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@psicologacarolpelissari
ANSIEDADE NO PÚBLICO
INFANTO JUVENIL PODE
CAUSAR PROBLEMAS
FUNCIONAIS
PAIS DEVEM FICAR EM ALERTA E PROCURAR
UM ESPECIALISTA AO PERCEBEREM
PRIMEIROS SINTOMAS
Engana-se quem pensa que ansiedade é coisa exclusiva de
gente grande. Hoje, cada vez mais crianças e adolescentes
enfrentam o problema em todo o mundo. Muitos sofrem em
silêncio e os pais sequer percebem os sinais, que muitas vezes
estão bem ali, estampados como um pedido de socorro.
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Quem faz o alerta é a psicóloga Ana Carolyna Pelissari,
especialista em psicologia positiva e sistêmica na clínica
individual, que alega que o transtorno está diretamente
ligado à uma rotina saudável e é diferente de uma ansiedade
natural: “Essa última é um fator de proteção e não atrapalha
a rotina diária. São geralmente aqueles medos comuns a
todas as crianças, como medo de palhaço, escuro ou altura,
que acontece muitas vezes quando a criança está aprendendo
a andar e se desenvolver de forma psicomotora, quando ela
adquire o medo de cair e se sente insegura”, explica Carol.
À medida que a criança vai crescendo e evoluindo, ela passa a
identificar os perigos e esse medo tende a diminuir: “Aí a criança
passa a ter a capacidade de entender que essa emoção é um
sinal de alerta e age de forma preventiva. O perigo é quando
esse sentimento ultrapassa os níveis saudáveis e naturais e
começa a prejudicar à saúde”, ressalta a psicóloga.
Especialmente na pandemia, as crianças e adolescentes
passaram mais horas em telas de celulares, computadores
e tablets, o que contribuiu para o aumento da irritabilidade
e do déficit de atenção. Carol diz que ao passar muito tempo
frente às telas, a visão é estimulada, o que é uma ponte para
a ansiedade: “No meu consultório recebo muitas crianças
com ansiedade patológica devido aos estímulos das telas
e do seu uso excessivo, que resultam em irritabilidade,
dificuldade de atenção e distúrbios alimentares, como consumo
exagerado de doces, altamente prejudiciais à saúde. No caso
dos adolescentes, que são bastante cobrados e passam
por diversas experimentações e escolhas, eles chegam ao
consultório com sintomas de ansiedade e insônia porque não
conseguem lidar com tantas demandas da contemporaneidade,
especialmente a internet”, alerta a especialista.
Apesar do fim do isolamento social e do retorno às escolas e às
atividades presenciais no pós-pandemia, pais e filhos seguem
em batalha pela diminuição de horas em telas e redes sociais,
responsáveis também pelo sedentarismo, sobrepeso e tristeza.
Por isso, a atenção deve ser redobrada, principalmente ao
perceber algum sintoma como alteração no apetite, oscilação
de humor, dificuldade para dormir, irritabilidade ou apatia. E
nunca, jamais rotular a criança ou jovem, caso ele apresente
algum sinal como esse:
www.revistaadoro.com.br
Fotos: Divanildo Silva
AS PESSOAS COSTUMAM DIZER QUE É “FRESCURA”, MAS, DE FATO,
SE TRATA DE UMA PATOLOGIA QUE PODE SER RESPONSÁVEL PELO
DESENVOLVIMENTO DA DEPRESSÃO, DO ISOLAMENTO SOCIAL E
DA PARALISIA DAS ATIVIDADES EM CONSEQUÊNCIA DA FALTA DE
PROCURA DE AJUDA ESPECIALIZADA, AVISA.