01.03.2023 Views

185 RIOT

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

270-271 don’t touch

my hair

Domitília Trovoada

How Colonialism Preempted

Modernity in Africa

por Olúfémi Táíwò

Why hasn’t Africa been able to respond to the

challenges of modernity and globalization?

Going against the conventional wisdom that

colonialism brought modernity to Africa,

Olúfémi Taíwò claims that Africa was already

becoming modern and that colonialism was

an unfinished project. Africans aspired to

liberal democracy and the rule of law, but

colonial officials aborted those efforts when

they established indirect rule in the service of

the European powers. Taíwò looks closely at

modern institutions, such as church missionary

societies, to recognize African agency and the

impulse toward progress. He insists that Africa

can get back on track and advocates a renewed

engagement with modernity. Immigration,

capitalism, democracy, and globalization, if

done right this time, can be tools that shape a

positive future for Africa.

Colonialism: A Philosophical Profile

Taíwò nota que apesar de o Canadá e os

EUA terem sido colónias estão muito mais modernizados

do que África, onde também houveram diversas colónias.

Estas ex-colónias não africanas, hoje em dia, também

são responsáveis pela exploração de países que foram

colónias africanas, contudo, este é apenas um dos

fatores que não permitiram o “desenvolvimento natural”

de África. Uma das causas mais determinantes foi o

colonialismo em si e a forma como este foi “executado”

durante o domínio colonial em África.

V. Y. Mudimbe (filósofo da República

Democrática do Congo) e Delavignette (diretor da

National School of Overseas France) apresentam

divergências no assunto do colonialismo. Olúfémi propõe

uma perspetiva à base da existência de dois tipos de

A Mulher Negra Autóctone

“Don’t Touch my Hair” transporta uma mensagem de respeito,

integração e libertação, utilizando o cabelo como uma metáfora

para toda a essência da mulher negra. Este é o símbolo perfeito,

visto que, é algo que sempre foi fiscalizado, desde o início da história até

ao presente. A música refere-se a uma comunidade específica, contudo,

a sua mensagem é acessível e relevante para uma ampla comunidade de

mulheres em geral.

Quando uma região se encontra sob domínio colonial todos os membros

desta comunidade são afetados, contudo, de que forma podem estar

as mulheres africanas representadas na história do seu próprio país

quando são raras as menções das mesmas em documentos oficiais da

época?Até que ponto é que a sua própria narrativa não lhes é roubada?

Negligenciada? Esquecida...

Júlia Santiago

colonialismo, que estariam

na base dos problemas

das colónias de África.

Desta forma, a primeira

forma de Colonialismo

seria o mais pacífico

entre os dois. Esta seria

baseada na ocupação de

territórios vazios ou com

muito pouca população,

a fim de evitar problemas

de grande dimensão. Por

vezes eram feitos acordos

entre colonizadores e

colonizados. Neste caso de

colonização, era comum

os colonizados manterem

os seus costumes e

práticas, desde que

reconhecessem autoridade

perante os ocupantes. Em

certo casos, a definição de

“territórios vazios” era relativamente deturpada, sendo

que os poucos ocupantes existentes eram vistos como

“floresta para desflorestar”.

O segundo tipo de colonialismo, mais

agressivo, seria visto como uma expansão do Estado, com

o intuito de criar um sistema político em que o centro

era a Metrópole. Este tipo de colonização é caracterizado

pela imposição de uma “falsa modernização” que foi

abandonada pelos próprios colonizadores. A ideia deste

tipo de colonização estaria associada à redução de

diferenças culturais entre o colonizador e o colonizado,

abolindo costumes e criando leis que controlassem os

“nativos”. Este género de colonização levou à conotação

negativa de África, excluindo-a e desacreditando as suas

capacidades de desenvolvimento.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!