />

básica de juros da economia (Selic) em 13,25% atualmente, buscou-se preservar, prioritariamente, elevações menores<br />

para os beneficiários do PRONAF e do PRONAMP, garantindo financiamento adequado para esses públicos. O próximo<br />

Plano Safra também aposta na diversificação das fontes de financiamento, com a disponibilização de mais recursos<br />

das LCA (Letras de Crédito do Agronegócio) para a aquisição de direitos creditórios do agronegócio. Foi estabelecido<br />

um aumento, de 50% para 70% na faculdade de uso dos recursos da LCA para a aquisição desses direitos creditórios. A<br />

expectativa é que a medida gere uma maior participação do mercado de finanças privadas do agro, com a expansão de<br />

títulos como a CPR (Cédula de Produto Rural), CDCA (Certificado de Direitos Creditórios do Agronegócio), CRA (Certificado<br />

de Recebimento do Agronegócio), além da LCA.<br />

16 www.referenciaflorestal.com.br


A faca certa para<br />

qualquer operação!<br />

SERRAS E FACAS INDUSTRIAIS


NOTAS<br />

Troca de informações<br />

O IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) firmou convênio com a<br />

RFB (Receita Federal do Brasil), neste mês de julho, para o compartilhamento de informações que são de interesse<br />

mútuo. Tal união inclui a troca de dados sobre importação e exportação de produtos submetidos ao controle<br />

ambiental e, também, para fins de cobrança da TCFA (Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental). O convênio<br />

foi firmado na sede do IBAMA, em Brasília. A partir de agora o Instituto terá acesso a dados necessários para o<br />

controle ambiental de produtos e resíduos após a importação e que necessitem de uma posterior destinação<br />

ambientalmente adequada - como ocorre no comércio exterior de pneumáticos, pilhas e baterias, por exemplo.<br />

Em todos os casos, o controle se dá no âmbito de regulamentação emitida pelo CONAMA (Conselho Nacional do<br />

Meio Ambiente). Pela Resolução Conama nº 416, de 2009 - em que importadores e fabricantes de pneus têm a<br />

obrigação de dar um fim ambientalmente correto aos itens que se tornaram inservíveis - o IBAMA faz o controle<br />

por meio dos dados de pneus importados e dados declarados anualmente pelos fabricantes/importadores sobre<br />

as quantidades de pneus destinados. Tais informações são organizadas anualmente no Relatório de Pneumáticos,<br />

que o IBAMA apresenta ao CONAMA e, também, disponibilizadas no Portal do Instituto. Quando não há<br />

destinação adequada desses pneus inutilizados, essa informação é encaminhada para a área de fiscalização do<br />

Instituto - o que pode resultar em um auto de infração, dentre outras sanções.<br />

Outro exemplo do controle ambiental realizado pelo IBAMA é aquele referente à importação de pilhas e<br />

baterias que contenham chumbo, cádmio e mercúrio, bem como, estabelecido na Resolução CONAMA número<br />

401, de 2008. Esse documento propõe a redução da quantidade de metais pesados nesses produtos, pois, ao<br />

serem descartados, apresentarão menor risco à saúde humana e ao meio ambiente.<br />

Foto: Lubasi/wikimédia Commons<br />

18 www.referenciaflorestal.com.br


NOTAS<br />

Pau Brasil Protegido<br />

O IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) publicou a Portaria de Pessoal<br />

nº 1992, instituindo o GT (Grupo de Trabalho) para o estabelecimento da Estratégia Nacional de Proteção da Espécie<br />

Paubrasilia echinata (pau-brasil). O GT se dedicará às atividades de revisão normativa, estabelecimento de critérios<br />

autorizativos e de fiscalização, avaliação de estoques de madeira, destinação de material apreendido, elaboração de<br />

material de campo, dentre outros.<br />

O pau-brasil corre risco de ser extinto, de acordo com a Portaria MMA nº 443/2014 e sua alteração dada pela Portaria<br />

MMA nº 148/2022, além de se encontrar também no anexo II da Convenção sobre o CITES (Comércio Internacional<br />

das Espécies da Flora e Fauna em Perigo de Extinção). E a iniciativa de formar o GT deu-se após a compilação dos<br />

resultados de 5 anos da Operação Dó-Ré-Mi, do trabalho de auditoria do SINAFLOR (Sistema Nacional de Controle da<br />

Origem dos Produtos Florestais) e do DOF (Documento de Origem <strong>Florestal</strong>) - que apontaram uma série de fraudes no<br />

setor de archetaria no país. Os trabalhos da operação autuaram dezenas de empresas e archetiers, além da apreensão<br />

de milhares de toretes, varetas e arcos dessa madeira nobre nas empresas, em unidades de conservação e nos aeroportos<br />

brasileiros.<br />

Atualmente, a exploração do pau-brasil só pode acontecer por meio de plantio devidamente registrado no SINA-<br />

FLOR perante o órgão ambiental competente, uma vez que o manejo sustentável de espécies madeireiras na Mata<br />

Atlântica está vedado por meio da Lei nº 11.428/2006. Sua exportação depende de anuência do IBAMA no Portal<br />

Único do Comércio Exterior. Entretanto, de acordo com proposta encaminhada pelo IBAMA à Cites - onde o Instituto<br />

solicita alteração da classificação da espécie para o anexo I da convenção – fato a ser defendido ainda esse ano na 19ª<br />

Reunião das Partes (Cop 19), o comércio de quaisquer artefatos produzidos a partir dessa espécie também dependerá<br />

de licença. Caso a proposta do Instituto seja aprovada, as novas regras que irão reger o comércio internacional de<br />

produtos e subprodutos da espécie passarão a valer 90 dias após a aprovação em plenário e ratificação pelo Brasil em<br />

ato normativo próprio.<br />

A implementação do GT para elaboração da Estratégia Nacional de Proteção da Espécie Paubrasilia echinata é uma<br />

medida imprescindível: o pau-brasil é endêmico da Mata Atlântica e sua exploração ilegal para a fabricação de arcos de<br />

instrumentos musicais reduziu consideravelmente suas populações, o que pode levar a espécie à extinção.<br />

20 www.referenciaflorestal.com.br<br />

Foto: Vinícius Mendonça/Ibama


NOTAS<br />

Foto: Emanuel Caldeira<br />

O Prêmio REFERÊNCIA 2022 será realizado no dia 29 de novembro, às 19h (horas). Nessa que será a vigésima<br />

edição da premiação, também será realizado novamente o Painel Panorama da Madeira: uma série de apresentações<br />

com importantes nomes do setor de base florestal nacional. Na edição anterior o Painel foi um grande sucesso, com<br />

perguntas para os convidados e uma forte interação entre as lideranças que representaram setores diferentes do<br />

mercado de base madeireira e florestal.<br />

Eduardo Leão, presidente da AIMEX (Associação das Indústrias Exportadoras de Madeiras do Estado do Pará), falou<br />

sobre: O cenário da exportação de produtos florestais amazônicos. Segundo Eduardo, o setor florestal sofre com uma<br />

imagem negativa, que muitas vezes é ligada a exploração irresponsável, como o garimpo. “Um dos nossos trabalhos<br />

mais importantes é trazer uma comunicação muito clara sobre os reais benefícios que a indústria de base florestal traz<br />

para a sociedade, baseada em transparência”, destacou Eduardo.<br />

Rafael Mason, presidente do CIPEM, (Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de<br />

Mato Grosso), tratou sobre: A sustentabilidade do manejo florestal no Estado do Mato Grosso. Em sua participação,<br />

Rafael destacou que o Mato Grosso vive hoje o que muitos Estados e países pensam apenas para o futuro, que é a<br />

economia verde. “Temos conseguido avançar muito junto a órgãos ambientais em relação ao manejo, com 98% da<br />

madeira extraída feita de forma sustentável. Nosso trabalho é manter a floresta em pé”, relatou Rafael.<br />

Álvaro Scheffer Jr., ex-presidente da APRE, (Associação Paranaense de Empresas de Base <strong>Florestal</strong>), fechou o Painel<br />

falando sobre: A participação do setor florestal na nova economia. Segundo Álvaro, apresentar para a sociedade todos<br />

os benefícios que o setor florestal traz para sociedade é uma forma de fortalecer a nova economia. “Temos trabalhado<br />

para mostrar como as florestas plantadas podem ser solução em várias áreas do cotidiano das pessoas, como combustíveis,<br />

embalagens, e produtos que se tornarão regra com a nova economia”, completou Álvaro.<br />

22 www.referenciaflorestal.com.br


A SOLUÇÃO PARA<br />

SEUS CALÇADOS<br />

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29 DE NOVEMBRO<br />

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DIA NA FLORESTA<br />

Sinop (MT) recebe diplomatas dos<br />

EUA (Estados Unidos da América),<br />

México, Panamá, Peru, Equador e<br />

Finlândia em evento promovido<br />

para apresentar sustentabilidade<br />

do manejo de florestas<br />

Este segmento<br />

econômico ganha ainda<br />

mais força apresentando<br />

seus processos e<br />

respeito com o meio<br />

ambiente, principalmente<br />

nesta edição, em<br />

que foi apresentada<br />

a execução em uma<br />

área de segundo ciclo,<br />

confirmando na prática<br />

a sustentabilidade da<br />

atividade<br />

https://cipem.org.br<br />

Aterceira edição do Dia na Floresta reuniu aproximadamente 90 pessoas<br />

em Sinop (MT) – 500 km (quilômetros) ao norte de Cuiabá, capital do<br />

Estado. O evento, que tem como finalidade apresentar a sustentabilidade<br />

e organização do setor de base florestal de Mato Grosso, é promovido<br />

pelo CIPEM (Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeiras<br />

do Estado de Mato Grosso), FNBF (Fórum Nacional das Atividades de Base <strong>Florestal</strong>) e<br />

SEMA (Secretaria Estadual de Meio Ambiente).<br />

Além dos embaixadores dos EUA, México, Panamá, Peru, Equador e Finlândia, o<br />

encontro também recebeu representantes da FIEMT (Federação das Indústrias de Mato<br />

Grosso), FPA (Frente Parlamentar Agropecuária), MPE (Ministério Público Estadual), PRF<br />

(Polícia Rodoviária Federal), OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), MRE (Ministério<br />

das Relações Exteriores), MAPA (Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento),<br />

IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis),<br />

FEMATO (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso) e JUVAM (Juizado<br />

Volante Ambiental). A programação matutina contou com um ciclo de palestras e<br />

visita técnica a uma área de manejo florestal. A Fazenda Platina - que já está em seu segundo<br />

ciclo exploratório, há 50 km de Sinop (MT) - sediou esta primeira fase do evento.<br />

O presidente do CIPEM, Rafael Mason, destacou que esta é uma importante oportunidade<br />

para que o manejo sustentável das florestas seja conhecido. “Este segmento<br />

econômico ganha ainda mais força apresentando seus processos e respeito com o meio<br />

ambiente, principalmente nesta edição, em que foi apresentada a execução em uma<br />

área de segundo ciclo, confirmando na prática a sustentabilidade da atividade”, observou<br />

Rafael. Falando sobre: a sustentabilidade da produção florestal de Mato Grosso, a<br />

secretária estadual de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti, apresentou como o Governo<br />

do Estado está gerindo a questão florestal do maior produtor de madeira nativa do<br />

país. Ela destacou, ainda, que atualmente existem 860 empreendimentos cadastrados<br />

nos segmentos de beneficiamento, industrialização e desdobro de madeira.<br />

Quanto à gestão de resultados da SEMA, a secretária demonstrou que houve redução<br />

de 56% no tempo médio de liberação de processos florestais, contabilizando<br />

atualmente prazos 45% abaixo do período legal de 180 dias. “Em dezembro de 2018 a<br />

média era de 230 dias. Esse número chegou a 100 dias em dezembro do ano passado”,<br />

comemorou Mauren. Durante a apresentação, a secretária de Meio Ambiente também<br />

demonstrou o Programa Carbono Neutro. Segundo ela, “o Programa tem a meta voluntária<br />

de redução de 80% das emissões de gás carbônico até 2030, e 100% em 2035. É<br />

uma integração entre o programa, estratégias do Governo de Mato Grosso e do setor<br />

privado para produção sustentável e de baixas emissões.”<br />

Ainda durante a manhã, o diretor de Uso Sustentável da Biodiversidade e Floresta<br />

do IBAMA, João Pessoa Riograndense, mostrou dados nacionais sobre o manejo florestal<br />

sustentável. O diretor frisou que a produção anual de madeira nativa gira entre 9 e<br />

11 milhões de m3 (metros cúbicos) e que 88% da produção é proveniente de Planos de<br />

Manejo <strong>Florestal</strong> Sustentável. Mato Grosso é responsável por 85% da produção sustentável<br />

de madeira, seguido do Estado do Pará, com 28,2% e Rondônia, 19,8%.<br />

Quanto ao mercado internacional, Riograndense disse que 10% dos produtos madeireiros<br />

são exportados para países como EUA, França e China. Após as apresentações<br />

a comitiva seguiu para uma área de floresta manejada em exploração já no segundo ciclo,<br />

ou seja, foi possível conhecer in loco a área que passou por colheita há pelo menos<br />

25 anos após a colheita primária.<br />

Agosto 2022<br />

25<br />

Fotos: CIPEM


DIA NA FLORESTA<br />

PARTICIPAÇÃO<br />

ESPECIAL<br />

Representantes do poder<br />

público e autoridades<br />

internacionais estiveram<br />

presentes no Dia na<br />

Floresta do CIPEM<br />

Fotos: CIPEM/Ademir Junior<br />

26 www.referenciaflorestal.com.br


Agosto 2022 27


TECNOLOGIA<br />

DIA NA FLORESTA<br />

O<br />

evento em Sinop (MT) foi considerado um<br />

grande sucesso pelo CIPEM (Centro das Indústrias<br />

Produtoras e Exportadoras de Madeira<br />

do Estado de Mato Grosso), e parte<br />

desse sucesso se deu pelo público bastante<br />

qualificado, que participou e contribuiu com muito conhecimento<br />

para que a experiência sobre manejo florestal fosse<br />

completa.<br />

João Pessoa Riograndense, diretor de uso sustentável<br />

da biodiversidade e florestas do IBAMA, destacou em<br />

sua apresentação, as ações do IBAMA para a promoção<br />

do manejo sustentável, como o sistema integrado de<br />

controle facilita o trabalho do instituto e a valorização da<br />

ampliação do quadro de funcionários da entidade. “É importante<br />

destacar o concurso público realizado esse ano,<br />

que possibilitou a entrada de mais de 500 profissionais na<br />

instituição, bem como, os avanços implementados nos sistemas<br />

transacionais SINAFLOR e DOF nos últimos 3 anos”,<br />

ressaltou João. Para o diretor a integração de tecnologia<br />

tem feito total diferença no controle da madeira nacional<br />

e a integração de sistemas tem garantido a melhoria e o<br />

reconhecimento do produto nacional ao redor do mundo.<br />

“As melhorias são contínuas nos sistemas transacionais e<br />

o lançamento do DOF + Rastreabilidade, previsto para o<br />

final de 2022, possibilitará que toda a cadeia produtiva da<br />

madeira nativa no país seja reastreável, desde o seu corte<br />

na floresta, até o consumidor final, no país ou no exterior”,<br />

relata João.<br />

Seguindo a mesma linha, Mauren Lazzaretti, secretária<br />

de Meio Ambiente do Mato Grosso, apresentou dados<br />

muito importantes sobre o Estado, que tem mais de 60%<br />

de sua área dentro do bioma amazônico, e como o manejo<br />

integra as ações prioritárias do Estado por se tratar de uma<br />

estratégia consistente para a manutenção das florestas. “O<br />

manejo sustentável promove o desenvolvimento econômico<br />

da propriedade rural e a justiça social como resultado<br />

do trabalho”, comenta Mauren. Ela destaca, ainda, como<br />

o manejo é uma das chaves para o plano Carbono Neutro<br />

2035 do Mato Grosso, uma vez que ele representa 16% das<br />

reduções de carbono no Estado. “Temos uma meta de subir<br />

o manejo de 4,7 mi/ha (hectares) que temos hoje para 6mi/<br />

ha em 2030”, aponta Mauren. A secretária valorizou muito<br />

a realização do evento, pois entende que ainda existem<br />

muitos mitos sobre manejo e o Dia na Floresta colabora<br />

para derrubar esses paradigmas. “O manejo nada mais é do<br />

que a colheita dos indivíduos adultos da floresta, para abrir<br />

espaço para que as árvores mais jovens cresçam, garantindo<br />

que a floresta continue existindo”, completa Mauren.<br />

28 www.referenciaflorestal.com.br


Marco Antônio Sanchez, conselheiro da embaixada do México, revelou que o Dia na Floresta foi<br />

uma experiência única e de muito aprendizado. “O tripé que o IBAMA apresentou sobre a exploração<br />

da madeira ser ecologicamente correta, economicamente viável e socialmente justa, pude<br />

ver na prática durante o evento”, sublinhou Marco. O representante, ainda, disse que ficou muito<br />

admirado com a qualidade da fiscalização e dos processos aplicados pelo CIPEM. “Quando existe<br />

colaboração entre os produtores e os representantes do governo, conseguimos alcançar resultados<br />

muito positivos e espero poder levar isso para o meu país”, concluiu Marco.<br />

Wilson Andrade, diretor executivo da ABAF (Associação Baiana de Empresas de Base <strong>Florestal</strong>)<br />

e representante da Finlândia na Bahia e Sergipe, relatou que o dia foi de muito aprendizado<br />

e que pretende levar tudo isso para o Estado nordestino. “Viemos aqui para ver de perto e<br />

conhecer como o CIPEM faz o trabalho já reconhecido por todos e levar para a Bahia esse rico<br />

conhecimento”, comentou Wilson.<br />

Carlos Velástegui, Embaixador do Equador, destacou que sua função é aproximar as relações<br />

entre os países que compartilham a Floresta Amazônica. “Temos que ter um enfoque comum<br />

em relação a preservação e manejo sustentável da floresta para beneficiar as populações que<br />

moram e dependem da floresta”, apontou Carlos, que ainda valorizou muito os processos tecnológicos<br />

e de inovações que ajudam na formação de políticas públicas.<br />

Agosto 2022<br />

29


TECNOLOGIA<br />

DIA NA FLORESTA<br />

Miguel Bárcenas, embaixador do Panamá, disse que foi uma grande oportunidade conhecer os<br />

processos, a organização e sobretudo os controles para que a madeira seja sustentável. “É a extração<br />

de um produto natural com muita responsabilidade, que é feito a longo prazo, e que preserva<br />

o ambiente,” destacou Miguel. O embaixador disse que essa visita foi uma grande oportunidade<br />

de aprendizado e que fará o possível para levar essa conhecimento para o Panamá.<br />

Glenn Fedzer, conselheiro para meio ambiente, ciência, tecnologia e saúde da Embaixada<br />

dos EUA (Estados Unidos da América), disse que a visita ampliou a compreensão sobre a agroindústria<br />

no Brasil e sobre a importância de equilibrar as necessidades das pessoas que vivem de<br />

atividades florestais com a necessidade de proteger o meio ambiente. “Vimos em primeira mão<br />

a parceria entre autoridades ambientais federais e estaduais e o setor privado para desenvolver<br />

e implementar práticas florestais modernas e sustentáveis”, exaltou Glenn.<br />

Juliana Quispe, segunda secretária da embaixada do Peru, também demonstrou grande entusiasmo<br />

com o Dia na Floresta. “A experiência foi ilustrativa, permitindo conhecer como é feito o<br />

manejo florestal sustentável no Mato Grosso, incluindo boas práticas que podem ser replicadas<br />

em nosso país”, exemplificou Juliana.<br />

Rafael Mason, presidente do CIPEM, se mostrou muito<br />

satisfeito com o resultado do Dia na Floresta e como<br />

o evento pode mostrar para os representantes de tantas<br />

entidades e países a seriedade do trabalho e desmistificar a<br />

imagem do setor florestal. “Muitas vezes a imagem sobre o<br />

setor madeireiro é de quem prejudica a floresta e nós estamos<br />

aqui para mostrar que o manejo sustentável é a única<br />

forma de manter as florestas em pé”, ressaltou Rafael.<br />

Para o presidente, ver a realidade de um manejo de<br />

segundo ciclo, como o da fazenda visitada no evento, é um<br />

exemplo de como o manejo protege e uma demonstração<br />

do trabalho sério que é feito pelos produtores representados<br />

pelo CIPEM. “Ficamos muito felizes de ver o desenvolvimento<br />

da floresta, a manutenção da floresta em pé e<br />

a perenidade para o futuro, pois o setor de base florestal<br />

depende da floresta em pé”, concluiu Rafael.<br />

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FRASES<br />

Foto: Palácio do Planalto<br />

Temos de tratar a floresta<br />

em pé como commodity,<br />

um ativo econômico<br />

Helder Barbalho, governador do Pará, em<br />

entrevista à revista Veja<br />

“Enquanto muitos produtores<br />

agem na ilegalidade de forma<br />

intencional, há vários que<br />

trabalham da forma correta<br />

há muito tempo. Infelizmente,<br />

às vezes os dois grupos<br />

são colocados no mesmo<br />

balaio. A certificação traz um<br />

reconhecimento da diferenciação<br />

de quem sempre fez certo e<br />

acaba por carregar a fama de<br />

quem faz errado”<br />

“Existe todo um cuidado<br />

fitossanitário, com tratamento<br />

térmico para estes produtos,<br />

que seguem as mais altas<br />

exigências dos países<br />

importadores. E esse processo<br />

é homologado pelo MAPA”<br />

Mauro Murara Jr, diretor-executivo da ACR<br />

(Associação Catarinense de Empresas Florestais)<br />

sobre a exportação de madeira do Estado<br />

Bruno Castro, coordenador de certificação do<br />

IMAFLORA (Instituto de Manejo e Certificação<br />

<strong>Florestal</strong> e Agrícola)<br />

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ENTREVISTA<br />

Foto: divulgação<br />

Madeira nobre para<br />

O MUNDO<br />

Noble wood for the world<br />

ENTREVISTA<br />

M<br />

anejo sustentável é a chave para aproveitar<br />

o melhor da floresta e mantê-la em pé. A<br />

exploração correta da floresta gera lucros no<br />

presente e garante o futuro não só da floresta,<br />

mas também de todos os povos que vivem nela e dela tiram<br />

seu sustento. A Precious Woods é hoje a maior empresa de<br />

manejo sustentável do mundo e Markus Brütsch, CEO e representante<br />

da mesa diretora, apresenta os planos da empresa<br />

para o futuro, momento atual do mercado e o que diferencia a<br />

Precious Woods no mercado.<br />

S<br />

ustainable Management is the key to enjoying<br />

the best of the forest and keeping it standing.<br />

The correct harvesting of the forest generates<br />

profits in the present and guarantees the future<br />

of the forest and all the people who live in it and make their<br />

livelihood. Precious Woods is now the world’s largest sustainable<br />

management company. Markus Brütsch, Chief Executive<br />

Officer and Director, talks about the Company’s plans for the<br />

future, the current market, and what sets Precious Woods apart<br />

in the market.<br />

Markus Brütsch<br />

ATIVIDADE/ ACTIVITY:<br />

Técnico em administração e possui especialização em<br />

controladoria e TI. Desde 2014 é CEO da Precious Woods<br />

e foi eleito para o cargo na mesa diretora em 2017, cujo<br />

mandato se estende até 2023<br />

Markus Brütsch has a degree in Business Administration<br />

and has studied Controllership and Information Technology.<br />

Since 2014, he has been Chief Executive Officer of Precious<br />

Woods and was elected to the Board of Directors in 2017,<br />

whose term extends until 2023<br />

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Desde 2015 produzindo resultados e soluções<br />

nas operações do controle das formigas cortadeiras.<br />

1.170.000 ha realizados com monitoramento.<br />

440.000 ha de operações mecanizadas e georreferenciadas com emissão de<br />

relatórios gerenciais para análises entre realizado e recomendado<br />

17.500 profissionais capacitados em operações de controle das formigas cortadeiras.<br />

Acompanhamento por indicadores de resultado.<br />

Altos níveis de resultados pós controle, com redução da infestação e dos danos<br />

econômicos na área plantada.<br />

Otimização das doses recomendadas e dos custos operacionais.


ENTREVISTA<br />

>> Como foi sua jornada até chegar a CEO da Precious<br />

Woods?<br />

Sou formado em administração de empresas e TI e trabalhei<br />

para diversas empresas em diferentes setores, como trading,<br />

produção e microeletrônica. Essas empresas atuavam<br />

na Europa, Ásia e nos EUA (Estados Unidos da América).<br />

Depois de um longo e bem sucedido período, decidi fazer<br />

um ano sabático em 2013 para pensar no futuro e decidir<br />

sobre os próximos passos com sabedoria. Durante essa fase<br />

fui contatado – ao lado das antigas indústrias para as quais<br />

trabalhei – pela Precious Woods, que não conhecia antes.<br />

Depois de me informar sobre este ramo, fui atraído pela<br />

missão da Precious Woods e percebi que eles realmente<br />

precisavam de ajuda em termos de economia. A decisão de<br />

ingressar na Precious Woods foi emocionante, pois achei<br />

muito interessante manter e desenvolver suas atividades<br />

devido ao seu impacto sustentável. Então aceitei o desafio,<br />

embora nunca tenha sido ativo neste setor ou em suas<br />

regiões, mas com minha enorme experiência com culturas<br />

estrangeiras, senti que seria uma boa oportunidade para<br />

ambos os lados. Até agora não me arrependi da decisão de<br />

trabalhar neste ramo e para a Precious Woods, o impacto<br />

positivo que temos e a responsabilidade socioambiental que<br />

assumimos juntos é importante. Além disso, temos equipes<br />

excelentes e muito comprometidas em nossas empresas.<br />

>> Qual é a sua avaliação do atual momento da empresa?<br />

A Precious Woods está presente na Amazônia e no Gabão,<br />

com o gerenciamento de cerca de 500 mil ha (hectares) e<br />

600 mil ha de floresta tropical, respectivamente. Com um<br />

total de cerca de 540 mil m3 (metros cúbicos) de toras colhidas<br />

por ano e operações de madeira serrada, lâminas e eletricidade,<br />

somos uma das três maiores empresas do mundo<br />

neste setor. A Precious Woods Holding AG é semi-pública,<br />

negociada na Bolsa Balção na Suíça e tem cerca de mil acionistas.<br />

O negócio começou em 1990 e atraiu muitos acionistas<br />

privados que fazem parte da nossa missão. Os resultados<br />

detalhados são públicos e podem ser vistos em nosso site<br />

(www.preciouswoods.com). Com vendas de € 54,3 milhões<br />

em 2021 e uma margem EBITDA de 27,7%, agora temos<br />

também sucesso financeiro e estamos prontos para expandir<br />

nossos negócios.<br />

>> Como avalia o mercado de madeira da Amazônia?<br />

Não é um mercado fácil, porque sofre imensamente com<br />

as atividades do comércio de madeira ilegal e também com<br />

a falta de conhecimento do consumidor sobre as espécies<br />

de madeira menos conhecidas. O mercado local no Brasil é<br />

praticamente inexistente devido as atividades ilegais, mas<br />

também as indústrias madeireiras não sustentáveis, e, portanto,<br />

a maior parte da nossa produção é para o mercado de<br />

exportação. Como há poucas concorrentes em nosso setor,<br />

que é o mercado de madeira tropical a partir de florestas<br />

gerenciadas de forma sustentável, somos um nicho-player<br />

com boas oportunidades em todo o mundo e também para<br />

mercados madeireiros menos conhecidos.<br />

How did you become President of Precious Woods?<br />

I I have a degree in Business Administration and<br />

Information Technology and have worked for several<br />

companies in different industries like trading, production,<br />

and microelectronics. These companies were<br />

active in Europe, Asia, and the US. After a lengthy and<br />

successful period, I decided to take a sabbatical year in<br />

2013 to think about my future and to choose the next<br />

steps wisely. During this period, I was contacted by<br />

Precious Woods, with which I had not been acquainted,<br />

and former companies where I had worked. After having<br />

informed myself about the Sector, I was attracted by the<br />

mission of Precious Woods and realized that they needed<br />

help in economics. The decision to join Precious Woods<br />

was emotional as I found it very interesting to maintain<br />

and develop their activities due to their sustainable impact.<br />

So, I accepted the challenge, although I had never<br />

been active in this Sector or Region, but with my vast<br />

experience with foreign cultures, I felt it would be a good<br />

opportunity for both sides. So far, I have never regretted<br />

this decision as to working in this Sector and for Precious<br />

Woods. Our positive impact and social and environmental<br />

responsibility are important, and we have excellent<br />

and very committed teams in our companies.<br />

What is your assessment of your Company’s current<br />

status?<br />

Precious Woods is present in the Amazon, managing<br />

around 500 thousand ha of tropical forest, and in<br />

Gabon, managing 600 thousand ha, with a total of<br />

O legado para o qual<br />

trabalhamos é a proteção<br />

eterna das florestas em que<br />

atuamos e das pessoas que<br />

vivem lá, preservando, além<br />

da própria floresta e todos<br />

os benefícios que ela nos<br />

traz, a cultura das pessoas<br />

que vivem nela<br />

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ENTREVISTA<br />

>> Quais são os maiores desafios dentro deste mercado?<br />

A educação do mercado para o uso de espécies de madeira<br />

menos conhecidas é o maior desafio que temos. Do Brasil,<br />

trazemos cerca de 50 espécies diferentes para o mercado.<br />

Como todas as espécies na Floresta Boreal ou Temperada<br />

têm um substituto, não é fácil, pois não temos espécies<br />

líderes, mas vale a pena porque a demanda por madeira aumentará<br />

em um futuro muito próximo para substituir o aço<br />

e o concreto na construção civil. Outro desafio é superar a<br />

má imagem do suposto desmatamento devido às atividades<br />

nas áreas de origem. É por isso que somos certificados de<br />

forma sustentável quanto ao FSC (Forest Stewardship Council<br />

ou Conselho de Manejo Sustentável) e PEFC (Programa<br />

para o Reconhecimento dos Esquemas de Certificação Florestais)<br />

para justificar nosso impacto positivo.<br />

>> Apesar de ser produzido no Brasil, o mercado interno de<br />

madeira nobre ainda é muito pequeno. Quais são as razões<br />

para esta situação?<br />

O mercado brasileiro prioriza preços baixos em relação à<br />

sustentabilidade e à legalidade da origem da madeira. Além<br />

disso, o custo logístico transportando a madeira para as<br />

regiões mais ao sul, como por exemplo São Paulo, incluindo<br />

os impostos domésticos, torna praticamente impossível<br />

conquistar o mercado local. No entanto, iniciamos ações<br />

para conscientizar os consumidores sobre o uso de madeira<br />

sustentável, embora o nível de preço seja maior do que a<br />

maioria dos produtos oferecidos.<br />

>> Qual a importância das certificações para a Precious<br />

Woods?<br />

Precious Woods foi em ambos os países o primeiro negócio<br />

certificado quanto ao FSC – no Brasil desde 1997 e no Gabão<br />

desde 2007. Em 2017 decidimos que a dupla certificação<br />

quanto ao PEFC seria de mais valor no mercado. Ter total<br />

transparência em nossa cadeia de valor é importante para<br />

conquistar a confiança de todas as partes interessadas. Também<br />

somos monitorados por CDP, SPOTT e Forest500, onde<br />

temos os melhores rankings. A demonstração do nosso<br />

impacto é muito importante e, por isso, também lançamos<br />

por alguns anos um Relatório de Impacto Sustentável apresentado<br />

em nosso site. Fazemos questão de buscar todas<br />

as certificações possíveis que possam ser aplicadas à nossa<br />

operação, pois, além de melhorar cada vez mais nosso processo<br />

produtivo a cada recertificação, também podemos<br />

demonstrar o nível de sustentabilidade de nossas operações<br />

para nossos clientes e para a sociedade como um todo de<br />

forma confiável. Finalmente, as certificações nos ajudam a<br />

nos diferenciar de empresas que fazem muito pouco em termos<br />

de sustentabilidade.<br />

>> Quais são os principais diferenciais da Precious Woods?<br />

Isso depende muito de com quem comparamos. Como apenas<br />

7% das florestas tropicais do mundo são gerenciadas de<br />

forma sustentável quanto aos padrões do FSC, temos que<br />

nos comparar com os negócios legais e ilegais. Mas nos com-<br />

approximately 540 thousand m3 of logs harvested<br />

annually, and wholly-owned operations producing sawn<br />

timber, veneer, and electricity. We are one of the top<br />

3 companies worldwide in this Sector. Precious Woods<br />

Holding AG is a semi-public company with shares traded<br />

Over-the-Counter in Switzerland and has about one<br />

thousand shareholders. The business started in 1990 and<br />

attracted a lot of private shareholders, being part of our<br />

mission. The detailed results are public and can be seen<br />

on our website (www.preciouswoods.com). With sales of<br />

€ 54.3 million in 2021 and an EBITDA margin of 27.7%,<br />

we are also now successful financially and are ready to<br />

expand our business.<br />

How do you evaluate the Amazon timber market?<br />

It is not an easy market because it suffers immensely<br />

from illegal timber trade activities and the consumer’s<br />

lack of knowledge about the lesser-known timber species.<br />

The local market in Brazil is practically non-existent<br />

due to the illegal activities and legal but not sustainable<br />

timber industry; therefore, most of our production is for<br />

the export market. As there are few players in our Sector,<br />

the tropical timber market from Sustainably Managed<br />

Forests, we are a niche player with good opportunities<br />

worldwide in the lesser-known timber market.<br />

What are the biggest challenges within this market?<br />

The education of the market to use lesser-known timber<br />

species is the most demanding challenge we have. From<br />

Brazil, we market around 50 different species of timber.<br />

As all species have substitutes in the Boreal or Temperate<br />

Forest, it is not easy as we do not have the leading<br />

species. But, it is worthwhile because the demand for<br />

timber will increase very shortly, especially to substitute<br />

steel and concrete in building construction. Another<br />

challenge is overcoming the supposed deforestation’s<br />

bad image due to the activities in the originating areas.<br />

That’s why we are sustainably certified as to FSC and<br />

PEFC, justifying our positive impact.<br />

Even though noble timber is produced in Brazil, the domestic<br />

market is still very small. What are the reasons<br />

for this situation?<br />

The Brazilian market prioritizes low prices over sustainability<br />

and the legality of the timber’s origin. Additionally,<br />

the logistics cost of shipping sawn timber to Sao<br />

Paulo, for example, including the domestic taxes, makes<br />

it practically impossible to find the local market. Nevertheless,<br />

we have taken actions to make the consumers<br />

more aware of the use of sustainable timber, although<br />

the price may be higher than the majority of similarly<br />

offered products.<br />

How important is certification for Precious Woods?<br />

Precious Woods was the first FSC operation certified in<br />

both countries – in Brazil in 1997 and Gabon in 2007.<br />

38 www.referenciaflorestal.com.br


ENTREVISTA<br />

parando dentro do nosso setor – os sustentáveis – somos a<br />

única empresa que trabalha em dois continentes diferentes<br />

e a única com certificação totalmente dupla. Temos até regras<br />

mais rígidas internamente em comparação com os padrões,<br />

pois temos nossos próprios monitores. Uma pergunta<br />

que sempre surge é a diferenciação entre as empresas de<br />

florestas plantadas e de florestas gerenciadas de forma sustentável.<br />

Esses negócios não podem ser comparados diretamente,<br />

pois não só os impactos ambiental e social positivos<br />

são muito maiores em nosso setor, mas também o custo é<br />

muito menor nas plantações. Colhemos cerca de 14m3/ha/<br />

ano (em um ciclo de 35 anos) quando as plantadas podem<br />

colher 20 vezes mais. Portanto, o custo fixo, e também os<br />

custos variáveis por m3 são muito mais elevados em nosso<br />

negócio. Também produzimos e entregamos energia limpa<br />

e sustentável no Brasil. Com essa eletricidade substituímos<br />

geradores a diesel e economizamos milhões de litros de diesel<br />

por ano, suprindo também cerca de 70% da demanda da<br />

cidade de Itacoatiara (AM). Contamos com diversos programas<br />

de desenvolvimento e transferência de tecnologia com<br />

diferentes universidades e renomadas instituições de pesquisa<br />

em florestas tropicais, biodiversidade, manejo florestal<br />

e sustentabilidade, no Brasil e no mundo; promovemos emprego<br />

de qualidade e desenvolvimento econômico em áreas<br />

remotas da Bacia amazônica e congolesa.<br />

>> Quais são as projeções de crescimento da empresa?<br />

Temos vários projetos para investir no alcance de nossa<br />

produção, mas também para dobrar nossas atividades – de<br />

1,1 milhão de ha para 2,5 milhões de ha de manejo florestal<br />

sustentável e, assim, também dobrar nossa produção industrial.<br />

Como a aquisição de concessões públicas é uma situação<br />

normal na África, o governo do Brasil está promovendo<br />

isso também e estamos procurando por ela em nossa região<br />

próxima. Todos esses planos de expansão acompanham a<br />

manutenção dos nossos níveis de qualidade operacional e<br />

sustentabilidade.<br />

>> Quais são as ações de ESG da empresa?<br />

A Precious Woods está servindo 14 dos 17 SDG (Objetivos<br />

de Desenvolvimento Sustentável - na sigla em inglês) definidos<br />

pela ONU. Nosso equilíbrio com a sustentabilidade é,<br />

portanto, muito claro. Ambiental e socialmente mantemos<br />

os mais altos níveis e com nossa apresentação pública também<br />

temos uma mensagem clara de governança.<br />

>> A empresa está interessada no mercado de créditos de<br />

carbono?<br />

Geramos por enquanto alguns certificados de carbono por<br />

causa da nossa produção de eletricidade utilizando a biomassa<br />

de nossas atividades de serraria no Brasil. Infelizmente,<br />

o outro mercado de carbono com a oportunidade de ter<br />

um programa REDD+ não nos cria uma possibilidade por enquanto,<br />

pois a linha de base é muito alta, porque já atuamos<br />

há 28 anos de forma sustentável. Mas o futuro combinará<br />

biodiversidade e impacto de carbono e este será o momento<br />

In 2017, we decided upon double certification as PEFC<br />

certification is more valuable to the market. To have<br />

complete transparency in our value chain is important to<br />

have the trust of all our stakeholders. We are also monitored<br />

by CDP, SPOTT, and Forest500 where we have top<br />

rankings. The demonstration of our impact is very important.<br />

Therefore, a few years ago, we also launched a<br />

Sustainable Impact Reporting presented on our website.<br />

We make a point of seeking all the certifications possible<br />

that can be applied to our operation because, in addition<br />

to improving our production process more and more<br />

with each recertification, we can also demonstrate the<br />

level of sustainability of our operations to our customers<br />

and to society as a whole, in a reliable way. Finally, certification<br />

helps us differentiate ourselves from companies<br />

that do very little in sustainability.<br />

What are the main differentiators of Precious Woods?<br />

This depends very much on whom we are compared to.<br />

As only 7% of the world’s tropical forests are sustainably<br />

managed according to the FSC standards, we have to<br />

compare ourselves with legal and illegal businesses. But<br />

comparing us to just the sustainable ones within our Sector,<br />

we are the only company working on two different<br />

continents and the only one with a fully double certification.<br />

We even have stricter rules internally compared<br />

to the above standards as we have our own monitors. A<br />

question always comes up is the differentiation between<br />

planted forests and sustainably managed forests. These<br />

businesses cannot be compared directly as not only the<br />

environmental and social impact is much higher in our<br />

Sector, but the cost is much lower for planted forests.<br />

We harvest around 14 m3/ha/year (in a 35-year cycle),<br />

whereas planted forests can be harvested 20 times more<br />

in the same period. Therefore, the fixed costs but also<br />

variable costs per m3 are much higher in our business.<br />

We also produce and deliver clean and sustainable energy<br />

in Brazil. With this electricity, we have substituted<br />

diesel generators and save millions of liters of diesel per<br />

year, also supplying around 70% of the electrical energy<br />

demand of the city of Itacoatiara. We also have several<br />

technological development and transfer programs with<br />

different universities and renowned research institutions<br />

in tropical forests, biodiversity, forest management, and<br />

sustainability, in Brazil and worldwide; we promote quality<br />

employment and economic development in remote<br />

areas of the Amazon and Congo Basins.<br />

What are the Company’s growth projections?<br />

We have several projects to invest in increasing productivity<br />

but also doubling our activities – from 1.1 million<br />

ha to 2.5 million ha of sustainably managed forests and<br />

thus doubling our industrial production. Acquiring public<br />

concessions is a typical situation in Africa. Brazil is now<br />

beginning to promote this, and we are looking at this in<br />

the regions where we operate. All our expansion plans<br />

40 www.referenciaflorestal.com.br


+tecnologia<br />

+genética<br />

+ciência<br />

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ENTREVISTA<br />

em que empresas como a Precious Woods terão um melhor<br />

acesso a este mercado.<br />

>> Quais são os principais focos do trabalho em relação a<br />

pesquisa e a ciência?<br />

Trabalhamos e ajudamos em diversas frentes de pesquisa<br />

de manejo florestal e até outras ligadas à cadeia de custódia.<br />

Na verdade, temos uma das maiores bases de dados<br />

do mundo em termos de monitoramento do crescimento<br />

da floresta tropical. Desde o início de nossas atividades temos<br />

monitorado e instalado novos lotes permanentes para<br />

monitorar o crescimento das florestas, além de ter todos os<br />

dados dos inventários detalhados para o corte anual, onde<br />

todas as árvores acima de 40 cm (centímetros) de diâmetro<br />

são identificadas e registradas. Então, esse banco de dados<br />

muito rico é compartilhado com várias intuições de pesquisa.<br />

Além disso, mantemos a Precious Forests Foundation,<br />

instituição que financia projetos de pesquisa de terceiros<br />

com o objetivo de aumentar até mesmo a sustentabilidade<br />

das florestas tropicais. Os estudos de universidades e ONGs<br />

(Organizações Não Governamentais) estarão disponíveis<br />

para todo o setor e não apenas para Precious Woods.<br />

>> Qual será o legado de sua gestão?<br />

O legado para o qual trabalhamos é a proteção eterna das<br />

florestas em que atuamos e das pessoas que vivem lá, preservando,<br />

além da própria floresta e todos os benefícios que<br />

ela nos traz, a cultura das pessoas que vivem nela. Valorizar<br />

a floresta e as comunidades usando-a de forma sustentável<br />

é uma missão que continuaremos comprometidos.<br />

Mas nos comparando<br />

dentro do nosso setor – os<br />

sustentáveis – somos a única<br />

empresa que trabalha em<br />

dois continentes diferentes<br />

e a única com certificação<br />

totalmente dupla<br />

maintain our levels of operational quality and sustainability.<br />

What are the Company’s ESG actions?<br />

Precious Woods is meeting 14 out of the UN’s 17 Sustainable<br />

Development Goals (SDG). Our sustainability<br />

balance is, therefore, very clear. Environmentally and<br />

socially, we maintain the highest levels, and in our<br />

public presentations, we also deliver a clear governance<br />

message.<br />

Is the Company interested in the carbon credits market?<br />

Currently, we generate some carbon certificates because<br />

of our electricity production using the biomass from<br />

our sawmill activities in Brazil. Unfortunately, the other<br />

carbon markets with the opportunity to have a REDD+<br />

program isn’t a possibility for us for the time being as<br />

the baseline is very high because we have operated<br />

sustainably for 28 years. But the future will combine<br />

biodiversity and carbon impact, which will be when<br />

companies like Precious Woods have better access to this<br />

market.<br />

What are the main focuses of work concerning research<br />

and science?<br />

We work and help on several fronts of forest management<br />

research and even others linked to the chain of<br />

custody. In fact, we have one of the largest databases<br />

in the world in terms of monitoring the growth of the<br />

rainforest. Since the beginning of our activities, we have<br />

monitored and installed new permanent plots to monitor<br />

the growth of forests, as well as having all the data from<br />

the detailed inventories from the annual harvest, where<br />

all trees above 40 cm in diameter are identified and<br />

recorded. So, this very rich database is shared with several<br />

research institutions. In addition, we maintain the<br />

Precious Forests Foundation, an institution that funds<br />

third-party research projects to increase tropical forests’<br />

sustainability. Therefore, the studies by universities and<br />

NGOs will be made available to the whole Sector and not<br />

only Precious Woods.<br />

What will be the legacy of your management?<br />

The legacy for which we work is the eternal protection<br />

of the forests in which we operate and the people who<br />

live there, preserving, in addition to the forest itself and<br />

all the benefits it brings us, the culture of the people<br />

who live in it. Valuing the forest and the communities<br />

by using it sustainably is a mission to which we will stay<br />

committed.<br />

42 www.referenciaflorestal.com.br


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da motosserra<br />

Gabriel Dalla Costa Berger<br />

Eng. <strong>Florestal</strong> e Seg. do Trabalho<br />

Doutorando em Eng. Agrícola<br />

gabrielberger.com.br<br />

gabriel@gabrielberger.com.br<br />

Foto: divulgação<br />

Se realizarmos a manutenção regularmente durante a atividade,<br />

a motosserra jamais vai apresentar um problema mais grave que<br />

poderia resultar na parada da atividade<br />

Amotosserra é uma máquina fundamental para as<br />

operações florestais, estando presente durante<br />

todas as etapas produtivas do manejo florestal,<br />

seja no corte, na reforma do povoamento, no<br />

acondicionamento da carga no caminhão ou ainda<br />

dentro da fábrica. Mas para que ela seja útil nessas tarefas,<br />

a mesma tem que estar em boas condições, tem que ser confiável<br />

e estar sempre disponível para o uso.<br />

É muito mais interessante seguir um regime de manutenções<br />

periódicas indicadas pelo fabricante da máquina, pois<br />

assim estaremos nos antecipando a possíveis quebras e falhas<br />

que podem ocorrer a qualquer momento durante a atividade,<br />

impactando na produtividade, aumento de custos e quem sabe<br />

até máquina fora da operação.<br />

Existem inúmeros tipos de manutenção, que vai desde a<br />

básica, até a mais completa, envolvendo por exemplo a abertura<br />

da máquina e a troca do motor. Aqui vou me prender a<br />

manutenção básica, a qual chamo de manutenção durante o<br />

serviço. Entendo que se realizarmos a manutenção regularmente<br />

durante a atividade, a motosserra jamais vai apresentar um<br />

problema mais grave que poderia resultar na parada da atividade,<br />

por exemplo.<br />

Durante o uso da motosserra em campo temos que estar<br />

atentos aos seguintes itens ou etapas para manter a máquina<br />

sempre com um bom rendimento.<br />

A afiação da corrente da motosserra é uma das manutenções<br />

mais importantes, se não a mais importante. A produtividade<br />

e segurança dependem de uma corrente em perfeitas<br />

condições. Além de termos uma corrente segura, bem afiada,<br />

respeitando o ângulo de afiação que gira em torno de 30⁰<br />

(graus) e um bom ajuste sobre a canaleta do sabre, é de suma<br />

importância identificarmos o momento de realizar o procedimento<br />

de afiação em campo. Para isso a motosserra nos dá<br />

dois sinais, um visual e outro físico. O aspecto visual leva em<br />

consideração o tamanho da serragem que é produzida durante<br />

o corte. A regra é a seguinte: quanto maior a serragem quer<br />

dizer que a afiação está em boas condições. O aspecto físico<br />

leva em consideração o esforço que o operador faz para cortar<br />

a madeira. Se durante o corte ocorrer a necessidade de forçar a<br />

motosserra é o momento de afiar a corrente. Nunca esquecendo<br />

também de rebaixar o limitador de profundidade.<br />

Filtro do ar sempre limpo e em perfeitas condições de uso<br />

também é uma manutenção muito importante a ser realizada<br />

durante o serviço. Filtro sujo ou furado impacta diretamente<br />

na eficiência da motosserra, trazendo sérios prejuízos para a<br />

máquina que vai impactar na produtividade do trabalho. A motosserra<br />

para pleno funcionamento precisa em média ser abastecida<br />

de 95% de ar. Se esse volume for menor devido a um<br />

problema no filtro, a máquina vai começar a apresentar falhas<br />

que vai impactar no trabalho.<br />

Também não podemos deixar de falar sobre o abastecimento<br />

da motosserra, tanto com o óleo lubrificante do conjunto de<br />

corte, quanto com o combustível. O óleo lubrificante tem que<br />

ser específico para o conjunto de corte, evitar o uso de óleo<br />

usado (contaminado/queimado). Óleo usado causa um superaquecimento<br />

do sabre e corrente, ocasionando um desgaste prematuro<br />

dessas peças, além de entupir o filtro e bomba do óleo,<br />

podendo ocasionar o rompimento da corrente. O combustível<br />

tem que ser de boa condição, tanto a gasolina, quanto o óleo.<br />

Para fazer a diluição do óleo 2T (tempos) na gasolina sempre<br />

leve em consideração a regra do fabricante da motosserra, que<br />

é 20 ml ou 40 ml (milílitros) de óleo por 1l (litro) de gasolina.<br />

Óleo a menos com certeza vai levar à quebra do motor. Sempre<br />

fique atento a correta diluição.<br />

Motosserra em perfeitas condições de manutenção é<br />

sinônimo de motosserra segura. A manutenção diz muitas<br />

coisas sobre a segurança do trabalho. Entendo que se ficarmos<br />

atentos a esses detalhes expostos, sempre iremos executar o<br />

nosso trabalho de maneira efetiva, tranquila e sem maiores<br />

dificuldades.<br />

Foto: divulgação<br />

44 www.referenciaflorestal.com.br


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PRINCIPAL<br />

Trabalho<br />

PESADO<br />

46 www.referenciaflorestal.com.br


Linha de trituradores<br />

garante alto<br />

desempenho na<br />

limpeza de áreas para<br />

preparação do plantio<br />

Heavy work<br />

Mulcher line ensures high<br />

performance in clearing<br />

areas in preparation for<br />

planting<br />

Fotos: divulgação<br />

Agosto 2022<br />

47


PRINCIPAL<br />

O<br />

ciclo florestal nunca para. O solo é preparado, mudas<br />

são plantadas, há todo cuidado para garantir o<br />

desenvolvimento de cada árvore, até o momento<br />

do corte, que é quando termina um ciclo e logo<br />

se inicia outro. Para garantir que o terreno esteja<br />

apto a receber as novas mudas, o cabeçote triturador HPH da<br />

Himev traz a combinação ideal entre tamanho, versatilidade e<br />

desempenho no trabalho.<br />

A Himev é uma empresa 100% brasileira que há 17 anos oferece<br />

soluções de controle de vegetação e limpeza de área para<br />

o setor florestal e agrícola. O HPH faz parte da linha Ecotritus da<br />

Himev, que apresenta equipamentos robustos de uso intensivo<br />

para limpeza de área com alta qualidade e eficiência em situações<br />

de alta abrasividade. O HPH é o cabeçote de martelo fixo mais potente<br />

da linha, que tem na versatilidade e baixo custo seus maiores<br />

trunfos para conquistar clientes. Os cabeçotes trituradores HPH<br />

tem largura corte de 1,55m (metros) a 2,35m que podem ser<br />

acoplados em tratores de 100 cv (cavalos) a 250 cv. A capacidade<br />

de ser acoplado em tratores menores é uma das qualidades que<br />

mais destacam o equipamento no mercado.<br />

C<br />

he forest cycles never end. The soil is prepared, seedlings<br />

are planted, and every care is taken to ensure<br />

the development of each tree until the time of harvesting<br />

when one cycle ends and another begins. Himev’s<br />

HPH mulcher head provides the ideal combination of<br />

size, versatility, and work performance to ensure that the terrain can<br />

be planted with new seedlings.<br />

Himev is a 100% Brazilian company that for 17 years has been<br />

offering vegetation control and area cleaning solutions for the Forestry<br />

and Agricultural Sectors. The HPH mulcher is part of Himev’s<br />

Ecotritus line, which features robust and intensive use equipment for<br />

area cleaning with high quality and efficiency in situations of abnormal<br />

abrasiveness. The HPH is the most potent fixed hammerhead<br />

mulcher in the Ecotritus line, and versatility and low cost are its<br />

greatest assets to winning customers. The HPH mulcher heads have<br />

a cutting width ranging from 1.55 m to 2.35 m and can be coupled to<br />

the power take-off of 100 to 250 hp tractors. The ability to be coupled<br />

to smaller tractors is one of the qualities that most calls attention to<br />

the equipment in the market.<br />

Celso Kossaka, Sales Manager for Himev, explains that the equip-<br />

48 www.referenciaflorestal.com.br


xx<br />

Celso Kossaka, diretor comercial da Himev, explica que o equipamento<br />

é dedicado para uso intensivo, fabricado com sistema<br />

de rotor com martelos fixos para suprir necessidades mais importantes<br />

para o setor florestal, executando rebaixamento de tocos e<br />

limpando com eficiência as sobras de galhadas para a renovação<br />

da atividade. “O HPH oferece as melhores características para o<br />

mercado sendo usado em alta ou baixa intensidade”, explica Celso.<br />

CABEÇOTES HPH<br />

Os cabeçotes da linha HPH utilizam tecnologia voltada a gerar<br />

mais ganhos em relação à produtividade, oferecendo o mesmo<br />

desempenho de equipamentos maiores, mas com economia<br />

que só um equipamento compacto pode trazer. Preparado para<br />

eliminar tocos, galhadas, rebrotas ele deixa a área limpa para<br />

o trânsito de máquinas e veículos, evitando principalmente<br />

prejuízos devido ao corte dos pneus dos tratores nas atividades<br />

de silvicultura. O resultado desse trabalho de limpeza garante<br />

que todos os resíduos orgânicos se misturem facilmente ao solo,<br />

transformando-o em adubo natural.<br />

O baixo custo de manutenção é outro valor muito relevante<br />

em relação ao HPH. Por ser 100% nacional, o custo para reposição<br />

de peças e também o tempo para que essas peças cheguem ao<br />

cliente é sempre muito ágil. Dependendo do local de trabalho,<br />

levando em conta o tipo de vegetação, terreno e topografia, e<br />

do trator utilizado na operação, estima-se a produtividade de 2<br />

ha (hectares) a 4 ha a cada 8h (horas) trabalhadas. O Ecotritus é<br />

acoplado na tomada de força do trator e dispensa qualquer tipo<br />

de adaptação.<br />

O HPH é um equipamento<br />

compacto, que pode ser<br />

acoplado em tratores<br />

menores, atingindo alto<br />

desempenho e garantindo<br />

economia de combustível<br />

Anderson Wantrob,<br />

gerente florestal da Remasa<br />

ment is dedicated for intensive use, manufactured with a rotor system<br />

with fixed hammers to meet the Forestry Sector’s clearing needs,<br />

lowering stumps and efficiently clearing the leftover branches for the<br />

renewal of the forestry activity. “The HPH offers the best features in<br />

the market whether for high- or low-intensity use,” explains Kossaka.<br />

HPH HEADS<br />

The HPH line heads use technology to generate more productivity<br />

gains, offering the same performance as larger equipment but<br />

with savings that only compact equipment can provide. Prepared<br />

to eliminate stumps, branches, and sprouting plants, it leaves the<br />

area clear for machine and vehicle transit, mainly avoiding damage<br />

due to the harvest tractor tires in forestry activities. In addition, this<br />

Agosto 2022<br />

49


PRINCIPAL<br />

Segundo o diretor, outra forma ergonômica de trabalho muito<br />

produtiva é a possibilidade do uso de tratores com inversão de<br />

direção. O operador pode usar as funções da forma convencional e<br />

quando for dedicar para a trituração, basta a inversão dos comandos<br />

da cabine para possuir melhor ângulo de visão, proximidade e<br />

controle, sendo superior ao custo-benefício em comparação com<br />

as mini-carregadeiras e os tratores feller-bunchers sobre rodas.<br />

Caso seja preciso, o trator também pode funcionar em modo de<br />

arrasto, triturando os resíduos frontalmente.<br />

Celso comenta que os clientes têm se dado conta que os<br />

trituradores florestais da Himev, que são acoplados na tomada<br />

de força, têm o valor de investimento muito mais interessante<br />

comparados aos hidráulicos e similares importados. Possuir 3<br />

conjuntos (trator e triturador) com cabeçote Himev, pode chegar<br />

ao mesmo custo de investimento de um conjunto hidráulico ou similar<br />

importado, juntamente com a sua máquina base. “Os nossos<br />

clientes sabem que quando tiver um conjunto fora de operação,<br />

em manutenção, por exemplo, os outros estarão trabalhando,<br />

isto é, ter a certeza que o trabalho não irá parar”, valoriza Celso.<br />

FORÇA NO CAMPO<br />

O HPH da Himev está presente em operações florestais e o<br />

desempenho chama atenção de quem utiliza o equipamento.<br />

É o caso de Anderson Wantrob, gerente florestal da Remasa,<br />

que utiliza o HPH constantemente. Para Anderson, os principais<br />

diferenciais do HPH estão no baixo valor de investimento, em<br />

relação a equipamentos importados, que refletem no custo de<br />

operação reduzido e um alto desempenho de ação. “Nosso objetivo<br />

ao adquirir o equipamento era a limpeza de área pré-plantio<br />

de 1 ha a cada 8h, e conseguimos diminuir essa meta em 25%”,<br />

constata Anderson.<br />

O gerente florestal da Remasa destaca, ainda, que o HPH<br />

supre com muita efetividade a necessidade em áreas de pós-colheita<br />

do pinus, pois existe o acúmulo muito grande de galhos e<br />

resíduos. “O HPH é um equipamento compacto, que pode ser<br />

acoplado em tratores menores, atingindo alto desempenho e<br />

garantindo economia de combustível”, enaltece Anderson. Além<br />

clearing work ensures that all organic waste mixes easily with the<br />

soil, transforming it into natural fertilizer.<br />

The low maintenance cost is another very relevant value with the<br />

HPH. Being 100% national, spare part costs and the time for these<br />

parts to reach the customer always are very modest. Depending on<br />

the workplace, considering the type of vegetation, terrain topography,<br />

and the tractor used in the operation, the estimated productivity is<br />

2 to 4 ha every 8 hours. The Ecotritus equipment is coupled to the<br />

tractor power take-off and does not require any adapter.<br />

According to the Sales Manager, another very productive ergonomic<br />

form of work is the possibility of using tractors with reverse<br />

steering, where the operator can use the functions conventionally.<br />

When dedicated to mulching, it is enough to inverse the cabin controls<br />

to have a better angle of view, proximity, and control, leading to<br />

better cost-benefit than mini-loaders and wheeled feller-bunchers. If<br />

necessary, the tractor can also operate in dragging mode, mulching<br />

the waste in front.<br />

Kossaka comments that customers have realized that Himev’s<br />

forest mulchers, coupled to the power take-off, have a much more<br />

interesting investment value than imported hydraulic and similar<br />

ones. For example, the investment cost of one imported hydraulic<br />

or similar mulcher and its base machine can be the same for three<br />

equipment sets using Himev heads (tractor and mulcher). “Our customers<br />

know that when they have a set out of operation, for example<br />

in maintenance, others will be working, that is, making sure that the<br />

work will not stop,” values Kossaka.<br />

A FORCE IN THE FIELD<br />

Himev’s HPH is present in forestry operations, and its performance<br />

draws much attention from those who use the equipment. This is<br />

the case of Anderson Wantrob, Forest Manager for Remasa, who<br />

is constantly using the HPH. For Wantrob, HPH’s main differentials<br />

are in the low investment relative to imported equipment, which is<br />

reflected in reduced operating costs and high activity performance.<br />

“Our goal in acquiring the equipment was to clear a pre-planting<br />

area of 1 ha every 8 hours, and we were able to lower that target<br />

time by 25%,” Wantrob says.<br />

Utilizo o HPH 190 tanto em<br />

rendimento, quanto em qualidade<br />

do trabalho, o cabeçote superou<br />

as expectativas que tínhamos<br />

de trabalho<br />

Marco Antonio Martins,<br />

engenheiro florestal e<br />

sócio-proprietário da VIRG <strong>Florestal</strong><br />

50 www.referenciaflorestal.com.br


disso, o equipamento produz um resultado que facilita muito<br />

o reinício da operação florestal. “Ele entrega boas áreas para<br />

as covas onde serão plantadas as mudas, aduba a terra com a<br />

biomassa trituradas, abrindo espaço para o começo do novo<br />

plantio”, aponta Anderson.<br />

O HPH mantém seu padrão de efetividade mesmo nos terrenos<br />

mais íngremes e irregulares onde a operação da Remasa<br />

é feita, em que a inclinação pode chegar a 30° (graus). “O único<br />

impedimento para o HPH é o trator, pois se o trator consegue ir, o<br />

HPH irá realizar o trabalho”, ressalta Anderson. Além disso, outro<br />

fator relevante na operação da Remasa é a presença de muitas<br />

pedras no terreno, que poderiam afetar o trabalho. “Mesmo com<br />

as pedras, que desgastam mais o equipamento, o HPH mantém<br />

o alto desempenho”, elogia Anderson.<br />

Para ele, a versatilidade do equipamento ajuda muito, não<br />

apenas na operação florestal, mas em outras atividades indiretas<br />

ao trabalho. “Para roçar áreas muito fechadas, até mesmo,<br />

abrir estradas para os talhões, o HPH se mostra muito versátil”,<br />

completa Anderson.<br />

Marco Antonio Martins, engenheiro florestal e sócio-proprietário<br />

da VIRG <strong>Florestal</strong>, trabalha há 3 anos com equipamentos da<br />

Himev e valoriza muito o trabalho das máquinas e o atendimento<br />

oferecido pela empresa. “Utilizo o HPH 190 tanto em rendimento,<br />

quanto em qualidade do trabalho, o cabeçote superou as expectativas<br />

que tínhamos de trabalho”, enaltece Marco. O engenheiro<br />

florestal comenta, também, que a Himev tem grande destaque<br />

no pós-venda que é fator determinante para a continuidade do<br />

trabalho. “A Himev mantém sempre contato conosco e o atendimento<br />

é muito rápido quando requisitado”, destaca Marco.<br />

Celso Kossaka, vê na HPH uma linha de cabeçotes que tem<br />

tudo para suprir o que o mercado precisa em relação a trabalho,<br />

mas também surpreender pelo reflexo trazido no financeiro das<br />

empresas. “Um conjunto HPH custa, em média, 60% menos que<br />

um concorrente importado, e oferece resultados iguais para quem<br />

o adquire”, sublinha Celso.<br />

Para o gerente da Himev, o HPH vem como uma resposta a um<br />

problema que o setor florestal tem em relação a limpeza de área, e<br />

uma resposta certeira. “Acreditamos que a silvicultura precisa ter<br />

o espaço adequado para sua realização e oferecemos para o produtor<br />

o equipamento ideal para esse trabalho”, completa Celso.<br />

The Remasa Forest Manager also points out that the HPH effectively<br />

handles the special clearing needs in pine postharvest areas<br />

due to a considerable accumulation of branches and residues. “The<br />

HPH is a compact piece of equipment that can be coupled to smaller<br />

tractors, achieving high performance and ensuring fuel economy,”<br />

says Wantrob. In addition, the equipment produces a result that<br />

significantly facilitates the restarting of the forestry operation. “It<br />

delivers the ground for the holes where the seedlings will be planted<br />

and fertilizes the land with crushed biomass, thus preparing spaces<br />

for the beginning of the new plantings,” Wantrob points out.<br />

The HPH maintains its effectiveness even on the steepest and most<br />

irregular terrain, where the Remasa operations are carried out, and<br />

the slope can reach 30°. “The only impediment to operating the HPH<br />

is the tractor because if the tractor can be used, the HPH will work,”<br />

Wantrob points out. In addition, another factor present in Remasa’s<br />

operation is the presence of many stones on the ground, which could<br />

affect the work. “Even with the stones, which wear out the equipment<br />

the most, the HPH maintains its high performance,” praises Wantrob.<br />

For him, the versatility of the equipment helps a lot not only in<br />

forest operations but in other activities indirectly linked to the work.<br />

“In clearing land in very closed areas and even opening roads to the<br />

stands, the HPH is very versatile,” adds Wantrob.<br />

Marco Antonio Martins, Forest Engineer and Partner-owner of<br />

VIRG <strong>Florestal</strong>, has been working with Himev equipment for three<br />

years and greatly values the work of the machines and service offered<br />

by the Company. “I use the HPH 190 due to both the performance<br />

and quality of work; the head exceeded our expectations,” praises<br />

Martins. The Forestry Engineer also states that Himev excels in after-<br />

-sales, which is a determining factor for the continuity of the work.<br />

“Himev always keeps in touch with us, and service is very fast when<br />

requested,” Martins points out.<br />

Kossaka sees in HPH, a line of heads that has everything that<br />

the market needs to do the work but also surprises on the financial<br />

side. “An HPH set costs, on average, 60% less than one imported<br />

from a competitor and offers equal results for those who purchase<br />

it,” Kossaka points out.<br />

For the Himev Manager, the HPH is the answer to the forestry<br />

industry’s problem regarding area clearing. “We believe that forestry<br />

needs to have areas suitable for planting trees, and we offer the<br />

producer the ideal equipment to provide this,” adds Kossaka.<br />

Agosto 2022<br />

51


ANUÁRIO<br />

DADOS<br />

ATUALIZADOS<br />

Quarta edição de documento<br />

estatístico sobre base florestal<br />

em Santa Catarina é lançado pela<br />

ACR (Associação Catarinense de<br />

Empresas Florestais)<br />

Fotos: divulgação<br />

52 www.referenciaflorestal.com.br


S<br />

e no passado a madeira foi explorada indiscriminadamente,<br />

colocando sob ameaça de<br />

extinção árvores como imbuia e araucária,<br />

hoje a realidade é outra em Santa Catarina. O<br />

setor que produz madeira é um dos que mais<br />

preserva o meio ambiente. Isso porque as árvores utilizadas<br />

para madeira industrial, principalmente do gênero pinus,<br />

são plantadas exclusivamente para esta finalidade. Além<br />

disso, o setor que ocupa pouco mais de 1 milhão de hectares<br />

de área (713 mil hectares com pinus e 316 mil com<br />

eucalipto), tem outros 680 mil hectares sob seus cuidados,<br />

protegidos e preservados, o que representa mais de 30% de<br />

toda a cobertura nativa no Estado.<br />

A indústria de árvores plantadas em Santa Catarina está<br />

entre as mais produtivas do mundo. O gênero pinus, da<br />

espécie taeda, encontrou em terras catarinenses o melhor<br />

local do planeta para se desenvolver. As maiores taxas de<br />

crescimento desta espécie estão nas regiões serranas de<br />

Santa Catarina.<br />

O documento é uma<br />

ferramenta para auxiliar<br />

as tomadas de decisões<br />

dos investidores, dos<br />

poderes executivo e<br />

legislativo<br />

Agosto 2022<br />

53


ANUÁRIO<br />

Empresas que processam a madeira também se destacam<br />

quando se trata de volume de produção e comércio<br />

exterior. Santa Catarina é o maior exportador de madeira<br />

serrada de coníferas. Cerca de 42% de tudo que é exportado<br />

da espécie sai de Santa Catarina. Ano passado este volume<br />

representou uma movimentação de US$ 332 milhões.<br />

O Estado também é líder isolado na exportação de portas<br />

de madeira (71% do volume nacional), US$ 324 milhões<br />

em 2021. Quando o assunto são móveis de madeira, Santa<br />

Catarina também está na frente. Em 2021 foram US$ 352<br />

milhões e 44% do volume exportado pelo Brasil.<br />

Um estudo contratado pela ACR aponta que em Santa<br />

Catarina existem 9,4 mil empresas que fazem parte de<br />

algum segmento ligado ao setor florestal de árvores plantadas.<br />

Isso significa algo em torno de 103 mil empregos<br />

diretos. Para Alex Wellington dos Santos, ex-presidente da<br />

ACR, o Anuário Estatístico de Base <strong>Florestal</strong> para o Estado<br />

de Santa Catarina é um documento que propicia valorizar e<br />

reconhecer a importância do setor de base florestal para o<br />

Estado. “Ele é uma ferramenta para auxiliar as tomadas de<br />

decisões dos investidores, dos poderes executivo e legislativo”,<br />

destaca Alex.<br />

Todos os números foram apresentados na cerimônia de<br />

lançamento do anuário, em Lages, cidade sede da ACR. Na<br />

mesma noite aconteceu a solenidade de posse da nova diretoria<br />

da associação. O novo presidente será o engenheiro<br />

florestal Jose Mario de Aguiar Ferreira, responsável pelas<br />

áreas de suporte a operação da RMS (Resource Management<br />

Service) no Brasil. Ele substitui o também engenheiro<br />

florestal Alex Wellington dos Santos, diretor de operações<br />

do Grupo Marchetti.<br />

BOA NOTÍCIA<br />

O Anuário Estatístico de Base <strong>Florestal</strong> para o Estado de<br />

Santa Catarina (ano-base 2021), identificou 2 milhões de<br />

hectares plantados com pinus no Brasil. Deste total, 35%<br />

estão em Santa Catarina. São 713 mil hectares, um aumento<br />

de 20 mil hectares em relação ao ano de 2020 (693 mil<br />

hectares).<br />

A produção sustentada de madeira a partir de plantios<br />

florestais em Santa Catarina está em torno de 34 milhões<br />

de m³/ano (metros cúbicos por ano). Deste total, 21,7 milhões<br />

de m³ é de madeira produzida em plantios de pinus e<br />

12,3 milhões de m³ é de madeira de Eucalyptus.<br />

A produção catarinense de madeira em tora representou<br />

11% do total produzido no país em 2021, foram 27 milhões<br />

de m³. O Estado ocupa a quarta posição entre os maiores<br />

produtores nacionais de madeira.<br />

54 www.referenciaflorestal.com.br


PRESERVAÇÃO<br />

Cuidado<br />

CONTÍNUO<br />

Programa de cuidado com a<br />

floresta comemora 20 anos de<br />

trabalho ostensivo de proteção<br />

das florestas brasileiras<br />

Fotos: divulgação<br />

56 www.referenciaflorestal.com.br


O<br />

ARPA (Programa Áreas Protegidas da<br />

Amazônia) está completando 20 anos<br />

de ações de preservação em UCs (unidades<br />

de conservação) de proteção<br />

integral, TIs (Terras Indígenas) e Terras<br />

Quilombolas. Para celebrar a data, representantes do<br />

MMA (Ministério do Meio Ambiente), do ICMBio (Instituto<br />

Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade)<br />

e do FUNBIO (Fundo Brasileiro para a Biodiversidade)<br />

se reuniram com doadores internacionais do programa.<br />

A ação comemorativa contou com visita à região<br />

amazônica e navegação pelas águas dos rios Tapajós e<br />

Arapinus, no Pará.<br />

Criado em 2002, o Programa ARPA nasceu para<br />

apoiar a consolidação de um total de 60 milhões de ha<br />

(hectares) de unidades de conservação na Amazônia<br />

– área equivalente a quase duas vezes o tamanho da<br />

Alemanha – criando a maior iniciativa mundial de conservação<br />

de florestas tropicais.<br />

Desde então, o programa apresentou resultados importantes.<br />

Em 2003, existiam 79 UCs federais no bioma<br />

Amazônia, totalizando 34,2 milhões de ha. Em 2008,<br />

a cobertura dessas unidades federais subiu para 58<br />

milhões de ha, com o acréscimo de 40 novas unidades.<br />

A estas, se somaram mais 21,4 milhões de ha de novas<br />

UCs estaduais e municipais.<br />

Agosto 2022<br />

57


PRESERVAÇÃO<br />

Hoje, a rede de áreas protegidas da Amazônia,<br />

incluindo terras indígenas e UCs de uso sustentável e<br />

proteção integral em diversas esferas administrativas,<br />

compreende 198 milhões de hectares, o equivalente a<br />

47% do território do bioma. O Programa ARPA representa<br />

a principal estratégia de conservação da biodiversidade<br />

para o Bioma Amazônico e garante a efetividade<br />

de parte significativa do SNUC (Sistema Nacional de<br />

Unidades de Conservação), além de figurar como parte<br />

importante das políticas de prevenção e combate ao<br />

desmatamento ilegal.<br />

A partir do lançamento do ARPA para Vida (ARPA<br />

for Life), na Rio+20, em 2012, o programa passou a<br />

contar com uma estratégia de financiamento ancorada<br />

em uma abordagem de PFP (Project Finance for Permanence<br />

- Projeto de Finanças para Permanência), na qual<br />

são estabelecidas as políticas públicas e garantidos os<br />

recursos e financiamentos necessários para atender às<br />

metas específicas em um período definido e de longo<br />

prazo. Essa abordagem contribui para o objetivo de<br />

conservar 30% do planeta até 2030.<br />

Já em 2014, teve início a operação do FT (Fundo de<br />

Transição), que visa assegurar a sustentabilidade financeira<br />

das UCs no longo prazo por meio da transição gradual<br />

do aporte de recursos de doação para os governos<br />

federal e estaduais, incluindo dotações orçamentárias e<br />

fontes alternativas ao longo de 25 anos.<br />

O Ministro do MMA, Joaquim Leite, esteve no evento<br />

e falou sobre os objetivos do programa. “Estamos<br />

aqui não apenas para celebrar os 20 anos do programa,<br />

mas também para conhecer a realidade do programa e<br />

trazer mais políticas públicas para quem mais precisa”,<br />

assegura Joaquim.<br />

Atualmente, o ARPA apoia 120 UCs, contemplando<br />

áreas federais e estaduais, de proteção integral e uso<br />

sustentável, em diversas categorias de manejo, que<br />

totalizam 62,5 milhões de ha, superando a meta inicial<br />

do programa.<br />

As áreas protegidas do bioma Amazônia abrigam<br />

cerca de 58% da sua cobertura vegetal remanescente,<br />

dos quais aproximadamente um terço estão em UCs<br />

apoiadas pelo ARPA.<br />

A estimativa é que entre 2008 e 2020, as UCs apoiadas<br />

pelo ARPA reduziram o desmatamento em 264 mil<br />

ha, o equivalente a 104 milhões de toneladas de CO2<br />

(gás carbônico) sendo evitadas.<br />

58 www.referenciaflorestal.com.br


TRANSPORTE<br />

Melhor<br />

OPÇÃO<br />

60 www.referenciaflorestal.com.br


Escolha correta entre máquinas florestais<br />

com esteira ou pneus deve ser baseada nos<br />

fatores adequados a cada operação<br />

Fotos: divulgação / Komatsu<br />

Agosto 2022<br />

61


TRANSPORTE<br />

Aevolução das máquinas florestais fez com<br />

que a escolha pelo modelo correto se<br />

tornasse mais simples, porém existem<br />

muitos fatores que devem ser levados<br />

em conta antes da decisão final. A implantação<br />

de um plantio florestal já é colocada como<br />

o primeiro fator, pois as características de terreno e<br />

do clima da região condicionam a escolha da máquina<br />

ideal para a operação. Além deles, preço, valor de<br />

revenda, tamanho da área e custo de manutenção do<br />

equipamento entram na conta para a seleção. Pneu ou<br />

esteira estão condicionados a realidade da operação e<br />

escolha pelo melhor desempenho no campo.<br />

As máquinas sobre pneus, ou harvester, tem como<br />

vantagem ter seu desenvolvimento projetado para a<br />

o trabalho florestal. Essas são as máquinas tratadas<br />

no setor como purpose built (construída com um propósito,<br />

em inglês). Já as máquinas com esteiras são,<br />

na maioria dos casos, escavadeiras adaptadas para a<br />

operação de colheita e por isso, têm funcionalidades e<br />

características diferentes para o campo.<br />

Sandro Soares, gerente de produtos da Komatsu,<br />

destaca que o volume de produção de uma área é chave<br />

para a decisão sobre o tipo de máquina escolhida.<br />

Segundo o diretor, o tempo de deslocamento dentro<br />

da área de colheita é fator que pesa de maneira diferente<br />

para a escolha. “Em áreas mais curtas, com<br />

deslocamento de até 15 km (quilômetros), o harvester<br />

de pneus leva vantagem por sua versatilidade na operação,<br />

em contrapartida, em áreas mais planas, como<br />

o plantio no Estado do Mato Grosso do Sul, as escavadeiras<br />

são as máquinas ideais”, aponta Sandro sobre o<br />

cenário adequado.<br />

Jairo Reckziegel, gerente de colheita e manutenção<br />

da Remasa, comenta que a empresa utiliza os dois<br />

tipos de máquinas na operação e como usufrui da melhor<br />

forma de cada uma delas. A operação da empresa<br />

no Paraná fica em uma área com grande inclinação de<br />

terreno, que dá alguns pontos a mais para os harvester<br />

sobre as escavadeiras. “O pneu opera melhor em áreas<br />

mais acidentadas, e consegue operar em inclinações<br />

que superam os 30° (graus) e com auxílio de guincho<br />

podem chegar a até 40°, enquanto as escavadeiras<br />

têm como inclinação máxima os 20° de operação segura”,<br />

compara Jairo.<br />

De acordo com Sandro, o custo de manutenção<br />

das esteiras é menor do que dos pneus e seu valor<br />

de revenda é maior após o período médio de uso no<br />

setor, que é de 5 anos. “Além da manutenção, o mer-<br />

62 www.referenciaflorestal.com.br


A escolha da máquina<br />

deverá ser feita para<br />

suprir a necessidade<br />

e garantir o melhor<br />

resultado para a<br />

operação<br />

Agosto 2022<br />

63


TRANSPORTE<br />

O valor médio de um<br />

harvester de pneus é<br />

quase sempre o dobro<br />

de uma escavadeira, e<br />

isso impacta também na<br />

manutenção e revenda da<br />

máquina<br />

cado para revenda de escavadeiras é maior que o de<br />

pneus”, ressalta Sandro. No quesito valores, os dois<br />

especialistas concordam sobre o valor das máquinas<br />

de esteiras ser menor, que traz um atrativo maior no<br />

processo de compra. “O valor médio de um harvester<br />

de pneus é quase sempre o dobro de uma escavadeira,<br />

e isso impacta também na manutenção e revenda da<br />

máquina”, discorre Jairo.<br />

Sandro é enfático ao valorizar o potencial de produtividade<br />

dos harvesters, que produzem até 20%<br />

mais do que as máquinas sobre esteiras. “Então, onde<br />

possui um plantel de 100 máquinas, pode-se ter 80<br />

para produzir o mesmo volume, com menor número<br />

de operadores, com quantidade menor de sabre e<br />

corrente, ou seja, toda cadeia logística da colheita e o<br />

custo também reduz”, explica Sandro.<br />

Para o gerente da Komatsu, tanto do manuseio da<br />

compra, do reparo, da manutenção do pneu, os custos<br />

são bem próximos se comparados à esteira. “No momento<br />

que já tem o de pneus e o Cliente vai optar na<br />

decisão pelo harvester, é uma aquisição estratégica da<br />

empresa em nível de volume a ser colhido”, destaca<br />

Sandro.<br />

64 www.referenciaflorestal.com.br


Unhas em verde GJ1450e;<br />

Raio das unhas mais côncavo para<br />

proporcionar um melhor ataque às toras;<br />

Unhas em laranja GJ1500srt.<br />

Sandro afirma também que é necessário avaliar<br />

o cenário para comprar as máquinas, pois na cotação<br />

atual do dólar a distância de preço entre uma máquina<br />

de pneu e de esteira se tornou menor. “A globalização<br />

faz com que a manutenção seja mais assertiva e agora<br />

no país temos padrões internacionais de manutenção.<br />

Dessa forma, conseguimos aumentar a confiabilidade<br />

de uma máquina, seja de esteiras ou de pneus”, valoriza<br />

Sandro.<br />

Em resumo, o gerente de produtos da Komatsu garante<br />

que a escavadeira possui um custo operacional<br />

e de manutenção menor nos três primeiros anos em<br />

relação à máquina com pneus. A máquina harvester<br />

de pneu, por exemplo, tem a vida útil do pneu, e uma<br />

vez que não sofra desgaste por não ter carga, é muito<br />

maior do que uma esteira de máquina, não exigindo<br />

manutenção. “A escolha da máquina deverá ser feita<br />

para suprir a necessidade e garantir o melhor resultado<br />

para a operação”, conclui Sandro.<br />

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INCÊNDIO<br />

Proteção das<br />

FLORESTAS<br />

Fotos: divulgação<br />

66 www.referenciaflorestal.com.br


Com o foco em prevenção, campanha<br />

conscientiza a população sobre boas<br />

práticas para evitar incêndios florestais<br />

Agosto 2022<br />

67


INCÊNDIO<br />

C<br />

om o slogan: Uma Floresta Segura Depende<br />

de Todos Nós; foi lançada a Campanha<br />

de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais<br />

2022. A iniciativa tem a intenção<br />

de alertar a população sobre o perigo e as<br />

consequências que um incêndio florestal traz para a natureza<br />

e também para as comunidades, bem como, mostrar<br />

quais ações podem causar incêndios e o que fazer ao<br />

avistar um foco. O lançamento foi no IDR-Paraná (Instituto<br />

de Desenvolvimento Rural do Paraná IAPAR-EMATER)<br />

e reuniu representantes das 14 entidades que assinaram<br />

a campanha. De acordo com o Corpo de Bombeiros, de<br />

janeiro a agosto de 2021, os casos de incêndios florestais<br />

aumentaram 24% em comparação com o mesmo período<br />

de 2020. Além disso, nove em cada dez incêndios são<br />

provocados por irresponsabilidade humana. Essas ocorrências<br />

são mais comuns neste período de inverno, pois a<br />

vegetação mais seca, a baixa umidade do ar e a estiagem<br />

facilitam a propagação das chamas, principalmente nos<br />

dias após a ocorrência de geada.<br />

Para o presidente da APRE (Associação Paranaense<br />

de Empresas de Base <strong>Florestal</strong>), Zaid Ahmad Nasser, os<br />

incêndios florestais representam um grande desafio para<br />

o meio ambiente, para a população e para as empresas.<br />

Segundo ele, ao longo dos anos, a APRE e suas associadas<br />

já vinham fazendo diversas ações para se antecipar<br />

ao problema, diminuir os riscos e divulgar informações.<br />

Ele destaca o trabalho sólido dessas empresas florestais<br />

e cita que todas contam com programas de prevenção e<br />

combate a incêndios, que incluem torres, pessoas treinadas,<br />

brigadistas, veículos e caminhões, centenas de<br />

equipamentos e um importante canal de comunicação<br />

com a comunidade do entorno. Além disso, existe uma<br />

ampla rede de contatos entre elas para monitoramento,<br />

troca de informações, alertas, etc. Com base nesses<br />

dados, a APRE atualiza, anualmente, as informações dos<br />

contatos e gera um mapa, que é compartilhado com as<br />

empresas. Entretanto, apesar de atuarem preventivamente,<br />

a crise hídrica agravou a situação, e um trabalho<br />

sobre hidrologia conduzido pela associação apontou<br />

que as condições estavam cada vez mais perigosas para<br />

incêndios florestais. Foi aí que a entidade entendeu que<br />

precisava agir e fazer algo maior, para realmente alertar<br />

e conscientizar a população em geral, produtores rurais<br />

e empresas, e idealizou a campanha em parceria com<br />

outras instituições.<br />

Para Zaid, a certeza que a união de conhecimento –<br />

vindo do Governo do Estado, dos diversos órgãos, das<br />

entidades representativas e das empresas florestais – vai<br />

fortalecer as ações dessa grande campanha estadual de<br />

prevenção e combate a incêndios florestais. “Esperamos<br />

que as informações, que serão divulgadas a partir<br />

Temos uma ação forte na<br />

parte de conservação, com<br />

22 planos de contingência<br />

elaborados, além de<br />

parcerias com instituições e<br />

voluntários para o combate<br />

aos incêndios florestais<br />

José Volnei Bisognin,<br />

diretor-presidente do IAT<br />

68 www.referenciaflorestal.com.br


Ainda é cultura para alguns<br />

produtores rurais a utilização<br />

do fogo para renovação da<br />

pastagem e é necessário<br />

levar orientação sobre o<br />

risco que essa prática pode<br />

causar e apresentar opções<br />

mais sustentáveis que<br />

surtam o mesmo efeito<br />

Amauri Ferreira,<br />

gerente do IDR-Paraná<br />

dos materiais, possam conscientizar, prevenir e ajudar<br />

a proteger a natureza, a biodiversidade e a população”,<br />

apontou Zaid.<br />

Durante o evento de lançamento, o gerente de políticas<br />

públicas do IDR-Paraná, Amauri Ferreira, apresentou<br />

a campanha e falou sobre as ações planejadas. O gerente<br />

reforçou, ainda, que para 2022 há um esforço maior na<br />

orientação aos agricultores do Estado. Segundo Amauri,<br />

é preciso chamar a atenção, também, para os incêndios<br />

ambientais que começam em uma propriedade e podem<br />

tomar uma proporção muito maior. “Ainda é cultura para<br />

alguns produtores rurais a utilização do fogo para renovação<br />

da pastagem e é necessário levar orientação sobre<br />

o risco que essa prática pode causar e apresentar opções<br />

mais sustentáveis que surtam o mesmo efeito”, alertou<br />

Amauri.<br />

Para ampliar o alcance e fazer com que a informação<br />

chegue ao maior número de pessoas possível, a campanha<br />

conta com diversos materiais gráficos, digitais e<br />

audiovisuais.<br />

É crime – Atear fogo para limpar a vegetação, jogar<br />

lixo na beira de rodovias, acender fogueiras perto das<br />

SOLUÇÕES<br />

INTEGRADAS<br />

para o setor florestal<br />

Prevenção, controle e<br />

combate a incêndios<br />

Conjuntos de Combate para Pick-up<br />

Tanques flexível e rígido (CAFS e PRO)<br />

// Mochilas Flexíveis<br />

e Bombas Costais<br />

// Soprovarredor<br />

// Ferramentas<br />

e Acessórios<br />

Agosto 2022<br />

69


INCÊNDIO<br />

Esperamos que as informações<br />

que serão divulgadas a<br />

partir dos materiais possam<br />

conscientizar, prevenir e<br />

ajudar a proteger a natureza, a<br />

biodiversidade e a população<br />

Zaid Ahmad Nasser,<br />

presidente da APRE<br />

árvores, fumar próximo a plantações e soltar balões são<br />

algumas das ações que podem dar início aos incêndios<br />

e trazer consequências graves. O diretor-presidente do<br />

IAT (Instituto Água e Terra), José Volnei Bisognin, lembrou<br />

que quem provoca um incêndio florestal, mesmo<br />

que sem intenção, está cometendo um crime e pode ser<br />

penalizado com reclusão de 2 a 4 anos e multa que varia<br />

entre R$ 5 mil e R$ 50 milhões, dependendo do número<br />

de hectares afetados pelo fogo e dos danos causados à<br />

fauna e à flora. “O fogo é um agravante do crime de destruição<br />

de floresta. Uma queimada não atinge apenas a<br />

vegetação, mas todos os seres vivos que habitam aquele<br />

local e portanto, alertas como este são fundamentais<br />

para que a população entenda que pequenas atitudes<br />

podem ser muito prejudiciais à biodiversidade”, declarou<br />

José.<br />

Outra prática bastante preocupante, especialmente<br />

nesta época do ano, é a soltura de balões e a queima de<br />

lixo. Ambas são proibidas e configuram crimes, já que podem<br />

causar incêndios. Nesses casos, a pena pode chegar<br />

a 4 anos de prisão, além de multa. “Temos uma ação forte<br />

na parte de conservação, com 22 planos de contingência<br />

elaborados, além de parcerias com instituições e voluntários<br />

para o combate aos incêndios florestais, com a<br />

compra de equipamentos, monitoramento das condições<br />

climáticas pelo SIMEPAR, entre outras”, destacou José.<br />

Nas UCs (Unidades de Conservação) do Paraná, são<br />

proibidas as práticas de fogueiras pelos frequentadores.<br />

Caminhões pipa destinados aos municípios também<br />

reforçam a estrutura de combate a incêndios florestais,<br />

especialmente em municípios, que não possuem unidade<br />

própria do Corpo de Bombeiros.<br />

70 www.referenciaflorestal.com.br


O que fazer – Ao avistar um foco de incêndio, a<br />

orientação é de nunca tentar combater o fogo sozinho,<br />

pois realizar esse processo sem o treinamento adequado<br />

pode colocar a pessoa em perigo. A orientação é procurar<br />

um local seguro, avisar os vizinhos e acionar o Corpo<br />

de Bombeiros através do número 193.<br />

Esta é uma campanha da APRE (Associação Paranaense<br />

de Empresas de Base <strong>Florestal</strong>), IDR-PR (Instituto<br />

de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater),<br />

ABIMCI (Associação Brasileira da Indústria de Madeira<br />

Processada Mecanicamente), Defesa Civil, EMBRAPA Florestas,<br />

FAEP (Federação da Agricultura do Estado do Paraná),<br />

FUPEF (Fundação de Pesquisas Florestais do Paraná),<br />

IAT (Instituto Água e Terra), RNBV (Rede Nacional de<br />

Brigadas Voluntárias), SEAB (Secretaria de Agricultura e<br />

Abastecimento do Paraná), SEDEST (Secretaria de Desenvolvimento<br />

Sustentável e do Turismo do Paraná), SENAI-<br />

-PR (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), SIMEPAR<br />

(Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do<br />

Paraná) e UFPR (Universidade Federal do Paraná).<br />

Agosto 2022<br />

71


CONGRESSO<br />

CONHECIMENTO<br />

DIFUNDIDO<br />

Evento reuniu profissionais e estudantes do<br />

setor florestal para debater inovações, uso<br />

sustentável e desenvolvimento social<br />

Fotos: divulgação<br />

O<br />

rganizado pela SBEF (Sociedade Brasileiro de<br />

Engenheiros Florestais), o IX CFB Congresso<br />

<strong>Florestal</strong> Brasileiro foi realizado em Brasília<br />

(DF) entre os dias 12 e 15 de julho de maneira<br />

hibrida, com transmissão online pelo<br />

canal do youtube da SBEF. Essa edição do CFB teve como<br />

foco resgatar a história dos grandes eventos do setor e trazer<br />

à sociedade e aos profissionais, instituições e empresas<br />

que atuam no setor florestal, as inovações e atualizações<br />

científicas e tecnológicas, focadas nos desafios e nas oportunidades<br />

para a gestão, o uso sustentável, a conservação das<br />

florestas brasileiras e o desenvolvimento social.<br />

O CFB é um evento de cunho técnico e científico, que<br />

se propõe a fomentar o debate e apresentar pesquisas que<br />

possa abrir novos horizontes para os profissionais do setor<br />

florestal. O evento foi dividido em eixos temáticos, que foram<br />

utilizados para direcionar as apresentações, foram eles:<br />

desenvolvimento econômico e social sustentável; pesquisa,<br />

72 www.referenciaflorestal.com.br


Agosto 2022 73


CONGRESSO<br />

tecnologia e inovação; sistemas computacionais e soluções<br />

de tecnologia da informação e comunicação; programação<br />

na área florestal; geoprocessamento, ciência de dados, uso<br />

de drones e sensoriamento remoto aplicados na gestão florestal;<br />

sobre o uso sustentável e gestão de florestas nativas<br />

e plantadas no país, incluindo os seus desdobramentos na<br />

indústria, serviços, comércio, economia, ciência & tecnologia,<br />

política, manejo, ordenamento e atuação profissional.<br />

Os números do evento chamam bastante atenção pelo<br />

grande interesse do público e de trabalhos apresentados.<br />

Segundo a organização, foram 700 participantes confirmados,<br />

240 trabalhos recebidos, 185 palestrantes de moderadores,<br />

42 trabalhos técnicos apresentados e 85 colaboradores<br />

para a realização do evento. Durante os quatro dias de<br />

evento foram apresentadas 150 palestras, 5 painéis temáticos<br />

e 24 sessões técnicas. Outros números que corroboram<br />

o sucesso do congresso foram 56 instituições e entidades<br />

apoiadoras e 23 patrocinadores, que demonstram o interesse<br />

da iniciativa privada e de toda a comunidade florestal em<br />

relação ao CFB.<br />

Uma importante possibilidade gerada pelo CFB é a de<br />

contato entre executivos, pesquisadores e gestores, com<br />

ampla experiência profissional. Interação com painelistas,<br />

por meio de mensagens no bate-papo/chat, e com especialistas<br />

nas sessões técnicas e nas apresentações de trabalhos<br />

técnicos e científicos, com áudio e câmera, mediante apoio<br />

dos moderadores das salas virtuais, foi considera uma forma<br />

de abrir caminhos entre profissionais, que muitas vezes<br />

estão distantes. Para os acadêmicos, foi uma oportunidade<br />

para acesso ao conhecimento e desenvolvimento do currículo<br />

acadêmico e profissional. Exposição de trabalhos foi feita<br />

em uma plataforma especializada, com uma programação<br />

que valorizava os trabalhos e também houve a publicação<br />

nos anais do congresso.<br />

Pedro de Almeida Salles, presidente da SBEF, comentou<br />

que as expectativas em relação ao evento foram completamente<br />

superadas. Na visão do presidente, existia uma<br />

grande demanda pela realização do congresso por parte do<br />

público. “De um lado, foi muito desafiador realizar praticamente<br />

dois eventos simultaneamente, uma vez que tínhamos<br />

o presencial e o online, mas foi muito gratificante ver<br />

o resultado”, destacou Pedro. As metas de participação presencial<br />

e online foi muito acima do esperado, superando as<br />

metas estabelecidas pelo SBEF. “A pandemia gerou grandes<br />

desafios e consequentemente grandes oportunidades para a<br />

realização do CBF”, complementou Pedro.<br />

Para Pedro, a tecnologia foi fator chave para a realização<br />

do evento, uma vez que o início da divulgação só foi feito<br />

após o fechamento do primeiro patrocínio, em dezembro de<br />

2021. Os palestrantes foram outro destaque valorizado pelo<br />

74 www.referenciaflorestal.com.br


organizador, que pode trazer profissionais de todos os cantos<br />

do país, apresentando de maneira completa o cenário<br />

do setor madeireiro brasileiro. “Conseguimos aproximar os<br />

atores de realidades muito diferentes, como florestas plantadas<br />

e florestas nativas do Brasil, para apresentar as oportunidades<br />

que o país tem à sua frente”, valorizou Pedro.<br />

Esse contato entre os profissionais que apresentaram<br />

as palestras teve grande peso em relação ao conteúdo.<br />

Pedro apontou que a mescla entre representantes do setor<br />

público, academia e do terceiro setor gerava discussões<br />

que engrandeciam muito o assunto durante o CFB. “Os assuntos<br />

eram complementados por visões de campos bem<br />

diferentes, mas que buscam o melhor para o setor florestal”,<br />

descreveu Pedro. Além disso, muitas ideias foram passadas<br />

diretamente para os representantes do setor público, outra<br />

conquista valorizada pelo organizador. “Passamos algumas<br />

demandas que são consenso para o setor, afim de fazer com<br />

que exista uma agência com autonomia para fortalecer e<br />

centralizar as necessidades do setor florestal”, pontou Pedro.<br />

Conseguimos aproximar os<br />

atores de realidades muito<br />

diferentes, como florestas<br />

plantadas e florestas nativas<br />

do Brasil, para apresentar as<br />

oportunidades que o país tem<br />

à sua frente<br />

Agosto 2022<br />

75


PESQUISA<br />

76 www.referenciaflorestal.com.br


MODELAGEM DO CRESCIMENTO E<br />

PRODUÇÃO DE ÁRVORE INDIVIDUAL,<br />

Para pinus taedaL., na região<br />

meio oeste de Santa Catarina<br />

Fotos: divulgação<br />

SAULO JORGE TÉO<br />

UNOESC UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA<br />

ORESUMO<br />

presente artigo foi desenvolvido a convite<br />

da Revista FLORESTA e da coordenação do<br />

curso de Pós-Graduação em Engenharia<br />

<strong>Florestal</strong> da UFPR (Universidade Federal do<br />

Paraná) em comemoração ao cinquentenário<br />

do programa. Este artigo visa informar os principais<br />

resultados da tese intitulada: Modelagem do crescimento<br />

e produção de árvore individual independente da distância,<br />

para Pinus taedaL., na região meio oeste do Estado de<br />

Santa Catarina; que foi desenvolvida na área de concentração<br />

de manejo florestal, sob a orientação do professor<br />

doutor Sebastião do Amaral Machado e coorientação dos<br />

professores doutor Afonso Figueiredo Filho e doutora Maria<br />

Margarida Branco de Brito Tavares Tomé. Durante o período<br />

total de desenvolvimento da tese, de março de 2013<br />

até março de 2017, houve um período de seis meses, de<br />

julho a dezembro de 2015, para realização do doutorado<br />

sandwich no exterior, com bolsa auxílio do CNPq (Conselho<br />

Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico),<br />

sendo esta tese integrada ao grupo de pesquisa ForChange<br />

(Forest Ecosystem Management Under Global Change), do<br />

CEF (Centro de Estudos Florestais), do ISA (Instituto Superior<br />

de Agronomia), da Universidade de Lisboa, coordenado<br />

pela professora doutora Margarida Tomé.<br />

Palavras-chave: Funções de Crescimento; Sobrevivência<br />

de Árvores Individuais; Crescimento Diamétrico; Relação<br />

Hipsométrica Geral. Equações de Aplicabilidade Geral.<br />

Agosto 2022<br />

77


PESQUISA<br />

INTRODUÇÃO<br />

Em uma definição ampla, modelos são uma representação<br />

de algum aspecto da realidade, os quais permitem<br />

seu estudo e análise (VANCLAY, 1994; PRODAN et al., 1997)<br />

e, portanto, úteis para resolver problemas do mundo real<br />

(BURKHART; TOMÉ, 2012). Os cientistas sempre propuseram<br />

modelos a fim de entender porções do mundo real,<br />

baseados em mecanismos teóricos, testando-os em comparação<br />

a observações e revisando a teoria onde esta não<br />

apresenta conformidade com os dados (BURKHART; TOMÉ,<br />

2012). Sendo assim, um modelo de crescimento e produção<br />

florestal deve ser uma representação da dinâmica que<br />

ocorre em uma floresta, avaliada por meio de um inventário<br />

florestal contínuo, indicando o crescimento, ingresso,<br />

mortalidade, composição, estrutura, sortimentos, produção<br />

final, bem como, todo e qualquer elemento importante<br />

para o fenômeno do crescimento e produção florestal.<br />

Conforme Burkhart e Tomé (2012), é necessário classificar<br />

os modelos de crescimento e produção florestal, a fim<br />

de identificar as características gerais envolvidas. Porém,<br />

nenhum sistema de classificação será totalmente satisfatório,<br />

devido ao grande número de modelos de crescimento<br />

e produção florestal, com diferentes metodologias. Em-<br />

bora seja comum o uso de diferentes terminologias, um<br />

sistema de classificação bastante utilizado no Brasil, desde<br />

o desenvolvimento da tese até a atualidade, categoriza os<br />

modelos de crescimento e produção florestal de acordo<br />

com o nível de detalhes das informações que requerem e<br />

que fornecem sobre o crescimento e produção florestal: I)<br />

Modelos em Nível de Povoamento; II) Modelos de Distribuição<br />

Diamétrica; e III) Modelos de Árvores Individuais.<br />

Os modelos em nível de povoamento são os mais tradicionais<br />

e antigos, tendem a ser mais simples e robustos,<br />

e apenas informações sobre a população são utilizadas<br />

para a prognose do crescimento e produção florestal,<br />

como o número de árvores ou área basal por unidade de<br />

área (VANCLAY, 1994; PRETZSCH, 2010). Os modelos de<br />

distribuição diamétrica simulam o crescimento em cada<br />

classe diamétrica separadamente, geralmente por meio de<br />

uma função probabilística, calculam o volume para a árvore<br />

média de cada classe de diâmetro e multiplicam este<br />

volume pelo número de árvores em cada classe, posteriormente<br />

todos os volumes são somados para se obter os resultados<br />

para o povoamento (DAVIS et al., 2001). Por fim,<br />

os modelos de árvores individuais consideram a floresta<br />

como um mosaico heterogêneo de árvores, descrevendo<br />

78 www.referenciaflorestal.com.br


suas características individuais, bem como, as interações<br />

de cada árvore com a estrutura e o crescimento florestal,<br />

apresentando maior complexidade e flexibilidade quando<br />

comparado às demais classes de modelos (PRETZSCH,<br />

2010).<br />

Modelos de árvore individual oferecem uma série de<br />

vantagens quando comparados a outras abordagens: são<br />

flexíveis; caracterizam o crescimento acuradamente sob<br />

grande variação de condições do povoamento; fornecem<br />

estimativas de alta resolução e detalhamento; apresentam<br />

maior capacidade para caracterizar impactos de danos<br />

e tratos silviculturais sobre os povoamentos, particularmente<br />

desbastes e podas (WEISKITTEL et al., 2011). Por<br />

outro lado, entre as desvantagens dos modelos de árvore<br />

individual estão: o fato de serem mais dispendiosos para<br />

se desenvolver; exigem dados mais detalhados para seu<br />

uso e a composição dos erros é potencialmente maior;<br />

em alguns casos, requerem maior poder de computação e<br />

tempo para atualização de grandes inventários florestais<br />

(WEISKITTEL et al., 2011).<br />

Na área de concentração do manejo florestal, especificamente<br />

no manejo de plantios florestais no Brasil, os<br />

modelos de crescimento e produção florestal sempre despertaram<br />

grande interesse, tanto de pesquisadores, como<br />

de engenheiros florestais da indústria de base florestal. Na<br />

época da escolha do tema da tese com o professor doutor<br />

Sebastião do Amaral Machado, eram comuns as discussões<br />

a respeito das reais vantagens dos modelos de árvores individuais<br />

sobre os modelos em nível de povoamento e de<br />

distribuição diamétrica, sobretudo quanto à prognose da<br />

produção florestal. No entanto, enquanto em outros países<br />

os modelos de crescimento de árvores individuais eram<br />

amplamente estudados e difundidos, no Brasil, ainda eram<br />

escassos os trabalhos sobre o assunto, podendo-se citar<br />

os trabalhos de Della-Flora et al.(2004), para Nectandra<br />

megapotamica (Spreng.) Mez; Chassot et al. (2011), para<br />

Araucária angustifólia (Bertol.) Kuntze; Orellana (2014),<br />

para um fragmento de Floresta Ombrófila Mista; Mendes<br />

et al. (2006), Castro (2011), Martins (2011), Castro et al.<br />

(2013a) e Castro et al. (2013b) para espécies do gênero<br />

Eucalyptus.<br />

Esse artigo é uma versão parcial do conteúdo. O<br />

material completo pode ser acessado através do link:<br />

https://revistas.ufpr.br/floresta/article/view/86805/46659<br />

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AGENDA<br />

AGENDA2022<br />

Palestra Mercado de Mogno-Africano<br />

Data: 15<br />

Local: Goiânia GO)<br />

www.embrapa.br/florestas/busca-deeventos<br />

UAI Forest<br />

Data: 17 e 18<br />

Local: Belo Horizonte (MG)<br />

www.florestasuai.com.br/<br />

AGOSTO<br />

2022<br />

AGOSTO<br />

2022<br />

AGO<br />

2022<br />

PALESTRA MERCADO<br />

DE MOGNO-AFRICANO<br />

A pesquisadora da Embrapa Florestas, Cristiane Aparecida<br />

Fioravante Reis, ministrará a palestra de abertura: Mercado<br />

de Mogno-Africano; na III Semana Acadêmica da Engenharia<br />

<strong>Florestal</strong> - UFG, a qual ocorrerá às 14h (horas), no<br />

dia 15 de agosto de 2022, no Auditório Professor Roland<br />

Vencovsky, do Departamento de Melhoramento Genético<br />

de Plantas da Escola de Agronomia da UFG (Universidade<br />

Federal de Goiás). No evento serão tomadas todas as medidas<br />

de segurança de prevenção de transmissão do Covid-19<br />

como uso de álcool 70, máscaras e distanciamento social.<br />

Imagem: reprodução Imagem: reprodução<br />

Forestrise 2022<br />

Data: 14 a 16<br />

Local: Tóquio (Japão)<br />

www.forestrise.jp/2022/eng/<br />

SETEMBRO<br />

2022<br />

OUT<br />

2022<br />

V CBCTEM<br />

O V CBCTEM – Congresso Brasileiro de Ciência e Tecnologia<br />

da Madeira, será realizado, de forma presencial, no<br />

período de 19 a 21 de outubro de 2022, no Teatro Sesi<br />

- Setor Santa Genoveva, em Goiânia (GO). Este congresso<br />

é um evento consolidado, realizado bianualmente pela<br />

Sociedade Brasileira de Ciência e Tecnologia da Madeira.<br />

Em sua quinta edição, conta com a coordenação da UFG<br />

(Universidade Federal de Goiás) e com apoio da Embrapa<br />

Florestas. Na edição de 2022, são esperados 700 participantes<br />

de diversas regiões do Brasil, entre empresários,<br />

produtores, pesquisadores e renomados nomes do setor<br />

florestal e madeireiro.<br />

80 www.referenciaflorestal.com.br


AGENDA2022<br />

SETEMBRO<br />

2022<br />

Lesprom-Ural Professional<br />

Data: 15 a 18<br />

Local: Ekaterinburg (Rússia)<br />

http://en.expoural.com/events/lesprom<br />

SETEMBRO<br />

2022<br />

ASSINE AS PRINCIPAIS<br />

REVISTAS DO SETOR<br />

E FIQUE POR DENTRO<br />

DAS NOVIDADES!<br />

Lisderevmash<br />

Data: 27 a 29<br />

Local: Kiev (Ucrânia)<br />

https://lisderevmash.ua/en/<br />

INFORMAÇÃO<br />

A ALMA DO NEGÓCIO!<br />

FLORESTAL<br />

INDUSTRIAL<br />

PRODUTOS<br />

BIOMAIS<br />

OUTUBRO<br />

2022<br />

CELULOSE<br />

V Cbctem<br />

Data: 19 a 21<br />

Local: Goiania (GO)<br />

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81


ESPAÇO ABERTO<br />

Foto: divulgação<br />

Chave para o<br />

CRESCIMENTO<br />

Por Clara Carrocini Tamaoki,<br />

Advogada do Escritório Medina Guimarães<br />

Advogados e Mestranda no Programa de<br />

Pós-Graduação em Ciências Jurídicas<br />

da UniCesumar. Bacharel em Direito pela<br />

Pontifícia Universidade Católica do Paraná.<br />

Desenvolvimento empresarial<br />

sustentável se fortalece pelo<br />

compliance<br />

Atualmente, tem se tornado uma exigência cada vez<br />

mais presente no mercado a adoção de boas práticas<br />

de gestão empresarial, alinhadas a uma postura<br />

responsável, ética e comprometida com as questões<br />

ambientais e sociais.<br />

Essa tendência não se limita aos negócios que geram impactos<br />

ambientais mais expressivos, e inclui as mais diversas atividades<br />

empresariais, o que faz com que a adoção de uma postura<br />

de organização e planejamento pautada nos fatores Ambiental,<br />

Social e de Governança (os fatores ESG).<br />

Tratando-se de uma tendência mundial, a realidade constatada<br />

no Brasil não é diferente. Em pesquisa realizada pela Union +<br />

Webster, divulgada pela FIEP (Federação das Indústrias do Estado<br />

do Paraná), constatou-se que 87% da população brasileira prefere<br />

comprar produtos e serviços de empresas sustentáveis e 70% dos<br />

entrevistados afirma não se importar em pagar um pouco mais<br />

por isso.<br />

Nesse sentido, tem-se igualmente que o desenvolvimento<br />

empresarial sustentável se apresenta como uma nova tendência<br />

no mercado financeiro, vez que empresas que se estruturam de<br />

forma a contemplar os fatores ESG tendem a se manter por mais<br />

tempo no mercado e a conquistar uma melhor reputação não só<br />

entre seus clientes, mas também entre seus acionistas, já que os<br />

investidores se importam cada vez mais com fundos comprometidos<br />

com a responsabilidade socioambiental.<br />

Além disso, a necessidade de conformidade empresarial com<br />

a legislação ambiental vigente na busca por ações preventivas que<br />

visam diminuir os impactos causados pela atividade empresarial,<br />

bem como evitar atividades lesivas ao meio ambiente e as sanções<br />

penais e administrativas delas derivadas reforçam a urgência<br />

da adoção de uma postura empresarial sustentável, visto que não<br />

é pequeno o volume de leis, instruções normativas e resoluções<br />

às quais as empresas brasileiras devem se adequar.<br />

O compliance, inicialmente encarado como uma ferramenta<br />

para o correto cumprimento das normais legais que incidiam sobre<br />

as atividades empresariais, o termo passou a abarcar também<br />

a preocupação com a prevenção de danos à administração pública,<br />

e hoje é visto não só como o responsável por um programa de<br />

conformidade legal da empresa, mas como um pilar fundante na<br />

construção de uma organização empresarial que assegure a integridade<br />

dentro de todos os seus eixos de atuação.<br />

A implementação de um programa de compliance bem estruturado<br />

é capaz não só de evitar sanções legais ou administrativas<br />

previstas na legislação ambiental, mas transformar a relação<br />

empresarial ao trazer como resultado final empresas com maior<br />

credibilidade no mercado, capazes de trazer confiança a novos<br />

investidores. A implementação de Programas de Compliance, alinhados<br />

aos fatores ESG, se apresenta como um mecanismo capaz<br />

de fundamentar e impulsionar um desenvolvimento empresarial<br />

sustentável. Ao auxiliar a formação de uma estrutura corporativa<br />

em conformidade com a legislação ambiental vigente e também<br />

como ponto de partida para um programa de sustentabilidade<br />

empresarial.<br />

82 www.referenciaflorestal.com.br


Novo sistema de medição de<br />

comprimento ainda mais preciso;<br />

Novo projeto de chassis, mais<br />

robusto, maior durabilidade;<br />

Novos cilindros das facas de<br />

desgalhe;<br />

Pinos substituíveis do Link,<br />

simplificando sua manutenção;<br />

Novo acesso ao ponto para<br />

lubrificação, mais segurança na<br />

manutenção;<br />

Nova geometria da caixa da serra,<br />

que propicia um ciclo de corte mais<br />

rápido com menor lasque da<br />

madeira;<br />

Anéis trava ajustáveis no conjunto<br />

de medição do diâmetro, que<br />

estendem a durabilidade dos<br />

componentes.<br />

Serviço: (41) 2102-2881<br />

Cabeçote: (41) 2102-2811<br />

Peças: (41) 2102-2881<br />

(41) 9 8856.4302<br />

Pinhais-PR: Rua Alto Paraná, 226 - Sala 02<br />

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Butiá-RS: Av. Perimetral Sargento Fermino Peixoto da Silva, 181<br />

(41) 9 9219.3741 Caçador-SC: Rua Victor Meireles, 90 • NOVA SEDE<br />

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