07.09.2022 Views

Revista Coamo - Agosto de 2022

Revista Coamo - Agosto de 2022

Revista Coamo - Agosto de 2022

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

COM SEMENTES COAMO, COOPERADOS PREPARAM NOVA SAFRA DE VERÃO<br />

revista<br />

www.coamo.com.br<br />

agosto/<strong>2022</strong><br />

ano 48 edição 527<br />

MANGUEIRINHA<br />

Encontro<br />

reuniu mais <strong>de</strong><br />

200 mulheres<br />

cooperativistas<br />

João Barcarol e Willian<br />

Sehaber, <strong>de</strong> Luiziana (PR)<br />

JOVENS LÍDERES<br />

Curso formou 26ª<br />

turma <strong>de</strong> lí<strong>de</strong>res<br />

no campo<br />

DUPLA APTIDÃO<br />

Integração entre a produção <strong>de</strong> grãos e a pecuária é opção para melhorar o sistema.<br />

Prática proporciona mais rentabilida<strong>de</strong> e sustentabilida<strong>de</strong> nas proprieda<strong>de</strong>s rurais


expediente<br />

Órgão <strong>de</strong> divulgação da <strong>Coamo</strong><br />

ano 48 | edição 527 | agosto <strong>de</strong> <strong>2022</strong><br />

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO COAMO<br />

Ilivaldo Duarte <strong>de</strong> Campos, Wilson Bibiano Lima, Ana Paula Bento Pelissari Smith,<br />

Antonio Marcio dos Santos, Ruthielle Borsuk da Silva, Raquel Sumie Eishima,<br />

Aline Aristi<strong>de</strong>s Bazán, Marcos Gabriel Batista dos Santos e Kamilly Santana<br />

Cazotto.<br />

Contato: (44) 3599-8129 - comunicacao@coamo.com.br<br />

Jornalista responsável e Editor: Ilivaldo Duarte <strong>de</strong> Campos<br />

Reportagens e fotos: Antonio Marcio dos Santos, Wilson Bibiano Lima, Ana<br />

Paula Bento Pelissari Smith, Ruthielle Borsuk da Silva e Ilivaldo Duarte <strong>de</strong> Campos<br />

Edição <strong>de</strong> fotografia: Antonio Marcio dos Santos e Wilson Bibiano Lima<br />

Contato publicitário: Agromídia Desenvolvimento <strong>de</strong> Negócios Publicitários<br />

Contato: (11) 5092-3305<br />

Contato publicitário: Guerreiro Agromarketing Contato: (44) 3026-4457<br />

Acompanhe a <strong>Coamo</strong> pelas re<strong>de</strong>s sociais<br />

É permitida a reprodução <strong>de</strong> matérias, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que citada a fonte. Os artigos assinados ou cita-dos<br />

não exprimem, necessariamente, a opinião da <strong>Revista</strong> <strong>Coamo</strong>.<br />

COAMO AGROINDUSTRIAL COOPERATIVA<br />

SEDE: Rua Fioravante João Ferri, 99 - Jardim Alvorada. CEP 87308-445. Campo Mourão - Paraná - Brasil. Telefone (44) 3599.8000 - Caixa Postal, 460 - www.coamo.com.br<br />

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO: Presi<strong>de</strong>nte: Engenheiro Agrônomo, José Aroldo Gallassini. MEMBROS VOGAIS: Claudio Francisco Bianchi Rizzatto, Ricardo Accioly Cal<strong>de</strong>rari,<br />

Joaquim Peres Montans, Anselmo Coutinho Machado, Emilio Magne Guerreiro Júnior, Wilson Pereira <strong>de</strong> Godoy, Rogério <strong>de</strong> Mello Barth e Adriano Bartchechen.<br />

CONSELHO FISCAL: Jonathan Henrique Welz Negri, Igor Eduardo <strong>de</strong> Mello Schreiner e Pedro Augusto Brunetta Borgo (Membros Efetivos). Angelo Mauro Zanin, Danilo Henrique<br />

Rosolem e Cláudio Fulaneto Junior (Membros Suplentes).<br />

DIRETORIA EXECUTIVA: Presi<strong>de</strong>nte Executivo: Airton Galinari. Diretor Administrativo e Financeiro: Antonio Sérgio Gabriel. Diretor Comercial: Rogério Trannin <strong>de</strong> Mello.<br />

Diretor Industrial: Divaldo Corrêa. Diretor <strong>de</strong> Logística e Operações: E<strong>de</strong>nilson Carlos <strong>de</strong> Oliveira. Diretor <strong>de</strong> Suprimentos e Assistência Técnica: Aquiles <strong>de</strong> Oliveira Dias.<br />

Extensão Territorial: 4,5 milhões <strong>de</strong> hectares. Capacida<strong>de</strong> Global <strong>de</strong> Armazenagem: 6,59 milhões <strong>de</strong> toneladas. Receita Global <strong>de</strong> 2021: R$ 24,666 bilhões.<br />

Sobras liquidas: R$ 1,835 bilhão. Tributos e taxas gerados e recolhidos em 2021: R$ 534,940 milhões. Cooperados: mais <strong>de</strong> 30 mil. Municípios presentes: 74. Unida<strong>de</strong>s: 111.<br />

agosto/<strong>2022</strong> revista<br />

3


sumário<br />

??<br />

P R O G R A M A<br />

A G R E G A<br />

B A S F ////////<br />

R E L A C I O N A M E N T O<br />

Com Agrega<br />

o agricultor acumula<br />

pontos a cada compra<br />

<strong>de</strong> produtos BASF,<br />

e po<strong>de</strong> trocar por<br />

produtos e serviços!<br />

Não <strong>de</strong>ixe <strong>de</strong> se cadastrar<br />

no Agrega e pontuar nos<br />

produtos* BASF que você<br />

adquiriu para a Safra 22/23!<br />

*Consultar o site www.agrega.basf.com.br<br />

para conferir o regulamento do programa e<br />

produtos elegíveis.<br />

????????<br />

????????????????????????????<br />

4 revista<br />

agosto/<strong>2022</strong>


índice<br />

Entrevista<br />

10<br />

Mariely Biff, consultora e palestrante em sucessão familiar no agro, é a entrevistada do mês. Para ela,<br />

sucessão não é substituição. É continuida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um legado construído com muito esforço e <strong>de</strong>dicação<br />

Integração do Sistema<br />

14<br />

Criação <strong>de</strong> gado e cultivo <strong>de</strong> lavouras na mesma área ajudam a manter o sistema mais produtivo<br />

e rentável. Cooperados investem na tecnologia como opção <strong>de</strong> diversificação <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s<br />

Safra <strong>de</strong> Verão<br />

22<br />

A instalação da lavoura requer um planejamento a<strong>de</strong>quado e a gerência <strong>de</strong> Sementes da <strong>Coamo</strong><br />

apresenta recomendações que <strong>de</strong>vem ser levadas em consi<strong>de</strong>ração para uma boa semeadura<br />

Novo Aplicativo<br />

Foi lançado o novo aplicativo da Credicoamo. A plataforma está disponível no Google Play e App<br />

Store. Ferramenta nasceu mo<strong>de</strong>rna, completa e terá atualizações constantes para os associados<br />

36<br />

44<br />

Sucessão no campo<br />

A <strong>Coamo</strong> formou mais uma turma <strong>de</strong> Jovens Lí<strong>de</strong>res Cooperativistas. A 26ª<br />

edição contou com a participação <strong>de</strong> cooperados do Paraná e Santa Catarina.<br />

Foram cinco meses <strong>de</strong> curso e mais <strong>de</strong> 144 horas <strong>de</strong> aprendizado em sete<br />

módulos, com ênfase em gestão e empreen<strong>de</strong>dorismo<br />

Família cooperativista<br />

46<br />

A <strong>Coamo</strong> realizou o Encontro da Família Cooperativista <strong>de</strong> Mangueirinha (PR). Mais <strong>de</strong> 200 mulheres<br />

participaram do evento que, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2010, traz temas atuais e motivacionais às participantes<br />

agosto/<strong>2022</strong> revista<br />

5


PENSE SUAS SEMENTES SOB<br />

UMA NOVA PERSPECTIVA.<br />

ihara.com.br<br />

CERTEZA N, o novo tratamento <strong>de</strong> sementes<br />

da IHARA que controla DOENÇAS <strong>de</strong> solo<br />

e NEMATOIDES em um só produto.<br />

Melhor a<strong>de</strong>rência à semente<br />

Tecnologia UHPS<br />

Proteção completa<br />

Doenças <strong>de</strong> solo e nematoi<strong>de</strong>s<br />

Inovação<br />

Modo <strong>de</strong> ação inédito<br />

contra nematoi<strong>de</strong>s<br />

USE O LEITOR DE QR CODE DO SEU CELULAR<br />

UMA NOVA PERSPECTIVA PARA<br />

CUIDAR DE SUAS SEMENTES!<br />

SAIBA MAIS SOBRE O CERTEZA N.<br />

ATENÇÃO<br />

ESTE PRODUTO É PERIGOSO À SAÚDE HUMANA, ANIMAL E AO MEIO<br />

AMBIENTE; USO AGRÍCOLA; VENDA SOB RECEITUÁRIO AGRONÔMICO;<br />

CONSULTE SEMPRE UM AGRÔNOMO; INFORME-SE E REALIZE O MANEJO INTEGRADO DE<br />

PRAGAS; DESCARTE CORRETAMENTE AS EMBALAGENS E OS RESTOS DOS PRODUTOS;<br />

LEIA ATENTAMENTE E SIGA AS INSTRUÇÕES CONTIDAS NO RÓTULO, NA BULA E NA RECEITA;<br />

E UTILIZE OS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL.<br />

Certeza N


governança<br />

Quando o conhecimento faz a diferença<br />

A<br />

equida<strong>de</strong>, respeito e a<br />

valorização do ser humano<br />

estão presentes nos<br />

Valores da <strong>Coamo</strong> e fazem parte<br />

das Diretrizes Corporativas. Acreditamos<br />

nas pessoas e buscamos<br />

contribuir para o seu crescimento.<br />

Investimos no <strong>de</strong>senvolvimento<br />

pessoal e profissional, e na família.<br />

Desta forma, promovemos iniciativas<br />

que alcançam os cooperados,<br />

suas famílias e os funcionários.<br />

Por isso é que antes<br />

mesmo da fundação da <strong>Coamo</strong>,<br />

sempre promovi reuniões para<br />

difundir o cooperativismo e sua<br />

importância aos produtores.<br />

Com o surgimento da cooperativa<br />

foram inúmeros os eventos<br />

promovidos nessas mais <strong>de</strong> cinco<br />

décadas para aproximar e fortalecer<br />

a educação e <strong>de</strong>senvolver<br />

a <strong>Coamo</strong> e o cooperativismo.<br />

Uma <strong>de</strong>ssas iniciativas<br />

começou em 1998 com a primeira<br />

turma do curso <strong>de</strong> formação<br />

<strong>de</strong> jovens lí<strong>de</strong>res cooperativistas.<br />

O pensamento era bem simples,<br />

alcançar jovens cooperados que<br />

já faziam parte da cooperativa.<br />

Com o apoio do Sescoop/<br />

PR, o curso virou um programa<br />

bem-sucedido e já graduou 26<br />

turmas <strong>de</strong> 1998 até este ano, com<br />

a formação <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> mil jovens<br />

cooperados em toda a nossa área<br />

<strong>de</strong> ação. Já contabilizamos muitas<br />

famílias que tiveram pais e filhos<br />

formandos neste programa premiado<br />

em 1994 pela OCB/<strong>Revista</strong><br />

Globo Rural como <strong>de</strong>staque<br />

na educação cooperativista, que<br />

apresenta resultados positivos<br />

como instrumento eficaz na evolução<br />

e sucessão dos negócios<br />

nas proprieda<strong>de</strong>s.<br />

O conhecimento repassado<br />

pelos professores e instituições<br />

renomadas ensina aos<br />

jovens serem mais responsáveis<br />

com a implantação <strong>de</strong> um novo<br />

mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> administração, <strong>de</strong><br />

forma mais profissional. Assim<br />

como a melhoria da gestão dos<br />

negócios, on<strong>de</strong> eles já estão à<br />

frente <strong>de</strong> modo individual ou em<br />

parceria com pais e familiares.<br />

Muitas foram as transformações<br />

nesses 25 anos. Os <strong>de</strong>poimentos<br />

dos jovens formandos consolidam<br />

o sucesso <strong>de</strong>ste programa.<br />

Eles recebem novas informações,<br />

mas valorizam suas origens e as lições<br />

aprendidas em família.<br />

O conhecimento faz a<br />

diferença e po<strong>de</strong> ser partilhado<br />

para muitos. Com este pensamento,<br />

os jovens estão com uma<br />

gran<strong>de</strong> vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> crescer e<br />

prosperar, e vão construindo bonitas<br />

histórias com respeito aos<br />

seus pais, com os pés no chão e a<br />

visão no futuro. Eles aprimoram a<br />

administração no presente, mas<br />

sabem que são os sucessores<br />

nos negócios familiares, e <strong>de</strong>vem<br />

ter foco no planejamento e no<br />

gerenciamento para o sucesso<br />

dos seus empreendimentos.<br />

Como a <strong>Coamo</strong> não foi<br />

feita para uma ou duas gerações,<br />

e não <strong>de</strong>ve ficar velha, valorizamos<br />

a educação e a família cooperativista<br />

para alcançar a todos.<br />

“Os jovens estão sendo<br />

mais responsáveis com<br />

um novo mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />

administração, <strong>de</strong> forma<br />

mais profissional.”<br />

Recentemente, criamos a revistinha<br />

“<strong>Coamo</strong> Kids”, voltada para<br />

mostrar o cooperativismo e <strong>de</strong>spertar<br />

nas crianças o interesse<br />

pelo sistema e a cooperação, e o<br />

“FuturoCoop”, que reúne adolescentes<br />

<strong>de</strong> 13 a 17 anos. São iniciativas<br />

que vem recebendo elogios<br />

com gran<strong>de</strong> interesse e repercussão,<br />

e mostram que estamos no<br />

caminho certo levando o conhecimento<br />

e promovendo o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

técnico, educacional e<br />

social da família cooperativista.<br />

JOSÉ AROLDO GALLASSINI,<br />

Presi<strong>de</strong>nte dos Conselhos <strong>de</strong> Administração <strong>Coamo</strong> e Credicoamo<br />

agosto/<strong>2022</strong> revista<br />

7


gestão<br />

Logística eficiente para uma safra recor<strong>de</strong><br />

Trabalhamos para ser a melhor opção <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />

dos cooperados por meio <strong>de</strong><br />

uma equipe comprometida e profissional aliada<br />

a uma eficiente estrutura, que muitas vezes não é<br />

conhecida e percebida pelos associados da <strong>Coamo</strong>.<br />

A Companhia Nacional <strong>de</strong> Abastecimento (Conab)<br />

aponta para uma produção brasileira da safra <strong>de</strong><br />

grãos safra 2021/<strong>2022</strong> com volume superior a 271<br />

milhões <strong>de</strong> toneladas <strong>de</strong> grãos, 6,2% maior que o da<br />

safra anterior. No caso do milho, a colheita <strong>de</strong>verá<br />

ser <strong>de</strong> 114,7 milhões <strong>de</strong> toneladas, com uma produção<br />

31% maior que a da safra passada.<br />

Na área da <strong>Coamo</strong>, estamos na reta final da<br />

colheita <strong>de</strong> milho segunda safra, cuja produção irá<br />

estabelecer um novo recor<strong>de</strong> na história da cooperativa,<br />

com volume superior a 54 milhões <strong>de</strong> sacas e<br />

15% a mais que a safra do cereal recebida há dois<br />

anos nos armazéns da cooperativa.<br />

Graças a Deus, estamos registrando uma<br />

produção com boa qualida<strong>de</strong> e produtivida<strong>de</strong>s,<br />

sem contratempos climáticos que pu<strong>de</strong>ssem afetar<br />

os grãos, e mesmo com o evento da cigarrinha, o<br />

resultado é <strong>de</strong> uma safra expressiva.<br />

Com volumes nunca recebidos antes na história<br />

da <strong>Coamo</strong>, foi preciso uma estrutura eficiente <strong>de</strong> logística<br />

e operações para aten<strong>de</strong>r esta gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>manda<br />

dos cooperados. Tudo está transcorrendo <strong>de</strong>ntro<br />

do planejamento e do padrão <strong>Coamo</strong> <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>,<br />

com boa produção e uma sinergia que envolve a equipe<br />

<strong>de</strong> profissionais da cooperativa e os associados.<br />

Mas, na prática nem tudo é simples, pois<br />

para cumprir a missão <strong>de</strong> um recebimento <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong><br />

e agilida<strong>de</strong>, é necessário um forte planejamento<br />

e trabalho <strong>de</strong> logística, estar <strong>de</strong> olho no clima,<br />

acompanhar o <strong>de</strong>senvolvimento das lavouras e<br />

a colheita da produção.<br />

Para que tenhamos uma excelente recepção<br />

da safra, o nosso trabalho começa bem antes do<br />

plantio. Com o apoio <strong>de</strong> uma eficiente estrutura da<br />

área <strong>de</strong> Suprimentos e Assistência Técnica foi possível<br />

acompanhar o mercado, e neste ano, antecipamos<br />

a aquisição dos produtos junto aos parceiros<br />

"Registrando uma produção com<br />

boa qualida<strong>de</strong> e produtivida<strong>de</strong>s,<br />

sem contratempos climáticos.<br />

O resultado é <strong>de</strong> uma safra<br />

expressiva.”<br />

fornecedores em face dos graves problemas <strong>de</strong> fornecimento<br />

<strong>de</strong> insumos provocados pela guerra da<br />

Ucrânia, para cumprir a nossa missão <strong>de</strong> gerar renda<br />

aos cooperados com <strong>de</strong>senvolvimento sustentável.<br />

Promovemos um forte trabalho <strong>de</strong> logística<br />

para garantir o transporte dos insumos até os nossos<br />

armazéns, e os produtores possam retirar no momento<br />

oportuno para implantar a nova safra. Desta forma,<br />

avaliamos que o trabalho foi muito intenso e realizado<br />

com eficiência para tranquilida<strong>de</strong> dos cooperados.<br />

Como resultado <strong>de</strong>sta atuação da <strong>Coamo</strong><br />

está o fornecimento dos insumos com segurança e<br />

qualida<strong>de</strong> para os nossos mais <strong>de</strong> 30 mil associados,<br />

que, sozinhos, dificilmente conseguiriam ter acesso<br />

a estes benefícios, que só tem sido possível nesses<br />

anos todos pela estrutura e apoio da cooperativa.<br />

AIRTON GALINARI<br />

Presi<strong>de</strong>nte Executivo da <strong>Coamo</strong><br />

agosto/<strong>2022</strong> revista<br />

9


entrevista<br />

MARIELY BIFF<br />

Consultora e palestrante em sucessão familiar no agro<br />

“Sucessão não é substituição. É continuida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um<br />

legado construído com muito esforço e <strong>de</strong>dicação”<br />

“ Toda empresa familiar que <strong>Revista</strong> <strong>Coamo</strong>: As mulheres estão<br />

mais ávidas por apren<strong>de</strong>r e<br />

<strong>de</strong>sejar perpetuar seu legado<br />

por gerações, <strong>de</strong>ve ampliar o conhecimento?<br />

iniciar o mais breve possível o Mariely: Com certeza! Mais<br />

processo <strong>de</strong> profissionalização da<br />

empresa, e, junto <strong>de</strong>le, o planejamento<br />

sucessório.” A frase é <strong>de</strong><br />

Mariely Biff, consultora e palestrante<br />

em sucessão familiar no agro.<br />

Segundo ela, antigamente, muitos<br />

her<strong>de</strong>iros se tornavam sucessores<br />

por necessida<strong>de</strong> ou por obrigação<br />

e poucos tinham possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

estudar e trabalhar fora do negócio<br />

da família. “Com o passar dos<br />

anos, por meio do avanço da tecnologia<br />

porteira a<strong>de</strong>ntro, da melhoria<br />

<strong>de</strong> acesso às proprieda<strong>de</strong>s<br />

e da possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> comandar o<br />

negócio remotamente, percebe-<br />

-se um aumento significativo <strong>de</strong><br />

jovens que <strong>de</strong>sejam continuar os<br />

negócios, inclusive porque muitos<br />

pais batalharam para que os filhos<br />

estudassem e adquirissem bagagem<br />

técnica, fazendo com que<br />

hoje eles possam voltar à proprieda<strong>de</strong><br />

e aplicar os aprendizados.<br />

Assumir a responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ser<br />

ávidas e permeadas <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s<br />

por meio <strong>de</strong> muitos<br />

movimentos que vêm sendo<br />

criados ao longo dos anos, tanto<br />

partindo das próprias mulheres,<br />

que constituem grupos e projetos,<br />

como também por meio <strong>de</strong><br />

iniciativas a exemplo do projeto<br />

Mulheres que Semeiam, da <strong>Coamo</strong>,<br />

permitindo a expansão <strong>de</strong><br />

li<strong>de</strong>ranças femininas e fazendo<br />

com que elas tenham possibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> ter suas vozes ecoadas,<br />

transformando a realida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro<br />

do círculo familiar e na socieda<strong>de</strong>.<br />

O agronegócio precisa<br />

<strong>de</strong> homens e mulheres capazes.<br />

Pessoas com se<strong>de</strong> <strong>de</strong> mudança<br />

e transformação. E os diferentes<br />

papéis que cada um po<strong>de</strong> ocupar<br />

<strong>de</strong>ntro e fora da porteira, tornam<br />

o setor mais rico, forte e pujante.<br />

Sempre haverá lugar para<br />

a competência, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />

<strong>de</strong> gênero.<br />

sucessor não é tarefa fácil. Exige<br />

preparo, resiliência para lidar com<br />

as diferenças <strong>de</strong> gerações”, diz.<br />

RC: A <strong>Coamo</strong> lançou o programa<br />

“Mulheres que semeiam”.<br />

Qual sua avaliação preliminar?<br />

Mariely: O projeto é uma excelente<br />

iniciativa da cooperativa,<br />

pois visa a transformação das mulheres<br />

por meio do conhecimento.<br />

Houve troca <strong>de</strong> informações,<br />

permitindo que as cooperadas<br />

pu<strong>de</strong>ssem compartilhar suas<br />

vivências e apren<strong>de</strong>r <strong>de</strong> forma<br />

prática com dicas e ferramentas<br />

aplicáveis ao negócio <strong>de</strong> imediato.<br />

Trabalhamos temas técnicos<br />

aliados à prática em assuntos<br />

sobre sucessão, governança e<br />

gestão, além <strong>de</strong> fomentar o autoconhecimento<br />

para auxiliar na<br />

tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão e melhorar o<br />

posicionamento.<br />

RC: A sucessão é um tema <strong>de</strong>safiante.<br />

Quais as orientações para<br />

quem necessita passar por este<br />

processo?<br />

Mariely: Toda empresa familiar<br />

que <strong>de</strong>sejar perpetuar seu legado<br />

por gerações, <strong>de</strong>ve iniciar o<br />

mais breve possível o processo<br />

<strong>de</strong> profissionalização da empresa,<br />

e, junto <strong>de</strong>le, o planejamento<br />

sucessório. Se pensarmos<br />

nas proprieda<strong>de</strong>s rurais, on<strong>de</strong><br />

a maioria esmagadora é com-<br />

10 revista<br />

agosto/<strong>2022</strong>


posta por famílias que estão no<br />

comando dos negócios, algumas<br />

dicas po<strong>de</strong>m colaborar para<br />

que o processo ocorra <strong>de</strong> forma<br />

mais harmoniosa, como a busca<br />

por informações acerca do assunto<br />

traz compreensão sobre<br />

o processo e colabora para a<br />

conscientização da necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> iniciá-lo. Também conhecer<br />

outras famílias e negócios que<br />

estão passando, ou já passaram,<br />

pela sucessão, para ter referência<br />

e enxergar que existem <strong>de</strong>safios<br />

fora do seu negócio e círculo familiar.<br />

Vale ressaltar que há uma<br />

gran<strong>de</strong> diferença entre senso<br />

<strong>de</strong> semelhança e comparação.<br />

É saudável buscar semelhanças.<br />

Elas ajudam no direcionamento<br />

do processo. O que não se <strong>de</strong>ve<br />

fazer, é comparar. Sua família e<br />

a sua empresa não possuem a<br />

mesma dinâmica que as <strong>de</strong>mais,<br />

os valores po<strong>de</strong>m ser diferentes,<br />

fundadores são distintos, bem<br />

como pessoas e suas personalida<strong>de</strong>s.<br />

Cada um tomou <strong>de</strong>cisões<br />

diferentes, teve oportunida<strong>de</strong>s<br />

diferentes, então não há espaço<br />

para comparações. Importante<br />

olhar com carinho para a realida<strong>de</strong><br />

do negócio e a individualida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> cada membro da família.<br />

Listar pontos que necessitam<br />

evolução e contemplar o crescimento<br />

e amadurecimento que já<br />

ocorreu, colaboram para que o<br />

processo <strong>de</strong> sucessão não seja<br />

pesado.<br />

Mariely Biff é natural do Paraná, filha e neta <strong>de</strong> produtores rurais, e resi<strong>de</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1996 no<br />

Mato Grosso. Mestranda em Gestão Estratégica <strong>de</strong> Empresas Familiares Unini/Porto Rico, MBA<br />

em Agronegócios – Esalq/USP, Pós-graduada em Gestão Empresarial - Uned e Graduada em<br />

Administração com habilitação em Agronegócios - Uned. Consultora e palestrante em Sucessão<br />

Familiar Agro há mais <strong>de</strong> <strong>de</strong>z anos, aten<strong>de</strong> produtores rurais e empresas do setor em todo país.<br />

Protagonista dos comerciais “Minuto Agro” da Caixa, exibidos em re<strong>de</strong> nacional pelo SBT.<br />

RC: Quanto ao planejamento,<br />

transferência <strong>de</strong> gestão e a preparação<br />

das pessoas?<br />

Mariely: Se a família tem um<br />

bom alinhamento, é interessante<br />

agosto/<strong>2022</strong> revista 11


entrevista<br />

"SUCESSÃO É UM PROCESSO. PROFISSIONALIZAR E IMPLANTAR<br />

GOVERNANÇA TAMBÉM É UM PROCESSO. RESPEITE OS SEUS PROCESSOS."<br />

começar a pensar em mudanças<br />

possíveis nos três círculos – família,<br />

proprieda<strong>de</strong> e gestão – e<br />

que no primeiro momento, não<br />

tenha <strong>de</strong>pendência externa.<br />

Esta primeira movimentação colabora<br />

para aumentar o vínculo<br />

e o senso <strong>de</strong> pertencimento, e<br />

amadurece os envolvidos para<br />

as próximas etapas, que necessitam<br />

<strong>de</strong> técnica e execução<br />

por meio <strong>de</strong> auxílio profissional.<br />

Como dica, planeje a transferência<br />

da gestão para que seja da<br />

maneira mais harmoniosa possível.<br />

Envolva as pessoas e <strong>de</strong>pois,<br />

gradativamente dê a elas oportunida<strong>de</strong><br />

para tomarem <strong>de</strong>cisões.<br />

Comece com questões <strong>de</strong><br />

menor impacto, e nas situações<br />

mais arriscadas, você até po<strong>de</strong><br />

perguntar o que po<strong>de</strong>ria ser<br />

feito se o sucessor precisasse<br />

<strong>de</strong>cidir. Assim, fará com que ele<br />

vivencie os momentos da tomada<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão sem ter a responsabilida<strong>de</strong><br />

imediata <strong>de</strong> acertar e<br />

junto disso, estimula a preparação<br />

para quando este momento<br />

realmente chegar. Mas, prepare<br />

pessoas, pois ninguém amadurece<br />

<strong>de</strong> imediato. O preparo é<br />

algo que exige esforço, vivência,<br />

tempo, fracassos. Ainda assim,<br />

ninguém está 100% preparado<br />

para nada nesta vida. Sempre<br />

temos algo a apren<strong>de</strong>r. Sempre<br />

temos algo a modificar na nossa<br />

forma <strong>de</strong> trabalho. O mais<br />

importante nesta jornada, é<br />

que o futuro gestor tenha amor<br />

pelo que faz, que <strong>de</strong>seje ver o<br />

negócio perpetuar, e que tenha<br />

humilda<strong>de</strong> para apren<strong>de</strong>r com<br />

quem tem mais experiência,<br />

sem <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> inovar e acompanhar<br />

as tendências do mercado,<br />

algo que é extremamente importante<br />

para esta geração <strong>de</strong><br />

sucessores. Nós só transformamos<br />

o nosso negócio por meio<br />

da transformação das pessoas.<br />

É necessário que profissionalize<br />

o negócio melhorando a tomada<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão e a comunicação<br />

em todos os ambientes, aperfeiçoando<br />

a gestão, inserindo o<br />

hábito <strong>de</strong> ter uma prestação <strong>de</strong><br />

contas transparente e acessível<br />

aos familiares e sócios, criando<br />

normas, regras e protocolos<br />

para que sirvam <strong>de</strong> orientação<br />

tanto para os atuais colaboradores,<br />

quanto para as gerações<br />

futuras.<br />

RC: Por que você diz que sucessão<br />

não é substituição?<br />

Mariely: Sim, sucessão não é<br />

substituição, mas é continuida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> um legado construído com<br />

muito esforço e <strong>de</strong>dicação. Portanto,<br />

meu <strong>de</strong>sejo é que todos<br />

os sucessores tenham a oportunida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> experimentar momentos<br />

valiosos <strong>de</strong> troca com a geração<br />

mais experiente e possam<br />

caminhar lado a lado por muito<br />

tempo, cada qual com suas contribuições<br />

distintas fazendo o negócio<br />

prosperar.<br />

Mariely Biff no programa Mulheres que Semeiam, promovido pela <strong>Coamo</strong> em Campo Mourão<br />

RC: A prática da sucessão se tornou<br />

mais profissional?<br />

Mariely: O campo mudou muito.<br />

Antigamente, muitos her<strong>de</strong>iros<br />

se tornavam sucessores por<br />

necessida<strong>de</strong> ou por obrigação.<br />

Poucos tinham possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

estudar e trabalhar fora do negócio<br />

da família. Com o passar<br />

12 revista<br />

agosto/<strong>2022</strong>


dos anos, por meio do avanço da<br />

tecnologia porteira a<strong>de</strong>ntro, da<br />

melhoria <strong>de</strong> acesso às proprieda<strong>de</strong>s<br />

e da possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> comandar<br />

o negócio remotamente,<br />

percebe-se um aumento significativo<br />

<strong>de</strong> jovens que <strong>de</strong>sejam<br />

continuar os negócios, inclusive<br />

porque muitos pais batalharam<br />

para que os filhos estudassem e<br />

adquirissem bagagem técnica,<br />

fazendo com que hoje eles possam<br />

voltar à proprieda<strong>de</strong> e aplicar<br />

o aprendizado. Assumir a responsabilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> ser sucessor<br />

não é tarefa fácil. Exige preparo,<br />

resiliência para lidar com as diferenças<br />

<strong>de</strong> gerações, além <strong>de</strong> maturida<strong>de</strong><br />

para pensar no negócio<br />

<strong>de</strong>ixando <strong>de</strong> lado suas preferências,<br />

para pensar no crescimento<br />

e favorecimento coletivo.<br />

RC: Qual a maior dificulda<strong>de</strong> na<br />

escolha do sucessor?<br />

Marilely: A maior é que a “escolha”<br />

do sucessor, não parte apenas<br />

da análise das habilida<strong>de</strong>s<br />

para a condução do negócio. É<br />

preciso muito mais do que isso.<br />

Deve haver vonta<strong>de</strong>. Se o negócio<br />

tiver um sucessor sem perfil,<br />

mas com vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r e<br />

continuar o negócio, é treinável.<br />

Agora, se um sucessor que aten<strong>de</strong><br />

todas as <strong>de</strong>mandas para o<br />

processo não quiser fazer parte,<br />

e por algum motivo for forçado<br />

ou persuadido a ocupar o cargo,<br />

há gran<strong>de</strong> possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste<br />

negócio não prosperar.<br />

RC: Então, quais os <strong>de</strong>safios para<br />

implantação da sucessão e governança<br />

familiar?<br />

Mariely: Existem fatores que<br />

comprometem o início do planejamento<br />

sucessório e tornam a<br />

transferência da gestão morosa.<br />

Dentre eles, po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>stacar,<br />

fatores culturais: estão diretamente<br />

ligados ao tradicionalismo<br />

e ao autoritarismo, gerando<br />

resistência pela busca <strong>de</strong> conhecimento,<br />

inclusão <strong>de</strong> outras<br />

pessoas na gestão e inserção <strong>de</strong><br />

tecnologia; fatores emocionais:<br />

"O agronegócio precisa<br />

<strong>de</strong> homens e mulheres<br />

capazes. Pessoas com<br />

se<strong>de</strong> <strong>de</strong> mudança<br />

e transformação.<br />

Sempre haverá lugar<br />

para a competência,<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong><br />

gênero."<br />

on<strong>de</strong> o titular se sente ameaçado<br />

e com medo <strong>de</strong> per<strong>de</strong>r o po<strong>de</strong>r e<br />

a utilida<strong>de</strong>; confiança: as relações<br />

<strong>de</strong> confiança entre os familiares,<br />

principalmente entre o titular e<br />

sucessor, afetam todo o processo<br />

<strong>de</strong> transferência da gestão. Aos<br />

aspectos relacionados à confiança,<br />

po<strong>de</strong>mos observar a falta <strong>de</strong><br />

confiança do titular no sucessor e<br />

a do sucessor em si, porque em<br />

muitos momentos não se sente<br />

capaz para assumir os <strong>de</strong>safios.<br />

Recursos: Medo do negócio não<br />

se perpetuar, <strong>de</strong> que o sucessor<br />

não consiga prover o sustento<br />

dos familiares e <strong>de</strong> não ter um final<br />

<strong>de</strong> vida digno, dispondo dos<br />

recursos necessários.<br />

RC: O que fazer para a continuida<strong>de</strong><br />

dos negócios em harmonia<br />

após o processo sucessório?<br />

Mariely: Organizar e profissionalizar<br />

família e empresa, e implantar<br />

regras antes que sejam<br />

necessárias, é uma boa forma <strong>de</strong><br />

colaborar para a continuida<strong>de</strong><br />

dos negócios. É importante que<br />

a família entenda a necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> capacitação contínua mesmo<br />

após o processo implantado.<br />

Nada é imutável, nem as regras.<br />

Tudo se constrói <strong>de</strong> acordo com<br />

o atual mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> negócio e a<br />

dinâmica da família, mas sabemos<br />

da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> revisão<br />

periódica dos processos, regras<br />

e métodos, pois pessoas entram<br />

e saem das famílias, as priorida<strong>de</strong>s<br />

mudam, as coisas mudam<br />

muito rápido, e para que possamos<br />

nos manter competitivos no<br />

mercado, é totalmente relevante<br />

estar em constante aprendizado.<br />

Será preciso cada vez mais capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> adaptação para que as<br />

empresas familiares possam se<br />

manter ativas no mercado afim<br />

<strong>de</strong> perpetuarem o legado para<br />

as próximas gerações. Sucessão<br />

é um processo. Profissionalizar e<br />

implantar governança também<br />

é um processo. Respeite os seus<br />

processos!<br />

agosto/<strong>2022</strong> revista 13


sistema integrado<br />

João Soares Barcarol e o genro Willian<br />

Ferreira Sehaber, cooperados em Luiziana (PR)<br />

14 revista<br />

agosto/<strong>2022</strong>


No caminho da<br />

sustentabilida<strong>de</strong><br />

Criação <strong>de</strong> gado e lavouras na mesma área ajudam<br />

a manter o sistema mais produtivo e rentável<br />

Defensor <strong>de</strong> uma agropecuária<br />

sustentável e rentável,<br />

João Soares Barcarol<br />

e o genro Willian Ferreira Sehaber,<br />

cooperados em Luiziana<br />

(Centro-Oeste do Paraná), se utilizam<br />

dos benefícios <strong>de</strong> colher na<br />

mesma área grãos e boi gordo.<br />

O sistema que integra a lavoura<br />

com a pecuária já vem sendo<br />

adotado há alguns anos. Com a<br />

prática, além <strong>de</strong> elevar o número<br />

<strong>de</strong> animais na área, há uma melhora<br />

no <strong>de</strong>sempenho do rebanho,<br />

já que a pastagem fica mais<br />

nutritiva, pois aproveita todo nutriente<br />

<strong>de</strong>ixado pela agricultura.<br />

Barcarol explica que a<br />

integração surgiu com a necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> alimentar os bovinos<br />

durante o período mais frio do<br />

ano. Com o sistema, ele consegue<br />

integrar a produção das<br />

áreas e observa que a prática<br />

ajudou a melhorar o sistema produtivo.<br />

No caso dos animais, há<br />

agosto/<strong>2022</strong> revista 15


sistema integrado<br />

João Barcarol, Willian Sehaber e o médico veterinário Fabiano Camargo. Sistema possibilita integrar a produção <strong>de</strong> grãos e criação <strong>de</strong> gado numa mesma área<br />

um ganho <strong>de</strong> peso, e fertilida<strong>de</strong><br />

nas vacas. Na proprieda<strong>de</strong> é <strong>de</strong>senvolvido<br />

o processo <strong>de</strong> cria.<br />

“O inverno é um período em que<br />

a alimentação fica mais escassa,<br />

po<strong>de</strong>ndo até faltar pasto para o<br />

gado que fica fraco, causando<br />

prejuízo. Temos que nos prevenir<br />

e a melhor opção é cultivar aveia<br />

para alimentação dos animais.”<br />

Neste ano, foram cultivados<br />

cerca <strong>de</strong> 80 alqueires <strong>de</strong><br />

aveia <strong>de</strong>stinados para abrigar os<br />

animais. Já a área <strong>de</strong> pastagem<br />

perene é <strong>de</strong> 280 alqueires e receberá<br />

os animais <strong>de</strong>pois que<br />

<strong>de</strong>socuparem o local com aveia<br />

para o plantio da soja. Em toda<br />

proprieda<strong>de</strong> serão cultivados um<br />

total <strong>de</strong> 300 alqueires <strong>de</strong> soja.<br />

Willian observa que o<br />

mo<strong>de</strong>lo adotado na proprieda<strong>de</strong><br />

é benéfico para todo o sistema.<br />

“Fazemos esse rodízio no inverno,<br />

com o gado sendo alimentado<br />

na aveia e nas <strong>de</strong>mais áreas<br />

temos a rotação com o trigo e<br />

mais aveia para cobertura do<br />

solo, que servirá <strong>de</strong> suplementação<br />

na alimentação dos animais.<br />

Essa diversificação proporciona<br />

um sistema mais equilibrado. A<br />

rotação das plantas e a mudança<br />

<strong>de</strong> manejo trazem importantes<br />

benefícios. A integração entre<br />

lavoura e pecuária vem trazendo<br />

um bom resultado, já que o gado<br />

tem um ganho <strong>de</strong> peso nesse período<br />

e sem essa área <strong>de</strong> aveia,<br />

seria mais difícil manter essa<br />

quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> animais no inverno”,<br />

diz.<br />

Após retirar o gado, a<br />

área ficará em torno <strong>de</strong> 40 dias<br />

em pousio para <strong>de</strong>pois receber o<br />

manejo necessário e ser preparada<br />

para o plantio da soja, previsto<br />

para iniciar a partir da segunda<br />

quinzena <strong>de</strong> outubro. O médico<br />

veterinário Fabiano Camargo, da<br />

<strong>Coamo</strong>, explica que a integração<br />

lavoura pecuária é um sistema<br />

benéfico porque <strong>de</strong>ixa uma boa<br />

matéria orgânica na área, melhorando<br />

a parte biológica do solo e,<br />

também, a produção das lavouras<br />

<strong>de</strong> verão. “A integração beneficia<br />

a pecuária e a agricultura. No<br />

caso do gado, é uma opção para<br />

melhorar o <strong>de</strong>sempenho dos animais<br />

no inverno. Se ficassem somente<br />

na pastagem perene po<strong>de</strong>riam<br />

per<strong>de</strong>r peso”, comenta.<br />

16 revista<br />

agosto/<strong>2022</strong>


ANTONIO IRINEU TRENTIN, DE ITAPORÃ (MS), É PECUARISTA TRADICIONAL<br />

E ESTÁ INVESTINDO NA AGRICULTURA COMO FORMA DE INTEGRAÇÃO<br />

agosto/<strong>2022</strong> revista 17


sistema integrado<br />

Camargo explica que o gran<strong>de</strong><br />

problema para quem trabalha com a pecuária<br />

é o período do inverno. “Todo pecuarista<br />

tem a obrigação <strong>de</strong> se preparar<br />

para essa época, que é mais seca e, geralmente,<br />

falta pastagem para os animais.<br />

Isso faz com que o gado que engordou<br />

no verão perca peso, o ‘efeito sanfona’,<br />

como chamamos. O plantio <strong>de</strong> outra cultura,<br />

como a aveia e azevém, por exemplo,<br />

faz com que os animais não passem<br />

fome e continuem engordando”, observa.<br />

Na proprieda<strong>de</strong> do cooperado<br />

Antonio Irineu Trentin, em Itaporã (Mato<br />

Grosso do Sul), a integração lavoura-pecuária<br />

foi implantada há cerca <strong>de</strong> três<br />

anos e surgiu pela necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma<br />

nova opção <strong>de</strong> renda e melhoria no sistema<br />

<strong>de</strong> produção. A área fica na região<br />

do Carumbé e soma 160 hectares <strong>de</strong><br />

plantio <strong>de</strong> lavoura e 36 <strong>de</strong> pasto perene.<br />

Com a integração são criados cerca<br />

<strong>de</strong> 105 cabeças <strong>de</strong> gado da raça senepol.<br />

O cooperado está no Mato Grosso<br />

do Sul há 15 anos. Antes ele residia em<br />

Val Paraíso (SP), on<strong>de</strong> trabalhava com<br />

gado <strong>de</strong> leite.<br />

Até 2018 ele trabalhava exclusivamente<br />

com a pecuária e a conciliação<br />

entre as duas ativida<strong>de</strong>s está trazendo ganhos,<br />

não só na parte financeira, mas para<br />

o sistema <strong>de</strong> produção, que está mais<br />

equilibrado. “A agricultura que conhecia<br />

era o plantio <strong>de</strong> milho para a produção<br />

<strong>de</strong> silagem. Com a mudança, estamos<br />

plantando soja no verão e braquiária no<br />

inverno para pastagem <strong>de</strong> animais. As<br />

duas últimas safras <strong>de</strong> verão não foram<br />

boas <strong>de</strong>vido a falta <strong>de</strong> chuva e, por isso,<br />

ainda não conseguimos consolidar os dados<br />

<strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong>. Mas, acredito que<br />

teremos uma melhoria também na produção<br />

<strong>de</strong> soja, <strong>de</strong>vido aos investimentos<br />

realizados em adubação, tanto no inverno<br />

quanto no verão”, diz.<br />

Os animais que estão na área <strong>de</strong><br />

braquiária serão retirados em setembro<br />

para dar lugar a soja. O gado será levado<br />

para outro local com pastagem perene<br />

e receberão também alimentação suplementar<br />

com silagem. “Antes <strong>de</strong> fazer a<br />

integração, faltava alimento para o gado<br />

e agora estamos tendo até sobra <strong>de</strong> comida<br />

e os animais ganhando peso. Com<br />

o apoio da <strong>Coamo</strong> e da Credicoamo estamos<br />

realizando novos investimentos, para<br />

<strong>de</strong>ixar o sistema produtivo ainda mais<br />

sustentável”, observa Trentin.<br />

O engenheiro agrônomo Elvison<br />

Alves da Cruz, da <strong>Coamo</strong> em Itaporã,<br />

ressalta que para a integração lavoura<br />

pecuária é importante um bom planejamento.<br />

“É uma prática que visa além da<br />

rotação <strong>de</strong> cultura a diversificação <strong>de</strong><br />

manejos, on<strong>de</strong> po<strong>de</strong>mos ter a preservação<br />

<strong>de</strong> tecnologias para manejo <strong>de</strong><br />

pragas e doenças, assim como aumento<br />

na biomassa que diretamente auxilia<br />

na reciclagem <strong>de</strong> nutrientes e obtenção<br />

<strong>de</strong> lucros na diversificação, assim como<br />

ganhos diretos no manejo <strong>de</strong> pragas e<br />

doenças”, diz.<br />

Ele ressalta que no caso do seu<br />

Irineu, o primeiro passo foi visualizar<br />

como estava a estrutura química do solo,<br />

por meio <strong>de</strong> uma boa análise com a agricultura<br />

<strong>de</strong> precisão da <strong>Coamo</strong>. “Diante<br />

dos resultados, foram realizadas as correções<br />

necessárias. Outro ganho visível é o<br />

manejo <strong>de</strong> plantas daninhas que se torna<br />

muito mais cômodo, por ter uma diminuição<br />

consi<strong>de</strong>rável <strong>de</strong> banco <strong>de</strong> sementes.<br />

Outro benefício foi o aumento dos teores<br />

<strong>de</strong> matéria orgânica. Há três anos os teores<br />

médios eram <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 3,5%, e hoje<br />

após uma reanalise, estão em cerca <strong>de</strong><br />

4,75 % no mesmo local. Um gran<strong>de</strong> avanço<br />

quando comparado com os sistemas<br />

convencionais que po<strong>de</strong>m levar até cerca<br />

<strong>de</strong> seis a <strong>de</strong>z anos”, explica Cruz.<br />

18 revista<br />

agosto/<strong>2022</strong>


Cooperado Antonio Irineu Trentin e o agrônomo Elvison Alves da Cruz acompanham área com<br />

braquiária que serviu <strong>de</strong> alimento para o gado no inverno. No verão, local receberá plantio <strong>de</strong> soja<br />

agosto/<strong>2022</strong> revista 19


CARROSSEL DE LEITE<br />

Sistema implantado pela família Arsego, em Xanxerê (SC),<br />

permite or<strong>de</strong>nhar 48 vacas em menos <strong>de</strong> 15 minutos<br />

A<br />

história da família Arsego com a produção <strong>de</strong><br />

leite começou há cerca <strong>de</strong> 60 anos. Quem iniciou<br />

a ativida<strong>de</strong> foi o patriarca Waldir Arsego.<br />

Quando chegou em Xanxerê (Oeste <strong>de</strong> Santa Catarina),<br />

o cenário era <strong>de</strong> mato. Waldir então preparou o<br />

terreno e começou plantando cereais. Depois, comprou<br />

duas vacas para consumo do leite, e foi evoluindo,<br />

até começar a comercializar o produto.<br />

Atualmente, os responsáveis pela proprieda<strong>de</strong><br />

são os dois filhos <strong>de</strong> Waldir: Eleandro e Laudir.<br />

Eleandro conta que começou a ativida<strong>de</strong> quando<br />

era criança, aos oito anos. Segundo ele, tiravam leite<br />

<strong>de</strong> forma manual e aos poucos foram crescendo<br />

e se <strong>de</strong>senvolvendo. “Começamos a entregar leite<br />

na cida<strong>de</strong>, no tempo em que guardávamos leite no<br />

freezer. Com o tempo fomos nos mo<strong>de</strong>rnizando,<br />

cada vez mais. Nosso sistema era <strong>de</strong> piquetes, vaca<br />

a pasto. Hoje estamos trabalhando com 820 animais<br />

em produção, no sistema compost barn”, explica.<br />

Diariamente, são produzidos cerca <strong>de</strong> 24 mil<br />

litros <strong>de</strong> leite. Isso é possível graças a tecnologia utilizada<br />

na proprieda<strong>de</strong>. Há pouco mais <strong>de</strong> um ano, a<br />

família investiu no sistema carrossel, para or<strong>de</strong>nha<br />

das vacas. Com o equipamento é possível or<strong>de</strong>nhar<br />

48 vacas em menos <strong>de</strong> 15 minutos. As 820 vacas levam<br />

em torno <strong>de</strong> três horas e meia para serem or<strong>de</strong>nhadas.<br />

O trabalho começa às quatro horas da manhã,<br />

com a primeira or<strong>de</strong>nha. A segunda meio-dia e<br />

a última às 20 horas. Outra vantagem do sistema é<br />

a mão <strong>de</strong> obra reduzida, já que o animal entra e sai<br />

sozinho do carrossel.<br />

Todas as vacas em lactação na proprieda<strong>de</strong><br />

são monitoradas com dois chips eletrônicos individuais,<br />

que me<strong>de</strong>m a produção diária, avisa se as<br />

20 revista<br />

agosto/<strong>2022</strong>


tecnologia<br />

As 820 vacas levam em torno <strong>de</strong> três horas e meia para serem or<strong>de</strong>nhadas<br />

Eleandro Arsego, cooperado em Xanxerê (SC)<br />

vacas estão no cio, o horário a<strong>de</strong>quado para inseminação<br />

artificial e mandam sinal <strong>de</strong> alerta indicando<br />

quando as vacas ficam doentes.<br />

De acordo com Eleandro, o que limita o<br />

crescimento da produção é a dificulda<strong>de</strong> para se<br />

produzir alimento. “O carrossel tem capacida<strong>de</strong><br />

para or<strong>de</strong>nhar 1500 vacas por dia, mas falta área<br />

para produzir forrageiras, silagem, pré-secados para<br />

os animais”, observa.<br />

A alimentação é fornecida conforme a produção<br />

<strong>de</strong> cada animal. As vacas são divididas em lotes.<br />

“Os animais em alta produção ganham silagem<br />

<strong>de</strong> milho, a base da alimentação. O concentrado é<br />

produzido na proprieda<strong>de</strong>, composto por casca <strong>de</strong><br />

soja, farelo <strong>de</strong> soja, minerais, caroço <strong>de</strong> algodão e<br />

pré-secados <strong>de</strong> alfafa e silagem.”<br />

O volumoso usado para alimentação dos<br />

animais é produzido nos 200 hectares <strong>de</strong> lavoura.<br />

A <strong>Coamo</strong> auxilia na parte técnica e no fornecimento<br />

<strong>de</strong> insumos, para produzir mais alimentos, com<br />

a melhor qualida<strong>de</strong>. “Temos um trabalho <strong>de</strong> vários<br />

anos com a cooperativa. Fizemos esse ano a análise<br />

do solo, investimos em agricultura <strong>de</strong> precisão, para<br />

produzir mais alimentos por hectare e <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong><br />

melhor. Por consequência, a produção dos animais<br />

também aumenta por conta da boa alimentação”,<br />

acrescenta o cooperado.<br />

A engenheira agrônoma Denise Schimieguel,<br />

da <strong>Coamo</strong> em Xanxerê, afirma que a família<br />

Arsego <strong>de</strong>senvolve um trabalho buscando alcançar<br />

bons resultados. “A principal ativida<strong>de</strong> na proprieda<strong>de</strong><br />

é o milho. Então, buscamos aumento <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong><br />

e qualida<strong>de</strong> na silagem, que é o principal<br />

produto utilizado na fazenda. Um exemplo disso é<br />

a adoção <strong>de</strong> agricultura <strong>de</strong> precisão e o cuidado físico<br />

do solo.” Segundo a agrônoma, o cooperado<br />

faz um trabalho <strong>de</strong> monitoramento <strong>de</strong> plantas daninhas,<br />

pragas e doenças que ocorrem no <strong>de</strong>correr da<br />

lavoura e tem boas práticas agronômicas, fazendo<br />

com que sejam alcançados bons resultados.<br />

Eleandro confere alimentação dos animais<br />

Engenheira agrônoma Denise Schimieguel, da <strong>Coamo</strong> em Xanxerê (SC)<br />

agosto/<strong>2022</strong> revista 21


sementes<br />

PARA COMEÇAR BEM A SAFRA DE VERÃO<br />

A<br />

instalação da lavoura <strong>de</strong> soja requer um planejamento<br />

a<strong>de</strong>quado, pois é uma etapa que<br />

<strong>de</strong>termina o início <strong>de</strong> um ciclo produtivo <strong>de</strong><br />

aproximadamente 130 a 140 dias. Sabe-se que o<br />

sucesso está diretamente ligado ao plantio. A gerência<br />

<strong>de</strong> Sementes da <strong>Coamo</strong> elaborou algumas<br />

recomendações técnicas que <strong>de</strong>vem ser levadas em<br />

consi<strong>de</strong>ração para uma boa semeadura.<br />

Observa-se em nível <strong>de</strong> campo que pequenas<br />

variações <strong>de</strong> população não afetam significativamente<br />

o rendimento das lavouras, visto que os<br />

próprios obtentores recomendam uma <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> semeadura com intervalo <strong>de</strong> aproximadamente<br />

20% em média, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que as plantas estejam bem<br />

distribuídas e sem muitas falhas.<br />

Todas as cultivares apresentam uma época<br />

tolerada e outra preferencial <strong>de</strong> plantio para que<br />

respondam com todo potencial produtivo.<br />

A temperatura média do solo para uma<br />

emergência rápida e uniforme das plântulas <strong>de</strong> soja<br />

vai <strong>de</strong> 20 a 30º C, sendo o i<strong>de</strong>al 25º C. Temperatura<br />

inferior a 18º C torna o processo <strong>de</strong> germinação e<br />

emergência mais lento, po<strong>de</strong>ndo resultar em drástica<br />

redução do estan<strong>de</strong>. Ocorre predominantemente,<br />

on<strong>de</strong> a semeadura é realizada anteriormente à<br />

época preferencial.<br />

A umida<strong>de</strong> i<strong>de</strong>al para germinação e emergência<br />

da semente da soja requer absorção <strong>de</strong> água<br />

<strong>de</strong> pelo menos 50% do peso seco para iniciar o processo.<br />

Além da umida<strong>de</strong>, as condições físicas do solo<br />

também são importantes para que ocorra o melhor<br />

contato entre solo e semente. Vale lembrar que semeadura<br />

realizada com insuficiência hídrica, é extremamente<br />

prejudicial ao processo <strong>de</strong> germinação.<br />

22 revista<br />

agosto/<strong>2022</strong>


CUIDADOS A SEREM OBSERVADOS<br />

Cada agricultor <strong>de</strong>ve estar atento<br />

aos mecanismos do seu equipamento <strong>de</strong><br />

plantio. Dentre eles, o tipo <strong>de</strong> dosador <strong>de</strong><br />

semente, o limitador <strong>de</strong> profundida<strong>de</strong> e o<br />

compactador <strong>de</strong> sulco, on<strong>de</strong> os mesmos<br />

<strong>de</strong>vem estar em boas condições.<br />

A velocida<strong>de</strong> i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> plantio é <strong>de</strong><br />

4 a 6 km/h para que não haja interferência<br />

na uniformida<strong>de</strong> <strong>de</strong> distribuição ou cause<br />

dano mecânico à semente.<br />

A profundida<strong>de</strong> i<strong>de</strong>al oscila <strong>de</strong><br />

3 a 5 cm, com cuidado para posição semente<br />

e adubo, o qual <strong>de</strong>ve ficar abaixo<br />

da semente, evitando o contato direto,<br />

pois a salinização do fertilizante prejudica<br />

a germinação e emergência das plântulas<br />

<strong>de</strong> soja.<br />

Um item <strong>de</strong> extrema importância<br />

é a <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> <strong>de</strong> semeadura, pois para<br />

cada cultivar existe uma recomendação <strong>de</strong><br />

população <strong>de</strong> plantas por hectare. Para se<br />

obter um estan<strong>de</strong> i<strong>de</strong>al, <strong>de</strong>ve-se calcular o<br />

número <strong>de</strong> sementes a serem distribuídas.<br />

Para isso, se faz necessário conhecer o percentual<br />

<strong>de</strong> germinação do lote <strong>de</strong> semente.<br />

O padrão brasileiro para produção<br />

e comercialização <strong>de</strong> semente <strong>de</strong><br />

soja é <strong>de</strong> no mínimo 75% para categoria<br />

Básica e mínimo 80% para as categorias<br />

C1, C2, S1 e S2.<br />

SEMENTES DE QUALIDADE<br />

A <strong>Coamo</strong> é produtora e certificadora<br />

da própria semente seguindo rigorosamente<br />

a legislação e normas vigentes.<br />

A cooperativa conta com Laboratório <strong>de</strong><br />

Análise <strong>de</strong> Sementes cre<strong>de</strong>nciado pelo<br />

Ministério da Agricultura. Os lotes passam<br />

por diversos testes oficiais como pureza,<br />

<strong>de</strong>terminação <strong>de</strong> outras sementes por número,<br />

teste <strong>de</strong> germinação e realiza testes<br />

para controle interno <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>. Antes<br />

da entrega da semente ao cooperado, a<br />

<strong>Coamo</strong> realiza internamente o teste <strong>de</strong><br />

solo como controle interno <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>,<br />

garantindo assim segurança e confiabilida<strong>de</strong><br />

aos agricultores.<br />

Aliado a todas estas práticas e cuidados<br />

relacionados, vale ressaltar a prática<br />

do tratamento <strong>de</strong> sementes, a qual traz<br />

muitos benefícios ao cooperado.<br />

Com nova embalagem, Sementes <strong>Coamo</strong> sendo preparadas para os cooperados<br />

agosto/<strong>2022</strong> revista 23


Condições<br />

especiais para<br />

a linha <strong>de</strong><br />

motosserras<br />

STIHL.<br />

ƒ<br />

Leve muito mais agilida<strong>de</strong> e precisão para as suas<br />

tarefas diárias com a motosserra STIHL MS 170.<br />

Aproveite <strong>de</strong>scontos exclusivos e condições únicas<br />

para garantir uma ferramenta que vai auxiliar<br />

no seu dia a dia.<br />

STIHL. Junto <strong>de</strong> quem faz o agro.<br />

@STIHLBRASIL<br />

@STIHLOFICIAL<br />

STIHL BRASIL<br />

STIHL BRASIL OFICIAL<br />

OFERTAS.STIHL.COM.BR<br />

24 revista<br />

agosto/<strong>2022</strong>


credicoamo<br />

SEGURO PARA O VERÃO<br />

Agências da Credicoamo estão<br />

contratando seguro agrícola dos<br />

custeios que financiaram a safra<br />

<strong>de</strong> verão <strong>2022</strong>/23<br />

O<br />

planejamento do plantio <strong>de</strong> safra exige uma<br />

série <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões do produtor rural, que nem<br />

sempre estão relacionadas ao manejo das lavouras.<br />

Mais do que adquirir insumos, se faz necessário<br />

consi<strong>de</strong>rar na gestão do investimento da cultura o<br />

seguro agrícola. Esta <strong>de</strong>cisão, além <strong>de</strong> ser um indutor<br />

<strong>de</strong> tecnologia, garante aos associados a estabilida<strong>de</strong><br />

e a permanência na ativida<strong>de</strong> agrícola. As agências da<br />

Credicoamo já estão contratando seguro agrícola dos<br />

custeios que financiaram a safra <strong>de</strong> verão <strong>2022</strong>/2023.<br />

“A<strong>de</strong>rir ao seguro agrícola é uma forma do associado<br />

garantir o retorno do investimento realizado na<br />

implantação e condução da lavoura em caso <strong>de</strong> frustração<br />

<strong>de</strong> safra. Uma gestão sustentável é incorporar o<br />

seguro agrícola como mais um insumo no planejamento<br />

dos custos <strong>de</strong> produção. É um instrumento que vem<br />

substituir a produção esperada em caso <strong>de</strong> eventos climáticos<br />

cobertos pelo seguro. É a fonte <strong>de</strong> receita que<br />

vem substituir a receita da produção não colhida”, diz o<br />

diretor <strong>de</strong> Negócios da Credicoamo, Dilmar Peri.<br />

De acordo com ele, os associados que costumeiramente<br />

vêm financiando o seu custeio na Credicoamo<br />

terão seguro agrícola. Peri explica que neste<br />

ano, em função dos fatos ocorridos na safra 2021/22<br />

<strong>de</strong>vido aos problemas climáticos, as seguradoras impuseram<br />

algumas condições mínimas para aceitação<br />

do seguro. Contudo, nada que possa impedir a contratação.<br />

Ele cita como exemplo, a área mínima para<br />

contração do seguro que ficou em 20 hectares em<br />

caso <strong>de</strong> talhões específicos. “Todo o associado que<br />

tem cobertura por talhão na sua proprieda<strong>de</strong>, o mesmo<br />

terá que ser <strong>de</strong> no mínimo <strong>de</strong> 20 hectares”, frisa.<br />

O seguro por média <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong> do<br />

associado é um diferencial em relação ao mercado<br />

agosto/<strong>2022</strong> revista 25


HORA DE SE<br />

PLANEJAR<br />

PARA RENOVAR<br />

SUA FROTA!<br />

O sonho da máquina nova po<strong>de</strong> se<br />

encaixar perfeitamente nos seus planos,<br />

com uma mãozinha do Consórcio Jacto.<br />

#NovosTempos #NovasSoluções<br />

A família Uniport, reconhecida por agropecuaristas nos quatro<br />

cantos do mundo, também faz parte <strong>de</strong>ssa modalida<strong>de</strong>!<br />

Opções com tecnologias <strong>de</strong> última geração e recursos inovadores<br />

da Agricultura <strong>de</strong> Precisão, para otimizar aplicações, economizar<br />

insumos e elevar a produtivida<strong>de</strong> da lavoura.<br />

Programe a aquisição do seu gran<strong>de</strong> aliado sem interferir<br />

na segurança do fluxo <strong>de</strong> caixa!<br />

2dcb.com.br<br />

• Contemplações mensais,<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> a primeira mensalida<strong>de</strong><br />

• Taxa <strong>de</strong> administração<br />

<strong>de</strong> 1,53% ao ano<br />

Escaneie o<br />

QR Co<strong>de</strong> e<br />

saiba mais


credicoamo<br />

“A<strong>de</strong>rir ao seguro agrícola é uma forma do associado<br />

garantir o retorno do investimento realizado na<br />

implantação e condução da lavoura em caso <strong>de</strong><br />

frustração <strong>de</strong> safra. Uma gestão sustentável é<br />

incorporar o seguro agrícola como mais um insumo no<br />

planejamento dos custos <strong>de</strong> produção."<br />

com base na realida<strong>de</strong> do associado. É um seguro<br />

que toma como base a média histórica do próprio<br />

associado, o que representa uma garantia <strong>de</strong><br />

produção maior que os padrões do IBGE. Para esta<br />

condição a produtivida<strong>de</strong> é apurada com base na<br />

média <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong> que o cooperado entregou<br />

na <strong>Coamo</strong>, nos últimos cinco anos. “Este diferencial<br />

foi construído ao longo <strong>de</strong> vários anos <strong>de</strong> acompanhamento<br />

e da <strong>de</strong>monstração da atuação da área<br />

técnica da <strong>Coamo</strong> na orientação da condução das<br />

lavouras e dos métodos <strong>de</strong> tecnologia aplicados<br />

para o aumento da produtivida<strong>de</strong> do associado. E<br />

como garantia ficou estabelecido o mínimo <strong>de</strong> 65%<br />

da média dos últimos cinco anos e o máximo <strong>de</strong><br />

70% <strong>de</strong>ssa média”, diz Peri.<br />

Em relação aos preços, a pedido do presi<strong>de</strong>nte<br />

do Conselho <strong>de</strong> Administração da Credicoamo,<br />

José Aroldo Gallassini, um incentivador do seguro<br />

agrícola, ficou acertado com as seguradoras o<br />

mínimo <strong>de</strong> R$ 130 e máximo <strong>de</strong> R$ 150 por saca <strong>de</strong><br />

soja. “Fica a critério do associado <strong>de</strong>finir o melhor<br />

valor a ser segurado”, ressalta o diretor.<br />

O bom <strong>de</strong>senvolvimento da lavoura começa<br />

com a escolha <strong>de</strong> uma boa semente com teor alto<br />

<strong>de</strong> germinação e que seja homogêneo para se ter<br />

um estan<strong>de</strong> com ótimo potencial produtivo. Outro<br />

<strong>de</strong>talhe que tem que ser evi<strong>de</strong>nciado é o seguro <strong>de</strong><br />

replantio. Peri esclarece, que a cobertura <strong>de</strong> replantio<br />

passa a valer 24 horas após o plantio, po<strong>de</strong>ndo<br />

alcançar até 70% da área plantada e com a planta<br />

estando em no máximo 15 centímetros <strong>de</strong> altura. A<br />

área mínima para o replantio é <strong>de</strong> 20% do local atingido,<br />

com o mínimo <strong>de</strong> <strong>de</strong>z hectares. “Então, qual<br />

<strong>de</strong>sses fatores for o menor, será a <strong>de</strong>finição da seguradora<br />

para fazer a cobertura do replantio.”<br />

Dilmar lembra, também, quais os tipos <strong>de</strong><br />

solo que po<strong>de</strong>m receber seguro agrícola. “O tipo 1<br />

não tem cobertura <strong>de</strong> seguro, somente os tipos 2 e<br />

3. Já é <strong>de</strong> rotina do associado na hora <strong>de</strong> contratar<br />

o seguro ou o financiamento agrícola apresentar as<br />

análises <strong>de</strong> solo”, pon<strong>de</strong>ra observando que as coberturas<br />

rotineiras são seca, incêndio, inundação,<br />

raio, granizo, tromba d'água, variações excessivas<br />

<strong>de</strong> temperatura e vendaval.<br />

“Situações ocasionadas por doenças e pragas<br />

que tem controle não se enquadram nas coberturas<br />

<strong>de</strong> seguros agrícolas. O associado que tiver<br />

alguma dúvida sobre a contratação <strong>de</strong> seguro<br />

agrícola <strong>de</strong>ve procurar a agência da Credicoamo ou<br />

o agrônomo que dá assistência técnica para evitar<br />

transtornos futuros”, reitera Peri.<br />

Outro ponto a <strong>de</strong>stacar, é o reconhecimento<br />

das seguradoras pela condução profissional e séria,<br />

dada ao seguro agrícola pela Credicoamo e <strong>Coamo</strong>,<br />

assistência técnica, perícia e postura do associado.<br />

“Essas qualificações vêm permitido se obter agilida<strong>de</strong><br />

nas análises com benefício na conclusão dos processos<br />

<strong>de</strong> in<strong>de</strong>nizações. Salientamos que a <strong>de</strong>mora<br />

das in<strong>de</strong>nizações da safra 2021/22 se <strong>de</strong>u pelo gran<strong>de</strong><br />

volume <strong>de</strong> acionamento”, relata Alcir José Goldoni,<br />

presi<strong>de</strong>nte Executivo da Credicoamo.<br />

Dilmar Peri, diretor <strong>de</strong> Negócios da Credicoamo<br />

agosto/<strong>2022</strong> revista 27


informe técnico<br />

Trigo: um aliado no manejo integrado <strong>de</strong> nematoi<strong>de</strong>s da soja<br />

DR. PAULO KUHNEM<br />

Fitopatologista da Biotrigo Genética<br />

De acordo com a Socieda<strong>de</strong> Brasileira <strong>de</strong><br />

Nematologia, os nematoi<strong>de</strong>s causam prejuízos <strong>de</strong><br />

mais <strong>de</strong> R$ 16 bilhões ao ano somente na cultura da<br />

soja. Diversas medidas <strong>de</strong> controle integradas têm<br />

sido utilizadas para mitigar essas perdas, tais como<br />

o uso <strong>de</strong> cultivares <strong>de</strong> soja resistentes, o tratamento<br />

<strong>de</strong> sementes com nematicidas e a rotação <strong>de</strong> culturas<br />

com espécies não hospe<strong>de</strong>iras. Tais medidas têm seu<br />

foco <strong>de</strong> controle apenas durante a estação <strong>de</strong> cultivo<br />

<strong>de</strong> verão. No entanto, o manejo durante a entressafra<br />

tem auxiliado no combate aos nematoi<strong>de</strong>s, e a cultura<br />

do trigo tem se mostrado uma aliada na redução<br />

populacional <strong>de</strong>ssas pragas, além <strong>de</strong> proporcionar<br />

rentabilida<strong>de</strong> no inverno para o produtor.<br />

Dentre as principais espécies que infectam<br />

a soja no Brasil, po<strong>de</strong>-se <strong>de</strong>stacar o nematoi<strong>de</strong> das<br />

galhas (Meloidogyne javanica e M. incognita), nematoi<strong>de</strong><br />

das lesões radiculares (Pratylenchus brachyurus),<br />

nematoi<strong>de</strong> do cisto (Hetero<strong>de</strong>ra glycines) e nematoi<strong>de</strong><br />

reniforme (Rotylenchulus reniformis).<br />

A prevalência da espécie ou a intensida<strong>de</strong> e<br />

extensão dos sintomas nas lavouras <strong>de</strong> soja variam<br />

<strong>de</strong>vido a diversos fatores. Dentre os fatores relacionados<br />

ao solo, a ocorrência <strong>de</strong> nematoi<strong>de</strong>s tem sido<br />

associada a solos com baixa fertilida<strong>de</strong>, baixo teor<br />

<strong>de</strong> matéria orgânica e mais sujeitos ao déficit hídrico.<br />

Em solos argilosos, com altos teores <strong>de</strong> matéria orgânica<br />

e em regiões com boa distribuição <strong>de</strong> chuvas,<br />

os sintomas da parte aérea po<strong>de</strong>m não serem vistos,<br />

fazendo com que a presença <strong>de</strong> nematoi<strong>de</strong>s nas lavouras<br />

passe <strong>de</strong>sapercebida, o que tem levado erroneamente<br />

à conclusão <strong>de</strong> que nematoi<strong>de</strong>s não têm<br />

potencial <strong>de</strong> perdas econômicas nessas áreas.<br />

Sintomatologia<br />

Créditos: Ricardo Casa e Cristiano Bellé<br />

Créditos: Ricardo Casa e Paulo Kuhnem<br />

Os sintomas primários são observados no<br />

sistema radicular. O nematoi<strong>de</strong> das galhas causa o<br />

engrossamento das raízes, formando galhas <strong>de</strong> número<br />

e tamanhos variados. Já os sintomas do nematoi<strong>de</strong><br />

das lesões consistem em um sistema radicular<br />

menos volumoso, pouco <strong>de</strong>senvolvido e raízes parcial<br />

ou totalmente escuras.<br />

Sistema radicular <strong>de</strong> soja com formação <strong>de</strong> galhas causadas por Meloidogyne<br />

sp. e lesões escuras causadas por Prathylencus brachyurus<br />

Os sintomas <strong>de</strong> ambos os nematoi<strong>de</strong>s são<br />

normalmente observados em reboleiras, com plantas<br />

amareladas e menos <strong>de</strong>senvolvidas. Ao analisar<br />

a parte aérea das plantas nessas reboleiras, as infectadas<br />

pelo nematoi<strong>de</strong> das galhas apresentam folhas<br />

com manchas cloróticas ou necrose entre as nervuras,<br />

sintoma conhecido como folha “carijó”. Já as<br />

plantas infectadas pelo nematoi<strong>de</strong> das lesões apresentam<br />

nanismo, clorose e murcha nas horas mais<br />

quentes do dia.<br />

Lavoura <strong>de</strong> soja com reboleiras causadas por nematoi<strong>de</strong> e sintomas <strong>de</strong> folha carijó<br />

28 revista<br />

agosto/<strong>2022</strong>


Ao i<strong>de</strong>ntificar esses sintomas, é importante<br />

se ter claro que a erradicação dos nematoi<strong>de</strong>s é uma<br />

tarefa extremamente difícil, sendo necessária a adoção<br />

<strong>de</strong> uma estratégia baseada em medidas integradas<br />

<strong>de</strong> manejo que visem a redução populacional e<br />

minimizem as condições favoráveis ao seu <strong>de</strong>senvolvimento.<br />

O uso <strong>de</strong> cultivares resistentes é uma das<br />

principais medidas a serem utilizadas. Utiliza-se o<br />

fator <strong>de</strong> reprodução (FR) para caracterizar o nível <strong>de</strong><br />

resistência <strong>de</strong> uma cultivar aos nematoi<strong>de</strong>s.<br />

FR <strong>de</strong> cultivares aos nematoi<strong>de</strong>s<br />

Menor que 1 – não houve reprodução, cultivar é resistente<br />

Entre 1 e 2 - baixa taxa <strong>de</strong> reprodução, cultivar é mo<strong>de</strong>radamente<br />

resistente<br />

Acima <strong>de</strong> 2 – maior taxa <strong>de</strong> reprodução, cultivar é<br />

mo<strong>de</strong>radamente suscetível ou suscetível<br />

O papel do trigo na redução da população <strong>de</strong> nematoi<strong>de</strong>s<br />

Dentre as culturas disponíveis no inverno, o<br />

trigo é uma alternativa com rentabilida<strong>de</strong> econômica<br />

para o produtor que, além <strong>de</strong> proporcionar diversos<br />

benefícios ao sistema, também tem apresentado,<br />

em diversos genótipos, potencial na redução da<br />

população <strong>de</strong> nematoi<strong>de</strong>s.<br />

Resultados <strong>de</strong> um ensaio realizado em 2021<br />

pela Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Maringá (UEM), em<br />

Umuarama/PR, para avaliar em condições controladas<br />

a reação <strong>de</strong> quatro cultivares <strong>de</strong> trigo (TBIO<br />

Calibre, Astro, Duque e Aton) às duas espécies <strong>de</strong><br />

nematoi<strong>de</strong> das galhas indicam, na média, um fator<br />

<strong>de</strong> reprodução <strong>de</strong> 0,64 para M. incognita e 1,40 para<br />

M. javanica. Comparados com a soja testemunha do<br />

experimento, a redução média na população foi <strong>de</strong><br />

79% para M. incognita e <strong>de</strong> 75% para M. javanica. As<br />

cultivares <strong>de</strong> trigo avaliadas praticamente não diferiram<br />

entre si quanto à reação a ambas as espécies <strong>de</strong><br />

nematoi<strong>de</strong>s das galhas. No entanto, o FR apresentou<br />

variação <strong>de</strong> 0,33 a 1,11 para M. incognita e 0,36<br />

a 0,89 para M. javanica. Tais resultados <strong>de</strong>monstram<br />

a viabilida<strong>de</strong> da utilização da cultura do trigo no manejo<br />

integrado <strong>de</strong> nematoi<strong>de</strong>s e a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

se conhecer a reação <strong>de</strong>ssas e <strong>de</strong> outras cultivares<br />

separadamente para cada espécie.<br />

Já em ensaio <strong>de</strong> campo realizado em Campo<br />

Mourão/PR, em 2018, após avaliar o efeito <strong>de</strong><br />

diferentes sistemas <strong>de</strong> manejo, como pousio, milho<br />

segunda safra, aveia e trigo sob a população <strong>de</strong> nematoi<strong>de</strong><br />

das galhas, observou-se que o híbrido <strong>de</strong><br />

milho utilizado aumentou em oito vezes a população<br />

inicial, com fator <strong>de</strong> reprodução <strong>de</strong> 8,1. Enquanto<br />

isso, os manejos <strong>de</strong> aveia e trigo tiveram FR <strong>de</strong> 0,24<br />

e 0,43, respectivamente, <strong>de</strong>monstrando que o uso<br />

das varieda<strong>de</strong>s testadas para essas culturas reduziu<br />

efetivamente a população <strong>de</strong> nematoi<strong>de</strong>s no campo.<br />

Vale ressaltar que o pousio também apresentou um<br />

FR baixo, <strong>de</strong> 0,71. No entanto, nesse experimento<br />

foi realizado um controle eficaz <strong>de</strong> plantas daninhas,<br />

as quais são hospe<strong>de</strong>iras do nematoi<strong>de</strong> das galhas.<br />

Além <strong>de</strong> não gerar renda no inverno, o pousio mantém<br />

o solo <strong>de</strong>sprotegido.<br />

Fica evi<strong>de</strong>nte a existência <strong>de</strong> uma variabilida<strong>de</strong><br />

genética no trigo que <strong>de</strong>manda a caracterização<br />

da reação <strong>de</strong> cada cultivar para cada espécie <strong>de</strong><br />

nematoi<strong>de</strong>. Entretanto, cultivares <strong>de</strong> trigo têm mostrado<br />

potencial para auxiliar na redução populacional<br />

<strong>de</strong> nematoi<strong>de</strong> das galhas, po<strong>de</strong>ndo ser utilizadas<br />

como uma das estratégias <strong>de</strong> manejo integrada <strong>de</strong>stas<br />

pragas, além dos <strong>de</strong>mais benefícios já conhecidos<br />

da cultura e da rentabilida<strong>de</strong> econômica para o<br />

produtor.<br />

Confira o artigo na íntegra,<br />

com todos os gráficos dos<br />

experimentos.<br />

agosto/<strong>2022</strong> revista 29


Fernanda Luísa Stein Fabrício<br />

com os filhos Heloísa e Felipe,<br />

em Mangueirinha (PR)<br />

SUCESSÃO AMPARADA<br />

PELO COOPERATIVISMO<br />

Cooperada em Mangueirinha (Sudoeste do<br />

Paraná), Fernanda Luísa Stein Fabrício está<br />

à frente da proprieda<strong>de</strong>, junto com os dois<br />

filhos, Heloísa, 13 anos, e Felipe, 16 anos, após o falecimento<br />

do esposo, Elisandro Fabrício, há pouco<br />

mais <strong>de</strong> um ano.<br />

Fernanda é filha e neta <strong>de</strong> agricultores, já<br />

vinha <strong>de</strong> uma família do campo, mas resolveu fazer<br />

faculda<strong>de</strong> e trabalhar em outra área. “Meu pai sempre<br />

foi pequeno agricultor e eu, quando fui estudar,<br />

acabei fazendo faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> química. Comecei<br />

trabalhando como professora. A intenção era fazer<br />

bioquímica ou farmácia, mas no <strong>de</strong>correr do tempo,<br />

me casei e voltei a morar no interior. Até atuei como<br />

professora durante seis anos. E aí, quando vieram os<br />

filhos, fiquei em casa para cuidar <strong>de</strong>les e ajudar o<br />

esposo.” A cooperada sempre atuou ao lado do esposo<br />

na agricultura.<br />

Na proprieda<strong>de</strong>, a família trabalha com agricultura<br />

e pecuária. São 130 alqueires <strong>de</strong> lavoura e<br />

criação <strong>de</strong> gado, com integração lavoura pecuária.<br />

“O meu esposo sempre trabalhou com pecuária e<br />

a gente continua no ramo por gostar também. Hoje<br />

eu vejo que o Felipe e a Heloísa gostam muito do<br />

gado.”<br />

A gestão fica com a matriarca, e os dois jovens<br />

se divi<strong>de</strong>m entre ajudar a mãe com a parte burocrática,<br />

e o operacional. “O Felipe auxilia na gestão<br />

e na parte operacional, que ele gosta. A Heloísa<br />

é minha assistente, por ser mais nova ainda, mas<br />

quando po<strong>de</strong>, ajuda no operacional. Temos funcionários<br />

com bastante experiência e nos dão suporte<br />

para tocar o negócio”, afirma.<br />

Após o falecimento do esposo, Fernanda diz<br />

30 revista<br />

agosto/<strong>2022</strong>


Família conta com apoio da <strong>Coamo</strong> e<br />

Credicoamo. Engenheiro agronômo Cristiano<br />

Fabbris é responsável pela assistência técnica<br />

que não pensou em nenhum momento em <strong>de</strong>sistir.<br />

“Eu não hesitei em dizer que pegaria essa responsabilida<strong>de</strong>,<br />

que ia dar conta e assumir. Foi e ainda é difícil,<br />

uma situação inesperada. Mas, com meus filhos<br />

ao meu lado, me apoiando em tudo, me motivam<br />

a continuar. São meu suporte, tudo o que eu estou<br />

fazendo é por eles.”<br />

De acordo com ela, o apoio da <strong>Coamo</strong> e<br />

Credicoamo foi fundamental para a continuida<strong>de</strong><br />

na ativida<strong>de</strong>. “Sou muito grata as cooperativas que<br />

nos ajudaram e incentivaram a continuar com a ativida<strong>de</strong><br />

agrícola. Todos prestaram solidarieda<strong>de</strong>, com<br />

muita humanida<strong>de</strong> nesse momento difícil, além do<br />

fundamental que é a credibilida<strong>de</strong> que eles passam”,<br />

comenta Fernanda.<br />

A cooperada concluiu o curso <strong>de</strong> Jovens<br />

Lí<strong>de</strong>res Cooperativistas, agregando mais conhecimento<br />

que já está sendo aplicado na proprieda<strong>de</strong>.<br />

Para ela, o curso é fantástico, pois permite abrir um<br />

leque <strong>de</strong> aprendizado. “Eu consi<strong>de</strong>ro muito bom,<br />

um divisor <strong>de</strong> águas. Agora é o momento <strong>de</strong> estar<br />

aberta a apren<strong>de</strong>r, <strong>de</strong> buscar conhecimento. Esse<br />

curso veio num momento muito importante.”<br />

O engenheiro agrônomo da <strong>Coamo</strong> em<br />

Mangueirinha, Cristiano Fabbris conta que a família<br />

Fabrício é parceira da cooperativa há anos, e o trabalho<br />

na proprieda<strong>de</strong> sempre foi muito bem-feito,<br />

tanto na parte técnica quanto nas <strong>de</strong>mais áreas. “A<br />

Fernanda assumiu a proprieda<strong>de</strong> recentemente,<br />

mas já vinha acompanhando as ativida<strong>de</strong>s e participando<br />

dos eventos que a <strong>Coamo</strong> oferece. Claro<br />

que há muita coisa nova. É um <strong>de</strong>safio. Mas, ela está<br />

se saindo muito bem. Participando da formação <strong>de</strong><br />

Jovens Lí<strong>de</strong>res Cooperativistas, observamos ainda<br />

mais essa evolução da cooperada, que apren<strong>de</strong> sobre<br />

vários temas, como gestão, e consegue ver as<br />

coisas <strong>de</strong> uma forma diferente do que se vinha trabalhando”,<br />

conclui Fabbris.<br />

Fernanda concluiu o curso <strong>de</strong> Jovens Lí<strong>de</strong>res Cooperativistas,<br />

agregando mais conhecimento que já está sendo aplicado na proprieda<strong>de</strong><br />

agosto/<strong>2022</strong> revista 31


SEMENTE MULTIPROTEGIDA<br />

GERA MULTIBENEFÍCIOS.<br />

• Semente protegida <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início<br />

• Fungicida para<br />

tratamento <strong>de</strong> sementes<br />

• Amplo espectro<br />

• Alta performance<br />

• Baixa dosagem<br />

• TS na fazenda e TS Industrial<br />

ATENÇÃO<br />

Este produto é perigoso à saú<strong>de</strong> humana, animal e ao meio ambiente. Leia atentamente e siga rigorosamente as<br />

instruções contidas no rótulo, na bula e na receita. Utilize sempre os equipamentos <strong>de</strong> proteção individual. Nunca<br />

permita a utilização do produto por menores <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>. CONSULTE SEMPRE UM ENGENHEIRO AGRÔNOMO. VENDA<br />

SOB RECEITUÁRIO AGRONÔMICO.<br />

/uplbr<br />

/brasilupl<br />

upl-ltd.com/br


expansão<br />

EM BUSCA DE NOVAS OPORTUNIDADE NO MS<br />

Cooperado Cláudio Fulaneto Júnior é <strong>de</strong> Araruna (PR) e cultiva lavouras em Ban<strong>de</strong>irantes (MS) há quatro. Na imagem com engenheiro agrônomo Ronaldo Lopes Costa<br />

Há quatro anos, o agricultor<br />

Cláudio Fulaneto<br />

Júnior <strong>de</strong>cidiu<br />

buscar novos <strong>de</strong>safios e o<br />

crescimento na sua ativida<strong>de</strong><br />

agrícola. Ele saiu <strong>de</strong> Araruna,<br />

no Centro-Oeste do Paraná,<br />

e foi para a região <strong>de</strong> Ban<strong>de</strong>irantes,<br />

distante 60 km da<br />

capital Campo Gran<strong>de</strong>, no<br />

Mato Grosso do Sul. “Vim<br />

conhecer e vi que as terras<br />

eram mais baratas do que na<br />

minha região, mas também<br />

produtivas, daí mu<strong>de</strong>i para<br />

cá e estou contente com esses<br />

primeiros anos”, conta o<br />

produtor.<br />

Cooperado da <strong>Coamo</strong><br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2004, o agricultor<br />

fez parte da 14ª turma do programa<br />

Jovens Lí<strong>de</strong>res Cooperativistas.<br />

Ele planta uma<br />

área <strong>de</strong> 275 hectares, dos<br />

quais 100% <strong>de</strong> soja na safra<br />

<strong>de</strong> verão, e no inverno, cultiva<br />

50 hectares <strong>de</strong> sorgo, 10 <strong>de</strong><br />

milheto para sementes e 115<br />

no sistema <strong>de</strong> consórcio com<br />

braquiária, milheto e sorgo.<br />

“As terras são produtivas, fui<br />

corrigindo com agricultura <strong>de</strong><br />

precisão e acredito que com<br />

tecnologia e o apoio da <strong>Coamo</strong><br />

iremos aumentar nossas<br />

produtivida<strong>de</strong>s a cada nova<br />

safra”, diz.<br />

“Quando cheguei<br />

aqui não tinha uma <strong>Coamo</strong><br />

por perto, mas <strong>de</strong>morou só<br />

alguns anos para isso acontecer,<br />

pois <strong>de</strong>s<strong>de</strong> outubro<br />

do ano passado ela chegou<br />

e começou a operar aqui em<br />

Ban<strong>de</strong>irantes. Fiquei muito<br />

feliz, pois sei muito bem o<br />

que representa o nome e a<br />

confiança que a <strong>Coamo</strong> tem e<br />

do apoio <strong>de</strong>la para todos os<br />

cooperados”, comemora.<br />

Em Araruna, Cláudio<br />

Fulaneto Júnior andava 2 km<br />

para entregar suas safras na<br />

cooperativa, e atualmente sua<br />

proprieda<strong>de</strong> no MS fica a 60<br />

km do entreposto da <strong>Coamo</strong>.<br />

“Tudo fica mais fácil quando<br />

a gente tem uma <strong>Coamo</strong><br />

por perto, aqui em Ban<strong>de</strong>irantes<br />

teremos um mo<strong>de</strong>rno<br />

entreposto que está sendo<br />

construído e os produtores<br />

da região estão começando<br />

a conhecer como é o padrão<br />

<strong>Coamo</strong>. É um processo que<br />

po<strong>de</strong> <strong>de</strong>morar um pouco,<br />

mas com certeza haverá uma<br />

participação gran<strong>de</strong> nos próximos<br />

anos e a <strong>Coamo</strong> irá colaborar<br />

para mudar a nossa<br />

agricultura da região”, prevê<br />

o cooperado.<br />

agosto/<strong>2022</strong> revista 33


visita<br />

Cooperativistas do Pará e da<br />

Costa Rica conhecem a <strong>Coamo</strong><br />

Comitiva da Coopernorte <strong>de</strong> Paragominas (Pará)<br />

Integrantes da Cooperativa <strong>de</strong> Produtores <strong>de</strong> Leite dos Pinos, <strong>de</strong> Alajuela, na Costa Rica<br />

Para conhecer o cooperativismo praticado pela <strong>Coamo</strong><br />

por meio dos serviços e produtos disponibilizados<br />

aos cooperados, o processo <strong>de</strong> governança e o<br />

trabalho nas unida<strong>de</strong>s, recentemente a cooperativa<br />

recebeu dois grupos <strong>de</strong> cooperativistas, sendo um<br />

da cooperativa agropecuária Coopernorte <strong>de</strong> Paragominas<br />

(Pará), e outro da Cooperativa <strong>de</strong> Produtores<br />

<strong>de</strong> Leite dos Pinos, <strong>de</strong> Alajuela, na Costa Rica,<br />

América Central.<br />

Os visitantes paraenses foram recepcionados<br />

pelo presi<strong>de</strong>nte do Conselho <strong>de</strong> Administração<br />

da <strong>Coamo</strong>, José Aroldo Gallassini e o presi<strong>de</strong>nte<br />

Executivo da <strong>Coamo</strong>, Airton Galinari, que apresentaram<br />

aos 25 profissionais <strong>de</strong> diversas áreas um pouco<br />

da história, estrutura e os serviços da <strong>Coamo</strong> em<br />

prol do <strong>de</strong>senvolvimento dos mais <strong>de</strong> 30 mil cooperados.<br />

Eles visitaram também o parque industrial da<br />

cooperativa, em Campo Mourão.<br />

A Coopernorte foi fundada em 2011 e é a<br />

maior cooperativa <strong>de</strong> grãos do Pará, sediada em Paragominas,<br />

que é o município <strong>de</strong> maior produção <strong>de</strong><br />

commodities do Estado. Conta com atuação <strong>de</strong> 100<br />

cooperados que cultivam soja, milho, sorgo e milheto.<br />

Diego Andra<strong>de</strong>, gerente <strong>de</strong> Desenvolvimento<br />

<strong>de</strong> Cooperativas da OCB-Pará (Organização das<br />

Cooperativas do Estado do Pará), coor<strong>de</strong>nador da<br />

visita, <strong>de</strong>stacou a importância da visita à <strong>Coamo</strong> e<br />

ao cooperativismo paranaense. “Foi muito impor-<br />

tante conhecer <strong>de</strong> perto como funciona e o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

do cooperativismo do Paraná. Viemos à<br />

<strong>Coamo</strong> para ver e constatar <strong>de</strong> perto esse <strong>de</strong>senvolvimento<br />

e atuação que coloca a cooperativa como<br />

referência entre as principais cooperativas e empresas<br />

do país. Vamos levar esta troca <strong>de</strong> experiência<br />

e partilhar estes conhecimentos com os paraenses<br />

para que o nosso agronegócio e o cooperativismo<br />

possam continuar crescendo cada vez mais.”<br />

costa rica<br />

Para a comitiva da Cooperativa <strong>de</strong> Produtores<br />

<strong>de</strong> Leite dos Pinos, com se<strong>de</strong> em Alajuela,<br />

na Costa Rica, na América Central, foi valiosa a<br />

visita à <strong>Coamo</strong>. A cooperativa é uma empresa <strong>de</strong><br />

alimentos 100% costarriquenha e lí<strong>de</strong>r na indústria<br />

<strong>de</strong> laticínios na América Central e Caribe, com<br />

uma vasta linha <strong>de</strong> produtos para consumo humano<br />

que ultrapassam 900 varieda<strong>de</strong>s. “Temos uma<br />

constante preocupação em melhorar nossas operações<br />

e fortalecer nossos cooperados, por isso<br />

viemos na <strong>Coamo</strong> para conhecer melhor esta cooperativa<br />

que é referência, pois buscamos melhorar<br />

continuamente nossas práticas e gestão, para que<br />

a cada dia sejam mais eficientes. Vamos compartilhar<br />

esta excelente experiência que vivemos aqui”,<br />

afirma Ricardo Martí, diretor Corporativo <strong>de</strong> Serviço<br />

aos Associados.<br />

agosto/<strong>2022</strong> revista 35


inovação<br />

ASSOCIADOS APROVAM NOVO<br />

APLICATIVO DA CREDICOAMO<br />

Foi lançado no dia 06 <strong>de</strong> junho o novo aplicativo<br />

da Credicoamo. A ferramenta está disponível<br />

para baixar no celular nas lojas no Google Play<br />

e App Store. Os associados também po<strong>de</strong>m procurar<br />

as agências para fazerem este processo e receberem<br />

orientações.<br />

O <strong>de</strong>senvolvimento do novo aplicativo contou<br />

com a participação <strong>de</strong> vários associados e funcionários<br />

da Credicoamo, tornando-o mais prático,<br />

interativo e amigável. Foram utilizadas as tecnologias<br />

mais avançadas, oferecendo o que há <strong>de</strong> mais<br />

mo<strong>de</strong>rno e com segurança do mercado financeiro.<br />

Portanto, o aplicativo já nasceu mo<strong>de</strong>rno, completo<br />

e terá atualizações constantes visando o melhor<br />

atendimento das necessida<strong>de</strong>s dos associados.<br />

São inúmeros os <strong>de</strong>poimentos <strong>de</strong> associados<br />

que aprovam o novo aplicativo, enaltecendo as<br />

qualida<strong>de</strong>s: “O aplicativo já era bom e agora ficou<br />

melhor. Prático, rápido, interativo, com excelente<br />

aparência e muita segurança. Utilizo todos os dias,<br />

seja para consultas ou realizar minhas operações. É<br />

a Credicoamo comigo on<strong>de</strong> eu estiver”, diz o associado<br />

Flávio Gregio, <strong>de</strong> Boa Ventura <strong>de</strong> São Roque<br />

(Centro do Paraná).<br />

Emílio Magne Guerreiro Júnior, <strong>de</strong> Campo<br />

Mourão (Centro-Oeste do Paraná), comenta que o<br />

José Luiz Conrado, diretor <strong>de</strong> Controladoria da Credicoamo<br />

aplicativo da Credicoamo traz todas as necessida<strong>de</strong>s<br />

dos associados. “Foi muito bom fazer parte <strong>de</strong>ssa<br />

experiência, po<strong>de</strong>r ver como funciona a criação e<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um aplicativo. O novo aplicativo<br />

vem com gran<strong>de</strong> competitivida<strong>de</strong>, não per<strong>de</strong> em<br />

nada para outros, e tem a nossa ‘cara’, mostrando<br />

que foi personalizado para o associado, ouvindo e<br />

visando nossas necessida<strong>de</strong>s. É um avanço que a<br />

Credicoamo traz para nós, associados.”<br />

Jonathan Henrique Welz Negri, <strong>de</strong> Engenheiro<br />

Beltrão (Centro-Oeste do Paraná), observa que o novo<br />

aplicativo da Credicoamo está ainda mais seguro, intuitivo,<br />

com mais integrações, novos relatórios, uma fonte<br />

<strong>de</strong> letra mais leve e com a força da cooperativa.<br />

José Luiz Conrado, diretor <strong>de</strong> Controladoria da<br />

Credicoamo, recorda que a Credicoamo sempre manteve<br />

o foco em disponibilizar canais digitais para facilitar<br />

e ampliar o atendimento aos associados, com segurança<br />

e agilida<strong>de</strong>. “Oferecemos uma ferramenta segura,<br />

beneficiando os associados que po<strong>de</strong>m fazer as operações<br />

financeiras <strong>de</strong> on<strong>de</strong> estiverem.”<br />

O diretor cita que entre as principais novida<strong>de</strong>s<br />

está a inicialização do aplicativo com o reconhecimento<br />

facial ou digital. “Incluímos, também,<br />

no aplicativo, por meio <strong>de</strong> inteligência artificial, uma<br />

ferramenta para que os serviços mais utilizados pelo<br />

associado venham no primeiro plano, com ênfase<br />

no Pix, facilitando a interação.”<br />

Conrado revela ainda que foram inseridos no<br />

novo aplicativo mais mecanismos <strong>de</strong> segurança para<br />

as transações via Pix. “São ações para se evitar ou dificultar<br />

golpes e frau<strong>de</strong>s na plataforma <strong>de</strong> pagamento<br />

instantâneo. O sistema conta com uma série <strong>de</strong> funcionalida<strong>de</strong>s<br />

que visam i<strong>de</strong>ntificar a conduta do beneficiário<br />

para proteger as transações dos associados,<br />

evitando possíveis prejuízos em golpes e frau<strong>de</strong>s.”<br />

Conrado menciona que em setembro próximo,<br />

será incorporado no aplicativo mais duas<br />

36 revista<br />

agosto/<strong>2022</strong>


melhorias: a primeira, solicitada pelos associados,<br />

apresentará as cotações <strong>de</strong> preços <strong>de</strong> lousa praticados<br />

na <strong>Coamo</strong> para soja, milho e trigo e o preço do<br />

dólar comercial; e a segunda melhoria diz respeito à<br />

segurança <strong>de</strong> transações, para TEDs e Boletos, que<br />

é a validação dos <strong>de</strong>stinatários dos recursos, evitando<br />

golpes quando o <strong>de</strong>stinatário já tiver registro <strong>de</strong><br />

indícios <strong>de</strong> frau<strong>de</strong> em meios <strong>de</strong> pagamento.<br />

Ainda no quesito segurança, Conrado informa<br />

que a atuação sistêmica da Cooperativa é<br />

ativa, no sentido <strong>de</strong> barrar operações suspeitas,<br />

e é proativa, pois monitora em tempo real todas<br />

as transações dos associados, com um sistema<br />

robusto que exige autenticação <strong>de</strong> senhas do associado<br />

para suas operações. Por fim, conclui que<br />

a Credicoamo e a <strong>Coamo</strong> investem recursos na<br />

disponibilização <strong>de</strong> sistemas seguros, mas que é<br />

necessário o associado estar atento para os golpes<br />

em aplicativos <strong>de</strong> mensagens, golpes <strong>de</strong> engenharia<br />

social e golpes <strong>de</strong> clonagem, conforme<br />

<strong>de</strong>stacados pelo Banco Central do Brasil e pela<br />

Febraban e publicados tanto no site Credicoamo<br />

quanto nesta revista <strong>Coamo</strong>.<br />

O presi<strong>de</strong>nte Executivo, Alcir José Goldoni,<br />

por sua vez, <strong>de</strong>staca que “a estratégia da Credicoamo<br />

é disponibilizar canais digitais que facilitam e<br />

agilizam as operações financeiras dos associados,<br />

mas tudo isso só terá efeito se o associado também<br />

ficar atento às mensagens que recebe pelo celular.<br />

Não <strong>de</strong>ve abrir nenhuma mensagem que venha suscitar<br />

dúvida. O associado antes <strong>de</strong> qualquer transferência<br />

que não é corriqueira, <strong>de</strong>ve validar com<br />

os familiares ou nas agências da Credicoamo. Principalmente<br />

em mensagens on<strong>de</strong> se observa muita<br />

vantagem em qualquer tipo <strong>de</strong> negócio ou quando<br />

se tem uma mensagem que envolve os familiares. A<br />

Credicoamo quer estar junto com o associado on<strong>de</strong><br />

ele estiver e com segurança, menciona o slogan”.<br />

agosto/<strong>2022</strong> revista 37


investimento<br />

OPORTUNIDADES NO PORTO DE ITAPOÁ<br />

Estrutura da <strong>Coamo</strong> em Itapoá contará com quatro terminais e extensão <strong>de</strong> frente para o mar <strong>de</strong> 400 metros quadrados<br />

Expandir e buscar novas oportunida<strong>de</strong>s e mercados<br />

fazem parte da essência da <strong>Coamo</strong>. Há cerca<br />

<strong>de</strong> oito anos a cooperativa <strong>de</strong>u mais um passo<br />

importante, quando iniciou as tratativas para adquirir<br />

um terminal no Porto <strong>de</strong> Itapoá, em Santa Catarina. Isso<br />

porque em 2014, existia um gargalo da produção. O<br />

Sul do país ficou estrangulado em relação aos portos e<br />

a <strong>Coamo</strong> precisou buscar outras opções.<br />

O Porto <strong>de</strong> Itapoá foi uma alternativa. É um<br />

terminal <strong>de</strong> uso privado, em que se po<strong>de</strong> operá-lo<br />

integralmente, conforme explica o diretor <strong>de</strong> Logística<br />

e Operações da <strong>Coamo</strong>, E<strong>de</strong>nilson Carlos<br />

<strong>de</strong> Oliveira. “Se ven<strong>de</strong>rmos um milho para julho <strong>de</strong><br />

2023, sabemos que a programação será cumprida<br />

exatamente nesta data, sem qualquer atraso. Diferente<br />

<strong>de</strong> Paranaguá, on<strong>de</strong> há navios <strong>de</strong> todos os players<br />

e tem 11 terminais, ligados a três berços, dificultando<br />

uma or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> embarque.”<br />

38 revista<br />

agosto/<strong>2022</strong>


Aumento do<br />

recebimento da<br />

produção dos<br />

cooperados ao longo<br />

dos anos reforçam a<br />

necessida<strong>de</strong> da <strong>Coamo</strong><br />

estar preparada e não<br />

limitar o crescimento<br />

e remuneração do<br />

quadro social<br />

O presi<strong>de</strong>nte Executivo da <strong>Coamo</strong>, Airton<br />

Galinari, acrescenta que essa aquisição surgiu <strong>de</strong><br />

uma dificulda<strong>de</strong> que se estava tendo em Paranaguá,<br />

em função <strong>de</strong> filas e <strong>de</strong>mora <strong>de</strong> navios para atracação.<br />

“Tínhamos compromissos que não conseguíamos<br />

aten<strong>de</strong>r em função <strong>de</strong>sses problemas. Foi uma<br />

época em que a regularização da fila <strong>de</strong> navios em<br />

Paranaguá estava um tanto quanto perturbada, com<br />

regras que não favoreciam a eficiência. Então, fomos<br />

buscar alternativas em diversos portos do Sul<br />

do país, que pu<strong>de</strong>ssem abrigar um porto próprio,<br />

uma vez que Paranaguá é um porto on<strong>de</strong> compartilhamos<br />

a atracação <strong>de</strong> navios com outros terminais.<br />

Nós queríamos ter controle na fila <strong>de</strong> navios para fazer<br />

uma logística mais eficiente.”<br />

Galinari explica que Itapoá foi uma oportunida<strong>de</strong>.<br />

“Fizemos aquisições estratégicas, da frente do<br />

mar para o fundo. Nosso terminal terá uma extensão<br />

<strong>de</strong> frente para o mar <strong>de</strong> 400 metros quadrados. Enquanto<br />

fazíamos essas aquisições, verificamos a possibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> fazer mais <strong>de</strong> um berço <strong>de</strong> atracação.<br />

Então o projeto passou para a atracação <strong>de</strong> três navios<br />

simultaneamente. Com isso, po<strong>de</strong>remos realizar<br />

parcerias e, inclusive, já estamos com algumas sendo<br />

discutidas nos berços que a <strong>Coamo</strong> não irá operar.”<br />

Dentro <strong>de</strong>ste porto, portanto, a <strong>Coamo</strong> terá<br />

quatro terminais, um para grãos e farelos, um para<br />

fertilizantes, um para líquidos e outro para gases<br />

GLP - gás liquefeito <strong>de</strong> petróleo. “Não são negócios<br />

que a cooperativa irá explorar, mas como a área permite,<br />

é possível arrendar os terminais e gerar mais<br />

receita que possibilitará um melhor retorno da operacionalização<br />

que interessa <strong>de</strong> fato para a <strong>Coamo</strong>.<br />

Um exemplo, é a Supergasbrás, que arrendará um<br />

<strong>de</strong>stes espaços”, revela E<strong>de</strong>nilson Carlos <strong>de</strong> Oliveira.<br />

Outro ponto favorável ao Porto <strong>de</strong> Itapoá, <strong>de</strong><br />

acordo com o diretor <strong>de</strong> Logística e Operações da<br />

<strong>Coamo</strong>, E<strong>de</strong>nilson Carlos <strong>de</strong> Oliveira, é a condição<br />

<strong>de</strong> água da baía <strong>de</strong> Babitonga e a localização, pois é<br />

bem no início, facilitando o fluxo. “Há uma condição<br />

<strong>de</strong> navegabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 14 a 16 metros para chegar<br />

no canal. O calado natural do local on<strong>de</strong> será instalado<br />

o píer é <strong>de</strong> 25 metros <strong>de</strong> profundida<strong>de</strong>. Tudo<br />

isso permite a atracação <strong>de</strong> navios maiores”, explica.<br />

A <strong>Coamo</strong> conseguiu a outorga da marinha<br />

para operar no porto. Em julho do ano passado iniciaram<br />

os estudos <strong>de</strong> impactos ambientais <strong>de</strong> fauna<br />

e flora, e encerraram no outono <strong>de</strong>ste ano. Agora,<br />

vem a segunda etapa, <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong> campo, apresentar<br />

aos órgãos competentes este estudo e as<br />

agosto/<strong>2022</strong> revista 39


investimento<br />

PAXEO ®<br />

QUEM CONFIA<br />

CRESCE FORTE<br />

Gran<strong>de</strong>s produtores <strong>de</strong> soja comandam<br />

o campo com confiança. Conte com o produto<br />

que faz parte <strong>de</strong> uma nova família <strong>de</strong> herbicidas<br />

para uso em <strong>de</strong>ssecação com ação residual<br />

em pré-plantio <strong>de</strong> soja.<br />

PRÉ<br />

CICLO<br />

LIMPO<br />

PÓS<br />

EMERGÊNCIA<br />

CONFIAR É PODER<br />

• TER controle duradouro <strong>de</strong> plantas daninhas como buva,<br />

capim-amargoso, trapoeraba, corda-<strong>de</strong>-viola e outras<br />

• ASSOCIAR com herbicidas graminicidas sem antagonismo<br />

• CONTROLAR plantas daninhas resistentes e tolerantes<br />

A P L I Q U E<br />

C O N F<br />

I A N Ç A<br />

Decisivo no resultado.<br />

0800 772 2492 | saiba mais: corteva.com.br<br />

TM ®<br />

Marcas registradas da Corteva Agriscience e suas companhias afiliadas.<br />

© <strong>2022</strong> Corteva


investimento<br />

medidas que a cooperativa irá tomar. Isso para conseguir uma<br />

licença prévia <strong>de</strong> operação. “Estamos na licença prévia, <strong>de</strong>pois<br />

virá a licença <strong>de</strong> instalação e a <strong>Coamo</strong> estaria liberada para a<br />

construção, para <strong>de</strong>pois ter a licença <strong>de</strong> operação, quando o<br />

porto estivesse pronto”, esclarece o presi<strong>de</strong>nte Executivo.<br />

Agora, o licenciamento <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> dos órgãos ambientais.<br />

“Estamos com uma empresa muito capacitada, contratada<br />

para fazer isso. Estamos levando todas as informações, juntamente<br />

com os órgãos públicos competentes. A expectativa é<br />

que tenhamos essa licença prévia até 2023, para então fazer a<br />

licença <strong>de</strong> instalação, que é razoável pensar em uns dois anos<br />

mais ou menos. Então teríamos mais uns três anos para ter todo<br />

o licenciamento, pronto para então iniciar uma obra.”<br />

Essa expansão é com vistas a <strong>Coamo</strong> do futuro, pois o<br />

produtor rural está tendo um crescimento orgânico e vai produzir<br />

mais <strong>de</strong>ntro da mesma área. “Aliado à expansão <strong>de</strong> área<br />

da cooperativa, percebemos que precisamos avançar nisso,<br />

para não criar um gargalo que limite esse crescimento e remuneração<br />

do cooperado. Quando limito o escoamento da produção,<br />

limito a comercialização, criando um gargalo que po<strong>de</strong><br />

prejudicar o quadro social”, consi<strong>de</strong>ra o diretor <strong>de</strong> Logística e<br />

Operações.<br />

O presi<strong>de</strong>nte Executivo, Airton Galinari, diz que é importante<br />

essa expansão para o cooperado. “Até agora, com Paranaguá<br />

já dobramos nossa capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> exportação e nossa<br />

<strong>de</strong>manda vem sendo suprida, com a recente inauguração do<br />

terminal dois. Com Itapoá, as oportunida<strong>de</strong>s serão ainda maiores,<br />

<strong>de</strong> fazer uma logística própria tanto por terra quanto marítima.<br />

Isso nos permitirá negócios com garantias maiores e reais<br />

<strong>de</strong> tempo <strong>de</strong> espera <strong>de</strong> navio e entrega <strong>de</strong> produtos, uma vez<br />

que, vamos coor<strong>de</strong>nar toda a operação. Para o cooperado isso<br />

se reverte em menos custos, e quando temos menos custos,<br />

po<strong>de</strong>mos remunerar melhor o produtor rural, que é o objetivo<br />

principal <strong>de</strong> todas as ações da <strong>Coamo</strong>.”<br />

PARCERIA COM A<br />

SUPERGASBRAS<br />

A Supergasbras, empresa<br />

do Grupo SHV, lí<strong>de</strong>r mundial<br />

na distribuição <strong>de</strong> GLP, firmou<br />

acordo com a <strong>Coamo</strong>. Um dos<br />

berços da cooperativa será arrendado<br />

para a empresa por 35<br />

anos. Este é o segundo projeto<br />

anunciado pela companhia em<br />

<strong>2022</strong>, que agora já chega a mais<br />

<strong>de</strong> R$ 1,6 bilhão <strong>de</strong> investimento<br />

para a construção <strong>de</strong> terminais<br />

para importação e movimentação<br />

<strong>de</strong> GLP – gás liquefeito <strong>de</strong><br />

petróleo. O empreendimento<br />

terá capacida<strong>de</strong> para 38 mil toneladas<br />

<strong>de</strong> GLP, com movimentação<br />

anual <strong>de</strong> 425 mil toneladas. A<br />

tancagem será utilizada para armazenagem<br />

<strong>de</strong> GLP nacional ou<br />

importado. O investimento está<br />

estimado em R$ 850 milhões, e,<br />

em sua fase <strong>de</strong> construção, <strong>de</strong>ve<br />

gerar 800 empregos diretos e indiretos<br />

na região.<br />

“É uma estocagem adicional<br />

muito significativa, que dá<br />

garantia <strong>de</strong> suprimento para a<br />

região e beneficia a população.<br />

Este novo acordo que estamos<br />

assinando com a <strong>Coamo</strong> segue<br />

em linha com o nosso objetivo<br />

<strong>de</strong> melhorar a infraestrutura<br />

primária para a distribuição <strong>de</strong><br />

GLP <strong>de</strong> Norte a Sul do país. Em<br />

março, anunciamos o projeto no<br />

Pecém, no Ceará, e agora está<br />

parceria com a <strong>Coamo</strong>, que beneficiará<br />

a região Sul do país”,<br />

ressalta Júlio Cardoso, presi<strong>de</strong>nte<br />

da Supergasbras.<br />

agosto/<strong>2022</strong> revista 41


Tecnologia Mobil.<br />

Solução completa para<br />

seu maquinário agrícola.<br />

Aprovado<br />

pelas principais<br />

montadoras.<br />

Se tem<br />

movimento,<br />

tem Mobil.<br />

Para saber mais, aponte a<br />

câmera do seu celular para<br />

o QR Co<strong>de</strong> ao lado.<br />

© <strong>2022</strong>. Todos os direitos reservados a Cosan Lubrificantes e Especialida<strong>de</strong>s S.A. (Moove).<br />

Proibida reprodução ou distribuição sem autorização. Todas as marcas utilizadas neste material são marcas ou marcas registradas da Exxon Mobil Corporation ou uma <strong>de</strong> suas subsidiárias, utilizadas<br />

por Cosan Lubrificantes e Especialida<strong>de</strong>s S.A., ou uma <strong>de</strong> suas subsidiárias, sob licença. Outras marcas ou nomes <strong>de</strong> produtos utilizados neste material são <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> seus respectivos donos.


meio ambiente<br />

SISTEMA CAMPO LIMPO<br />

94% das embalagens têm <strong>de</strong>stinação ambiental correta<br />

O<br />

Dia Nacional do Campo Limpo comemorado<br />

anualmente no dia 18 <strong>de</strong> agosto teve um<br />

evento em Campo Mourão (Centro-Oeste<br />

do Paraná), na unida<strong>de</strong> regional da Associação dos<br />

Distribuidores <strong>de</strong> Insumos e Tecnologia Agropecuária<br />

(Adita). "O Paraná recebe 13% do volume <strong>de</strong><br />

recolhimento nacional <strong>de</strong> embalagens e <strong>de</strong>ste montante,<br />

recebemos em nossas três regionais 25% do<br />

total das embalagens <strong>de</strong> <strong>de</strong>fensivos agrícolas do<br />

Paraná. É um trabalho com bom resultado da sustentabilida<strong>de</strong>,<br />

por meio da atuação da Adita há mais<br />

<strong>de</strong> 20 anos com apoio <strong>de</strong> muitos, e em especial a<br />

participação da <strong>Coamo</strong>”, explica o diretor executivo<br />

da Adita, Waldir Baccarin.<br />

“As embalagens abandonadas no ambiente<br />

ou <strong>de</strong>scartadas ina<strong>de</strong>quadamente, po<strong>de</strong>m contaminar<br />

o solo, as águas superficiais e os lençóis freáticos.<br />

Há também o problema da reutilização sem critério. Ao<br />

longo dos anos, essa realida<strong>de</strong> melhorou e os cooperados<br />

vêm cumprindo o seu papel com a entrega das<br />

embalagens nos postos <strong>de</strong> recolhimento espalhados<br />

na área <strong>de</strong> ação da cooperativa”, explica o coor<strong>de</strong>nador<br />

do <strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> Ambiental<br />

da <strong>Coamo</strong>, Djalma Lúcio <strong>de</strong> Oliveira.<br />

O Sistema Campo Limpo é um programa <strong>de</strong><br />

logística reversa <strong>de</strong> embalagens vazias <strong>de</strong> <strong>de</strong>fensi-<br />

vos agrícolas, no qual o Instituto Nacional <strong>de</strong> Processamento<br />

<strong>de</strong> Embalagens Vazias (Inpev) atua como<br />

núcleo <strong>de</strong> inteligência em 99 centrais, 312 postos e<br />

mais <strong>de</strong> 1.700 profissionais participando direta ou<br />

indiretamente. O programa tem como base o conceito<br />

<strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> compartilhada entre agricultores,<br />

indústria fabricante, canais <strong>de</strong> distribuição<br />

e po<strong>de</strong>r público com papeis e responsabilida<strong>de</strong>s específicas<br />

no fluxo <strong>de</strong> funcionamento do programa,<br />

<strong>de</strong>finidas por lei. O Brasil é referência na <strong>de</strong>stinação<br />

correta <strong>de</strong> embalagens vazias <strong>de</strong> <strong>de</strong>fensivos, com<br />

uma média anual <strong>de</strong> 94% das embalagens plásticas<br />

primárias comercializadas.<br />

Segundo pesquisa realizada pela Associação<br />

Nacional <strong>de</strong> Defesa Vegetal (An<strong>de</strong>f), em 1999, 50% das<br />

embalagens vazias <strong>de</strong> <strong>de</strong>fensivos agrícolas no Brasil naquela<br />

época eram doadas ou vendidas sem qualquer<br />

controle; 25% tinham como <strong>de</strong>stino a queima a céu<br />

aberto, 10% ficavam armazenadas ao relento e 15%<br />

eram simplesmente abandonadas no campo. Mas, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

o início da operação, em 2002, o Sistema Campo<br />

Limpo vem sendo ampliado e atualmente assegura a<br />

<strong>de</strong>stinação ambientalmente correta <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 94%<br />

das embalagens plásticas primárias (que entram em<br />

contato direto com o produto) e 80% do total <strong>de</strong> embalagens<br />

vazias <strong>de</strong> <strong>de</strong>fensivos agrícolas comercializadas.<br />

Evento em Campo Mourão incluiu plantio <strong>de</strong> mudas <strong>de</strong><br />

ipês e uma visita técnica <strong>de</strong> alunos do Colégio Agrícola<br />

Djalma Lúcio <strong>de</strong> Oliveira, coor<strong>de</strong>nador do <strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong><br />

Ambiental da <strong>Coamo</strong>, e Waldir Baccarin, diretor executivo da Adita<br />

agosto/<strong>2022</strong> revista 43


jovens lí<strong>de</strong>res<br />

FORMAÇÃO NO CAMPO<br />

Encerramento da 26ª turma <strong>de</strong> Jovens Lí<strong>de</strong>res Cooperativistas foi<br />

no dia 25 <strong>de</strong> agosto com a presença dos formandos e familiares<br />

A<br />

<strong>Coamo</strong> acredita que o processo <strong>de</strong> mudança<br />

para tornar o cooperativismo e o agronegócio<br />

mais produtivo e eficiente passa pela<br />

formação, educação e <strong>de</strong>senvolvimento dos cooperados.<br />

Pensando assim, realiza <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1998 o Programa<br />

<strong>de</strong> Formação <strong>de</strong> Jovens Lí<strong>de</strong>res Cooperativistas,<br />

com a participação <strong>de</strong> associados <strong>de</strong> toda área <strong>de</strong><br />

ação no Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do<br />

Sul. A formatura da 26ª turma foi realizada no dia<br />

25 <strong>de</strong> agosto com a presença dos formandos e familiares.<br />

O curso começou 06 <strong>de</strong> abril e foram mais<br />

<strong>de</strong> 144 horas <strong>de</strong> aprendizado em sete módulos que<br />

trataram sobre a <strong>Coamo</strong>, Credicoamo, cooperativismo,<br />

li<strong>de</strong>rança, gestões <strong>de</strong> pessoas, financeira e <strong>de</strong><br />

marketing. Realizado no formato presencial e virtual,<br />

o curso foi em parceria com o Sescoop/PR.<br />

Caio Tetsuo Moriyama, cooperado em Roncador<br />

(Centro-Oeste do Paraná), diz que o curso foi<br />

completo. “Quando fomos convidados para participar,<br />

não tínhamos muita noção <strong>de</strong> como seria. É um<br />

curso que abrange vários assuntos, mesmo em uma<br />

carga horária não muito extensa. É a oportunida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> conhecermos mais sobre a <strong>Coamo</strong> e a Credicoamo”,<br />

comenta. Segundo ele, os assuntos apresentados<br />

no curso são realizados com o dia a dia da<br />

proprieda<strong>de</strong> rural, facilitando a adoção do conhecimento<br />

nas ativida<strong>de</strong>s agrícolas. “Estamos em um<br />

processo <strong>de</strong> melhoria, inserindo novas tecnologias<br />

e novos hábitos com objetivo <strong>de</strong> melhorar o trabalho<br />

e o rendimento nas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas na<br />

44 revista<br />

agosto/<strong>2022</strong>


Tomas Sparano Martins, Alcir José Goldoni, Airton<br />

Galinari, Caio Tetsuo Moriyama e José Aroldo Gallassini<br />

Cristiane Biscolli Serpa, <strong>de</strong> Mangueirinha (PR), foi a<br />

oradora da 26ª turma <strong>de</strong> Jovens Lí<strong>de</strong>res Cooperativas<br />

proprieda<strong>de</strong>. O curso forneceu muitas oportunida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> aprendizado”, comenta o cooperado. Ele foi<br />

um dos três alunos <strong>de</strong>staques do curso, com 100%<br />

<strong>de</strong> participação.<br />

Cristiane Biscoli Serpa, <strong>de</strong> Mangueirinha<br />

(Sudoeste do Paraná), foi a oradora da 26ª turma <strong>de</strong><br />

Jovens Lí<strong>de</strong>res Cooperativas. Ela diz que participar<br />

do curso foi <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância. “Volto para casa<br />

com muitas informações, além da troca <strong>de</strong> experiências<br />

com colegas <strong>de</strong> outras regiões. A <strong>Coamo</strong> é um<br />

exemplo <strong>de</strong> gestão que po<strong>de</strong>mos levar para a nossa<br />

vida e ativida<strong>de</strong>s do dia a dia. Ficamos sabendo<br />

como os cooperados são importantes para a <strong>Coamo</strong><br />

e a Credicoamo, como as cooperativas são importantes<br />

para os associados. Isso nos motiva a continuar<br />

trabalhando para manter o legado do cooperativismo”,<br />

pon<strong>de</strong>ra.<br />

Na visão da cooperada, um diferencial da<br />

<strong>Coamo</strong> é pensar no futuro. “A continuida<strong>de</strong> da cooperativa<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> dos cooperados e da diretoria<br />

que conduz a <strong>Coamo</strong> e a Credicoamo com muita<br />

eficiência. Conhecer todo esse trabalho é uma experiência<br />

enriquecedora”, frisa Cristiane.<br />

Tomas Sparano Martins, professor da Universida<strong>de</strong><br />

Fe<strong>de</strong>ral do Paraná (UFPR), foi um dos responsáveis<br />

por ministrar o curso. Ele conta que cada<br />

turma é diferente e que a 26ª teve como diferencial<br />

a jovialida<strong>de</strong> e intensida<strong>de</strong> <strong>de</strong> receber mais conhecimento.<br />

“A <strong>Coamo</strong> está no caminho certo, com<br />

essas iniciativas. É importante se preocupar com a<br />

sucessão no campo e, também, nos conselhos das<br />

cooperativas”, ressalta.<br />

O presi<strong>de</strong>nte dos Conselhos <strong>de</strong> Administração<br />

da <strong>Coamo</strong> e Credicoamo, José Aroldo Gallassini,<br />

observa que um dos objetivos do curso é garantir<br />

a sucessão e perpetuação das duas cooperativas.<br />

“São lí<strong>de</strong>res que po<strong>de</strong>rão participar dos conselhos<br />

fiscal e <strong>de</strong> administração, tanto da <strong>Coamo</strong> quanto na<br />

Credicoamo. Tratam-se <strong>de</strong> duas gran<strong>de</strong>s cooperativas<br />

que precisam <strong>de</strong> pessoas preparadas e competentes<br />

para administrá-las”, comenta Gallassini. Ele<br />

lembra que mais <strong>de</strong> mil cooperados já passaram<br />

pelo curso, preparados, também, para a sucessão<br />

no campo. “São cooperados que estão dando continuida<strong>de</strong><br />

as ativida<strong>de</strong>s agrícolas, com mais conhecimento<br />

e profissionalismo”, pon<strong>de</strong>ra Gallassini.<br />

José Aroldo Gallassini, presi<strong>de</strong>nte dos Conselhos <strong>de</strong> Administração da <strong>Coamo</strong> e Credicoamo<br />

agosto/<strong>2022</strong> revista 45


encontro<br />

MULHERES COOPERATIVISTAS<br />

Unida<strong>de</strong> da <strong>Coamo</strong> em Mangueirinha (PR) reuniu mais <strong>de</strong> 200 mulheres<br />

A<br />

<strong>Coamo</strong> realizou no dia<br />

23 <strong>de</strong> agosto o Encontro<br />

da Família Cooperativista<br />

<strong>de</strong> Mangueirinha (Sudoeste do<br />

Paraná). Mais <strong>de</strong> 200 mulheres,<br />

cooperadas, esposas e filhas <strong>de</strong><br />

cooperados participaram do<br />

evento, que <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2010, traz temas<br />

atuais e motivacionais que<br />

além <strong>de</strong> agregar conhecimento,<br />

emocionam as participantes. A<br />

programação contou com duas<br />

palestras. Uma sobre a comunicação<br />

assertiva na proprieda<strong>de</strong><br />

rural, com Eliane Gavasso, e outra<br />

que teve como tema: os cinco<br />

passos para o sucesso pessoal e<br />

profissional no cooperativismo,<br />

palestrada por Dani Amaral.<br />

Cleusa Scabeni Pane,<br />

esposa <strong>de</strong> cooperado, <strong>de</strong> Chopinzinho,<br />

esteve no encontro. Ela<br />

revela que as mulheres da região<br />

são participativas e unidas. “É<br />

uma honra estar neste evento,<br />

pois sei <strong>de</strong> todo o empenho e<br />

carinho da família <strong>Coamo</strong> para<br />

nos receber. Quando recebemos<br />

um convite como esse, na hora<br />

nos prontificamos em participar.<br />

Ainda mais <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> passar por<br />

dois anos <strong>de</strong> pan<strong>de</strong>mia, sem po<strong>de</strong>r<br />

se reunir. Foi muito bom participar,<br />

rever as amigas e ainda<br />

apren<strong>de</strong>r com duas palestras tão<br />

enriquecedoras.”<br />

Quem também na per<strong>de</strong><br />

a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> participar<br />

é a cooperada Cristiane Manosso,<br />

<strong>de</strong> Mangueirinha. “A <strong>Coamo</strong><br />

sempre está <strong>de</strong> parabéns pela<br />

organização e pelas palestras escolhidas.<br />

Sempre estou presente<br />

nestes encontros, pois o conteúdo<br />

faz diferença em nosso dia<br />

a dia, tanto na vida profissional<br />

quanto pessoal. Sempre temos o<br />

que melhorar.”<br />

A também cooperada<br />

em Mangueirinha, Maria Elza<br />

Grzyb, <strong>de</strong>stacou que nas duas<br />

palestras apren<strong>de</strong>u muito. “Foi<br />

lindo assistir a história <strong>de</strong> superação<br />

da Dani Amaral. É uma lição<br />

<strong>de</strong> vida. A palestra da Eliane também<br />

foi importante, pois falou<br />

<strong>de</strong> comunicação. Então, com um<br />

evento bem preparado, me sinto<br />

valorizada na <strong>Coamo</strong>. É uma<br />

oportunida<strong>de</strong> para todas nós<br />

mulheres.”<br />

Segundo gerente <strong>de</strong><br />

Mangueirinha, Hudson <strong>de</strong> Almei-<br />

46 revista<br />

agosto/<strong>2022</strong>


Eliane Gavasso falou sobre comunicação, um assunto<br />

que é sempre atual e exige prática <strong>de</strong> todos<br />

Dani Amaral apresentou exemplos pessoais <strong>de</strong> como é possível<br />

obter conquistas, por meio do <strong>de</strong>senvolvimento humano<br />

da, a <strong>Coamo</strong> retribui todo o engajamento<br />

e participação das mulheres,<br />

realizando todos os anos um<br />

evento <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>. “Esse evento<br />

é uma tradição em Mangueirinha.<br />

Há uma década, as mulheres daqui<br />

se envolvem e interagem para<br />

que esse momento seja especial.<br />

Por isso, escolhemos com muito<br />

carinho as palestras, diversificando<br />

os temas. Trazemos assuntos<br />

motivacionais, técnicos, sempre<br />

levando em consi<strong>de</strong>ração o que<br />

elas querem ouvir.”<br />

Superação e emoção<br />

“In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> on<strong>de</strong><br />

se está, é possível conquistar os<br />

resultados que se almeja.” Essa foi<br />

a mensagem que a Dani Amaral<br />

<strong>de</strong>ixou para as participantes do<br />

Encontro da Família Cooperativista.<br />

A palestrante apresentou exemplos<br />

pessoais <strong>de</strong> como é possível<br />

obter conquistas, por meio do <strong>de</strong>senvolvimento<br />

humano.<br />

Dani Amaral, é <strong>de</strong> Arapuã<br />

(Centro-Norte do Paraná), e<br />

per<strong>de</strong>u os dois braços aos quatro<br />

anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> em um aci<strong>de</strong>nte<br />

com uma máquina agrícola na<br />

proprieda<strong>de</strong> dos seus pais. “Foi<br />

um evento bem difícil tanto para<br />

mim quanto para a minha família.<br />

Mas, o que mudou minha cabeça<br />

foi enten<strong>de</strong>r que isso não iria me<br />

<strong>de</strong>finir. O que me <strong>de</strong>finiria seria o<br />

que eu ia fazer com essa história!<br />

Resolvi me adaptar e aprendi a<br />

fazer tudo sozinha.”<br />

Essa história, Dani Amaral,<br />

mostrou para as participantes,<br />

não como uma situação triste<br />

ou pesada. Mas, sim, como uma<br />

forma para todos repensarem e<br />

transformarem as situações <strong>de</strong><br />

forma positiva. “Quando levamos<br />

as coisas <strong>de</strong> forma mais leve,<br />

com certeza a nossa vida muda.”<br />

Comunicação assertiva<br />

A outra palestra foi conduzida<br />

por Eliane Gavasso. Ela<br />

falou sobre comunicação, um assunto<br />

que é sempre atual e exige<br />

prática <strong>de</strong> todos. “Apresentamos<br />

a comunicação associada aos papeis<br />

que cada um <strong>de</strong>sempenha<br />

na proprieda<strong>de</strong> rural. É preciso<br />

enten<strong>de</strong>r que além da questão<br />

familiar, essas pessoas que estão<br />

em casa, também trabalham na<br />

proprieda<strong>de</strong>. Então precisamos<br />

alinhar toda essa comunicação<br />

para gerar um resultado efetivo.”<br />

Eliane falou do exemplo<br />

da <strong>Coamo</strong>. “Percebemos a comunicação<br />

muito bem-organizada.<br />

Por isso, é um cooperativismo <strong>de</strong><br />

resultados. A proprieda<strong>de</strong> também<br />

<strong>de</strong>ve ser encarada <strong>de</strong>ssa<br />

forma, num jantar <strong>de</strong> família, pai,<br />

mãe e filhos <strong>de</strong>sempenham seu<br />

papel familiar, mas na ativida<strong>de</strong><br />

rural, cada um <strong>de</strong>ve realizar um<br />

papel como profissional. Deve<br />

ser uma organização como empresa.”<br />

Ainda sobre a comunicação<br />

assertiva, a palestrante <strong>de</strong>staca<br />

que esse equilíbrio ajuda a<br />

compreen<strong>de</strong>r como cada um se<br />

posiciona. “Ninguém muda o outro.<br />

Mas, se mudarmos o nosso<br />

entendimento e posicionamento,<br />

conseguimos resultados que<br />

melhoram o nosso <strong>de</strong>sempenho<br />

familiar e profissional”, ressalta.<br />

agosto/<strong>2022</strong> revista 47


48 revista<br />

agosto/<strong>2022</strong>


atualização<br />

Mulher Atual em Engenheiro Beltrão<br />

O<br />

Mulher Atual voltou.<br />

Esse é um curso voltado<br />

para cooperadas,<br />

esposas e filhas <strong>de</strong> cooperados,<br />

que por conta, da pan<strong>de</strong>mia<br />

estava suspenso e retomou no<br />

mês <strong>de</strong> maio em Engenheiro<br />

Beltrão (Centro-Oeste do Paraná).<br />

O objetivo é sensibilizar a<br />

potencialida<strong>de</strong> feminina, com<br />

<strong>de</strong>senvolvimento humano, social<br />

e econômico, visando a aproximação<br />

ao sistema cooperativista.<br />

São 64 horas <strong>de</strong> curso, divididas<br />

em oito módulos com oito horas,<br />

abordando temas como: autoconhecimento,<br />

qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida,<br />

sustentabilida<strong>de</strong> e empreen<strong>de</strong>dorismo.<br />

O encerramento foi<br />

marcado pela emoção das 20<br />

participantes. “Estávamos ansiosas<br />

pelo retorno dos eventos<br />

presenciais, com sauda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> nos reunir. Depois <strong>de</strong> passar<br />

por essa pan<strong>de</strong>mia, com tantas<br />

perdas, esse Mulher Atual foi<br />

diferente, nos envolveu <strong>de</strong> forma<br />

ainda mais profunda. Vemos<br />

algo extraordinário acontecer<br />

aqui, com mudanças significativas<br />

na vida <strong>de</strong> todas, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o<br />

primeiro encontro”, revela a oradora<br />

da turma, Walessa Bessani<br />

<strong>de</strong> Azevedo.<br />

Outra participante que<br />

se sentiu tocada pelo Mulher<br />

Atual foi Geonadir Navarro Giorgetti.<br />

Ela per<strong>de</strong>u o marido há<br />

dois anos, para a Covid-19. “É a<br />

primeira vez que participei do<br />

Mulher Atual. Obtive aprendizado<br />

em todas as áreas da minha<br />

vida. Tem sido muito difícil <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

que meu marido se foi, mas com<br />

o autoconhecimento, a gente se<br />

reencontra. Sem contar, que a<br />

professora foi maravilhosa.”<br />

A instrutora do Senar/<br />

PR, Luciane Pimentel, ressalta<br />

que realizar esse curso neste<br />

momento foi uma experiência<br />

diferente. “As pessoas estavam<br />

se<strong>de</strong>ntas por sair <strong>de</strong> casa e unir<br />

essa vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> sair <strong>de</strong> casa e se<br />

reunir com conhecimento, foi o<br />

que proporcionou para elas essa<br />

evolução e <strong>de</strong>senvolvimento. Foi<br />

uma turma muito especial para<br />

mim, uma turma ímpar, que se<br />

permitiu <strong>de</strong>senvolver e aceitou<br />

o conhecimento. Foi incrível ver<br />

esse <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>las. O<br />

objetivo do curso foi atingido,<br />

com certeza”, elogia.<br />

Segundo o gerente da<br />

<strong>Coamo</strong> em Engenheiro Beltrão,<br />

Antonio Carlos Mazzei, é gratificante<br />

encerrar mais um Mulher<br />

Atual. “Essa vibração das participantes,<br />

<strong>de</strong>monstra que não<br />

foi uma participação qualquer. É<br />

algo que elas vão carregar para<br />

a vida toda e, com certeza, colocar<br />

em prática.”<br />

Objetivo é sensibilizar a<br />

potencialida<strong>de</strong> feminina,<br />

com <strong>de</strong>senvolvimento<br />

humano, social e econômico,<br />

visando a aproximação ao<br />

sistema cooperativista<br />

agosto/<strong>2022</strong> revista 49


Inovação a todo tempo.<br />

Eorgulho<br />

UM HÍBRIDO DE<br />

COMPROMISSO<br />

Há 10 anos, a Morgan oferece híbridos <strong>de</strong> milho<br />

com <strong>de</strong>sempenho superior para grão e silagem.<br />

Investimos constantemente em pessoas,<br />

pesquisa, inovação e melhoramento genético<br />

para entregar o que o produtor realmente<br />

busca: maior potencial em todo o ciclo<br />

e mais resultados na colheita.<br />

50 revista<br />

agosto/<strong>2022</strong><br />

Conheça nossos produtos:<br />

morgansementes.com.br<br />

/MorganSementes<br />

/morgansementesoficial<br />

Uma marca


capacitação<br />

MULHERES QUE SEMEIAM<br />

Programa possibilitou às mais <strong>de</strong> 30<br />

participantes troca <strong>de</strong> experiências<br />

e o <strong>de</strong>spertar do sentimento <strong>de</strong><br />

pertencimento às cooperativas e a<br />

preparação para a gestão rural<br />

A<br />

<strong>Coamo</strong> iniciou em abril<br />

o curso “Mulheres que<br />

Semeiam” e seu encerramento<br />

foi no dia 13 <strong>de</strong> julho<br />

em Campo Mourão, reunindo as<br />

formandas em um evento com a<br />

presença das diretorias da <strong>Coamo</strong><br />

e da Credicoamo. O programa<br />

possibilitou às mais <strong>de</strong> 30 participantes<br />

troca <strong>de</strong> experiências<br />

e o <strong>de</strong>spertar do sentimento <strong>de</strong><br />

pertencimento às cooperativas e<br />

a preparação para a gestão rural.<br />

No total foram quatro<br />

módulos <strong>de</strong> quatro horas, com<br />

encontros mensais. “Em cada<br />

módulo abordamos um assunto<br />

diferente. É muito bom ver este<br />

interesse das mulheres, justamente<br />

porque elas são se<strong>de</strong>ntas<br />

<strong>de</strong> conhecimento e fazem parte<br />

do sucesso do cooperativismo e<br />

do agronegócio”, explica a professora<br />

do curso, Mariely Biff,<br />

consultora em Sucessão Familiar.<br />

O curso faz parte do programa<br />

“<strong>Coamo</strong> + Mulher” nas<br />

ativida<strong>de</strong>s do cooperativismo. O<br />

assessor <strong>de</strong> Cooperativismo da<br />

<strong>Coamo</strong>, José Ricardo Pedron Romani,<br />

diz que o propósito é <strong>de</strong>senvolver,<br />

integrar e capacitar as<br />

participantes na gestão e na produção<br />

das ativida<strong>de</strong>s da proprieda<strong>de</strong>.<br />

"Foram aplicados conteúdos<br />

viáveis, além <strong>de</strong> promover<br />

integração entre as cooperadas<br />

e a partilha das experiências, colaborando<br />

para fortalecer o relacionamento<br />

com a cooperativa.”<br />

Elaine Pereira dos Santos,<br />

<strong>de</strong> Campo Mourão, diz que<br />

o curso abriu seus horizontes.<br />

“Após participar, percebi que<br />

sou capaz <strong>de</strong> muitas coisas que<br />

eu pensava não ser. Foi um momento<br />

<strong>de</strong> autoconhecimento,<br />

<strong>de</strong>scoberta e muita informação.”<br />

Margareth Borsato Mottin,<br />

também <strong>de</strong> Campo Mourão,<br />

diz que todas as informações obtidas<br />

no curso foram importantes<br />

para seu <strong>de</strong>senvolvimento.<br />

“Eu achei o conteúdo do curso<br />

muito válido, principalmente,<br />

pela questão <strong>de</strong> sucessão familiar.<br />

Precisamos pensar no futuro<br />

para que não se <strong>de</strong>sfaça amanhã<br />

o que construímos hoje”, afirma.<br />

O presi<strong>de</strong>nte dos Conselhos<br />

<strong>de</strong> Administração da <strong>Coamo</strong> e da<br />

Credicoamo, José Aroldo Gallassini,<br />

<strong>de</strong>staca a importância <strong>de</strong>las<br />

para o sucesso das cooperativas.<br />

“É muito bom ver essa presença<br />

feminina atuante no cooperativismo.<br />

Já são mais <strong>de</strong> 1.600 mulheres<br />

cooperadas na <strong>Coamo</strong> e na<br />

Credicoamo, e o nosso papel é<br />

esse, treinar os cooperados para<br />

as boas práticas <strong>de</strong> gestão e sucessão”,<br />

consi<strong>de</strong>ra Gallassini.<br />

agosto/<strong>2022</strong> revista 51


52 revista<br />

agosto/<strong>2022</strong>


alimentos<br />

ÓLEO DE SOJA COAMO É DESTAQUE NACIONAL<br />

Produto permanece em primeiro lugar no PR, SC e RS, subiu <strong>de</strong> posição<br />

na classificação nacional, passando da quinta para a quarta<br />

O<br />

óleo <strong>de</strong> soja da <strong>Coamo</strong> está em<br />

mais um pódio. Desta vez, no ranking<br />

da revista SuperVarejo, edição<br />

os 5+ <strong>de</strong> <strong>2022</strong>, o produto permanece<br />

em primeiro lugar no PR, SC e RS, subiu <strong>de</strong><br />

posição na classificação nacional, passando<br />

da quinta para a quarta posição, além<br />

<strong>de</strong> se <strong>de</strong>stacar pela primeira vez na gran<strong>de</strong><br />

São Paulo, em quinto lugar, e se manter em<br />

quarto lugar no interior <strong>de</strong> São Paulo e, em<br />

quinto, no DF/GO/MS e MT.<br />

O estudo 5+, divulgado anualmente<br />

pela revista SuperVarejo, é <strong>de</strong>senvolvido<br />

pela Nielsen, e cresce o número <strong>de</strong> categorias<br />

analisadas a cada edição da pesquisa,<br />

que em <strong>2022</strong> traz 206 categorias auditadas<br />

em lojas do varejo alimentar no Brasil. “A<br />

captação das informações é realizada por<br />

meio da ferramenta Scantrack Projetado.<br />

Por meio <strong>de</strong>la é eleito o canal Autosserviço<br />

mais o Cash & Carry, divididos pelo Brasil<br />

e áreas Nielsen, tendo as informações <strong>de</strong>limitadas<br />

pelo ano fechado anterior à publicação”,<br />

explica Wagner Picolli, Gerente <strong>de</strong><br />

Atendimento ao Varejo Senior da Nielsen.<br />

Além <strong>de</strong> <strong>de</strong>stacar os maiores fornecedores<br />

brasileiros, a edição do ranking<br />

com os 5+ <strong>de</strong> <strong>2022</strong> também aponta movimentações<br />

nos formatos <strong>de</strong> lojas e mercado<br />

<strong>de</strong> consumo. Segundo o gerente Comercial<br />

<strong>de</strong> Alimentos, Wagner Schnei<strong>de</strong>r,<br />

essa é uma pesquisa conceituada e que traz<br />

um bom parâmetro para a marca. “É motivo<br />

<strong>de</strong> orgulho para a <strong>Coamo</strong> ter o óleo <strong>de</strong> soja<br />

em <strong>de</strong>staque nesta pesquisa que é realizada<br />

por empresas sérias. Concorremos<br />

com as principais multinacionais do país.<br />

É o produto do cooperados chegando em<br />

todo o Brasil”, afirma.<br />

Schnei<strong>de</strong>r acrescenta que os alimentos<br />

da <strong>Coamo</strong> têm origem e rastreabilida<strong>de</strong>,<br />

além <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sabor. “Essa<br />

é uma forma <strong>de</strong> comprovar que nossa linha<br />

alimentícia agrada o paladar do consumidor<br />

final e <strong>de</strong> que estamos no caminho<br />

certo”, consi<strong>de</strong>ra.<br />

agosto/<strong>2022</strong> revista 53


eceita<br />

Além <strong>de</strong> curtir<br />

e compartilhar,<br />

você vai<br />

saborear.<br />

Aqui, você <strong>de</strong>scobre como fazer um saboroso<br />

Mousse <strong>de</strong> Doce<br />

<strong>de</strong> Leite com Café.<br />

Em casa, recebe os elogios por ele.<br />

INGREDIENTES<br />

2 Ovos<br />

1 e ½ caixa Creme <strong>de</strong> leite<br />

1 e ½ xícara (chá) Doce <strong>de</strong> leite<br />

2 colheres (sopa) Café <strong>Coamo</strong> Extraforte<br />

1 xícara (chá) Água fervente<br />

1 envelope Gelatina sem sabor<br />

¼ xícara(chá) Água<br />

½ xícara(chá) Café <strong>Coamo</strong> Extraforte coado<br />

MODO DE PREPARO<br />

Bata as claras em neve, picos firmes. Reserve. Misture o doce <strong>de</strong> leite com<br />

o creme <strong>de</strong> leite até obter uma mistura homogênea. Reserve. Prepare o café<br />

coado com 2 colheres (sopa) <strong>de</strong> Café <strong>Coamo</strong> Extraforte para 1 xícara <strong>de</strong> água<br />

fervente. Enquanto passa o café, misture a gelatina com a água em temperatura<br />

ambiente. Junte meia xícara <strong>de</strong> café à gelatina hidratada e mexa até dissolver<br />

bem. Misture o café ao doce <strong>de</strong> leite até ficar homogêneo, então incorpore<br />

as claras <strong>de</strong>licadamente. Sirva em taças individuais ou xícaras e leve para gelar<br />

por duas horas antes <strong>de</strong> servir.<br />

Acesse os nossos canais: /coamoalimentos /coamoalimentos /coamoalimentos<br />

coamoalimentos.com.br<br />

AF102 COI 0058 21R ANÚNCIO RECEITA AGOSTO 21x28cm.indd 1 09/08/<strong>2022</strong> 16:03<br />

54 revista<br />

agosto/<strong>2022</strong>


A vida é a gente que transforma.<br />

Cultivar a terra, produzir<br />

alimentos e movimentar<br />

a economia: uma tradição<br />

movida pela<br />

VENCEDORA NO SEGMENTO<br />

COOPERATIVISMO<br />

Obrigado a todos que<br />

transformaram muito trabalho e<br />

<strong>de</strong>dicação em reconhecimento.<br />

www.coamo.com.br

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!