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274-275 don’t touch

my hair

Lutas e Formas de

Organização Feminina em África

de Tatiana Raquel Reis Silva

A abordagem histórica

aos movimentos

feministas em África e

a luta pelos direitos da

mulher autóctone

Johann Moritz Rugendas

de Ribeirão Manuel de 1910 e

algumas alterações que se têm

feito na contituição de Cabo-

Verde como os Planos Nacionais

de Igualdade e Equidade de

Género e os Planos Nacionais

de Combate à Violência Baseada

no Género. Entre 1990 e 2000,

foram, ainda, criadas inúmeras

instituições em defesa dos

direitos da mulher e libertação

do estatuto de reprodutora.

Contudo, apesar dos avanços,

nomeadamente na participação

da mulher na sociedade em

alguns trabalhos, educação,

saneamento, liberdade, ainda há

muita exclusão da mulher no

mercado formal de trabalho e,

sobretudo, na política.

A Igualdade de Género em

São Tomé e Príncipe:

Entre a Realidade e a Utopia

por Lurdes Santos

O desenvolvimento e o domínio do

género em São Tomé e Príncipe

“Entre a Realidade e a

Utopia”, afirma Lurdes Santos que expõe

a evolução do Movimento de Mulheres em

São Tomé e Príncipe, nos períodos colonial

e pós-colonial. Este último compreendeu

duas etapas: a primeira república, de 1975 a

1990, em que só existia uma organização de

mulheres (OMSTEP) do partido no poder

MLSTP e a segunda república, a partir de

1990, período a partir do qual surgiram outras

associações e organizações da sociedade cívil,

o pluripartidarismo, a nova constituição e as

eleições livres e democráticas.

O Governo de São Tomé e

Príncipe adotou por decreto, a partir de

2007, a Estratégia Nacional para a Igualdade e

Equidade de Género. Este estudo pretendeu

saber como encaram as Associações de

Mulheres e os dirigentes políticos e de

Movimentos Sociais o modo como as políticas

e os programas tomam em conta esses

engajamentos/compromissos assumidos.

Assim, tornou-se conhecido

como se posicionam mulheres e homens face à

prática efetiva da igualdade de género, tendo em

conta a existência de leis favoráveis à mesma.

era predominante. A mulher

foi subjugada e subordinada ao

homem, desaparecendo a ideia

de igualdade e agregado familiar

para dar lugar à familia nuclear

onde o homem está no centro.

Muitos destes ideais surgem

com o cristianismo e com o Islão.

Tornou-se necessário fortalecer

a luta pelos direitos humanos

das mulheres africanas no

pós-colonialismo, a fim de criar

distanciação do tempo colonial e

(re)criar igualdade.

As lutas

pela libertação nacionalista,

trouxeram mudanças como:

a educação das crianças,

independentemente do sexo

e a participação das mulheres

na sociedade, nomeadamente

nas forças armadas (Guiné),

no FRELIMO e Destacamento

feminino (Moçambique). No 2º

Congresso do PAIGC (Partido

Africano para independência

Guiné e Cabo Verde), foram

discutidos temas relativos

à participação política das

mulheres no estado e à

participação no mercado

de trabalho. Deve-se, ainda,

destacar as diversas intituições

foram criadas para lutar pelos

direitos da mulher, a Revolução

O aparecimentto

de movimentos feministas em

África está muito relacionado

com a luta pela independência

e movimentos anti-colonialistas.

Desde 1990, é possível

observar algumas melhorias

em relação ao estatuto da

mulher, comparativamente

ao colonialismo. Contudo, é

mencionado que os movimentos

feministas em África,

inicialmente, estavam divididos

em vertentes que, por vezes,

tornava difícil a própria definição

do feminismo no continente. Os

principais movimentos dividiamse

em movimentos endógenos

de mulheres, resistência anticolonial,

libertação nacional

e luta pelo reconhecimento

do trabalho da mulher

africana. Como referido, estes

movimentos surgem em meados

da década de 1970, opositores

aos ideais colonialistas. O

coloniaslismo colocou o

homem como líder, fazendo

desaparecer organizações de

poder locais onde o matriarcado

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