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Revista Coamo - Agosto de 2022

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COM SEMENTES COAMO, COOPERADOS PREPARAM NOVA SAFRA DE VERÃO<br />

revista<br />

www.coamo.com.br<br />

agosto/<strong>2022</strong><br />

ano 48 edição 527<br />

MANGUEIRINHA<br />

Encontro<br />

reuniu mais <strong>de</strong><br />

200 mulheres<br />

cooperativistas<br />

João Barcarol e Willian<br />

Sehaber, <strong>de</strong> Luiziana (PR)<br />

JOVENS LÍDERES<br />

Curso formou 26ª<br />

turma <strong>de</strong> lí<strong>de</strong>res<br />

no campo<br />

DUPLA APTIDÃO<br />

Integração entre a produção <strong>de</strong> grãos e a pecuária é opção para melhorar o sistema.<br />

Prática proporciona mais rentabilida<strong>de</strong> e sustentabilida<strong>de</strong> nas proprieda<strong>de</strong>s rurais


expediente<br />

Órgão <strong>de</strong> divulgação da <strong>Coamo</strong><br />

ano 48 | edição 527 | agosto <strong>de</strong> <strong>2022</strong><br />

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO COAMO<br />

Ilivaldo Duarte <strong>de</strong> Campos, Wilson Bibiano Lima, Ana Paula Bento Pelissari Smith,<br />

Antonio Marcio dos Santos, Ruthielle Borsuk da Silva, Raquel Sumie Eishima,<br />

Aline Aristi<strong>de</strong>s Bazán, Marcos Gabriel Batista dos Santos e Kamilly Santana<br />

Cazotto.<br />

Contato: (44) 3599-8129 - comunicacao@coamo.com.br<br />

Jornalista responsável e Editor: Ilivaldo Duarte <strong>de</strong> Campos<br />

Reportagens e fotos: Antonio Marcio dos Santos, Wilson Bibiano Lima, Ana<br />

Paula Bento Pelissari Smith, Ruthielle Borsuk da Silva e Ilivaldo Duarte <strong>de</strong> Campos<br />

Edição <strong>de</strong> fotografia: Antonio Marcio dos Santos e Wilson Bibiano Lima<br />

Contato publicitário: Agromídia Desenvolvimento <strong>de</strong> Negócios Publicitários<br />

Contato: (11) 5092-3305<br />

Contato publicitário: Guerreiro Agromarketing Contato: (44) 3026-4457<br />

Acompanhe a <strong>Coamo</strong> pelas re<strong>de</strong>s sociais<br />

É permitida a reprodução <strong>de</strong> matérias, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que citada a fonte. Os artigos assinados ou cita-dos<br />

não exprimem, necessariamente, a opinião da <strong>Revista</strong> <strong>Coamo</strong>.<br />

COAMO AGROINDUSTRIAL COOPERATIVA<br />

SEDE: Rua Fioravante João Ferri, 99 - Jardim Alvorada. CEP 87308-445. Campo Mourão - Paraná - Brasil. Telefone (44) 3599.8000 - Caixa Postal, 460 - www.coamo.com.br<br />

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO: Presi<strong>de</strong>nte: Engenheiro Agrônomo, José Aroldo Gallassini. MEMBROS VOGAIS: Claudio Francisco Bianchi Rizzatto, Ricardo Accioly Cal<strong>de</strong>rari,<br />

Joaquim Peres Montans, Anselmo Coutinho Machado, Emilio Magne Guerreiro Júnior, Wilson Pereira <strong>de</strong> Godoy, Rogério <strong>de</strong> Mello Barth e Adriano Bartchechen.<br />

CONSELHO FISCAL: Jonathan Henrique Welz Negri, Igor Eduardo <strong>de</strong> Mello Schreiner e Pedro Augusto Brunetta Borgo (Membros Efetivos). Angelo Mauro Zanin, Danilo Henrique<br />

Rosolem e Cláudio Fulaneto Junior (Membros Suplentes).<br />

DIRETORIA EXECUTIVA: Presi<strong>de</strong>nte Executivo: Airton Galinari. Diretor Administrativo e Financeiro: Antonio Sérgio Gabriel. Diretor Comercial: Rogério Trannin <strong>de</strong> Mello.<br />

Diretor Industrial: Divaldo Corrêa. Diretor <strong>de</strong> Logística e Operações: E<strong>de</strong>nilson Carlos <strong>de</strong> Oliveira. Diretor <strong>de</strong> Suprimentos e Assistência Técnica: Aquiles <strong>de</strong> Oliveira Dias.<br />

Extensão Territorial: 4,5 milhões <strong>de</strong> hectares. Capacida<strong>de</strong> Global <strong>de</strong> Armazenagem: 6,59 milhões <strong>de</strong> toneladas. Receita Global <strong>de</strong> 2021: R$ 24,666 bilhões.<br />

Sobras liquidas: R$ 1,835 bilhão. Tributos e taxas gerados e recolhidos em 2021: R$ 534,940 milhões. Cooperados: mais <strong>de</strong> 30 mil. Municípios presentes: 74. Unida<strong>de</strong>s: 111.<br />

agosto/<strong>2022</strong> revista<br />

3


sumário<br />

??<br />

P R O G R A M A<br />

A G R E G A<br />

B A S F ////////<br />

R E L A C I O N A M E N T O<br />

Com Agrega<br />

o agricultor acumula<br />

pontos a cada compra<br />

<strong>de</strong> produtos BASF,<br />

e po<strong>de</strong> trocar por<br />

produtos e serviços!<br />

Não <strong>de</strong>ixe <strong>de</strong> se cadastrar<br />

no Agrega e pontuar nos<br />

produtos* BASF que você<br />

adquiriu para a Safra 22/23!<br />

*Consultar o site www.agrega.basf.com.br<br />

para conferir o regulamento do programa e<br />

produtos elegíveis.<br />

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4 revista<br />

agosto/<strong>2022</strong>


índice<br />

Entrevista<br />

10<br />

Mariely Biff, consultora e palestrante em sucessão familiar no agro, é a entrevistada do mês. Para ela,<br />

sucessão não é substituição. É continuida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um legado construído com muito esforço e <strong>de</strong>dicação<br />

Integração do Sistema<br />

14<br />

Criação <strong>de</strong> gado e cultivo <strong>de</strong> lavouras na mesma área ajudam a manter o sistema mais produtivo<br />

e rentável. Cooperados investem na tecnologia como opção <strong>de</strong> diversificação <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s<br />

Safra <strong>de</strong> Verão<br />

22<br />

A instalação da lavoura requer um planejamento a<strong>de</strong>quado e a gerência <strong>de</strong> Sementes da <strong>Coamo</strong><br />

apresenta recomendações que <strong>de</strong>vem ser levadas em consi<strong>de</strong>ração para uma boa semeadura<br />

Novo Aplicativo<br />

Foi lançado o novo aplicativo da Credicoamo. A plataforma está disponível no Google Play e App<br />

Store. Ferramenta nasceu mo<strong>de</strong>rna, completa e terá atualizações constantes para os associados<br />

36<br />

44<br />

Sucessão no campo<br />

A <strong>Coamo</strong> formou mais uma turma <strong>de</strong> Jovens Lí<strong>de</strong>res Cooperativistas. A 26ª<br />

edição contou com a participação <strong>de</strong> cooperados do Paraná e Santa Catarina.<br />

Foram cinco meses <strong>de</strong> curso e mais <strong>de</strong> 144 horas <strong>de</strong> aprendizado em sete<br />

módulos, com ênfase em gestão e empreen<strong>de</strong>dorismo<br />

Família cooperativista<br />

46<br />

A <strong>Coamo</strong> realizou o Encontro da Família Cooperativista <strong>de</strong> Mangueirinha (PR). Mais <strong>de</strong> 200 mulheres<br />

participaram do evento que, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2010, traz temas atuais e motivacionais às participantes<br />

agosto/<strong>2022</strong> revista<br />

5


PENSE SUAS SEMENTES SOB<br />

UMA NOVA PERSPECTIVA.<br />

ihara.com.br<br />

CERTEZA N, o novo tratamento <strong>de</strong> sementes<br />

da IHARA que controla DOENÇAS <strong>de</strong> solo<br />

e NEMATOIDES em um só produto.<br />

Melhor a<strong>de</strong>rência à semente<br />

Tecnologia UHPS<br />

Proteção completa<br />

Doenças <strong>de</strong> solo e nematoi<strong>de</strong>s<br />

Inovação<br />

Modo <strong>de</strong> ação inédito<br />

contra nematoi<strong>de</strong>s<br />

USE O LEITOR DE QR CODE DO SEU CELULAR<br />

UMA NOVA PERSPECTIVA PARA<br />

CUIDAR DE SUAS SEMENTES!<br />

SAIBA MAIS SOBRE O CERTEZA N.<br />

ATENÇÃO<br />

ESTE PRODUTO É PERIGOSO À SAÚDE HUMANA, ANIMAL E AO MEIO<br />

AMBIENTE; USO AGRÍCOLA; VENDA SOB RECEITUÁRIO AGRONÔMICO;<br />

CONSULTE SEMPRE UM AGRÔNOMO; INFORME-SE E REALIZE O MANEJO INTEGRADO DE<br />

PRAGAS; DESCARTE CORRETAMENTE AS EMBALAGENS E OS RESTOS DOS PRODUTOS;<br />

LEIA ATENTAMENTE E SIGA AS INSTRUÇÕES CONTIDAS NO RÓTULO, NA BULA E NA RECEITA;<br />

E UTILIZE OS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL.<br />

Certeza N


governança<br />

Quando o conhecimento faz a diferença<br />

A<br />

equida<strong>de</strong>, respeito e a<br />

valorização do ser humano<br />

estão presentes nos<br />

Valores da <strong>Coamo</strong> e fazem parte<br />

das Diretrizes Corporativas. Acreditamos<br />

nas pessoas e buscamos<br />

contribuir para o seu crescimento.<br />

Investimos no <strong>de</strong>senvolvimento<br />

pessoal e profissional, e na família.<br />

Desta forma, promovemos iniciativas<br />

que alcançam os cooperados,<br />

suas famílias e os funcionários.<br />

Por isso é que antes<br />

mesmo da fundação da <strong>Coamo</strong>,<br />

sempre promovi reuniões para<br />

difundir o cooperativismo e sua<br />

importância aos produtores.<br />

Com o surgimento da cooperativa<br />

foram inúmeros os eventos<br />

promovidos nessas mais <strong>de</strong> cinco<br />

décadas para aproximar e fortalecer<br />

a educação e <strong>de</strong>senvolver<br />

a <strong>Coamo</strong> e o cooperativismo.<br />

Uma <strong>de</strong>ssas iniciativas<br />

começou em 1998 com a primeira<br />

turma do curso <strong>de</strong> formação<br />

<strong>de</strong> jovens lí<strong>de</strong>res cooperativistas.<br />

O pensamento era bem simples,<br />

alcançar jovens cooperados que<br />

já faziam parte da cooperativa.<br />

Com o apoio do Sescoop/<br />

PR, o curso virou um programa<br />

bem-sucedido e já graduou 26<br />

turmas <strong>de</strong> 1998 até este ano, com<br />

a formação <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> mil jovens<br />

cooperados em toda a nossa área<br />

<strong>de</strong> ação. Já contabilizamos muitas<br />

famílias que tiveram pais e filhos<br />

formandos neste programa premiado<br />

em 1994 pela OCB/<strong>Revista</strong><br />

Globo Rural como <strong>de</strong>staque<br />

na educação cooperativista, que<br />

apresenta resultados positivos<br />

como instrumento eficaz na evolução<br />

e sucessão dos negócios<br />

nas proprieda<strong>de</strong>s.<br />

O conhecimento repassado<br />

pelos professores e instituições<br />

renomadas ensina aos<br />

jovens serem mais responsáveis<br />

com a implantação <strong>de</strong> um novo<br />

mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> administração, <strong>de</strong><br />

forma mais profissional. Assim<br />

como a melhoria da gestão dos<br />

negócios, on<strong>de</strong> eles já estão à<br />

frente <strong>de</strong> modo individual ou em<br />

parceria com pais e familiares.<br />

Muitas foram as transformações<br />

nesses 25 anos. Os <strong>de</strong>poimentos<br />

dos jovens formandos consolidam<br />

o sucesso <strong>de</strong>ste programa.<br />

Eles recebem novas informações,<br />

mas valorizam suas origens e as lições<br />

aprendidas em família.<br />

O conhecimento faz a<br />

diferença e po<strong>de</strong> ser partilhado<br />

para muitos. Com este pensamento,<br />

os jovens estão com uma<br />

gran<strong>de</strong> vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> crescer e<br />

prosperar, e vão construindo bonitas<br />

histórias com respeito aos<br />

seus pais, com os pés no chão e a<br />

visão no futuro. Eles aprimoram a<br />

administração no presente, mas<br />

sabem que são os sucessores<br />

nos negócios familiares, e <strong>de</strong>vem<br />

ter foco no planejamento e no<br />

gerenciamento para o sucesso<br />

dos seus empreendimentos.<br />

Como a <strong>Coamo</strong> não foi<br />

feita para uma ou duas gerações,<br />

e não <strong>de</strong>ve ficar velha, valorizamos<br />

a educação e a família cooperativista<br />

para alcançar a todos.<br />

“Os jovens estão sendo<br />

mais responsáveis com<br />

um novo mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />

administração, <strong>de</strong> forma<br />

mais profissional.”<br />

Recentemente, criamos a revistinha<br />

“<strong>Coamo</strong> Kids”, voltada para<br />

mostrar o cooperativismo e <strong>de</strong>spertar<br />

nas crianças o interesse<br />

pelo sistema e a cooperação, e o<br />

“FuturoCoop”, que reúne adolescentes<br />

<strong>de</strong> 13 a 17 anos. São iniciativas<br />

que vem recebendo elogios<br />

com gran<strong>de</strong> interesse e repercussão,<br />

e mostram que estamos no<br />

caminho certo levando o conhecimento<br />

e promovendo o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

técnico, educacional e<br />

social da família cooperativista.<br />

JOSÉ AROLDO GALLASSINI,<br />

Presi<strong>de</strong>nte dos Conselhos <strong>de</strong> Administração <strong>Coamo</strong> e Credicoamo<br />

agosto/<strong>2022</strong> revista<br />

7


gestão<br />

Logística eficiente para uma safra recor<strong>de</strong><br />

Trabalhamos para ser a melhor opção <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />

dos cooperados por meio <strong>de</strong><br />

uma equipe comprometida e profissional aliada<br />

a uma eficiente estrutura, que muitas vezes não é<br />

conhecida e percebida pelos associados da <strong>Coamo</strong>.<br />

A Companhia Nacional <strong>de</strong> Abastecimento (Conab)<br />

aponta para uma produção brasileira da safra <strong>de</strong><br />

grãos safra 2021/<strong>2022</strong> com volume superior a 271<br />

milhões <strong>de</strong> toneladas <strong>de</strong> grãos, 6,2% maior que o da<br />

safra anterior. No caso do milho, a colheita <strong>de</strong>verá<br />

ser <strong>de</strong> 114,7 milhões <strong>de</strong> toneladas, com uma produção<br />

31% maior que a da safra passada.<br />

Na área da <strong>Coamo</strong>, estamos na reta final da<br />

colheita <strong>de</strong> milho segunda safra, cuja produção irá<br />

estabelecer um novo recor<strong>de</strong> na história da cooperativa,<br />

com volume superior a 54 milhões <strong>de</strong> sacas e<br />

15% a mais que a safra do cereal recebida há dois<br />

anos nos armazéns da cooperativa.<br />

Graças a Deus, estamos registrando uma<br />

produção com boa qualida<strong>de</strong> e produtivida<strong>de</strong>s,<br />

sem contratempos climáticos que pu<strong>de</strong>ssem afetar<br />

os grãos, e mesmo com o evento da cigarrinha, o<br />

resultado é <strong>de</strong> uma safra expressiva.<br />

Com volumes nunca recebidos antes na história<br />

da <strong>Coamo</strong>, foi preciso uma estrutura eficiente <strong>de</strong> logística<br />

e operações para aten<strong>de</strong>r esta gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>manda<br />

dos cooperados. Tudo está transcorrendo <strong>de</strong>ntro<br />

do planejamento e do padrão <strong>Coamo</strong> <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>,<br />

com boa produção e uma sinergia que envolve a equipe<br />

<strong>de</strong> profissionais da cooperativa e os associados.<br />

Mas, na prática nem tudo é simples, pois<br />

para cumprir a missão <strong>de</strong> um recebimento <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong><br />

e agilida<strong>de</strong>, é necessário um forte planejamento<br />

e trabalho <strong>de</strong> logística, estar <strong>de</strong> olho no clima,<br />

acompanhar o <strong>de</strong>senvolvimento das lavouras e<br />

a colheita da produção.<br />

Para que tenhamos uma excelente recepção<br />

da safra, o nosso trabalho começa bem antes do<br />

plantio. Com o apoio <strong>de</strong> uma eficiente estrutura da<br />

área <strong>de</strong> Suprimentos e Assistência Técnica foi possível<br />

acompanhar o mercado, e neste ano, antecipamos<br />

a aquisição dos produtos junto aos parceiros<br />

"Registrando uma produção com<br />

boa qualida<strong>de</strong> e produtivida<strong>de</strong>s,<br />

sem contratempos climáticos.<br />

O resultado é <strong>de</strong> uma safra<br />

expressiva.”<br />

fornecedores em face dos graves problemas <strong>de</strong> fornecimento<br />

<strong>de</strong> insumos provocados pela guerra da<br />

Ucrânia, para cumprir a nossa missão <strong>de</strong> gerar renda<br />

aos cooperados com <strong>de</strong>senvolvimento sustentável.<br />

Promovemos um forte trabalho <strong>de</strong> logística<br />

para garantir o transporte dos insumos até os nossos<br />

armazéns, e os produtores possam retirar no momento<br />

oportuno para implantar a nova safra. Desta forma,<br />

avaliamos que o trabalho foi muito intenso e realizado<br />

com eficiência para tranquilida<strong>de</strong> dos cooperados.<br />

Como resultado <strong>de</strong>sta atuação da <strong>Coamo</strong><br />

está o fornecimento dos insumos com segurança e<br />

qualida<strong>de</strong> para os nossos mais <strong>de</strong> 30 mil associados,<br />

que, sozinhos, dificilmente conseguiriam ter acesso<br />

a estes benefícios, que só tem sido possível nesses<br />

anos todos pela estrutura e apoio da cooperativa.<br />

AIRTON GALINARI<br />

Presi<strong>de</strong>nte Executivo da <strong>Coamo</strong><br />

agosto/<strong>2022</strong> revista<br />

9


entrevista<br />

MARIELY BIFF<br />

Consultora e palestrante em sucessão familiar no agro<br />

“Sucessão não é substituição. É continuida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um<br />

legado construído com muito esforço e <strong>de</strong>dicação”<br />

“ Toda empresa familiar que <strong>Revista</strong> <strong>Coamo</strong>: As mulheres estão<br />

mais ávidas por apren<strong>de</strong>r e<br />

<strong>de</strong>sejar perpetuar seu legado<br />

por gerações, <strong>de</strong>ve ampliar o conhecimento?<br />

iniciar o mais breve possível o Mariely: Com certeza! Mais<br />

processo <strong>de</strong> profissionalização da<br />

empresa, e, junto <strong>de</strong>le, o planejamento<br />

sucessório.” A frase é <strong>de</strong><br />

Mariely Biff, consultora e palestrante<br />

em sucessão familiar no agro.<br />

Segundo ela, antigamente, muitos<br />

her<strong>de</strong>iros se tornavam sucessores<br />

por necessida<strong>de</strong> ou por obrigação<br />

e poucos tinham possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

estudar e trabalhar fora do negócio<br />

da família. “Com o passar dos<br />

anos, por meio do avanço da tecnologia<br />

porteira a<strong>de</strong>ntro, da melhoria<br />

<strong>de</strong> acesso às proprieda<strong>de</strong>s<br />

e da possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> comandar o<br />

negócio remotamente, percebe-<br />

-se um aumento significativo <strong>de</strong><br />

jovens que <strong>de</strong>sejam continuar os<br />

negócios, inclusive porque muitos<br />

pais batalharam para que os filhos<br />

estudassem e adquirissem bagagem<br />

técnica, fazendo com que<br />

hoje eles possam voltar à proprieda<strong>de</strong><br />

e aplicar os aprendizados.<br />

Assumir a responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ser<br />

ávidas e permeadas <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s<br />

por meio <strong>de</strong> muitos<br />

movimentos que vêm sendo<br />

criados ao longo dos anos, tanto<br />

partindo das próprias mulheres,<br />

que constituem grupos e projetos,<br />

como também por meio <strong>de</strong><br />

iniciativas a exemplo do projeto<br />

Mulheres que Semeiam, da <strong>Coamo</strong>,<br />

permitindo a expansão <strong>de</strong><br />

li<strong>de</strong>ranças femininas e fazendo<br />

com que elas tenham possibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> ter suas vozes ecoadas,<br />

transformando a realida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro<br />

do círculo familiar e na socieda<strong>de</strong>.<br />

O agronegócio precisa<br />

<strong>de</strong> homens e mulheres capazes.<br />

Pessoas com se<strong>de</strong> <strong>de</strong> mudança<br />

e transformação. E os diferentes<br />

papéis que cada um po<strong>de</strong> ocupar<br />

<strong>de</strong>ntro e fora da porteira, tornam<br />

o setor mais rico, forte e pujante.<br />

Sempre haverá lugar para<br />

a competência, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />

<strong>de</strong> gênero.<br />

sucessor não é tarefa fácil. Exige<br />

preparo, resiliência para lidar com<br />

as diferenças <strong>de</strong> gerações”, diz.<br />

RC: A <strong>Coamo</strong> lançou o programa<br />

“Mulheres que semeiam”.<br />

Qual sua avaliação preliminar?<br />

Mariely: O projeto é uma excelente<br />

iniciativa da cooperativa,<br />

pois visa a transformação das mulheres<br />

por meio do conhecimento.<br />

Houve troca <strong>de</strong> informações,<br />

permitindo que as cooperadas<br />

pu<strong>de</strong>ssem compartilhar suas<br />

vivências e apren<strong>de</strong>r <strong>de</strong> forma<br />

prática com dicas e ferramentas<br />

aplicáveis ao negócio <strong>de</strong> imediato.<br />

Trabalhamos temas técnicos<br />

aliados à prática em assuntos<br />

sobre sucessão, governança e<br />

gestão, além <strong>de</strong> fomentar o autoconhecimento<br />

para auxiliar na<br />

tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão e melhorar o<br />

posicionamento.<br />

RC: A sucessão é um tema <strong>de</strong>safiante.<br />

Quais as orientações para<br />

quem necessita passar por este<br />

processo?<br />

Mariely: Toda empresa familiar<br />

que <strong>de</strong>sejar perpetuar seu legado<br />

por gerações, <strong>de</strong>ve iniciar o<br />

mais breve possível o processo<br />

<strong>de</strong> profissionalização da empresa,<br />

e, junto <strong>de</strong>le, o planejamento<br />

sucessório. Se pensarmos<br />

nas proprieda<strong>de</strong>s rurais, on<strong>de</strong><br />

a maioria esmagadora é com-<br />

10 revista<br />

agosto/<strong>2022</strong>


posta por famílias que estão no<br />

comando dos negócios, algumas<br />

dicas po<strong>de</strong>m colaborar para<br />

que o processo ocorra <strong>de</strong> forma<br />

mais harmoniosa, como a busca<br />

por informações acerca do assunto<br />

traz compreensão sobre<br />

o processo e colabora para a<br />

conscientização da necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> iniciá-lo. Também conhecer<br />

outras famílias e negócios que<br />

estão passando, ou já passaram,<br />

pela sucessão, para ter referência<br />

e enxergar que existem <strong>de</strong>safios<br />

fora do seu negócio e círculo familiar.<br />

Vale ressaltar que há uma<br />

gran<strong>de</strong> diferença entre senso<br />

<strong>de</strong> semelhança e comparação.<br />

É saudável buscar semelhanças.<br />

Elas ajudam no direcionamento<br />

do processo. O que não se <strong>de</strong>ve<br />

fazer, é comparar. Sua família e<br />

a sua empresa não possuem a<br />

mesma dinâmica que as <strong>de</strong>mais,<br />

os valores po<strong>de</strong>m ser diferentes,<br />

fundadores são distintos, bem<br />

como pessoas e suas personalida<strong>de</strong>s.<br />

Cada um tomou <strong>de</strong>cisões<br />

diferentes, teve oportunida<strong>de</strong>s<br />

diferentes, então não há espaço<br />

para comparações. Importante<br />

olhar com carinho para a realida<strong>de</strong><br />

do negócio e a individualida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> cada membro da família.<br />

Listar pontos que necessitam<br />

evolução e contemplar o crescimento<br />

e amadurecimento que já<br />

ocorreu, colaboram para que o<br />

processo <strong>de</strong> sucessão não seja<br />

pesado.<br />

Mariely Biff é natural do Paraná, filha e neta <strong>de</strong> produtores rurais, e resi<strong>de</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1996 no<br />

Mato Grosso. Mestranda em Gestão Estratégica <strong>de</strong> Empresas Familiares Unini/Porto Rico, MBA<br />

em Agronegócios – Esalq/USP, Pós-graduada em Gestão Empresarial - Uned e Graduada em<br />

Administração com habilitação em Agronegócios - Uned. Consultora e palestrante em Sucessão<br />

Familiar Agro há mais <strong>de</strong> <strong>de</strong>z anos, aten<strong>de</strong> produtores rurais e empresas do setor em todo país.<br />

Protagonista dos comerciais “Minuto Agro” da Caixa, exibidos em re<strong>de</strong> nacional pelo SBT.<br />

RC: Quanto ao planejamento,<br />

transferência <strong>de</strong> gestão e a preparação<br />

das pessoas?<br />

Mariely: Se a família tem um<br />

bom alinhamento, é interessante<br />

agosto/<strong>2022</strong> revista 11


entrevista<br />

"SUCESSÃO É UM PROCESSO. PROFISSIONALIZAR E IMPLANTAR<br />

GOVERNANÇA TAMBÉM É UM PROCESSO. RESPEITE OS SEUS PROCESSOS."<br />

começar a pensar em mudanças<br />

possíveis nos três círculos – família,<br />

proprieda<strong>de</strong> e gestão – e<br />

que no primeiro momento, não<br />

tenha <strong>de</strong>pendência externa.<br />

Esta primeira movimentação colabora<br />

para aumentar o vínculo<br />

e o senso <strong>de</strong> pertencimento, e<br />

amadurece os envolvidos para<br />

as próximas etapas, que necessitam<br />

<strong>de</strong> técnica e execução<br />

por meio <strong>de</strong> auxílio profissional.<br />

Como dica, planeje a transferência<br />

da gestão para que seja da<br />

maneira mais harmoniosa possível.<br />

Envolva as pessoas e <strong>de</strong>pois,<br />

gradativamente dê a elas oportunida<strong>de</strong><br />

para tomarem <strong>de</strong>cisões.<br />

Comece com questões <strong>de</strong><br />

menor impacto, e nas situações<br />

mais arriscadas, você até po<strong>de</strong><br />

perguntar o que po<strong>de</strong>ria ser<br />

feito se o sucessor precisasse<br />

<strong>de</strong>cidir. Assim, fará com que ele<br />

vivencie os momentos da tomada<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão sem ter a responsabilida<strong>de</strong><br />

imediata <strong>de</strong> acertar e<br />

junto disso, estimula a preparação<br />

para quando este momento<br />

realmente chegar. Mas, prepare<br />

pessoas, pois ninguém amadurece<br />

<strong>de</strong> imediato. O preparo é<br />

algo que exige esforço, vivência,<br />

tempo, fracassos. Ainda assim,<br />

ninguém está 100% preparado<br />

para nada nesta vida. Sempre<br />

temos algo a apren<strong>de</strong>r. Sempre<br />

temos algo a modificar na nossa<br />

forma <strong>de</strong> trabalho. O mais<br />

importante nesta jornada, é<br />

que o futuro gestor tenha amor<br />

pelo que faz, que <strong>de</strong>seje ver o<br />

negócio perpetuar, e que tenha<br />

humilda<strong>de</strong> para apren<strong>de</strong>r com<br />

quem tem mais experiência,<br />

sem <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> inovar e acompanhar<br />

as tendências do mercado,<br />

algo que é extremamente importante<br />

para esta geração <strong>de</strong><br />

sucessores. Nós só transformamos<br />

o nosso negócio por meio<br />

da transformação das pessoas.<br />

É necessário que profissionalize<br />

o negócio melhorando a tomada<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão e a comunicação<br />

em todos os ambientes, aperfeiçoando<br />

a gestão, inserindo o<br />

hábito <strong>de</strong> ter uma prestação <strong>de</strong><br />

contas transparente e acessível<br />

aos familiares e sócios, criando<br />

normas, regras e protocolos<br />

para que sirvam <strong>de</strong> orientação<br />

tanto para os atuais colaboradores,<br />

quanto para as gerações<br />

futuras.<br />

RC: Por que você diz que sucessão<br />

não é substituição?<br />

Mariely: Sim, sucessão não é<br />

substituição, mas é continuida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> um legado construído com<br />

muito esforço e <strong>de</strong>dicação. Portanto,<br />

meu <strong>de</strong>sejo é que todos<br />

os sucessores tenham a oportunida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> experimentar momentos<br />

valiosos <strong>de</strong> troca com a geração<br />

mais experiente e possam<br />

caminhar lado a lado por muito<br />

tempo, cada qual com suas contribuições<br />

distintas fazendo o negócio<br />

prosperar.<br />

Mariely Biff no programa Mulheres que Semeiam, promovido pela <strong>Coamo</strong> em Campo Mourão<br />

RC: A prática da sucessão se tornou<br />

mais profissional?<br />

Mariely: O campo mudou muito.<br />

Antigamente, muitos her<strong>de</strong>iros<br />

se tornavam sucessores por<br />

necessida<strong>de</strong> ou por obrigação.<br />

Poucos tinham possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

estudar e trabalhar fora do negócio<br />

da família. Com o passar<br />

12 revista<br />

agosto/<strong>2022</strong>


dos anos, por meio do avanço da<br />

tecnologia porteira a<strong>de</strong>ntro, da<br />

melhoria <strong>de</strong> acesso às proprieda<strong>de</strong>s<br />

e da possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> comandar<br />

o negócio remotamente,<br />

percebe-se um aumento significativo<br />

<strong>de</strong> jovens que <strong>de</strong>sejam<br />

continuar os negócios, inclusive<br />

porque muitos pais batalharam<br />

para que os filhos estudassem e<br />

adquirissem bagagem técnica,<br />

fazendo com que hoje eles possam<br />

voltar à proprieda<strong>de</strong> e aplicar<br />

o aprendizado. Assumir a responsabilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> ser sucessor<br />

não é tarefa fácil. Exige preparo,<br />

resiliência para lidar com as diferenças<br />

<strong>de</strong> gerações, além <strong>de</strong> maturida<strong>de</strong><br />

para pensar no negócio<br />

<strong>de</strong>ixando <strong>de</strong> lado suas preferências,<br />

para pensar no crescimento<br />

e favorecimento coletivo.<br />

RC: Qual a maior dificulda<strong>de</strong> na<br />

escolha do sucessor?<br />

Marilely: A maior é que a “escolha”<br />

do sucessor, não parte apenas<br />

da análise das habilida<strong>de</strong>s<br />

para a condução do negócio. É<br />

preciso muito mais do que isso.<br />

Deve haver vonta<strong>de</strong>. Se o negócio<br />

tiver um sucessor sem perfil,<br />

mas com vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r e<br />

continuar o negócio, é treinável.<br />

Agora, se um sucessor que aten<strong>de</strong><br />

todas as <strong>de</strong>mandas para o<br />

processo não quiser fazer parte,<br />

e por algum motivo for forçado<br />

ou persuadido a ocupar o cargo,<br />

há gran<strong>de</strong> possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste<br />

negócio não prosperar.<br />

RC: Então, quais os <strong>de</strong>safios para<br />

implantação da sucessão e governança<br />

familiar?<br />

Mariely: Existem fatores que<br />

comprometem o início do planejamento<br />

sucessório e tornam a<br />

transferência da gestão morosa.<br />

Dentre eles, po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>stacar,<br />

fatores culturais: estão diretamente<br />

ligados ao tradicionalismo<br />

e ao autoritarismo, gerando<br />

resistência pela busca <strong>de</strong> conhecimento,<br />

inclusão <strong>de</strong> outras<br />

pessoas na gestão e inserção <strong>de</strong><br />

tecnologia; fatores emocionais:<br />

"O agronegócio precisa<br />

<strong>de</strong> homens e mulheres<br />

capazes. Pessoas com<br />

se<strong>de</strong> <strong>de</strong> mudança<br />

e transformação.<br />

Sempre haverá lugar<br />

para a competência,<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong><br />

gênero."<br />

on<strong>de</strong> o titular se sente ameaçado<br />

e com medo <strong>de</strong> per<strong>de</strong>r o po<strong>de</strong>r e<br />

a utilida<strong>de</strong>; confiança: as relações<br />

<strong>de</strong> confiança entre os familiares,<br />

principalmente entre o titular e<br />

sucessor, afetam todo o processo<br />

<strong>de</strong> transferência da gestão. Aos<br />

aspectos relacionados à confiança,<br />

po<strong>de</strong>mos observar a falta <strong>de</strong><br />

confiança do titular no sucessor e<br />

a do sucessor em si, porque em<br />

muitos momentos não se sente<br />

capaz para assumir os <strong>de</strong>safios.<br />

Recursos: Medo do negócio não<br />

se perpetuar, <strong>de</strong> que o sucessor<br />

não consiga prover o sustento<br />

dos familiares e <strong>de</strong> não ter um final<br />

<strong>de</strong> vida digno, dispondo dos<br />

recursos necessários.<br />

RC: O que fazer para a continuida<strong>de</strong><br />

dos negócios em harmonia<br />

após o processo sucessório?<br />

Mariely: Organizar e profissionalizar<br />

família e empresa, e implantar<br />

regras antes que sejam<br />

necessárias, é uma boa forma <strong>de</strong><br />

colaborar para a continuida<strong>de</strong><br />

dos negócios. É importante que<br />

a família entenda a necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> capacitação contínua mesmo<br />

após o processo implantado.<br />

Nada é imutável, nem as regras.<br />

Tudo se constrói <strong>de</strong> acordo com<br />

o atual mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> negócio e a<br />

dinâmica da família, mas sabemos<br />

da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> revisão<br />

periódica dos processos, regras<br />

e métodos, pois pessoas entram<br />

e saem das famílias, as priorida<strong>de</strong>s<br />

mudam, as coisas mudam<br />

muito rápido, e para que possamos<br />

nos manter competitivos no<br />

mercado, é totalmente relevante<br />

estar em constante aprendizado.<br />

Será preciso cada vez mais capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> adaptação para que as<br />

empresas familiares possam se<br />

manter ativas no mercado afim<br />

<strong>de</strong> perpetuarem o legado para<br />

as próximas gerações. Sucessão<br />

é um processo. Profissionalizar e<br />

implantar governança também<br />

é um processo. Respeite os seus<br />

processos!<br />

agosto/<strong>2022</strong> revista 13


sistema integrado<br />

João Soares Barcarol e o genro Willian<br />

Ferreira Sehaber, cooperados em Luiziana (PR)<br />

14 revista<br />

agosto/<strong>2022</strong>


No caminho da<br />

sustentabilida<strong>de</strong><br />

Criação <strong>de</strong> gado e lavouras na mesma área ajudam<br />

a manter o sistema mais produtivo e rentável<br />

Defensor <strong>de</strong> uma agropecuária<br />

sustentável e rentável,<br />

João Soares Barcarol<br />

e o genro Willian Ferreira Sehaber,<br />

cooperados em Luiziana<br />

(Centro-Oeste do Paraná), se utilizam<br />

dos benefícios <strong>de</strong> colher na<br />

mesma área grãos e boi gordo.<br />

O sistema que integra a lavoura<br />

com a pecuária já vem sendo<br />

adotado há alguns anos. Com a<br />

prática, além <strong>de</strong> elevar o número<br />

<strong>de</strong> animais na área, há uma melhora<br />

no <strong>de</strong>sempenho do rebanho,<br />

já que a pastagem fica mais<br />

nutritiva, pois aproveita todo nutriente<br />

<strong>de</strong>ixado pela agricultura.<br />

Barcarol explica que a<br />

integração surgiu com a necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> alimentar os bovinos<br />

durante o período mais frio do<br />

ano. Com o sistema, ele consegue<br />

integrar a produção das<br />

áreas e observa que a prática<br />

ajudou a melhorar o sistema produtivo.<br />

No caso dos animais, há<br />

agosto/<strong>2022</strong> revista 15


sistema integrado<br />

João Barcarol, Willian Sehaber e o médico veterinário Fabiano Camargo. Sistema possibilita integrar a produção <strong>de</strong> grãos e criação <strong>de</strong> gado numa mesma área<br />

um ganho <strong>de</strong> peso, e fertilida<strong>de</strong><br />

nas vacas. Na proprieda<strong>de</strong> é <strong>de</strong>senvolvido<br />

o processo <strong>de</strong> cria.<br />

“O inverno é um período em que<br />

a alimentação fica mais escassa,<br />

po<strong>de</strong>ndo até faltar pasto para o<br />

gado que fica fraco, causando<br />

prejuízo. Temos que nos prevenir<br />

e a melhor opção é cultivar aveia<br />

para alimentação dos animais.”<br />

Neste ano, foram cultivados<br />

cerca <strong>de</strong> 80 alqueires <strong>de</strong><br />

aveia <strong>de</strong>stinados para abrigar os<br />

animais. Já a área <strong>de</strong> pastagem<br />

perene é <strong>de</strong> 280 alqueires e receberá<br />

os animais <strong>de</strong>pois que<br />

<strong>de</strong>socuparem o local com aveia<br />

para o plantio da soja. Em toda<br />

proprieda<strong>de</strong> serão cultivados um<br />

total <strong>de</strong> 300 alqueires <strong>de</strong> soja.<br />

Willian observa que o<br />

mo<strong>de</strong>lo adotado na proprieda<strong>de</strong><br />

é benéfico para todo o sistema.<br />

“Fazemos esse rodízio no inverno,<br />

com o gado sendo alimentado<br />

na aveia e nas <strong>de</strong>mais áreas<br />

temos a rotação com o trigo e<br />

mais aveia para cobertura do<br />

solo, que servirá <strong>de</strong> suplementação<br />

na alimentação dos animais.<br />

Essa diversificação proporciona<br />

um sistema mais equilibrado. A<br />

rotação das plantas e a mudança<br />

<strong>de</strong> manejo trazem importantes<br />

benefícios. A integração entre<br />

lavoura e pecuária vem trazendo<br />

um bom resultado, já que o gado<br />

tem um ganho <strong>de</strong> peso nesse período<br />

e sem essa área <strong>de</strong> aveia,<br />

seria mais difícil manter essa<br />

quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> animais no inverno”,<br />

diz.<br />

Após retirar o gado, a<br />

área ficará em torno <strong>de</strong> 40 dias<br />

em pousio para <strong>de</strong>pois receber o<br />

manejo necessário e ser preparada<br />

para o plantio da soja, previsto<br />

para iniciar a partir da segunda<br />

quinzena <strong>de</strong> outubro. O médico<br />

veterinário Fabiano Camargo, da<br />

<strong>Coamo</strong>, explica que a integração<br />

lavoura pecuária é um sistema<br />

benéfico porque <strong>de</strong>ixa uma boa<br />

matéria orgânica na área, melhorando<br />

a parte biológica do solo e,<br />

também, a produção das lavouras<br />

<strong>de</strong> verão. “A integração beneficia<br />

a pecuária e a agricultura. No<br />

caso do gado, é uma opção para<br />

melhorar o <strong>de</strong>sempenho dos animais<br />

no inverno. Se ficassem somente<br />

na pastagem perene po<strong>de</strong>riam<br />

per<strong>de</strong>r peso”, comenta.<br />

16 revista<br />

agosto/<strong>2022</strong>


ANTONIO IRINEU TRENTIN, DE ITAPORÃ (MS), É PECUARISTA TRADICIONAL<br />

E ESTÁ INVESTINDO NA AGRICULTURA COMO FORMA DE INTEGRAÇÃO<br />

agosto/<strong>2022</strong> revista 17


sistema integrado<br />

Camargo explica que o gran<strong>de</strong><br />

problema para quem trabalha com a pecuária<br />

é o período do inverno. “Todo pecuarista<br />

tem a obrigação <strong>de</strong> se preparar<br />

para essa época, que é mais seca e, geralmente,<br />

falta pastagem para os animais.<br />

Isso faz com que o gado que engordou<br />

no verão perca peso, o ‘efeito sanfona’,<br />

como chamamos. O plantio <strong>de</strong> outra cultura,<br />

como a aveia e azevém, por exemplo,<br />

faz com que os animais não passem<br />

fome e continuem engordando”, observa.<br />

Na proprieda<strong>de</strong> do cooperado<br />

Antonio Irineu Trentin, em Itaporã (Mato<br />

Grosso do Sul), a integração lavoura-pecuária<br />

foi implantada há cerca <strong>de</strong> três<br />

anos e surgiu pela necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma<br />

nova opção <strong>de</strong> renda e melhoria no sistema<br />

<strong>de</strong> produção. A área fica na região<br />

do Carumbé e soma 160 hectares <strong>de</strong><br />

plantio <strong>de</strong> lavoura e 36 <strong>de</strong> pasto perene.<br />

Com a integração são criados cerca<br />

<strong>de</strong> 105 cabeças <strong>de</strong> gado da raça senepol.<br />

O cooperado está no Mato Grosso<br />

do Sul há 15 anos. Antes ele residia em<br />

Val Paraíso (SP), on<strong>de</strong> trabalhava com<br />

gado <strong>de</strong> leite.<br />

Até 2018 ele trabalhava exclusivamente<br />

com a pecuária e a conciliação<br />

entre as duas ativida<strong>de</strong>s está trazendo ganhos,<br />

não só na parte financeira, mas para<br />

o sistema <strong>de</strong> produção, que está mais<br />

equilibrado. “A agricultura que conhecia<br />

era o plantio <strong>de</strong> milho para a produção<br />

<strong>de</strong> silagem. Com a mudança, estamos<br />

plantando soja no verão e braquiária no<br />

inverno para pastagem <strong>de</strong> animais. As<br />

duas últimas safras <strong>de</strong> verão não foram<br />

boas <strong>de</strong>vido a falta <strong>de</strong> chuva e, por isso,<br />

ainda não conseguimos consolidar os dados<br />

<strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong>. Mas, acredito que<br />

teremos uma melhoria também na produção<br />

<strong>de</strong> soja, <strong>de</strong>vido aos investimentos<br />

realizados em adubação, tanto no inverno<br />

quanto no verão”, diz.<br />

Os animais que estão na área <strong>de</strong><br />

braquiária serão retirados em setembro<br />

para dar lugar a soja. O gado será levado<br />

para outro local com pastagem perene<br />

e receberão também alimentação suplementar<br />

com silagem. “Antes <strong>de</strong> fazer a<br />

integração, faltava alimento para o gado<br />

e agora estamos tendo até sobra <strong>de</strong> comida<br />

e os animais ganhando peso. Com<br />

o apoio da <strong>Coamo</strong> e da Credicoamo estamos<br />

realizando novos investimentos, para<br />

<strong>de</strong>ixar o sistema produtivo ainda mais<br />

sustentável”, observa Trentin.<br />

O engenheiro agrônomo Elvison<br />

Alves da Cruz, da <strong>Coamo</strong> em Itaporã,<br />

ressalta que para a integração lavoura<br />

pecuária é importante um bom planejamento.<br />

“É uma prática que visa além da<br />

rotação <strong>de</strong> cultura a diversificação <strong>de</strong><br />

manejos, on<strong>de</strong> po<strong>de</strong>mos ter a preservação<br />

<strong>de</strong> tecnologias para manejo <strong>de</strong><br />

pragas e doenças, assim como aumento<br />

na biomassa que diretamente auxilia<br />

na reciclagem <strong>de</strong> nutrientes e obtenção<br />

<strong>de</strong> lucros na diversificação, assim como<br />

ganhos diretos no manejo <strong>de</strong> pragas e<br />

doenças”, diz.<br />

Ele ressalta que no caso do seu<br />

Irineu, o primeiro passo foi visualizar<br />

como estava a estrutura química do solo,<br />

por meio <strong>de</strong> uma boa análise com a agricultura<br />

<strong>de</strong> precisão da <strong>Coamo</strong>. “Diante<br />

dos resultados, foram realizadas as correções<br />

necessárias. Outro ganho visível é o<br />

manejo <strong>de</strong> plantas daninhas que se torna<br />

muito mais cômodo, por ter uma diminuição<br />

consi<strong>de</strong>rável <strong>de</strong> banco <strong>de</strong> sementes.<br />

Outro benefício foi o aumento dos teores<br />

<strong>de</strong> matéria orgânica. Há três anos os teores<br />

médios eram <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 3,5%, e hoje<br />

após uma reanalise, estão em cerca <strong>de</strong><br />

4,75 % no mesmo local. Um gran<strong>de</strong> avanço<br />

quando comparado com os sistemas<br />

convencionais que po<strong>de</strong>m levar até cerca<br />

<strong>de</strong> seis a <strong>de</strong>z anos”, explica Cruz.<br />

18 revista<br />

agosto/<strong>2022</strong>


Cooperado Antonio Irineu Trentin e o agrônomo Elvison Alves da Cruz acompanham área com<br />

braquiária que serviu <strong>de</strong> alimento para o gado no inverno. No verão, local receberá plantio <strong>de</strong> soja<br />

agosto/<strong>2022</strong> revista 19


CARROSSEL DE LEITE<br />

Sistema implantado pela família Arsego, em Xanxerê (SC),<br />

permite or<strong>de</strong>nhar 48 vacas em menos <strong>de</strong> 15 minutos<br />

A<br />

história da família Arsego com a produção <strong>de</strong><br />

leite começou há cerca <strong>de</strong> 60 anos. Quem iniciou<br />

a ativida<strong>de</strong> foi o patriarca Waldir Arsego.<br />

Quando chegou em Xanxerê (Oeste <strong>de</strong> Santa Catarina),<br />

o cenário era <strong>de</strong> mato. Waldir então preparou o<br />

terreno e começou plantando cereais. Depois, comprou<br />

duas vacas para consumo do leite, e foi evoluindo,<br />

até começar a comercializar o produto.<br />

Atualmente, os responsáveis pela proprieda<strong>de</strong><br />

são os dois filhos <strong>de</strong> Waldir: Eleandro e Laudir.<br />

Eleandro conta que começou a ativida<strong>de</strong> quando<br />

era criança, aos oito anos. Segundo ele, tiravam leite<br />

<strong>de</strong> forma manual e aos poucos foram crescendo<br />

e se <strong>de</strong>senvolvendo. “Começamos a entregar leite<br />

na cida<strong>de</strong>, no tempo em que guardávamos leite no<br />

freezer. Com o tempo fomos nos mo<strong>de</strong>rnizando,<br />

cada vez mais. Nosso sistema era <strong>de</strong> piquetes, vaca<br />

a pasto. Hoje estamos trabalhando com 820 animais<br />

em produção, no sistema compost barn”, explica.<br />

Diariamente, são produzidos cerca <strong>de</strong> 24 mil<br />

litros <strong>de</strong> leite. Isso é possível graças a tecnologia utilizada<br />

na proprieda<strong>de</strong>. Há pouco mais <strong>de</strong> um ano, a<br />

família investiu no sistema carrossel, para or<strong>de</strong>nha<br />

das vacas. Com o equipamento é possível or<strong>de</strong>nhar<br />

48 vacas em menos <strong>de</strong> 15 minutos. As 820 vacas levam<br />

em torno <strong>de</strong> três horas e meia para serem or<strong>de</strong>nhadas.<br />

O trabalho começa às quatro horas da manhã,<br />

com a primeira or<strong>de</strong>nha. A segunda meio-dia e<br />

a última às 20 horas. Outra vantagem do sistema é<br />

a mão <strong>de</strong> obra reduzida, já que o animal entra e sai<br />

sozinho do carrossel.<br />

Todas as vacas em lactação na proprieda<strong>de</strong><br />

são monitoradas com dois chips eletrônicos individuais,<br />

que me<strong>de</strong>m a produção diária, avisa se as<br />

20 revista<br />

agosto/<strong>2022</strong>


tecnologia<br />

As 820 vacas levam em torno <strong>de</strong> três horas e meia para serem or<strong>de</strong>nhadas<br />

Eleandro Arsego, cooperado em Xanxerê (SC)<br />

vacas estão no cio, o horário a<strong>de</strong>quado para inseminação<br />

artificial e mandam sinal <strong>de</strong> alerta indicando<br />

quando as vacas ficam doentes.<br />

De acordo com Eleandro, o que limita o<br />

crescimento da produção é a dificulda<strong>de</strong> para se<br />

produzir alimento. “O carrossel tem capacida<strong>de</strong><br />

para or<strong>de</strong>nhar 1500 vacas por dia, mas falta área<br />

para produzir forrageiras, silagem, pré-secados para<br />

os animais”, observa.<br />

A alimentação é fornecida conforme a produção<br />

<strong>de</strong> cada animal. As vacas são divididas em lotes.<br />

“Os animais em alta produção ganham silagem<br />

<strong>de</strong> milho, a base da alimentação. O concentrado é<br />

produzido na proprieda<strong>de</strong>, composto por casca <strong>de</strong><br />

soja, farelo <strong>de</strong> soja, minerais, caroço <strong>de</strong> algodão e<br />

pré-secados <strong>de</strong> alfafa e silagem.”<br />

O volumoso usado para alimentação dos<br />

animais é produzido nos 200 hectares <strong>de</strong> lavoura.<br />

A <strong>Coamo</strong> auxilia na parte técnica e no fornecimento<br />

<strong>de</strong> insumos, para produzir mais alimentos, com<br />

a melhor qualida<strong>de</strong>. “Temos um trabalho <strong>de</strong> vários<br />

anos com a cooperativa. Fizemos esse ano a análise<br />

do solo, investimos em agricultura <strong>de</strong> precisão, para<br />

produzir mais alimentos por hectare e <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong><br />

melhor. Por consequência, a produção dos animais<br />

também aumenta por conta da boa alimentação”,<br />

acrescenta o cooperado.<br />

A engenheira agrônoma Denise Schimieguel,<br />

da <strong>Coamo</strong> em Xanxerê, afirma que a família<br />

Arsego <strong>de</strong>senvolve um trabalho buscando alcançar<br />

bons resultados. “A principal ativida<strong>de</strong> na proprieda<strong>de</strong><br />

é o milho. Então, buscamos aumento <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong><br />

e qualida<strong>de</strong> na silagem, que é o principal<br />

produto utilizado na fazenda. Um exemplo disso é<br />

a adoção <strong>de</strong> agricultura <strong>de</strong> precisão e o cuidado físico<br />

do solo.” Segundo a agrônoma, o cooperado<br />

faz um trabalho <strong>de</strong> monitoramento <strong>de</strong> plantas daninhas,<br />

pragas e doenças que ocorrem no <strong>de</strong>correr da<br />

lavoura e tem boas práticas agronômicas, fazendo<br />

com que sejam alcançados bons resultados.<br />

Eleandro confere alimentação dos animais<br />

Engenheira agrônoma Denise Schimieguel, da <strong>Coamo</strong> em Xanxerê (SC)<br />

agosto/<strong>2022</strong> revista 21


sementes<br />

PARA COMEÇAR BEM A SAFRA DE VERÃO<br />

A<br />

instalação da lavoura <strong>de</strong> soja requer um planejamento<br />

a<strong>de</strong>quado, pois é uma etapa que<br />

<strong>de</strong>termina o início <strong>de</strong> um ciclo produtivo <strong>de</strong><br />

aproximadamente 130 a 140 dias. Sabe-se que o<br />

sucesso está diretamente ligado ao plantio. A gerência<br />

<strong>de</strong> Sementes da <strong>Coamo</strong> elaborou algumas<br />

recomendações técnicas que <strong>de</strong>vem ser levadas em<br />

consi<strong>de</strong>ração para uma boa semeadura.<br />

Observa-se em nível <strong>de</strong> campo que pequenas<br />

variações <strong>de</strong> população não afetam significativamente<br />

o rendimento das lavouras, visto que os<br />

próprios obtentores recomendam uma <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> semeadura com intervalo <strong>de</strong> aproximadamente<br />

20% em média, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que as plantas estejam bem<br />

distribuídas e sem muitas falhas.<br />

Todas as cultivares apresentam uma época<br />

tolerada e outra preferencial <strong>de</strong> plantio para que<br />

respondam com todo potencial produtivo.<br />

A temperatura média do solo para uma<br />

emergência rápida e uniforme das plântulas <strong>de</strong> soja<br />

vai <strong>de</strong> 20 a 30º C, sendo o i<strong>de</strong>al 25º C. Temperatura<br />

inferior a 18º C torna o processo <strong>de</strong> germinação e<br />

emergência mais lento, po<strong>de</strong>ndo resultar em drástica<br />

redução do estan<strong>de</strong>. Ocorre predominantemente,<br />

on<strong>de</strong> a semeadura é realizada anteriormente à<br />

época preferencial.<br />

A umida<strong>de</strong> i<strong>de</strong>al para germinação e emergência<br />

da semente da soja requer absorção <strong>de</strong> água<br />

<strong>de</strong> pelo menos 50% do peso seco para iniciar o processo.<br />

Além da umida<strong>de</strong>, as condições físicas do solo<br />

também são importantes para que ocorra o melhor<br />

contato entre solo e semente. Vale lembrar que semeadura<br />

realizada com insuficiência hídrica, é extremamente<br />

prejudicial ao processo <strong>de</strong> germinação.<br />

22 revista<br />

agosto/<strong>2022</strong>


CUIDADOS A SEREM OBSERVADOS<br />

Cada agricultor <strong>de</strong>ve estar atento<br />

aos mecanismos do seu equipamento <strong>de</strong><br />

plantio. Dentre eles, o tipo <strong>de</strong> dosador <strong>de</strong><br />

semente, o limitador <strong>de</strong> profundida<strong>de</strong> e o<br />

compactador <strong>de</strong> sulco, on<strong>de</strong> os mesmos<br />

<strong>de</strong>vem estar em boas condições.<br />

A velocida<strong>de</strong> i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> plantio é <strong>de</strong><br />

4 a 6 km/h para que não haja interferência<br />

na uniformida<strong>de</strong> <strong>de</strong> distribuição ou cause<br />

dano mecânico à semente.<br />

A profundida<strong>de</strong> i<strong>de</strong>al oscila <strong>de</strong><br />

3 a 5 cm, com cuidado para posição semente<br />

e adubo, o qual <strong>de</strong>ve ficar abaixo<br />

da semente, evitando o contato direto,<br />

pois a salinização do fertilizante prejudica<br />

a germinação e emergência das plântulas<br />

<strong>de</strong> soja.<br />

Um item <strong>de</strong> extrema importância<br />

é a <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> <strong>de</strong> semeadura, pois para<br />

cada cultivar existe uma recomendação <strong>de</strong><br />

população <strong>de</strong> plantas por hectare. Para se<br />

obter um estan<strong>de</strong> i<strong>de</strong>al, <strong>de</strong>ve-se calcular o<br />

número <strong>de</strong> sementes a serem distribuídas.<br />

Para isso, se faz necessário conhecer o percentual<br />

<strong>de</strong> germinação do lote <strong>de</strong> semente.<br />

O padrão brasileiro para produção<br />

e comercialização <strong>de</strong> semente <strong>de</strong><br />

soja é <strong>de</strong> no mínimo 75% para categoria<br />

Básica e mínimo 80% para as categorias<br />

C1, C2, S1 e S2.<br />

SEMENTES DE QUALIDADE<br />

A <strong>Coamo</strong> é produtora e certificadora<br />

da própria semente seguindo rigorosamente<br />

a legislação e normas vigentes.<br />

A cooperativa conta com Laboratório <strong>de</strong><br />

Análise <strong>de</strong> Sementes cre<strong>de</strong>nciado pelo<br />

Ministério da Agricultura. Os lotes passam<br />

por diversos testes oficiais como pureza,<br />

<strong>de</strong>terminação <strong>de</strong> outras sementes por número,<br />

teste <strong>de</strong> germinação e realiza testes<br />

para controle interno <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>. Antes<br />

da entrega da semente ao cooperado, a<br />

<strong>Coamo</strong> realiza internamente o teste <strong>de</strong><br />

solo como controle interno <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>,<br />

garantindo assim segurança e confiabilida<strong>de</strong><br />

aos agricultores.<br />

Aliado a todas estas práticas e cuidados<br />

relacionados, vale ressaltar a prática<br />

do tratamento <strong>de</strong> sementes, a qual traz<br />

muitos benefícios ao cooperado.<br />

Com nova embalagem, Sementes <strong>Coamo</strong> sendo preparadas para os cooperados<br />

agosto/<strong>2022</strong> revista 23


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24 revista<br />

agosto/<strong>2022</strong>


credicoamo<br />

SEGURO PARA O VERÃO<br />

Agências da Credicoamo estão<br />

contratando seguro agrícola dos<br />

custeios que financiaram a safra<br />

<strong>de</strong> verão <strong>2022</strong>/23<br />

O<br />

planejamento do plantio <strong>de</strong> safra exige uma<br />

série <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões do produtor rural, que nem<br />

sempre estão relacionadas ao manejo das lavouras.<br />

Mais do que adquirir insumos, se faz necessário<br />

consi<strong>de</strong>rar na gestão do investimento da cultura o<br />

seguro agrícola. Esta <strong>de</strong>cisão, além <strong>de</strong> ser um indutor<br />

<strong>de</strong> tecnologia, garante aos associados a estabilida<strong>de</strong><br />

e a permanência na ativida<strong>de</strong> agrícola. As agências da<br />

Credicoamo já estão contratando seguro agrícola dos<br />

custeios que financiaram a safra <strong>de</strong> verão <strong>2022</strong>/2023.<br />

“A<strong>de</strong>rir ao seguro agrícola é uma forma do associado<br />

garantir o retorno do investimento realizado na<br />

implantação e condução da lavoura em caso <strong>de</strong> frustração<br />

<strong>de</strong> safra. Uma gestão sustentável é incorporar o<br />

seguro agrícola como mais um insumo no planejamento<br />

dos custos <strong>de</strong> produção. É um instrumento que vem<br />

substituir a produção esperada em caso <strong>de</strong> eventos climáticos<br />

cobertos pelo seguro. É a fonte <strong>de</strong> receita que<br />

vem substituir a receita da produção não colhida”, diz o<br />

diretor <strong>de</strong> Negócios da Credicoamo, Dilmar Peri.<br />

De acordo com ele, os associados que costumeiramente<br />

vêm financiando o seu custeio na Credicoamo<br />

terão seguro agrícola. Peri explica que neste<br />

ano, em função dos fatos ocorridos na safra 2021/22<br />

<strong>de</strong>vido aos problemas climáticos, as seguradoras impuseram<br />

algumas condições mínimas para aceitação<br />

do seguro. Contudo, nada que possa impedir a contratação.<br />

Ele cita como exemplo, a área mínima para<br />

contração do seguro que ficou em 20 hectares em<br />

caso <strong>de</strong> talhões específicos. “Todo o associado que<br />

tem cobertura por talhão na sua proprieda<strong>de</strong>, o mesmo<br />

terá que ser <strong>de</strong> no mínimo <strong>de</strong> 20 hectares”, frisa.<br />

O seguro por média <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong> do<br />

associado é um diferencial em relação ao mercado<br />

agosto/<strong>2022</strong> revista 25


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“A<strong>de</strong>rir ao seguro agrícola é uma forma do associado<br />

garantir o retorno do investimento realizado na<br />

implantação e condução da lavoura em caso <strong>de</strong><br />

frustração <strong>de</strong> safra. Uma gestão sustentável é<br />

incorporar o seguro agrícola como mais um insumo no<br />

planejamento dos custos <strong>de</strong> produção."<br />

com base na realida<strong>de</strong> do associado. É um seguro<br />

que toma como base a média histórica do próprio<br />

associado, o que representa uma garantia <strong>de</strong><br />

produção maior que os padrões do IBGE. Para esta<br />

condição a produtivida<strong>de</strong> é apurada com base na<br />

média <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong> que o cooperado entregou<br />

na <strong>Coamo</strong>, nos últimos cinco anos. “Este diferencial<br />

foi construído ao longo <strong>de</strong> vários anos <strong>de</strong> acompanhamento<br />

e da <strong>de</strong>monstração da atuação da área<br />

técnica da <strong>Coamo</strong> na orientação da condução das<br />

lavouras e dos métodos <strong>de</strong> tecnologia aplicados<br />

para o aumento da produtivida<strong>de</strong> do associado. E<br />

como garantia ficou estabelecido o mínimo <strong>de</strong> 65%<br />

da média dos últimos cinco anos e o máximo <strong>de</strong><br />

70% <strong>de</strong>ssa média”, diz Peri.<br />

Em relação aos preços, a pedido do presi<strong>de</strong>nte<br />

do Conselho <strong>de</strong> Administração da Credicoamo,<br />

José Aroldo Gallassini, um incentivador do seguro<br />

agrícola, ficou acertado com as seguradoras o<br />

mínimo <strong>de</strong> R$ 130 e máximo <strong>de</strong> R$ 150 por saca <strong>de</strong><br />

soja. “Fica a critério do associado <strong>de</strong>finir o melhor<br />

valor a ser segurado”, ressalta o diretor.<br />

O bom <strong>de</strong>senvolvimento da lavoura começa<br />

com a escolha <strong>de</strong> uma boa semente com teor alto<br />

<strong>de</strong> germinação e que seja homogêneo para se ter<br />

um estan<strong>de</strong> com ótimo potencial produtivo. Outro<br />

<strong>de</strong>talhe que tem que ser evi<strong>de</strong>nciado é o seguro <strong>de</strong><br />

replantio. Peri esclarece, que a cobertura <strong>de</strong> replantio<br />

passa a valer 24 horas após o plantio, po<strong>de</strong>ndo<br />

alcançar até 70% da área plantada e com a planta<br />

estando em no máximo 15 centímetros <strong>de</strong> altura. A<br />

área mínima para o replantio é <strong>de</strong> 20% do local atingido,<br />

com o mínimo <strong>de</strong> <strong>de</strong>z hectares. “Então, qual<br />

<strong>de</strong>sses fatores for o menor, será a <strong>de</strong>finição da seguradora<br />

para fazer a cobertura do replantio.”<br />

Dilmar lembra, também, quais os tipos <strong>de</strong><br />

solo que po<strong>de</strong>m receber seguro agrícola. “O tipo 1<br />

não tem cobertura <strong>de</strong> seguro, somente os tipos 2 e<br />

3. Já é <strong>de</strong> rotina do associado na hora <strong>de</strong> contratar<br />

o seguro ou o financiamento agrícola apresentar as<br />

análises <strong>de</strong> solo”, pon<strong>de</strong>ra observando que as coberturas<br />

rotineiras são seca, incêndio, inundação,<br />

raio, granizo, tromba d'água, variações excessivas<br />

<strong>de</strong> temperatura e vendaval.<br />

“Situações ocasionadas por doenças e pragas<br />

que tem controle não se enquadram nas coberturas<br />

<strong>de</strong> seguros agrícolas. O associado que tiver<br />

alguma dúvida sobre a contratação <strong>de</strong> seguro<br />

agrícola <strong>de</strong>ve procurar a agência da Credicoamo ou<br />

o agrônomo que dá assistência técnica para evitar<br />

transtornos futuros”, reitera Peri.<br />

Outro ponto a <strong>de</strong>stacar, é o reconhecimento<br />

das seguradoras pela condução profissional e séria,<br />

dada ao seguro agrícola pela Credicoamo e <strong>Coamo</strong>,<br />

assistência técnica, perícia e postura do associado.<br />

“Essas qualificações vêm permitido se obter agilida<strong>de</strong><br />

nas análises com benefício na conclusão dos processos<br />

<strong>de</strong> in<strong>de</strong>nizações. Salientamos que a <strong>de</strong>mora<br />

das in<strong>de</strong>nizações da safra 2021/22 se <strong>de</strong>u pelo gran<strong>de</strong><br />

volume <strong>de</strong> acionamento”, relata Alcir José Goldoni,<br />

presi<strong>de</strong>nte Executivo da Credicoamo.<br />

Dilmar Peri, diretor <strong>de</strong> Negócios da Credicoamo<br />

agosto/<strong>2022</strong> revista 27


informe técnico<br />

Trigo: um aliado no manejo integrado <strong>de</strong> nematoi<strong>de</strong>s da soja<br />

DR. PAULO KUHNEM<br />

Fitopatologista da Biotrigo Genética<br />

De acordo com a Socieda<strong>de</strong> Brasileira <strong>de</strong><br />

Nematologia, os nematoi<strong>de</strong>s causam prejuízos <strong>de</strong><br />

mais <strong>de</strong> R$ 16 bilhões ao ano somente na cultura da<br />

soja. Diversas medidas <strong>de</strong> controle integradas têm<br />

sido utilizadas para mitigar essas perdas, tais como<br />

o uso <strong>de</strong> cultivares <strong>de</strong> soja resistentes, o tratamento<br />

<strong>de</strong> sementes com nematicidas e a rotação <strong>de</strong> culturas<br />

com espécies não hospe<strong>de</strong>iras. Tais medidas têm seu<br />

foco <strong>de</strong> controle apenas durante a estação <strong>de</strong> cultivo<br />

<strong>de</strong> verão. No entanto, o manejo durante a entressafra<br />

tem auxiliado no combate aos nematoi<strong>de</strong>s, e a cultura<br />

do trigo tem se mostrado uma aliada na redução<br />

populacional <strong>de</strong>ssas pragas, além <strong>de</strong> proporcionar<br />

rentabilida<strong>de</strong> no inverno para o produtor.<br />

Dentre as principais espécies que infectam<br />

a soja no Brasil, po<strong>de</strong>-se <strong>de</strong>stacar o nematoi<strong>de</strong> das<br />

galhas (Meloidogyne javanica e M. incognita), nematoi<strong>de</strong><br />

das lesões radiculares (Pratylenchus brachyurus),<br />

nematoi<strong>de</strong> do cisto (Hetero<strong>de</strong>ra glycines) e nematoi<strong>de</strong><br />

reniforme (Rotylenchulus reniformis).<br />

A prevalência da espécie ou a intensida<strong>de</strong> e<br />

extensão dos sintomas nas lavouras <strong>de</strong> soja variam<br />

<strong>de</strong>vido a diversos fatores. Dentre os fatores relacionados<br />

ao solo, a ocorrência <strong>de</strong> nematoi<strong>de</strong>s tem sido<br />

associada a solos com baixa fertilida<strong>de</strong>, baixo teor<br />

<strong>de</strong> matéria orgânica e mais sujeitos ao déficit hídrico.<br />

Em solos argilosos, com altos teores <strong>de</strong> matéria orgânica<br />

e em regiões com boa distribuição <strong>de</strong> chuvas,<br />

os sintomas da parte aérea po<strong>de</strong>m não serem vistos,<br />

fazendo com que a presença <strong>de</strong> nematoi<strong>de</strong>s nas lavouras<br />

passe <strong>de</strong>sapercebida, o que tem levado erroneamente<br />

à conclusão <strong>de</strong> que nematoi<strong>de</strong>s não têm<br />

potencial <strong>de</strong> perdas econômicas nessas áreas.<br />

Sintomatologia<br />

Créditos: Ricardo Casa e Cristiano Bellé<br />

Créditos: Ricardo Casa e Paulo Kuhnem<br />

Os sintomas primários são observados no<br />

sistema radicular. O nematoi<strong>de</strong> das galhas causa o<br />

engrossamento das raízes, formando galhas <strong>de</strong> número<br />

e tamanhos variados. Já os sintomas do nematoi<strong>de</strong><br />

das lesões consistem em um sistema radicular<br />

menos volumoso, pouco <strong>de</strong>senvolvido e raízes parcial<br />

ou totalmente escuras.<br />

Sistema radicular <strong>de</strong> soja com formação <strong>de</strong> galhas causadas por Meloidogyne<br />

sp. e lesões escuras causadas por Prathylencus brachyurus<br />

Os sintomas <strong>de</strong> ambos os nematoi<strong>de</strong>s são<br />

normalmente observados em reboleiras, com plantas<br />

amareladas e menos <strong>de</strong>senvolvidas. Ao analisar<br />

a parte aérea das plantas nessas reboleiras, as infectadas<br />

pelo nematoi<strong>de</strong> das galhas apresentam folhas<br />

com manchas cloróticas ou necrose entre as nervuras,<br />

sintoma conhecido como folha “carijó”. Já as<br />

plantas infectadas pelo nematoi<strong>de</strong> das lesões apresentam<br />

nanismo, clorose e murcha nas horas mais<br />

quentes do dia.<br />

Lavoura <strong>de</strong> soja com reboleiras causadas por nematoi<strong>de</strong> e sintomas <strong>de</strong> folha carijó<br />

28 revista<br />

agosto/<strong>2022</strong>


Ao i<strong>de</strong>ntificar esses sintomas, é importante<br />

se ter claro que a erradicação dos nematoi<strong>de</strong>s é uma<br />

tarefa extremamente difícil, sendo necessária a adoção<br />

<strong>de</strong> uma estratégia baseada em medidas integradas<br />

<strong>de</strong> manejo que visem a redução populacional e<br />

minimizem as condições favoráveis ao seu <strong>de</strong>senvolvimento.<br />

O uso <strong>de</strong> cultivares resistentes é uma das<br />

principais medidas a serem utilizadas. Utiliza-se o<br />

fator <strong>de</strong> reprodução (FR) para caracterizar o nível <strong>de</strong><br />

resistência <strong>de</strong> uma cultivar aos nematoi<strong>de</strong>s.<br />

FR <strong>de</strong> cultivares aos nematoi<strong>de</strong>s<br />

Menor que 1 – não houve reprodução, cultivar é resistente<br />

Entre 1 e 2 - baixa taxa <strong>de</strong> reprodução, cultivar é mo<strong>de</strong>radamente<br />

resistente<br />

Acima <strong>de</strong> 2 – maior taxa <strong>de</strong> reprodução, cultivar é<br />

mo<strong>de</strong>radamente suscetível ou suscetível<br />

O papel do trigo na redução da população <strong>de</strong> nematoi<strong>de</strong>s<br />

Dentre as culturas disponíveis no inverno, o<br />

trigo é uma alternativa com rentabilida<strong>de</strong> econômica<br />

para o produtor que, além <strong>de</strong> proporcionar diversos<br />

benefícios ao sistema, também tem apresentado,<br />

em diversos genótipos, potencial na redução da<br />

população <strong>de</strong> nematoi<strong>de</strong>s.<br />

Resultados <strong>de</strong> um ensaio realizado em 2021<br />

pela Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Maringá (UEM), em<br />

Umuarama/PR, para avaliar em condições controladas<br />

a reação <strong>de</strong> quatro cultivares <strong>de</strong> trigo (TBIO<br />

Calibre, Astro, Duque e Aton) às duas espécies <strong>de</strong><br />

nematoi<strong>de</strong> das galhas indicam, na média, um fator<br />

<strong>de</strong> reprodução <strong>de</strong> 0,64 para M. incognita e 1,40 para<br />

M. javanica. Comparados com a soja testemunha do<br />

experimento, a redução média na população foi <strong>de</strong><br />

79% para M. incognita e <strong>de</strong> 75% para M. javanica. As<br />

cultivares <strong>de</strong> trigo avaliadas praticamente não diferiram<br />

entre si quanto à reação a ambas as espécies <strong>de</strong><br />

nematoi<strong>de</strong>s das galhas. No entanto, o FR apresentou<br />

variação <strong>de</strong> 0,33 a 1,11 para M. incognita e 0,36<br />

a 0,89 para M. javanica. Tais resultados <strong>de</strong>monstram<br />

a viabilida<strong>de</strong> da utilização da cultura do trigo no manejo<br />

integrado <strong>de</strong> nematoi<strong>de</strong>s e a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

se conhecer a reação <strong>de</strong>ssas e <strong>de</strong> outras cultivares<br />

separadamente para cada espécie.<br />

Já em ensaio <strong>de</strong> campo realizado em Campo<br />

Mourão/PR, em 2018, após avaliar o efeito <strong>de</strong><br />

diferentes sistemas <strong>de</strong> manejo, como pousio, milho<br />

segunda safra, aveia e trigo sob a população <strong>de</strong> nematoi<strong>de</strong><br />

das galhas, observou-se que o híbrido <strong>de</strong><br />

milho utilizado aumentou em oito vezes a população<br />

inicial, com fator <strong>de</strong> reprodução <strong>de</strong> 8,1. Enquanto<br />

isso, os manejos <strong>de</strong> aveia e trigo tiveram FR <strong>de</strong> 0,24<br />

e 0,43, respectivamente, <strong>de</strong>monstrando que o uso<br />

das varieda<strong>de</strong>s testadas para essas culturas reduziu<br />

efetivamente a população <strong>de</strong> nematoi<strong>de</strong>s no campo.<br />

Vale ressaltar que o pousio também apresentou um<br />

FR baixo, <strong>de</strong> 0,71. No entanto, nesse experimento<br />

foi realizado um controle eficaz <strong>de</strong> plantas daninhas,<br />

as quais são hospe<strong>de</strong>iras do nematoi<strong>de</strong> das galhas.<br />

Além <strong>de</strong> não gerar renda no inverno, o pousio mantém<br />

o solo <strong>de</strong>sprotegido.<br />

Fica evi<strong>de</strong>nte a existência <strong>de</strong> uma variabilida<strong>de</strong><br />

genética no trigo que <strong>de</strong>manda a caracterização<br />

da reação <strong>de</strong> cada cultivar para cada espécie <strong>de</strong><br />

nematoi<strong>de</strong>. Entretanto, cultivares <strong>de</strong> trigo têm mostrado<br />

potencial para auxiliar na redução populacional<br />

<strong>de</strong> nematoi<strong>de</strong> das galhas, po<strong>de</strong>ndo ser utilizadas<br />

como uma das estratégias <strong>de</strong> manejo integrada <strong>de</strong>stas<br />

pragas, além dos <strong>de</strong>mais benefícios já conhecidos<br />

da cultura e da rentabilida<strong>de</strong> econômica para o<br />

produtor.<br />

Confira o artigo na íntegra,<br />

com todos os gráficos dos<br />

experimentos.<br />

agosto/<strong>2022</strong> revista 29


Fernanda Luísa Stein Fabrício<br />

com os filhos Heloísa e Felipe,<br />

em Mangueirinha (PR)<br />

SUCESSÃO AMPARADA<br />

PELO COOPERATIVISMO<br />

Cooperada em Mangueirinha (Sudoeste do<br />

Paraná), Fernanda Luísa Stein Fabrício está<br />

à frente da proprieda<strong>de</strong>, junto com os dois<br />

filhos, Heloísa, 13 anos, e Felipe, 16 anos, após o falecimento<br />

do esposo, Elisandro Fabrício, há pouco<br />

mais <strong>de</strong> um ano.<br />

Fernanda é filha e neta <strong>de</strong> agricultores, já<br />

vinha <strong>de</strong> uma família do campo, mas resolveu fazer<br />

faculda<strong>de</strong> e trabalhar em outra área. “Meu pai sempre<br />

foi pequeno agricultor e eu, quando fui estudar,<br />

acabei fazendo faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> química. Comecei<br />

trabalhando como professora. A intenção era fazer<br />

bioquímica ou farmácia, mas no <strong>de</strong>correr do tempo,<br />

me casei e voltei a morar no interior. Até atuei como<br />

professora durante seis anos. E aí, quando vieram os<br />

filhos, fiquei em casa para cuidar <strong>de</strong>les e ajudar o<br />

esposo.” A cooperada sempre atuou ao lado do esposo<br />

na agricultura.<br />

Na proprieda<strong>de</strong>, a família trabalha com agricultura<br />

e pecuária. São 130 alqueires <strong>de</strong> lavoura e<br />

criação <strong>de</strong> gado, com integração lavoura pecuária.<br />

“O meu esposo sempre trabalhou com pecuária e<br />

a gente continua no ramo por gostar também. Hoje<br />

eu vejo que o Felipe e a Heloísa gostam muito do<br />

gado.”<br />

A gestão fica com a matriarca, e os dois jovens<br />

se divi<strong>de</strong>m entre ajudar a mãe com a parte burocrática,<br />

e o operacional. “O Felipe auxilia na gestão<br />

e na parte operacional, que ele gosta. A Heloísa<br />

é minha assistente, por ser mais nova ainda, mas<br />

quando po<strong>de</strong>, ajuda no operacional. Temos funcionários<br />

com bastante experiência e nos dão suporte<br />

para tocar o negócio”, afirma.<br />

Após o falecimento do esposo, Fernanda diz<br />

30 revista<br />

agosto/<strong>2022</strong>


Família conta com apoio da <strong>Coamo</strong> e<br />

Credicoamo. Engenheiro agronômo Cristiano<br />

Fabbris é responsável pela assistência técnica<br />

que não pensou em nenhum momento em <strong>de</strong>sistir.<br />

“Eu não hesitei em dizer que pegaria essa responsabilida<strong>de</strong>,<br />

que ia dar conta e assumir. Foi e ainda é difícil,<br />

uma situação inesperada. Mas, com meus filhos<br />

ao meu lado, me apoiando em tudo, me motivam<br />

a continuar. São meu suporte, tudo o que eu estou<br />

fazendo é por eles.”<br />

De acordo com ela, o apoio da <strong>Coamo</strong> e<br />

Credicoamo foi fundamental para a continuida<strong>de</strong><br />

na ativida<strong>de</strong>. “Sou muito grata as cooperativas que<br />

nos ajudaram e incentivaram a continuar com a ativida<strong>de</strong><br />

agrícola. Todos prestaram solidarieda<strong>de</strong>, com<br />

muita humanida<strong>de</strong> nesse momento difícil, além do<br />

fundamental que é a credibilida<strong>de</strong> que eles passam”,<br />

comenta Fernanda.<br />

A cooperada concluiu o curso <strong>de</strong> Jovens<br />

Lí<strong>de</strong>res Cooperativistas, agregando mais conhecimento<br />

que já está sendo aplicado na proprieda<strong>de</strong>.<br />

Para ela, o curso é fantástico, pois permite abrir um<br />

leque <strong>de</strong> aprendizado. “Eu consi<strong>de</strong>ro muito bom,<br />

um divisor <strong>de</strong> águas. Agora é o momento <strong>de</strong> estar<br />

aberta a apren<strong>de</strong>r, <strong>de</strong> buscar conhecimento. Esse<br />

curso veio num momento muito importante.”<br />

O engenheiro agrônomo da <strong>Coamo</strong> em<br />

Mangueirinha, Cristiano Fabbris conta que a família<br />

Fabrício é parceira da cooperativa há anos, e o trabalho<br />

na proprieda<strong>de</strong> sempre foi muito bem-feito,<br />

tanto na parte técnica quanto nas <strong>de</strong>mais áreas. “A<br />

Fernanda assumiu a proprieda<strong>de</strong> recentemente,<br />

mas já vinha acompanhando as ativida<strong>de</strong>s e participando<br />

dos eventos que a <strong>Coamo</strong> oferece. Claro<br />

que há muita coisa nova. É um <strong>de</strong>safio. Mas, ela está<br />

se saindo muito bem. Participando da formação <strong>de</strong><br />

Jovens Lí<strong>de</strong>res Cooperativistas, observamos ainda<br />

mais essa evolução da cooperada, que apren<strong>de</strong> sobre<br />

vários temas, como gestão, e consegue ver as<br />

coisas <strong>de</strong> uma forma diferente do que se vinha trabalhando”,<br />

conclui Fabbris.<br />

Fernanda concluiu o curso <strong>de</strong> Jovens Lí<strong>de</strong>res Cooperativistas,<br />

agregando mais conhecimento que já está sendo aplicado na proprieda<strong>de</strong><br />

agosto/<strong>2022</strong> revista 31


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expansão<br />

EM BUSCA DE NOVAS OPORTUNIDADE NO MS<br />

Cooperado Cláudio Fulaneto Júnior é <strong>de</strong> Araruna (PR) e cultiva lavouras em Ban<strong>de</strong>irantes (MS) há quatro. Na imagem com engenheiro agrônomo Ronaldo Lopes Costa<br />

Há quatro anos, o agricultor<br />

Cláudio Fulaneto<br />

Júnior <strong>de</strong>cidiu<br />

buscar novos <strong>de</strong>safios e o<br />

crescimento na sua ativida<strong>de</strong><br />

agrícola. Ele saiu <strong>de</strong> Araruna,<br />

no Centro-Oeste do Paraná,<br />

e foi para a região <strong>de</strong> Ban<strong>de</strong>irantes,<br />

distante 60 km da<br />

capital Campo Gran<strong>de</strong>, no<br />

Mato Grosso do Sul. “Vim<br />

conhecer e vi que as terras<br />

eram mais baratas do que na<br />

minha região, mas também<br />

produtivas, daí mu<strong>de</strong>i para<br />

cá e estou contente com esses<br />

primeiros anos”, conta o<br />

produtor.<br />

Cooperado da <strong>Coamo</strong><br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2004, o agricultor<br />

fez parte da 14ª turma do programa<br />

Jovens Lí<strong>de</strong>res Cooperativistas.<br />

Ele planta uma<br />

área <strong>de</strong> 275 hectares, dos<br />

quais 100% <strong>de</strong> soja na safra<br />

<strong>de</strong> verão, e no inverno, cultiva<br />

50 hectares <strong>de</strong> sorgo, 10 <strong>de</strong><br />

milheto para sementes e 115<br />

no sistema <strong>de</strong> consórcio com<br />

braquiária, milheto e sorgo.<br />

“As terras são produtivas, fui<br />

corrigindo com agricultura <strong>de</strong><br />

precisão e acredito que com<br />

tecnologia e o apoio da <strong>Coamo</strong><br />

iremos aumentar nossas<br />

produtivida<strong>de</strong>s a cada nova<br />

safra”, diz.<br />

“Quando cheguei<br />

aqui não tinha uma <strong>Coamo</strong><br />

por perto, mas <strong>de</strong>morou só<br />

alguns anos para isso acontecer,<br />

pois <strong>de</strong>s<strong>de</strong> outubro<br />

do ano passado ela chegou<br />

e começou a operar aqui em<br />

Ban<strong>de</strong>irantes. Fiquei muito<br />

feliz, pois sei muito bem o<br />

que representa o nome e a<br />

confiança que a <strong>Coamo</strong> tem e<br />

do apoio <strong>de</strong>la para todos os<br />

cooperados”, comemora.<br />

Em Araruna, Cláudio<br />

Fulaneto Júnior andava 2 km<br />

para entregar suas safras na<br />

cooperativa, e atualmente sua<br />

proprieda<strong>de</strong> no MS fica a 60<br />

km do entreposto da <strong>Coamo</strong>.<br />

“Tudo fica mais fácil quando<br />

a gente tem uma <strong>Coamo</strong><br />

por perto, aqui em Ban<strong>de</strong>irantes<br />

teremos um mo<strong>de</strong>rno<br />

entreposto que está sendo<br />

construído e os produtores<br />

da região estão começando<br />

a conhecer como é o padrão<br />

<strong>Coamo</strong>. É um processo que<br />

po<strong>de</strong> <strong>de</strong>morar um pouco,<br />

mas com certeza haverá uma<br />

participação gran<strong>de</strong> nos próximos<br />

anos e a <strong>Coamo</strong> irá colaborar<br />

para mudar a nossa<br />

agricultura da região”, prevê<br />

o cooperado.<br />

agosto/<strong>2022</strong> revista 33


visita<br />

Cooperativistas do Pará e da<br />

Costa Rica conhecem a <strong>Coamo</strong><br />

Comitiva da Coopernorte <strong>de</strong> Paragominas (Pará)<br />

Integrantes da Cooperativa <strong>de</strong> Produtores <strong>de</strong> Leite dos Pinos, <strong>de</strong> Alajuela, na Costa Rica<br />

Para conhecer o cooperativismo praticado pela <strong>Coamo</strong><br />

por meio dos serviços e produtos disponibilizados<br />

aos cooperados, o processo <strong>de</strong> governança e o<br />

trabalho nas unida<strong>de</strong>s, recentemente a cooperativa<br />

recebeu dois grupos <strong>de</strong> cooperativistas, sendo um<br />

da cooperativa agropecuária Coopernorte <strong>de</strong> Paragominas<br />

(Pará), e outro da Cooperativa <strong>de</strong> Produtores<br />

<strong>de</strong> Leite dos Pinos, <strong>de</strong> Alajuela, na Costa Rica,<br />

América Central.<br />

Os visitantes paraenses foram recepcionados<br />

pelo presi<strong>de</strong>nte do Conselho <strong>de</strong> Administração<br />

da <strong>Coamo</strong>, José Aroldo Gallassini e o presi<strong>de</strong>nte<br />

Executivo da <strong>Coamo</strong>, Airton Galinari, que apresentaram<br />

aos 25 profissionais <strong>de</strong> diversas áreas um pouco<br />

da história, estrutura e os serviços da <strong>Coamo</strong> em<br />

prol do <strong>de</strong>senvolvimento dos mais <strong>de</strong> 30 mil cooperados.<br />

Eles visitaram também o parque industrial da<br />

cooperativa, em Campo Mourão.<br />

A Coopernorte foi fundada em 2011 e é a<br />

maior cooperativa <strong>de</strong> grãos do Pará, sediada em Paragominas,<br />

que é o município <strong>de</strong> maior produção <strong>de</strong><br />

commodities do Estado. Conta com atuação <strong>de</strong> 100<br />

cooperados que cultivam soja, milho, sorgo e milheto.<br />

Diego Andra<strong>de</strong>, gerente <strong>de</strong> Desenvolvimento<br />

<strong>de</strong> Cooperativas da OCB-Pará (Organização das<br />

Cooperativas do Estado do Pará), coor<strong>de</strong>nador da<br />

visita, <strong>de</strong>stacou a importância da visita à <strong>Coamo</strong> e<br />

ao cooperativismo paranaense. “Foi muito impor-<br />

tante conhecer <strong>de</strong> perto como funciona e o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

do cooperativismo do Paraná. Viemos à<br />

<strong>Coamo</strong> para ver e constatar <strong>de</strong> perto esse <strong>de</strong>senvolvimento<br />

e atuação que coloca a cooperativa como<br />

referência entre as principais cooperativas e empresas<br />

do país. Vamos levar esta troca <strong>de</strong> experiência<br />

e partilhar estes conhecimentos com os paraenses<br />

para que o nosso agronegócio e o cooperativismo<br />

possam continuar crescendo cada vez mais.”<br />

costa rica<br />

Para a comitiva da Cooperativa <strong>de</strong> Produtores<br />

<strong>de</strong> Leite dos Pinos, com se<strong>de</strong> em Alajuela,<br />

na Costa Rica, na América Central, foi valiosa a<br />

visita à <strong>Coamo</strong>. A cooperativa é uma empresa <strong>de</strong><br />

alimentos 100% costarriquenha e lí<strong>de</strong>r na indústria<br />

<strong>de</strong> laticínios na América Central e Caribe, com<br />

uma vasta linha <strong>de</strong> produtos para consumo humano<br />

que ultrapassam 900 varieda<strong>de</strong>s. “Temos uma<br />

constante preocupação em melhorar nossas operações<br />

e fortalecer nossos cooperados, por isso<br />

viemos na <strong>Coamo</strong> para conhecer melhor esta cooperativa<br />

que é referência, pois buscamos melhorar<br />

continuamente nossas práticas e gestão, para que<br />

a cada dia sejam mais eficientes. Vamos compartilhar<br />

esta excelente experiência que vivemos aqui”,<br />

afirma Ricardo Martí, diretor Corporativo <strong>de</strong> Serviço<br />

aos Associados.<br />

agosto/<strong>2022</strong> revista 35


inovação<br />

ASSOCIADOS APROVAM NOVO<br />

APLICATIVO DA CREDICOAMO<br />

Foi lançado no dia 06 <strong>de</strong> junho o novo aplicativo<br />

da Credicoamo. A ferramenta está disponível<br />

para baixar no celular nas lojas no Google Play<br />

e App Store. Os associados também po<strong>de</strong>m procurar<br />

as agências para fazerem este processo e receberem<br />

orientações.<br />

O <strong>de</strong>senvolvimento do novo aplicativo contou<br />

com a participação <strong>de</strong> vários associados e funcionários<br />

da Credicoamo, tornando-o mais prático,<br />

interativo e amigável. Foram utilizadas as tecnologias<br />

mais avançadas, oferecendo o que há <strong>de</strong> mais<br />

mo<strong>de</strong>rno e com segurança do mercado financeiro.<br />

Portanto, o aplicativo já nasceu mo<strong>de</strong>rno, completo<br />

e terá atualizações constantes visando o melhor<br />

atendimento das necessida<strong>de</strong>s dos associados.<br />

São inúmeros os <strong>de</strong>poimentos <strong>de</strong> associados<br />

que aprovam o novo aplicativo, enaltecendo as<br />

qualida<strong>de</strong>s: “O aplicativo já era bom e agora ficou<br />

melhor. Prático, rápido, interativo, com excelente<br />

aparência e muita segurança. Utilizo todos os dias,<br />

seja para consultas ou realizar minhas operações. É<br />

a Credicoamo comigo on<strong>de</strong> eu estiver”, diz o associado<br />

Flávio Gregio, <strong>de</strong> Boa Ventura <strong>de</strong> São Roque<br />

(Centro do Paraná).<br />

Emílio Magne Guerreiro Júnior, <strong>de</strong> Campo<br />

Mourão (Centro-Oeste do Paraná), comenta que o<br />

José Luiz Conrado, diretor <strong>de</strong> Controladoria da Credicoamo<br />

aplicativo da Credicoamo traz todas as necessida<strong>de</strong>s<br />

dos associados. “Foi muito bom fazer parte <strong>de</strong>ssa<br />

experiência, po<strong>de</strong>r ver como funciona a criação e<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um aplicativo. O novo aplicativo<br />

vem com gran<strong>de</strong> competitivida<strong>de</strong>, não per<strong>de</strong> em<br />

nada para outros, e tem a nossa ‘cara’, mostrando<br />

que foi personalizado para o associado, ouvindo e<br />

visando nossas necessida<strong>de</strong>s. É um avanço que a<br />

Credicoamo traz para nós, associados.”<br />

Jonathan Henrique Welz Negri, <strong>de</strong> Engenheiro<br />

Beltrão (Centro-Oeste do Paraná), observa que o novo<br />

aplicativo da Credicoamo está ainda mais seguro, intuitivo,<br />

com mais integrações, novos relatórios, uma fonte<br />

<strong>de</strong> letra mais leve e com a força da cooperativa.<br />

José Luiz Conrado, diretor <strong>de</strong> Controladoria da<br />

Credicoamo, recorda que a Credicoamo sempre manteve<br />

o foco em disponibilizar canais digitais para facilitar<br />

e ampliar o atendimento aos associados, com segurança<br />

e agilida<strong>de</strong>. “Oferecemos uma ferramenta segura,<br />

beneficiando os associados que po<strong>de</strong>m fazer as operações<br />

financeiras <strong>de</strong> on<strong>de</strong> estiverem.”<br />

O diretor cita que entre as principais novida<strong>de</strong>s<br />

está a inicialização do aplicativo com o reconhecimento<br />

facial ou digital. “Incluímos, também,<br />

no aplicativo, por meio <strong>de</strong> inteligência artificial, uma<br />

ferramenta para que os serviços mais utilizados pelo<br />

associado venham no primeiro plano, com ênfase<br />

no Pix, facilitando a interação.”<br />

Conrado revela ainda que foram inseridos no<br />

novo aplicativo mais mecanismos <strong>de</strong> segurança para<br />

as transações via Pix. “São ações para se evitar ou dificultar<br />

golpes e frau<strong>de</strong>s na plataforma <strong>de</strong> pagamento<br />

instantâneo. O sistema conta com uma série <strong>de</strong> funcionalida<strong>de</strong>s<br />

que visam i<strong>de</strong>ntificar a conduta do beneficiário<br />

para proteger as transações dos associados,<br />

evitando possíveis prejuízos em golpes e frau<strong>de</strong>s.”<br />

Conrado menciona que em setembro próximo,<br />

será incorporado no aplicativo mais duas<br />

36 revista<br />

agosto/<strong>2022</strong>


melhorias: a primeira, solicitada pelos associados,<br />

apresentará as cotações <strong>de</strong> preços <strong>de</strong> lousa praticados<br />

na <strong>Coamo</strong> para soja, milho e trigo e o preço do<br />

dólar comercial; e a segunda melhoria diz respeito à<br />

segurança <strong>de</strong> transações, para TEDs e Boletos, que<br />

é a validação dos <strong>de</strong>stinatários dos recursos, evitando<br />

golpes quando o <strong>de</strong>stinatário já tiver registro <strong>de</strong><br />

indícios <strong>de</strong> frau<strong>de</strong> em meios <strong>de</strong> pagamento.<br />

Ainda no quesito segurança, Conrado informa<br />

que a atuação sistêmica da Cooperativa é<br />

ativa, no sentido <strong>de</strong> barrar operações suspeitas,<br />

e é proativa, pois monitora em tempo real todas<br />

as transações dos associados, com um sistema<br />

robusto que exige autenticação <strong>de</strong> senhas do associado<br />

para suas operações. Por fim, conclui que<br />

a Credicoamo e a <strong>Coamo</strong> investem recursos na<br />

disponibilização <strong>de</strong> sistemas seguros, mas que é<br />

necessário o associado estar atento para os golpes<br />

em aplicativos <strong>de</strong> mensagens, golpes <strong>de</strong> engenharia<br />

social e golpes <strong>de</strong> clonagem, conforme<br />

<strong>de</strong>stacados pelo Banco Central do Brasil e pela<br />

Febraban e publicados tanto no site Credicoamo<br />

quanto nesta revista <strong>Coamo</strong>.<br />

O presi<strong>de</strong>nte Executivo, Alcir José Goldoni,<br />

por sua vez, <strong>de</strong>staca que “a estratégia da Credicoamo<br />

é disponibilizar canais digitais que facilitam e<br />

agilizam as operações financeiras dos associados,<br />

mas tudo isso só terá efeito se o associado também<br />

ficar atento às mensagens que recebe pelo celular.<br />

Não <strong>de</strong>ve abrir nenhuma mensagem que venha suscitar<br />

dúvida. O associado antes <strong>de</strong> qualquer transferência<br />

que não é corriqueira, <strong>de</strong>ve validar com<br />

os familiares ou nas agências da Credicoamo. Principalmente<br />

em mensagens on<strong>de</strong> se observa muita<br />

vantagem em qualquer tipo <strong>de</strong> negócio ou quando<br />

se tem uma mensagem que envolve os familiares. A<br />

Credicoamo quer estar junto com o associado on<strong>de</strong><br />

ele estiver e com segurança, menciona o slogan”.<br />

agosto/<strong>2022</strong> revista 37


investimento<br />

OPORTUNIDADES NO PORTO DE ITAPOÁ<br />

Estrutura da <strong>Coamo</strong> em Itapoá contará com quatro terminais e extensão <strong>de</strong> frente para o mar <strong>de</strong> 400 metros quadrados<br />

Expandir e buscar novas oportunida<strong>de</strong>s e mercados<br />

fazem parte da essência da <strong>Coamo</strong>. Há cerca<br />

<strong>de</strong> oito anos a cooperativa <strong>de</strong>u mais um passo<br />

importante, quando iniciou as tratativas para adquirir<br />

um terminal no Porto <strong>de</strong> Itapoá, em Santa Catarina. Isso<br />

porque em 2014, existia um gargalo da produção. O<br />

Sul do país ficou estrangulado em relação aos portos e<br />

a <strong>Coamo</strong> precisou buscar outras opções.<br />

O Porto <strong>de</strong> Itapoá foi uma alternativa. É um<br />

terminal <strong>de</strong> uso privado, em que se po<strong>de</strong> operá-lo<br />

integralmente, conforme explica o diretor <strong>de</strong> Logística<br />

e Operações da <strong>Coamo</strong>, E<strong>de</strong>nilson Carlos<br />

<strong>de</strong> Oliveira. “Se ven<strong>de</strong>rmos um milho para julho <strong>de</strong><br />

2023, sabemos que a programação será cumprida<br />

exatamente nesta data, sem qualquer atraso. Diferente<br />

<strong>de</strong> Paranaguá, on<strong>de</strong> há navios <strong>de</strong> todos os players<br />

e tem 11 terminais, ligados a três berços, dificultando<br />

uma or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> embarque.”<br />

38 revista<br />

agosto/<strong>2022</strong>


Aumento do<br />

recebimento da<br />

produção dos<br />

cooperados ao longo<br />

dos anos reforçam a<br />

necessida<strong>de</strong> da <strong>Coamo</strong><br />

estar preparada e não<br />

limitar o crescimento<br />

e remuneração do<br />

quadro social<br />

O presi<strong>de</strong>nte Executivo da <strong>Coamo</strong>, Airton<br />

Galinari, acrescenta que essa aquisição surgiu <strong>de</strong><br />

uma dificulda<strong>de</strong> que se estava tendo em Paranaguá,<br />

em função <strong>de</strong> filas e <strong>de</strong>mora <strong>de</strong> navios para atracação.<br />

“Tínhamos compromissos que não conseguíamos<br />

aten<strong>de</strong>r em função <strong>de</strong>sses problemas. Foi uma<br />

época em que a regularização da fila <strong>de</strong> navios em<br />

Paranaguá estava um tanto quanto perturbada, com<br />

regras que não favoreciam a eficiência. Então, fomos<br />

buscar alternativas em diversos portos do Sul<br />

do país, que pu<strong>de</strong>ssem abrigar um porto próprio,<br />

uma vez que Paranaguá é um porto on<strong>de</strong> compartilhamos<br />

a atracação <strong>de</strong> navios com outros terminais.<br />

Nós queríamos ter controle na fila <strong>de</strong> navios para fazer<br />

uma logística mais eficiente.”<br />

Galinari explica que Itapoá foi uma oportunida<strong>de</strong>.<br />

“Fizemos aquisições estratégicas, da frente do<br />

mar para o fundo. Nosso terminal terá uma extensão<br />

<strong>de</strong> frente para o mar <strong>de</strong> 400 metros quadrados. Enquanto<br />

fazíamos essas aquisições, verificamos a possibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> fazer mais <strong>de</strong> um berço <strong>de</strong> atracação.<br />

Então o projeto passou para a atracação <strong>de</strong> três navios<br />

simultaneamente. Com isso, po<strong>de</strong>remos realizar<br />

parcerias e, inclusive, já estamos com algumas sendo<br />

discutidas nos berços que a <strong>Coamo</strong> não irá operar.”<br />

Dentro <strong>de</strong>ste porto, portanto, a <strong>Coamo</strong> terá<br />

quatro terminais, um para grãos e farelos, um para<br />

fertilizantes, um para líquidos e outro para gases<br />

GLP - gás liquefeito <strong>de</strong> petróleo. “Não são negócios<br />

que a cooperativa irá explorar, mas como a área permite,<br />

é possível arrendar os terminais e gerar mais<br />

receita que possibilitará um melhor retorno da operacionalização<br />

que interessa <strong>de</strong> fato para a <strong>Coamo</strong>.<br />

Um exemplo, é a Supergasbrás, que arrendará um<br />

<strong>de</strong>stes espaços”, revela E<strong>de</strong>nilson Carlos <strong>de</strong> Oliveira.<br />

Outro ponto favorável ao Porto <strong>de</strong> Itapoá, <strong>de</strong><br />

acordo com o diretor <strong>de</strong> Logística e Operações da<br />

<strong>Coamo</strong>, E<strong>de</strong>nilson Carlos <strong>de</strong> Oliveira, é a condição<br />

<strong>de</strong> água da baía <strong>de</strong> Babitonga e a localização, pois é<br />

bem no início, facilitando o fluxo. “Há uma condição<br />

<strong>de</strong> navegabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 14 a 16 metros para chegar<br />

no canal. O calado natural do local on<strong>de</strong> será instalado<br />

o píer é <strong>de</strong> 25 metros <strong>de</strong> profundida<strong>de</strong>. Tudo<br />

isso permite a atracação <strong>de</strong> navios maiores”, explica.<br />

A <strong>Coamo</strong> conseguiu a outorga da marinha<br />

para operar no porto. Em julho do ano passado iniciaram<br />

os estudos <strong>de</strong> impactos ambientais <strong>de</strong> fauna<br />

e flora, e encerraram no outono <strong>de</strong>ste ano. Agora,<br />

vem a segunda etapa, <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong> campo, apresentar<br />

aos órgãos competentes este estudo e as<br />

agosto/<strong>2022</strong> revista 39


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investimento<br />

medidas que a cooperativa irá tomar. Isso para conseguir uma<br />

licença prévia <strong>de</strong> operação. “Estamos na licença prévia, <strong>de</strong>pois<br />

virá a licença <strong>de</strong> instalação e a <strong>Coamo</strong> estaria liberada para a<br />

construção, para <strong>de</strong>pois ter a licença <strong>de</strong> operação, quando o<br />

porto estivesse pronto”, esclarece o presi<strong>de</strong>nte Executivo.<br />

Agora, o licenciamento <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> dos órgãos ambientais.<br />

“Estamos com uma empresa muito capacitada, contratada<br />

para fazer isso. Estamos levando todas as informações, juntamente<br />

com os órgãos públicos competentes. A expectativa é<br />

que tenhamos essa licença prévia até 2023, para então fazer a<br />

licença <strong>de</strong> instalação, que é razoável pensar em uns dois anos<br />

mais ou menos. Então teríamos mais uns três anos para ter todo<br />

o licenciamento, pronto para então iniciar uma obra.”<br />

Essa expansão é com vistas a <strong>Coamo</strong> do futuro, pois o<br />

produtor rural está tendo um crescimento orgânico e vai produzir<br />

mais <strong>de</strong>ntro da mesma área. “Aliado à expansão <strong>de</strong> área<br />

da cooperativa, percebemos que precisamos avançar nisso,<br />

para não criar um gargalo que limite esse crescimento e remuneração<br />

do cooperado. Quando limito o escoamento da produção,<br />

limito a comercialização, criando um gargalo que po<strong>de</strong><br />

prejudicar o quadro social”, consi<strong>de</strong>ra o diretor <strong>de</strong> Logística e<br />

Operações.<br />

O presi<strong>de</strong>nte Executivo, Airton Galinari, diz que é importante<br />

essa expansão para o cooperado. “Até agora, com Paranaguá<br />

já dobramos nossa capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> exportação e nossa<br />

<strong>de</strong>manda vem sendo suprida, com a recente inauguração do<br />

terminal dois. Com Itapoá, as oportunida<strong>de</strong>s serão ainda maiores,<br />

<strong>de</strong> fazer uma logística própria tanto por terra quanto marítima.<br />

Isso nos permitirá negócios com garantias maiores e reais<br />

<strong>de</strong> tempo <strong>de</strong> espera <strong>de</strong> navio e entrega <strong>de</strong> produtos, uma vez<br />

que, vamos coor<strong>de</strong>nar toda a operação. Para o cooperado isso<br />

se reverte em menos custos, e quando temos menos custos,<br />

po<strong>de</strong>mos remunerar melhor o produtor rural, que é o objetivo<br />

principal <strong>de</strong> todas as ações da <strong>Coamo</strong>.”<br />

PARCERIA COM A<br />

SUPERGASBRAS<br />

A Supergasbras, empresa<br />

do Grupo SHV, lí<strong>de</strong>r mundial<br />

na distribuição <strong>de</strong> GLP, firmou<br />

acordo com a <strong>Coamo</strong>. Um dos<br />

berços da cooperativa será arrendado<br />

para a empresa por 35<br />

anos. Este é o segundo projeto<br />

anunciado pela companhia em<br />

<strong>2022</strong>, que agora já chega a mais<br />

<strong>de</strong> R$ 1,6 bilhão <strong>de</strong> investimento<br />

para a construção <strong>de</strong> terminais<br />

para importação e movimentação<br />

<strong>de</strong> GLP – gás liquefeito <strong>de</strong><br />

petróleo. O empreendimento<br />

terá capacida<strong>de</strong> para 38 mil toneladas<br />

<strong>de</strong> GLP, com movimentação<br />

anual <strong>de</strong> 425 mil toneladas. A<br />

tancagem será utilizada para armazenagem<br />

<strong>de</strong> GLP nacional ou<br />

importado. O investimento está<br />

estimado em R$ 850 milhões, e,<br />

em sua fase <strong>de</strong> construção, <strong>de</strong>ve<br />

gerar 800 empregos diretos e indiretos<br />

na região.<br />

“É uma estocagem adicional<br />

muito significativa, que dá<br />

garantia <strong>de</strong> suprimento para a<br />

região e beneficia a população.<br />

Este novo acordo que estamos<br />

assinando com a <strong>Coamo</strong> segue<br />

em linha com o nosso objetivo<br />

<strong>de</strong> melhorar a infraestrutura<br />

primária para a distribuição <strong>de</strong><br />

GLP <strong>de</strong> Norte a Sul do país. Em<br />

março, anunciamos o projeto no<br />

Pecém, no Ceará, e agora está<br />

parceria com a <strong>Coamo</strong>, que beneficiará<br />

a região Sul do país”,<br />

ressalta Júlio Cardoso, presi<strong>de</strong>nte<br />

da Supergasbras.<br />

agosto/<strong>2022</strong> revista 41


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© <strong>2022</strong>. Todos os direitos reservados a Cosan Lubrificantes e Especialida<strong>de</strong>s S.A. (Moove).<br />

Proibida reprodução ou distribuição sem autorização. Todas as marcas utilizadas neste material são marcas ou marcas registradas da Exxon Mobil Corporation ou uma <strong>de</strong> suas subsidiárias, utilizadas<br />

por Cosan Lubrificantes e Especialida<strong>de</strong>s S.A., ou uma <strong>de</strong> suas subsidiárias, sob licença. Outras marcas ou nomes <strong>de</strong> produtos utilizados neste material são <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> seus respectivos donos.


meio ambiente<br />

SISTEMA CAMPO LIMPO<br />

94% das embalagens têm <strong>de</strong>stinação ambiental correta<br />

O<br />

Dia Nacional do Campo Limpo comemorado<br />

anualmente no dia 18 <strong>de</strong> agosto teve um<br />

evento em Campo Mourão (Centro-Oeste<br />

do Paraná), na unida<strong>de</strong> regional da Associação dos<br />

Distribuidores <strong>de</strong> Insumos e Tecnologia Agropecuária<br />

(Adita). "O Paraná recebe 13% do volume <strong>de</strong><br />

recolhimento nacional <strong>de</strong> embalagens e <strong>de</strong>ste montante,<br />

recebemos em nossas três regionais 25% do<br />

total das embalagens <strong>de</strong> <strong>de</strong>fensivos agrícolas do<br />

Paraná. É um trabalho com bom resultado da sustentabilida<strong>de</strong>,<br />

por meio da atuação da Adita há mais<br />

<strong>de</strong> 20 anos com apoio <strong>de</strong> muitos, e em especial a<br />

participação da <strong>Coamo</strong>”, explica o diretor executivo<br />

da Adita, Waldir Baccarin.<br />

“As embalagens abandonadas no ambiente<br />

ou <strong>de</strong>scartadas ina<strong>de</strong>quadamente, po<strong>de</strong>m contaminar<br />

o solo, as águas superficiais e os lençóis freáticos.<br />

Há também o problema da reutilização sem critério. Ao<br />

longo dos anos, essa realida<strong>de</strong> melhorou e os cooperados<br />

vêm cumprindo o seu papel com a entrega das<br />

embalagens nos postos <strong>de</strong> recolhimento espalhados<br />

na área <strong>de</strong> ação da cooperativa”, explica o coor<strong>de</strong>nador<br />

do <strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong> Ambiental<br />

da <strong>Coamo</strong>, Djalma Lúcio <strong>de</strong> Oliveira.<br />

O Sistema Campo Limpo é um programa <strong>de</strong><br />

logística reversa <strong>de</strong> embalagens vazias <strong>de</strong> <strong>de</strong>fensi-<br />

vos agrícolas, no qual o Instituto Nacional <strong>de</strong> Processamento<br />

<strong>de</strong> Embalagens Vazias (Inpev) atua como<br />

núcleo <strong>de</strong> inteligência em 99 centrais, 312 postos e<br />

mais <strong>de</strong> 1.700 profissionais participando direta ou<br />

indiretamente. O programa tem como base o conceito<br />

<strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> compartilhada entre agricultores,<br />

indústria fabricante, canais <strong>de</strong> distribuição<br />

e po<strong>de</strong>r público com papeis e responsabilida<strong>de</strong>s específicas<br />

no fluxo <strong>de</strong> funcionamento do programa,<br />

<strong>de</strong>finidas por lei. O Brasil é referência na <strong>de</strong>stinação<br />

correta <strong>de</strong> embalagens vazias <strong>de</strong> <strong>de</strong>fensivos, com<br />

uma média anual <strong>de</strong> 94% das embalagens plásticas<br />

primárias comercializadas.<br />

Segundo pesquisa realizada pela Associação<br />

Nacional <strong>de</strong> Defesa Vegetal (An<strong>de</strong>f), em 1999, 50% das<br />

embalagens vazias <strong>de</strong> <strong>de</strong>fensivos agrícolas no Brasil naquela<br />

época eram doadas ou vendidas sem qualquer<br />

controle; 25% tinham como <strong>de</strong>stino a queima a céu<br />

aberto, 10% ficavam armazenadas ao relento e 15%<br />

eram simplesmente abandonadas no campo. Mas, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

o início da operação, em 2002, o Sistema Campo<br />

Limpo vem sendo ampliado e atualmente assegura a<br />

<strong>de</strong>stinação ambientalmente correta <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 94%<br />

das embalagens plásticas primárias (que entram em<br />

contato direto com o produto) e 80% do total <strong>de</strong> embalagens<br />

vazias <strong>de</strong> <strong>de</strong>fensivos agrícolas comercializadas.<br />

Evento em Campo Mourão incluiu plantio <strong>de</strong> mudas <strong>de</strong><br />

ipês e uma visita técnica <strong>de</strong> alunos do Colégio Agrícola<br />

Djalma Lúcio <strong>de</strong> Oliveira, coor<strong>de</strong>nador do <strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> Sustentabilida<strong>de</strong><br />

Ambiental da <strong>Coamo</strong>, e Waldir Baccarin, diretor executivo da Adita<br />

agosto/<strong>2022</strong> revista 43


jovens lí<strong>de</strong>res<br />

FORMAÇÃO NO CAMPO<br />

Encerramento da 26ª turma <strong>de</strong> Jovens Lí<strong>de</strong>res Cooperativistas foi<br />

no dia 25 <strong>de</strong> agosto com a presença dos formandos e familiares<br />

A<br />

<strong>Coamo</strong> acredita que o processo <strong>de</strong> mudança<br />

para tornar o cooperativismo e o agronegócio<br />

mais produtivo e eficiente passa pela<br />

formação, educação e <strong>de</strong>senvolvimento dos cooperados.<br />

Pensando assim, realiza <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1998 o Programa<br />

<strong>de</strong> Formação <strong>de</strong> Jovens Lí<strong>de</strong>res Cooperativistas,<br />

com a participação <strong>de</strong> associados <strong>de</strong> toda área <strong>de</strong><br />

ação no Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do<br />

Sul. A formatura da 26ª turma foi realizada no dia<br />

25 <strong>de</strong> agosto com a presença dos formandos e familiares.<br />

O curso começou 06 <strong>de</strong> abril e foram mais<br />

<strong>de</strong> 144 horas <strong>de</strong> aprendizado em sete módulos que<br />

trataram sobre a <strong>Coamo</strong>, Credicoamo, cooperativismo,<br />

li<strong>de</strong>rança, gestões <strong>de</strong> pessoas, financeira e <strong>de</strong><br />

marketing. Realizado no formato presencial e virtual,<br />

o curso foi em parceria com o Sescoop/PR.<br />

Caio Tetsuo Moriyama, cooperado em Roncador<br />

(Centro-Oeste do Paraná), diz que o curso foi<br />

completo. “Quando fomos convidados para participar,<br />

não tínhamos muita noção <strong>de</strong> como seria. É um<br />

curso que abrange vários assuntos, mesmo em uma<br />

carga horária não muito extensa. É a oportunida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> conhecermos mais sobre a <strong>Coamo</strong> e a Credicoamo”,<br />

comenta. Segundo ele, os assuntos apresentados<br />

no curso são realizados com o dia a dia da<br />

proprieda<strong>de</strong> rural, facilitando a adoção do conhecimento<br />

nas ativida<strong>de</strong>s agrícolas. “Estamos em um<br />

processo <strong>de</strong> melhoria, inserindo novas tecnologias<br />

e novos hábitos com objetivo <strong>de</strong> melhorar o trabalho<br />

e o rendimento nas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas na<br />

44 revista<br />

agosto/<strong>2022</strong>


Tomas Sparano Martins, Alcir José Goldoni, Airton<br />

Galinari, Caio Tetsuo Moriyama e José Aroldo Gallassini<br />

Cristiane Biscolli Serpa, <strong>de</strong> Mangueirinha (PR), foi a<br />

oradora da 26ª turma <strong>de</strong> Jovens Lí<strong>de</strong>res Cooperativas<br />

proprieda<strong>de</strong>. O curso forneceu muitas oportunida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> aprendizado”, comenta o cooperado. Ele foi<br />

um dos três alunos <strong>de</strong>staques do curso, com 100%<br />

<strong>de</strong> participação.<br />

Cristiane Biscoli Serpa, <strong>de</strong> Mangueirinha<br />

(Sudoeste do Paraná), foi a oradora da 26ª turma <strong>de</strong><br />

Jovens Lí<strong>de</strong>res Cooperativas. Ela diz que participar<br />

do curso foi <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância. “Volto para casa<br />

com muitas informações, além da troca <strong>de</strong> experiências<br />

com colegas <strong>de</strong> outras regiões. A <strong>Coamo</strong> é um<br />

exemplo <strong>de</strong> gestão que po<strong>de</strong>mos levar para a nossa<br />

vida e ativida<strong>de</strong>s do dia a dia. Ficamos sabendo<br />

como os cooperados são importantes para a <strong>Coamo</strong><br />

e a Credicoamo, como as cooperativas são importantes<br />

para os associados. Isso nos motiva a continuar<br />

trabalhando para manter o legado do cooperativismo”,<br />

pon<strong>de</strong>ra.<br />

Na visão da cooperada, um diferencial da<br />

<strong>Coamo</strong> é pensar no futuro. “A continuida<strong>de</strong> da cooperativa<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> dos cooperados e da diretoria<br />

que conduz a <strong>Coamo</strong> e a Credicoamo com muita<br />

eficiência. Conhecer todo esse trabalho é uma experiência<br />

enriquecedora”, frisa Cristiane.<br />

Tomas Sparano Martins, professor da Universida<strong>de</strong><br />

Fe<strong>de</strong>ral do Paraná (UFPR), foi um dos responsáveis<br />

por ministrar o curso. Ele conta que cada<br />

turma é diferente e que a 26ª teve como diferencial<br />

a jovialida<strong>de</strong> e intensida<strong>de</strong> <strong>de</strong> receber mais conhecimento.<br />

“A <strong>Coamo</strong> está no caminho certo, com<br />

essas iniciativas. É importante se preocupar com a<br />

sucessão no campo e, também, nos conselhos das<br />

cooperativas”, ressalta.<br />

O presi<strong>de</strong>nte dos Conselhos <strong>de</strong> Administração<br />

da <strong>Coamo</strong> e Credicoamo, José Aroldo Gallassini,<br />

observa que um dos objetivos do curso é garantir<br />

a sucessão e perpetuação das duas cooperativas.<br />

“São lí<strong>de</strong>res que po<strong>de</strong>rão participar dos conselhos<br />

fiscal e <strong>de</strong> administração, tanto da <strong>Coamo</strong> quanto na<br />

Credicoamo. Tratam-se <strong>de</strong> duas gran<strong>de</strong>s cooperativas<br />

que precisam <strong>de</strong> pessoas preparadas e competentes<br />

para administrá-las”, comenta Gallassini. Ele<br />

lembra que mais <strong>de</strong> mil cooperados já passaram<br />

pelo curso, preparados, também, para a sucessão<br />

no campo. “São cooperados que estão dando continuida<strong>de</strong><br />

as ativida<strong>de</strong>s agrícolas, com mais conhecimento<br />

e profissionalismo”, pon<strong>de</strong>ra Gallassini.<br />

José Aroldo Gallassini, presi<strong>de</strong>nte dos Conselhos <strong>de</strong> Administração da <strong>Coamo</strong> e Credicoamo<br />

agosto/<strong>2022</strong> revista 45


encontro<br />

MULHERES COOPERATIVISTAS<br />

Unida<strong>de</strong> da <strong>Coamo</strong> em Mangueirinha (PR) reuniu mais <strong>de</strong> 200 mulheres<br />

A<br />

<strong>Coamo</strong> realizou no dia<br />

23 <strong>de</strong> agosto o Encontro<br />

da Família Cooperativista<br />

<strong>de</strong> Mangueirinha (Sudoeste do<br />

Paraná). Mais <strong>de</strong> 200 mulheres,<br />

cooperadas, esposas e filhas <strong>de</strong><br />

cooperados participaram do<br />

evento, que <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2010, traz temas<br />

atuais e motivacionais que<br />

além <strong>de</strong> agregar conhecimento,<br />

emocionam as participantes. A<br />

programação contou com duas<br />

palestras. Uma sobre a comunicação<br />

assertiva na proprieda<strong>de</strong><br />

rural, com Eliane Gavasso, e outra<br />

que teve como tema: os cinco<br />

passos para o sucesso pessoal e<br />

profissional no cooperativismo,<br />

palestrada por Dani Amaral.<br />

Cleusa Scabeni Pane,<br />

esposa <strong>de</strong> cooperado, <strong>de</strong> Chopinzinho,<br />

esteve no encontro. Ela<br />

revela que as mulheres da região<br />

são participativas e unidas. “É<br />

uma honra estar neste evento,<br />

pois sei <strong>de</strong> todo o empenho e<br />

carinho da família <strong>Coamo</strong> para<br />

nos receber. Quando recebemos<br />

um convite como esse, na hora<br />

nos prontificamos em participar.<br />

Ainda mais <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> passar por<br />

dois anos <strong>de</strong> pan<strong>de</strong>mia, sem po<strong>de</strong>r<br />

se reunir. Foi muito bom participar,<br />

rever as amigas e ainda<br />

apren<strong>de</strong>r com duas palestras tão<br />

enriquecedoras.”<br />

Quem também na per<strong>de</strong><br />

a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> participar<br />

é a cooperada Cristiane Manosso,<br />

<strong>de</strong> Mangueirinha. “A <strong>Coamo</strong><br />

sempre está <strong>de</strong> parabéns pela<br />

organização e pelas palestras escolhidas.<br />

Sempre estou presente<br />

nestes encontros, pois o conteúdo<br />

faz diferença em nosso dia<br />

a dia, tanto na vida profissional<br />

quanto pessoal. Sempre temos o<br />

que melhorar.”<br />

A também cooperada<br />

em Mangueirinha, Maria Elza<br />

Grzyb, <strong>de</strong>stacou que nas duas<br />

palestras apren<strong>de</strong>u muito. “Foi<br />

lindo assistir a história <strong>de</strong> superação<br />

da Dani Amaral. É uma lição<br />

<strong>de</strong> vida. A palestra da Eliane também<br />

foi importante, pois falou<br />

<strong>de</strong> comunicação. Então, com um<br />

evento bem preparado, me sinto<br />

valorizada na <strong>Coamo</strong>. É uma<br />

oportunida<strong>de</strong> para todas nós<br />

mulheres.”<br />

Segundo gerente <strong>de</strong><br />

Mangueirinha, Hudson <strong>de</strong> Almei-<br />

46 revista<br />

agosto/<strong>2022</strong>


Eliane Gavasso falou sobre comunicação, um assunto<br />

que é sempre atual e exige prática <strong>de</strong> todos<br />

Dani Amaral apresentou exemplos pessoais <strong>de</strong> como é possível<br />

obter conquistas, por meio do <strong>de</strong>senvolvimento humano<br />

da, a <strong>Coamo</strong> retribui todo o engajamento<br />

e participação das mulheres,<br />

realizando todos os anos um<br />

evento <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>. “Esse evento<br />

é uma tradição em Mangueirinha.<br />

Há uma década, as mulheres daqui<br />

se envolvem e interagem para<br />

que esse momento seja especial.<br />

Por isso, escolhemos com muito<br />

carinho as palestras, diversificando<br />

os temas. Trazemos assuntos<br />

motivacionais, técnicos, sempre<br />

levando em consi<strong>de</strong>ração o que<br />

elas querem ouvir.”<br />

Superação e emoção<br />

“In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> on<strong>de</strong><br />

se está, é possível conquistar os<br />

resultados que se almeja.” Essa foi<br />

a mensagem que a Dani Amaral<br />

<strong>de</strong>ixou para as participantes do<br />

Encontro da Família Cooperativista.<br />

A palestrante apresentou exemplos<br />

pessoais <strong>de</strong> como é possível<br />

obter conquistas, por meio do <strong>de</strong>senvolvimento<br />

humano.<br />

Dani Amaral, é <strong>de</strong> Arapuã<br />

(Centro-Norte do Paraná), e<br />

per<strong>de</strong>u os dois braços aos quatro<br />

anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> em um aci<strong>de</strong>nte<br />

com uma máquina agrícola na<br />

proprieda<strong>de</strong> dos seus pais. “Foi<br />

um evento bem difícil tanto para<br />

mim quanto para a minha família.<br />

Mas, o que mudou minha cabeça<br />

foi enten<strong>de</strong>r que isso não iria me<br />

<strong>de</strong>finir. O que me <strong>de</strong>finiria seria o<br />

que eu ia fazer com essa história!<br />

Resolvi me adaptar e aprendi a<br />

fazer tudo sozinha.”<br />

Essa história, Dani Amaral,<br />

mostrou para as participantes,<br />

não como uma situação triste<br />

ou pesada. Mas, sim, como uma<br />

forma para todos repensarem e<br />

transformarem as situações <strong>de</strong><br />

forma positiva. “Quando levamos<br />

as coisas <strong>de</strong> forma mais leve,<br />

com certeza a nossa vida muda.”<br />

Comunicação assertiva<br />

A outra palestra foi conduzida<br />

por Eliane Gavasso. Ela<br />

falou sobre comunicação, um assunto<br />

que é sempre atual e exige<br />

prática <strong>de</strong> todos. “Apresentamos<br />

a comunicação associada aos papeis<br />

que cada um <strong>de</strong>sempenha<br />

na proprieda<strong>de</strong> rural. É preciso<br />

enten<strong>de</strong>r que além da questão<br />

familiar, essas pessoas que estão<br />

em casa, também trabalham na<br />

proprieda<strong>de</strong>. Então precisamos<br />

alinhar toda essa comunicação<br />

para gerar um resultado efetivo.”<br />

Eliane falou do exemplo<br />

da <strong>Coamo</strong>. “Percebemos a comunicação<br />

muito bem-organizada.<br />

Por isso, é um cooperativismo <strong>de</strong><br />

resultados. A proprieda<strong>de</strong> também<br />

<strong>de</strong>ve ser encarada <strong>de</strong>ssa<br />

forma, num jantar <strong>de</strong> família, pai,<br />

mãe e filhos <strong>de</strong>sempenham seu<br />

papel familiar, mas na ativida<strong>de</strong><br />

rural, cada um <strong>de</strong>ve realizar um<br />

papel como profissional. Deve<br />

ser uma organização como empresa.”<br />

Ainda sobre a comunicação<br />

assertiva, a palestrante <strong>de</strong>staca<br />

que esse equilíbrio ajuda a<br />

compreen<strong>de</strong>r como cada um se<br />

posiciona. “Ninguém muda o outro.<br />

Mas, se mudarmos o nosso<br />

entendimento e posicionamento,<br />

conseguimos resultados que<br />

melhoram o nosso <strong>de</strong>sempenho<br />

familiar e profissional”, ressalta.<br />

agosto/<strong>2022</strong> revista 47


48 revista<br />

agosto/<strong>2022</strong>


atualização<br />

Mulher Atual em Engenheiro Beltrão<br />

O<br />

Mulher Atual voltou.<br />

Esse é um curso voltado<br />

para cooperadas,<br />

esposas e filhas <strong>de</strong> cooperados,<br />

que por conta, da pan<strong>de</strong>mia<br />

estava suspenso e retomou no<br />

mês <strong>de</strong> maio em Engenheiro<br />

Beltrão (Centro-Oeste do Paraná).<br />

O objetivo é sensibilizar a<br />

potencialida<strong>de</strong> feminina, com<br />

<strong>de</strong>senvolvimento humano, social<br />

e econômico, visando a aproximação<br />

ao sistema cooperativista.<br />

São 64 horas <strong>de</strong> curso, divididas<br />

em oito módulos com oito horas,<br />

abordando temas como: autoconhecimento,<br />

qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida,<br />

sustentabilida<strong>de</strong> e empreen<strong>de</strong>dorismo.<br />

O encerramento foi<br />

marcado pela emoção das 20<br />

participantes. “Estávamos ansiosas<br />

pelo retorno dos eventos<br />

presenciais, com sauda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> nos reunir. Depois <strong>de</strong> passar<br />

por essa pan<strong>de</strong>mia, com tantas<br />

perdas, esse Mulher Atual foi<br />

diferente, nos envolveu <strong>de</strong> forma<br />

ainda mais profunda. Vemos<br />

algo extraordinário acontecer<br />

aqui, com mudanças significativas<br />

na vida <strong>de</strong> todas, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o<br />

primeiro encontro”, revela a oradora<br />

da turma, Walessa Bessani<br />

<strong>de</strong> Azevedo.<br />

Outra participante que<br />

se sentiu tocada pelo Mulher<br />

Atual foi Geonadir Navarro Giorgetti.<br />

Ela per<strong>de</strong>u o marido há<br />

dois anos, para a Covid-19. “É a<br />

primeira vez que participei do<br />

Mulher Atual. Obtive aprendizado<br />

em todas as áreas da minha<br />

vida. Tem sido muito difícil <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

que meu marido se foi, mas com<br />

o autoconhecimento, a gente se<br />

reencontra. Sem contar, que a<br />

professora foi maravilhosa.”<br />

A instrutora do Senar/<br />

PR, Luciane Pimentel, ressalta<br />

que realizar esse curso neste<br />

momento foi uma experiência<br />

diferente. “As pessoas estavam<br />

se<strong>de</strong>ntas por sair <strong>de</strong> casa e unir<br />

essa vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> sair <strong>de</strong> casa e se<br />

reunir com conhecimento, foi o<br />

que proporcionou para elas essa<br />

evolução e <strong>de</strong>senvolvimento. Foi<br />

uma turma muito especial para<br />

mim, uma turma ímpar, que se<br />

permitiu <strong>de</strong>senvolver e aceitou<br />

o conhecimento. Foi incrível ver<br />

esse <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>las. O<br />

objetivo do curso foi atingido,<br />

com certeza”, elogia.<br />

Segundo o gerente da<br />

<strong>Coamo</strong> em Engenheiro Beltrão,<br />

Antonio Carlos Mazzei, é gratificante<br />

encerrar mais um Mulher<br />

Atual. “Essa vibração das participantes,<br />

<strong>de</strong>monstra que não<br />

foi uma participação qualquer. É<br />

algo que elas vão carregar para<br />

a vida toda e, com certeza, colocar<br />

em prática.”<br />

Objetivo é sensibilizar a<br />

potencialida<strong>de</strong> feminina,<br />

com <strong>de</strong>senvolvimento<br />

humano, social e econômico,<br />

visando a aproximação ao<br />

sistema cooperativista<br />

agosto/<strong>2022</strong> revista 49


Inovação a todo tempo.<br />

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capacitação<br />

MULHERES QUE SEMEIAM<br />

Programa possibilitou às mais <strong>de</strong> 30<br />

participantes troca <strong>de</strong> experiências<br />

e o <strong>de</strong>spertar do sentimento <strong>de</strong><br />

pertencimento às cooperativas e a<br />

preparação para a gestão rural<br />

A<br />

<strong>Coamo</strong> iniciou em abril<br />

o curso “Mulheres que<br />

Semeiam” e seu encerramento<br />

foi no dia 13 <strong>de</strong> julho<br />

em Campo Mourão, reunindo as<br />

formandas em um evento com a<br />

presença das diretorias da <strong>Coamo</strong><br />

e da Credicoamo. O programa<br />

possibilitou às mais <strong>de</strong> 30 participantes<br />

troca <strong>de</strong> experiências<br />

e o <strong>de</strong>spertar do sentimento <strong>de</strong><br />

pertencimento às cooperativas e<br />

a preparação para a gestão rural.<br />

No total foram quatro<br />

módulos <strong>de</strong> quatro horas, com<br />

encontros mensais. “Em cada<br />

módulo abordamos um assunto<br />

diferente. É muito bom ver este<br />

interesse das mulheres, justamente<br />

porque elas são se<strong>de</strong>ntas<br />

<strong>de</strong> conhecimento e fazem parte<br />

do sucesso do cooperativismo e<br />

do agronegócio”, explica a professora<br />

do curso, Mariely Biff,<br />

consultora em Sucessão Familiar.<br />

O curso faz parte do programa<br />

“<strong>Coamo</strong> + Mulher” nas<br />

ativida<strong>de</strong>s do cooperativismo. O<br />

assessor <strong>de</strong> Cooperativismo da<br />

<strong>Coamo</strong>, José Ricardo Pedron Romani,<br />

diz que o propósito é <strong>de</strong>senvolver,<br />

integrar e capacitar as<br />

participantes na gestão e na produção<br />

das ativida<strong>de</strong>s da proprieda<strong>de</strong>.<br />

"Foram aplicados conteúdos<br />

viáveis, além <strong>de</strong> promover<br />

integração entre as cooperadas<br />

e a partilha das experiências, colaborando<br />

para fortalecer o relacionamento<br />

com a cooperativa.”<br />

Elaine Pereira dos Santos,<br />

<strong>de</strong> Campo Mourão, diz que<br />

o curso abriu seus horizontes.<br />

“Após participar, percebi que<br />

sou capaz <strong>de</strong> muitas coisas que<br />

eu pensava não ser. Foi um momento<br />

<strong>de</strong> autoconhecimento,<br />

<strong>de</strong>scoberta e muita informação.”<br />

Margareth Borsato Mottin,<br />

também <strong>de</strong> Campo Mourão,<br />

diz que todas as informações obtidas<br />

no curso foram importantes<br />

para seu <strong>de</strong>senvolvimento.<br />

“Eu achei o conteúdo do curso<br />

muito válido, principalmente,<br />

pela questão <strong>de</strong> sucessão familiar.<br />

Precisamos pensar no futuro<br />

para que não se <strong>de</strong>sfaça amanhã<br />

o que construímos hoje”, afirma.<br />

O presi<strong>de</strong>nte dos Conselhos<br />

<strong>de</strong> Administração da <strong>Coamo</strong> e da<br />

Credicoamo, José Aroldo Gallassini,<br />

<strong>de</strong>staca a importância <strong>de</strong>las<br />

para o sucesso das cooperativas.<br />

“É muito bom ver essa presença<br />

feminina atuante no cooperativismo.<br />

Já são mais <strong>de</strong> 1.600 mulheres<br />

cooperadas na <strong>Coamo</strong> e na<br />

Credicoamo, e o nosso papel é<br />

esse, treinar os cooperados para<br />

as boas práticas <strong>de</strong> gestão e sucessão”,<br />

consi<strong>de</strong>ra Gallassini.<br />

agosto/<strong>2022</strong> revista 51


52 revista<br />

agosto/<strong>2022</strong>


alimentos<br />

ÓLEO DE SOJA COAMO É DESTAQUE NACIONAL<br />

Produto permanece em primeiro lugar no PR, SC e RS, subiu <strong>de</strong> posição<br />

na classificação nacional, passando da quinta para a quarta<br />

O<br />

óleo <strong>de</strong> soja da <strong>Coamo</strong> está em<br />

mais um pódio. Desta vez, no ranking<br />

da revista SuperVarejo, edição<br />

os 5+ <strong>de</strong> <strong>2022</strong>, o produto permanece<br />

em primeiro lugar no PR, SC e RS, subiu <strong>de</strong><br />

posição na classificação nacional, passando<br />

da quinta para a quarta posição, além<br />

<strong>de</strong> se <strong>de</strong>stacar pela primeira vez na gran<strong>de</strong><br />

São Paulo, em quinto lugar, e se manter em<br />

quarto lugar no interior <strong>de</strong> São Paulo e, em<br />

quinto, no DF/GO/MS e MT.<br />

O estudo 5+, divulgado anualmente<br />

pela revista SuperVarejo, é <strong>de</strong>senvolvido<br />

pela Nielsen, e cresce o número <strong>de</strong> categorias<br />

analisadas a cada edição da pesquisa,<br />

que em <strong>2022</strong> traz 206 categorias auditadas<br />

em lojas do varejo alimentar no Brasil. “A<br />

captação das informações é realizada por<br />

meio da ferramenta Scantrack Projetado.<br />

Por meio <strong>de</strong>la é eleito o canal Autosserviço<br />

mais o Cash & Carry, divididos pelo Brasil<br />

e áreas Nielsen, tendo as informações <strong>de</strong>limitadas<br />

pelo ano fechado anterior à publicação”,<br />

explica Wagner Picolli, Gerente <strong>de</strong><br />

Atendimento ao Varejo Senior da Nielsen.<br />

Além <strong>de</strong> <strong>de</strong>stacar os maiores fornecedores<br />

brasileiros, a edição do ranking<br />

com os 5+ <strong>de</strong> <strong>2022</strong> também aponta movimentações<br />

nos formatos <strong>de</strong> lojas e mercado<br />

<strong>de</strong> consumo. Segundo o gerente Comercial<br />

<strong>de</strong> Alimentos, Wagner Schnei<strong>de</strong>r,<br />

essa é uma pesquisa conceituada e que traz<br />

um bom parâmetro para a marca. “É motivo<br />

<strong>de</strong> orgulho para a <strong>Coamo</strong> ter o óleo <strong>de</strong> soja<br />

em <strong>de</strong>staque nesta pesquisa que é realizada<br />

por empresas sérias. Concorremos<br />

com as principais multinacionais do país.<br />

É o produto do cooperados chegando em<br />

todo o Brasil”, afirma.<br />

Schnei<strong>de</strong>r acrescenta que os alimentos<br />

da <strong>Coamo</strong> têm origem e rastreabilida<strong>de</strong>,<br />

além <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sabor. “Essa<br />

é uma forma <strong>de</strong> comprovar que nossa linha<br />

alimentícia agrada o paladar do consumidor<br />

final e <strong>de</strong> que estamos no caminho<br />

certo”, consi<strong>de</strong>ra.<br />

agosto/<strong>2022</strong> revista 53


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e compartilhar,<br />

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INGREDIENTES<br />

2 Ovos<br />

1 e ½ caixa Creme <strong>de</strong> leite<br />

1 e ½ xícara (chá) Doce <strong>de</strong> leite<br />

2 colheres (sopa) Café <strong>Coamo</strong> Extraforte<br />

1 xícara (chá) Água fervente<br />

1 envelope Gelatina sem sabor<br />

¼ xícara(chá) Água<br />

½ xícara(chá) Café <strong>Coamo</strong> Extraforte coado<br />

MODO DE PREPARO<br />

Bata as claras em neve, picos firmes. Reserve. Misture o doce <strong>de</strong> leite com<br />

o creme <strong>de</strong> leite até obter uma mistura homogênea. Reserve. Prepare o café<br />

coado com 2 colheres (sopa) <strong>de</strong> Café <strong>Coamo</strong> Extraforte para 1 xícara <strong>de</strong> água<br />

fervente. Enquanto passa o café, misture a gelatina com a água em temperatura<br />

ambiente. Junte meia xícara <strong>de</strong> café à gelatina hidratada e mexa até dissolver<br />

bem. Misture o café ao doce <strong>de</strong> leite até ficar homogêneo, então incorpore<br />

as claras <strong>de</strong>licadamente. Sirva em taças individuais ou xícaras e leve para gelar<br />

por duas horas antes <strong>de</strong> servir.<br />

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Cultivar a terra, produzir<br />

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