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Diplomatas de seis países<br />
conhecem manejo florestal<br />
sustentável em norte de Mato Grosso<br />
Mato Grosso recebe diplomatas dos Estados Unidos, México,<br />
Panamá, Peru, Equador e Finlândia em evento promovido<br />
para apresentar sustentabilidade do manejo de florestas<br />
A terceira edição do Dia na Floresta reuniu aproximadamente<br />
90 pessoas nesta quinta-feira, 14, em Sinop (500<br />
quilômetros ao Norte de Cuiabá). O evento que tem como<br />
finalidade apresentar a sustentabilidade e organização do<br />
setor de base florestal de Mato Grosso é promovido pelo<br />
Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeiras<br />
do Estado de Mato Grosso (CIPEM), Fórum Nacional das<br />
Atividades de Base Florestal (FNBF) e Secretaria Estadual de<br />
Meio Ambiente (SEMA).<br />
Além dos embaixadores dos Estados Unidos, México,<br />
Panamá, Peru, Equador e Finlândia, o encontro também<br />
recebeu representantes da Federação das Indústrias de Mato<br />
Grosso (FIEMT); Frente Parlamentar Agropecuária (FPA);<br />
Ministério Público Estadual (MPE); Polícia Rodoviária Federal<br />
(PRF); Ordem dos Advogados do Brasil (OAB); Ministério das<br />
Relações Exteriores (MRE); Ministério de Agricultura, Pecuária<br />
e Abastecimento (MAPA); Instituto Brasileiro do Meio Ambiente<br />
e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama); Federação da<br />
Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato) e<br />
Juizado Volante Ambiental (Juvam).<br />
A programação matutina contou com um ciclo de palestras<br />
e visita técnica a uma área de manejo florestal. A Fazenda<br />
Platina - que já está em seu segundo ciclo exploratório, há 50<br />
quilômetros de Sinop - sediou esta primeira fase do evento.<br />
O presidente do CIPEM, Rafael Mason, destacou que esta é<br />
uma importante oportunidade para que o manejo sustentável<br />
das florestas seja conhecido. “Este segmento econômico ganha<br />
ainda mais força apresentando seus processos e respeito com<br />
o meio ambiente, principalmente nesta edição, em que foi<br />
apresentada a execução em uma área de 2º ciclo, confirmando<br />
na prática a sustentabilidade da atividade.”, observou.<br />
Falando sobre “a sustentabilidade da produção florestal de<br />
Mato Grosso”, a secretária estadual de Meio Ambiente,<br />
Mauren Lazzaretti, apresentou como o Governo do Estado<br />
está gerindo a questão florestal do maior produtor de madeira<br />
nativa do país.<br />
Ela destacou ainda que atualmente existem 860 empreendimentos<br />
cadastrados nos segmentos de beneficiamento,<br />
industrialização e desdobro de madeira.<br />
Quanto à gestão de resultados da Sema, a secretária<br />
demonstrou que que houve redução de 56% no tempo médio<br />
de liberação de processos florestais, contabilizando atualmente<br />
prazos 45% abaixo do período legal de 180 dias. “Em<br />
dezembro de 2018 a média era de 230 dias. Esse número<br />
chegou a 100 dias em dezembro do ano passado”, comemora.<br />
Durante a apresentação, a secretária de Meio Ambiente<br />
também demonstrou o Programa Carbono Neutro. Segundo<br />
ela, “o Programa tem a meta voluntária de redução de 80%<br />
das emissões de gás carbônico até 2030 e 100% em 2035. É<br />
uma integração entre o programa, estratégias do Governo de<br />
Mato Grosso e do setor privado para produção sustentável e<br />
de baixas emissões”.<br />
Ainda durante a manhã desta quinta-feira, o diretor de Uso<br />
Sustentável da Biodiversidade e Floresta do Ibama, João<br />
Pessoa Riograndense, mostrou dados nacionais sobre o<br />
manejo florestal sustentável.<br />
O diretor frisou que a produção anual de madeira nativa<br />
gira entre 9 e 11 milhões de metros cúbicos e que 88% da<br />
produção é proveniente de Planos de Manejo Florestal<br />
Sustentável. Mato Grosso é responsável por 85% da produção<br />
sustentável de madeira, seguido do estado do Pará, com<br />
28,2% e Rondônia, 19,8%.<br />
Quanto ao mercado internacional, Riograndense disse que<br />
10% dos produtos madeireiros são exportados para países<br />
como Estados Unidos, França e China.<br />
Após as apresentações a comitiva seguiu para uma área de<br />
floresta manejada em exploração já no segundo ciclo, ou seja,<br />
foi possível conhecer in loco a área que passou por colheita<br />
há pelo menos 25 anos após a colheita primária.<br />
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